NBE POA MAR_2022
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de Capa<br />
tar ao longo de sua existência o desaparecimento<br />
(ou drástica redução) de<br />
vários animaizinhos que eram encontrados<br />
na beira do mar, como caramujos,<br />
estrelas do mar, conchas especiais<br />
e mesmo as (temíveis) águas-vivas, sem<br />
falar de peixes que nunca mais apareceram.<br />
A vida veio do mar há 3,5 bilhões<br />
de anos.<br />
Mas bastaram os últimos 200 anos,<br />
com a chegada da Era Industrial, para<br />
que a civilização passasse a comprometer<br />
a própria vida dos oceanos com as<br />
“zilhões” de toneladas de resíduos líquidos<br />
e físicos decorrentes das atividades<br />
humanas, jogadas ao mar diariamente.<br />
SEM <strong>MAR</strong> NÃO HÁ VIDA<br />
Todos temos uma estreita relação<br />
com o mar, seja pelo prazer de estar<br />
em sua companhia, pelos produtos<br />
dali extraídos (ou que por ali transitam)<br />
para nosso consumo e mesmo<br />
para respirar.<br />
Ao contrário do que muitos pensam,<br />
a maior parte (mais de 50%) da<br />
produção do oxigênio que necessitamos<br />
para viver é produzida por plânctons,<br />
algas e bactérias que vivem nos<br />
É chato e dá trabalho, mas é de responsabilidade de cada<br />
um avaliar a necessidade real de cada item consumido e<br />
conferir a “pegada ecológica” que o produto deixa.<br />
mares, segundo reconhece o próprio<br />
Instituto Brasileiro de Florestas. Ou<br />
seja, os mares são o verdadeiro pulmão<br />
da Terra. Também são fundamentais<br />
para regular o clima no planeta e<br />
influenciam toda a produção agrícola.<br />
Sem mar não há vida. A Organização<br />
das Nações Unidas (ONU) declarou<br />
que de 2021 a 2030 seria realizada<br />
a Década da Ciência Oceânica para<br />
o Desenvolvimento Sustentável – mais<br />
conhecida como Década do Oceano.<br />
O foco nos oceanos será essencial<br />
para a sociedade discutir as ameaças já<br />
vivenciadas pela vida marinha. A poluição<br />
plástica, acidificação, pesca predatória<br />
e o aquecimento global são alguns<br />
dos problemas a serem freados. E tomar<br />
providências urgentes.<br />
De acordo com os resultados estudo<br />
realizado por cientistas da Universidade<br />
de Reading, da Inglaterra, mais da<br />
metade dos oceanos Atlântico, Pacífico<br />
e Índico podem ser considerada afetada<br />
por mudanças climáticas.<br />
A previsão é de que - se nada for<br />
feito - este percentual chegue a 80%<br />
em 60 anos. Os oceanos do hemisfério<br />
Sul são afetados mais rapidamente, com<br />
alterações significativas que vem sendo<br />
detectadas desde a década de 80.<br />
Estamos longe de descobrir todas<br />
as espécies que vivem neste vasto universo<br />
dos oceanos, mas já podemos<br />
constatar os graves impactos que a sociedade<br />
industrial vem causando sobre<br />
esta fonte da vida.<br />
Se quisermos continuar usufruindo<br />
da generosidade oceânica que tanto<br />
sustenta a vida, temos que mudar nosso<br />
relacionamento com a água, desde o<br />
uso doméstico até a destinação de nossos<br />
resíduos.<br />
a<br />
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