09.01.2022 Views

Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Estrela de David no Cruzeiro do Sul 37

▶ ▶ 17 de agosto de 2012 – Monumento aos Náufragos no Quartel do 21 GAC em Niterói-RJ – 70.º

aniversário do torpedeamento do Itagiba e Baependy, que transportavam o 4.º GADo do Rio de

Janeiro para Recife. Acervo do autor.

passageiros e tripulantes daqueles navios de cabotagem do Lloyd Brasileiro e

Lloyd Nacional, nas costas da Bahia e Sergipe. Até uma simples barcaça, a Jacira,

foi afundada pelos nazistas, mas seus seis tripulantes se salvaram. Quatro brasileiros

judeus estavam entre as centenas de mortos, sendo um tripulante e três

passageiros.

O Itagiba aportou em Vitória, e no dia 15 zarpou com destino a Salvador,

Bahia, sem saber que o U-507 o espreitava. O torpedo partiu ao meio o navio,

que afundou rapidamente a 13 milhas de Morro de São Paulo. Eram 10h50 da

manhã de 17 de agosto. Mal houve tempo para descer uma ou duas baleeiras.

Atos de heroísmo se verificaram, principalmente pelos integrantes do 4.º Grupo

de Artilharia de Dorso, que estava sendo remanejado do quartel de São Cristóvão

no Rio de Janeiro para Olinda a fim de guarnecer o litoral. Ao todo, no Baependy

e Itagiba, 142 bravos militares perderam a vida, ficando gravada na história a

saga do Tenente Andrada Serpa, que preferiu salvar um de seus comandados

cedendo-lhe o salva-vidas. Desapareceram no mar duas baterias de artilharia,

material para o quartel de Recife e o destacamento de Fernando de Noronha,

o comandante da tropa, Major Landerico de Albuquerque Lima, três capitães,

cinco tenentes, oito sargentos e 125 cabos e soldados. 5 Somente no Baependy,

270 passageiros e tripulantes desapareceram no mar. Apenas 36 dos 306 a bordo

se salvaram. Uma verdadeira matança, uma catástrofe no mar.

No Itagiba, dos 181 a bordo houve 145 sobreviventes, que permaneceram no

mar até as 14 horas, quando veio em socorro o vapor Arará, que navegava para

Valença. Alguns sobreviventes foram recolhidos pelo Arará, tendo testemunhado

5

DUARTE, Paulo de Queiroz (General de Exército). Dias de guerra no Atlântico Sul, p. 211-213

e 105-127. Rio de Janeiro: BIBLIEX, 1968, 367 p.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!