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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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Estrela de David no Cruzeiro do Sul 381

Em 1945, Luiz Chor estava concluindo o curso ginasial do Ginásio Israelita

Brasileiro, situado, então, na Tijuca, na Rua Desembargador Izidro.

Esteve na Av. Rio Branco, levado por seu pai, quando os pracinhas retornaram

em 1945. Recorda que tamanha era a massa humana que os soldados

desfilaram em fila indiana. Também visitou, junto com outros colegas de turma,

os feridos no HCE.

Foi durante muitos anos um dos sócios da Chozil Construtora, uma das

mais ativas no ramo da construção civil no Rio de Janeiro. Ocupou os cargos

de presidente do Sinduscon-Rio (Sindicato da Indústria da Construção

Civil no Estado do Rio de Janeiro), entre os anos de 1986 e 1992, e da ADEMI

(Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário), entre 1984 e

1987. Foi, durante seis anos vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria de

Construção, presidindo o Conselho da Indústria Imobiliária.

Filho mais velho de um casal de imigrantes judeus, seu pai, Pinhos Chor,

nascido na Bessarábia, chegou ao Brasil no início da década de 1920, onde se

estabeleceu como vendedor ambulante. Sua mãe, Annita Chor, (Singer quando

solteira) nascida na então Palestina, era filha de um dos mais famosos líderes

comunitários judeus daquela época, Moyses Singer, que exercia as funções de

açougueiro kasher (alimentos preparados segundo o ritual religioso) e mohel

(pessoa habilitada a realizar circuncisão em crianças aos oito dias de vida).

Moyses Singer era chamado para circuncisar jovens muçulmanos, mas em

idade mais avançada (12 anos).

Sua mãe morreu em 1936, poucos meses após dar à luz sua terceira filha

Bella, e Luiz, bem como seu irmão Jacob, foram criados pelos avós maternos

(Rifka e Moyses Singer) e assistidos materialmente por seu pai.

Seu avô era conhecido na comunidade judaica como Moishe Shoichet,

devido à atividade que exercia – ou seja, aquele habilitado a praticar o abate

ritual de animais segundo as regras religiosas.

O avô Moishe tornou-se famoso por ter sido um dos maiores, senão o maior,

executor da circuncisão, orgulhando-se de, em cerca de 50 anos de profissão,

ter circuncidado meninos em diversas cidades do Brasil, entre as quais, Rio de

Janeiro, Salvador e Belo Horizonte.

Naquela época, Luiz residiu com os avós próximo ao Grande Templo,

na Rua Conselheiro Josino n.º 16, ao lado do antigo CIB, hoje localizado em

Copacabana. A comunidade judaica era tão densa nos arredores da Praça XI,

que havia espaço para duas sinagogas a menos de 200 metros uma da outra, além

das que se espalhavam pelos arredores, sendo o Grande Templo frequentado por

ashkenazim e o Bnei Herzl por sefaradim.

Durante a década de 1970, Luiz passou a militar em diversas entidades ligadas

ao setor de construção e imóveis. Tornou-se diretor e presidente de várias

delas e seu nome passou a ser conhecido nacionalmente graças às campanhas

que liderava pelo crescimento do setor.

Nos anos 80, Luiz Chor foi convidado para presidir o “Grupo de Amigos

da Universidade de Tel Aviv no Rio de Janeiro”. À frente do grupo, promoveu

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