Revista Analytica Edição 117
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Artigo 2<br />
o desenvolvimento de câncer e doenças<br />
cardiovasculares. A vitamina E também<br />
demonstrou desempenhar um papel na função<br />
de imunidade, no reparo do DNA e em outros<br />
processos metabólicos. Shahidi e sua equipe<br />
realizaram uma excelente pesquisa sobre<br />
os benefícios, como regulação da expressão<br />
gênica, transdução de sinal e modulação das<br />
funções celulares, prevenção de certos tipos<br />
de câncer, doenças cardíacas e outras doenças<br />
crônicas, do uso de Tocoferóis e Tocotrienol em<br />
dietas emergentes.<br />
lipídios sensíveis à oxidação, como os de óleos<br />
marinhos e de outros óleos, tais como germe de<br />
aveia, cevada e trigo.<br />
No Brasil, o Ministério da Agricultura publicou<br />
a Instrução Normativa nº 110 de 24 de<br />
novembro de 2020 que estabelece a lista de<br />
matérias-primas aprovadas como ingredientes,<br />
aditivos e veículos para uso na alimentação<br />
animal designa o destilado como um produto<br />
emulsificante ou estabilizantes (ácidos graxos<br />
livres, mono, di e triacilgliceróis).<br />
Europeia. Este mesmo posicionamento já havia<br />
sido definido pelo FEDIOL no seu comunicado<br />
“SAFE FEED APPLICATION OF DEODISTILLATES”<br />
emitido em 22 de dezembro de 2016.<br />
Varona realizou uma pesquisa sobre a<br />
composição e valor nutricional dos óleos<br />
ácidos e destilados utilizados na alimentação<br />
de animais e fez recomendações de dosagem<br />
e concentração em sua conclusão relatando a<br />
importância de a indústria padronizar os tipos<br />
de subprodutos.<br />
Sabendo-se do potencial alimentício deste<br />
produto, em alguns países, o DDOS é usado<br />
em rações para animais e aves e agentes<br />
fluidificantes para lecitina. O tocoferol extraído<br />
do destilado da desodorização também é<br />
utilizado para estabilizar suplementos de<br />
Na Europa, o GMP International publicou<br />
norma “TS 1.4 Forbidden Products and Fuels”<br />
em julho de 2020 permitindo o uso de destilado<br />
da desodorização nas rações para animais<br />
desde que atenda os limites de substâncias<br />
indesejadas estabelecidos pela Comunidade<br />
Bezerra et. al (2021) descreveram um processo<br />
industrial completo de purificação de tocoferol<br />
com concentração de mais de 15% por meio<br />
de destilação molecular inédito no Brasil<br />
demonstrando que o destilado da desodorização<br />
pode ser purificado para utilização em produtos<br />
alimentícios e farmacêuticos. Atualmente existe<br />
diversas tecnologias de purificação de tocoferol<br />
a partir do destilado da desodorização, entre<br />
elas podem ser citadas Solventes Eutéticos<br />
Profundos, destilação molecular, modificação<br />
química e enzimática.<br />
Conclui-se que por meio das tecnologias<br />
disponíveis, é possível sim, transformar o destilado<br />
da desodorização em um produto alimentício<br />
seguro para consumo humano e animal.<br />
20<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Março 2022<br />
Referências Bibliográficas<br />
BENITES, C. I.; CHONCA, V. O. C.; REIS, S. M. P. M; DE OLIVEIRRA,<br />
O. C. Physiochemical characterization of soybean oil deodorizer<br />
distillate. Chemical Engineering Transactions Journal, v. 17, p.<br />
903-908, 2009. Disponível em:< https://www.researchgate.<br />
net/profile/Cibelem-Benites/publication/279153247_<br />
Physiochemical_Characterization_of_Soybean_Oil_<br />
Deodorizer_Distillate/links/568d414e08aead3f42ed929e/<br />
Physiochemical-Characterization-of-Soybean-Oil-Deodorizer-