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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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56 Israel Blajberg

8:51 e Jeremias, 11:4), referindo-se a “Fornalha do Brasil”, uma alusão ao clima

tropical do Recife, lugar de aflição para os judeus. 5

Além da prestação do serviço obrigatório na milícia, 40 judeus apresentaram-se

como voluntários para servir na Armada Holandesa sob o comando de

um capitão judeu, sendo enviados à Ilha de Itamaracá em 1645.

Portanto, no Brasil Holandês, judeus serviram nas Forças Armadas holandesas

em operação no Brasil em três situações:

1. Aqueles que voluntariamente se alistaram em 1629 como mercenários na

expedição holandesa que desembarcou em Recife em 1630;

2. Os que prestaram o serviço obrigatório na milícia entre 1645 e 1654; e

3. Aqueles que se apresentaram como voluntários para a Marinha em 1645.

Muitos soldados judeus tombaram em combate. Os judeus sobreviventes

que partiram do Brasil em 1654 possuíam, assim, treinamento militar, estabelecendo-se

na Holanda, Inglaterra, Nova Holanda (Nova Amsterdã), Ilhas do

Caribe e outros locais. Tinham experiência de combate e estavam determinados

a lutar pelos seus direitos civis, inclusive o de servir nas forças armadas. Com

efeito, participaram na defesa da Nova Amsterdã, sua nova pátria adotiva, como

foi o caso de Asser Levy van Swellem.

Quando os representantes dos judeus de Amsterdã, em janeiro de 1655,

enviaram uma petição à Diretoria da Companhia Holandesa das Índias

Ocidentais, naquela cidade, a fim de obter para os judeus o direito de viajar e

residir na nova pátria, a Companhia respondeu:

“(... ) é fato, e para sua honra, que a Nação Judaica no Brasil foi em todos os

momentos fiel e se esforçou para proteger e manter esse lugar, para tanto arriscando

os seus bens e o seu sangue (...)”

Novas descobertas arqueológicas recentes em 2013 6

Em agosto de 2013, foram encontradas no Recife/PE, as ossadas de 80 indivíduos,

todos homens, jovens adultos e adultos, entre 15 e 50 anos, enterrados

individualmente, com os pés voltados para o leste, os braços ao longo do corpo,

sem vestígios de quaisquer adereços como botões, fivelas, sapatos, vestimentas

e caixões, mas sepultados diretamente na terra, como manda a tradição judaica.

Próximo ao local dos sepultamentos, os arqueólogos encontraram um objeto

cuja frente e verso ostentam uma menorá 7 e uma estrela de David, descritos num

texto a respeito das descobertas como “ícones judaicos”.

Os esqueletos, em perfeito estado de conservação, foram descobertos

durante as escavações para a construção de um conjunto habitacional no

5

N. do A. – Independente do texto do Rabino Aboab, consta que a semelhança fonética entre

Barzel e Brasil tem levado a especulações sobre possíveis origens da denominação dada ao

nosso país como tendo origem hebraica.

6

Revista Hebraica, n. 66, abr. 2014.

7

Candelabro para sete velas, o mais antigo símbolo judaico.

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