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Revista Analytica Edição 117

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Composto Químico<br />

IMPORTÂNCIA DOS ÁCIDOS GRAXOS<br />

DE CADEIA LONGA<br />

Por: Prof. Dr. Marcos Roberto Ruiz<br />

Ácidos graxos são todos os ácidos<br />

monocarboxílicos alifáticos. No entanto, existem<br />

algumas exceções, todos os ácidos encontrados<br />

na natureza são de alto peso molecular, em<br />

geral de cadeia linear, saturados e insaturados.<br />

Também é possível substituintes na cadeia, como<br />

grupos metílicos, hidroxílicos ou carbonílicos.<br />

Figura 1: Estrutura química do ácido linolênico<br />

Os principais ácidos saturados (AGS) são o láurico<br />

(C12:0), palmítico (16:0) e o esteárico (18:0), e<br />

insaturados o oléico (18:1n-9), linoléico (18:2n-<br />

6) e linolênico (18:3n-3). Os ácidos graxos<br />

ramificados são aqueles que contém um ou mais<br />

grupos metílicos (– CH3) ligados a átomos de<br />

carbonos da cadeia normal. Os ácidos saturados<br />

mono-ramificados das séries iso grupo metil<br />

ligado ao penúltimo carbono enumerado a partir<br />

da carboxila e anteiso grupo metil ligado ao<br />

antepenúltimo carbono são os mais comuns.<br />

graxos. Dos monoinsaturados originam<br />

os poliinsaturados (AGPI), por ação de<br />

dessaturases específicas para a posição da<br />

ligação dupla da cadeia.<br />

As principais fontes de ácidos graxos para a<br />

síntese dos triglicerídios são a dieta e a síntese<br />

no organismo. Outras fontes, citadas como<br />

secundárias são os ácidos graxos liberados de<br />

estoques do próprio corpo e aqueles obtidos por<br />

longa e proporcionam muitos benefícios para o<br />

organismo, mas, porque essa nomenclatura? A<br />

explicação está na relação com o alfabeto grego,<br />

onde o ômega é a última letra, portanto, a partir<br />

do final da cadeia, conta-se os carbonos até a<br />

primeira dupla ligação, a figura 1 apresenta a<br />

explicação da nomenclatura ômega.<br />

Os ácidos graxos poliinsaturados n-6 da dieta<br />

ou provenientes das reservas celulares, podem<br />

Os ácidos graxos possuem suas propriedades<br />

físicas e dos compostos que os contenham<br />

determinados pelo comprimento e grau de<br />

insaturação da cadeia carbônica dos mesmos.<br />

elongação da cadeia e dessaturação de ácidos<br />

graxos endógenos ou exógenos.<br />

A biossíntese dos triacilgliceróis pode se dar por<br />

caminhos diferentes, como pelo ácido fosfatídico,<br />

seguir uma transformação metabólica muito<br />

similar a dos AGPI n-3. Esta transformação<br />

também acontece no retículo endoplasmático<br />

e utiliza as mesmas enzimas que os AGPI<br />

n-3 (desaturase e elongase), sendo possível<br />

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<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Março 2022<br />

Através dos ácidos graxos saturados (AGS)<br />

formam-se os monoinsaturados (AGMI),<br />

no fígado, através da reação catalisada por<br />

dessaturases mitocondriais, que são enzimas<br />

que catalisam a desidrogenação dos ácidos<br />

pelo monoacilglicerol e pela diacilglicerol<br />

transcilase (DGTA).<br />

Os ácidos graxos poliinsaturados mais conhecidos<br />

popularmente são os denominados ômega<br />

3 ou n-3 e o ômega 6 ou n-6, são de cadeia<br />

a formação de um produto final n-6, e que<br />

possuem cinco duplas ligações. Portanto, o<br />

destino dos ácidos graxos da série n-6, não<br />

parece ser o mesmo que o dos AGPI n-3. O<br />

produto final mais importante da via metabólica<br />

seria o ácido araquidônico (C20:4n-6), e

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