Homens Em Tempos Sombrios - Hannah Arendt

hernandesjuan81
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44 “Aufstieg und Fall der Stadt Mahagonny”, agora in Stücke (1927-1933), vol. iii.45 In “An die Nachgeborenen”, op. cit.46 “Primeiro deve ser possível mesmo que os pobres cortem sua fatia do grande pão da vida.” Da canção“Denn wovon lebt der Mensch?”, in Gedichte, vol. ii.47 “Ser bom! Sim, quem não o desejaria? Dar seus bens aos pobres, por que não? Quando todos sãobons, seu reino não está distante. Quem não se sentaria com prazer à sua luz?” De “Über die Unsicherheitmenschlicher Verhältnisse”, ibid.48 As citações são de Me-ti, Buch der Wendungen.49 Der Kaukasische Kreisekreis, escrito em 1944-5, in Stücke, vol. x.50 “Pois alguns estão na escuridão, e outros estão na luz. E vêem-se aqueles na luz, aqueles na escuridãonão se vêem.” Gedichte, vol. ii.51 “Os grandes professores subversivos do povo, participando de sua luta, somam a história da classedominada à das classes dominantes.” In “Das Manifest”, Gedichte, vol. vi.52 In Benjamin, op. cit., lê-se com prazer que Brecht tinha suas dúvidas. Ele compara os teóricosmarxistas aos padres (Pfaffen) a quem odeia com um ódio profundamente arraigado, herdado de sua avó.Como os padres, os marxistas sempre formam uma camarilha; “o marxismo oferece excessivasoportunidades de interpretação”.53 “Pense na escuridão e no grande frio nesse vale que ressoa de gemidos.” De “Schlusschoral”,Dreigroschenoper. In Gedichte, vol. ii.54 Cito a partir das canções de Die Massnahme, a única peça estritamente comunista escrita por Brecht.Ver “Ändere die Welt: sie braucht es” e “Lob der Partei”, in Gedichte, vol. iii.55 “Lob des Lernens”, ibid.56 “Sei o que é o arroz? Sei quem sabe! Não sei o que é o arroz, só sei seu preço.“Sei o que é o homem? Sei quem sabe! Não sei o que é o homem, só sei seu preço.”De “Song von der Ware”, ibid.57 “Begräbnis des Hetzers im Zinksarg”, in Gedichte, vol. iii.58 Ao que parece, Brecht tinha outros pensamentos sobre o assunto. Num artigo intitulado “A outraAlemanha: 1943”, publicado pela caw (uma publicação da sds) em fevereiro de 1968, sem indicação dasfontes, ele tentou explicar por que o proletariado alemão apoiou Hitler. A razão é que “o desemprego foraeliminado rapidamente [pelo Terceiro Reich]. De fato a velocidade e a amplitude dessa eliminação foramtão extraordinárias que pareciam ser uma revolução”. A explicação, segundo Brecht, era a indústria bélica, e“a verdade é que a guerra é do interesse [dos operários] na medida em que não podem ou não querem abalaro sistema em que vivem”. “O regime teve de optar pela guerra porque todo o povo só precisava da guerrasob tal regime e portanto tem de procurar outra forma de vida.”59 “Legende von der Entstehung des Buches Taoteking auf dem Weg des Laotse in die Emigration”, inGedichte, vol. iv.60 “Besuch bei den verbannten Dichtern”, ibid.61 Notas “Zu Der Aufhaltsame Aufstieg des Arturo Ui”, in Stücke, vol. ix.

RANDALL JARRELL: 1914-1965Encontrei-o logo depois do final da guerra, quando veio para Nova York, paraeditar a seção de livro do The Nation durante a ausência de Margaret Marshall, eeu trabalhava para a Schocken Books. O que nos reuniu foram os “negócios” —eu ficara muito impressionada com alguns de seus poemas de guerra e lhe pedique traduzisse alguns poemas alemães para a editora, e ele publicou (devo dizerque traduzidos para o inglês) algumas resenhas minhas sobre livros para TheNation. Assim, como pessoas em negócios, adquirimos o hábito de almoçarjuntos, e esses almoços, suspeito mas não lembro com certeza, eram pagosalternadamente pelos nossos patrões; pois ainda era uma época em que éramostodos pobres. O primeiro livro que ele me deu foi Losses, e escreveu “ParaHannah (Arendt), de seu tradutor Randall (Jarrell)”, lembrando-me debrincadeira o seu primeiro nome, que demorei a empregar, mas não, conformeele julgava, por qualquer aversão européia ao primeiro nome de batismo; parameu ouvido não inglês, Randall não parecia nem um pouco mais íntimo queJarrell, e de fato ambos soavam muito semelhantes.Não sei quanto tempo se passou até que eu o convidasse à nossa casa; suascartas não ajudam muito, pois são todas sem data. Mas durante alguns anos eleveio a intervalos regulares e, para anunciar sua próxima visita, escrevia, porexemplo: “Você podia marcar em sua agenda sáb. 6 out., dom. 7 out. — Fim deSemana da Poesia Americana”. E era exatamente isso que sempre acontecia. Liapara mim poesias em inglês durante horas, antigas e novas, raramente de suaautoria, as quais, no entanto, durante uma época, costumava enviar pelo correiotão logo saíam da máquina de escrever. Abriu-me um mundo totalmente novo desons e métrica, e ensinou-me o peso específico das palavras em inglês, cujo pesorelativo, como em todas as línguas, é determinado em última instância pelo uso epadrões poéticos. O que conheço da poesia em inglês, e talvez do gênio dalíngua, é a ele que devo.O que originalmente o atraiu não só a mim ou a nós, mas à casa, foi o simplesfato de ser um lugar onde se falava alemão. Pois

44 “Aufstieg und Fall der Stadt Mahagonny”, agora in Stücke (1927-1933), vol. iii.

45 In “An die Nachgeborenen”, op. cit.

46 “Primeiro deve ser possível mesmo que os pobres cortem sua fatia do grande pão da vida.” Da canção

“Denn wovon lebt der Mensch?”, in Gedichte, vol. ii.

47 “Ser bom! Sim, quem não o desejaria? Dar seus bens aos pobres, por que não? Quando todos são

bons, seu reino não está distante. Quem não se sentaria com prazer à sua luz?” De “Über die Unsicherheit

menschlicher Verhältnisse”, ibid.

48 As citações são de Me-ti, Buch der Wendungen.

49 Der Kaukasische Kreisekreis, escrito em 1944-5, in Stücke, vol. x.

50 “Pois alguns estão na escuridão, e outros estão na luz. E vêem-se aqueles na luz, aqueles na escuridão

não se vêem.” Gedichte, vol. ii.

51 “Os grandes professores subversivos do povo, participando de sua luta, somam a história da classe

dominada à das classes dominantes.” In “Das Manifest”, Gedichte, vol. vi.

52 In Benjamin, op. cit., lê-se com prazer que Brecht tinha suas dúvidas. Ele compara os teóricos

marxistas aos padres (Pfaffen) a quem odeia com um ódio profundamente arraigado, herdado de sua avó.

Como os padres, os marxistas sempre formam uma camarilha; “o marxismo oferece excessivas

oportunidades de interpretação”.

53 “Pense na escuridão e no grande frio nesse vale que ressoa de gemidos.” De “Schlusschoral”,

Dreigroschenoper. In Gedichte, vol. ii.

54 Cito a partir das canções de Die Massnahme, a única peça estritamente comunista escrita por Brecht.

Ver “Ändere die Welt: sie braucht es” e “Lob der Partei”, in Gedichte, vol. iii.

55 “Lob des Lernens”, ibid.

56 “Sei o que é o arroz? Sei quem sabe! Não sei o que é o arroz, só sei seu preço.

“Sei o que é o homem? Sei quem sabe! Não sei o que é o homem, só sei seu preço.”

De “Song von der Ware”, ibid.

57 “Begräbnis des Hetzers im Zinksarg”, in Gedichte, vol. iii.

58 Ao que parece, Brecht tinha outros pensamentos sobre o assunto. Num artigo intitulado “A outra

Alemanha: 1943”, publicado pela caw (uma publicação da sds) em fevereiro de 1968, sem indicação das

fontes, ele tentou explicar por que o proletariado alemão apoiou Hitler. A razão é que “o desemprego fora

eliminado rapidamente [pelo Terceiro Reich]. De fato a velocidade e a amplitude dessa eliminação foram

tão extraordinárias que pareciam ser uma revolução”. A explicação, segundo Brecht, era a indústria bélica, e

“a verdade é que a guerra é do interesse [dos operários] na medida em que não podem ou não querem abalar

o sistema em que vivem”. “O regime teve de optar pela guerra porque todo o povo só precisava da guerra

sob tal regime e portanto tem de procurar outra forma de vida.”

59 “Legende von der Entstehung des Buches Taoteking auf dem Weg des Laotse in die Emigration”, in

Gedichte, vol. iv.

60 “Besuch bei den verbannten Dichtern”, ibid.

61 Notas “Zu Der Aufhaltsame Aufstieg des Arturo Ui”, in Stücke, vol. ix.

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