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MANUAL DE TOXICOLOGIA CLÍNICA - COVISA 2017(1)

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Mecanismo de efeitos tóxicos

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Sendo um derivado anfetamínico, o ecstasy age estimulando

a liberação periférica de monoaminas biogênicas (principalmente

noradrenalina, dopamina e serotonina), bloqueando a recaptação

neuronal de monoaminas e inibindo a ação da monoaminoxidase. O

que difere o ecstasy das anfetaminas tradicionais é a sua potente ação

serotoninérgica. A quantidade de ecstasy necessária para estimular a

liberação de serotonina é dez vezes menor do que a requerida para o

estímulo de noradrenalina e dopamina. Porém, o uso em altas doses é

responsável pelos efeitos simpatomiméticos na intoxicação. Ocorre

também um aumento da liberação de ADH, que somado ao aumento da

ingestão de água e da perda de sódio em consequência do aumento da

atividade física, pode levar à importante hiponatremia.

Dose tóxica

• A menor dose conhecida que causou óbito foi de 150 mg de MDMA

e estava associada à ingestão de álcool.

Farmacocinética

• Absorção

º º É rapidamente absorvido pelo trato gastrintestinal;

º º Pico de concentração plasmática: 2 h

• Distribuição

º º Volume de distribuição: 6 L/kg;

º º Ligação proteica: baixa

• Metabolismo

º º O MDMA e os seus análogos sofrem N-desalquilação, hidroxilação,

desmetilação predominantemente hepática;

º º N-desmetilação de MDMA resultado na formação de anfetamina

e MDA.

Intoxicação por drogas de abuso

• Eliminação

º º Renal de 65%, variando com o pH urinário;

º º Meia-vida: 5 a 10 horas

□□

A quase a totalidade do produto é eliminada em menos

de 40 horas, por via renal.

□□

Um de seus metabólitos, o 3,4-metileno dioxianfetamina,

permanece ativo até sua total eliminação.

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