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MANUAL DE TOXICOLOGIA CLÍNICA - COVISA 2017(1)

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indicada, devendo-se realizar o tratamento sintomático (antieméticos)

e administrar apenas o carvão ativado.

Intoxicação por praguicidas

• Antídotos

º º A atropina e as oximas são recomendadas para o tratamento

das intoxicações causadas por inibidores de colinesterases.

º º Atropina

□□

Age como um bloqueador dos receptores muscarínicos,

evitando a ação da acetilcolina acumulada nas sinapses.

É um antagonista competitivo e o medicamento de escolha

para as manifestações muscarínicas e do SNC. Não

estabelece a reativação da enzima inibida e não influi na

eliminação dos agentes anticolinesterásicos; não atua

nos sintomas causados pela estimulação de receptores

nicotínicos, principalmente de origem muscular e na depressão

respiratória;

□□

O tratamento adequado com o sulfato de atropina pode

salvar a vida do paciente intoxicado.

* Dose inicial: Sulfato de atropina IV, na dose de 1 a 4

mg (em crianças, 0,05 a 0,1 mg/kg de peso) in bolus;

* Repetir a cada 2 a 15 minutos até a atropinização

plena do paciente, dependendo da gravidade do

caso. Em casos graves poderá ser necessário o

uso de grande quantidade de atropina, sendo

fundamental manutenção de estoque mínimo na

sala de emergência;

* A atropinização adequada traduz-se pelo

desaparecimento dos sintomas muscarínicos,

especialmente com a melhora da hipersecreção

pulmonar, do broncoespasmo e consequentemente

da oxigenação tecidual, além da secura de pele

e mucosas e elevação da frequencia cardíaca.

A melhora pulmonar nem sempre ocorre

simultaneamente ao desaparecimento dos demais

sintomas colinérgicos;

* A miose é um dos últimos parâmetros a ser

revertido, e não deve ser utilizado para avaliar a

melhora da intoxicação aguda;

* A persistência ou retorno dos sintomas

muscarínicos indica a necessidade de doses

adicionais de atropina;

* Nos casos graves, poderá ser necessário o aumento

das doses ou a redução do intervalo entre elas;

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