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ENTREVISTA<br />
Diretor executivo do IPEF conta sobre os avanços e desafios da instituição no Brasil<br />
AVANÇO GENÉTICO<br />
VENDA E DESENVOLVIMENTO DE<br />
MATERIAIS GENÉTICOS QUE<br />
ASSEGURAM A PRODUTIVIDADE<br />
GENETIC ADVANCEMENTS<br />
SALE AND DEVELOPMENT OF GENETIC<br />
MATERIAL THAT ENSURES PRODUCTIVITY
A isca formicida que repele a água,<br />
sem alterar sua estrutura e atratividade.<br />
Resistente<br />
a pancadas<br />
de chuva<br />
Resistente<br />
ao orvalho<br />
da manhã<br />
Resistente<br />
ao solo<br />
molhado<br />
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corte com alta resistência, você<br />
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Em qualquer época do ano,<br />
sempre a melhor escolha!<br />
agradecemos a parceria e confiança<br />
em nós depositada durante esse ano.<br />
Que 2022 seja um ano repleto de<br />
alegrias e novas realizações.<br />
rotaryax<br />
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SUMÁRIO<br />
DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
40<br />
GENÉTICA<br />
SELECIONADA<br />
10 Editorial<br />
12 Cartas<br />
14 Bastidores<br />
16 Notas<br />
26 Coluna Cipem<br />
28 Frases<br />
30 Entrevista<br />
38 Coluna<br />
40 Principal<br />
46 Mercado<br />
48 Prêmio REFERÊNCIA<br />
56 Espécie<br />
60 Codornada<br />
64 Campo <strong>Florestal</strong><br />
68 Legislação<br />
74 Pesquisa<br />
80 Agenda<br />
82 Espaço Aberto<br />
48<br />
60<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
35 ABC Agropecuária<br />
37 AGX <strong>Florestal</strong><br />
39 ArborGen<br />
04 Armac Locações<br />
13 Bayer<br />
29 Bizmaq<br />
11 BKT<br />
15 Carrocerias Bachiega<br />
67 D’Antonio Equipamentos<br />
84 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
17 DRV Ferramentas<br />
27 Engeforest<br />
09 Komatsu Forest<br />
79 Lion Equipamentos<br />
83 Log Max<br />
55 Mill Indústrias<br />
19 Planflora<br />
06 Rotary-Ax<br />
23 Rotor Equipamentos<br />
59 Show <strong>Florestal</strong><br />
25 Tecmater<br />
81 TPH Forest<br />
21 Unibrás<br />
08 www.referenciaflorestal.com.br
EDITORIAL<br />
Fim de Ano<br />
O fim de ano é um momento de reflexão e planejamento.<br />
Avaliamos o que foi feito, valorizamos as conquistas e analisamos<br />
o caminho feito durante o ano. Essa é a melhor forma de<br />
entendermos como a experiência adquirida durante o ano fará<br />
com que os passos dos próximos 365 dias sejam mais fáceis.<br />
Nessa edição celebramos os vencedores do Prêmio REFERÊN-<br />
CIA <strong>2021</strong>, que tanto fizeram para o setor florestal em todas<br />
as suas frentes, inovando, investindo, criando e tratando as<br />
dificuldades de <strong>2021</strong> como motivação para crescer. O leitor<br />
conhecerá melhor o trabalho da ArborGen, que desenvolve<br />
mudas especiais de pinus e eucalipto, as novidades do transporte<br />
ferroviário de madeira, a importância da formação de<br />
profissionais para o setor madeireiro e uma entrevista com o<br />
diretor executivo do IPEF, José Brito. Agradecemos por passar<br />
esse ano conosco e ótima leitura.<br />
2<br />
1<br />
Na capa deste mês a<br />
ArborGen, que oferece para o<br />
mercado, genética de pinus e<br />
eucalipto diferenciados<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXIII • N°<strong>236</strong> • <strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
ENTREVISTA<br />
Diretor executivo do IPEF conta sobre os avanços e desafios da instituição no Brasil<br />
AVANÇO GENÉTICO<br />
VENDA E DESENVOLVIMENTO DE<br />
MATERIAIS GENÉTICOS QUE<br />
ASSEGURAM A PRODUTIVIDADE<br />
GENETIC ADVANCEMENTS<br />
SALE AND DEVELOPMENT OF GENETIC<br />
MATERIAL THAT ENSURES PRODUCTIVITY<br />
END OF THE YEAR<br />
The end of the year is a time of reflection and planning. We<br />
evaluate what has been done, value the achievements, and analyze<br />
the path made during the year. This is the best way to understand<br />
how the experience gained during the year will make<br />
the steps for the next 365 days easier. In this issue, we celebrate<br />
the winners of the REFERÊNCIA <strong>2021</strong> Award who did so much for<br />
the Forestry Sector on all its fronts, innovating, investing, creating,<br />
and handling the difficulties of <strong>2021</strong> as motivation to grow.<br />
The reader will learn more about the work of ArborGen, which<br />
develops the best pine and eucalyptus seedlings, the novelties in<br />
timber rail transport, the importance of training professionals<br />
for the Timber Sector, and an interview with José Brito, Executive<br />
Director of Ipef. Thank you for spending this year with us and<br />
pleasant reading.<br />
Entrevista com<br />
José Otávio Brito<br />
Jatobá - madeira de alta<br />
qualidade<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXIII - EDIÇÃO <strong>236</strong> - DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Vinicius Santos<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Gabriela Bogoni<br />
Larissa Purkotte<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Midias Sociais / Social Media<br />
Cainan Araújo<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />
Tainá Carolina Brandão<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />
Knop<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Pedro Moura<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />
without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />
10 www.referenciaflorestal.com.br
A LONG WAY<br />
TOGETHER<br />
FS 216<br />
Por mais difíceis que sejam as suas necessidades, FS 216 é o seu melhor aliado para<br />
todas as operações com autocarregadoras e máquinas de arrasto. Este pneu silvicultura<br />
com cintos em aramida tem um desenho robusto das barras com angulação otimizada<br />
e mais larga, para potencializar a performance no campo da tração. FS 216 proporciona<br />
uma resistência excelente aos cortes e aos rasgos, bem como a máxima proteção contra<br />
possíveis danos em qualquer momento.<br />
FS 216 é a resposta da BKT a todas as exigências, mesmo nas condições operacionais<br />
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Chetan Ghodture<br />
Balkrishna Industries Ltd, India<br />
Email: chetang@bkt-tires.com<br />
Mobile: +917021000031
CARTAS<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
ENTREVISTA<br />
SEARCH FOR QUALITY<br />
WITH THE MARKET ON THE RISE,<br />
IT INCREASES THE SEARCH FOR<br />
SERVICES AND SALES OF SPARE PARTS<br />
Wilson Andrade fala sobre a ABAF e futuro da madeira plantada no Estado da Bahia<br />
BUSCA PELA QUALIDADE<br />
COM O MERCADO EM ALTA, AUMENTA<br />
A PROCURA POR SERVIÇOS E VENDAS<br />
DE PEÇAS DE REPOSIÇÃO<br />
Capa da Edição 234 da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de outubro de <strong>2021</strong><br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXIII • N°235 • Novembro <strong>2021</strong><br />
CAPA<br />
Por Augusto de Oliveira – Bragança Paulista (SP)<br />
O trabalho realizado pela empresa é de suma importância para a indústria<br />
florestal. Oferecer soluções rápidas, efetivas e isso faz muita diferença.<br />
ENTREVISTA<br />
Por Reinaldo Pereira – Montes Claros (MG)<br />
O Estado da Bahia já é um grande exemplo de produção de celulose.<br />
Conforme disse o presidente da ABAF, torcemos para que eles consigam<br />
receber todos os investimentos, que estão buscando.<br />
Foto: divulgação<br />
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Por Guilherme Arruda – Lageado (RS)<br />
O reconhecimento dados às empresas é resultado do trabalho que elas<br />
fizeram. É um prêmio que celebra os melhores e é sempre bom saber quem<br />
apresenta as novidades, que valorizam o mercado.<br />
Foto: divulgacão<br />
ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
12 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
@referenciaflorestal<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados também para redação<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
BASTIDORES<br />
Revista<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
BASE DO SUCESSO<br />
A família é a base do sucesso da Revista<br />
REFERÊNCIA MADEIRA. Na foto, Fábio<br />
Machado, Fran Machado, Camile Bartoski,<br />
Pedro Neto, Carla Schittler, Pedro Bartoski Jr.<br />
e Fernanda Machado.<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
SATISFAÇÃO<br />
Equipe posada para registrar mais um evento realizado pela Revista<br />
REFERÊNCIA MADEIRA, o Prêmio REFERÊNCIA <strong>2021</strong>. “Nosso<br />
sentimento é de gratidão a todos os colaboradores. O nosso sucesso<br />
se deve principalmente a cada um deles”, resume Pedro Bartoski Jr.,<br />
diretor executivo.<br />
ALTA<br />
INVESTIMENTO VERDE<br />
Os bioinvestimentos no setor de árvores cultivadas<br />
chegarão a ordem de R$ 57,2 bilhões até 2024, segundo<br />
levantamento exclusivo da IBÁ (Indústria Brasileira de<br />
Árvores). Na vanguarda de um crescimento verde, o setor<br />
de árvores cultivadas tem sido um dos exemplos na construção<br />
desta nova economia. A principal destinação deste<br />
aporte bilionário no mercado de florestas são: novas<br />
fábricas, expansões, inovação e tecnologia. Esse investimento<br />
será fundamental para o desenvolvimento de<br />
uma base fortalecida rumo a um crescimento ainda mais<br />
sustentável. O avanço em iniciativas que mitigam impactos<br />
ambientais, como utilização de energia limpa, menor<br />
emissão de CO2, gestão de resíduos, circularidade, entre<br />
outras frentes de atuação serão chave para os investimentos<br />
e crescimento econômico a curto e longo prazo.<br />
DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
SEM RESULTADOS PRÁTICOS<br />
Os preços do petróleo despencaram US$10 o barril em<br />
novembro, sua maior queda em um dia desde abril de<br />
2020, diante da descoberta da nova variante do Covid-19.<br />
Isso assustou investidores e ampliou preocupação com<br />
superávit de oferta que poderia aumentar no primeiro<br />
trimestre de 2022. O problema maior envolvido é a<br />
queda momentânea que não resulta nos preços na ponta<br />
da linha. Analistas não acreditam que essa queda possa<br />
chegar na bomba de combustível, uma vez que passado<br />
o impacto da nova variante, os preços devam voltar ao<br />
normal, impedindo reajustes relevantes para o consumidor<br />
final.<br />
BAIXA<br />
14 www.referenciaflorestal.com.br
AGRADECEMOS A TODOS OS NOSSOS<br />
PARCEIROS E AMIGOS QUE ESTIVERAM<br />
EM NOSSO LADO NESTE ANO,<br />
QUE 2022 SEJA REPLETO DE NOVAS<br />
CONQUISTAS E REALIZAÇÕES.<br />
DESEJAMOS A TODOS<br />
UM FELIZ NATAL E<br />
PRÓSPERO ANO NOVO!<br />
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NOTAS<br />
Guia de Silvicultura<br />
e Agrossilvicultura 2022<br />
Foi lançado no dia 06 de dezembro de <strong>2021</strong> o Guia de<br />
Silvicultura e Agrossilvicultura 2022, um guia demonstrando<br />
a ciência na prática das atividades florestais, levando<br />
informações de qualidade para silvicultores, produtores<br />
florestais, empresários, investidores, profissionais da área,<br />
técnicos e estudantes que tenham interesse em adquirir<br />
conhecimento de forma dinâmica, prática e de fácil compreensão,<br />
com conteúdo de excelente qualidade. Elaborado<br />
cuidadosamente pela equipe da Francio Soluções Florestais,<br />
com o objetivo de responder as principais dúvidas das<br />
atividades de campo e contribuir para o desenvolvimento<br />
da atividade florestal.<br />
Durante o mês de lançamento, quem adquirir o guia<br />
até o dia 20 de dezembro, terá um super desconto, uma dedicatória<br />
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receberão o material com dedicatória<br />
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exclusivo online.<br />
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assessoria@pedrofranciofilho.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
Inventário <strong>Florestal</strong> Latino<br />
Foto: divulgação<br />
A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação<br />
e Agricultura) lançou o livro Inventários Florestais<br />
Nacionais da América Latina e do Caribe: Rumo à<br />
harmonização das informações florestais. A publicação<br />
foi desenvolvida pelos países da América Latina e Caribe,<br />
com o apoio da FAO. O Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro, como<br />
coordenador do Inventário <strong>Florestal</strong> Nacional no Brasil, escreveu<br />
o capítulo do livro que aborda o IFN-BR (Inventário<br />
<strong>Florestal</strong> Nacional no Brasil). Para aprimorar a gestão dos<br />
recursos florestais, os tomadores de decisão dos países<br />
demandam informações precisas, atualizadas, confiáveis<br />
e transparentes sobre o estado dos recursos florestais e<br />
produzidos por meio de Inventário Florestais Nacionais -<br />
IFN. Nesse sentido, os Inventários Florestais Nacionais são<br />
instrumentos fundamentais, pois fornecem informações<br />
robustas e precisas sobre a extensão, distribuição, composição,<br />
diversidade de espécies, biomassa e estoques de<br />
carbono e as mudanças que ocorrem ao longo do tempo<br />
nesses importantes ecossistemas. Esta publicação é o primeiro<br />
produto de uma rede de especialistas e colaboradores<br />
de inventários florestais da região.<br />
16 www.referenciaflorestal.com.br
Desejamos a todos<br />
um Feliz Natal e<br />
um 2022 repleto de<br />
sucesso!<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
NOTAS<br />
Padrões de manejo<br />
Foto: altairabreu1 on VisualHunt<br />
O IAT (Instituto Água e Terra) publicou a Portaria nº 371/<strong>2021</strong>, que<br />
divulga o novo roteiro metodológico e define um padrão único e mais<br />
claro para a elaboração dos Planos de Manejo das RPPNs (Reservas<br />
Particulares do Patrimônio Natural) do Paraná. Tratam-se de áreas de<br />
domínio privado, com o objetivo de conservar a diversidade biológica<br />
por meio de Termo de Compromisso averbado na matrícula do imóvel.<br />
As RPPNs representam uma categoria de UC (Unidade de Conservação)<br />
definidas pelo SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação<br />
da Natureza). Os proprietários podem definir atividades a serem<br />
realizadas nos espaços, voltadas à conservação da natureza. Entre<br />
elas, pesquisa científica com fins conservacionistas; turismo sustentável;<br />
educação, treinamento e capacitação; recreação, em especial<br />
para pessoas com deficiência; e restauração e recuperação ambiental.<br />
Márcio Nunes, secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo,<br />
informa que as RPPNs são espaços ricos para uso sustentável no<br />
turismo. “Uma das atividades previstas nesses espaços é o incentivo<br />
ao turismo sustentável, o que cria um ambiente favorável à educação<br />
ambiental e à capacitação de profissionais, gerando emprego e renda<br />
também à população do entorno das reservas”, afirma Márcio.<br />
Recuperação florestal<br />
O Governo de São Paulo, por meio da SIMA<br />
(Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente), contabilizou<br />
3,4 milhões de m² (metros quadrados) - 341<br />
ha (hectares) - de áreas verdes recuperadas durante<br />
Operação Caipora <strong>2021</strong>. A ação anual, que aconteceu<br />
no início de novembro, fiscaliza o cumprimento<br />
dos TCRAs (Termos de Compromisso de Recuperação<br />
Ambiental) que visam a recuperação de áreas<br />
privadas que sofreram danos. Entre os dias 8 e 12 de<br />
novembro foram realizadas 540 fiscalizações em todas<br />
as regiões do estado e foi constatada a recuperação<br />
de áreas com equivalência de mais de 560 mil mudas.<br />
Entre os locais inspecionados, está, por exemplo, uma<br />
área localizada em Brotas, no interior do Estado, onde<br />
o proprietário atingiu a meta de 20 ha restaurados.<br />
Para Sergio Marçon, coordenador de Fiscalização e<br />
Biodiversidade da SIMA, o resultado reforça a preocupação<br />
do Estado com a preservação e restauração do<br />
meio ambiente. “A Operação Caipora é resultado do<br />
processo de reparação de danos ambientais no estado.<br />
Nas nossas ações buscamos devolver a qualidade<br />
ambiental para as áreas degradadas”, explica Sérgio.<br />
Foto: divulgação<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
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+genética<br />
+ciência<br />
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NOTAS<br />
Redução das queimadas<br />
O Tocantins reduziu 32% de sua área queimada em<br />
<strong>2021</strong>, em comparação ao ano anterior. Os resultados<br />
foram apresentados pelo Comitê Estadual de Combate aos<br />
Incêndios Florestais e Controle de Queimadas no Tocantins<br />
(Comitê do Fogo), do qual a SEMARH (Secretaria do Meio<br />
Ambiente e Recursos Hídricos) é membro. As ações realizadas<br />
pelas 32 instituições das esferas federal, estadual e<br />
municipal que integram o comitê, que contribuíram para a<br />
redução, foram apresentadas no relatório final, incluindo o<br />
investimento de mais de R$ 1 milhão, feito pela SEMARH,<br />
por meio do FERH(Fundo Estadual de Recursos Hídricos),<br />
para a contratação de brigadistas. A secretária do Meio<br />
Ambiente e Recursos Hídricos, Miyuki Hyashida, ressaltou<br />
que os bons resultados do Tocantins foram destaques na<br />
COP 26 (Conferência das Nações Unidas para o Clima),<br />
evento realizado neste mês de novembro na Escócia.<br />
“Esses resultados, além da queda no número de desmatamento,<br />
trouxeram para nós na COP-26, um diferencial.<br />
Hoje, o Estado do Tocantins consegue pleitear recursos<br />
para combater o aumento das temperaturas e o lançamento<br />
de gases de efeito estufa”, frisou Miyuki.<br />
Foto: divulgação<br />
Investimentos crescentes<br />
Foto: divulgação<br />
O IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina)<br />
emitiu 7.694 licenças ambientais de janeiro a novembro<br />
deste ano. Somente os grandes empreendimentos licenciados<br />
pelo órgão superaram mais de R$ 12 bilhões em<br />
investimentos, o que representa importante contribuição<br />
para o desenvolvimento econômico e sustentável do estado,<br />
que perpassa também pela gestão do licenciamento<br />
realizado pelo IMA. O órgão concluiu mais de 20 mil procedimentos<br />
administrativos em <strong>2021</strong>, entre autorizações<br />
de corte; autorizações ambientais; declarações de conformidade<br />
ambiental; certidões de atividade não constante,<br />
arquivamentos ou deferimentos de processos, entre<br />
outras especificidades. Daniel Vinícius Netto, presidente<br />
do IMA destaca que o instituto vivencia um momento de<br />
ascensão e de reestruturação, e os números expressivos<br />
demonstram o comprometimento e o trabalho da equipe<br />
para cumprir as metas definidas pelo Governo do Estado<br />
de Santa Catarina. “Atuamos na gestão do licenciamento<br />
ambiental do estado com responsabilidade, para garantir a<br />
proteção dos ecossistemas, bem como o desenvolvimento<br />
econômico e sustentável catarinense”, ressalta Daniel.<br />
20 www.referenciaflorestal.com.br
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NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Crédito de carbono<br />
O Governo do Pará abriu edital de chamamento público<br />
para interessados em assumir concessões florestais<br />
no Pará, voltadas à venda de crédito de carbono. O ato foi<br />
formalizado pelo governador Helder Barbalho durante a<br />
abertura do WCBEF (Fórum Mundial de Bioeconomia, sigla<br />
em inglês), em Belém. O evento global reúne empresas, autoridades<br />
e interessados na construção de uma bioeconomia<br />
circular. Trata-se de um mecanismo no qual a empresa<br />
concessionária vai ter de proteger a unidade de conservação.<br />
Todo desmatamento evitado será medido e convertido<br />
em crédito de carbono, a ser comercializado no mercado<br />
voluntário. E o produto disso será repartido com o Estado.<br />
Na mesma programação, Helder Barbalho assinou ainda<br />
os decretos de criação da Unidade de Conservação de São<br />
Benedito, do comitê gestor da Política Estadual de Clima e<br />
da Estratégia Estadual de Bioeconomia. O governador do<br />
Pará destacou que políticas de baixo carbono funcionam<br />
como garantia de direito a populações tradicionais e para o<br />
desenvolvimento socioeconômico sustentável, baseado na<br />
floresta em pé, sendo questões amazônicas do século XXI.<br />
Desmatamento em queda<br />
As UC (Unidades de Conservação) Estaduais<br />
do Amazonas, geridas pela SEMA (Secretaria<br />
de Estado do Meio Ambiente), conseguiram<br />
reduzir o desmatamento em 7% dentro de seus<br />
territórios. Os dados foram divulgados pelo<br />
Sistema Prodes, do INPE (Instituto Nacional<br />
de Pesquisas Espaciais). O levantamento leva<br />
em consideração todas as áreas disponíveis no<br />
Amazonas. Conforme os dados, as UC Estaduais<br />
acumularam, de julho de 2020 a agosto de<br />
<strong>2021</strong>, 16,7 km² (quilômetros quadrados) de<br />
área desmatada – 7% a menos que a análise<br />
anterior do Prodes. Além disso, as áreas protegidas<br />
de gestão direta da SEMA contribuíram<br />
com apenas 1% do total de 2.063,38 km² registrado<br />
para o período. Eduardo Taveira, secretário<br />
de Estado de Meio Ambiente, destaca que<br />
esse dado comprova que as áreas protegidas<br />
atuam como barreiras ao desmatamento. “Elas<br />
criam um cinturão de prosperidade, baseado<br />
nas cadeias produtivas sustentáveis que temos<br />
à disposição”, ressalta Eduardo.<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Governo que planta<br />
50 mil mudas de árvores plantadas em apenas 30 minutos,<br />
uma ação da prefeitura de Goiânia e apoiada pelo Ministério<br />
do Meio Ambiente bateu um recorde mundial. A iniciativa ArborizaGyn<br />
está contemplada no Programa Cidades +Verdes, do<br />
MMA (Ministério do Meio Ambiente), e ocorreu no dia em que<br />
a pasta comemorou 29 anos de existência. O ministro do Meio<br />
Ambiente, Joaquim Leite, participou do evento e destacou<br />
como a ampliação e recuperação de áreas verdes pode beneficiar<br />
a população. “A qualidade ambiental urbana depende<br />
muito das áreas verdes, e Goiânia é um exemplo disso. É uma<br />
honra estar aqui comemorando essa data, que é o aniversário<br />
do ministério, plantando 50 mil mudas, um recorde”, ressaltou<br />
Joaquim. O ministro citou ainda a ação integrada do Governo<br />
Federal, iniciada em outubro deste ano, para plantar árvores<br />
em uma das nascentes do Rio São Francisco, em São Roque<br />
(MG). “Foi uma ação do presidente Jair Bolsonaro de plantar<br />
uma árvore numa propriedade rural para garantir água. Eu tive<br />
a honra de participar disso junto com Rogério Marinho, ministro<br />
do Desenvolvimento Regional, mostrando para o produtor<br />
rural a importância de cuidar de uma nascente, da importância<br />
de cuidar das árvores”, apontou Joaquim.<br />
Foto: divulgação<br />
Mata Atlântica reflorestada<br />
Imagem: reprodução<br />
O governo do Rio de Janeiro lançou uma importante e ambiciosa meta:<br />
aumentar em 10 pontos percentuais a cobertura de Mata Atlântica no Estado.<br />
O projeto fluminense quer ampliar de 30% para 40% a presença do bioma<br />
nos próximos 30 anos. Para essa meta ser atingida, serão mais 440 mil<br />
ha (hectares) recuperados. O governo do Estado estima que esse aumento<br />
tem o potencial de absorção de quase 160 milhões de toneladas de CO2<br />
(Gás Carbônico). No ano passado, o governo lançou o programa: Florestas<br />
do Amanhã; que promete reflorestar mais de 5 mil ha de Mata Atlântica no<br />
Estado com plantio de 2,5 milhões de mudas de espécies do bioma em Unidade<br />
de Conservação e em outras áreas consideradas prioritárias. Há outras<br />
iniciativas de recuperação, restauração, conservação e além de uma espécie<br />
de ICMS ecológico para iniciativas em UC (Unidades de Conservação) federais,<br />
estaduais, municipais e particulares. O governo do Rio estuda também<br />
lançar uma plataforma para negociar créditos de carbono. O Estado pode<br />
ser, segundo Nelson Rosa, secretário estadual de Fazenda, uma espécie de<br />
hub nacional, atraindo o mercado financeiro para o Estado, mas com foco<br />
em ativos sustentáveis na nova fronteira verde: que é o desenvolvimento a<br />
partir do ambiente. “O Brasil, também por característica e pelas suas florestas,<br />
tem muita capacidade de negociação. Estima-se que de 30% a 40% do<br />
mercado de crédito de carbono no mundo esteja no Brasil”, destaca Nelson. Veja mais em https://jovempan.com.br/programas/<br />
jornal-da-manha/governo-do-rio-lanca-plano-de-reflorestamento-da-mata-atlantica.html<br />
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COLUNA<br />
CIPEM, SEMA e SIMNO realizam visita<br />
técnica a empreendimentos do setor de<br />
base florestal em MT<br />
As informações<br />
coletadas vão permitir<br />
significativo progresso<br />
em demandas<br />
setoriais, visando a<br />
excelência da gestão<br />
florestal, sanando<br />
eventuais falhas<br />
comuns<br />
E<br />
m visita técnica a um importante empreendimento<br />
do setor de base florestal localizado<br />
no município de Juína (MT), a indústria<br />
Maze Madeireira Zeni, nas datas de 18 e 19<br />
de novembro, estiveram presentes CIPEM<br />
(Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de<br />
Madeira do Estado de Mato Grosso), SEMA (Secretaria<br />
de Estado de Meio Ambiente) e SIMNO (Sindicato das<br />
Industrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de<br />
Mato Grosso).<br />
A agenda teve como objetivo principal conhecer<br />
e analisar a realidade das indústrias madeireiras, com<br />
foco em identificar as principais dificuldades presentes<br />
na rotina de atividade do empreendimento.<br />
A SEMA por meio da superintendência de gestão<br />
florestal, Sugef, e da CTI (Coordenadoria de Tecnologia<br />
da Informação Integral), marcou presença, visando realizar<br />
aplicações e melhorias no Sistema Sisflora 2.0.<br />
No segundo dia, a agenda compreendeu a visita à<br />
Fazenda Marandu, importante área de Manejo <strong>Florestal</strong><br />
Sustentável da região. No local, houve o acompanhamento<br />
integral das etapas da colheita de madeira,<br />
bem como do processo de rastreabilidade.<br />
Valdinei Bento dos Santos, diretor-executivo do<br />
CIPEM, avaliou que agenda é de fundamental importância<br />
para o aperfeiçoamento do Sistema. “As informações<br />
coletadas vão permitir significativo progresso<br />
em demandas setoriais, visando a excelência da gestão<br />
florestal, sanando eventuais falhas comuns”, declarou<br />
Valdinei.<br />
https://cipem.org.br<br />
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FRASES<br />
Foto: Lincoln Siebra/MRE<br />
O Ibama vai estar ali, atuando<br />
contra o crime ambiental, mas a<br />
Força Nacional está ali inibindo<br />
o crime ambiental. A presença<br />
da Força Nacional que irá inibir a<br />
recorrência dos crimes ambientais<br />
em uma área<br />
Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente,<br />
sobre a atuação em conjunto ao Ministério da<br />
Justiça no combate a crimes ambientais<br />
“A política ambiental de Mato<br />
Grosso é destaque no Brasil e isso<br />
despertou o interesse daqueles que<br />
nos ouviram e desejam continuar<br />
as conversas pós COP, e iniciar<br />
tratativas como apoiadores e<br />
financiadores do nosso Programa<br />
Carbono Neutro, que não é só um<br />
compromisso de neutralizar as<br />
emissões, mas está estruturado em<br />
12 ações que já estão em execução,<br />
e integram ações do Poder Público e<br />
iniciativa privada”<br />
Mauren Lazzaretti, secretária de Estado de Meio<br />
Ambiente de Mato Grosso, sobre a participação<br />
da comitiva do Estado no COP26 (Conferência das<br />
Nações Unidas sobre Mudança do Clima)<br />
“Vamos favorecer<br />
ações e projetos<br />
de conservação da<br />
floresta, o uso racional<br />
dos recursos naturais,<br />
redução da emissão dos<br />
gases de efeito estufa e<br />
principalmente geração<br />
de empregos verde”<br />
Jair Bolsonaro sobre os incentivos<br />
econômicos do governo para a<br />
preservação<br />
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ENTREVISTA<br />
Desenvolvendo<br />
O FUTURO<br />
Developing the future<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
O<br />
IPEF (Instituto de Pesquisa <strong>Florestal</strong>) realiza um<br />
importante trabalho no desenvolvimento de<br />
tecnologia e estudos para o mercado florestal,<br />
atuando como um referencial e buscando oferecer<br />
soluções para seus associados. O professor José Otávio<br />
Brito, Diretor-Executivo do IPEF explica em detalhes o campo<br />
de atuação do IPEF, apresenta os planos para o futuro e o que<br />
já é realidade dentro do instituto.<br />
José Otávio<br />
Brito<br />
T<br />
he Forest Research Institute (Ipef) carries out<br />
important work in developing technology and studies<br />
for the forest market, acting as a benchmark<br />
and seeking to offer solutions to its associates.<br />
Professor José Otávio Brito, Executive Director of Ipef, explains<br />
Ipef’s field of action, presents the plans for the future and what<br />
is already a reality within the Institute.<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
É docente da Universidade de São Paulo, na categoria Professor<br />
Titular Sênior, no Campus Luiz de Queiroz, Piracicaba<br />
(SP). Exerce atualmente a função de Diretor Executivo do<br />
IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais). Atuou<br />
como professor Associado Visitante na Université Henry<br />
Poincaré, Nancy, França, e Academic Visitor, no Imperial<br />
College of London, Inglaterra.<br />
He is a Senior Full Professor at the University of São Paulo,<br />
at the Luiz de Queiroz Campus, Piracicaba, SP. He is currently<br />
Executive Director of the Institute of Research and Forestry<br />
Studies - Ipef. He served as Visiting Associate Professor<br />
at Henry Poincaré University, Nancy, France, and Academic<br />
Visitor, at Imperial College of London, England.<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br
O IPEF tem como fundamento<br />
o desenvolvimento de<br />
pesquisa, tecnologia e<br />
inovação, mas, nada disso<br />
teria valor se os resultados<br />
não fossem divulgados<br />
>> Como foi sua chegada à diretoria do IPEF?<br />
Cheguei à diretoria executiva do IPEF em 2018. Até então,<br />
vinha atuando como vice-diretor e, dessa forma, foi<br />
um processo sucessório, quando o professor Luiz Ernesto<br />
George Barrichelo deixou a função. Na verdade, trata-se<br />
de um retorno à função de dirigente do IPEF, pois,<br />
há cerca de 20 anos atrás atuamos como diretor científico,<br />
cargo hoje que não mais existe. Foi o crescimento<br />
e diversificação de ações do IPEF que levaram a criação<br />
da diretoria executiva, com a parte científica passando<br />
a ser coordenada por professores colaboradores de áreas<br />
específicas e um conselho técnico científico.<br />
>> Qual a principal área de atuação do IPEF?<br />
O IPEF é uma instituição privada, sem objetivos econômicos,<br />
que atua no sentido de atender demandas,<br />
principalmente de um elenco de 18 empresas associadas.<br />
São 17 no Brasil e uma no Uruguai, que executam<br />
o plantio de florestas, visando a obtenção de matéria-prima,<br />
principalmente madeira, para diferentes<br />
utilizações. É nesse ambiente que o IPEF atua, compreendendo<br />
a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e a<br />
inovação, procurando responder a questões fundamentais,<br />
que possam permitir com que a produção florestal<br />
tenha um desempenho mais sustentável possível, envolvendo<br />
os aspectos econômicos, sociais e ambientais.<br />
>> Como funciona a formulação de eventos do IPEF?<br />
O IPEF tem como fundamento o desenvolvimento de<br />
pesquisa, tecnologia e inovação, mas, nada disso teria<br />
valor se os resultados não fossem divulgados. Um dos<br />
mecanismos para tal ação é a oferta de eventos. Até<br />
dois anos atrás, o IPEF tinha um conjunto importante<br />
de eventos, que, no seu total, compreendiam entre mil<br />
e mil e quinhentas pessoas, anualmente. Veio a pandemia<br />
e, praticamente, zeramos os eventos presenciais.<br />
Passamos então a ter um destaque na oferta de eventos<br />
online, seguido da disponibilização nas mídias so-<br />
How did you become a member of the Ipef board?<br />
I became a full member of the Ipef executive board<br />
in 2018. Up to then, I had been acting as Deputy<br />
Director, and, thus, it was a succession process when<br />
Professor Luiz Ernesto George Barrichelo left the<br />
function. This is a return to the role of head of Ipef<br />
because about 20 years ago, I was Scientific Director,<br />
a position today that no longer exists. The growth<br />
and diversification of Ipef’s actions led to creating the<br />
executive board, with the scientific part coordinated<br />
by collaborating professors from specific areas and a<br />
scientific-technical council.<br />
What is Ipef’s main area of activity?<br />
Ipef is a private, not-for-profit, institution that acts<br />
to meet requests for services, mainly from a list of<br />
18 associated companies. There are 17 in Brazil and<br />
one in Uruguay, which carries out the planting of<br />
forests, aiming to obtain raw material, mainly timber,<br />
for different uses. In this environment, Ipef operates,<br />
comprising research, technological development, and<br />
innovation, seeking to answer fundamental questions<br />
that can allow forest production to perform as sustainable<br />
as possible, involving economic, social, and<br />
environmental aspects.<br />
How does Ipef event formulation work?<br />
Ipef is based on research, technology, and innovation<br />
development, but none of this would be valuable if the<br />
results were not disclosed. One of the mechanisms for<br />
such disclosure is holding events. Until two years ago,<br />
Ipef held an important set of events, which, in total,<br />
comprised between one thousand and one thousand<br />
five hundred people annually. The pandemic came,<br />
and we practically stopped all face-to-face events.<br />
Thus, we started to highlight the offer of online<br />
events, later by the availability on social media, which<br />
has been very important as a way of disclosure. The<br />
events are formulated internally, within the Ipef projects<br />
and programs, but we often partner with other<br />
institutions.<br />
How do Ipef partnerships work? Are they only with<br />
private institutions?<br />
Ipef is a private institution that has private companies<br />
named as its main participants, but also includes<br />
an important list of participants from universities,<br />
research institutions, input suppliers, and service<br />
providers from Brazil and abroad. Currently, we have<br />
more than 25 such partnerships, through well-established<br />
agreements, with goals, values, deadlines,<br />
etc., which translates into a significant richness in the<br />
development of Ipef work.<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
31
ENTREVISTA<br />
ciais, o que tem sido muito importante como forma de<br />
divulgação. Os eventos são formulados internamente,<br />
dentro dos projetos e programas do IPEF, mas, muitas<br />
vezes, atuamos em parceria com outras instituições.<br />
>> Como funcionam as parcerias do IPEF? São apenas<br />
com instituições privadas?<br />
O IPEF é uma instituição privada que tem empresas privadas<br />
nominadas como os seus participantes principais,<br />
mas, também contempla um elenco importante de participações<br />
de universidades, instituições de pesquisas,<br />
fornecedores de insumos e prestadores de serviços,<br />
do Brasil e do exterior. Atualmente, temos mais de 25<br />
parcerias desse tipo, mediante convênios bem estabelecidos,<br />
com metas, valores, prazos, etc, o que se traduz<br />
em uma riqueza significativa para o desenvolvimento<br />
dos trabalhos do IPEF.<br />
>> Quais os principais meios de difusão de conhecimento<br />
do IPEF?<br />
Os eventos constituem uma forma importante de divulgação<br />
de conhecimento e de capacitação. Em paralelo,<br />
nós temos uma área de publicações abrangente. O instituto<br />
é reconhecido, oficialmente, no seu papel como<br />
editora, e esse fato permite estarmos editando, periodicamente,<br />
livros e outras publicações. Nos últimos cinco<br />
anos lançamos cinco publicações importantes para o<br />
setor. Além disso, o IPEF mantém um site eletrônico<br />
sempre atualizado e temos reforçado a difusão de conhecimento<br />
através das redes sociais, como instagram,<br />
facebook, linkedin, e-mail, informes, boletins e afins. No<br />
aspecto científico o IPEF mantém uma revista científica,<br />
a Scientia Forestalis, que é uma das principais revistas<br />
científicas do Brasil na área florestal e conta com reconhecimento<br />
crescente, nacional e internacional.<br />
>> Como surgiu o Radar de Inovação?<br />
O Radar IPEF de Inovação foi lançado há três anos e<br />
a ideia foi concretizada a partir do fato de que o IPEF<br />
é um ponto focal de desenvolvimento de pesquisas<br />
e tecnologia. Julgamos que isso permitiria com que o<br />
instituto pudesse proporcionar uma nova e diferenciada<br />
ponte entre resultados obtidos e os interesses<br />
específicos de suas associadas. No conceito de Radar,<br />
passamos a ficar mais atentos, aos trabalhos que estão<br />
sendo realizados no IPEF e instituições com quem mantém<br />
parcerias, como são os casos das universidades e,<br />
em especial, os programas de pós-graduação. Funciona<br />
então como um elo entre a área acadêmica e área<br />
empresarial, o que o IPEF conduz, desde sua fundação<br />
no campo da pesquisa e desenvolvimento tecnológico<br />
florestal. No entanto, a ideia do Radar, é a de traduzir<br />
isso numa nova e adequada linguagem, que estão embutidas<br />
no conceito de inovação.<br />
What are the primary means of dissemination of<br />
Ipef’s work?<br />
Events are a necessary form of our work dissemination<br />
and education. In parallel, we have a comprehensive<br />
publishing area. The Institute is officially recognized in<br />
its role as editor, and this fact allows us to edit books<br />
and other publications periodically. We have published<br />
five important publications for the Sector in the last<br />
five years. In addition, Ipef maintains an electronic<br />
“website” constantly updated, and we have strengthened<br />
the dissemination of our work through social<br />
networks such as Instagram, Facebook, Linkedin,<br />
email, reports, newsletters, and the like. In the scientific<br />
aspect, Ipef maintains a scientific journal, Scientia<br />
Forestalis, which is one of the leading scientific<br />
journals in Brazil in the forest area and has increased<br />
national and international recognition.<br />
How did the “Ipef Innovation Radar” come about?<br />
The Ipef Innovation Radar launched three years ago,<br />
and the idea was realized from the fact that Ipef is<br />
a focal point for research and technology development.<br />
We believe that this would allow the Institute<br />
to provide a new and differentiated bridge between<br />
the results obtained and the specific interests of its<br />
members. In the concept of “Radar”, we became more<br />
attentive to the work carried out in Ipef and institutions<br />
with whom it maintains partnerships, such as<br />
in the case of universities and, in particular, graduate<br />
programs. It then functions as a link between the<br />
academic and business areas, which Ipef leads, since<br />
its foundation in forest research and technological development.<br />
However, the idea of Radar is to translate<br />
this into a new and appropriate language, which is<br />
embedded in the concept of innovation.<br />
How does Ipef’s Extension and Technology Service<br />
work?<br />
This service seeks to meet the technological demands<br />
of medium-sized and small forest producers. It is a<br />
form of contribution that Ipef has offered to this segment,<br />
which has a significant role in the supply of raw<br />
material to industries, in its sum, fulfilling an important<br />
social and environmental role. Another vital component<br />
of our Forest Services and Extension Sector is<br />
the Biotechnology Laboratory dedicated to customized<br />
work. Often, companies have specific demands concerning<br />
the development of clones. Often, however, it<br />
does not pay for them to dedicate their team and their<br />
resources to search for solutions. These companies<br />
then seek the Ipef for this more careful work, and the<br />
laboratory has already responded to many requests.<br />
How does the Ipef publishing system work? Is the<br />
32 www.referenciaflorestal.com.br
Como funciona o setor de Serviços de Extensão e<br />
Tecnologia do IPEF?<br />
Esse serviço procura atender demandas tecnológicas<br />
de médios e pequenos produtores florestais. É uma<br />
forma de contribuição que o IPEF tem oferecido a esse<br />
segmento, que tem um papel significativo no fornecimento<br />
de matéria prima para as indústrias, além de, no<br />
seu somatório, cumprir um importante papel social e<br />
ambiental. Outro componente importante do nosso setor<br />
de Serviços e Extensão <strong>Florestal</strong> é o Laboratório de<br />
Biotecnologia, que se dedica a trabalhos customizados.<br />
Muitas vezes, por exemplo, as empresas têm demandas<br />
específicas, em relação ao desenvolvimento de clones.<br />
Muitas vezes, no entanto, não compensa a elas dedicar<br />
sua equipe e seus recursos, na busca de soluções. Essas<br />
empresas, então, procuram o IPEF para esse trabalho<br />
mais cuidadoso e o laboratório tem respondido muito<br />
as demandas.<br />
>> Como é o sistema de publicação da entidade? São<br />
trabalhos contínuos com atualizações?<br />
O IPEF tem um elenco de ações para a divulgação de<br />
informação e difusão de conhecimento. O instituto tem<br />
uma revista científica, publica livros, boletins, relatórios<br />
técnicos, séries técnicas, informativos executivos, IPEF<br />
notícias, o IPEF acontece, podcasts e outras mídias sociais.<br />
Eles são contínuos e a nossa equipe especializada<br />
em comunicação procura transformar os resultados<br />
que, tradicionalmente, são expressados de forma muito<br />
técnica, numa linguagem mais adequada para a divulgação.<br />
Continuamente, estamos atualizando e modernizando<br />
e, nessa direção, as publicações via recursos<br />
eletrônicos têm crescido significativamente. Nosso site<br />
conta hoje com um grande volume de informações,<br />
comportando os diferentes tipos de publicações que<br />
oferecemos.<br />
published work continuously updated?<br />
Ipef has a list of actions to disseminate information<br />
and knowledge. The Institute has a scientific journal,<br />
publishes books, newsletters, technical reports,<br />
technical series, executive newsletters, IPEF news, Ipef<br />
acontece, podcasts, and other social media. They are<br />
continuous, and our team specialized in communication<br />
seeks to transform the results that, traditionally,<br />
are expressed in a very technical way, in a language<br />
more appropriate for dissemination. Continuously, we<br />
are updating and modernizing, and in this direction,<br />
publications via electronic resources have grown<br />
significantly. Today, our site has a large volume of<br />
information, including the different types of publications<br />
we offer.<br />
How was the podcast “Talking about the forest”<br />
conceived?<br />
It was a natural process. We observed that this mechanism<br />
is increasingly applied and refined in terms of<br />
format and ease of communication. It was created<br />
just over a year ago. It was conceived to highlight<br />
issues of relevance to the Forestry Sector, with a<br />
primary focus on Ipef’s work, but not limited to this,<br />
opening the possibility for news of member companies<br />
and outsourcers.<br />
What are Ipef’s main cooperative programs?<br />
There are three major cooperative program platforms<br />
within Ipef. A technological platform, where we have<br />
programs that seek to respond to demands in a shorter<br />
time, with research whose results can be applied in<br />
the daily life of companies pragmatically. The second<br />
platform is sustainability. In it, the vision of the projects<br />
is in the sense of understanding the mechanisms<br />
and diverse interactions of forests and external factors<br />
Os resultados alcançados no conjunto dos<br />
programas dessas plataformas, têm sido<br />
importantíssimos, comportando questões<br />
econômicas, sociais e ambientais<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
33
ENTREVISTA<br />
>> Como foi idealizado o podcast: Falando em floresta?<br />
Foi um processo natural. Observamos que esse mecanismo<br />
está sendo cada vez mais aplicado e mais refinado<br />
em termos de formato e facilidade de comunicação.<br />
Ele foi criado há pouco mais de um ano e foi idealizado<br />
no sentido de destacar temas de relevância junto ao<br />
setor florestal, com foco primário nos trabalhos do IPEF,<br />
mas não se limitando a isso, abrindo possibilidade para<br />
novidades das empresas associadas e seus colaboradores<br />
externos.<br />
>> Quais os principais programas cooperativos do instituto?<br />
São três grandes plataformas de programas cooperativos<br />
dentro do IPEF. Uma plataforma tecnológica, onde<br />
temos programas que procuram responder demandas<br />
num menor tempo, com pesquisas cujos resultados<br />
possam ser aplicados no dia a dia das empresas, de<br />
forma pragmática. A segunda plataforma é a da sustentabilidade.<br />
Nela a visão dos projetos é no sentido de<br />
entendimento dos mecanismos e interações diversas da<br />
florestas e os fatores externos de influência, com estudos<br />
que demandam mais tempo para maturação, dada<br />
à exigência de ciclos maiores de avaliação. São projetos<br />
que vão influenciar o desenvolvimento de novos modelos<br />
de produção florestal. Por últimos, há a plataforma,<br />
que identificamos como corporativa, onde colocamos<br />
toda a parte de capacitação, treinamento, certificação<br />
florestal e o próprio Radar IPEF de inovação. Não são<br />
propriamente ações de pesquisa, mas sim aquelas que<br />
se ocupam da capacitação e do conhecimento envolvidos<br />
nos projetos do IPEF, para definições de estratégias<br />
para o setor florestal. Os resultados alcançados no<br />
conjunto dos programas dessas plataformas, têm sido<br />
importantíssimos, comportando questões econômicas,<br />
sociais e ambientais. Inclusive, muito do que se fala,<br />
atualmente, na esteira do ESG, está presente nas ações<br />
e resultados dos programas cooperativos do IPEF. Convidamos<br />
os leitores a acessarem o site do IPEF (www.<br />
ipef.br) para conhecerem mais detalhadamente cada<br />
um de nossos programas.<br />
>> Como avalia sua gestão no órgão?<br />
Temos desenvolvido nosso trabalho procurando, com o<br />
máximo de empenho e dedicação, conduzir o instituto<br />
para o cumprimento da sua missão que é a de “Gerar<br />
soluções inovadoras, mediante estudos e pesquisas<br />
cooperativas de interesse do setor florestal, integrando<br />
empresas, universidades, instituições congêneres e a<br />
sociedade, na visão de: Ser líder nos estudos, pesquisas<br />
e inovações no setor de florestas plantadas; com valores<br />
que incluem: Ciência, Credibilidade, Cooperação<br />
e Integração. Trata-se de um conjunto de atributos<br />
bastante fortes, que implicam em um grau bastante<br />
of influence, with studies that require more time for<br />
maturation, given the requirement of larger evaluation<br />
cycles. These are projects that influence the development<br />
of new models of forest production. Finally,<br />
the platform, which we identify as corporate, includes<br />
education, training, forest certification, and the Ipef<br />
Radar for innovation. They are not precisely research<br />
actions, but those that deal with education and knowledge<br />
involved in Ipef projects, for definitions of the<br />
Forestry Sector’s strategies. The results achieved in all<br />
the programs of these platforms have been significant,<br />
including economic, social, and environmental<br />
issues. Even much of what is currently said in the wake<br />
of the ESG is present in the actions and results of Ipef<br />
cooperative programs. We invite readers to access the<br />
Ipef website (www.ipef.br) to learn more about each<br />
of our programs.<br />
How do you see your management in Ipef?<br />
We have developed our work seeking, with the utmost<br />
commitment and dedication, to lead the Institute to<br />
fulfill its mission, which is to “Generate innovative<br />
solutions, through studies and cooperative research<br />
of interest of the Forestry Sector, integrating companies,<br />
universities, similar institutions, and society,<br />
in the vision of “Being a leader in studies, research,<br />
and innovations in the Planted Forest Sector” values<br />
that include “Science, Credibility, Cooperation, and<br />
Integration”. This is a solid set of attributes, which<br />
imply a very high degree of management responsibility.<br />
It also requires the application and differentiated<br />
strategies because Ipef has embedded, in its source<br />
DNA, the concept of actions in a cooperative format,<br />
this, in particular, involving companies and academia.<br />
Furthermore, one must have a good “experience” to<br />
reconcile visions and objectives of two “universes”<br />
that often have distinct interests. The success of Ipef’s<br />
work depends significantly on managing these differences<br />
in the search for the equilibrium point. It takes<br />
a certain “savoir-faire” and the promotion of dialogue<br />
to unite the interests so that the work flows in the best<br />
possible way. Account must also be taken of the need<br />
to find the “right point” to reconcile the interests of<br />
the companies participating in Ipef, which are often<br />
also different for various and understandable reasons.<br />
The Institute has already surpassed half a century<br />
of existence, and the formula to reconcile all this is<br />
already well-rooted in its core. As already mentioned,<br />
this is the second opportunity we have to participate<br />
in Ipef management. In this new stage, we find new<br />
requirements and mechanisms that require constant<br />
and rapid improvements and innovations, to which<br />
we have attributed the utmost attention. The set of<br />
actors, many of whom are new, continue to be of very<br />
high competence and are intensely engaged in fulfill-<br />
34 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
elevado de reponsabilidades de gestão. Exige também<br />
a aplicação e estratégias diferenciadas, pelo fato do<br />
IPEF ter embutido, no seu DNA de origem, o conceito<br />
de ações no formato cooperativo, isso, em especial, envolvendo<br />
as empresas e a academia. Há que se ter um<br />
bom traquejo para conciliar visões e objetivos de dois<br />
universos que, muitas vezes, possuem interesses distintos.<br />
O sucesso dos trabalhos do IPEF depende, em muito,<br />
do sucesso da gestão dessas diferenças, na busca<br />
do ponto de equilíbrio. É necessário um certo jogo de<br />
cintura e a promoção do diálogo para unir os interesses<br />
para que os trabalhos fluam da melhor forma possível.<br />
Há que se levar em conta, ainda, a necessidade de se<br />
encontrar o ponto certo para se conciliar os interesses<br />
das próprias empresas que participam do IPEF, os<br />
quais, por várias e compreensíveis razões, muitas vezes,<br />
também são distintos. O instituto já ultrapassou meio<br />
século de existência e a fórmula de como conciliar tudo<br />
isso já se encontra bem enraizada no seu âmago. Conforme<br />
já mencionado, essa é a segunda oportunidade<br />
que temos de participar da direção do IPEF. Nessa nova<br />
etapa, encontramos novas exigências e novos mecanismos,<br />
que demandam constantes e rápidos aperfeiçoamentos<br />
e inovações, ao que temos atribuído o máximo<br />
de atenção. O conjunto de atores, muitos dos quais<br />
novos, continuam sendo de altíssima competência e<br />
estão fortemente engajados no cumprimento de objetivos<br />
e metas, atributos para os quais também temos<br />
nos empenhado, no sentido da manutenção de valores<br />
essenciais para o bom andamento dos trabalhos do instituto.<br />
Julgamos que tais aspectos, somados à nossa experiência,<br />
têm garantido a continuidade do sucesso dos<br />
trabalhos do IPEF, demonstrado através das inúmeras<br />
contribuições que têm sido relatadas e disponibilizadas,<br />
num amplo espectro, o que nos tem trazido grande motivação<br />
para com a continuidade do trabalho.<br />
>> Quais os planos para o futuro da instituição?<br />
Para se falar em futuro, temos que considerar dois<br />
momentos: um antes e outro pós-pandemia. O futuro<br />
antes da pandemia poderia ser projetado bem a longo<br />
prazo, com planos de trabalhos e estratégias definidas<br />
para 10 - 20 anos. A pandemia veio nos mostrar que<br />
tudo pode desmoronar em um estalar de dedos. Estamos<br />
nos preparando para definir e implementar um<br />
novo plano estratégico para o IPEF que, muito provavelmente,<br />
terá como visão, os próximos 5 anos. A intenção<br />
será a da revisitação da missão, visão, valores e posicionamento<br />
institucional, e uma avaliação do que deve e<br />
o que pode ser incorporado ao instituto, para melhor<br />
atender aos interesses de suas empresas associadas e<br />
seus colaboradores externos. Tudo isso, no sentido da<br />
manutenção do papel relevante que o IPEF possui, na<br />
contribuição para a maior e melhor compreensão dos<br />
fenômenos envolvidos nas ações de se plantar e manejar<br />
florestas e delas se obter produtos e serviços da<br />
mais alta relevância para a sociedade como um todo.<br />
ing objectives and goals. We are also committed to<br />
maintaining essential values for the excellent progress<br />
of the Institute’s work. We believe that these aspects,<br />
added to our experience, have ensured the continuity<br />
of the success of Ipef’s work, demonstrated through<br />
the numerous contributions that have been reported<br />
and made available, in a broad spectrum, which gives<br />
motivation for continuing our work.<br />
What are the plans for the future of the Institution?<br />
To talk about the future, we must consider two moments:<br />
one pre- and one post-pandemic. The future<br />
before the pandemic could be designed well in the<br />
long term, with work plans and strategies set for<br />
10 - 20 years. On the other hand, the pandemic has<br />
shown us that everything can “fall apart in a snap of<br />
the fingers.” Therefore, we are preparing to define<br />
and implement a new strategic plan for Ipef that will<br />
likely have the next 5 years as vision. The intention is<br />
to revisit the mission, vision, values, and institutional<br />
positioning and evaluate what should, and can, be<br />
incorporated into the Institute to serve better the<br />
interests of its member companies and their external<br />
collaborators. All this, to maintain the relevant role<br />
that Ipef has, in contributing to the greater and better<br />
understanding of the phenomena involved in planting<br />
and managing forests and obtaining products and<br />
services of the highest relevance to society as a whole.<br />
O instituto já<br />
ultrapassou meio<br />
século de existência<br />
e a fórmula de como<br />
conciliar tudo isso já se<br />
encontra bem enraizada<br />
no seu âmago<br />
36 www.referenciaflorestal.com.br
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Como lidar com<br />
abelhas na supressão<br />
de árvores<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Eng. <strong>Florestal</strong> e Seg. do Trabalho<br />
Ms. em Manejo <strong>Florestal</strong><br />
gabrielberger.com.br<br />
gabriel@gabrielberger.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
A presença das abelhas é crucial para o manejo florestal, assim<br />
como a árvore serve de abrigo para esses insetos. Como manter<br />
essa relação equilibrada e segura?<br />
As abelhas fazem um papel fundamental no manejo<br />
de florestas, já que são responsáveis por grande<br />
parte da polinização das árvores. Em contrapartida,<br />
as árvores servem como locais de alojamento<br />
de ninhos, que é crucial para a sobrevivência das<br />
abelhas. Essa relação equilibrada de troca deve ser respeitada e<br />
observada cuidadosamente no momento da derrubada da árvore.<br />
As abelhas são seres defensivos e não agressivos, portanto se<br />
expostas a um alto grau de ruído, como de uma motosserra, por<br />
exemplo, tendem a atacar o operador da máquina e equipe de<br />
pessoas que estejam no local.<br />
COMO PODEMOS EVITAR UM ATAQUE?<br />
O primeiro e mais importante passo é identificar a presença<br />
das abelhas na árvore a ser abatida ou no entorno dela. Essa<br />
identificação é feita no planejamento da atividade de supressão,<br />
etapa em que os riscos são identificados e as medidas de controle<br />
são estabelecidas.<br />
No caso das abelhas, a identificação é feita visualmente. Elas<br />
podem estar alojadas tanto na copa da árvore, quanto em alguma<br />
cavidade no tronco. Tocos e troncos secos que possam estar<br />
no entorno também devem ser verificados.<br />
É importante analisar também as árvores próximas ao vegetal<br />
que será derrubado, pois no momento da queda, ele pode<br />
atingir galhos e tronco de outras árvores que podem estar habitadas<br />
por um enxame e desencadear um ataque.<br />
Se identificado um enxame não faça a supressão na árvore.<br />
Geralmente, quando o enxame está em um galho da árvore,<br />
como uma “bola preta” a tendência é que ele se desloque em<br />
breve. Esse é um processo natural das abelhas e o ideal é aguardar<br />
o deslocamento natural dos insetos para depois fazer o<br />
manejo na árvore. No caso de ser necessária a remoção de uma<br />
colmeia, chame um profissional especializado, como um apicultor<br />
e o corpo de bombeiros.<br />
O QUE FAZER NO CASO DE UM ATAQUE?<br />
Mesmo tomando todas as medidas preventivas na etapa de<br />
planejamento, pode acontecer um ataque. Como a identificação<br />
dos insetos é visual, o enxame pode estar em um galho muito<br />
alto e não ser possível a sua identificação, por exemplo.<br />
Nesse caso, o recomendado é proteger a cabeça e pescoço,<br />
áreas do corpo mais atacadas pelas abelhas, correr em zigue-zague<br />
ou entre arbustos, já que as abelhas se deslocam em linha<br />
reta ou deitar-se no chão e permanecer imóvel. Borrifar água no<br />
enxame também pode ajudar, já que as gotículas pesam sobre as<br />
asas das abelhas impedindo-as de voar.<br />
O uso correto de equipamentos de proteção individual, como<br />
luvas, mangas longas, calça e calçado de proteção, capacete,<br />
protetor facial e óculos, podem ajudar a proteger o corpo do trabalhador<br />
contra o ataque.<br />
No caso de ser picado, desloque-se o mais breve possível até<br />
um hospital para remover os ferrões e ser medicado, se necessário.<br />
A retirada dos ferrões deve ser feita com cuidado para evitar<br />
a liberação de maior quantidade da toxina.<br />
Infelizmente os ataques de abelhas a equipes de manejo de<br />
árvores são muito comuns, tanto em meio urbano como rural. A<br />
implementação dos procedimentos de segurança aliada ao foco,<br />
atenção e consciência do trabalhador podem minimizar as ocorrências<br />
e garantir um ambiente de trabalho equilibrado e seguro<br />
para todos os seres.<br />
38 www.referenciaflorestal.com.br
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As soluções trazidas pelo aprimoramento genético<br />
de árvores utilizadas como matéria-prima na indústria<br />
de base florestal têm facilitado o trabalho<br />
dos produtores. Oferecer essas possibilidades<br />
para o mercado é o trabalho da ArborGen, uma<br />
das líderes mundiais no desenvolvimento e produção de mudas.<br />
Através de genética avançada, a empresa proporciona<br />
aos seus clientes as possibilidades de produção com maior<br />
segurança de resultados, crescimento padrão das árvores e<br />
alto rendimento de madeira, sempre com um atendimento<br />
personalizado.<br />
A ArborGen iniciou suas operações nos EUA (Estados Unidos<br />
da América) em 2000 e tinha seu foco em biotecnologia e<br />
produtos transgênicos de alta qualidade. No Brasil, no final de<br />
2013, iniciou o negócio de venda de mudas, quando fechou<br />
uma parceria com a Sylvamo, que garantiu acesso a diversos<br />
clones desta empresa, para venda comercial. Segundo Gabriela<br />
Monnerat, diretora da ArborGen, essa operação começou<br />
com um foco bem definido, que auxiliou no crescimento da<br />
empresa. “Os primeiros passos da empresa foram dedicados<br />
à produção de transgênicos de eucalipto e licenciamento de<br />
clones para venda no mercado”, lembra Gabriela.<br />
Enquanto materiais genéticos de eucalipto foram desenvolvidos<br />
em solo nacional, os de pinus têm desenvolvimento<br />
próprio da empresa, com material americano testado e adaptado<br />
para as condições brasileiras. “Nosso portfólio tem crescido<br />
continuamente, oferecendo produtos personalizados e únicos<br />
para nossos clientes”, completa Gabriela.<br />
EUCALIPTO<br />
Os critérios de produção e seleção de mudas da ArborGen<br />
são os mais altos, afim de garantir os melhores resultados para<br />
seus clientes. A empresa informa que apenas 1% de todas as<br />
árvores testadas se tornam um clone ArborGen, que garante<br />
árvores uniformes, crescimento constante e qualidade sem<br />
igual. Isso demonstra o esforço técnico e financeiro necessário<br />
para atingir esse objetivo. Matheus Vizzoto, coordenador de<br />
produção de eucalipto da ArborGen, explica como funciona a<br />
seleção de mudas para a clonagem de eucalipto. “O programa<br />
de melhoramento é responsável por orientar quais materiais<br />
genéticos apresentam as características adequadas para cada<br />
sítio de plantio”, salienta Matheus. Uma vez avaliados, os<br />
melhores materiais genéticos são selecionados e destinados<br />
para o viveiro para produção em escala.<br />
Matheus explica que dentro da produção de clones existem<br />
materiais genéticos diferentes com comportamentos de<br />
crescimento e enraizamento distintos, que exigem o manejo<br />
adequado para garantir a produção. “As influências de fatores<br />
climáticos, por exemplo, devem ser monitoradas com atenção<br />
na produção de mudas, pois podem causar sérios danos<br />
físicos e prejuízos financeiros ao viveiro”, ressalta Matheus. O<br />
coordenador frisa que as mudas são feitas de acordo com a<br />
necessidade do cliente, o que valoriza o planejamento silvicultural<br />
dos mesmos. “Em torno de 90% de nossa produção é<br />
feita sob encomenda e apenas o restante tem negociação no<br />
formato direto”, explica Matheus.<br />
José Luiz Conti, pesquisador de eucalipto da ArborGen,<br />
explana que o desenvolvimento de um novo clone é complexo<br />
Selected genetics<br />
Genetically enhanced seedlings ensure<br />
better results in pine and eucalyptus<br />
planted forests<br />
T<br />
he solutions brought about by the genetic improvement<br />
of trees used as raw material in the forest-based<br />
industry have facilitated the work of producers.<br />
Offering these possibilities to the market is the work<br />
of ArborGen, one of the world leaders in seedling<br />
development and production. Through advanced genetics, the<br />
Company provides its customers with the possibilities of production<br />
with greater assurance of results, the expected growth of<br />
trees, and a high yield of timber, always with personalized service.<br />
ArborGen started operations in the United States in 2000 and<br />
focused on biotechnology and high-quality transgenic products. In<br />
Brazil, at the end of 2013, the Company started selling seedlings<br />
when it partnered with International Paper, which guaranteed<br />
access to several clones for commercial sale. According to Gabriela<br />
Monnerat, Director of ArborGen, this operation began with a well-defined<br />
focus, which helped in the growth of the Company. “The<br />
first steps of the Company were dedicated to producing eucalyptus<br />
transgenics and licensing of clones for sale in the market,” she says.<br />
While eucalyptus genetic materials were developed in Brazil,<br />
pine materials developed differently, with American material<br />
tested and adapted to Brazilian conditions. “Our portfolio has<br />
grown continuously, offering customized and unique products to<br />
our customers,” adds Director Monnerat.<br />
EUCALYPTUS<br />
ArborGen’s seedling production and selection criteria are the<br />
highest to ensure the best results for its customers. The Company<br />
reports that only 1% of all tested trees become an ArborGen clone,<br />
ensuring uniform trees, constant growth, and unmatched quality.<br />
This demonstrates the technical and financial effort required to<br />
achieve this goal. Matheus Vizzoto, the Eucalyptus Production<br />
Coordinator at ArborGen, explains how the selection of seedlings<br />
for eucalyptus cloning works. “The breeding program is responsible<br />
for guiding which genetic materials have the appropriate<br />
characteristics for each planting site,” says the Production Coordinator.<br />
Once evaluated, the best genetic materials are selected<br />
and destined for the nursery for in-scale production.<br />
Production Coordinator Vizzoto goes on to explain that within<br />
clone production, there are different genetic materials with distinct<br />
growth and rooting behaviors, which require proper management<br />
to ensure production. “For example, the influences of climatic factors<br />
should be monitored carefully in the production of seedlings,<br />
as they can cause serious physical damage and financial damage<br />
to the nursery,” he points out. The Coordinator stresses that the<br />
seedlings are made according to the customer’s need, which<br />
values the customer’s silvicultural plan. “90% of our production<br />
is custom, with the rest being sold in a direct format,” he adds.<br />
José Luiz Conti, Eucalyptus Research Scientist at ArborGen,<br />
explains that the development of a new clone is complex and can<br />
take 15 to 20 years. “The main stages include crosses of superior<br />
individuals, field experimentation for validation, and selection of<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
41
PRINCIPAL<br />
e pode levar de 15 a 20 anos. “As principais etapas contam<br />
com cruzamentos de indivíduos superiores, experimentação<br />
em campo para validação e seleção dos melhores indivíduos<br />
para clonagem”, esclarece José. Durante a produção do eucalipto<br />
ArborGen as principais características avaliadas são a<br />
produtividade, qualidade da madeira, sanidade, resistência a<br />
pragas, doenças e déficit hídrico, levando em conta a região<br />
onde será plantado e o objetivo da produção do eucalipto.<br />
“Alguns experimentos estão mostrando que a escolha<br />
correta de material genético pode aumentar em até 30% os<br />
rendimentos”, valoriza José. O pesquisador destaca que a principal<br />
exigência do mercado é o incremento da rentabilidade<br />
por hectare plantado e algumas estratégias são adotadas para<br />
suprir essa demanda dentro do programa de melhoramento<br />
da ArborGen. “Podemos selecionar materiais genéticos com<br />
altas taxas de crescimento inicial para plantio de ciclos curtos<br />
visando o mercado de biomassa, por exemplo, ou materiais<br />
genéticos com melhor qualidade da madeira e rendimento<br />
para os mercados de celulose e serraria”, compara José.<br />
Atualmente a ArborGen conta com 36 clones no portfólio,<br />
variando entre clones protegidos e clones de mercado. A<br />
perspectiva é de que novos clones sejam lançados pelo time<br />
de pesquisa ao longo dos anos ampliando a base genética e<br />
consequentemente a segurança dos plantios florestais.<br />
the best individuals for cloning,” he explains. During the production<br />
of ArborGen eucalyptus, the main characteristics evaluated are<br />
productivity, wood quality, health, resistance to pests and diseases,<br />
and water deficit, taking into account the region where planted<br />
and the objective of eucalyptus production.<br />
“Some experiments show that the correct choice of genetic<br />
material can increase their yields by up to 30%,” says Eucalyptus<br />
Research Scientist Conti. He points out that the primary demand<br />
of the market is the increase of profitability per hectare planted,<br />
Nosso portfólio tem crescido<br />
continuamente, oferecendo<br />
produtos personalizados e<br />
únicos para nossos clientes<br />
Gabriela Monnerat<br />
42 www.referenciaflorestal.com.br
Nosso objetivo é fornecer<br />
o melhor material<br />
disponível, a medida<br />
que identificamos novas<br />
genéticas que apresentam<br />
ganhos superiores ao que<br />
trabalhamos<br />
Maria Pollnow<br />
PINUS<br />
Os materiais genéticos de pinus da ArborGen passam<br />
por processos semelhantes aos do eucalipto para se tornarem<br />
comerciais e rentáveis para a empresa. Maria Pollnow,<br />
pesquisadora de pinus da ArborGen, realça que durante o<br />
desenvolvimento dos materiais, além dos padrões internos<br />
da empresa, é avaliado o que é oferecido pelos concorrentes.<br />
“Levamos em consideração plantas com boa adaptação, boa<br />
forma e ganho em volume em comparação aos materiais de<br />
mercado”, revela Maria.<br />
A pesquisadora enfatiza que a ArborGen não trabalha<br />
apenas com clones de pinus, mas com um portifólio completo<br />
de produtos, sendo eles: três clones, três famílias MCP (Mass<br />
Controlled Pollination – polinização controlada) e três famílias<br />
OP (Open Pollination – Polinização aberta). A pesquisadora<br />
comenta que não existe um clone perfeito, mas sim aquele<br />
que melhor se adapta à região onde será plantado. “Nosso<br />
objetivo é fornecer o melhor material disponível, à medida<br />
que identificamos novas genéticas, que apresentam ganhos<br />
superiores ao que trabalhamos”, analtece Maria.<br />
Carlos de França, coordenador de produção de pinus da<br />
ArborGen, explica como o trabalho que sai do laboratório e<br />
vai para o campo faz total diferença na aplicabilidade. “Nossa<br />
rede experimental, onde avaliamos na prática como altitude,<br />
clima, solo, relevo e outros fatores podem afetar a produção,<br />
é primordial para a escolha das mudas que serão produzidas<br />
em alta escala”, frisa Carlos.<br />
O coordenador explica que o trabalho de campo da ArborGen,<br />
ao observar as oportunidades para agregar valor as<br />
florestas de pinus é o que faz a empresa continuar seu viés de<br />
crescimento. “O trabalho conjunto entre pesquisa e mercado<br />
geram a confiança necessária para que nossos clientes invistam<br />
ainda mais no setor florestal”, complementa Carlos.<br />
and some strategies are adopted to meet this demand within ArborGen’s<br />
breeding program. “We can select genetic materials with<br />
high initial growth rates for short cycle planting aiming at the biomass<br />
market, for example, or genetic materials with better wood<br />
quality and yield for the pulp and sawmill markets,” he explains.<br />
ArborGen has 36 clones in its portfolio, ranging from protected<br />
clones to market clones. The prospect is that new clones are<br />
launched by the research team over the years, expanding the<br />
genetic base and consequently the wellbeing of planted forests.<br />
PINE<br />
ArborGen pine genetic materials go through eucalyptus-like<br />
processes to become commercial and profitable. Maria Pallow,<br />
Pine Research Scientist at ArborGen, points out that, as well as<br />
the Company’s internal standards, what competitors are offering<br />
is evaluated during the development of the materials. “We take<br />
into account plants with good adaptation, good shape, and volume<br />
gain compared to materials in the market,” she says.<br />
Pine Research Scientist Pallow emphasizes that ArborGen<br />
works with not only pine clones but with a complete portfolio of<br />
products: three clones, three Mass Controlled Pollination (MCP) families,<br />
and three Open Pollination (OP) families. The Pine Research<br />
Scientist comments that there is no perfect clone, but rather one<br />
that best adapts to the region where it is planted. “Our goal is to<br />
provide the best material available as we identify new genetics<br />
that show higher gains than we currently work with,” she says.<br />
Carlos de França, Pine Production Coordinator for ArborGen,<br />
explains how the work that comes out of the lab and goes to the<br />
field makes a real difference in the Company’s work. “Our experimental<br />
network, where we evaluate in practice how altitude,<br />
climate, soil, relief, and other factors can affect production, is<br />
essential for choosing the seedlings that are produced on a large<br />
scale,” he says.<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
43
PRINCIPAL<br />
Alguns experimentos estão<br />
mostrando que a escolha<br />
correta de material genético<br />
pode aumentar em até 30%<br />
os rendimentos<br />
José Luiz Conti<br />
RECONHECIMENTO E FUTURO<br />
O trabalho realizado pela ArborGen é valorizado por seus<br />
clientes. Ademir dos Reis Silva, coordenador de silvicultura e<br />
viveiros da Vallourec, relembra que a parceria com a ArborGen<br />
começou com um contrato de compra de mudas e depois<br />
passou a comercializar materiais genéticos. “A ArborGen é<br />
ótima na comercialização de mudas, e tem potencial de colocar<br />
materiais genéticos no mercado com facilidade, pois conhece<br />
todo o país e valoriza seus clientes”, destaca Ademir.<br />
Em relação ao trabalho com clientes, Gabriela Monnerat,<br />
valoriza a equipe de vendas, formada por Carlos de França, Matheus<br />
Vizzoto, Daiane Vargas, Guto Barros e Ranieri Souza, que<br />
segundo a diretora realmente mudou a estrutura da empresa<br />
em termos comerciais e de assistência técnica. “Eles trouxeram<br />
para a ArborGen um atendimento melhor, um contato mais<br />
próximo com o cliente e levam toda experiência da empresa<br />
até nossos clientes no campo, auxiliando nos processos de<br />
vendas e pós-venda com muita qualidade”, valoriza Gabriela.<br />
Pine Production Coordinator França explains that ArborGen’s<br />
fieldwork, looking at opportunities to add value to pine forests,<br />
helps the Company continue its growth bias. “The joint work between<br />
research and market generates the confidence necessary for<br />
our customers to invest even more in the Forestry Sector,” he adds.<br />
RECOGNITION AND FUTURE<br />
The work carried out by ArborGen is valued by its customers.<br />
Ademir dos Reis Silva, Forestry and Nursery Coordinator for Vallourec,<br />
recalls that the partnership with ArborGen began with a<br />
seedling purchase agreement, succeeded by the sale of genetic<br />
materials. “ArborGen is great at marketing seedlings and has<br />
the potential to put genetic materials on the market with ease<br />
because it knows the whole Country and values its customers,”<br />
the Vallourec Coordinator says.<br />
Concerning working with customers, Director Monnerat values<br />
her sales team, formed by Carlos de França, Matheus Vizzoto,<br />
Daiane Vargas, Guto Barros, and Ranieri Souza, who, according<br />
to the Director, really helped change the structure of the Company<br />
in commercial and technical assistance terms. “They gave<br />
AborGen the ability to offer better service, a closer contact with<br />
the customer, and provide all the Company’s experience to our<br />
customers in the field, assisting in sales and after-sales processes<br />
with inordinate quality,” she values.<br />
Daiane Vargas, a member of the pine seedling sales team,<br />
states that ArborGen’s significant differential is to have different<br />
lines of genetic improvement in its product portfolio. This is so<br />
that it can serve all forest production sectors, be it pulp and paper,<br />
industrial timber, or sawmill and laminates. “ArborGen thus<br />
guarantees customer satisfaction in buying the right seedling<br />
according to its final product,” she adds.<br />
In addition, ArborGen has an internal, administrative, and<br />
communication team, which coordinates all operations from different<br />
regions in Brazil, actively participating in all the necessary<br />
Company management controls so that everything is carried out<br />
with excellence, making it clear that ArborGen’s commitment in<br />
the Brazilian Forestry Sector is to help add to customers business.<br />
ArborGen has 3 nurseries with a total production capacity of<br />
O trabalho conjunto entre<br />
pesquisa e mercado geram<br />
a confiança necessária<br />
para que nossos clientes<br />
invistam ainda mais no<br />
setor florestal<br />
Carlos de França<br />
44 www.referenciaflorestal.com.br
AGB153 AOS 4 ANOS DE IDADE<br />
AGB231 AOS 4 ANOS DE IDADE<br />
Daiane Vargas, da equipe de vendas de Pinus, informa que<br />
o grande diferencial da ArborGen é possuir em seu portfólio<br />
de produtos diferentes linhas de melhoramento genético que<br />
podem atender todos os setores de produção florestal, seja<br />
papel e celulose, madeira para processo ou serraria e laminação.<br />
“A ArborGen garante assim a satisfação do cliente em<br />
estar comprando a muda certa de acordo com seu produto<br />
final”, complementa Daiane.<br />
E além disso, a ArborGen conta com uma equipe interna,<br />
administrativa e de comunicação, que conduzem de diferentes<br />
regiões do Brasil toda operação, participando de forma ativa<br />
em todos os controles necessários na gestão da empresa, para<br />
que tudo seja realizado com excelência, deixando claro que o<br />
compromisso da ArborGen no setor florestal Brasileiro é somar.<br />
Sobre as unidades de produção, a ArborGen conta com 3<br />
viveiros de operação própria que possuem uma capacidade<br />
total de produção de cerca de 30 milhões de mudas. Não<br />
deixando de salientar também os viveiros parceiros, que são<br />
peças fundamentais para o sucesso e crescimento da ArborGen<br />
no Brasil. Com colaborações em vários locais do país, as mudas<br />
produzidas passam por um procedimento rigoroso de qualidade,<br />
onde a equipe técnica e parceiros avaliam criteriosamente<br />
se o produto está dentro das expectativas e necessidades<br />
dos clientes. Nossa capacidade de produção de mudas total<br />
atualmente atinge a marca de cerca de 90 milhões de mudas<br />
de eucalipto e 20 milhões de mudas de pinus.<br />
Para o futuro da empresa a diretora destaca os objetivos<br />
de crescimento da ArborGen. “Nossa projeção média de<br />
crescimento para os próximos anos é de 20% ao ano”, divulga<br />
Gabriela. Os planos da empresa são ambiciosos e a ArborGen<br />
busca além de novas parcerias a aquisição de novos viveiros de<br />
mudas. “Queremos atingir no curto prazo 30% de marketshare<br />
e ampliar nossa produção própria de mudas”, projeta Gabriela.<br />
about 30 million seedlings on the production units. Also noteworthy<br />
are the partner nurseries, which are vital parts of ArborGen’s<br />
success and growth in Brazil. With collaborations in various locations<br />
in the Country, the seedlings produced undergo a rigorous<br />
quality procedure, where the technical team and partners carefully<br />
evaluate whether the product is within the expectations and needs<br />
of customers. As a result, our total seedling production capacity<br />
currently reaches the total mark of about 90 million eucalyptus<br />
seedlings and 20 million pine seedlings.<br />
For the Company’s future, Director Monnerat highlights ArborGen’s<br />
growth goals. “Our average growth projection for the<br />
coming years is 20% per year,” the Director says. The Company’s<br />
plans are ambitious and, in addition to new partnerships, Arbor-<br />
Gen seeks the acquisition of new seedling nurseries. “We want to<br />
expand our seedling production and reach a 20% to 25% market<br />
share,” she concludes.<br />
O programa de melhoramento é<br />
responsável por orientar quais<br />
materiais genéticos apresentam<br />
as características adequadas<br />
para cada sítio de plantio<br />
Matheus Vizzoto<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
45
MERCADO<br />
Showroom<br />
VIRTUAL<br />
Fotos: divulgação<br />
Lançamento do<br />
espaço online reforça<br />
o DNA de tradição e<br />
inovação de uma das<br />
líderes do mercado de<br />
tratores e máquinas<br />
florestais<br />
N<br />
o ano em que completa 100 anos de história,<br />
a Komatsu, fabricante japonesa de equipamentos<br />
para construção, mineração e florestal,<br />
lançou em um evento online, o showroom da<br />
Komatsu, que reuniu clientes, distribuidores,<br />
fornecedores, parceiros, funcionários e parte da liderança<br />
da companhia no Brasil. Com o objetivo de ser um espaço<br />
de relacionamento, o ambiente conta com exposição de sua<br />
linha de equipamentos, soluções de suporte e pós-venda,<br />
espaço sobre o centenário, auditório, salas de reunião, Banco<br />
Komatsu e Komatsu Shop, voltada à comercialização de itens<br />
de moda da marca.<br />
Chrystian Garcia, gerente de Desenvolvimento de Distribuidores<br />
e Marketing da Divisão de Equipamentos de Construção<br />
da Komatsu no Brasil, afirma que o projeto foi idealizado<br />
em 2020, durante a pandemia e teve sua construção<br />
iniciada em maio deste ano. “O showroom está alinhado com<br />
nossas iniciativas de transformação digital e com o objetivo<br />
de estreitar o relacionamento com nossos clientes e distribuidores,<br />
além de disponibilizar, de maneira simples, rápida e fácil,<br />
todas as soluções que a Komatsu oferece no mercado brasileiro”,<br />
afirma Chrystian. O gerente destaca que foi investido<br />
muito tempo e empenho nos detalhes de cada área e funções<br />
disponíveis durante a navegação para que a experiência seja<br />
especial. “A ideia é que o visitante se sinta no próprio local e<br />
que tudo pareça bem real”, reforça Chrystian.<br />
Dessa forma, o showroom traz muitos conteúdos e pontos<br />
interativos que os usuários poderão usar livremente, desde<br />
fichas técnicas dos equipamentos, que poderão ser baixadas<br />
via totem, à pontos de interação com cada produto exposto.<br />
Ao final do evento, em coletiva de imprensa, Carlos Borba,<br />
gerente-geral de Marketing & Vendas da Komatsu Forest<br />
46 www.referenciaflorestal.com.br
Brasil, informou que a marca já tem programado o lançamento<br />
de produtos pra o ano de 2022. “Entre maio e setembro<br />
do próximo ano teremos disponíveis para nossos clientes um<br />
modelo exclusivo de plantadeira automatizada e um cabeçote<br />
harvester dedicado à produção de celulose”, revelou Carlos.<br />
O diretor informou que desde o lançamento todos os novos<br />
produtos estarão disponíveis no showroom virtual.<br />
HISTÓRIA<br />
A inauguração do espaço virtual reforça a importância da<br />
inovação tecnológica que sempre permeou a trajetória da Komatsu<br />
e é um dos princípios fundamentais estabelecidos por<br />
seu fundador, Meitaro Takeuchi, em 1921, ano em que a companhia<br />
foi criada. A Komatsu chega aos seus 100 anos de história<br />
pautada sempre na filosofia Dantotsu: palavra japonesa<br />
que representa os conceitos de único e inigualável e na constante<br />
busca pela inovação e atualização de todos os seus processos<br />
e produtos. Para saber os detalhes dessa história, visite<br />
o www.komatsushowroom.com.br, onde o Leitor poderá ver a<br />
linha do tempo da trajetória de 100 anos da companhia.<br />
A ideia é que o<br />
visitante se sinta no<br />
próprio local e que<br />
tudo pareça bem real<br />
NOVA DIREÇÃO<br />
O diretor-superintendente da Komatsu Forest Brasil,<br />
Felipe Vieira, após cerca de 4 anos de contribuições na companhia,<br />
decidiu se dedicar a um novo desafio profissional em<br />
outro segmento. Quem assume a função de forma interina, a<br />
partir de 1º de dezembro de <strong>2021</strong>, é o atual diretor-superintendente<br />
da Komatsu Forest Alemanha, Juergen Munz, que<br />
está na companhia há quase 15 anos. Segundo a empresa<br />
essa é uma solução provisória, até a definição do novo líder<br />
local.<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
47
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
A 19ª EDIÇÃO DA MAIOR PREMIAÇÃO<br />
DO SETOR FLORESTAL BRASILEIRO<br />
CELEBROU AS CONQUISTAS DE DEZ<br />
EMPRESAS QUE SE DESTACAM<br />
NESTE ANO<br />
Fotos: Emanoel Caldeira<br />
O<br />
ano de <strong>2021</strong> foi repleto de grandes oportunidades<br />
para a indústria da madeira no país.<br />
O setor demonstrou sua força e transformou<br />
cada momento em um passo para construção<br />
de um 2022 ainda mais promissor. Diante<br />
do cenário, a JOTA EDITORA, responsável pela publicação<br />
das Revistas REFERÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA INDUS-<br />
TRIAL, REFERÊNCIA PRODUTOS DE MADEIRA, REFERÊNCIA<br />
BIOMAIS e REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL, realizou o Prêmio<br />
REFERÊNCIA, a fim de enaltecer não apenas as premiadas,<br />
mas também celebrar as conquistas da indústriade base<br />
florestal durante <strong>2021</strong>.<br />
Neste ano a noite de premiação foi dividida em dois momentos<br />
diferentes, na primeira parte do evento foi realizado<br />
o painel: Panorama da Madeira; apresentado por Fábio Machado,<br />
diretor comercial da Revista REFERÊNCIA. O bate-papo<br />
contou com a participação de Eduardo Leão, Presidente<br />
da AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras<br />
do Estado do Pará), apresentando o tema: O cenário da<br />
exportação de produtos florestais amazônicos; Rafael José<br />
Mason, Presidente do CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras<br />
e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso)<br />
apresentou o tema: A sustentabilidade do manejo florestal<br />
no Estado do Mato Grosso; e Álvaro Luiz Scheffer Junior,<br />
presidente da APRE (Associação Paranaense de Empresas de<br />
Base <strong>Florestal</strong>) tratou sobre a Participação do setor florestal<br />
na nova economia.<br />
Após a realização do painel, a jornalista e apresentadora<br />
Mira Graçano, foi responsável pela condução da cerimônia<br />
de premiação das dez empresas ganhadoras. Neste ano as<br />
empresas premiadas foram: Aplysia Soluções Ambientais,<br />
Brasil Tropical Pisos/BTP Floors, Dalcomad, Francio Soluções<br />
Florestais, Madeplant <strong>Florestal</strong> Ltda., Madfreitas, MM Wood<br />
Brazil Exportação de Madeira, Terra Sol Madeiras Ecológicas,<br />
Todesmade – Indústria de Madeiras e Artefatos Ltda e Uniflora<br />
Com. de Madeiras.<br />
Devido as restrições causadas pela pandemia, o evento<br />
foi realizado de maneira híbrida, sendo a parte presencial no<br />
Restaurante Porta Romana Trattoria, em Curitiba (PR), com a<br />
presença dos vencedores, patrocinadores e transmissão online<br />
através do canal no youtube da Revista REFERÊNCIA, que<br />
atingiu números expressivos: picos de audiência simultânea<br />
de quase 5 mil pessoas, totalizando mais de 42 mil pessoas<br />
que passaram pela transmissão na noite do evento. A cerimônia<br />
está disponível para ser assistida e compartilhada<br />
através do link: https://bit.ly/PremioReferencia<strong>2021</strong>.<br />
48 www.referenciaflorestal.com.br
CONFIRA OS GANHADORES DO PRÊMIO REFERÊNCIA <strong>2021</strong><br />
APLYSIA SOLUÇÕES AMBIENTAIS<br />
A Aplysia Soluções Ambientais, empresa que desde 1997 desenvolve<br />
soluções completas para a indústria, recebeu destaque pelo Projeto<br />
ReNaturalize, que tem como objetivo a recuperação e restauração de<br />
ambiental de rios e nascentes. Os resultados do ReNaturalize o fizeram<br />
o único projeto brasileiro premiado no BRICS Solutions for SDGs Awards<br />
<strong>2021</strong>. O trabalho da empresa tem grande importância para o setor de<br />
celulose e papel, que utiliza a água como elemento essencial em seu processo<br />
produtivo e necessita das melhores soluções para o tratamento da<br />
água, visando garantir impactos ambientais positivos.<br />
Kátia Regina Chagas, pesquisadora da Aplysia, destacou a importância<br />
do projeto vencedor e o quanto a empresa se orgulha por essa conquista.<br />
“Levamos soluções ambientais para o setor de celulose e papel há<br />
mais de duas décadas e sermos reconhecidos por isso nos faz acreditar<br />
que estamos no caminho certo”, afirmou Kátia (à dir.), que recebeu a placa<br />
das mãos de Marcele Coelho, da REFERÊNCIA.<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
49
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
BRASIL TROPICAL PISOS/BTP FLOORS<br />
As preocupações ambientais fazem parte do trabalho da Brasil Tropical<br />
Pisos desde o início de suas atividades em 1994. Um dos objetivos da empresa<br />
sempre foi ser uma ponte entre a floresta e o mercado, trabalhando<br />
com madeiras nobres, retiradas de manejos sustentáveis e certificação de<br />
procedência. A empresa leva pisos de madeira, decks, revestimentos internos<br />
e madeira bruta para mais de 35 países, valorizando a qualidade da madeira<br />
brasileira ao redor do mundo. A excelência no trabalho e preocupações ambientais<br />
fizeram a BTP um dos destaques no segmento em <strong>2021</strong>.<br />
“Fico muito feliz de estar nesse lugar com pessoas tão importantes. Estou<br />
emocionado e satisfeito por depois de tantos anos de trabalho junto a minha<br />
família conseguirmos conquistar esse prêmio”, destacou Leandro Bianchini<br />
Serafin, CEO da Brasil Tropical Pisos. Quem fez a entrega da placa foi Rafael<br />
Mason (à dir.), do CIPEM.<br />
DALCOMAD<br />
A Dalcomad, empresa fundada em 1994 e que desde 2009 atua no setor de<br />
portas, mostrou que com muito trabalho e dedicação novas soluções podem ser<br />
oferecidas ao mercado de portas. Neste ano a Dalcomad conquistou o Prêmio<br />
REFERÊNCIA com o lançamento do Kit Due, novo modelo de kit porta que tem<br />
como grande diferencial selecionar a abertura da porta, para a direita ou para a<br />
esquerda, no momento da instalação. A empresa apresenta esse modelo como<br />
uma maneira de facilitar o trabalho do varejista e do consumidor final, uma vez<br />
que otimiza o estoque e tem montagem simples.<br />
Rogério Dalgallo, sócio e diretor da Dalcomad, valorizou a equipe de funcionários<br />
da empresa por conseguir fazer do Kit Due uma realidade. “Dedico esse<br />
prêmio aos colaboradores da Dalcomad. Nos últimos 4 anos eles acreditaram<br />
em uma ideia diferente, que nossos clientes pediam e conseguimos desenvolver<br />
o kit porta pronto”, salientou Rogério, que recebeu das mãos do presidente da<br />
ABIMCI, Juliano Vieira de Araujo (à esq.), a placa comemorativa.<br />
FRANCIO SOLUÇÕES FLORESTAIS<br />
A Francio Soluções Florestais oferece serviços de consultoria e treinamentos<br />
na área de silvicultura e agrosilvicultura. O crescimento da empresa<br />
é continuo e seu trabalho contribui diretamente para que a produção de floresta<br />
plantada alcance os melhores resultados na colheita. A Francio Soluções<br />
Florestais trabalha baseada em dados e ciência para levar aos seus clientes<br />
planos estratégicos e mensuráveis. O Prêmio REFERÊNCIA <strong>2021</strong> conquistado<br />
pela empresa destaca o trabalho dedicado a fazer o setor florestal mais forte,<br />
trazendo as melhores soluções técnicas para atingir os melhores resultados de<br />
produtividade.<br />
Pedro Francio Filho, proprietário da Francio Soluções Florestais, realçou a<br />
história da empresa e a importância dos clientes para a conquista do prêmio.<br />
“Essa conquista é fruto de um sonho iniciado há mais de 15 anos, de uma jornada<br />
muito longa focada em produtividade. Esse prêmio não é nosso, é dos<br />
nossos clientes”, apontou Pedro. Fabiana Tokarski, da REFERÊNCIA foi a responsável<br />
por fazer a entrega da placa.<br />
50 www.referenciaflorestal.com.br
MADEPLANT FLORESTAL LTDA<br />
O trabalho da Madeplant <strong>Florestal</strong> Ltda começou há 15 anos, no Mato<br />
Grosso do Sul, onde a empresa tem sua sede. Oferecendo serviços de plantio<br />
e manutenção de florestas de eucalipto, colheita mecanizada, produção de<br />
biomassa, coleta e transporte de cavacos e consultoria para elaboração de<br />
projetos, a empresa executa o ciclo completo, que vai do plantio ao processamento<br />
da madeira. Em <strong>2021</strong> a Madeplant <strong>Florestal</strong> Ltda realizou grandes investimentos<br />
em maquinários e equipamentos para a produção de biomassa,<br />
atingindo produção média de 110 mil t/h (toneladas por hora).<br />
Renan Simões, diretor executivo da Madeplant <strong>Florestal</strong> Ltda, tratou<br />
a conquista do prêmio como um sonho realizado. “Na Madeplant sempre<br />
dissemos que quem não sonha não realiza, quem não ousa não conhece<br />
seus limites. Nosso sonho acontece e se torna palpável no momento em que<br />
recebemos nosso primeiro prêmio em nível nacional”, frisou. Renan (à dir.)<br />
recebeu a placa de Diego Ricardo Vieira, da DRV Ferramentas.<br />
MADFREITAS<br />
A Madfreitas está no setor madeireiro desde 2003 produzindo vigas, caibros,<br />
pranchas para cobertura, decks, assoalhos, batentes e tábuas. A empresa<br />
sediada em Nova Maringá (MT), trabalha exclusivamente com madeiras procedentes<br />
de manejos sustentáveis e reservas legais para atender clientes no<br />
sudeste e centro-oeste do país. A empresa recebeu grande destaque pelo empenho<br />
na realização de treinamentos, investimento em equipamentos e pelas<br />
boas práticas pregadas e garantidas no trabalho, colocando sempre a floresta<br />
em primeiro lugar.<br />
Claudinei Melo Freitas (à dir.), reforçou o empenho ambiental da empresa<br />
em todas as atividades. “Para nós a madeira é subproduto, o produto principal<br />
é a manutenção da floresta em pé. Somos guardiões da floresta e estamos<br />
inseridos na bioeconomia, aproveitando tudo que a madeira pode oferecer”,<br />
reforçou Claudinei, que recebeu o prêmio das mãos de Valdinei Bento dos Santos,<br />
do CIPEM.<br />
MM WOOD BRAZIL EXPORTAÇÃO DE MADEIRA<br />
A madeira serrada brasileira tem alta qualidade e está ganhando o mundo<br />
através das exportações. A MM Wood Brazil trabalha há mais de 10 anos no setor<br />
madeireiro e há dois passou a operar exclusivamente com a negociação de<br />
madeira para o exterior. O trabalho ávido e com planos de rápido crescimento<br />
fizeram a empresa conquistar clientes na Ásia, Europa e México. Para 2022<br />
já existem planos de levar a madeira serrada para os EUA (Estados Unidos da<br />
América). O Prêmio REFERÊNCIA <strong>2021</strong> é o reconhecimento pelo trabalho e pela<br />
ambição de toda equipe da MM Wood Brazil.<br />
Felipe Macedo (à esq.), sócio e diretor da MM Wood Brazil, destacou o<br />
rápido crescimento da empresa. “Começamos nossas atividades de exportação<br />
em meio a pandemia e hoje estamos sendo reconhecidos em meio a empresas<br />
já consagradas no mercado. Agradeço especialmente ao meu pai, minha esposa<br />
e meu sócio, que tanto tem feito para nossa empresa crescer”, celebrou Felipe,<br />
que recebeu a placa do prêmio das mãos de Pedro Bartoski Jr., da REFERÊNCIA.<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
51
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
TERRA SOL MADEIRAS ECOLÓGICAS<br />
A Terra Sol Madeiras Ecológicas atua há quase 20 anos e é especializada<br />
em madeiras ecológicas para construção civil, atua na fabricação de painéis<br />
colados e construção modular. A empresa conquistou o Prêmio REFERÊNCIA<br />
<strong>2021</strong> pelo lançamento do Mod House, método de construção ágil, seco,<br />
eficiente e baseado em sistemas modulares, que otimizam a produção e<br />
construção das casas. A arquitetura contemporânea do Mod House combina<br />
os fatores já citados a um excelente sistema de isolamento termo-acústico e<br />
estrutura interna que só a madeira pode oferecer.<br />
“Com o Mod House nós conseguimos ajudar a desmistificar a história<br />
de que casa de madeira não é legal. É uma forma de construção limpa, com<br />
melhor controle financeiro e construções financeiramente viáveis e muito<br />
duráveis ”, enfatiza Thiago Streck Peres (à dir.), sócio e diretor técnico comercial,<br />
sobre o Mod House. Quem fez a entrega da placa foi Everson Stelle, da<br />
Montana Química.<br />
TODESMADE – INDÚSTRIA DE MADEIRAS E ARTEFATOS LTDA<br />
A Todesmade do Grupo Todeschini, se destacou em <strong>2021</strong> por grandes<br />
investimentos e inovação, fatores que o Prêmio REFERÊNCIA valoriza e foram<br />
levados em conta para essa conquista. No início deste ano foi inaugurado um<br />
parque fabril destinado ao processamento dos mais de 10 mil ha (hectares)<br />
de pinus plantados pela empresa no Rio Grande do Sul. Batizado de Projeto<br />
Sinergia, complexo industrial também recebeu uma planta para a produção de<br />
pellets, assim toda a madeira que entra na fábrica, seja como produto final ou<br />
biomassa é aproveitada.<br />
Sidiano Valduga, gerente industrial da Todesmade, deu grande destaque<br />
para a experiência positiva da entrada no setor madeireiro. “Somos muito<br />
fortes no setor moveleiro e aprendemos nesse ano que o setor madeireiro<br />
não é um ramo de negócios e sim uma família, que nos orgulhamos de fazer<br />
parte”, afirmou. Ao lado, Sidiano recebeu de Paulo Pupo, da ABIMCI, a placa<br />
do prêmio.<br />
UNIFLORA COM. DE MADEIRAS<br />
A Uniflora, localizada em Curitibanos (SC), realizou grandes investimentos<br />
para suprir as demandas cada vez mais elevadas de seus clientes. A empresa<br />
fundada em 2011 é especializada na comercialização de madeira serrada<br />
para fabricação de pallets de pinus. A Uniflora fez de <strong>2021</strong> um ano de muito<br />
crescimento no processamento de madeira, para garantir maior eficiência,<br />
velocidade na entrega e produtos com alto padrão já reconhecido e valorizado<br />
por seus clientes.<br />
Diogo Scariot (à esq.), sócio administrador da Uniflora, destacou os investimentos<br />
feitos e os planos para o futuro da empresa. “Hoje já são três<br />
fábricas instaladas e a quarta planta está em construção. Temos em vista um<br />
futuro muito bom e próspero através da madeira”, ressaltou Diogo. Gerson<br />
Penkal foi o responsável por fazer a entrega da placa do prêmio.<br />
52 www.referenciaflorestal.com.br
CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA <strong>2021</strong><br />
Claudinei Melo Freitas e<br />
Maria Marta Freitas<br />
Paulo Souza Dantas Filho, Tyago Mello Correa e<br />
Renan Gonçalves De Moraes Simões<br />
Everson Stelle e Fábio Machado<br />
Frederico Rossi<br />
Thiago Streck Peres e<br />
Marcos Jachimek Flores<br />
Rogério Dalgallo, Andreia Debastiani Dalgallo,<br />
Natalia Dalgallo e Vitoria Dalgallo<br />
Vanessa Leising Serafin, Leandro Bianchini<br />
Serafin, Janaina Thiel e Everton dos Santos<br />
Eduardo Leão<br />
Sidiano Valduga e Célio Sarmento<br />
Rafael Mason<br />
Álvaro Luiz Scheffer Junior e<br />
Fábio Machado<br />
Wilma do Rocio Colaço e<br />
Valdinei Bento dos Santos<br />
Ailson Loper<br />
Giulianna Coutinho Mariani<br />
e Kátia Regina Chagas<br />
Juliano Vieira de Araújo<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
53
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Diego Ricardo Vieira, Diego Ricardo Vieira Filho,<br />
Liliane Cordeiro e Michele Cordeiro<br />
Simone de Almeida Francio,<br />
Pedro Francio Filho e Diego Wantowsky<br />
Paulo Pupo<br />
Ronaldo Macedo e Carlos Queiroz<br />
Felipe Macedo e Daniela Bueno<br />
Gerson Penkal<br />
Marcele Coelho e Fabiana Tokarski<br />
Francisleine Machado, Fábio Machado<br />
e Fernanda Machado<br />
Guilherme Maurer, Paloma Silva,<br />
Cainan Araújo e Crislaine Briatori<br />
Fábio Machado, Francisleine Machado, Camile<br />
Bartoski, Mira Graçano, Pedro Bartoski Neto, Carla<br />
Schittler, Pedro Bartoski Jr. e Fernanda Machado<br />
Diogo Popinhak Scariot, Larissa Souza Francisco e<br />
Domingos Scariot Junior<br />
Pedro Bartoski Neto, Carla Schittler,<br />
Pedro Bartoski Jr. e Camile Bartoski<br />
Claudinei Melo Freitas, Valdinei Bento dos Santos,<br />
Rafael Mason, Leandro Bianchini Serafin<br />
e Frederico Rossi<br />
Michele Cordeiro, Claudinei Melo Freitas, Maria<br />
Marta Freitas e Liliane da Silva Cordeiro<br />
Renan Gonçalves de Moraes Simões, Tyago Mello<br />
Correa, Fábio Machado, Diego Ricardo Vieira, Diego<br />
Ricardo Vieira Filho e Paulo Souza Dantas Filho<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
ESPÉCIE<br />
JATOBÁ<br />
Fotos: divulgação<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
Madeira de alta qualidade e<br />
com DNA brasileiro é ideal para<br />
arquitetura e decoração<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
57
ESPÉCIE<br />
O<br />
Jatobá, conhecido também por jatobá-<br />
-verdadeiro ou jatobazeiro, é uma árvore<br />
frutífera tropical, natural da América Latina,<br />
tendo incidência do Sul do México até<br />
o sul da Floresta Amazônica. Em idade<br />
adulta a espécie alcança em média 40m (metros) de altura<br />
e 2m de diâmetro, embora existam registros de Jatobás<br />
com mais de 90m. Mesmo sendo uma árvore comum<br />
e com presença em toda região tropical das Américas, a<br />
exploração afetou algumas subespécies do Jatobá, que<br />
entraram em risco de extinção.<br />
O motivo da forte exploração é a qualidade da madeira<br />
do Jatobá. Ela tem como principais características<br />
a alta densidade e resistência, sendo utilizada principalmente<br />
em acabamentos internos. O Jatobá é encontrado<br />
em altitudes de 5 até 900m acima do nível do mar e cresce<br />
bem em zonas úmidas com precipitação anual entre<br />
1500 mm (milímetros) e 3000 mm. Essas características<br />
centralizam a presença natural e a possibilidade de produção<br />
do Jatobá em regiões tropicais mais próximas à<br />
linha do Equador.<br />
É uma árvore de crescimento longo e seu corte pode<br />
ser feito a partir de 30 anos do plantio, mas por se tratar<br />
de uma árvore frutífera, a partir do oitavo ano ela já<br />
pode começar a frutificar e gerar os primeiros resultados<br />
do plantio. A coloração da madeira vai do vermelho-alaranjado<br />
ao marrom-avermelhado, ela tem alta resistência<br />
ao ataque de pragas como cupins e fungos e acabamento<br />
de grande valor estético.<br />
Essa é a<br />
característica mais<br />
importante do Jatobá:<br />
nada que a árvore<br />
produz se perde<br />
FINALIDADES<br />
Para os nativos da Amazônia o Jatobá ainda é utilizado<br />
para produção de canoas e, além de seu fruto comestível,<br />
a casca é utilizada como medicamento e a resina da<br />
árvore serve como verniz vegetal, combustível, incenso,<br />
polimento e impermeabilizante. Essa é a característica<br />
mais importante do Jatobá: nada que a árvore produz se<br />
perde.<br />
Outro diferencial que chama atenção é a facilidade<br />
de trabalho da madeira, pois ela pode ser parafusada,<br />
pregada, colada, aplainada sem dificuldades, abrindo um<br />
leque muito grande de possibilidades para seu uso final.<br />
Na construção civil é utilizada em caibros, ripas, vigas e<br />
acabamentos internos. Ainda tem facilidade para receber<br />
tintas ou mesmo ser vernizada a fim de manter usa cor<br />
natural.<br />
Em acabamentos da casa o Jatobá também tem seu<br />
espaço e pode ser visto em portas, janelas, pisos, molduras<br />
e painéis. Para áreas externas o Jatobá pode ser<br />
utilizado para a produção de decks, bancos, cadeiras de<br />
descanso, espreguiçadeiras e pergolados, pois as mudanças<br />
de temperatura e clima não afetam a estrutura da<br />
madeira com facilidade.<br />
O maior destaque do Jatobá é a produção de móveis.<br />
Suas características fazem dela a madeira perfeita para a<br />
fabricação de móveis de luxo, sendo uma das preferidas<br />
de artesãos e arquitetos. O Jatobá recebe atenção para<br />
mobília devido a sua durabilidade: móveis feitos com a<br />
madeira do jatobá são feitos para passar de geração em<br />
geração. Claro, para garantir a durabilidade, é preciso<br />
estar atento à manutenção e cuidados com a estrutura<br />
do móvel. A conservação de móveis de Jatobá é muito<br />
importante para garantir a durabilidade. Não utilize materiais<br />
abrasivos para a limpeza, utilize flanelas macias<br />
para tirar o pó, em caso de sujeiras resistentes, apenas<br />
umedeça a flanela com água morna e deixe secar naturalmente<br />
depois.<br />
58 www.referenciaflorestal.com.br
info@malinovski.com.br<br />
www.showflorestal.com.br<br />
Organização:<br />
Apoio Master:<br />
+55 (41) 9 9924-3993<br />
+55 (41) 3049-7888
CODORNADA<br />
CODORNADA<br />
FLORESTAL <strong>2021</strong><br />
Curitibanos (SC) recebeu a 14ª edição<br />
do evento de fechamento de ano do<br />
mercado florestal<br />
Fotos: Müller/Divulgação<br />
60 www.referenciaflorestal.com.br
O<br />
setor florestal encerra o ciclo de<br />
eventos com o mais importante<br />
encontro de empresários do ramo:<br />
a Codornada <strong>Florestal</strong>. Depois de<br />
uma pausa forçada pelo isolamento<br />
social imposto pela pandemia em 2020, o tradicional<br />
evento do setor madeireiro na região, chega à sua<br />
14ª edição em <strong>2021</strong> e foi realizado no Expocentro de<br />
Curitibanos, nos dias 8 e 9 de dezembro.<br />
No primeiro dia, o evento foi aberto ao público<br />
e foram realizados seminários e exposições de máquinas.<br />
No dia seguinte, quando o evento foi restrito<br />
a convidados, aconteceu o Demo Show, demonstração<br />
de máquinas, onde foi possível acompanhar os<br />
equipamentos em funcionamento em uma área de<br />
demonstração dinâmica. A Codornada <strong>Florestal</strong> foi<br />
encerrada com o tradicional jantar, que contou com<br />
a presença de autoridades públicas municipais, estaduais<br />
e do empresário Luciano Hang.<br />
A Codornada promove todos os anos, um encontro<br />
entre os diversos players do setor florestal, desde<br />
a cadeia produtiva envolvendo madeireiros e donos<br />
de florestas, até a indústria, incluindo empresas do<br />
segmento de fornecimento de equipamentos, serviços<br />
e insumos locais, nacionais e internacionais. Fabio<br />
Calomeno, empresário, idealizador e realizador<br />
da Codornada, destacou a importância da realização<br />
do evento no momento de retomada econômica.<br />
“A Codornada <strong>Florestal</strong> promove um networking<br />
qualificado e uma oportunidade para todos os interessados<br />
conversarem cara a cara após mais de um<br />
ano de encontros essencialmente remotos”, explica<br />
Fabio. O empresário comenta ainda que as expectativas<br />
de empresas presentes e público do evento<br />
foram superadas. “Tivemos 62 expositores, 28 cotas<br />
institucionais adquiridas, superamos 2 mil visitantes<br />
no primeiro dia e mais de 1.200 convidados no jantar”,<br />
celebrou Fabio.<br />
A Codornada tem também um cunho social, já<br />
que toda pessoa que comparece à feira precisa realizar<br />
a doação de dois brinquedos, um para meninas e<br />
outro para meninos. Os brinquedos arrecadados serão<br />
destinados ao Natal de crianças carentes de Curitibanos<br />
(SC) e Ponte Alta do Norte (SC). A 15ª edição<br />
do evento já tem data marcada: 7 e 8 de dezembro<br />
de 2022, e Fabio Calomeno tem planos para aumentar<br />
a oferta. “Já conversamos com autoridades<br />
responsáveis e só para o jantar poderemos ampliar<br />
a lotação em mais 300 pessoas, além de uma área<br />
maior para expositores”, completou Fabio.<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
61
CODORNADA<br />
Andreia Bittencourt, Ricardo Pavin,<br />
Diego Ricardo Vieira, Liliane Cordeiro<br />
Adriano Matos, Rafael Milarch, Sergio<br />
Júnior, Alexandre Falce, Rafael Nanami, Yuri<br />
Boaventura, Vinicius Sbalqueiro, Eriton Rosa<br />
Marcelo Diniz, Olle Melin, Paula Machado,<br />
David Marciano<br />
Amanda Bachiega, Tais Bachiega, Sheila<br />
Bachiega, Fabio Bachiega, Gabriel Bresolin<br />
Alcino Junior, Joel Filho, Luiz Reis<br />
Gustavo Henrique Cesca,<br />
Thiago de Oliveira, Sidnei Kaefer<br />
Thais Ribas, Dalmir Gattermann,<br />
Thiago Palumbo, Raphael Ribas,<br />
Raul Garcia, Gerson Silveira<br />
Maurício Busato, Caio Tortato, Heuro<br />
Tortato, Levi Tavares, Gabriel Ritterburch,<br />
Miguel Berezanski, José Augusto Pavelski,<br />
Marlos Fauth<br />
Valmir José Stolf, Rubens dos Santos,<br />
Marcos Stahnke<br />
Tivemos 62 expositores, 28 cotas institucionais<br />
adquiridas, superamos 2 mil visitantes no primeiro dia e<br />
mais de 1.200 convidados no jantar<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br
Fabrizio Santana, Luan Vargas, Lucas Maia,<br />
Anderson de Souza, Julio Cabral<br />
Gustavo Tavares, Thiago Souza, Eduardo<br />
Küster, Rodrigo Contesini, Evanderson<br />
Marques, Sandro João da Silva, Gustavo<br />
Pereira, Adriano Ribeiro, Cláudio Belarmino<br />
William Barbassa, Camila Araújo,<br />
Ademarice Carvalho<br />
Diogo Pasetti, Leonardo Brignoni, Lucas<br />
Savi, Adriani Oliveira, Giovani Brignoni,<br />
Guilherme Brignoni<br />
Amarildo Borgheson,<br />
Eduardo Rechenberg<br />
Marcelo do Amaral<br />
Presença ilustre<br />
O evento contou com a presença do empresário Luciano Hang, que<br />
conversou com Fábio Machado, diretor comercial da REVISTA REFERÊNCIA,<br />
sobre o mercado da madeira, plantio de florestas e importância do setor para a<br />
economia nacional. Luciano Hang foi presenteado com a edição de novembro de<br />
<strong>2021</strong> da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
63
CAMPO FLORESTAL<br />
NOVOS<br />
PROFISSIONAIS<br />
Colégio no interior do Paraná prepara estudantes para o<br />
mercado florestal e exporta ex-alunos para todo o país<br />
Fotos: divulgação<br />
64 www.referenciaflorestal.com.br
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong> 65
CAMPO FLORESTAL<br />
ACEFEP (Centro Estadual <strong>Florestal</strong> de Educação<br />
Profissional) Presidente Costa e Silva, na<br />
cidade de Irati (PR) é o único colégio público<br />
do Estado, que oferece o curso técnico em<br />
florestas. A escola completou 48 anos em<br />
<strong>2021</strong> e é referência no Brasil na formação de técnicos<br />
para trabalhar na área. O colégio tem uma fazenda-escola,<br />
com 180 ha (hectares), sendo 50 ha de mudas nativas<br />
e outros 60 ha de reflorestamento, para os estudantes<br />
realizarem aulas práticas de reflorestamento, plantio,<br />
produção de mudas, tratamento do solo, poda e desbaste<br />
de árvores.<br />
O curso, primeiro no Brasil, foi implantado no ano<br />
de 1969, no Colégio Estadual Agrícola Augusto Ribas,<br />
localizado em Ponta Grossa (PR). Em 1972, por razões de<br />
ordem técnica, foi transferido para Irati onde continua<br />
funcionando até a presente data. O curso de técnico em<br />
florestas é oferecido em duas modalidades: integrado,<br />
com duração de 3 anos em que o aluno conclui juntamente<br />
ao ensino médio, ou subsequente, feito após a conclusão<br />
do ensino médio e com duração de um ano.<br />
Elisson Girardi, professor e coordenador dos cursos<br />
florestas e agronegócio do CEFEP, destaca que o colégio é<br />
uma referencia nacional e internacional na formação de<br />
profissionais. “Empresas vem de todos os cantos buscar<br />
os profissionais que formamos”, valoriza Elisson. Os resultados<br />
obtidos são frutos do corpo docente, que além de<br />
muito capacitados, tem a possibilidade de aulas práticas,<br />
que deixam o ensino mais próximo da realidade profissional<br />
que os alunos terão ao sair do curso. “Nosso técnico<br />
tem que sair daqui sabendo de toda a cadeia produtiva,<br />
desde fazer leitura de análise de solo, passando pela coleta<br />
de semente, até o trabalho com móveis ou celulose”,<br />
ressalta Elisson.<br />
As aulas práticas são realizadas na escola ou em empresas<br />
parceiras, que oferecem seu espaço ou maquinários<br />
para que os alunos possam aprender na prática como<br />
é o dia a dia de uma empresa florestal. Esse contato com<br />
o mercado de trabalho abre horizontes para os alunos.<br />
“Todos fazem estágio obrigatório nas empresas e já continuam<br />
trabalhando após a conclusão do curso”, celebra<br />
Elisson.<br />
Mariane Pierin Gemin, diretora geral da escola, explica<br />
que a formação do aluno tem grande valor na parte<br />
técnica, mas também em relação a fatores humanos e sociais<br />
na construção social dos estudantes. “Estamos entre<br />
as principais escolas técnicas do Estado e atingimos índice<br />
5,2 no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica),<br />
que supera a meta e a média do Estado para escolas<br />
públicas de ensino médio”, ressalta Mariane.<br />
A diretora comenta que uma das formas mais importantes<br />
para gerar interesse dos alunos para o campo florestal<br />
é a experiência de outros profissionais já atuantes<br />
66 www.referenciaflorestal.com.br
no mercado. “Quando eles voltam à escola reconhecem<br />
a importância do estudo e trazem as novidades da área,<br />
apresentam possibilidades de emprego para os jovens,<br />
que estão concluindo os estudos”, completa a diretora.<br />
PARCEIROS<br />
Um dos parceiros do colégio é a Tecmater, empresa<br />
especializada na produção de EPIs (equipamentos de<br />
proteção individual) para o trabalho agroflorestal, que<br />
há mais de 20 anos é parceira na formação dos alunos.<br />
“Iniciamos a parceria quando antigos diretores nos procuraram<br />
a respeito de informações técnicas sobre EPIs<br />
para o trabalho florestal”, lembra Rafael Franco, diretor da<br />
Tecmater.<br />
Para Rafael, o contato com EPIs, ainda no ensino<br />
técnico, cria no aluno a mentalidade profissional que<br />
ele terá no mercado de trabalho. “O equipamento é<br />
exigência legal e esses alunos vão se formar já sabendo<br />
da obrigatoriedade do uso dos EPIs”, enfatiza Rafael. O<br />
diretor destaca também o valor social do ensino oferecido<br />
pelo CEFEP, que abre oportunidades para que os alunos<br />
mudem de vida. “São 50 anos de trabalho e formação de<br />
mão de obra. Muitos desses alunos saíram de classes mais<br />
humildes e através dos estudos puderam crescer na área<br />
florestal”, destaca Rafael.<br />
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<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
67
LEGISLAÇÃO<br />
NOVAS<br />
OPORTUNIDADES<br />
Fotos: divulgação<br />
MATERIAL TÉCNICO POR:<br />
PAULO HENRIQUE MAROSTEGAN E CARNEIRO<br />
DIRETOR DE CONCESSÃO FLORESTAL<br />
E MONITORAMENTO DO SFB<br />
CRISTINA GALVÃO ALVES<br />
COORDENADORA GERAL DE CONCESSÃO<br />
FLORESTAL DO SFB<br />
JOSÉ HUMBERTO CHAVES<br />
COORDENADOR GERAL DE MONITORAMENTO<br />
E AUDITORIA FLORESTAL DO SFB<br />
68 www.referenciaflorestal.com.br
As concessões florestais da região sul e<br />
o potencial econômico da silvicultura de<br />
espécies nativas do Paraná e Santa Catarina<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
69
LEGISLAÇÃO<br />
M<br />
uito em breve, a Região Sul do Brasil terá<br />
suas primeiras concessões florestais. Isso<br />
porque as FLONAS (Florestas Nacionais)<br />
de Irati (PR), Chapecó (SC) e Três Barras<br />
(SC) foram incluídas no PAOF <strong>2021</strong> (Plano<br />
Anual de Outorga <strong>Florestal</strong>) do SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro),<br />
e sua concessão está sendo estruturada pelo BNDES.<br />
Adicionalmente, foi incluída no PPI (Programa de Parcerias<br />
de Investimentos) do Governo Federal. O projeto tem<br />
como objetivo assegurar a conservação (uso sustentável<br />
e proteção) das florestas públicas, por meio de contratos<br />
firmados com o setor privado, capazes de promover a geração<br />
de benefícios sociais, ambientais e econômicos.<br />
Dessas três FLONAS da região sul, a com maior área<br />
total é a de Três Barras, com 4,3 mil ha (hectares), sendo<br />
2.010 ha sujeitos à concessão florestal. Já a Flona de Irati<br />
tem uma extensão de 3,8 mil ha, dos quais, 1.239 hectares<br />
podem ser concedidos. Em seguida está a Flona de Chapecó,<br />
que dos 1,6 mil ha de área dos quais 461 ha serão<br />
para concessão.<br />
Os três novos projetos somam-se a outros já qualificados<br />
no PPI e buscam desenvolver um novo modelo<br />
de concessão florestal que contribua para a recuperação<br />
da vegetação nativa da Mata Atlântica, considerado o<br />
bioma mais ameaçado do Brasil e com a geração de conhecimento<br />
sobre a silvicultura de espécies nativas. Isso<br />
porque as diretrizes técnicas das concessões das FLONAS<br />
do sul levam em conta substituição de plantios de espécies<br />
exóticas por plantios mistos de espécies nativas da<br />
Mata Atlântica. Dessa forma, ao final da concessão, será<br />
possível realizar o manejo para explorar comercialmente<br />
as espécies nativas plantadas, respeitando a legislação<br />
ambiental e normativas pertinentes à Mata Atlântica, bem<br />
como as regras contratuais dos editais.<br />
70 www.referenciaflorestal.com.br
A concessão das FLONAS do sul será exclusivamente<br />
sobre as áreas de manejo de florestas plantadas de pinus,<br />
araucária e eucalipto. Nas três Florestas Nacionais, o<br />
pinus corresponde a 70% da área plantada. Em seguida a<br />
araucária, com quase 30%, e, em escala muito menor, o<br />
eucalipto 0,4%.<br />
Símbolo do estado do Paraná, a araucária (Araucaria<br />
angustifolia) entrou, em 2016, na Lista Oficial de Espécies<br />
da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, elaborada pelo<br />
Jardim Botânico do Rio Janeiro e aprovada pelo Ministério<br />
do Meio Ambiente, e na lista das espécies ameaçadas de<br />
extinção da IUCN (União Internacional para Conservação<br />
da Natureza, sigla em inglês). Dessa forma, além da conservação<br />
das florestas nativas, o plantio de araucária é de<br />
alta importância e, assim, uma prioridade.<br />
Em síntese, o modelo da concessão contempla a<br />
exploração e retirada inicial das florestas plantadas com<br />
pinus e eucalipto (e manejo da araucária plantada), as<br />
quais contêm valor econômico expressivo ao setor florestal,<br />
consumidor desse tipo de madeira, e a substituição<br />
gradual destas áreas por um novo modelo florestal<br />
sustentável. Este modelo se baseia e está orientado pela<br />
recuperação das áreas com vegetação nativa da Mata<br />
Atlântica, podendo incluir a alternativa de adoção de silvicultura<br />
de espécies nativas regionais.<br />
O valor econômico das novas concessões florestais<br />
deve ser destacado, a partir da composição de diferentes<br />
receitas potenciais com produtos florestais madeireiros<br />
e não madeireiros oriundos das florestas plantadas e do<br />
manejo potencial de seus sub-bosques, nesse último caso<br />
notadamente das florestas com araucária plantada. Importante<br />
ressaltar, ainda, que os usos comerciais de pinus<br />
e eucalipto são os mais variados. Não é exagero afirmar<br />
que a floresta de pinus é multiuso, vez que sua madeira<br />
pode ter como destino desde a indústria de laminação,<br />
para a fabricação de compensados, passando pela indústria<br />
de serrados, móveis e de painéis de madeira (ex.:<br />
MDF, aglomerado), até o setor de papel e celulose e ainda<br />
como biomassa para a geração de energia. Adicionalmente,<br />
destaca-se a possibilidade da extração de resina do<br />
Pinus elliottii e de pinus tropicais, produto de valor agregado<br />
com ampla aplicação na indústria química.<br />
O manejo sustentável da floresta de araucária oferece<br />
madeira de alta qualidade e valor agregado, além de sua<br />
semente (pinhão), produto não madeireiro sazonal com<br />
mercado regional tradicional. No seu sub-bosque, entre as<br />
espécies nativas comerciais, merece destaque a erva mate<br />
(Ilex paraguariensis), com valor no mercado tradicional de<br />
chás e bebidas em parte do Brasil. Outras espécies nativas<br />
com potencial de uso em programas de silvicultura vêm<br />
sendo estudadas por instituições de pesquisa e acadêmicas<br />
nas últimas décadas.<br />
O mesmo pode ser dito sobre o eucalipto, que ocupa<br />
papel importante como matéria-prima no suprimento da<br />
demanda nacional e internacional por produtos florestais<br />
madeireiros e não madeireiros. Como o pinus, seu uso<br />
Dessa forma, além da<br />
conservação das florestas<br />
nativas, o plantio de araucária<br />
é de alta importância e, assim,<br />
uma prioridade<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
71
LEGISLAÇÃO<br />
é bastante variado, com destaque para a indústria de<br />
celulose e papel, e geração de energia, serrados, além da<br />
possibilidade de produção de extrativos para a indústria<br />
farmacêutica, de cosméticos, e têxtil.<br />
O que se verifica é que as concessões das FLONAS<br />
localizadas no sul do Brasil trarão não somente benefícios<br />
ao meio ambiente e social às regiões onde estão localizadas,<br />
mas ao país como um todo, uma vez que seu potencial<br />
econômico é elevado.<br />
Estimativas de estoque de madeira das áreas de manejo<br />
sujeitas à concessão nas três FLONAS, baseadas nos<br />
Planos de Manejo originais (entre 2013-16), apontam<br />
para pouco mais de 2 milhões de m3 (metros cúbicos) de<br />
madeira com as espécies plantadas de Pinus, Eucalipto<br />
e Araucária. Em relação à escala de produção anual de<br />
madeira do Brasil (cerca de 215 milhões de m3 em 2019 –<br />
plantadas e nativas), o volume das FLONAS é de apenas<br />
1%, chegando a pouco mais de 3% da soma dos estados<br />
onde as mesmas se encontram (PR e SC). Regionalmente<br />
e localmente – que é o que importa ao mercado consumidor<br />
devido ao raio econômico de transporte da madeira<br />
–, sua participação tende a ser expressiva, principalmente<br />
para as pequenas e médias indústrias consumidoras de<br />
madeira. No entanto, como se destacou anteriormente, a<br />
contribuição das FLONAS vai além da venda e da comercialização<br />
da madeira ao mercado, destacando a oportunidade<br />
de desenvolvimento de modelos diferenciados de<br />
gestão destas Unidades de Conservação e as contribuições<br />
na geração de modelos de recuperação ambiental e<br />
de silvicultura de nativas que promovam uma verdadeira<br />
mudança e valorização do potencial de uso dos recursos<br />
florestais nativos do sul do Brasil.<br />
72 www.referenciaflorestal.com.br
FLONA DE CHAPECÓ<br />
Localizada nos municípios de Guatambu e Chapecó,<br />
Santa Catarina.<br />
Além dos plantios de Araucária, Pinus e Eucalyptus,<br />
apresenta potencial de produção de produtos não<br />
madeireiros, como pinhão, erva-mate e produção de<br />
sementes.<br />
ÁREA TOTAL: 1.6 mil ha<br />
ÁREA ESTIMADA PARA CONCESSÃO FLORESTAL: 461.1 ha<br />
FLONA DE IRATI<br />
Localizada nos municípios de Fernandes Pinheiro, Imbituva<br />
e Teixeira Soares, Paraná.<br />
É coberta com reflorestamento de Araucária e Pinus, e tem<br />
potencial de produção de produtos não madeireiros, como<br />
resina, erva-mate, pinhão e produção de sementes.<br />
ÁREA TOTAL: 3.8 mil ha<br />
ÁREA ESTIMADA PARA CONCESSÃO FLORESTAL: 1.2 mil ha<br />
FLONA DE TRÊS BARRAS<br />
Localizada no município de Três Barras, Santa Catarina.<br />
É característica da “mata de araucárias”, com potencial<br />
de produção de produtos não madeireiros, tais como o<br />
pinhão, resina e a erva-mate, e possui plantios de Pinus e<br />
Araucária.<br />
ÁREA TOTAL: 4.3 mil ha<br />
ÁREA ESTIMADA PARA CONCESSÃO FLORESTAL: 2 mil ha<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
73
PESQUISA<br />
Avaliação de diferentes<br />
dosagens de fertilizantes<br />
de liberação lenta no<br />
CRESCIMENTO INICIAL<br />
DE PINUS TAEDA<br />
Fotos: divulgação<br />
LEONARDO VESELOSK ELY<br />
UFSC<br />
74 www.referenciaflorestal.com.br
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong> 75
PESQUISA<br />
RESUMO<br />
Aespécie Pinus taeda é uma das espécies de<br />
maior importância do setor florestal brasileiro,<br />
ocupando, apenas em Santa Catarina, cerca<br />
de 600 mil ha (hectares). É frequentemente<br />
plantada em locais com baixa fertilidade,<br />
onde os níveis de nutrientes no solo diminuem ainda mais<br />
com o decorrer dos ciclos de produção, reduzindo o desenvolvimento<br />
de futuros plantios. Dessa forma, o presente<br />
estudo avaliou diferentes dosagens de aplicação do fertilizante<br />
mineral misto (09-30-10) de liberação lenta em plantio<br />
de Pinus taeda localizado no município de Curitibanos<br />
(SC). O experimento foi realizado em DBC (Delineamento<br />
com Blocos ao Acaso), com seis blocos, cada um contendo<br />
25 plantas por tratamento, totalizando 600 árvores e quatro<br />
tratamentos, os quais compreendem: T0 – testemunha,<br />
não fertilizada, T50 – 50 g, T100 – 100 g e T200 – 200 g. Foram<br />
realizadas medições de altura, diâmetro do colo e DAP<br />
(diâmetro à altura do peito) com um, dois e três anos de<br />
idade após o plantio. A partir destas variáveis dendrométricas,<br />
obteve-se o volume das árvores. Os dados obtidos<br />
foram submetidos ao teste não-paramétrico de Friedman,<br />
com o auxílio do programa R Studio. Os melhores crescimentos<br />
foram obtidos pelo tratamento T200, equivalente<br />
a uma aplicação de 333 kg/ha de fertilizante, resultando<br />
Devido ao grande consumo,<br />
tanto no Brasil como no<br />
mundo, os produtos advindos<br />
da madeira do pinus estão em<br />
crescente valor de mercado<br />
nos últimos anos<br />
76 www.referenciaflorestal.com.br
uma altura aos 3 anos de idade de 5,3m (metros), ~0,7m e<br />
significativamente superior à testemunha (4,6m). Em termos<br />
de volume individual, observou-se 0,146m³ (metros<br />
quadrados) no T200 e 0,114 m³ na testemunha, uma diferença<br />
equivalente a 28%. Não foram observadas diferenças<br />
significativas para o diâmetro de colo e à altura do peito.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Atualmente, o Brasil possui aproximadamente oito<br />
milhões de ha de florestas plantadas produtivas (Barros,<br />
2018). Segundo a IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), o<br />
PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 1,1% no ano<br />
de 2018, no entanto, o setor de florestas plantadas obteve<br />
um acréscimo de 13,1%, destacando-se em comparação<br />
a outros importantes setores, como o da agropecuária<br />
que evoluiu 0,1% e serviços 1,3%. As grandes exportações<br />
auxiliam no elevado e indústrias crescimento do setor,<br />
impulsionadas principalmente pelo bom desempenho no<br />
mercado externo da celulose, no qual o Brasil encontra-se<br />
como maior exportador mundial (IBÁ, 2019).<br />
Como resultado uma pequena importação e alta<br />
exportação, principalmente de celulose e madeira serrada,<br />
combinado com o aumento do preço das vendas,<br />
o segmento obteve saldo positivo na balança comercial,<br />
alcançando um valor de US$ 11,4 bilhões. O setor mantém<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
77
PESQUISA<br />
valores constantemente crescente, obtendo aumento<br />
de 12,3% desde 2012. Dessa forma, o setor impulsiona a<br />
economia nacional com um PIB (Produto Interno Bruto) setorial<br />
de R$ 86,6 bilhões, representando cerca de 6,9% do<br />
PIB industrial e 1,3% do PIB brasileiro (IBÁ, 2019).<br />
A madeira do pinus é utilizada como matéria-prima<br />
para diferentes áreas industriais, laminação, serraria, papel<br />
e celulose, chapas, geração de energia, entre outras<br />
(Shimizu, 2008). Além disso, madeireiros podem obter a<br />
madeira de pinus, não é o caso da resina. Devido ao grande<br />
consumo, tanto no Brasil como no mundo, os produtos<br />
advindos da madeira do pinus estão em crescente valor de<br />
mercado nos últimos anos (Ambiente <strong>Florestal</strong>, 2017).<br />
Apesar da importância e aumento do consumo dos<br />
produtos dessa espécie, ainda há lacunas no conhecimento<br />
sobre os fatores que influenciam no seu crescimento<br />
e produção, dificultando o surgimento de novas técnicas<br />
e melhorias para aumento da produtividade. Além disso,<br />
dificilmente são utilizados fertilizantes nas espécies do<br />
gênero, devido ao conhecimento popular de que possuem<br />
boa utilização de recursos nutricionais, criando uma falsa<br />
impressão de que não necessitam de fertilização (Moro,<br />
2013).<br />
No entanto, de acordo com o mesmo autor, levando<br />
em conta processos de lixiviação, processos erosivos naturais,<br />
exportação de nutrientes através de desbastes e corte<br />
raso, juntamente com a falta de cuidados com a fertilidade<br />
do solo, ocorre o aceleramento do empobrecimento da<br />
fertilidade química do solo, ocasionando perdas significativas<br />
na produtividade dos plantios seguintes.<br />
De acordo com o Manual de Adubação e Calagem<br />
(2016), a cultura do pinus necessita de uma saturação de<br />
bases de no mínimo 65% para um crescimento considerado<br />
normal. Além disso, solos com pelo menos 5% de matéria<br />
orgânica e 60% de argila, contribuem para que dispense<br />
ou reduza a necessidade de aplicação de fertilizantes.<br />
Em análises feitas em Cambará do Sul (RS), Vogel<br />
(2005) analisou os efeitos de diferentes doses de N, P e<br />
K no crescimento inicial de Pinus taeda aos 19 meses,<br />
apresentando resultados significativos para utilização de<br />
78 www.referenciaflorestal.com.br
Solos com pelo menos 5%<br />
de matéria orgânica e 60%<br />
de argila, contribuem para<br />
que dispense ou reduza a<br />
necessidade de aplicação<br />
de fertilizantes<br />
fósforo, evidenciando a importância do nutriente. Já na Faculdade<br />
Assis Gurgacz - FAG - (PR), Neto (2009) objetivou<br />
avaliar efeitos de diferentes doses de fertilizante de liberação<br />
lenta na produção de Pinus taeda L., também em fases<br />
iniciais, resultando em estatísticas diferentes para diâmetro<br />
do caule, altura e massa seca da parte aérea (g).<br />
Tendo em vista que o ciclo de produção das espécies<br />
florestais é longo, a obtenção de acréscimo no desenvolvimento<br />
e crescimento durante os primeiros anos das<br />
mudas, quando as plantas estão mais susceptíveis a condições<br />
adversas do campo, pode reduzir consideravelmente<br />
o tempo do ciclo do plantio. Desse modo, antecipa-se o<br />
retorno financeiro e a disponibilização da área para uma<br />
nova plantação, além de diminuir a taxa de mortalidade do<br />
plantio florestal, justificando a realização de estudos relacionados<br />
a produtividade da espécie Pinus taeda durante<br />
seu período inicial (Berguer, 2010).<br />
Essa é uma versão parcial do estudo, a versão completa<br />
pode ser acessada no link: https://repositorio.ufsc.<br />
br/handle/123456789/228494<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
79
AGENDA<br />
AGENDA2022<br />
India Wood<br />
Data: 24 a 28<br />
Local: Bangalore, India<br />
www.indiawood.com/home<br />
Dubai Woodshow<br />
Data: 15 a 17<br />
Local: Dubai (EAU)<br />
www.woodshowglobal.com/dubai<br />
FEVEREIRO<br />
2022<br />
MARÇO<br />
2022<br />
MAR<br />
2022<br />
DUBAI WOODSHOW<br />
A feira Dubai International Wood and Wood Machinery<br />
Show reúne anualmente os produtores de<br />
madeira, distribuidores, empreiteiras e comerciantes,<br />
em uma feira altamente especializada. A Dubai<br />
International Wood and Wood Machinery Show,<br />
apresenta as últimas inovações, maquinários e ferramentas<br />
para trabalhar e moldar a madeira.<br />
Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />
EXPOFOREST 2022<br />
Data: 6 a 10<br />
Local: Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)<br />
https://fexpocruz.com.bo/expoforest/<br />
ABRIL<br />
2022<br />
MAI<br />
2022<br />
SHOW FLORESTAL<br />
Com data remarcada, Três Lagoas (MG) receberá a feira<br />
florestal dedicada à indústria do eucalipto. A cidade<br />
que é a principal produtora de eucalipto do Brasil vai<br />
ser o palco do Show <strong>Florestal</strong>, evento nacional que<br />
vai apresentar novidades, equipamentos e soluções<br />
florestais. O evento visa colocar a região centro-oeste<br />
como vitrine do setor florestal brasileiro em 2022.<br />
80 www.referenciaflorestal.com.br
AGENDA2022<br />
MAIO<br />
2022<br />
Show <strong>Florestal</strong><br />
Data: 24 a 26<br />
Local: Três Lagoas (MG)<br />
www.showflorestal.com.br<br />
inovação tecnológica<br />
A TPH Forest destaca-se na<br />
fabricação de grua florestal,<br />
garras, estruturas florestais<br />
e Mini Skidder<br />
JUNHO<br />
2022<br />
www.tphforest.com.br (49) 99915-9658<br />
Av. José Bressan, 860 - Centro | Riqueza/ SC +55 (49) 3675-0195<br />
WoodEX for Africa 2022<br />
Data: 7 a 9<br />
Local: Joanesburgo (África do Sul)<br />
www.woodexforafrica.com<br />
JULHO<br />
2022<br />
ASSINE AS PRINCIPAIS<br />
REVISTAS DO SETOR<br />
E FIQUE POR DENTRO<br />
DAS NOVIDADES!<br />
INFORMAÇÃO<br />
A ALMA DO NEGÓCIO!<br />
AFRIWOOD Ethiopia 2022<br />
Data: 7 a 9<br />
Local: Adis Abeba (Etiópia)<br />
www.expogr.com/ethiopia/afriwood/<br />
index.php<br />
FLORESTAL INDUSTRIAL PRODUTOS<br />
BIOMAIS<br />
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<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
81
Foto: divulgação<br />
ESPAÇO ABERTO<br />
Futuro das<br />
ATIVIDADES<br />
Por Alexandre Reis,<br />
Contador pela Universidade Presbiteriana<br />
Mackenzie, tem MBA em Administração e<br />
Head de Soluções de Decision Services da<br />
TransUnion Brasil<br />
A importância da eficiência<br />
operacional para a<br />
transformação digital das<br />
empresas<br />
Atransformação digital não só mudou a forma<br />
como vivemos o nosso cotidiano, mas, também<br />
o modo como as empresas e serviços são criados.<br />
A eficiência operacional completa essa jornada,<br />
sendo o objetivo de muitas companhias,<br />
pois ajuda a reduzir custos desnecessários, diminuir processos<br />
e aumentar a receita, o que resulta em ganho de escala.<br />
Há empresas que já nascem eficientes, a exemplo de<br />
seguradoras e instituições financeiras, que usam da inovação<br />
e tecnologia desde a sua concepção. Muitas outras, como<br />
indústrias e atacados, estão no meio dessa transição, ainda<br />
demandando alguns trabalhos manuais. Na base da pirâmide<br />
estão as empresas que precisam de muita mão de obra e<br />
uma grande quantidade de funcionários para realizarem seus<br />
processos.<br />
No dia a dia de uma companhia, todos os setores precisam<br />
realizar troca de dados. Geralmente isso é feito por<br />
meio de diversas plataformas e serviços, o que acaba gerando<br />
um gasto excessivo de tempo com funções simples. Na<br />
procura por exercer um trabalho escalável, encontram-se<br />
soluções tecnológicas que facilitam o cotidiano e reduzem<br />
o tempo gasto em tarefas de alto volume. Esse é um dos<br />
pontos onde a transformação digital se une à eficiência operacional.<br />
O objetivo é conseguir ligar diversos dados que estão<br />
espalhados pela empresa e mapeá-los a fim de obter uma<br />
tomada de decisão mais eficiente. Por exemplo, no departamento<br />
de compras de uma indústria é necessária a análise<br />
de fornecedores, checagem detalhada de todas as informações,<br />
verificação de restrições que possam impedir a companhia<br />
de realizar negócios... Enfim, um processo que pode<br />
demorar horas ou até dias para ter uma avalição completa. O<br />
investimento em plataformas inteligentes agiliza processos e<br />
dá escala aos negócios.<br />
A transformação digital veio como um agente catalisador,<br />
que acelerou a dinâmica dos negócios. Mesmo em empresas<br />
que não conseguem automatizar todos os seus processos, já<br />
que as máquinas não conseguem replicar 100% dos passos, é<br />
possível trazer eficiência em atividades específicas. Redução<br />
de tempo de análises manuais, geração de escalas e diminuição<br />
de erros são processos que, automatizados, geram um<br />
impacto extremamente positivo.<br />
Há alguns anos, quando uma instituição queria implementar<br />
um novo processo ou uma nova política de crédito,<br />
por exemplo, começava de forma manual. Testava e colocava<br />
em produção algumas bases de dados, avaliava o resultado<br />
mais interessante e, a partir dali, estudava formas de aprimoração<br />
e conclusão mais ágil. Atualmente, todos esses passos<br />
são otimizados desde o início, por meio de ferramentas e<br />
serviços digitais que mostram os resultados logo no começo<br />
da operação.<br />
O que faz uma empresa crescer não é só o número de<br />
clientes subir e sim encontrar maneiras excelentes de fazer<br />
cada uma das etapas. Otimizar o tempo e ganhar eficiência<br />
em atividades diárias é o que diferencia uma corporação de<br />
sucesso das demais. Não há competitividade de mercado<br />
sem a eficiência operacional.<br />
82 www.referenciaflorestal.com.br
Novo sistema de medição de<br />
comprimento ainda mais preciso;<br />
Novo projeto de chassis, mais<br />
robusto, maior durabilidade;<br />
Novos cilindros das facas de<br />
desgalhe;<br />
Pinos substituíveis do Link,<br />
simplificando sua manutenção;<br />
Novo acesso ao ponto para<br />
lubrificação, mais segurança na<br />
manutenção;<br />
Nova geometria da caixa da serra,<br />
que propicia um ciclo de corte mais<br />
rápido com menor lasque da<br />
madeira;<br />
Anéis trava ajustáveis no conjunto<br />
de medição do diâmetro, que<br />
estendem a durabilidade dos<br />
componentes.<br />
Serviço: (41) 2102-2881<br />
Cabeçote: (41) 2102-2811<br />
Peças: (41) 2102-2881<br />
(41) 9 8856.4302<br />
Pinhais-PR: Rua Alto Paraná, 226 - Sala 02<br />
(41) 9 9232.7625<br />
Butiá-RS: Av. Perimetral Sargento Fermino Peixoto da Silva, 181<br />
(41) 9 9219.3741 Caçador-SC: Rua Victor Meireles, 90 • NOVA SEDE<br />
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