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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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Estrela de David no Cruzeiro do Sul 253

Na guerra cada um tinha que carregar nos braços pesados e complicados

apetrechos; o Samuel acrescentou mais um: seu violino!

Na morte de Roosevelt arranjou algumas peças de pano negro e acrescentou-as

ao uniforme; ficou de luto por alguns dias.

Como ginecologista criou um procedimento anticoncepcional que provavelmente

teria tido sucesso muito grande não fosse a ampla difusão que passara a

ter as pílulas anticoncepcionais e outros procedimentos do gênero.

Nos conhecemos aos 11 de idade. No Colégio Brasil as carteiras eram para

dois alunos. Curso de admissão (antes do ginasial). Eu já estava sentado na primeira

fila – alguém me havia colocado lá – e logo depois puseram a meu lado

um garoto muito louro, um pouco agitado e que ria muito. Mas muito simpático.

Mal sabia eu que estava ganhando um amigo e colega para a vida toda. Fizemos

o ginasial e depois o curso médico sempre nas mesmas turmas, sempre no mesmo

grupinho. Éramos quatro ou cinco entre os quais um filho de sírios, Nagib Farah,

um filho de alemães, Carlos Frederico, Samuel, filho de judeus russos, e eu.

(Como eram doces os tempos em que nazismos, comunismos e fundamentalismos

diversos ainda não haviam envenenado a mente e a alma dos homens...)

Quando eu e o Samuel fomos convocados para o exército, valeu-nos muito

a amizade daquele grupo. Ajudavam-nos trazendo resumos das aulas perdidas.

Depois veio a formatura antes do embarque, em que eu e o Samuel, já então

juntos a outros dois colegas – o Antonino e o Borring fardados de sargento, suados,

barbados – formos postos entre mesas e cadeiras desarrumadas da secretaria

da faculdade para uma solenidade de formatura absolutamente sui generis.

Estávamos às vésperas de embarcarmos para a guerra e os poucos professores

e colegas que assistiam às formalidades levadas à expressão mais simples

▶ ▶ 1945 – Tenentes Médicos Antonino Fonseca Jardim (de Nova Lima/MG), Carlos Henrique Bessa (de

Niterói/RJ), Jorge Arturo Borring (argentino, naturalizado brasileiro), Samuel Soichet (de Niterói/RJ).

Colegas de turma formaram-se juntos na FFM, Segundos Tenentes Médicos do 1.º Batalhão de Saúde.

Embarcaram juntos e estiveram no mesmo batalhão durante toda a guerra. Acervo do Ten. Bessa.

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