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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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12 Israel Blajberg

recentes, passando ainda pelo estudo da evolução das comunidades judaicas nas

capitais e no interior do país.

Algumas pesquisas trazidas à lume seriam surpreendentes para o grande

público, como, por exemplo, saber que uma família de cristãos-novos, os

Montarroyo, fizeram erguer em 1637 a Capela de São Mateus em Nilópolis – RJ,

que existe até hoje. Seu desejo de progedir nos negócios levou-os a procurar

abandonar de vez o judaísmo, liberando-os da mácula de “cristãos-novos”, da

qual desejaram se afastar através da construção de uma capela para facilitar sua

aceitação num mundo católico pelos cristãos-velhos.

Justamente o caminho inverso de judeus da Europa Oriental, que 300 anos

depois escolheram outro caminho, construindo uma comunidade em Nilópolis

com sinagoga e cemitério...

Mas, indubitavelmente, tanto uns quanto outros, em Nilópolis ou no

Nordeste, nas Minas Gerais ou na Amazônia, ajudaram a fazer deste país uma

grande nação.

É sabido que historiadores divergem bastante entre si com respeito à confirmação

da condição judaica de diversos vultos da História do Brasil, mormente

no período colonial, constando ter sido relevante a contribuição judaica aos 515

anos do Brasil. Queremos crer, entretanto, que todos concordam que a presença

judaica no Brasil, seja atraves de judeus, cristãos-novos ou criptojudeus, é um

fato que não pode ser minimizado.

A História do Brasil e a História Judaica andam juntas desde o descobrimento.

A vida em segredo dos judaizantes tem um ponto final quando, no dia 25

de maio de 1773, José de Carvalho e Melo, mais conhecido como o Marquês de

Pombal, Ministro de Estado português, depois de convencer o rei, decreta o fim

da classificação do povo português em cristãos-velhos e cristãos-novos.

Segundo a doutora em História, professora emérita da USP e especialista

em marranismo:

“(...) todos os brasileiros devem ter algum parente judeu. Muitos dos primeiros

colonos são de ascendência judaica, depois se misturaram muito. Muitos judeus,

escondidos como cristãos-novos, continuaram praticando a cultura e a religião.” 7

Continuidade judaica – Os bisnetos ainda serão judeus?

A revista americana Look publicou (há 50 anos) uma reportagem prevendo o

desaparecimento da comunidade judaica nos 50 anos seguintes, devido aos casamentos

inter-religiosos e à falta de identidade. Algo que nem os piores inimigos

de Israel conseguiram ao longo da História Universal.

Ironicamente, foi a revista que desapareceu, meros 10 anos depois...

Estatísticas mais recentes mostram que os chamados casamentos mistos

podem atingir 70% nos grupos seculares, caindo para 53% nos reformistas, 37%

nos conservadores e 3% nos ortodoxos.

7

TABAK, Bernardo; FARAH, Tatiana. Portugal: nacionalidade para judeus expulsos. In: O

Globo,p. 29, 2015.

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