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Revista Analytica Edição 117

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Artigo 1<br />

Um outro fator que pode estar contribuindo<br />

para este comportamento pode estar<br />

relacionado ao fato do resíduo de construção e<br />

demolição estar, provavelmente, influenciando<br />

de modo a promover uma melhor hidratação<br />

do cimento. Isso faz com que se tenha uma<br />

maior completeza das fases hidratadas do<br />

cimento. Estas fases, especialmente, os silicatos<br />

de cálcio hidratados (C-S-H) são os principais<br />

responsáveis pela resistência mecânica durante<br />

o processo de cura (14). Vale destacar que<br />

os corpos cimentícios apresentaram valores<br />

médios de resistência a compressão superiores<br />

ao valor mínimo estabelecido por norma para<br />

toda a faixa de incorporação dos resíduos<br />

estudados (ver Figura 4).<br />

a compressão dos corpos cimentícios contendo o<br />

resíduo de serragem de madeira. Já na Figura<br />

5 (c) (Traço TRRCD 2) pode ser observado uma<br />

superfície de fratura com textura mais suave,<br />

mais compacta e menos porosa.<br />

A Tabela 2 apresenta os resultados para o módulo<br />

de Weibull (m), a resistência característica (xu)<br />

e o coeficiente de correlação (R) para os corpos<br />

cimentícios estudados. Esses parâmetros foram<br />

determinados por regressão linear seguindo o<br />

procedimento descrito anteriormente.<br />

Primeiramente, é importante observar na Tabela<br />

2 que os valores de coeficiente de correlação são<br />

próximos de 1. Isto é importante, pois indica<br />

A Figura 5 (a – c) apresenta a evolução estrutural<br />

da superfície de fratura para os corpos cimentícios<br />

depois de curados por 28 dias.<br />

que os dados experimentais de resistência<br />

a compressão para os corpos cimentícios<br />

incorporados com os resíduos estudados são<br />

ajustados de acordo com a teoria de Weibull.<br />

14<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Março 2022<br />

Pode ser observado na Figura 5 (a) que os<br />

corpos cimentícios representativos do traço de<br />

referência (Traço T0) apresentam uma estrutura<br />

compacta e homogênea. Na Figura 5 (b) (Traço<br />

TRRSM 2) pode ser observado uma superfície<br />

de fratura mais grosseira, rugosa, heterogênea<br />

e porosa. Isso pode explicar o empacotamento<br />

menos eficiente entre as partículas. A porosidade<br />

observada é a principal responsável pela alteração<br />

das propriedades físico-mecânicas, resultando<br />

em menor retração volumétrica, menor massa<br />

específica aparente, maior absorção de água<br />

e menor resistência a compressão. Defeitos<br />

como poros funcionam como concentradores<br />

de tensão, principalmente, poros com formatos<br />

irregulares (poros menos arredondados). Esses<br />

defeitos contribuem para a redução da resistência<br />

Além disso, eles podem ser representados por<br />

uma equação de primeiro grau. Ou seja, os<br />

valores dos coeficientes (R) obtidos, indicam<br />

a validade do uso da análise de Weibull na<br />

avaliação do comportamento mecânico dos<br />

materiais cerâmicos estudados.<br />

Figura 5: Fotomicrografias dos corpos<br />

cimentícios: (a) T0; (b) TRRSM 2 e (c) TRRCD 2.<br />

Tabela 2: Parâmetros da Análise Estatística de Weibull

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