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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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70 Israel Blajberg

Isaac Amzalak fez amigos na Corte Imperial, visitando o Rio de Janeiro com

frequência.

O Jornal do Commercio de 6 de junho de 1871 registrou a notícia de um

“Appello” à população da cidade para ajudar os judeus perseguidos pelo czar da

Rússia, assinado por uma comissão de seis eminentes israelitas. De acordo com o

editor, era a prova do grande espírito ecumênico da população do Rio de Janeiro.

O coração judaico de Amzalak não lhe permitia esquecer os sofrimentos de seus

irmãos, cruelmente assassinados nos pogroms da Rússia.

Depois de relatar os suplícios dos infelizes judeus russos, continua o apelo:

“O único modo, pois, de mitigar os sofrimentos dos israelitas – que, na Rússia,

depois de terem consumido a vida no trabalho honesto, tomando parte na comunhão

de boas obras sempre que a humanidade o exigia, agora foram forçados a

deixar ali tudo quanto possuem, menos de que pode dispor qualquer sectário de

qualquer religião – é socorrê-los pecuniariamente”.

O Capitão-Tenente José Carlos de Carvalho, casado com a viúva Simy

Henschel, filha de Isaac Amzalak e irmã do membro do comitê Abraham

Amzalak, contribuiu com 100 mil réis.

Isaac Amzalak faleceu aos 6 de fevereiro de 1872, a bordo de um vapor que

se dirigia a Santo Amaro/BA, sem que os dois médicos a bordo pudessem salvá-lo.

Teve a morte instantânea dos justos, e seu desaparecimento foi profundamente

sentido na sociedade local.

Leon Amzalak casou-se com D.ª Leocádia Pereira de Souza Barros, filha de

Manuel Pereira de Souza Barros, o Barão de Vista Alegre.

Entre seus filhos, podemos citar o General Oscar de Barros Amzalak e

Marina de Barros Amzalak, que trabalhou no Ministério das Relações Exteriores

– Itamaraty e tornou-se secretária do presidente Getúlio Vargas.

O General Oscar de Barros Amzalak casou-se com D.ª Honestália Reis

Frattini. Membros da família e seus descendentes vivem em Três Corações/MG,

onde um Amzalak é professor de matemática na universidade local.

Nos arquivos do casal Wolff, temos notícia de outro judeu na Marinha, Elias

Liverman.

Elias era turco, 27 anos, foguista a bordo do encouraçado Solimões desde

1882, onde também serviu o Cap. Leão Amzalak. Naturalizado em 11 de abril

de 1885. Em 18 de março de 1885, o Comandante em Chefe da Esquadra emitiu

atestado de bons antecedentes em seu favor.

A história de Castro Alves com a família Amzalak

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Hebreia, a musa sefardita de Castro Alves 2

Castro Alves, um dos mais talentosos poetas brasileiros, nasceu na Bahia em

1847 e se engajou desde muito cedo na campanha pelo fim da escravidão negra

2

Com informações do Prof. Dr. Luiz Benyosef.

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