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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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214 Israel Blajberg

contra-atacou, conseguindo afundar alguns submarinos, e quando a Marinha do

Brasil passou a escoltar os comboios, já não houve mais perdas.

O Brasil era um país eminentemente agrícola. Nem se sonhava com a infraestrura

e o parque industrial que temos hoje, os quais ainda iriam ser planejados

e construídos anos mais tarde.

Mesmo assim, um esforço nacional supremo nos capacitou a enviar para

a Itália a primeira de três Divisões de Infantaria Expedicionária, formando a

FEB – Força Expedicionária Brasileira, um Grupo de Aviação de Caça, e guarnecer

o nosso litoral com a Marinha do Brasil. Foram só na FEB 25 mil homens,

dos quais quase 500 não voltaram, além de outros milhares nas tripulações dos

navios de guerra e mercantes, e centenas de aviadores e pessoal de terra.

Segundo o Mein Kampf, o III Reich deveria durar mil anos. As populações

polonesas, russas e outros eslavos seriam transformadas em escravas dos

arianos, sem nenhum direito a não ser trabalhar para a Alemanha. Os judeus,

ciganos, comunistas, homossexuais e deficientes físicos e mentais nem esta sorte

teriam. Deveriam ser impiedosamente exterminados nas câmaras de gás, a fim

de que só restasse a “raça pura”.

Os brasileiros, também considerados uma raça inferior de mestiços, e os

africanos seriam explorados quando chegasse a sua vez, apenas fornecendo

matérias-primas e deixados a própria sorte para morrerem como moscas.

Dentro deste quadro tenebroso, custa a crer que houvesse, e lamentavelmente

ainda há no Brasil, embora microscópicas, ideologias pró-nazistas, grupelhos

minúsculos.

Se o Afrika Korps não tivesse sido destroçado em El Alamein, e a Alemanha

conseguisse estender seus tentáculos para o outro lado do Atlântico, iríamos

ter aqui no Brasil a desgraça de conviver com traidores. Infelizmente surgiriam

novos calabares, novos Joaquim Silvério dos Reis.

Mas não foi isso que aconteceu neste país que o grande escritor Stefan

Zweig, também ele vítima do nazismo, definiu profeticamente em 1942, como

o País do Futuro, raciocínio este que agora é ratificado pela CIA, ao prever que

o Brasil junto com China, Índia e Indonésia podem vir a tornarem-se potências

mundiais em 15 anos.

Samuel embarcou para a Itália em 19 de setembro de 1944, e desembarcou

já sob o frio inclemente do inverno europeu.

Logo sua Bateria foi enviada para a frente de combate. A Artilharia da FEB

era comandada pelo General Cordeiro de Farias, e receberam diretamente na

Itália vindo dos Estados Unidos os obuses de 105 e 155 mm, aquela época os

mais modernos, de que ainda não dispúnhamos no Brasil.

O Comandante do IV Grupo era o então Ten.-Cel. Hugo Panasco Alvim.

Conforme Germano Seidl Vidal, 2.º Tenente:

“(...) em 15 de maio de 1944, fui designado Comandante da Linha de Fogo

da 2ª Bateria do então I Grupo do 1.º Regimento de Artilharia Pesada Curta

(Grupo Escola) – I/1.º RAPC (GE), função na qual permaneci durante toda

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