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MANUAL DE TOXICOLOGIA CLÍNICA - COVISA 2017(1)

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10.3 Inseticidas Piretróides

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Visão geral

São um grupo de inseticidas sintéticos derivados das piretrinas

naturais, que são extraídas das flores de crisântemo. De acordo com a sua

estrutura química, podem ser dividos em 2 grupos:

• Tipo I: não possuem o grupo ciano. A maioria produz a síndrome T,

caracterizada por tremores em experimentos com ratos;

• Tipo II: possuem um grupo ciano, o que aumenta muito a neurotoxicidade

em animais e insetos e tende a produzir a síndrome CS

em estudos com animais, que cursa com coreoatetose e salivação .

Mecanismo de efeitos tóxicos

• Atuam diretamente nos axônios prolongando a despolarização do

canal de sódio, levando a uma hiperexcitação do sistema nervoso;

• Em concentrações altas, os piretróides do tipo II ligam-se aos receptores

do GABA bloqueando os canais de cloro e sua ativação o

que também leva a uma hiperexcitabilidade do SNC.

Dose Tóxica

• Varia de acordo com o princípio ativo;

• A dose oral tóxica em mamíferos é superior a 100 a 1000 mg/Kg. A

dose oral aguda potencialmente letal é de 10 a 100 g;

• Observar que produtos de uso domestico e medicamentos contendo

piretroides tem baixa concentração, enquanto produtos de uso

agrícola, veterinário e clandestinos contem maiores concentrações

do princípio ativo.

Intoxicação por praguicidas

Farmacocinética

• Absorção

º º Absorvido por via oral e inalatória; sendo observados efeitos

sistêmicos após exposições maciças. Os piretroides não são

compostos voláteis, e a toxicidade pulmonar é devido ao solvente

utilizado como veículo;

º º Pouco absorvido pela pele, no entanto podem atingir as terminações

nervosas periféricas.

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