09.01.2022 Views

Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

98 Israel Blajberg

os primeiros boatos da cessação das hostilidades, como de fato ocorreu oficialmente

a 2 de outubro, após a Força Pública se retirar da luta.

Sua morte foi comunicada à Faculdade de Direito por telegrama expedido

de Alvaré pelo Coronel Pedro Dias de Campos, notificando a imediata promoção

do bravo estudante “Post Mortem” ao posto do Capitão. José Preisz foi sepultado

provisoriamente no Cemitério de Salto Grande, juntamente com outros

companheiros mortos em combate, 10 sendo exumado dias depois em presença

de cunhado Victor Hajnal e de vários colegas da Academia, que acompanharam

seu corpo a São Paulo, onde chegou a 15 de outubro, pelo trem das 8h45 da

manhã na estação de Sorocabana, hoje Júlio Prestes. 11 O enterro verificou-se no

dia imediato, domingo, no Cemitério de Vila Mariana, onde se encontram seus

restos mortais num túmulo coberto por uma lápide negra,cujo frontal ostenta

uma placa dedicada pelo Centro Acadêmico XI de Agosto ao inesquecível colega

“morto nos campos Sul, na arrancada constitucionalista”.

VI – Homenagem

Antes do reinício das aulas, a congregação da faculdade, juntamente com a diretoria,

mandou celebrar missa de réquiem em sufrágio à sua alma no pátio da

escola 12 , e o primeiro mestre a falar dos estudantes mortos na Revolução foi o

professor Cândido Mota, ouvindo-se em seguida a palavra eloquente do professor

Pinto Ferreira, que também participou do movimento como um simples

soldado, e do acadêmico Dário Ribeiro Filho, em nome dos alunos.

A imprensa acadêmica tarjou-se de luto: A Balança, em seu número 18, que

circulou em novembro de 1932, presta significativa homenagem aos estudantes

Nélio Guimarães, José Preisz, Agemiro Silvestre e Ary Fernandes, que tombaram

na luta, em artigo assinado por Arnaldo Barbosa e Alexandre Barbour. A

Tribuna Liberal, sob o título “Nossa luta”, relata com pormenores os destinos de

cada um, inclusive o de José Maria D’Azevedo, cujos nomes somados aos de dois

outros companheiros – César Penna Ramos e Hermes de Oliveira César – viriam

a receber a luz perene da lâmpada votiva que ilumina o monumento plantado no

coração da velha academia, à sombra das Arcadas, símbolo do sacrifício de suas

vidas por um ideal. 13

Na matzeiva (lápide tumular em hebraico) de Preisz no Cemitério Israelita

de Vila Mariana, Q1 R8 n.º 133, lê-se em húngaro: “Orokke. Gyaszol. Anyad.

Hugod, Sogorod.” (Lembrança eterna da mãe, irmã e irmão).

10

Assento de óbito de José Preisz lavrado no livro C-21 fls. 47-v, do Cartório de Registro Civil de

Santa Cruz do Rio Pardo; pesquisado pelo Dr. Manoel Renê Nunes, a pedido do autor.

11

O Estado de S. Paulo, edição de 16 de outubro de 1932, 1.ª página.

12

O Estado de S. Paulo, edição de 5 de outubro de 1932, p. 3, sob o título “Anúncio Fúnebre”. Idem

na edição de 6 de outubro, p. 3.

13

O prefeito Jânio da Silva Quadros, por sugestão do autor destas linhas, referendada pela

Sociedade Veteranos de 32 – MMDC, assinou o Decreto nº 24.763, de 14 de outubro de 1987,

dando o nome de José Preisz a uma rua do Bairro da Saúde.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!