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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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Estrela de David no Cruzeiro do Sul 585

D.ª Roseana faz questão de enaltecer sua condição de judia e usa seu nome de

família, Aben-Athar, ostentando, com muito orgulho, a Estrela de David em seu

peito, não fora ela neta do médico de renome e especializado em hanseníase, no

tempo em que tratar pacientes dessa moléstia era coisa para abnegados da medicina.

A neta soube assimilar o espírito do avô.

Assim, cabe destacar aqui dois trechos de uma fala presidencial alusiva, o

discurso do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia

de celebração do Dia da Recordação do Holocausto em Recife/PE em 27 de

janeiro de 2010, na Sinagoga Kahal Zur Israel, a mais antiga das três Américas:

Minhas amigas e meus amigos;

Esta é a quinta vez consecutiva em que me encontro com a comunidade judaica

no Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto – data instituída

pelas Nações Unidas também há cinco anos, em referência ao dia em que o exército

soviético libertou o campo de extermínio de Auschwitz.

Como vocês sabem, este é o último ano em que participo dessa cerimônia

como Presidente da República – e espero que todos os presidentes que me sucederem

também participem todos os anos.

Peço licença para homenagear aqui aquela que se constitui em um dos

importantes símbolos da compaixão e da solidariedade humana: a embaixatriz

Roseana Aben-Athar Kipman. Talvez vocês nem saibam que ela – que carrega

uma Estrela de David no peito – é neta de um judeu, o médico Jayme Aben-

Athar, que dedicou a sua vida aos doentes de hanseníase. Ao aconchegar crianças

feridas e, em muitos momentos, até mesmo expor sua vida para salvá-las,

Roseana expressa o papel que a nossa presença no Haiti tem desde antes do terremoto:

compaixão, solidariedade e convicção de que os haitianos podem um dia

erguer uma nação que eles mesmos sustentarão.

Uma significativa homenagem foi prestada ao Dr. Aben-Athar, dando o seu

nome honrado à Colônia Jayme Aben-Athar, no estado de Rondônia, no local da

Comunidade Jayme Aben-Athar (Leprosário).

O Dr. Aben-Athar participou do II Congresso Brasileiro de Medicina

Militar, em Porto Alegre/RS, 1959, onde apresentou o trabalho “As doenças

infecciosas e o serviço militar”. Escreveu em coautoria com Ary Scheidt o livro

“Morbus Hansen” em face do código de vantagens.

Clarice Lispector Gurgel Valente

Clarice Lispector (1920-1977), nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira,

notável escritora, uma das três filhas de judeus que imigraram para o Brasil. Seu

avô paterno, Samuel Lispector, e o pai, Pinchas Lispector, eram comerciantes e

residiam na região central da Ucrânia, próxima à fronteira com a Moldávia e a

Romênia, e a Kiev, então capital da Ucrânia, ao norte de Odessa, ao sul, às margens

do mar Negro, tendo decidido imigrar para o Brasil devido às dificuldades

de subsistência e as perseguições antissemitas.

Morou em Maceió, Recife, Rio de Janeiro, Itália, Suíça, Inglaterra e Estados

Unidos; e novamente no Rio de Janeiro.

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