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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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Estrela de David no Cruzeiro do Sul 523

Das declarações em questão, depreende-se ter sido o referido vapor atacado

por um submarino alemão, sem prévio aviso; na posição estimada de latitude 36

30’00’’ Norte e longitude 75 00’00’’ Oeste, às 12,30 horas do dia 18 de fevereiro

de 1942, e posto a pique com cerca de vinte tiros de peça.

Ao sangue-frio, habilidade e energia do Comandante e Imediato, deve-se o

salvamento das quarenta e seis pessoas que compunham a tripulação do Olinda.

Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Excelência os protestos da minha

respeitosa consideração.

J. A. Rodrigues Martins

Anexo 1:

Eu, abaixo assinado, Comandante do Vapor Olinda, brasileiro, de propriedade

da Companhia Carbonífera Rio-Grandense, fretado à Companhia Comércio e

Navegação, sinistrado no dia dezoito do corrente mês, às doze horas e trinta

minutos, na Costa da Virginia, Estados Unidos da América do Norte, declaro ao

cônsul do Brasil, em Norfolk o seguinte: Que o vapor partiu do último porto de

Santa Lúcia, na tarde do dia 9, do corrente mês, com destino ao porto de Nova

York; a essa hora acima ouvi um tiro de canhão, sendo em seguida verificado

pela popa do navio, um submarino que continuava atirando, cerca de quatorze

tiros, tendo atingido o navio três tiros, sendo um na altura da radiotelegrafia,

outro no alojamento da guarnição de proa e outro no costado. Imediatamente

parei o navio e dei sinal para a salvatagem, isto é, o acidente deu-se na latitude

37 graus, trinta minutos norte, e longitude, sessenta e cinco graus, (o) zero minutos,

oeste de Greewinch. Às doze horas e quarenta minutos, arriou-se a baleeira

número dois (2), com 23 tripulantes e às doze horas e cinquenta minutos, a de

número um (1), com a mesma quantidade de tripulantes. Fomos intimados pelo

Capitão do submarino para atracar ao costado do mesmo, sendo eu interrogado

pelo dito Capitão, sobre o manifesto da carga, porém eu respondi que o manifesto

se achava a bordo. O 2.º Rádio também surgiu e foi interrogado. Depois de curto

tempo, voltamos para as baleeiras, tendo em seguida o submarino dado marcha

até que se aproximou do Olinda, cerca de um quarto de milha, tendo disparado

cerca de vinte tiros, adernando em seguida e posto a pique. Tenho a declarar

mais que o submarino e sua guarnição, são alemães. Passamos nas baleeiras,

vinte horas, quando fomos salvos por um destróier Americano, e logo que chegamos,

em Norfolk, fomos hospitalizados no Hospital da Marinha.

Jacob Benemond – Comandante.

O Capitão de Longo Curso Jacob Benemond se comportou como um autêntico

Lobo do Mar, possibilitando a retirada, com vida, de toda sua tripulação

antes do afundamento do Olinda. Quando se compara com o fiasco do comandante

do Costa Concórdia, que praticamente abandonou os passageiros à própria

sorte ou a irresponsabilidade dos proprietários da barcaça que afundou na

Coreia do Sul, matando centenas de jovens estudantes, é que se valorizam atitudes

dignas como a do Cmte. Benemond.

O Olinda foi o segundo navio brasileiro a ser torpedeado pelos U-Boat alemães.

Em uma época em que a própria Alemanha nazista seguia certas regras

internacionais de auxílio aos náufragos. Porque, logo a seguir, o próprio Hitler

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