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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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296 Israel Blajberg

Já Coronel, Bentes comandava o poderoso 2.º Grupo de Obuses 155 de

Jundiaí por ocasião dos acontecimentos de 31 de março de 1964, acumulando

interinamente a AD/2 (Artilharia Divisionária), que se deslocou com as tropas

do II Exército do Gen. Amaury Kruel de Jundiaí a Curitiba.

Conciliou a carreira militar com as tradições herdadas de seus antepassados,

que aportaram na Amazônia vindos do distante Marrocos, aventura fantástica

que em 2010 completa dois séculos.

Estudioso do haquitia e autor de reconhecidos livros, como Das ruínas de

Jerusalém à verdejante Amazônia, foi dedicado ativista na comunidade judaica

brasileira, aspectos estes, porém, já sobejamente conhecidos.

Este trabalho ressalta sua vertente militar, já esta bem menos estudada, de

um autêntico e distinto soldado brasileiro, do Exército de Caxias, da Artilharia

de Mallet, que nunca deixou de ser um soldado sefardita da Amazônia.

Origens

Abraham Ramiro Bentes nasceu em 28 de março de 1912 em Itaituba/PA, filho

de Simão Moysés Bentes e D.ª Estrella Benchimol Bentes.

Casado com Sara Mekler Bentes, tiveram uma filha, Anna Bentes Bloch,

dedicada ativista comunitária, e hoje presidente do Conselho Deliberativo da

FIERJ e vice-presidente do Memorial Judaico de Vassouras.

Dos seus quatros irmãos, três também nasceram em Itaituba, e um em

Belém.

Isaac Ramiro Bentes, prefeito de Salinópolis, depois Diretor do Departamento

de Municipalidades e em seguida Diretor do Tesouro do estado do

Pará; Elias Ramiro Bentes, falecido em 1975, economista, diretor da Associação

Comercial do Amazonas, ocupando ainda outros cargos; Jayme Bentes, advogado,

residente em Belém, presidente da comunidade israelita paraense por

longos anos; e o quarto irmão, Efraim Ramiro Bentes, o nascido em Belém,

engenheiro civil, foi deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa

do Estado do Pará.

O menino Abraham foi mandado para cursar o primário na Alliance

Française Universelle, em Tanger, Marrocos, diploma revisto no Grupo Escolar

Floriano Peixoto, de Belém/PA. Obteve o título de Bacharel em Ciência e Letras

pelo Ginásio Paes de Carvalho, de Belém, turma de 1928.

Encontrou resistência por parte dos pais, que não consideravam a carreira

militar desejável para Abraham, tornando-se então funcionário da Ford Pará.

Quando em 1929, acometido de impaludismo, fantasiava inconscientemente

com a vida de soldado, com a farda. Uma vez restabelecido, não houve mais

empecilho. Recuperado, prestou concurso para a Escola Militar do Realengo, no

Rio de Janeiro, onde sentou praça como cadete em 24 de março de 1930, sendo

declarado Aspirante a Oficial da Arma de Artilharia em 25 de janeiro de 1934,

2.º Tenente no mesmo ano, alcançando os demais postos de 1.º tenente em 1936,

Capitão em 1941, Major em 1948 e Tenente-Coronel em 1953.

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