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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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Estrela de David no Cruzeiro do Sul 97

III – MMDC

A vida acadêmica, contudo, se agita na fase de turbulência política nacional. A

chamada “causa de São Paulo” – que postula na autonomia do tocante à escolha

de seus governantes, a par da campanha pelo restabelecimento do regime constitucional

interrompido pela Revolução de 30 – assumia, nas praças, nos comícios,

destacando-se a palavra inflamada de Ibrahim Nobre, que reclama uma definição

das autoridades.

A crise atinge o clímax na noite de 23 de maio de 1932, quando a população,

em delírio nas ruas, festejando a notícia da formação de um novo governo estadual,

“genuinamente paulista e tirado da frente única”, é recebida à bala pelos legionários

de Miguel Costa, dando origem à Sociedade MMDC, tirada do nome das

primeiras vítimas fatais: Mário Martins de Almeida, Euclides Buenos Miragaia,

Dráusio Marcondes de Souza e Antonio Américo de Camargo Andrade. A sigla

não compreendeu o nome de uma quinta vítima, Orlando de Oliveira Alvarenga,

que faleceu posteriormente no Hospital Santa Rita, no dia 12 de agosto.

IV – Militância política

José Preisz não se mostra indiferente à reação popular. Juntamente com outros

colegas reclama da prisão do Coronel Joaquim Thedompo Godoy Vasconcelos

no Rio de Janeiro, que serviu na 2.ª Região Militar de São Paulo. Assina um

documento dirigido ao presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, além de

participar da formação da Liga Pró-Constituinte, no dia 11 de junho, conforme

se pode verificar de sua assinatura na lista de presença dos alunos. 9

Nas ruas, o movimento constitucionalista avança, com o fortalecimento pela

união entre o Partido Democrático e Republicano, até a eclosão da Revolução de

9 de julho, sob a chefia do Coronel Euclides Figueiredo, e apoio da força pública,

comandada pelo Coronel Júlio Marcondes Salgado, seguindo-se a mobilização

da primeira tropa civil no Largo de São Francisco.

José Preisz engaja-se no movimento, alistando-se no batalhão que leva o

nome do tribuno da Revolução – Ibrahim Nobre – e segue para o Sul, onde se

localizava os dois eixos naturais de penetração entre a paulista Itarare e Ribeira,

servido de duas estradas, uma de ferro e outra de rodagem, na direção de

Itapetininga, a pouca distância de Sorocaba, que seria o palco de sangrento combate,

e cuja sorte, afinal, favoreceu as tropas governamentais vindas do Paraná

sob o comando do General Waldomiro de Castilho Lima.

V – Combate fatal

Foi ali, no Distrito de Salto Grande, então comarca de Santa Cruz no Rio Pardo,

que José Preisz caiu mortalmente ferido numa emboscada, vindo a falecer às

8 horas da manhã do dia 23 de setembro, quando circulavam na Frente Norte

9

Arquivo da Faculdade de Direito da USP, livro da diretoria do Centro XI de Agosto, ano de

1932, presidente Arnaldo Barbosa.

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