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pensamento”, como algo “rico e estranho” e talvez mesmo como um perene
Urphänomene.
1 Walter Benjamin, Schriften, Frankfurt a. M., Suhrkamp Verlag, 1955, 2 vols., e Briefe, Frankfurt a. M.,
1966, 2 vols. As referências deste ensaio seguem estas edições.
2 Armário do Instituto Leo Baeck, 1965, p. 117.
3 Op. cit.
4 A descrição clássica do flâneur está no famoso ensaio de Baudelaire sobre Constantin Guys, “Le
peintre de la vie moderne” — ver Édition Pléiade, pp. 877-83. Benjamin freqüentemente se refere a ele de
modo indireto e cita-o no ensaio sobre Baudelaire.
5 Ambos recentemente reiteraram essa posição — Scholem em sua Conferência em Memória de Leo
Baeck, em 1964, quando disse: “Estou inclinado a considerar maléfica, e sob alguns aspectos desastrosa, a
influência de Brecht sobre a produção de Benjamin nos anos 1930”, e Adorno numa declaração a seu
discípulo Rolf Tiedemann, segundo a qual Benjamin admitira para Adorno que havia escrito “seu ensaio
sobre a Obra de Arte a fim de superar em radicalismo a Brecht, a quem temia” (citado em Rolf Tiedemann,
Studien zur Philosophie Walter Benjamins, Frankfurt, 1965, p. 89). É improvável que Benjamin tivesse
expressado temor a Brecht, e Adorno não parece afirmar que o tenha feito. Quanto ao resto da declaração, é
infelizmente muitíssimo provável que Benjamin o tenha feito por temer a Adorno. É verdade que Benjamin
era muito tímido em seus contatos com pessoas que não conhecesse desde sua juventude, mas temia apenas
as pessoas de quem dependia. Tal dependência em relação a Brecht só se teria efetivado se tivesse seguido
sua sugestão para se mudar de Paris para as proximidades de Brecht, na Dinamarca, país consideravelmente
menos dispendioso. Quando se pôs a questão, Benjamin teve sérias dúvidas quanto a uma tal exclusiva
“dependência de uma só pessoa”, num país estranho, com uma “língua totalmente desconhecida” (Briefe,
vol. ii, pp. 596, 599).
6 Na resenha do Dreigroschenroman. Cf. Versuche über Brecht, Frankfurt, 1966, p. 90.
7 Agora parece que se salvou praticamente tudo. Os manuscritos escondidos em Paris foram enviados,
conforme as instruções de Benjamin, a Theodor W. Adorno, segundo Tiedemann (op., cit., p. 212), estão
agora na “coleção particular” de Adorno em Frankfurt. Há também reimpressões e cópias da maioria dos
textos na coleção particular de Gershom Scholem em Jerusalém. O material confiscado pela Gestapo
apareceu na República Democrática Alemã. Ver “Der Benjamin-Nachlass in Potsdam”, por Rosemarie
Heise in Alternative, outubro-novembro de 1967.
8 Cf. “Walter Benjamin hinter seinen Briefen”, Merkur, março de 1967.
9 Cf. Pierre Missac, “L’Eclat et le secret: Walter Benjamin”, Critique, no 231-2, 1966.
10 Max Rychner, o editor recém-falecido da Neue Schweizer Rundschau, era uma das figuras mais cultas
e refinadas da vida intelectual da época. Como Adorno, Ernst Bloch e Scholem, publicou suas
“Erinnerungen an Walter Benjamin” in Der Monat, setembro de 1960.
11 Ibid.
12 Kafka, cujo ponto de vista sobre essas questões era mais realista do que qualquer um de seus
contemporâneos, disse que “o complexo paterno que é o alimento intelectual de muitos [...] se refere ao
judaísmo dos pais [...] a vaga anuência dos pais (essa vagueza era o ultraje)” ao abandono do aprisco
judaico por parte de seus filhos: “com a perna de trás ainda presa ao judaísmo de seus pais, e com a perna
da frente sem encontrar nenhum solo novo” (Franz Kafka, Briefe, p. 337).
13 Ibid., p. 55.
14 Uma área residencial elegante de Berlim.
15 Ibid., p. 339.
16 Ibid., p. 337.
17 Ibid., p. 336-8.