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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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446 Israel Blajberg

Rafah, que possibilitava aos integrantes até o contacto com familiares, convocados

ao PDC por uma escala.

Os Serviços de Saúde tiveram que se desdobrar, diante das ameaças de

doenças tropicais e outras prevalentes em uma região de condições precárias,

com nossos médicos militares garantindo a higidez da tropa.

Portanto, a missão não era fácil, em meio ao deserto escaldante e entre dois

inimigos mortais. Mas tudo corria bem, até que Nasser achou que poderia acabar

com o Estado de Israel, para tanto afastando os capacetes azuis.

Mas Israel atacou primeiro, assestando profundo golpe no agressor desprevenido.

Em 5 de junho de 1967, os soldados da UNEF estacionados na Faixa de Gaza

acordaram com o ronco de centenas de jatos riscando o céu do deserto.

Eram os aviões de Israel, que em apenas três horas destruíram no chão

450 aviões de cinco países árabes. A vitória estava garantida, tendo passado à

História como a Guerra dos Seis Dias.

Até os capacetes azuis voltarem para casa, de 1957 até 1967, foram 20 contingentes,

cerca de 6 mil militares brasileiros entre cabos, soldados, sargentos, e

oficiais, principalmente tenentes, capitães.

O tempo passou, jovens soldados, sargentos, oficiais, agora muitos aposentados

ou na Reserva que tanto contribuíram para o desenvolvimento do Brasil

nas mais diversas profissões, hoje todos guardando com carinho as recordações

daqueles tempos passados à beira do deserto.

Na Rua Dias da Cruz no Méier, movimentado subúrbio do Rio de Janeiro,

todo sábado a Associação dos Integrantes do Batalhão Suez se anima com a chegada

dos sócios para momentos de lazer, churrasco, sinuca.

Fundada em 23 de maio de 1958, as décadas se sucedem, mas o entusiasmo

continua, congregando centenas de Veteranos ostentando orgulhosamente a

Boina Azul.

Um dia, aquele prédio foi a agência da Caixa Econômica Federal do Méier.

Esquina famosa, ponto muito procurado pelo público para serviços bancários.

Diante dos trilhos da Central, próximo da estação do Méier, era uma referência

visível a todos que passavam de carro ou de trem. O portão ainda sugere a majestade

daquela época, entretanto, quem passa hoje de carro quase não o percebe.

Apenas os mais atentos notarão pelo espelho retrovisor a placa da Associação, à

retaguarda... Introduzida a mão-dupla na Dias da Cruz, o portão fica bem acessível

aos pedestres, mas encoberto para os carros...

A Caixa cedeu o prédio, mas deixou o IPTU, que virou bola de neve, hoje

dívida impagável de 400 mil reais. As bandeiras do Brasil, do Batalhão Suez e da

ONU altaneiras recebem os visitantes no hall de entrada. Mas a dívida deixa no

ar a questão: até quando?

A nossa primeira tropa de paz merece que as suas memórias permaneçam

vivas ainda durante muito tempo, justamente hoje em que na mesma região

outra força multinacional está prestes a ser convocada.

As décadas passaram, mas as mesmas ameaças se repetem, seja do deserto

ou das montanhas pedregosas. A bandeira verde que insuflava as turbas fanáticas

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