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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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612 Israel Blajberg

Pela relevância, é importante o registro desta especial passagem da sua atuação

rabínica, como bem descrevia o General:

A imponência da execução do culto, a despeito da chuva inclemente que caia, foi

algo de admirável. De início, vale lembrar a recusa do Grão-Rabino em utilizar o

abrigo oferecido pelo próprio Monumento, fazendo questão de realizá-lo do alto

do Pantheon, afirmando que a chuva não lhe seria obstáculo, assim como não

foi para os soldados que combateram na Itália. Após as preces ditas em hebraico,

pronunciou curto, porém incisivo e patriótico, sermão.

Lembrou o heroísmo de nossos irmãos e de todos que, em todas as frentes

de batalha haviam oferecido suas vidas em prol da liberdade. Disse da tradição

da cerimônia, e da honra que para ele representava concorrer para a realização

daquele culto religioso, que demonstrava o elevado espírito da democracia, onde

as diferenças de credo não impediam a consecução dos mais elevados ideais da

Pátria Brasileira.

Referiu-se, descrevendo com emocionantes palavras, ao monumento que

visitara há pouco no Vale da Galileia, em Israel, erigido em homenagem aos

soldados tombados na luta pela liberdade de seu povo. Um imponente bloco de

granito representando um leão, cujo olhar a infundir respeito domina o histórico

vale, com a inscrição “Como é sublime morrer pela Pátria!”.

Prosseguiu depois, mostrando que a Pátria orgulhosamente reverenciava a

todos os seus filhos que por ela haviam morrido, destacando o esforço dos que com

abnegação também, sabiam viver por ela, inspirando-se nos exemplos de nossos

heroicos pracinhas, cujas cinzas estão guardadas na cripta do Monumento onde

se realizava aquela cerimônia. Fácil é compreender a emoção que soube o Grão-

Rabino Dr. Henrique Lemle transmitir a todos os assistentes, aqui finalizando

este singelo relato, prestando mais uma vez homenagem aos nossos companheiros

de jornada nos campos da Itália, repetindo a frase que encerra o reconhecimento

de seus concidadãos, e serve de exemplo e estímulo para as futuras gerações:

“Como é sublime morrer pela Pátria!”.

Em conversa, o General recordava o simbolismo da frase. Trata-se do monumento

do Leão de Judá, erigido em Tel-Hai (Colina da Vida) ao Norte de Israel,

onde Josef Trumpeldor ferido de morte pronunciou as palavras cujo capital simbólico

o Grão-Rabino Dr. Henrique Lemle tão bem soube associar ao heroísmo

dos nossos pracinhas, citando a inscrição hebraica.

Ein Davar, Tov Lamut beAd Hartzeinu

Não importa, é bom morrer pela nossa Pátria.

Na batalha de 1.º de março de 1920, Trumpeldor e mais sete combatentes

tombaram, seis homens e duas mulheres, daí a cidade próxima levar o nome

Kiriat Shmona, a Cidade dos Oito.

Trumpeldor era russo, e havia perdido um braço no cerco de Port Arthur

em 1902 na Guerra Russo-Japonesa. Foi promovido a Capitão e agraciado com

a Cruz de São Jorge. Juntamente com Wladimir Zeev Jabotinski fundou o Zion

Mule Corps (Jewish Legion), que integrou os Royal Fusiliers britânicos na

Primeira Guerra Mundial.

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