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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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480 Israel Blajberg

Bernardo Stifelman

Nascido em 20 de março de 1914, Bernardo era natural da Colônia Philipson,

em Santa Maria da Boca do Monte/RS, filho de Guilherme Stifelman e Rosa

Goldenberg Stifelman, judeus que foram trazidos no projeto de imigração do

Barão Hirsch para o interior do Rio Grande do Sul e Argentina, transformandose

em autênticos gaúchos.

O barão fundou a Jewish Colonization Agency, que comprava terras no interior

do Brasil, Argentina, Estados Unidos e Canadá, e pagava as passagens dos judeus

que quisessem sair da Europa sofrida e se transformarem em agricultores naquelas

terras carentes de povoação e mão de obra. Os Stifelman poderiam ter escolhido

Moiseville no Pampa argentino, Erechim ou Quatro Irmãos, onde até hoje existem

judeus descendentes daqueles trazidos pelo barão. Mas por alguma razão, preferiram

Santa Maria, passando a desfrutar da vida rural com que sonharam na Rússia.

Devido às dificuldades para plantar e comercializar a produção, como

outros de seus correligionários, o jovem Bernardo deixou o interior, atraído pela

cidade grande, onde de 1930 a 1936 foi ser auxiliar de escritório na Cooperativa

de Consumo dos Empregados da Viação Férrea do Rio Grande do Sul, nas horas

vagas frequentando o Círculo Social Israelita em Porto Alegre.

Gostava de aviões, que observava aterrissando e decolando no então longínquo

aeroporto, depois Salgado Filho. Daí para alistar-se na Aeronáutica foi

um passo.

Em 25 de setembro de 1935, assinada pelo Ten.-Cel. Gervasio Duncan

de Lima Rodrigues, chefe da 3.ª Divisão da Diretoria da Aviação do Exército,

foi publicada no Diário Oficial a relação dos candidatos ao Curso de Sargento

Aviador Navegante, que tiveram os seus requerimentos despachados favoravelmente

pelo Sr. General Diretor, na qual constava Bernardo Stifelmann, civil, 3.ª

R. M., tendo concluído o Tiro de Guerra 318 em 1930.

Ingressa na Escola de Aviação Militar, do Exército, onde tirou o Curso de

Sargento Aviador como Navegante, na Categoria de Metralhador.

Praça de 20 de abril de 1936, em 4 de janeiro de 1937 foi promovido a 2.º

Cabo, e em 17 de dezembro de 1937 a 1.º Cabo.

Mandado servir na Base Aérea de Recife, foi Sargento e Suboficial, fotógrafo

de voo, metralhador e bombardeador.

Eram tempos difíceis, a Alemanha já dominava meia Europa, Polônia,

França, estendia seus tentáculos malignos para a África, e os submarinos ameaçavam

a navegação atacando nossos navios em plena costa brasileira.

Bernardo passava longas horas a bordo de aeronaves patrulhando o

Atlântico. Mas, felizmente, a ameaça nazista ao Brasil se desvaneceu, assim como

os sonhos malévolos do III Reich de dominar a América Latina, em seus pretensos

mil anos que foram apenas 12.

Assim, em razão de sua dedicada atuação, o 1.º Sargento Q-FT Bernardo

foi condecorado com a Cruz de Aviação, fita B, Medalha Militar da Campanha

do Atlântico Sul, por ter realizado 32 missões de patrulhamento, e promovido a

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