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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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52 Israel Blajberg

comemorado naquela cidade pela Sinagoga hispano-portuguesa do Central

Park, 2 W 70th Street, a Congregação Shearith Israel (Remanescentes de Israel),

cujo primeiro cemitério se situa no sul de Manhattan – é o mais antigo cemitério

judeu na América do Norte, em Chatham Square, Chinatown, onde há túmulos

de 22 veteranos da Revolução Americana, um dos quais Abraham Seixas, e seu

pai, Guershon Mendes Seixas, o primeiro rabino nascido nos EUA.

Durante o período holandês, houve um acentuado progresso e liberdade,

interrompendo a vigência da Inquisição, que retornaria nos séculos seguintes.

Conforme Antonio Campos, escritor e advogado 2 , “... graças a influência

judaica, o povo pernambucano aprendeu a cultivar, com igual intensidade, o

gosto pelo cosmopolitismo e por suas raízes mais profundas, instaurando um

forte orgulho regional, tão peculiar nesse efervescente pedaço do Brasil”. Além

disso, reconhecidamente exímios comerciantes, os judeus do Recife foram responsáveis

diretos pela consolidação da cidade como importante polo comercial

no Nordeste do país.

Há quase quatro séculos a Holanda era uma superpotência. Atraves da West

Indies Company, sediada em Amsterdã, o Brasil, colônia de Portugal, estava em

seus planos para obter o cobiçado açúcar da cana. A Casa de Orange-Nassau

esteve presente no Brasil por breves 24 anos no século XVII, deixando em Recife,

antiga Maurícia, o testemunho da sua presença.

A Sinagoga da Rua do Bom Jesus, antiga Rua dos Judeus, fechada há 350

anos pela intolerância, foi reaberta em 2002, enquanto a Sinagoga Portuguesa de

Amsterdã, fundada pelos judeus portugueses que do Brasil para lá se dirigiram,

se manteve aberta todos esses séculos.

O curto período de governo holandês (1630-1654) teve grande significado

para a cultura brasileira, convivendo o elemento português, africano, índio, judeu

e holandês em tolerância e liberdade, tornando possível o desenvolvimento em

todos os setores da sociedade.

O príncipe Maurício de Nassau (1604-1679) chegou ao Recife em 1637,

trazendo escultores, astrônomos, arquitetos, cientistas e pintores, como Franz

Post. Aperfeiçoou a produção de açúcar e modernizou a cidade do Recife, construindo

canais, diques, pontes e palácios, criou o zoológico, o Museu de História

Natural e o Jardim Botânico; e melhorou a qualidade dos serviços públicos.

O historiador Evaldo Cabral de Mello no livro Nassau – Governador do

Brasil Holandês considera de “mais simpático nele [Nassau] a tolerância religiosa,

sendo seus 7 anos nordestinos de maior liberdade religiosa que em qualquer

outra parte do então mundo ocidental”.

Entretanto, os portugueses acabaram expulsando os holandeses em 1654,

vindo a determinar o fechamento do maior símbolo do judaísmo brasileiro, a

Sinagoga Kahal Zur Israel, e a emigração em massa dos judeus para Curaçao,

Europa e até uma ilha distante onde fundaram a Nova Amsterdã.

2

Ideias, JB, 20 fev. 2010, p. L7.

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