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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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Estrela de David no Cruzeiro do Sul 197

observações. O inimigo estava em retirada e seu Regimento, até o momento,

não encontrara dificuldades. O 6.° RI conseguira os primeiros louros de sua

atuação. Anotei as observações. Mas, o destino acabaria por desfazer a facilidade

pintada pelo nosso entusiasmado e sempre lembrado companheiro.

Ele seria, mais adiante, uma das vítimas a lamentar! O inimigo, na verdade,

manobrava em retirada, até a linha de alturas escolhida para quebrar o ímpeto

da ofensiva do nosso GT (Grupamento Tático), que atuava no Vale do Serchio

e, tinha razão, a advertência de nosso Comandante, o Coronel Caiado.

II – Entrada em Ação

Finalizados os reajustamentos necessários, o nosso 2.º Batalhão (Major

Syseno) entra em ação no Vale do Reno, substituindo a tropa do 6.° RI. A 6ª

CIA, do Tenente Moyses Chahon, ocupa posição a oeste da 5.ª Cia., região

Áfrico-Volpara. Tivemos, então, os primeiros contatos com o inimigo. Grande

tensão e apreensão. Surgem as primeiras baixas. O frio já mostrava suas dificuldades.

A leste do dispositivo do 2.º Batalhão sobressaíam as alturas de Torre de

Nerone e Soprassaso, que tinham amplo domínio de observação sobre nossas

posições. Ação de artilharia e morteiros. Patrulhas que procuram sondar os

pontos sensíveis do dispositivo. A lama e as alturas dificultam o aprovisionamento

e remuniciamento. São empregados muares dos alpinos italianos.

Mais adiante, as linhas avançadas aparecem cobertas de panfletos. Eram os

tiros de propaganda inimiga que, àquela altura, já identificara a nacionalidade

da tropa que o enfrentava. Procurava, assim, influir na moral de nossas tropas.

Os panfletos poderiam ser utilizados como salvo-condutos.

Nas posições defensivas e naqueles dias de verdadeira adaptação à vida do

infante em campanha, tivemos, todos nós, ocasião de provar nossas condições

físicas e morais necessárias aos embates que estavam por acontecer. A 29

de novembro, o 1.º Batalhão (Uzeda) tomara parte em operação de ataque a

Monte Castelo. A notícia chegara ao conhecimento dos 2.º e 3.º Batalhões, em

posição, na frente defensiva. Claro que o impacto do insucesso foi recebido

com preocupação. Logo a seguir, início de dezembro, o inverno já fazia sentir

seus efeitos. Os Batalhões (2.º e 3.º) que estavam em linha são substituídos,

colocados em Reserva e reajustam seus efetivos. Haverá nova operação de ataque

a Monte Castelo, em data ainda não conhecida em nosso escalão, mas nos

reconhecimentos realizados indicavam que logo estaria para acontecer. A 12 de

dezembro, a operação é desencadeada. O 2.º Batalhão, incluindo a 6.ª Cia. do

Tenente Moyses Chahon, torna parte no ataque. As três subunidades, a 4.ª, 5.ª

e 6.ª Cia., são engajadas e sofrem pesadas baixas. A visibilidade não permitia o

apoio necessário dos fogos de artilharia e dos carros de combate americanos. A

infantaria não conseguiria e não conseguiu quebrar as resistências alemãs que

em suas casamatas e dominando a observação do compartilhamento de ataque

impediam a progressão do escalão de ataque, causando pesadas baixas. A 6.ª

Cia., e ai estão os Tenentes Apolo Rezk, Moyses Chahon e Deschamps, assim

como os demais integrantes da 4.ª e 5.ª Cia., tiveram papel importante e provaram

sua têmpera de infantes. O Tenente Apolo foi o mais sacrificado, pois,

vencido pelas dificuldades de observação, foi envolvido e seu pelotão é praticamente

dizimado pelo fogo ajustado do inimigo. Ao cair da tarde, a operação

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