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MANUAL DE TOXICOLOGIA CLÍNICA - COVISA 2017(1)

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O diagnóstico laboratorial toxicológico na suspeita de intoxicação aguda

• No diagnóstico, poderá confirmar ou excluir substâncias suspeitas,

baseada nas síndromes tóxicas sugeridas a partir da história e exame

físico. No caso de intoxicação por múltiplas substâncias, onde

os sinais e sintomas são mistos, ou na detecção da presença de

substâncias com início de ação mais demorado e ainda para distinguir

psicoses orgânicas de tóxicas a toxicologia analítica também

pode contribuir;

• No tratamento, guiar o manejo das intoxicações apoiando nas decisões

médicas (hospitalização, observação, UTI, monitorização,

intervenções, eliminação forçada ou uso de antídotos);

• No prognóstico, avaliar a gravidade da intoxicação, obter resposta

sobre a precisão clínica, confirmar diagnóstico, apoiar os estudos

de casos e auxiliar na determinação de padrões de exposição.

As solicitações pela equipe clínica de um screening toxicológico

(diagnóstico diferencial) surgem, na maioria das vezes, da falsa ideia da

existência de uma única e rápida análise capaz de confirmar a presença

de qualquer agente tóxico determinante da intoxicação. Um laboratório de

análises toxicológicas, de fato, dispõe de diferentes métodos orientados

através de um planejamento toxicológico. Dos milhares de agentes

capazes de provocar intoxicação, um laboratório tem habilidade para

detectar somente cerca de um décimo desse total e de quantificar dezenas

deles nas diversas matrizes biológicas disponíveis.

O método analítico inclui o conjunto de procedimentos ou técnicas

desde o pré-tratamento da amostra até seu resultado final. Pode ter

finalidade qualitativa, onde se verifica a presença ou ausência do agente

tóxico na matriz biológica; ou quantitativa, onde se realiza a determinação

dos analitos nas mesmas; podendo ser útil para evidenciar a natureza e

a magnitude da exposição a um composto em particular ou a um grupo

de compostos. Além disso, as técnicas analíticas podem ser divididas em:

• Testes de triagem: são rápidos e fornecem informações qualitativas

ou semi-quantitativas para uma classe de agentes tóxicos (por

exemplo, teste positivo para benzodiazepínicos, mas não necessariamente

o diazepam), e algumas vezes podem gerar resultados

falso-positivos. Assim, o resultado de uma técnica de triagem pode

ser confirmado por técnicas analíticas mais definitivas.

• Testes de confirmação: identificam o composto específico em vez

de simplesmente sua classe. Estes ensaios carecem de mais tempo

(horas/dias) e intensivo trabalho, são de limitada disponibilidade,

além de serem caros de se realizar. A técnica confirmatória de

escolha para a grande maioria dos compostos é a cromatografia

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