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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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236 Israel Blajberg

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Medalha da Conquista de Monte Castelo – Regimento Sampaio, 21 de

fevereiro de 1990

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Medalha Marechal Mascarenhas de Moraes – 1992

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Diploma Colaborador Emérito do Exército – 2003

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Diploma da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil – Seção Nova

Iguaçu

Este dedicado soldado brasileiro de fé judaica, após tantos anos de bons serviços

prestados ao Exército e aos Veteranos da FEB em uma carreira exemplar,

seguiu para a Itália no mês de abril de 2005 como membro da Delegação Oficial

do Exército Brasileiro para as comemorações dos 60 anos da Vitória Aliada na

Europa.

A seguir transcrevemos reportagem “Os garotos que vieram do Brasil para

lutar pela liberação da Itália” de Alberto Riva, suplemento “II Venerdì” do jornal

La Repubblica, de 1.º de abril de2005 (traduzida do italiano), realizada na sede da

ANVFEB na Rua das Marrecas 35, Lapa, Rio de Janeiro, com depoimentos prestados

por Israel e seu grande amigo e irmão de armas Cel. Sergio Gomes Pereira,

presidente da ANVFEB, também ele oriundo do CPOR/RJ.

Eram os 25 mil homens da Força Expedicionária Brasileira que chegaram após

o General Clark. Sessenta anos depois, retornam em peregrinação em Roma,

Nápoles, Livorno. E nos Apeninos, onde os uniformes de inverno lhes foram fornecidos

pelos norte-americanos. Porque eles, a neve, nunca tinham visto.

Do Pão de Açúcar aos Apeninos. Existe um pedaço de memória italiana no

Centro do Rio de Janeiro. Um prédio de cinco andares, apertado por edifícios de

cimento e vidro na Rua das Marrecas, antiga estrada do bairro da Lapa. Sérgio

Gomes Pereira, 81 anos, Coronel reformado, sobe todos os dias até o quinto andar

e se senta atrás da sua mesa. É o presidente da Associação Nacional dos Veteranos

da FEB, a Força Expedicionária Brasileira, que de julho de 1944 até maio de 1945

teve seus homens junto às tropas norte-americanas do General Clark em território

italiano. Para o Exército Brasileiro, sob o comando do General Mascarenhas

de Moraes, era a primeira missão além das fronteiras nacionais. Para muitos

daqueles homens, a primeira neve, jamais vista, e a primeira viagem, talvez a

única, fora do Brasil. Dos 25 mil soldados, 457 nunca mais voltaram a ver a Baía

de Guanabara, e quase 2 mil voltaram feridos e mutilados.

Agora, depois de exatamente 60 anos daquela expedição, Sérgio prepara-se

para atravessar novamente o oceano: no final de abril estará chefiando uma delegação

na Itália, empenhado em um tour nos lugares da memória: Roma, Staffoli,

Pistoia, Montese, Collecchio, Gaggio Montano... Nomes de pequenas cidades que,

no português claro do Coronel Gomes Pereira, soam familiares. Nomes de batalhas.

No térreo de Rua das Marrecas 35, onde se encontra o Museu da expedição,

aqueles nomes são fotografias em preto e branco, ou velhos uniformes colocados

nas paredes, armas enferrujadas sequestradas da SS, medalhas, cartas, recordações.

“A sede da FEB é aqui” explica Sérgio Gomes, “porque todos partimos do

Rio. O porto era protegido, enquanto os outros eram ameaçados pelos submarinos

alemães e italianos. Muitos navios tinham sido atacados e ocorreram mortes

entre civis. Entramos em guerra por este motivo”.

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