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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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Estrela de David no Cruzeiro do Sul 291

forma, prestou inestimáveis serviços ao nosso país, inclusive no campo diplomático,

mantendo sobremodo elevado o prestígio das nossas Forças Armadas, como

também cativando para o Brasil inúmeras simpatias.

Posteriormente, já como Oficial General, empenhou-se com incansável

dedicação no sentidode contemplar o Estado do Paraná com a implantação da

Refinaria de Petróleo de Araucária. Pode-se afirmar com absoluta certeza que

tal importante e fundamental vitória conquistada para a economia e o desenvolvimento

do Paraná deve-se ao General de Exército Isaac Nahon, que de forma

muito hábil influenciou decisivamente a implantação da refinaria no estado,

vencendo uma disputa político-econômica com Santa Catarina.

O reconhecimento pela sua participação na questão da Refinaria de

Araucária foi materializado com a concessão pela Assembleia Legislativa,

em 1971, de uma das mais importantes condecorações estaduais: O Título de

Cidadão Paranaense, comenda que ostentava e externava sempre com muito

orgulho.

Gen. Isaac Nahon, faleceu em 29 de outubro de 2000.

Depoimento de Ary de Christian 3

Sobre mais um pouco do General Isaac Nahon, transcrevemos um depoimento,

de Ary de Christan – cavaleiro, quixote, médico e polemista, como ele mesmo

se identifica.

Tudo começou no Exército, aos 19 anos, como soldado raso. Chegou a major do

Exército, indo para a Reserva com proventos de coronel. Com curso de aperfeiçoamento

de oficiais realizado no EsAO, Rio, onde também cursou a Escola de

Saúde do Exército por 12 meses.

O ingresso no quadro médico do Exército resultou de uma dura batalha para

quem não usara sapatos até os 14 anos. Uma espécie de preparatório às durezas

da vida ocorreu a partir dos 15 anos, quando trabalhou em duas selarias e artefatos

de couro, propriedades dos Kosop e Manobra Militar em Saicã (RS), em 1967.

Veio de baixo mesmo, “reco” em 1949 no hoje Solar do Barão, então quartel

general da Quinta Região Militar, na Rua Carlos Cavalcanti.

Fez serviços pesados, passou a cabo, fez concurso e foi a terceiro e segundo

sargento, servindo no CPOR. Ali conviveu com uma “juventude dourada” –

como diriam os colunistas sociais da época –, a maioria composta de filhos da

alta burguesia curitibana. Servir no CPOR era, então, uma espécie de rito de

passagem, evento meio mágico, forte simbolismo identificando uma maioria

de “bem nascidos” privilegiados no cumprimento do serviço militar, um dever

seguido à risca naqueles tempos.

Havia os que tinham passado pelo CPOR e “os outros”, opina um antropólogo

da UFPR que prepara tese sobre o assunto e pede reserva de seu nome.

A vida castrense revelou-lhe um mundo de relacionamentos e de tipos

humanos inesquecíveis. Um deles, o General Isaac Nahon, depois um dos pilares

do Movimento Militar de 1964. Ficou amigo do general e de sua família.

3

HAYGERT, Aroldo Murá G. Vozes do Paraná: retratos de paranaenses. Curitiba: Esplendor;

Convivium, 2009. 300p.

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