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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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Estrela de David no Cruzeiro do Sul 521

aproximou-se das baleeiras e homens de sua guarnição exigiram a presença do

comandante e do radiotelegrafista, aos quais os oficiais alemães inquiriram sobre

os documentos de bordo, a natureza da carga, bem como, por segurança própria,

se haviam, tido tempo de emitir pedido de SOS. Tiraram duas fotografias,

uma dos náufragos nas baleeiras e outra do Comandante e do radiotelegrafista a

bordo do submarino, quando da entrevista.

Em seguida, após o retorno às baleeiras, foi novamente o Olinda alvejado

pelo submarino, de uma distância de um quarto de milha, que disparou cerca de

20 tiros contra o navio, que, embora bastante adernado, levou aproximadamente

uma hora para ir ao fundo.

A nacionalidade alemã do submarino agressor foi perfeitamente identificada,

não só pelo comandante do Olinda, como por diversos de seus homens.

Ao sangue-frio, à habilidade e energia do comandante, deveu-se o salvamento de

todos os 46 homens da tripulação nesta triste conjuntura.

Aparecendo no local quatro aviões norte-americanos da defesa costeira, o

agressor submergiu e desapareceu; um dos aviões comunicou aos náufragos “help

on way”, nessa ocasião deviam estar cerca de 40 milhas da costa do estado de

Virgínia, nos Estados Unidos. Vinte horas após o desastre, mais ou menos às 8h

do dia seguinte, apontou no horizonte do destróier norte-americano Dallas, que

recolheu os tripulantes e os transportou para a base naval de Newport, na Virgínia.

No dia 20, o governo brasileiro, devidamente informado de ambas as ocorrências,

enviou uma nota ao governo alemão, por intermédio de Portugal, protestando

contra os torpedeamentos dos navios Buarque e Olinda, que navegavam

fora da zona de bloqueio, fartamente iluminados, permitindo serem facilmente

reconhecidas as bandeiras que traziam.

Em março, duas outras ocorrências vieram aumentar as nossas perdas. Na

primeira foi vítima o cargueiro Arabutan, ex-Caprera, com 7.874 toneladas de

registro, de propriedade de Pedro Brando, a serviço do Lóide Nacional S.A. e sob

o comando do Capitão de longo-curso Aníbal Alfredo do Prado.

Havia partido às 16h do dia 6 de março de Norfolk para o Rio de Janeiro,

com escala em Port of Spain, Trinidad, transportando 9.613 toneladas de carvão

para a Estrada de Ferro Central do Brasil. Às 15h10 do dia seguinte, este, nas

proximidades do Cabo Hatteras, foi inopinadamente torpedeado por um submarino

nazista, sendo atingido na altura do porão número cinco do lado boreste,

afundando por água aberta, em 20 minutos, a 81 milhas da costa, no ponto de

coordenadas 35 15’N e 73 50’W, de Gr. Na emergência, o comandante determinou

a expedição dos sinais de socorro e deu-se início à faina de salvamento.

O submarino, segundo o 1.º piloto, devia ter 800 toneladas de deslocamento,

com cerca de 60 metros de comprimento, estava armado com um canhão de 75

mm na proa e uma metralhadora antiaérea à ré; tina o casco pintado de verdegarrafa

e, pelas fotografias exibidas em Norfolk, por ocasião do inquérito, foi

reconhecido como de nacionalidade alemã.

O atacante, que não fora pressentido pela tripulação, só veio à tona quando o

pessoal já se encontrava nas baleeiras e o navio havia soçobrado completamente;

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