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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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Estrela de David no Cruzeiro do Sul 59

▶ ▶ 2014 – Sinagoga Portuguesa de Amsterdã, fundada pelos judeus que partiram do Brasil em 1654

após a expulsão dos holandeses. Verdadeira catedral judaica, imensa, profunda, janelas altas, até

hoje iluminada por velas, sem utilizar a luz elétrica. Nela pregou o primeiro Rabino do Brasil, Isac

Aboab da Fonseca, que em 1675 construiu a sinagoga monumental, à feição do Templo de Salomão

em Jerusalém, a maior do mundo na época. Abriga a biblioteca Etz Haim, a Árvore da Vida, mais

antigo repositório judaico existente. O coro da sinagoga entoa até hoje cânticos luso-judaicos. A

língua portuguesa está presente em placas e inscrições, e nos livros de orações. Acervo do autor.

sua liberdade, da liberdade de crença, de não serem obrigados a seguir a religião

do rei.

A opção judaica pelo lado holandês era clara, eis que os calvinistas garantiam

liberdade de crença a católicos e judeus. Do lado português havia de se esperar

apenas a perseguição da Inquisição com suas torturas cruéis e as fogueiras.

Até soldados cristãos-novos que defenderam o lado português, permanecendo

na colônia mesmo após a expulsão dos holandeses, foram vítimas de

denúncia. Entre esses homens havia os que judaizaram publicamente no Recife,

frequentando a sinagoga, sendo a Inquisição informada desses fatos. Resolveram

ficar, mesmo correndo risco, vivendo normalmente entre os católicos, inclusive

frequentando as igrejas. 8

Gaspar Gomes foi remetido da Bahia à Inquisição de Lisboa, chegando

a seus cárceres em janeiro de 1643. Era natural de Arraiolos, e daí vinham as

denúncias que pesavam contra ele – ao todo 33 pessoas, em sua grande maioria

de parentes. Todo seu processo transcorreu tendo por base as denúncias de

criptojudaísmo, e nada lhe foi perguntado sobre os anos que passou no Brasil

servindo como soldado. Acabou sendo queimado em 10 de julho de 1644.

8

SILVA, Marco Antônio Nunes da. O Brasil holandês nos cadernos do promotor: Inquisição de

Lisboa, século XVII. – São Paulo, 2003. 393 p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Filosofia,

Letras e Ciências Humanas – Universidade de São Paulo.

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