09.01.2022 Views

Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

106 Israel Blajberg

Rússia-Japão, aqui chegando em 1905. Conviveu com Carlos Marighella em sua

juventude, seu colega no Ginásio da Bahia.

Militante do PCB na década de 30, organizou células do partido nas Forças

Armadas, como Cadete da Escola Militar do Realengo, onde foi admitido em

1931, sendo desligado em 1933. Alguns cadetes foram expulsos e rebaixados a

soldado raso. Segundo a Fundação Maurício Grabois, em 1932 o mesmo foi soldado

no 1.º Regimento de Infantaria no Rio de Janeiro. 23

Esteve preso durante o Estado Novo.

Foi diretor de A Classe Operária e da Editora Horizonte do PCB, no Rio de

Janeiro, até seu fechamento em 1949.

Aos 14 de outubro de 1947, o deputado Maurício Grabois e o Senador Luis

Carlos Prestes compareceram à cerimônia no Grande Templo Israelita, de onde

partiu o chamado “Enterro do Sabão” para o Cemitério Israelita de Vila Rosali,

na Baixada Fluminense. 24

Havia a suposição, na época, de que os nazistas produziram sabão a partir

de gordura de judeus mortos em campos de extermínio, o que modernamente

não tem mais sido aceito como fato verdadeiro.

Entretanto, logo após a guerra, algumas barras de sabão foram trazidas da

Europa por sobreviventes do Holocausto, com inscrições que atestariam terem

sido produzida daquela forma. Isso levou a comunidade, ainda sob forte impacto

daquela tragédia, a organizar um ato religioso no Grande Templo, onde compareceram

milhares de pessoas, seguindo uma caravana com mais de 500 automóveis

para o cemitério, onde as pretensas barras de sabão humano foram depositadas

solenemente em um monumento que existe até hoje ao centro do Cemitério

de Vila Rosaly (velho).

Por ocasião do 100.º aniversário de nascimento de Maurício Grabois, a

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – ALERJ promoveu em sua

homenagem uma sessão solene em 2 de outubro de 2012, por iniciativa do deputado

Paulo Ramos. O coral da ASA (Associação Scholem Aleichem) participou

do ato, a convite de D.ª Victória Lavinia Grabois Olimpio, filha de Maurício.

No mesmo ano de 2012, alguns meses antes, o Congresso Nacional realizou

uma sessão de homenagem aos 90 anos do PCdoB, integrante da base do

governo, fundado em março de 1922 em Niterói/RJ, como PC – Seção Brasileira

da Internacional Comunista. O Presidente do Senado José Sarney disse que até

hoje admira os princípios comunistas. Identifica neles “uma ideia generosa de

igualdade entre os homens, que se aproxima da justiça social”. 25

23

MONTEIRO, Adalberto Alves (Presidente da Fundação Maurício Grabois). Homenagem à

memória e ao legado de Maurício Grabois, São Paulo, 2 out. 2012.

24

Tribuna Popular, jornal comunista que circulou de 1945 a 1947, segundo José Roitberg.

25

Jornal do Senado, ano XVIII – nº. 3.626, 27 mar. 2012.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!