BALCONISTA S/A - Edição 32

Está no ar a 32ª edição da revista Balconista S/A! Lançamos a primeira Balconista S/A de 2022 anunciando a boa nova da SK para as mídias sociais: a TV Mobility. Você também vai conhecer Angra Omena, a mulher que trocou o consultório pelo balcão de autopeças, além de conferir alguns dos principais carros a entrarem no mercado nacional. Na seção Placa Preta, temos conteúdo em dobro: a vibração de um apaixonante Ford Mustang Fasback 1967, reforçado com o peso do Scania Vabis 1970. Boa leitura! Está no ar a 32ª edição da revista Balconista S/A!

Lançamos a primeira Balconista S/A de 2022 anunciando a boa nova da SK para as mídias sociais: a TV Mobility. Você também vai conhecer Angra Omena, a mulher que trocou o consultório pelo balcão de autopeças, além de conferir alguns dos principais carros a entrarem no mercado nacional. Na seção Placa Preta, temos
conteúdo em dobro: a vibração de um apaixonante Ford Mustang Fasback 1967, reforçado com o peso do Scania Vabis 1970.

Boa leitura!

23.02.2022 Views

UM PROJETO DE: 5G E O SETOR AUTOMOTIVO O impacto da nova tecnologia no trânsito e na indústria. DO CONSULTÓRIO AO BALCÃO A pandemia como divisor de águas na vida de Angra Omena. PLACA PRETA Ford Mustang e Scania Vabis 1

UM PROJETO DE:<br />

5G E O SETOR<br />

AUTOMOTIVO<br />

O impacto da nova<br />

tecnologia no trânsito e<br />

na indústria.<br />

DO CONSULTÓRIO<br />

AO BALCÃO<br />

A pandemia como divisor<br />

de águas na vida de<br />

Angra Omena.<br />

PLACA PRETA<br />

Ford Mustang e<br />

Scania Vabis<br />

1


2<br />

3


DIRETOR DE PLANEJAMENTO:<br />

FABIO LOMBARDI<br />

DIRETOR DE CRIAÇÃO:<br />

GABRIEL CRUZ<br />

42 22<br />

5G e o<br />

setor<br />

automotivo<br />

Saiba como a nova<br />

tecnologia poderá<br />

impactar o trânsito<br />

e a indústria.<br />

DO CON-<br />

SULTÓRIO AO<br />

BALCÃO<br />

Conheça Angra<br />

Omena, que<br />

abandonou a carreira<br />

de dentista para tocar<br />

uma autopeças em<br />

Manaus.<br />

CONSULTOR EDITORIAL:<br />

CLAUDIO MILAN<br />

DIRETOR DE ARTE:<br />

PEDRO GUILHERME<br />

EDITOR-CHEFE:<br />

LUCAS CAETANO<br />

JORNALISTAS:<br />

FERNANDA ROSENDO<br />

LUCAS CAETANO<br />

MANUELA MONTEZ<br />

RENAN NIEVOLA<br />

STÉPHANY NUNES<br />

EQUIPE DE ARTE:<br />

ISABELA GOMES<br />

EQUIPE SK:<br />

CEO:<br />

GERSON PRADO<br />

DIRETOR DE VENDAS E<br />

COMUNICAÇÃO CORPORATIVA:<br />

FLÁVIO PORTELA<br />

6<br />

WIKIPEÇAS<br />

FATOS<br />

Válvula termostática:<br />

informações<br />

e cuidados<br />

necessários.<br />

4<br />

9 20<br />

PLACA<br />

PRETA<br />

Em dose dupla: Ford<br />

Mustang 1967 e<br />

Scania Vabis 1970.<br />

8 OU 80<br />

Diferenças entre<br />

pastilhas de freio<br />

metálicas e de<br />

cerâmica.<br />

28 30<br />

TV<br />

MOBILITY<br />

Está no ar o novo<br />

canal de mídia da SK.<br />

POR DENTRO DO<br />

MERCADO<br />

Lançamentos de carros<br />

previstos para 2022<br />

40<br />

E<br />

BOATOS<br />

O que é verdade e o<br />

que é mito sobre as<br />

rodas de liga leve.<br />

GERENTE DE MARKETING :<br />

FERNANDO OLIVEIRA NETO<br />

5


WIKIPEÇAS<br />

Um dos componentes mais importantes<br />

do sistema de arrefecimento, a válvula SINAIS DE<br />

termostática é responsável por<br />

manter a temperatura do motor dentro DESGASTE<br />

dos parâmetros especificados pelo<br />

O alto consumo de combustível ou a luz da temperatura<br />

fabricante do veículo, seja qual for a<br />

acesa no painel são um dos principais – e visíveis – alertas<br />

condição de uso.<br />

que o motorista recebe. Nesses casos, o ideal é levar o<br />

Desse modo, a peça bloqueia ou libera a<br />

veículo imediatamente para uma oficina de sua confiança.<br />

passagem do líquido de arrefecimento<br />

Para preservar a válvula, a dica é sempre<br />

para o radiador, exercendo também<br />

Defeitos na válvula costumam remeter ao superaquecimento,<br />

manter o fluido de refrigeração com o<br />

um papel fundamental para reduzir a<br />

de modo que o líquido circule apenas pelo motor, obstruindo<br />

aditivo correto. Também vale reforçar<br />

emissão de poluentes e o consumo de<br />

a conexão do circuito do radiador, aumentando, assim, a<br />

aquela velha dica: não deixe de levar seu<br />

combustível. Isso porque ela mantém<br />

temperatura. Mas também pode haver o contrário, ou seja,<br />

a temperatura ideal de operação do<br />

veículo para a manutenção preventiva.<br />

motor, evitando o superaquecimento.<br />

um excesso de refrigeração enquanto a válvula estiver<br />

aberta ou se ela for retirada.<br />

Você irá evitar dores de cabeça e gastos<br />

desnecessários.<br />

ÁLVULA<br />

Por fim, jamais retire a válvula sem<br />

trocar a carcaça de plástico presa ao<br />

motor – onde geralmente a peça fica<br />

acoplada. Caso contrário, o plástico estará<br />

suscetível a ressecar e trincar em função<br />

das alterações térmicas.<br />

ERMOSTÁTICA<br />

SISTEMA DE<br />

ARREFECIMENTO<br />

Além da válvula termostática, o conjunto conta com os<br />

seguintes itens: bomba d’água; sensor de temperatura;<br />

reservatório; radiador; aditivo, e ventoinha. O sistema<br />

recebe esse nome devido à função de manter a<br />

temperatura ideal do motor, que não consegue controlar<br />

o próprio calor por si só.<br />

CUIDADOS<br />

NECESSÁRIOS<br />

Além disso, ele é fundamental para aumentar o ponto de<br />

ebulição da água – que, assim, passa a ferver acima dos<br />

100 ºC, evitando a corrosão do motor.<br />

WIKIPEÇAS7<br />

6<br />

1 27


PLACA<br />

PRETA<br />

FORD MUSTANG FASTBACK 1967<br />

SCANIA VABIS 1970<br />

Em dose dupla, a pão de ló<br />

A seção Placa Preta não poderia começar<br />

2022 em melhor estilo: com um<br />

dos clássicos mais desejados pelos<br />

colecionadores somado a um reforço<br />

de peso. Isso sem contar a surpresa<br />

que os próximos meses devem reservar,<br />

como você verá até o fim desta<br />

matéria.<br />

Valter Fernandes, 65 anos, nos brinda<br />

não apenas com o carro Ford Mustang<br />

Fastback 1967, dono de uma apaixonante<br />

cor vermelha, como também<br />

apresenta o caminhão Scania Vabis<br />

1970, que reluz a vibração da sua tonalidade<br />

laranja.<br />

Empresário no ramo de transportes<br />

desde 1986, Valter absorveu do pai o<br />

conhecimento pelos carros e a mecânica<br />

automotiva. Este pai, por vários<br />

anos dono de oficina, passou a contar<br />

com a ajuda do filho em 1962, no<br />

que podemos chamar, literalmente, de<br />

uma paixão desde criança.<br />

8<br />

9


FORD MUSTANG<br />

Valter tem o Mustang há 26 anos,<br />

e, ao que consta, é o segundo<br />

dono do veículo. Seu Fastback é<br />

100% original, com motor V8 302<br />

5 litros injetado, 40 cavalos, caixa<br />

Tremec 5, diferencial Fomoco blocante,<br />

balanceiro roletado e freio<br />

a disco nas quatro rodas.<br />

DUREX VOLTOU!<br />

Feita para durar.<br />

O interesse em adquirir o icônico<br />

modelo da Ford se arrastou por<br />

muito tempo, estimulado por um<br />

exemplo na própria família.<br />

“Meu irmão mais velho tinha um<br />

Mustang 1966 2+2 preto, mas<br />

vendeu para comprar a primeira<br />

casa para morar. E como eu tinha<br />

só 16 anos na época, não havia<br />

possibilidade de comprar”, conta.<br />

Mas a ideia persistia e seguia<br />

amadurecendo; bastava atingir<br />

a fase adulta e esperar alguma<br />

oportunidade – quesito este um<br />

pouco mais complicado, dada a<br />

raridade do produto no Brasil.<br />

Também por isso, dificilmente há<br />

exemplares disponíveis.<br />

“Eu conhecia o dono e tentei<br />

comprar o carro por algumas vezes,<br />

até que em dado momento<br />

ele resolveu vender. Naquele<br />

período eu tinha uma Dodge 100<br />

1971, e consegui vendê-la rápido<br />

para comprar o Mustang. Agora,<br />

está aí comigo, tratado a pão<br />

de ló, e vai ficar para a família. É<br />

inegociável”, relata Valter.<br />

TRADIÇÃO<br />

Quase 90 anos de história, a<br />

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10<br />

11


SCANIA VABIS<br />

Não que o Mustang já não represente um peso considerável<br />

às nossas páginas, mas quando o acréscimo de carga é algo,<br />

nesse caso, literal, o reforço é muito bem-vindo. Importante<br />

nome da linha pesada, o Scania Vabis é outra atração na<br />

garagem de Valter.<br />

“Eu usava o Scania para viajar transportando macarrão<br />

quando trabalhava na Adria (empresa de alimentos). E foi<br />

ele quem marcou o início da minha transportadora.”<br />

Raro atualmente e 100% original, o caminhão possui motor<br />

6 cilindros, câmbio de 5 marcas, diferencial com duas coroas,<br />

além de oferecer bastante força, apesar da baixa velocidade.<br />

A exemplo do Mustang, o Vabis destina-se a exposições e<br />

passeios, demandando os mesmos cuidados do automóvel:<br />

“uma volta por semana para funcionar freio, motor e movimentar<br />

o equipamento”, diz Valter.<br />

Desde a compra do Mustang,<br />

Valter fez duas reformas no<br />

veículo, para fins de manutenção.<br />

Em relação aos cuidados<br />

cotidianos e aos locais onde o<br />

automóvel circula, ele explica:<br />

“Costumamos levá-lo a passeios<br />

ou encontros no interior.<br />

No dia a dia, deixo na garagem<br />

aqui da empresa, guardado e<br />

coberto. Ligamos uma vez por<br />

semana para dar uma volta e<br />

manter o funcionamento dos<br />

freios, da suspensão, e não<br />

apenas do motor. É preciso cuidar<br />

também do sistema hidráulico,<br />

tudo direitinho.”<br />

Além disso, ao longo da história<br />

de sua relíquia Valter já levou<br />

17 noivas – filhas de amigos<br />

- à igreja para casar.<br />

12<br />

13


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14<br />

15


A OFICINA E O PROJETO<br />

DE OUTRO CLÁSSICO<br />

O fundo do pátio da transportadora abriga<br />

uma oficina onde Valter faz todos os reparos<br />

dos seus veículos.<br />

Entre os itens que compõem o ambiente,<br />

chama atenção um torno Imor de 1 metro e<br />

meio entre pontos, comprado em 1957 pelo<br />

pai de Valter, justamente no ano de nascimento<br />

do filho.<br />

“Foi nessa máquina que eu e meus irmãos<br />

aprendemos a trabalhar desde pequeno;<br />

por isso, mantenho-o até hoje. Ele nos ajudou<br />

muito.”<br />

Além disso, há um lugar especial para pendurar<br />

as placas dos veículos que foram reformados<br />

na oficina, incluindo o Mustang<br />

e o Vabis.<br />

Tivemos, por fim, a oportunidade de esbarrar<br />

com outro clássico em plena construção,<br />

suspenso bem à porta da oficina.<br />

Valter está montando um Ford GT40 1967<br />

– aquele mesmo do filme Ford vs Ferrari,<br />

estrelado por Matt Damon e Christian Bale.<br />

A tendência é que o carro fique pronto em<br />

março, quando, evidentemente, será submetido<br />

ao emplacamento na cor preta.<br />

“Já mandamos todo o material dele para<br />

zincagem, para garantir proteção. E agora<br />

vou para seguir a montagem”, planeja.<br />

16<br />

17


18<br />

19


OU<br />

Presente nos veículos em escala industrial desde a década de 1950, o<br />

sistema de freios a disco representou uma maior segurança ao processo de<br />

frenagem. Na maioria da frota, o conjunto é utilizado nas rodas dianteiras.<br />

Entre seus componentes estão as pastilhas de freio, cuja função é diminuir<br />

a rotação das rodas e reduzir a velocidade da máquina, enquanto seu<br />

desgaste ocorre de forma proporcional ao uso do freio. Existem quatro<br />

tipos delas, com destaque para as metálicas e as de cerâmica. Vamos,<br />

então, comparar esses dois modelos, mostrando seus principais prós e<br />

contras, para que você veja qual é o mais indicado ao seu veículo.<br />

Maior suavidade<br />

e precisão<br />

Indicadas para automóveis<br />

de alto desempenho<br />

P<br />

A<br />

S<br />

T<br />

I<br />

L<br />

H<br />

A<br />

S<br />

Boa relação<br />

custo-benefício<br />

Emite ruídos conforme<br />

o desgaste<br />

Não absorvem<br />

água da chuva<br />

Mais resistente<br />

e durável<br />

P<br />

A<br />

S<br />

T<br />

I<br />

L<br />

H<br />

A<br />

S<br />

M<br />

E<br />

T<br />

A<br />

L<br />

I<br />

C<br />

A<br />

S<br />

’<br />

Indicada para veículos<br />

pesados<br />

Manutenção acessível<br />

Compostas de latão, ferro ou alumínio, as pastilhas metálicas são<br />

recomendadas para veículos mais pesados. Suas principais vantagens<br />

correspondem ao custo-benefício na relação entre preço, durabilidade e<br />

acessibilidade à manutenção. Mas, devido ao peso, a peça tem dificuldade<br />

em controlar o consumo de combustível, além de apresentar ruídos conforme<br />

o desgaste - o que, no entanto, ajuda a identificar a hora certa de trocá-la.<br />

Construídas com fibras de cerâmica, enchimentos não ferrosos e<br />

agentes de ligação, essas pastilhas se destacam pela ótima dissipação<br />

do calor, o que garante alta performance, durabilidade e segurança.<br />

Nesses quesitos, trata-se das melhores do mercado. Porém, até por<br />

ser indicada para automóveis de alto desempenho, a peça é muito mais<br />

cara, além de não ser compatível com qualquer modelo de veículo.<br />

D<br />

E<br />

C<br />

E<br />

R<br />

A<br />

M<br />

I<br />

C<br />

A<br />

><br />

20<br />

21


DO CONSULTÓRIO<br />

ÀS AUTOPEÇAS<br />

Como o setor automotivo revolucionou a vida de Angra, uma balconista realizada.<br />

Sobre esse receio de se tornar<br />

balconista, Angra recorda a dedicação<br />

e as pesquisas, especialmente<br />

para manter as redes sociais<br />

ativas; afinal, fazer postagens<br />

das peças requer conhecer suas<br />

informações.<br />

Isso não significava abrir mão da<br />

carreira para a qual se formou na<br />

universidade. No entanto, retomar<br />

aquele caminho era uma questão<br />

complicada devido à circulação do<br />

coronavírus em níveis alarmantes.<br />

Diante do cenário, o Conselho<br />

Federal de Odontologia decidiu<br />

interromper a atuação presencial<br />

dos dentistas, salvo emergências.<br />

A Avenida Governador José Lindoso,<br />

também conhecida pela<br />

população local como Avenida<br />

das Torres, é uma via arterial<br />

da cidade de Manaus, capital<br />

do Amazonas. Naquele logradouro<br />

nasceu a AM Auto Peças,<br />

loja idealizada por Anderson<br />

Matos de Albuquerque (34),<br />

onde trabalha com sua esposa<br />

Angra Lucas Omena (27), nossa<br />

entrevistada.<br />

O comércio de autopeças no<br />

município era escasso antes<br />

da pandemia de Covid-19. Na<br />

época, Angra havia acabado de<br />

concluir a faculdade de odontologia,<br />

e dava seus primeiros<br />

passos na profissão. Entretanto,<br />

o sonho do marido sempre<br />

foi abrir a própria loja de componentes<br />

veiculares para atingir<br />

um público que não encontrava<br />

o serviço tão facilmente.<br />

O desejo surgiu após atuar<br />

como mecânico por 15 anos.<br />

“<br />

Com a pandemia não era viável retornar<br />

para a minha profissão, mas até o<br />

momento eu estou me sentindo muito<br />

mais realizada hoje, trabalhando junto<br />

com meu esposo. Eu gosto de atender o<br />

público e lidar com pessoas. A vida me<br />

trouxe para cá, e hoje nós vivemos de<br />

peças, e não de dente.<br />

“<br />

22<br />

23


“<br />

No dia a dia da loja, Angra revelou<br />

passar por várias situações inusitadas.<br />

Em uma delas, recentemente,<br />

dois motoristas que colidiram seus<br />

veículos chegaram na AM Auto Peças<br />

extremamente bem humorados, brincando<br />

com a episódio e conversando<br />

em tom de coleguismo.<br />

O MACHISMO NA PROFISSÃO<br />

Mesmo em um mercado ainda dominado<br />

pelos homens, Angra revelou nunca<br />

ter sofrido preconceito direto; mas,<br />

quando atende o telefone da loja, é<br />

comum que a pessoa do outro lado da<br />

solicite a ela que chame um vendedor<br />

homem.<br />

“Já chegaram no balcão também pedindo<br />

para eu chamar o vendedor. Eu<br />

digo ‘pois não, sou a vendedora’. Em<br />

seguida o cliente comenta: ‘É? Então<br />

vamos ver se você sabe mesmo’.”<br />

“Foi um atendimento super tranquilo.<br />

Foi interessante demais essa<br />

situação entre os dois. Normalmente,<br />

as pessoas ficam chateadas<br />

umas com as outras em casos de acidente.<br />

Mas eles não. Eu servi café e<br />

eles estavam super amigos”, relata.<br />

Bom atendimento é tudo<br />

Apesar desses questionamentos desdenhosos,<br />

a balconista diz contornar<br />

bem a situação. Isso porque, segundo<br />

ela, após passar a devida segurança<br />

de que entende do assunto, o cliente<br />

muda de postura e passa a respeitar o<br />

atendimento.<br />

Angra também ressaltou que é difícil<br />

mulheres buscarem a loja presencialmente,<br />

optando por tirarem suas dúvidas<br />

pelo canal do Whatsapp. Porém,<br />

quando vão ao balcão, sentem-se bem<br />

mais confortáveis ao serem atendidas<br />

por uma pessoa do mesmo gênero.<br />

“<br />

Pelo Whatsapp a gente busca<br />

dar ainda mais atenção,<br />

principalmente para as mulheres<br />

que não costumam entender<br />

tanto de autopeças. Uma vez,<br />

uma cliente perguntou se havia<br />

na loja o para-choque do Gol, e eu<br />

confirmei que tínhamos dianteiro<br />

e traseiro. Ela me perguntou: ‘mas<br />

o que é dianteiro?’. Nesses casos,<br />

um homem teria muito menos<br />

paciência para explicar”, lembra.<br />

24<br />

25


NO BALCÃO, REALIZADA<br />

necessariamente ser realizada na profissão.<br />

Sou realizada hoje com o que fazemos.”<br />

Hoje, os olhos de Angra não brilham mais<br />

quando o assunto é retornar à profissão de<br />

Para os clientes, ficam a confiança e a quali-<br />

dentista. Seu foco é fazer a AM Auto Peças<br />

dade de atendimento, já que o intuito é solu-<br />

BOM ATENDIMENTO<br />

É TUDO<br />

então tentamos fazer o cliente<br />

se sentir à vontade”.<br />

crescer e torná-la conhecida em toda a região<br />

Norte.<br />

cionar o problema deles, e não garantir vendas<br />

a todo custo.<br />

Atualmente, os antigos colegas<br />

dentistas de Angra tiram dúvidas<br />

com ela a respeito de componentes<br />

veiculares. O mesmo ocorre<br />

INSPIRANDO<br />

A CONCORRÊNCIA<br />

A AM Auto Peças se popularizou<br />

“Um dia vamos chegar no nível das maiores<br />

redes. Eu sonho em expandir, sonho bem<br />

alto. Não pretendo voltar para a odontologia.<br />

Eu sonhava em me tornar dentista, mas não<br />

“Costumamos não dizer para o cliente voltar<br />

sempre porque, geralmente, isso significa<br />

que ele bateu o carro. Mas digo, se ele precisar,<br />

para lembrar da gente”, finaliza.<br />

dentro da família e no círculo de<br />

depressa na cidade, e, hoje, ex-<br />

amigos, onde o casal é sempre<br />

istem duas empresas concor-<br />

procurado para a compra de au-<br />

rentes próximas ao local. Po-<br />

topeças. Mas a entrevistada não<br />

demos dizer que esses negócios<br />

deixa de criticar alguns fatores<br />

surgiram inspirados pela jornada<br />

que considera pertinente.<br />

de Angra e Anderson. De acordo<br />

com o marido, nada se cria; tudo<br />

“Infelizmente, a gente tem aqui<br />

se copia e evolui.<br />

em Manaus uma cultura de péssimo<br />

atendimento. Parece que<br />

“Nossa loja explodiu muito rápi-<br />

estamos fazendo um favor quan-<br />

do. No início, havia somente um<br />

do precisamos de um serviço ou<br />

concorrente que trabalhava com<br />

queremos comprar algo. Mas um<br />

carros de luxo. Hoje existem<br />

dos pontos em que mais recebe-<br />

várias autopeças, e até lugares<br />

mos elogio é o atendimento de<br />

que mexiam com sucata automo-<br />

qualidade do nosso balcão. Pre-<br />

tiva passaram a se denominar<br />

zamos pela simpatia, respeito<br />

autopeças. Nós revolucionamos o<br />

e disposição. Querendo ou não,<br />

mercado local”, orgulha-se Angra.<br />

bater o carro é um transtorno,<br />

26<br />

27


É A GRANDE NOVIDADE<br />

DOS CANAIS SK PARA 2022<br />

Anúncio foi feito durante evento que reuniu lideranças do mercado de reposição.<br />

De olho nas constantes<br />

atualizações do universo da<br />

comunicação, a SK anunciou<br />

seu novo projeto para mídias<br />

digitais: a TV Mobility.<br />

O canal reforçará a<br />

importância de mecânicos,<br />

balconistas de autopeças e<br />

amantes de motocicletas,<br />

destacando o que de melhor<br />

acontece no mercado da<br />

reposição automotiva – e das<br />

duas rodas.<br />

O lançamento oficial ocorreu<br />

em dezembro passado durante<br />

a Convenção Gerencial da<br />

SK Automotive, no Hotel<br />

Sheraton, em Santos (SP). No<br />

evento, estiveram presentes<br />

representantes das principais<br />

empresas do setor e parceiras<br />

da SK, que fizeram um balanço<br />

de 2021 e revelaram as<br />

expectativas para este ano.<br />

Assista ao vídeo para conferir<br />

nossa reportagem completa.<br />

Está no ar a TV Mobility!<br />

Clique na<br />

imagem ao<br />

lado e assista<br />

o vídeo do<br />

evento<br />

28<br />

29


OR DENTRODO MERCADO<br />

30<br />

31


ORD MAVERICK<br />

Divulgação: Ford<br />

A Ford apresenta a picape concorrente da Fiat Touro que chega importada<br />

do México em sua versão topo de linha Lariat FX4.<br />

A Maverick tem dimensões maiores do que a Toro e menores que a Ranger<br />

(para usar um exemplo da própria Ford). Além disso, ela é produzida sobre<br />

a plataforma C2, já encontrada em carros como o Bronco Sport e o Ford<br />

Focus. Econômica, a picape híbrida faz até 18km por litro, segundo testes<br />

de consumidores dos EUA.<br />

Seu conjunto mecânico se assemelha ao do SUV médio e conta com motor<br />

2.0 turbo Ecoboost de 240 cv, tração 4x4 e câmbio automático de 8<br />

marchas. O custo médio, por sua vez, gira em torno dos R$ 250 mil.<br />

<strong>32</strong><br />

33


A primeira grande reestilização de um dos automóveis mais baratos em solo<br />

nacional é uma das grandes promessas de carros para 2022.<br />

Com o objetivo de manter as boas vendas, o subcompacto tem seu motor<br />

1.0 SCe recalibrado, além de contar com controles de estabilidade e tração,<br />

os quais não são obrigatórios até 2024. O motor de 3 cilindros ganha um<br />

comando variável de válvulas - algo já visto no Sandero e no Logan.<br />

Agora as novidades do design: na dianteira, os faróis principais são mais finos,<br />

enquanto os auxiliares ficam mais abaixo, como no C4 Cactus da Citroën e na<br />

Fiat Toro.<br />

O Kwid reestilizado chega ao mercado custando a partir de R$ 59.890.<br />

ENAULT KWID<br />

34<br />

Divulgação: Renault 35


REAT WALL POER<br />

Divulgação: Great Wall<br />

Oficialmente dando partida em sua produção no Brasil, a chinesa Great<br />

Wall vem também como uma grande promessa para meados de 2022. A<br />

montadora pretende iniciar com uma série de SUVs compactos e médios,<br />

além da linha Poer (de picapes médias).<br />

Mirando o mercado hoje dominado pela Chevrolet S10 e Toyota Hilux, a Great<br />

Wall terá como diferencial seu custo benefício. Já a capacidade de carga da<br />

picape chinesa poderá atingir uma tonelada, abrangendo equipamentos de<br />

auxílio ao motorista em um espaço de 5,41m de comprimento.<br />

A linha Poer conta com dois motores 2.0 turbo - um a gasolina, e outro a<br />

diesel. Ambos possuem tração 4x4 e câmbio automático de oito marchas. Os<br />

valores da picape, por sua vez, devem variar entre R$110 mil e R$140 mil.<br />

36<br />

37


Divulgação: Fiat<br />

IAT FASTBACK<br />

Com base no carro-conceito apresentado no Salão de São Paulo em 2018, a Fiat<br />

aposta no esperado SUV-cupê da marca como opção entre compactos e médios<br />

para este ano.<br />

O modelo terá cerca de 4,30m de comprimento, com design baseado no Fiat<br />

Cronos. Na linha crossovers, o Fastback estará uma posição acima do Pulse e<br />

segue uma estratégia semelhante à da Honda HR-V.<br />

Assim como na Toro e no Jeep Compass, o motor será 1.3 turbo flex de 185/180<br />

cv, e, diferentemente do conceito exposto em 2018, suas linhas finais terão a<br />

frente do Pulse. Já o preço deve oscilar entre R$ 120 mil e R$ 170 mil.<br />

38<br />

39


FATOS E<br />

BOATOS<br />

RODAS DE LIGA<br />

LEVE<br />

Quando falamos em estética automotiva, as rodas de<br />

liga leve figuram entre os principais aspectos. São<br />

tipos fundidos, ou seja, seu material é aquecido até se<br />

transformar em líquido e ser despejado em um molde,<br />

ampliando a criatividade para se obter diversos formatos.<br />

Elas custam pelo menos o dobro dos modelos tradicionais<br />

(de aço), além de outras especificidades. Portanto, é<br />

importante conhecê-las para fazer a escolha certa. Confira<br />

o que é fato e o que é boato.<br />

F A T O S<br />

REDUZEM O<br />

CONSUMO DE<br />

COMBUSTÍVEL<br />

Como o próprio nome sugere, as<br />

rodas de liga leve diminuem o<br />

peso do veículo. Elas costumam<br />

ser 15% mais leves em relação às<br />

de aço, podendo chegar a 50% em<br />

modelos maiores usados em carros<br />

superesportivos ou bólidos de<br />

competição. E mais leveza significa<br />

redução no consumo de combustível,<br />

fator cada vez mais precioso em<br />

tempos de preço nas alturas.<br />

SE O DANO FOR GRANDE, NÃO BASTA RESTAURAR<br />

A reforma resolve pequenos arranhões ou pequenas trincas; mas se a roda amassou, quebrou ou soltou um pedaço,<br />

não vale a pena restaurar. Motivo: ao soldar o equipamento, não dá para saber se ficou alguma falha interna no<br />

local. Só é possível detectar tais problemas com aparelhos mais avançados, como um raio X. Desse modo, é preciso<br />

buscar uma empresa especializada, ou então trocar as rodas.<br />

B O A T O S<br />

MELHORAM O DESEMPENHO<br />

DE QUALQUER CARRO<br />

Se um carro foi fabricado com rodas de aço, trocálas<br />

pelas de liga leve não fará com que ele acelere e<br />

pare mais rapidamente. Isso porque poucos modelos<br />

trazem a liga leve em sua origem - o que, de fato,<br />

reduz bastante seu peso durante o tráfego. Assim, o<br />

aproveitamento total desse tipo se dá em carros de<br />

maior custo, esportivos ou de corrida. Já em automóveis<br />

convencionais, não dá para perceber a melhora.<br />

SÃO MAIS RESISTENTES EM<br />

TODOS OS ASPECTOS<br />

Embora as rodas de aço possuam calotas que riscam<br />

com mais facilidade, as de liga leve são suscetíveis<br />

a danos superficiais mais visíveis. Por exemplo, se<br />

ambas ralarem na parede, a primeira sofrerá um arranhão,<br />

enquanto a segunda terá cicatrizes mais profundas.<br />

Já em relação aos impactos de forma geral, a<br />

resistência de ambos os tipos é semelhante.<br />

40<br />

41


5G E O SETOR<br />

AUTOMOTIVO<br />

Como a tecnologia poderá impactar o trânsito e a indústria<br />

Uma revolução tecnológica<br />

está prestes a desabrochar com<br />

a nova geração de internet – a<br />

quinta, por isso o nome 5G -<br />

que promete transformar ainda<br />

mais a vida das pessoas através<br />

de algo muito além de um<br />

novo aumento na velocidade<br />

de conexão. Mas vale destacar<br />

que esse aumento não é mero<br />

detalhe: a velocidade pode ser<br />

até 100 vezes mais rápida em<br />

relação à do 4G.<br />

Uma nova geração de internet<br />

significa novas possibilidades;<br />

fique por dentro das mudanças<br />

que estão a caminho.<br />

Em termos gerais, as redes<br />

móveis operam através de radiofrequência<br />

transmitidas a<br />

partir de estações-base, que<br />

oferecem cobertura a diferentes<br />

áreas geográficas, denominadas<br />

“células”. Assim,<br />

o número de usuários por<br />

quilômetro quadrado foi aumentando<br />

com o passar do<br />

tempo, de modo que agora, com<br />

o 5G, será possível alcançar<br />

mais de um milhão de conexões<br />

numa mesma célula (hoje, esse<br />

número está na casa dos 100<br />

mil).<br />

A nova geração fará uso de um<br />

espectro de onda superior em<br />

comparação às redes anteriores,<br />

embora seu funcionamento<br />

se dê por meio da adaptação<br />

das antenas já existentes, usando<br />

as principais frequências<br />

entre 600 MHz e 42 GHz.<br />

42<br />

43


A EVOLUÇÃO DOS ‘GS’<br />

O 5G também representa a essência do conceito chamado Internet<br />

das Coisas (IoT), atribuído à capacidade de interconexão entre<br />

diversos dispositivos para além de computadores e celulares.<br />

44<br />

45


Internet das coisas (IoT)<br />

Tecnologia referente à conexão<br />

de itens utilizados no<br />

dia a dia com a rede mundial<br />

de computadores. Por exemplo,<br />

cada vez mais temos<br />

visto eletrodomésticos, meios<br />

de transporte, até mesmo<br />

roupas, além de muitos<br />

outros objetos cujas informações<br />

estão interligadas a<br />

celulares, smartphones etc.<br />

A IoT é o grande diferencial<br />

do 5g em relação às gerações<br />

anteriores.<br />

O 5G no setor automotivo<br />

Em coletiva de imprensa no<br />

fim do ano passado, o presidente<br />

da Associação Nacional<br />

dos Fabricantes de Veículos<br />

Automotores (Anfavea),<br />

Luiz Carlos Moraes, ressaltou<br />

o poder de transformação<br />

que acompanhará o 5G na indústria<br />

automotiva.<br />

“É uma grande transformação.<br />

Vamos começar pelas<br />

nossas fábricas, nossos<br />

fornecedores. Isso é muito<br />

importante para melhorar a<br />

eficiência da indústria. Com<br />

certeza é um caminho sem<br />

volta; o 5G vai trazer uma<br />

outra dimensão, e o setor<br />

automotivo vai liderar esse<br />

movimento.”<br />

De todo o valor que o 5G deverá<br />

gerar à economia mundial, aproximadamente<br />

20% está atrelado ao<br />

setor automotivo; afinal, não é só<br />

de montadoras que a área vive. Peguemos<br />

um exemplo de infraestrutura<br />

rodoviária, na qual as futuras<br />

obras serão incentivadas a instalar,<br />

concomitantemente, energia e fibra<br />

ótica, impactando diretamente os<br />

setores de armazenagem, comércio,<br />

transporte e logística.<br />

Dentro dos veículos, a promessa é de<br />

uma forte reformulação que engloba<br />

reconhecimento facial do motorista<br />

e outros dados a se interligarem com<br />

as informações do trânsito ao redor,<br />

reduzindo o risco de acidentes.<br />

Marcelo Zuffo, engenheiro eletricista<br />

e professor do Departamento de<br />

Engenharia de Sistemas Eletrônicos<br />

da Universidade de São Paulo (USP),<br />

menciona a questão técnica por trás<br />

da projeção:<br />

“Na norma de 5G existe todo um<br />

capítulo reservado a isso; por exemplo,<br />

como o veículo vai dialogar com<br />

a infraestrutura urbana (tecnologia<br />

V2I), com um semáforo, com a via,<br />

como uma placa de ‘Pare’ vai ser uma<br />

placa inteligente etc.”<br />

Zuffo também destaca que, pela primeira<br />

vez desde a versão 1G, uma<br />

tecnologia vem sendo aplicada sem<br />

que esteja totalmente pronta. Não à<br />

toa, o cronograma de implantação de<br />

veículos autônomos foi atrasado em<br />

função disso, pois chegou-se à conclusão<br />

que, antes, é necessário um<br />

amadurecimento da tecnologia V2X<br />

(vehicle-to-everything – veículo para<br />

tudo, em português):<br />

“Algumas normas do<br />

5g estão indefinidas, e<br />

uma grande promessa<br />

no campo da Internet<br />

das Coisas é justamente<br />

essa peculiaridade do<br />

5g em permitir a ligação<br />

‘machine to machine’<br />

(máquina com máquina).<br />

Além da V2X, esperamos<br />

muito das tecnologias<br />

V2H (veículo para<br />

humanos), V2I (veículo<br />

para infraestrutura)<br />

e V2V (veículo para<br />

veículo). São vários ‘Vs’<br />

para alguma coisa.”<br />

Foto: Marcos Santos / USP Imagens<br />

46<br />

47


Resposta à falta de semicondutores<br />

A partir das novas tecnologias, Luiz<br />

Carlos Moraes prevê que o número<br />

de chips semicondutores em cada<br />

veículo poderá até dobrar. Esse fator<br />

ganha ainda mais relevância após<br />

a crise de abastecimento que assolou<br />

o setor automotivo a ponto de<br />

causar sucessivas paralisações nas<br />

fábricas, principalmente devido à<br />

falta de semicondutores.<br />

Você sabia que o COXIM é um<br />

isolador de vibrações?<br />

Sinais para um futuro próximo<br />

Desde 2016, a Scania estuda e experimenta,<br />

a nível global, as possibilidades<br />

dos 5G em seus veículos.<br />

De acordo com Felipe Angelini, responsável<br />

por Soluções Conectadas<br />

da montadora, um dos potenciais<br />

meios de implementação é a condução<br />

em comboio (Platooning).<br />

“Pelo fato do 5G possuir baixa latência<br />

de tráfego dos dados, o Platooning<br />

permite que o veículo que está<br />

à frente compartilhe informações<br />

em tempo real de aceleração, frenagem<br />

e direção aos outros veículos<br />

que estão sincronizados atrás. Essa<br />

função permite que mais cargas sejam<br />

transportadas de maneira mais<br />

segura e eficiente, pois a distância<br />

entre os veículos pode ser diminuída,<br />

aproveitando melhor a aerodinâmica<br />

do primeiro veículo, além de economizar<br />

combustível, aumentar a efi-<br />

missão de dados em poucos segundos,<br />

poderá permitir atualizações<br />

remotas nos veículos, algo que a<br />

própria Scania já fez. Nesse sentido,<br />

a tendência do 5G, segundo ele, é<br />

potencializar a segurança no trânsito:<br />

Os COXINS também têm a função<br />

de isolar qualquer tipo de vibração<br />

ocasionada por fatores externos,<br />

impedindo que as trepidações<br />

sejam refletidas na carroceria.<br />

Essas vibrações ocorrem de acordo<br />

com os impactos que o veículo<br />

sofre por conta das trepidações,<br />

como passar por buracos, ruas<br />

desniveladas, lombadas, etc.<br />

50853C<br />

(GM)<br />

FAÇA REVISÕES EM SEU VEÍCULO REGULARMENTE.<br />

ciência do transporte e adicionar ainda<br />

mais segurança com tecnologias<br />

que suportam o motorista”, explica.<br />

Quanto a possíveis falhas de fabricação,<br />

Angelini salienta que a qualidade<br />

de conexão superior, com maior<br />

estabilidade e alta taxa de trans-<br />

“O 5G irá permitir que veículos transmitam<br />

informações extremamente<br />

detalhadas entre si, possibilitando<br />

aumentar ainda mais a segurança da<br />

operação. Um veículo comercial – especialmente<br />

o caminhão e o ônibus,<br />

por serem altos - acabam limitando a<br />

visibilidade de outros motoristas<br />

Pensou Coxim, Pensou<br />

Freudenberg-Corteco<br />

48<br />

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Visite a Corteco:<br />

Corteco Brasil<br />

49


que estão atrás deles. Quando essa<br />

Futuramente, por exemplo, câmeras in-<br />

Projeto na USP<br />

Commander – e a Fiat Toro, a inicia-<br />

comunicação entre veículos se tor-<br />

ternas poderão fazer o reconhecimento<br />

Atentos ao percurso da tecnologia,<br />

tiva conta com o auxílio da Tim e da<br />

nar uma realidade, o veículo à frente<br />

facial do motorista para dar partida no<br />

Marcelo Zuffo e a USP estão conduz-<br />

Accenture.<br />

poderá transmitir informações sobre<br />

motor. Além disso, com base no plane-<br />

indo no momento um projeto total-<br />

obstáculos que estão por vir, ou até<br />

jamento de rotas via GPS, será possível<br />

mente em consonância com o tema.<br />

A rede opera com duas antenas na<br />

mesmo dados de frenagem em tem-<br />

restringir o limite de velocidade e até<br />

O professor explica:<br />

faixa de 3,5 GHz, obtidas com li-<br />

po real para quem está atrás, evitando<br />

colisões, por exemplo.”<br />

Por fim, Angelini vislumbra como se<br />

daria a implantação da tecnologia 5G<br />

a curto prazo:<br />

“Existem basicamente<br />

três pontos de atenção<br />

na implementação de<br />

veículos autônomos:<br />

Tecnologia,<br />

Infraestrutura e<br />

Legislação. Com a<br />

tecnologia disponível,<br />

o que vemos no curto<br />

prazo é a possibilidade<br />

de implementação dos<br />

autônomos em operações<br />

controladas, como<br />

mineração, transporte de<br />

contêineres em docas,<br />

operações cíclicas e em<br />

ambientes confinados.”<br />

comunicar-se com a casa do condutor.<br />

O plano, segundo Isabel Faria, gerente<br />

de Comunicação da GM, “é expandir a<br />

tecnologia para outros modelos, incluindo<br />

veículos conectados da empresa<br />

já em circulação, que também se beneficiarão<br />

da possibilidade de maior<br />

transmissão de dados.”<br />

REDUÇÃO<br />

DOS RECALLS<br />

Várias vezes, você já deve ter lido<br />

notícias de montadoras que precisaram<br />

fazer um recall - tradução do<br />

inglês “chamar de volta – de um certo<br />

número de carros. Isto é, determinar<br />

que os consumidores que compraram<br />

tais modelos comparecessem a concessionárias<br />

ou oficinas autorizadas<br />

da marca para trocar ou realizar<br />

“É um projeto de<br />

semáforos 5G, com o<br />

intuito de que as pessoas<br />

– ou aplicativos – possam<br />

conversar com eles no<br />

futuro; semáforos com<br />

grau de autonomia em<br />

relação a controle central.<br />

Então, se uma mulher<br />

grávida estiver a caminho<br />

do hospital para dar à<br />

luz, ou se uma pessoa<br />

estiver sendo socorrida<br />

em uma ambulância, o<br />

semáforo se adaptaria<br />

a essas circunstâncias.<br />

Instalamos dois<br />

semáforos nos arredores<br />

do nosso Hospital<br />

Universitário, justamente<br />

para testar a aproximação<br />

de ambulâncias”, revela<br />

Zuffo.”<br />

cença experimental na Agência Nacional<br />

de Telecomunicações (Anatel).<br />

Inicialmente, os testes se baseiam<br />

na instalação de emblemas nos automóveis<br />

por meio de câmeras para<br />

averiguar se os símbolos correspondem<br />

ao veículo correto, haja vista<br />

que os quatro modelos citados se<br />

multiplicam em mais de 100 versões.<br />

A iminência do 5G também motivou<br />

a General Motors (GM) a desenvolver<br />

uma plataforma de sotware de ponta a<br />

ponta, chamada Ultifi. Com ela, baseando-se<br />

nas funcionalidades de um celular,<br />

os condutores conseguirão fazer atualizações,<br />

escolher aplicativos e optar<br />

pelos recursos mais recentes.<br />

reparos em peças com problemas de<br />

fábrica.<br />

Agora imagine se todos os veículos<br />

defeituosos tivessem acesso ao 5G.<br />

Caso eles precisassem de uma reprogramação<br />

no módulo de controle do<br />

motor, por exemplo, o serviço poderia<br />

ocorrer à distância, em função da<br />

própria configuração do sistema.<br />

Stellantis e a primeira fábrica<br />

automotiva 5G<br />

Em outubro do ano passado, a Stellantis<br />

- detentora da Fiat e da Jeep -<br />

implantou um projeto piloto com tecnologia<br />

5G na produção de veículos.<br />

Desenvolvido na fábrica de Goiana<br />

(PE), onde são fabricados os modelos<br />

da Jeep - Renegade, Compass e<br />

50<br />

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