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geração dos rapazes que a Primeira Guerra Mundial tornara para sempre
incapazes de suportar as convenções e cumprir com as obrigações da vida
cotidiana, de seguir suas carreiras e desempenhar seus papéis numa sociedade
que os entediava a ponto de enlouquecê-los. Alguns se tornaram revolucionários
e viviam na terra dos sonhos do futuro; outros, pelo contrário, escolheram o país
dos sonhos do passado e viviam como se “o deles [...] fosse um mundo que não
mais existia”. Juntos partilhavam do credo fundamental de que “não pertenciam
ao seu século”. (Em linguagem política, pode-se dizer que eram antiliberais, na
medida em que o liberalismo significava a aceitação do mundo tal como era,
juntamente com a esperança em seu “progresso”; os historiadores sabem até que
ponto coincidem as críticas conservadora e revolucionária ao mundo da
burguesia.) Em ambos os casos, queriam ser “eLivross” e “desertores”,
totalmente dispostos “a pagar pelo seu voluntarismo”, mais do que a se
assentarem e fundarem uma família. De qualquer forma, Denys Finch-Hatton ia
e vinha quando queria, e nada obviamente estava mais longe de suas idéias do
que se prender pelo casamento. Nada além da chama da paixão o prenderia e o
atrairia de volta, e o modo mais seguro de impedir que a chama se extinguisse
com o tempo e a inevitável repetição, ambos se conhecendo bem demais e tendo
já ouvido todas as histórias, era o de se tornar inesgotável na elaboração de
novas histórias. Seguramente, ela sentia tanta ansiedade em entretê-lo quanto
Sherazade, com a mesma consciência de que o fracasso em agradá-lo seria sua
morte.
Daí la grande passion, com a África ainda selvagem, ainda não domesticada, o
cenário perfeito. Lá seria possível traçar a linha “entre respeitabilidade e
decência, e [dividir] nossos conhecidos, humanos e animais, segundo a doutrina.
Considerávamos os animais domésticos como respeitáveis e os animais
selvagens como decentes, e sustentávamos que, enquanto a existência e o
prestígio dos primeiros eram decididos pela sua relação com a comunidade, os
outros permaneciam em contato direto com Deus. Porcos e galinhas,
concordávamos, eram dignos do nosso respeito, na medida em que fielmente
retribuíam o que se investia neles, e [...] se conduziam conforme se esperava
deles. [...] Nós nos inscrevíamos entre os animais selvagens, tristemente
admitindo a inadequação de nosso retorno à comunidade — e às nossas
hipotecas —, mas compreendendo que possivelmente não conseguiríamos, nem
mesmo para obter a mais alta aprovação do que nos cercava, renunciar àquele
contato direto com Deus que partilhávamos com o hipopótamo e o flamingo”.
Entre as emoções, la grande passion é tão destrutiva daquilo que é socialmente