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MANUAL DE TOXICOLOGIA CLÍNICA - COVISA 2017(1)

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INTRODUÇÃO

Apesar da importância do agravo na demanda diária dos serviços

de saúde da atenção primária, secundária e terciária, o tema é ainda

negligenciado na graduação dos profissionais de saúde, diretamente

envolvidos em seu atendimento, em especial, na graduação médica. A

atualização médica nos temas de toxicologia é imprescindível para a

atuação prática, principalmente, no setor de atendimento de emergências,

urgências e pronto atendimento no município de São Paulo, tornando este

manual um instrumento muito útil para os profissionais de saúde.

A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo conta com o Centro

de Controle de Intoxicações, (CCI-SP) que foi criado em 1971 e está

instalado no Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya (HMARS), no

bairro do Jabaquara. A equipe multiprofissional do CCI-SP, composta por

médicos, enfermeiros e psicólogos, oferece orientações e informações, por

telefone sobre o diagnóstico e tratamento das intoxicações e atendimento

presencial ao pacientes da área de referencia do HMARS.

Os organizadores deste manual, baseados na experiência do CCI-

SP, não tiveram a pretensão de esgotar os assuntos abordados em seus

capítulos. Os objetivos principais deste manual são: fornecer informações

essenciais para construir ou descartar o diagnóstico das intoxicações,

contribuir para seu tratamento e registrar sua ocorrência no instrumento

de notificação compulsória FIIE (anexo II).

À medida que o conhecimento dos agentes tóxicos, suas

características de toxicidade, mecanismos de ação e o quadro clínico que

produzem passam a ser de domínio dos profissionais de saúde, a hipótese

diagnóstica da intoxicação pode ser incluída na avaliação dos pacientes.

Da mesma forma, o reconhecimento do agravo e o desenho de seu

perfil epidemiológico facilitam o desenvolvimento das políticas de saúde

necessárias para sua prevenção e controle. No município de São Paulo,

essas medidas são urgentes, uma vez que a intoxicação, principalmente

por drogas de abuso, tem sido importante causa de óbito em adolescentes

e adultos jovens.

Para a escolha dos temas que compõem este manual, nesta

primeira edição, foi considerada principalmente a epidemiologia do

agravo, onde os agentes tóxicos mais frequentes foram contemplados.

Foram incluídos também outros agentes, que embora não representem

frequência expressiva em nosso meio, podem levar a quadros graves ou

de difícil diagnóstico como: intoxicações por cianeto, opioides, digoxina,

metanol, novas drogas de abuso, entre outras.

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