09.01.2022 Views

Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

418 Israel Blajberg

um bairro nobre da capital pernambucana (Bairro de Casa Forte) e à sua principal

avenida (Av. 17 de Agosto), onde está sediado o CPOR/R desde 1949.

Turmas de 1936 a 1999

A comunidade judaica do Recife se faz presente no CPOR há muito tempo. Há

vários casos de pais e filhos, primos e irmãos da mesma família que foram alunos

do CPOR/R. Recife sediou uma importante concentração judaica durante

o Brasil Holandês (1630-1654), datando desta época a mais antiga sinagoga das

Américas, Kahal Kadosh Zur Israel (vide cap. 8 deste livro).

O porto do Recife era o primeiro na rota dos judeus refugiados da Europa.

Sem dinheiro para seguir viagem, muitos deles fincavam pé na cidade. Conforme

a explica a historiadora, antropóloga e presidente do AHJB – Arquivo Histórico

Judaico do Brasil, Seção em Pernambuco, Tânia Kaufman.

“Eram os judeus mais pobres. Que não tinham condições de ir para o Rio de

Janeiro, Buenos Aires. Muitos vinham só com a roupa do corpo. Cruzavam o

Atlântico para não mais voltar.”

Em meados de 1918, 1919, Recife já tinha uma comunidade judaica formada.

Imigrantes vindos durante a Primeira Guerra Mundial antecederam os

que viriam duas décadas depois, sufocados pelo nazismo e facismo. Em meados

da década de 1920, portanto, a colônia se firmava na capital pernambucana.

Havia um time de futebol formado por judeus. Na escalação constam os

mesmos sobrenomes de antigos alunos do CPOR: Israel Rissin, Miguel Longman,

Luiz Cherpark, Rafael Markman e Abraam Boiucansky, José Foigel, Isaac

Posternak, Simão Foigel e Jonas Rabin, Samuel Buchatsky e Aron Gorenstein,

quase todos sobrenomes ainda vivos da sociedade recifense. Tal formação é de

1928. Muito provavelmente, a base do time campeão da Copa Torre de 1927.

Alguns desses jogadores chegaram a disputar o Campeonato Pernambucano.

Da listagem de alunos de 1936 a 1999, retiramos uma amostra:

▶▶

Abraão Kerzner

▶▶

Abrahão Cherpak

▶▶

Abrahão Datz

▶▶

Abran Tandeitnik

▶▶

Adolfo Krutman

▶▶

Ary Fleischman

▶▶

Bernardo Demenstein

▶▶

Bernardo Kosminsck

▶▶

Bernardo Rabinovich

▶▶

David Jacobovitz

▶▶

David Jacobovitz Netto

▶▶

Isaac Gorenstein

▶▶

Isaac Kauffman

▶▶

Isaac Schanick

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!