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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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Estrela de David no Cruzeiro do Sul 255

▶ ▶ 2014 – Cel. Mário Felizardo Medina, adido militar na Itália com Ten. Méd. Dr. Carlos Henrique

Bessa, Veterano do 1.º BS. Acervo do Ten. Bessa.

a nossa colação de grau. Sei que jamais esquecerei das cenas que então se passaram:

O Prof. Terra dizendo em voz comovidíssima o juramento que nós quatro,

fardados de sargento, cansados por quatro dias de exames sucessivos, um tanto

barbados, repetimos mais emocionados ainda. Colocando depois o anel em nossas

mãos. ‘Podem exercer e ensinar a medicina’(...)”

Tentando depois dizer-nos algumas palavras, o velho Terra não conseguiu

senão dizer que desejava que “fôssemos felizes”. As lágrimas encheram-lhe os olhos.

Abraçou-se a um de nós e não disse mais nada. O Pedrão, que estava perto, fez o

mesmo, muito mais vermelho que de costume, com olhos muito mais cheios d’água

que quando ria. O Lintz, o Silvio, o Prof. Bastos D’Ávila, todos calados, olhos marejados,

nos abraçaram. As nossas colegas, talvez mais comovidas que todos, ainda,

faziam grupo com gaúcho e Kastrup; o pessoal da secretaria, o Dr. Darcy, inclusive,

não diferente dos outros. Éramos “doutores para a guerra”, o Pedrão disse. Os outros

convenceram-se disto; o Pedrão disse também que tinha sido a colação de grau

mais comovente a que já havia assistido. O prof. Terra disse o mesmo e mais – que

assistira a todas as colações de grau havidas na faculdade; nenhuma tão comovente

como aquela feita entre papéis de uma secretaria desarrumada, de quatro rapazes

despenteados, sem discursos nem representantes de autoridades.

Aos poucos, o grupo foi se dissolvendo; cada qual tomou seu rumo.

Adio Novak

Adio Novak nasceu em 12 de agosto de 1920, no Rio de Janeiro, filho de Motta e Vera

Novak, tendo sido 3.º Sgt. da FEB, e transferido para a Reserva no posto de Capitão

R/1 de Infantaria. Foi condecorado com as Medalhas de Guerra e de Campanha.

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