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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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66 Israel Blajberg

Sobre o “Grão Mestre da História de Pernambuco e do

Nordeste” José Antônio Gonsalves de Mello 13

Tempo dos Flamengos – nos arquivos dos Países Baixos, onde pôde consultar

a farta documentação da Companhia das Índias Ocidentais, empresa responsável

pela conquista do Nordeste brasileiro, na qual estão incluídos milhares de

manuscritos da maior importância para o entendimento de nossa história social.

Documentação notarial existente no Arquivo Municipal de Amsterdã, onde se

conservam vários documentos relativos à Comunidade Judaica do Recife.

Gonsalves de Mello chegou à livre-docência da Real Universidade de

Utrecht e recebeu a Ordem de Orange-Nassau, no grau de oficial, outorgada

pela Rainha Juliana, sem esquecer o Portugal da Ordem Militar de Cristo e a

Academia Portuguesa da História, na qual se iniciou como correspondente, chegando

a acadêmico da cadeira 37.

Em Gente da Nação. Cristãos-Novos e judeus em Pernambuco 1542-1654,

Gonsalves de Mello veio superar a si próprio no seu afã de descobrir a verdade no

complicado quebra-cabeças da pesquisa histórica

José Antônio Gonsalves de Mello fez jus aos títulos não apenas “o grão-mestre

da história de Pernambuco e do Nordeste”, como também “o mais vigilante

guardião dos valores que ela encerra”.

Na noite chuvosa de 18 de março de 2002, estava a Rua do Bom Jesus

engalanada para festejar a reconstituição da Sinagoga Kahal Kadosh Zur Israel

(Santa Comunidade Rochedo de Israel), a primeira em funcionamento nas três

Américas.

A ausência de José Antônio Gonsalves de Mello turvava a solenidade. Tudo

que ali acontecia devia-se, tão somente, a ele. Sem a sua obstinação de pesquisador,

sem o denodo do seu trabalho diuturno, sem o seu desprendimento pelas coisas

materiais, sem os seus constantes estágios em arquivos de Portugal, Holanda,

Espanha e Inglaterra, nada daquilo que estava ocorrendo poderia acontecer.

Só a José Antônio, somente a ele, se deve os estudos reveladores acerca do

passado da comunidade judaica de Pernambuco e a identificação dos dois prédios

da Rua do Bom Jesus, no bairro do Recife, onde, entre 1636 e 1654, funcionou

a primeira sinagoga das Américas.

Somente com a confrontação da planta do início do século passado, existente

no arquivo da Empresa de Urbanização do Recife – URB, encontrada pelo

arquiteto José Luiz da Mota Menezes, foi novamente confirmada a identificação

do local da Sinagoga Zur Israel do Recife, e escavada pelo arqueólogo Marcos

Albuquerque do Laboratório de Arqueologia da UFPE.

Era tão grande a paixão de José Antônio pela causa que, ele mesmo, se considerava

um judeu. O sonho de José Antônio foi finalmente realizado.

Ele, porém, dois meses antes, no dia 7 de janeiro de 2002, deixou o nosso

convívio em busca da eternidade, deixando três filhos: Diva Maria Gonsalves de

Mello, Maria Dulce Gonsalves de Mello e Ulysses Pernambucano de Mello, neto,

não assistiu a conclusão de suas obras, mas nos deixou seu riquíssimo legado.

13

Oração de posse do Cel. Claudio Skora Rosty na Academia de História Militar Terrestre do

Brasil.

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