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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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CAPÍTULO 8

Brasil Holandês 1630 – 1654

Introdução 1

Com a instalação da Inquisição em Portugal, muitos judeus fugiram

em direção ao norte, para a França, Inglaterra e Holanda. E quando a

Companhia das Índias Ocidentais decide enviar uma frota de navios com

o objetivo de se fixar na Capitania de Pernambuco, muitos judeus se oferecem

para participar da expedição, também como milicianos. O calvinismo se diferenciava

do catolicismo porque não matavam seus inimigos de fé. No Brasil,

esses judeus se juntaram a outros que chegaram ainda durante o século XVI,

período do descobrimento e dos primeiros colonizadores, e se tornaram criadores

de gado e proprietários de terras plantando cana-de-açúcar. Um deles era

Duarte Saraiva, dono de cinco engenhos e de casas na antiga Rua dos Judeus,

uma das quais ao lado daquela onde vivia com a família e transformada na sinagoga

Kahal Tzur Israel.

No século XVII, os holandeses invadiram o Nordeste. No Brasil Holandês

os judeus puderam então prosperar, na indústria do açúcar e sob a liberdade de

crença – em 1636 construindo a primeira sinagoga das Américas, a Kahal Zur

Israel (Comunidade Rochedo de Israel) em Recife, a capital holandesa Maurícia,

formada por judeus portugueses que vieram de Amsterdã, onde até hoje existe a

sinagoga de rito português.

15 de fevereiro de 1630 marcou o início da invasão holandesa com o bombardeio

do Recife pela esquadra do Almirante Hendrick Loncq, formada por 50

navios e 7 mil homens a soldo da Companhia das Índias Ocidentais, iniciando

o breve período de 24 anos do Brasil Holandês. Em 19 de abril de 1654, eles

foram derrotados e expulsos. Assim, em 2014, decorreram 360 anos da data que

o Exército Brasileiro escolheu para comemorar o seu dia. Marca também os 360

anos da imigração judaica do Brasil para Nova Iorque, o que foi condignamente

1

MELLO, José Antônio Gonsalves de. Gente da Nação. Revista do Instituto Arqueológico,

Histórico e Geográfico Pernambucano, Recife, v. 51, 1979. MOURA, Hélio Augusto de. Presença

judaico-marrana durante a colonização do Brasil. Cadernos de Estudos Sociais, Recife, v. 18, n.

2, p. 267-292, jul./dez. 2002.

51

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