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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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72 Israel Blajberg

Sonhas acaso, quando o sol declina,

A terra santa do Oriente imenso?

E as caravanas no deserto extenso?

E os pegureiros da palmeira à sombra?!...

Sim, fora belo na relvosa alfombra,

Junto da fonte, onde Raquel gemera,

Viver contigo qual Jacó vivera

Guiando escravo teu feliz rebanho...

Depois nas águas de cheiroso banho

Como Susana a estremecer de frio –

Fitar-te, ó flor do babilônio rio,

Fitar-te a medo no salgueiro oculto...

Vem pois!... Contigo no deserto inculto,

Fugindo às iras de Saul embora,

Davi eu fora –, se Micol tu foras,

Vibrando na harpa do profeta o canto...

Não vês?... Do seio me goteja o pranto

Qual da torrente do Cédron deserto!...

Como lutara o patriarca incerto

Lutei, meu anjo, mas caí vencido.

Eu sou o lótus para o chão pendido.

Vem ser o orvalho oriental, brilhante!...

Ai! guia o passo ao viajor perdido,

Estrela vésper do pastor errante!...

A morte pressentida

Pouco tempo depois de ter composto essa belíssima poesia, Castro Alves viria a

falecer, vítima de tuberculose pulmonar, em uma época em que não havia tratamento

eficaz para combater a doença. Apesar de ter morrido bastante jovem,

com apenas 24 anos, conseguiu produzir uma das mais expressivas obras poéticas

em língua portuguesa, onde se destacam “Navio negreiro”, que serviu de

bandeira para a causa abolicionista, “Hebreia”, uma ode ao amor, e “Mocidade e

morte”, em que pressentia a chegada do fim nos pungentes versos “Eu sei que vou

morrer. Dentro em meu peito um mal terrível me devora a vida”...

Quem teria sido Hebreia?

O casal de pesquisadores Egon e Frieda Wolff se apaixonou pela história e procurou

identificar a musa do grande poeta por intermédio da trajetória dos Amzalak

rumo ao sul do país. Descobriu que na cidade de Três Corações, Minas Gerais,

existiam descendentes dessa família, e pediram ao geofísico Luiz Benyosef, que

possuía parentes residindo no Triângulo Mineiro, para ajudá-los a elucidar essa

importante questão.

Para Luiz Benyosef, pesquisador do Ministério de Ciências e Tecnologia

que havia desenvolvido um sensor eletrônico para pesquisar reservas subterrâneas

de minerais, acostumado, portanto, a procurar agulha em palheiro, a tarefa

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