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MANUAL DE TOXICOLOGIA CLÍNICA - COVISA 2017(1)

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Etilenoglicol

Visão geral

Intoxicação por álcoois tóxicos

• Utilizado na indústria para produção de resinas, tintas e vernizes e

também como agente de arrefecimento em motores de combustão;

• O etilenoglicol pode ser consumido intencionalmente por etilistas crônicos

como um substituto do álcool, ou acidentalmente por crianças,

devido tanto à sua cor chamativa como ao seu sabor adocicado;

• Líquido de sabor doce, normalmente encontrado em anticongelantes.

Apesar dos casos notificados de intoxicação não serem tão

frequentes, são tão graves quanto os de metanol.

Mecanismo dos efeitos tóxicos

• Sua toxicidade decorre da ação dos metabólitos produzidos a partir

da ação da álcool-desidrogenase (ADH) produzindo glicoaldeído e

então da aldeído-desidrogenase produzindo ácido glicólico, glioxílico,

ácido oxálico, glicina e alfa-hidroxi-beta-cetoadipato;

• Estes metabólitos, junto com o excesso de ácido láctico, são responsáveis

pela acidose metabólica e pelo aumento do ânion gap;

• O oxalato precipita-se como cristais insolúveis de oxalato de cálcio

podendo levar à hipocalcemia, prolongamento do intervalo QT e raramente

à arritmias ventriculares;

• Pode ocorrer também deposição de oxalato de cálcio nos túbulos

renais causando insuficiência renal aguda retardada até 24 a 72

horas após ingestão.

Dose tóxica

A dose letal estimada é de 1,4 mL/Kg.

Farmacocinética

• Absorção

Bem absorvido por via oral.

• Distribuição

º º Volume de distribuição: 0,6 a 0,8 L/Kg;

º º Ligação proteica: Não se liga a proteínas plasmáticas.

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