Fotografia Nosso Bem Estar • Nº 219 • Dezembro <strong>2021</strong> • 6 Bem guardadas Como estão seus arquivos de fotos nesses tempos digitais? Conheça as dicas de uma especialista para manter seu acervo seguro. Álbuns de fotografia são coisas do passado? Não necessariamente. Segundo a organizadora de fotos digitais e impressas, Cristina Muller, o importante é manter o acervo de fotos bem organizado, seguro e acessível. Formada em Administração, Cristina sempre teve uma boa relação com a tecnologia, procurava e utilizava ferramentas que facilitassem a sua vida. Rapidamente descobriu nisso um talento próprio não muito comum na geração analógica ainda em transição para o mundo digital. Na esteira das novas profissões até pouco tempo inimagináveis, Cristina fez ADOBE STOCK/<strong>NBE</strong>
7 • Nº 219 • Dezembro <strong>2021</strong> • Nosso Bem Estar 5 dicas básicas para organizar minimamente seus acervos de imagens 1. Reúna tudo em um só lugar. 2. Exclua fotos repetidas, desfocadas, prints (capturas de tela) e outras que não são importantes. 3. Categorize conforme sua necessidade: crie pastas como aniversários, viagens, família... 4. Salve em local seguro. De preferência em mais de um local, nuvem e HD externo, por exemplo. Mantenha o backup sempre atualizado. 5. Repita o processo ao menos uma vez por mês. cursos, se formou como photo-organizer (organizadora de fotos) e passou a prestar serviços na área. “Percebi o quanto eu poderia ajudar organizando todas essas informações e imagens, deixando à disposição de forma clara e segura para o acesso fácil quando necessário”, diz. O trabalho consiste em reunir todos os arquivos digitais, sejam eles fo- Cristina Muller orienta para que algumas fotos sejam impressas, colocadas em álbuns convencionais, ou transformadas em foto livro. tos ou documentos, categorizá-los por temporalidade ou conforme a necessidade do cliente, identificar arquivos duplicados, salvar em local seguro e orientar sobre como manter essa organização. O atendimento pode ser presencial, na casa ou escritório, ou mesmo remoto. Neste caso, o cliente disponibiliza o acervo em HD externo ou em um endereço na nuvem. Em ambos os casos ela mantém consultas ao cliente para alinhamento durante todas as etapas do processo de seleção. O orçamento do serviço é feito com base na quantidade de dados que o cliente possui. Nesse contato estreito com as imagens, a organizadora de fotos vai identificando a trajetória de uma vida, conhecendo os filhos desde pequenos, as datas comemorativas, as viagens... “Chega uma hora que já me sinto parte da família”, brinca. NO CELULAR A maioria das fotos, hoje, estão em celular. Muitas pessoas não têm computador e, se não mantiverem um backup adequado, correm o risco de perder todos os registros em caso de roubo ou avaria do aparelho, por exemplo. A photo-organizer sugere que, no caso de as fotos estarem no celular, e- -mails, redes sociais e locais que podem ser acessados pelo celular, sejam utilizados os serviços de armazenamento em nuvem oferecidos pela própria operadora de telefonia para que fiquem seguros. “Pode-se organizar os arquivos lá mesmo. Dá um pouco mais de trabalho, mas pode ser feito”, observa. Ela recomenda sempre fazer uma seleção prévia e manter no arquivo as melhores imagens. “Com as facilidades de celulares com câmeras, uma quantidade absurda de fotos são tiradas, muitas repetidas, borradas, sem foco, e vários prints de telas são guardados. Além de tomarem um espaço considerável, criam uma missão impossível na hora de encontrar uma foto específica ou um documento importante.” Cristina Muller também orienta para que algumas fotos sejam impressas, colocadas em álbuns convencionais, ou transformadas em foto livro, quando as imagens revelarem temas importantes, como, por exemplo, vida do bebê, vida do casal ou mesmo viagens específicas, entre outras preferências. ADOBE STOCK/<strong>NBE</strong> Fotografia além do registro Não lembro exatamente quando senti que a fotografia era mais que um hobby, mas sei que toda vez que fotografo é porque aquele momento me causou sensibilidade. Na insegurança de postar as fotos que me tocavam, mas que eu achava que não fosse ter o mesmo impacto nas outras pessoas, criei um Instagram anônimo que, mais tarde, abri para os mais próximos até ganhar a segurança de assumir que ele é meu. O @euviecliquei nasceu porque os meus registros transbordavam de forma tão espontânea de ver, sentir e clicar, que eu precisei colocar para fora, precisei postar. A grande maioria das fotos não são pensadas, elas simplesmente acontecem num espaço muito rápido, como quando sentimos aquele frio na barriga, sabe?! A gente não tá esperando sentir, mas acontece mesmo tentando evitar. Acredito que a fotografia é a minha identidade, o que faz com que eu vá me mostrando aos poucos, porque em cada registro tem muito de mim! Por amar tanto a fotografia, venho buscando me especializar através de cursos, tenho praticado registros espontâneos - os meus preferidos - com a minha família e amigos, na expectativa de um dia pode dizer aquela frase batida, mas desejada: faça o que você gosta e não precisará trabalhar um dia sequer!” “Luana Funck é fotógrafa por amor e dom, criou a página @euviecliquei no Instagram para compartilhar a sensibilidade do seu olhar, eternizando as sensações que sentiu ao clicar. Por trás de cada foto tem uma lembrança. Quer eternizar a tua lembrança também? Vem aqui no @euviecliquei”