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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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CAPÍTULO 9

A Marinha no Império

Capitão-Tenente Leão Amzalak (1859-1919) 1

Na Marinha do Império, Leão Amzalak foi o primeiro judeu de que se

tem conhecimento, filho de Isaac Amzalak, da Bahia, e irmão das três

beldades – Simy, Esther e Mary Roberta – que Castro Alves imortalizou

em alguns de seus poemas.

Leão sentou praça como Aspirante em 1879; acompanhou seu colega de

turma o príncipe Dom Augusto na visita a Portugal, a bordo do encouraçado

Solimões. Segundo-Tenente em 1886, Primeiro-Tenente em 1889, foi transferido

para a reserva em 1894, devido à sua participação na Revolta da Marinha.

Em 1900, era Capitão-Tenente, servindo na Biblioteca da Marinha e no

Museu Naval, ingressando depois na Marinha Mercante.

O sobrenome Amzalak é de origem berbere ou árabe, significando “Calvo”,

este muito comum entre judeus sefarditas e cristãos-novos.

Isaac Amzalak, judeu português, chegou à Bahia entre 1829 e 1832, para abertura

de uma filial da firma Amzalak & Irmão, provavelmente localizada em Lisboa.

Homem muito rico, rapidamente adquiriu projeção na sociedade da Bahia, tendo

entre seus amigos mais próximos o Marquês de Paranaguá e o Barão de Cotegipe.

Escreveu um memorial narrando o cerco à cidade da Bahia durante a

Guerra da Sabinada e suas ações em favor das forças da lei e da Revolução de

7 de novembro de 1837. O memorial foi reeditado por volta de 1924, no Rio de

Janeiro, com a permissão de seu neto, Dr. Isaac da Costa Mesquita.

Casou-se na Bahia com Hannah Levi, aos 29 do mês de Av de 5604, pelo

calendário judaico, correspondendo a 14 de agosto de 1844.

O casal residia em uma bela casa com grande varanda na rua Sodré. Quis

o destino que fossem vizinhos de Castro Alves, que encantado com a beleza das

filhas do casal, escreveu poemas memoráveis inspirado nelas, um hino à beleza

da mulher judia, como “Hebreia”.

1

Com subsídios de D.ª Frieda Wolff, Abecassis, Eng. José Maria, Genealogia Hebraica em 5

volumes, Lisboa, 1990 e PERNIDJI, Joseph Eskenazi: A saga dos cristãos-novos, Rio de Janeiro:

Imago, 2005, 216 p.

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