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MANUAL DE TOXICOLOGIA CLÍNICA - COVISA 2017(1)

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tes suaves, tal como óleo mineral e dieta rica em fibras para

facilitar sua eliminação. Acompanhar com controle radiológico

a eliminação da bateria.

º º Endoscopia digestiva alta:

□□

A avaliação endoscópica deve ser feita sempre que haja

forte suspeita de ingestão de cáusticos, mesmo que

não estejam presentes lesões orais. Estudos apontam

que em até 22% dos casos em que se verificou lesão de

esôfago, não estavam descritas lesões orais. É um exame

indispensável para avaliação das lesões provocadas,

permitindo orientar a vigilância e a terapêutica e estabelecer

um prognóstico. É indicada precocemente, de preferência

nas primeiras 24 horas. Deve-se, entretanto,

realizar manobras delicadas, introdução sob visão direta

e pouca insuflação de ar. Não se deve ultrapassar uma

lesão grave (necrose franca ou edema obstruindo a luz).

Quando houver suspeita de perfuração, o exame endoscópico

está contraindicado. Usualmente a literatura não

cita casos de perfurações durante o primeiro exame. Entre

o 5º e o 15º dia após a ingestão do corrosivo é preferível

evitar a endoscopia, pois a mucosa está mais friável

e há maior risco de perfuração. Conforme os graus de lesão

esofágica na endoscopia, há uma conduta específica,

conforme tabela abaixo:

O tratamento inicial da esofagite cáustica é ainda matéria de

grande controvérsia, no que diz respeito ao uso de corticoides sistêmicos

e antibióticos. Já o uso de inibidores da bomba de prótons parece lógico e

consensual.

Intoxicação por saneantes domésticos

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