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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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574 Israel Blajberg

organização de um exército profissional. Apenas em alguns casos as biografias e

memórias trouxeram alguma luz sobre as ações desses bravos, algumas das quais

passaremos a relatar.

Entre os partisans judeus mais conhecidos temos:

Mordechai Anielewicz e Dawid Apfelbaum, comandantes da ZOB e ZZW na

revolta do Gueto de Varsóvia, irmãos Bielski, Antek Cukierman, Pawel Frenkiel

(ZZW), Hirsh Glick (autor do Hino dos Partisans, “Zog Nit Keynmol”), Abba

Kovner, Haviva Reik e Hannah Szenes (lançada de paraquedas sobre a Hungria

ocupada).

A seguir recordaremos alguns dos partisans judeus que após a 2.ª Guerra

Mundial escolheram o Brasil como sua nova Pátria.

Professor Abraham Jaspan 2

Obituário

A comunidade judaica está enlutada com a perda de um dos últimos educadores

da geração de imigrantes. Nascido em Kaunas (Kowno) na Lituânia, em 12 de

agosto de 1925, faleceu no Rio de Janeiro em 1.º de março de 2013, aos 87 anos

e 6 meses, tendo sido sepultado no mesmo dia no Cemitério Vila Rosali Novo.

Da Europa trouxe um rico cabedal de conhecimentos bíblicos e linguísticos,

que tão bem transmitiu a tantas classes de estudantes brasileiros. O prof. Jaspan

lutou no Exército soviético, onde foi ferido duas vezes em batalhas contra os

nazistas, deixando sequelas. A Wehrmacht entrou em Kovno no começo da invasão

alemã da Rússia em 1941, a Operação Barbarossa, que iria terminar com a

derrota fragorosa da Alemanha nazista.

Os lituanos colaboraram com os nazistas, cometendo atrocidades inomináveis,

como o massacre da Floresta de Ponar, onde foram assassinados 70 mil

inocentes. Era o Yom Kipur de 1941.

No Yom Kipur de 1944 em Vilna, a Jerusalém da Lituânia, Jaspan com

apenas 19 anos no Shabbt Teshuvá descobre que apenas uma das cem sinagogas

existentes antes da guerra ainda estava de pé. Os russos haviam acabado de

expulsar os nazistas da Lituânia em julho de 1944, mas poucos judeus sobreviveram

em Kowno e Vilna.

Escreveu diários preservando detalhadamente os nomes dos que morreram,

para que não fossem esquecidos. Com sua esposa, Asna Rosenfeld, nascida em

Wladimierzec (Polônia), em 1946, teve um casamento de 66 anos.

Desembarcaram no Rio de Janeiro em 20 de fevereiro de 1947, no navio San

Giorgio, procedente de Civitavecchia, Itália, portando passaportes expedidos pela

Cruz Vermelha Internacional.

Jaspan dedicou-se a repassar seus conhecimentos, lecionando e dirigindo

as escolas Israelita-Brasileira Peretz, de Madureira, Bialik no Méier, Ginásio

Hebreu Brasileiro na Tijuca e Colégio Max Nordau em Ipanema. Suas ricas

memórias foram objeto de entrevistas concedidas ao Museu Judaico.

2

Prof. Israel Blajberg (ex-aluno do prof. Jaspan nas Escolas I. L. Peretz e Chaim Nachman Bialik,

de Madureira e Méier (1951-1955). Informações da família, Arquivo Nacional.

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