09.01.2022 Views

Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Estrela de David no Cruzeiro do Sul 45

7.º Grupo de Artilharia de Dorso (7.º GADo), atual 7.º Grupo de Artilharia de

Campanha, em deslocamento do Rio de Janeiro/RJ para Olinda/PE. Filhos e

parentes de desaparecidos e sobreviventes também comparecem para prestar

mais uma homenagem a memória dos entes queridos, inocentes vÍtimas de uma

ideologia equivocada, contra a qual o Brasil iria se levantar em armas, enviando

25 mil dos seus melhores filhos para o Teatro de Operações Europeu, uma façanha

que ainda hoje seria admirável.

A cerimônia é singela mas significativa. O Comandante do 21 GAC, Ten.

Cel. Lima, recorda aquela história fantástica, de bravura e desprendimento diante

da tragédia. O Comandante da Artilharia Divisionária e Guarnição Federal de

Niterói, Gen. Faillace, presta uma emotiva homenagem, ele que no início da

década comandou o próprio 7.º GAC de Olinda.

As palavras de ordem são respondidas pela tropa em uníssono, trazendo de

volta o eco refletido pelas montanhas que circundam o aquartelamento. Jovens

soldados entoam a “Canção do Expedicionário”, desfilam com garbo, mesmo os

recém-incorporados. Jovens com a fibra do soldado brasileiro que doravante o

serão, até o dia em que tiverem que deixar o quartel, do qual jamais se esquecerão.

O desfile é magnífico, o pavilhão nacional e os estandartes tremulando ao

vento. As baterias com suas flâmulas vão se distanciando e passam ao lado do

nicho onde Santa Bárbara inspira e protege os artilheiros.

O Toque de Silêncio corta os ares, enquanto ao longe se ouvem apenas as

turbinas dos aviões distantes. Nesses momentos, nos perguntamos por que tantos

inocentes tiveram que pagar com a própria vida pelos desvarios de um déspota.

Mas se nem ao próprio Patriarca Moisés o Eterno se permitiu dizer por

que seu Povo sofria, também nós, simples mortais, jamais teremos esta resposta.

Os velhos artilheiros recordam pensativos os irmãos de armas não mais

aqui presentes e aqueles que não voltaram. Não existe consolo, mas suas almas

se elevaram pela certeza de que um mundo melhor passaria a existir. Seu sacrifício

não foi em vão. Derrotadas as tiranias, uma nova era de democracia e liberdade

despontou com a Vitória. Três anos depois, uma pesada barragem de fogo

da Artilharia da FEB contra as tropas alemãs encerraria a resposta às agressões

sofridas pelo Brasil, com a perda de mais de um milhar de preciosas vidas de

inocentes nos torpedeamentos.

A cerimônia vai terminando. Imersos em pensamentos, todos retornam ao

mundo do dia a dia, deixando as recordações do passado... Velhos Artilheiros,

cumpriram seu dever, honrando a memória da nossa gente. Simplesmente

foram soldados do Exército de Caxias, da artilharia de Mallet, a bradar o eterno

e sagrado comando, que ecoou em Tuiuti, Fornovo di Taro, e agora em Niterói e

Olinda, o Brasão d’Armas do Marechal Mallet (Patrono da Artilharia Brasileira):

Peça, Fogo!!!

Peça Atirou!!!

“Ma Force d’en Haut”

Minha Força vem do Alto

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!