09.01.2022 Views

Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Estrela de David no Cruzeiro do Sul 283

das línguas dos países por onde andaram, como o árabe). O espanhol é uma

língua que o brasileiro entende com facilidade, e que teria facilitado a imigração

dos Levy e Nahon para o Brasil, como, aliás, o fizeram já após a Abertura dos

Portos em 1808, milhares de judeus do Marrocos, que se dirigiram a Região

Amazônica, subindo o Rio e fixando-se em Belém, Santarém, Manaus e outras

cidades ribeirinhas, chegando até Iquitos no Peru, onde até hoje existem sinagogas

e cemitérios judaicos nestas cidades, alguns já abandonados.

Família Nahon no Brasil

E assim chegaram ao Brasil os pais do Gen. Nahon, Isaac Nahon e D.ª

Maria Nahon. O pai faleceu prematuramente, um mês antes do nascimento

do menino. As famílias moravam no Bairro Imperial de São Cristóvão, e o

menino Isaac conviveu na sua infância com os primos Waldemar, Armando

e seu pai Armando Levy Cardoso, banqueiro de Pelotas descendente de portugueses

que havia se convertido ao judaísmo a pedido dos pais de D.ª Stella

Levy, para casar-se com ela. O menino Armando chegaria a Coronel, tendo

pesquisado linguagens indígenas na Amazônia, época em que contraiu beribéri.

Era casado com uma das poucas psicólogas infantis da época, Dr.ª Ofélia

Boisson Cardoso. Quando Capitão, teve importante participação na comunidade

judaica do então Distrito Federal, tendo sido diretor de associações culturais

e de escoteiros. Um dos seus filhos é diplomata, tendo sido embaixador

nos países nórdicos.

Isaac teve um irmão, Leon, casado com Ena Abramant, com quem teve

as filhas Yeda e Yone. A irmã Fortunée casou-se com o Sr. Homero Barbosa,

Tabelião de Feitos da Fazenda, com quem teve a filha Rosaly.

Isaac Nahon serviu em sua mocidade em Curitiba/PR, onde conheceu a

jovem Flora do Rego Barros, com quem se casou. Os avós de sua esposa eram

franceses e espanhóis. Seu avô era engenheiro, e trabalhou nas estradas de ferro

do Paraná. Naquele tempo, chegou a adquirir uma quadra na Rua Dr. Muricy

em Curitiba, onde havia plantações, e hoje é uma movimentada rua comercial.

Sua filha, D.ª Dora Nahon, gentilmente nos recebeu em sua residência no Rio

de Janeiro, recordando estas passagens, que nos revelam a bela história das suas

raízes famíliares, que atravessando os oceanos vieram germinar nas abençoadas

terras brasileiras, dando dois ilustres expoentes ao Exército de Caxias e à

Artilharia de Mallet. Em sua residência, diversos retratos recordam o casal Isaac

e Flora, que tiveram um casamento feliz de cinco décadas, ao longo da brilhante

carreira militar do General, como bem descreve o poema “Esposa de soldado”,

de Neyde Cabral (Resende, de junho de 1969), e que D.ª Flora comentou com a

observação de que “não há nada, nada neste mundo, melhor que ser esposa de

um Soldado!”

D.ª Dora recorda seus tempos de Curitiba, onde estudou no tradicional

Colégio Sion. Seu pai serviu no 9.º RAM, hoje desmobilizado face à urbanização

da metrópole, com os descampados onde pastava a cavalhada dando lugar

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!