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RevistaTOP100 2021

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Os<br />

Maiores<br />

Distribuidores<br />

do Aftermarket em Portugal<br />

EDIÇÃO<br />

<strong>2021</strong><br />

n.º 7 | Ano: <strong>2021</strong> | Periodicidade: Anual | €20<br />

UMA EDIÇÃO


Esforço e<br />

DIRETOR<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

DIRETOR COMERCIAL<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

resiliência<br />

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Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

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António Valente<br />

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© Copyright Nos termos legais em vigor,<br />

é totalmente interdita a utilização ou a reprodução<br />

desta publicação, no todo ou em<br />

parte, sem a autorização prévia e por escrito<br />

da Revista TOP 100<br />

IMPRESSÃO<br />

Lisgráfica – Impressão e Artes Gráficas, S.A.<br />

Rua Consiglieri Pedroso, n.º 90, Casal<br />

de Sta. Leopoldina, 2730 - 053 Barcarena<br />

Tel: 214 345 444 | Fax: 214 345 494<br />

N.º de Registo na ERC: 127197<br />

Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

EDIÇÃO<br />

AP COMUNICAÇÃO<br />

www.apcomunicacao.com<br />

Propriedade // João Vieira<br />

Email // geral@apcomunicacao.com<br />

Consulte o Estatuto Editorial no site:<br />

www.jornaldasoficinas.com<br />

Em 2020, apesar dos desafios colocados pela pandemia e pela conjuntura económica<br />

desfavorável em alguns setores de atividade, o aftermarket conseguiu reagir e afirmar-se<br />

como um setor dinâmico, maduro e resiliente, resistindo exemplarmente ao impacto do<br />

Covid-19. No geral, caiu 5% em relação a 2019, com as empresas a conseguir manter<br />

a atividade sustentável, não se registando falências ou incumprimentos por parte das<br />

organizações ligadas ao aftermarket.<br />

No meio do caos, se algo houve que a pandemia trouxe de bom foi a aceleração da transição digital das<br />

empresas. Apostar na formação e capacitação de pessoas, ao mesmo tempo que se faz o upgrade digital<br />

das empresas são a prioridade. A digitalização será crucial para maximizar a mais-valia da empresa para<br />

os seus clientes. Internamente, também permitirá melhorias radicais na qualidade e simplicidade dos<br />

processos empresariais, permitindo que os funcionários sejam ainda mais eficazes e foquem a sua atenção<br />

para melhor apoiar os clientes ou gerar mais inovação. O digital estará em todo o lado, para criar uma<br />

melhor experiência ao cliente, permitir uma mobilidade mais inteligente e para melhorar a cadeia de<br />

valor do mercado pós-venda.<br />

Por outro lado, a mudança das expetativas e comportamentos das novas gerações de clientes obriga a<br />

oficina a repensar as formas de comunicar, que devem ser mais digitais, sem nunca esquecer a importância<br />

do contato pessoal e relacionamento físico com o cliente. A rápida expansão do software tem impacto nas<br />

necessidades de serviço e requer know-how técnico, que deve ser desenvolvido e utilizado no terreno já<br />

hoje em dia. A era em que as oficinas se voltam sistematicamente para os seus canais exclusivos de compra<br />

de peças para automóveis está a mudar. Olhando para o futuro, os canais online serão provavelmente<br />

integrados em cada dimensão da cadeia de valor do mercado pós-venda.<br />

A Revista TOP 100, através da publicação dos rankings dos maiores distribuidores do Aftermarket, tem<br />

acompanhado a evolução deste mercado e dado voz aos seus protagonistas. Pelo sétimo ano consecutivo,<br />

voltamos a reconhecer e a premiar os melhores distribuidores do aftermarket, na tradicional Gala TOP<br />

100, que este ano conseguimos realizar em formato presencial, ganhando assim mais protagonismo junto<br />

dos players do mercado. Um evento que reuniu os maiores operadores do setor num ambiente com muito<br />

glamour e boa disposição. Momentos de confraternização e convívio no cenário magnífico da Quinta das<br />

Lágrimas, em Coimbra. O apoio e a confiança dos patrocinadores tem-nos permitido manter a gala num<br />

patamar elevado, que nos enche de orgulho e nos motiva a querer tornar este evento cada vez melhor. A<br />

organização da VII Gala TOP100 responde em absoluto à nossa maneira de estar no mercado e à forma<br />

como gostamos de acrescentar valor ao setor. É este, de resto, o compromisso que assumimos com os leitores<br />

e os players que, desde o início, confiam no nosso trabalho.<br />

Para além da reportagem completa do evento com fotos dos premiados, voltamos a publicar muita informação<br />

útil sobre estatísticas e dados do mercado, assim como as habituais reportagens aos principais players do<br />

setor. Histórias de sucesso de organizações que se destacam pela qualidade dos produtos que comercializam,<br />

bem como pela estratégia com que se afirmam no mercado.<br />

O desempenho das empresas do setor, apesar de todos os condicionalismos causados pela pandemia, reflete<br />

a grande capacidade de adaptação destas empresas a cenários imprevisíveis e caóticos como os que temos<br />

vivido nos últimos meses. Por isso acreditamos que o aftermarket vai continuar a crescer e a revista TOP<br />

100 irá acompanhar esse crescimento. ◆<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

03


ÍNDICE<br />

08 Reportagem<br />

VII GALA TOP 100<br />

19 Os maiores distribuidores<br />

de peças para ligeiros<br />

28 Os maiores distribuidores<br />

de peças para pesados<br />

32Os maiores distribuidores<br />

de Equipamentos<br />

36 Os maiores distribuidores<br />

de repintura<br />

40 Os maiores distribuidores<br />

de pneus<br />

Mercado Balanço<br />

44 Peças para ligeiros<br />

50 Peças para pesados<br />

54 Equipamentos<br />

58 Pneus<br />

62 Repintura<br />

66<br />

Entrevista<br />

Sylvia Gotzen<br />

Diretora Executiva da FIGIEFA<br />

74<br />

MVBER<br />

Que futuro para o aftermarket?<br />

Em 2023 será lançado um novo MVBER,<br />

o regulamento que estabelece as<br />

normas de funcionamento do comércio<br />

e reparação automóvel. Até lá,<br />

a Comissão Europeia e Associações<br />

do setor, analisam e avaliam os dez anos<br />

de funcionamento deste regulamento,<br />

com o objetivo de o renovar e atualizar<br />

para os novos desafios do aftermarket<br />

78<br />

“Fit for 55”<br />

Roteiro para a<br />

descarbonização<br />

Com a meta da neutralidade carbónica<br />

na Europa estabelecida pelo Green Deal<br />

até 2050, a Comissão Europeia revelou<br />

recentemente o pacote legislativo<br />

«Fit for 55», que vem regulamentar<br />

a redução prevista das emissões<br />

de gases com efeitos de estufa<br />

em pelo menos 55% já até 2030<br />

88 McKinsey<br />

VE- Conceito de mobilidade<br />

em mudança<br />

98 ACAP<br />

Avaliação Políticas de<br />

Promoção VE na Europa<br />

104 Roland Berger<br />

Distribuidores<br />

de peças aftermarket<br />

112 GFK<br />

Lubrificantes e Pneus<br />

116 IF4<br />

Caracterização do mercado<br />

oficinal em Portugal<br />

118 dpai<br />

Observatório Pós-Venda<br />

Automóvel<br />

124 roland berger<br />

Domínio da eletrónica<br />

nos automóveis atuais<br />

128 mercado<br />

O fim dos motores<br />

a combustão e impacto<br />

nas oficinas<br />

132 mercado<br />

Os segredos da condução<br />

autónoma<br />

134 empresas top 100<br />

Reportagem aos líderes de<br />

mercado das categorias:<br />

Peças veículos ligeiros;<br />

Peças veículos pesados;<br />

Equipamentos;<br />

Repintura;<br />

Pneus.<br />

04 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

VII GALA TOP 100<br />

Memorável!<br />

Já lá vão sete anos que realizamos a Gala TOP 100, que tem como principal objetivo premiar os<br />

melhores distribuidores de peças para ligeiros, pesados, equipamentos, repintura e pneus. Este<br />

ano não fugiu à regra, e voltámos a entregar os merecidos troféus num evento memorável<br />

No dia 5 de novembro, todos os caminhos<br />

foram dar à Quinta das<br />

Lágrimas, em Coimbra para assistir<br />

à VII Gala TOP 100. Para nós,<br />

é sempre um desafio, mas também<br />

uma alegria planear e preparar esta Gala. Todos<br />

os anos, damos o nosso melhor, para oferecer ao<br />

mercado um evento carismático e memorável. E<br />

por isso, é com muito orgulho, que podemos gritar<br />

“missão cumprida”! Por mais anos que passem,<br />

independentemente das ‘peripécias’ que possam<br />

surjir no nosso caminho, faremos sempre tudo o<br />

que estiver ao nosso alcance para que esta Gala se<br />

realize e renove todos os anos. Exemplo disso foi a<br />

VI Gala TOP 100, de 2020, em que fomos obrigados<br />

a realizar o evento online, devido à pandemia.<br />

Este ano, mais do que em anos anteriores, a Gala<br />

regressou ás suas origens e ao objetivo de estar<br />

perto dos nossos clientes e amigos, voltando a estar<br />

todos juntos presencialmente. Quisemos que este<br />

regresso fosse inesquecível e por isso, a Quinta das<br />

Lágrimas, um espaço único e cheio de história,<br />

abriu as portas àquele que foi o “Evento do Ano”<br />

do aftermarket em Portugal.<br />

Num espaço envolvente cheio de charme e glamour,<br />

a organização recebeu os 170 convidados,<br />

com um welcome drink, ao final da tarde. Quando<br />

a noite começou, deu-se início à apresentação da<br />

GALA TOP 100, por Joana Mendes, Jornalista<br />

da AP Comunicação.


Entrega dos troféus<br />

e apresentações<br />

João Vieira, Diretor da AP Comunicação, iniciou<br />

o discurso de boas vindas onde destacou a<br />

importância da atribuição destes prémios, como<br />

forma de incentivar a excelência e reconhecer as<br />

empresas que se destacaram nos rácios económico-financeiros<br />

mais importantes. “Graças ao seu<br />

empenho, responsabilidade e trabalho árduo na<br />

procura da excelência, conseguiram obter este<br />

reconhecimento pelos bons resultados económico-<br />

-financeiros apresentados no exercício de 2020”,<br />

foram algumas das palavras proferidas pelo Diretor<br />

da AP Comunicação.<br />

Logo de seguida, subiu ao palco, Mário Carmo,<br />

Diretor Comercial da AP Comunicação que fez o<br />

balanço da atividade da empresa durante o último<br />

ano, destacando as principais ações realizadas e<br />

apresentando os novos projetos já programados<br />

para 2022, com realce para o Aftermarket Summit,<br />

um grande evento onde serão debatidos os<br />

mais importantes temas da atualidade do setor<br />

pós-venda e que contará com reconhecidos oradores<br />

internacionais e muitas atividades paralelas.<br />

Estava quase a chegar aquele que é o momento<br />

mais esperado da GALA, a entrega dos troféus.<br />

Mas antes disso, ainda houve tempo para a apresentação<br />

da Feira Motortec Madrid, por parte de<br />

Nuno Almeida, responsável da IFEMA em Portugal,<br />

que se vai realizar já nos próximos dias 20<br />

a 23 de abril de 2022. Pedro Barros, membro da<br />

Divisão do Pós-venda Automóvel Independente<br />

da ACAP, apresentou os dados mais recentes do<br />

estudo “Observatório Pós-Venda”, que são um<br />

barómetro da atividade das empresas aftermarket<br />

em Portugal. Logo após a apresentação deste estudo,<br />

deu-se início ao momento alto do evento: a<br />

cerimónia da entrega dos Troféus TOP 100 aos<br />

melhores distribuidores aftermarket. Tal como<br />

dita a tradição, foram entregues quinze troféus às<br />

empresas do pódio das cinco categorias consideradas:<br />

Distribuidores de Peças Ligeiros, Pesados,<br />

Equipamentos, Repintura e Pneus. Na gala foram<br />

também homenageados os patrocinadores, que<br />

com o seu apoio têm possibilitado manter o evento<br />

num patamar elevado, que nos enche de orgulho<br />

e nos motiva a querer tornar esta cerimónia cada<br />

vez melhor.<br />

Relembramos que todos os troféus que foram entregues<br />

às empresas que integraram os quadros de<br />

honra da TOP100, basearam-se em dados, exclusivamente,<br />

quantitativos, referentes aos resultados<br />

de 2020 em termos de Crescimento do Volume<br />

de Negócios; Rentabilidade dos Capitais Próprios;<br />

Produtividade Real; Valor Acrescentado Bruto;<br />

Autonomia Financeira e Geração de Emprego.<br />

Reconhecimento unânime<br />

No final, a opinião foi unânime relativamente<br />

ao sucesso do evento, com todos os participantes<br />

muito satisfeitos com o desenrolar da cerimónia e<br />

pelos momentos de confraternização vividos num<br />

ambiente descontraído e cheio charme e elegância.<br />

“A sétima edição da Gala TOP 100 foi um<br />

grande sucesso, conseguindo superar as nossas<br />

melhores expetativas. Viu-se que os participantes<br />

valorizaram todos os momentos do evento,<br />

com destaque para a cerimónia de entrega dos<br />

troféus aos melhores distribuidores e do animado<br />

jantar volante no magnífico espaço da Quinta das<br />

Lágrimas, num fim de tarde ameno, mas muito<br />

animado e divertido. Foi sem dúvida um evento<br />

bem organizado, que vai ficar na memória de<br />

todos os participantes como um dia inesquecível<br />

na história do aftermarket nacional”, disse João<br />

Vieira, diretor da AP Comunicação.<br />

“É muito gratificante ver o nosso trabalho reconhecido<br />

pelos principais players do setor e uma<br />

motivação para fazermos mais e melhor. Gostaria<br />

por isso de incentivar todas as empresas a continuarem<br />

a evoluir e a crescer, para que no próximo<br />

ano possam ser distinguidas pelo seu mérito,<br />

como este ano fizemos a quinze organizações que<br />

se destacaram pela excelência da gestão e bons<br />

resultados comerciais”, acrescentou.<br />

Com este evento, a AP Comunicação reconhece e<br />

valoriza os resultados alcançados pelas empresas<br />

através de troféus que podem constituir um marco<br />

e uma referência para todos os players do aftermarket,<br />

sendo também um momento de apelo e<br />

incentivo à continuidade do trabalho desenvolvido<br />

e à divulgação merecida dos resultados obtidos.<br />

De referir que a Gala TOP 100 esteve também<br />

em grande nas redes sociais, onde registou<br />

um elevado número de visualizações e<br />

partilhas. “Não estávamos à espera<br />

de tanto alcance e queremos agradecer<br />

a todos que visualizaram<br />

as fotos e os vídeos desta VII<br />

Gala, a preferência pelo<br />

nosso trabalho”, referiu<br />

João Vieira.<br />

Patrocinadores elevam<br />

patamar da Gala<br />

A realização da Gala TOP 100 e a evolução que<br />

ela tem tido ao longo dos anos, só tem sido possível<br />

graças ao apoio de patrocinadores e parceiros,<br />

que têm reconhecido a importância deste evento<br />

que já se tornou numa tradição no panorama do<br />

aftermarket nacional. Como tal, após a entrega<br />

dos troféus, não quisemos deixar de fazer referência<br />

aos nossos patrocinadores e em formato de<br />

agradecimento oferecemos uma placa comemorativa<br />

da cerimónia a Nuno Durão da Pro4Matic;<br />

Ricardo Ribeiro da Trustauto; Luis Ribeiro, da<br />

Diesel Techinc; Rui Figueira, da Bahco; José Boavida,<br />

da Corteco; à Grisélia Afonso, da SKF; ao<br />

Rodrigo Cabral, da Tech One; Patxi Gorrotxategi,<br />

da Talosa; Nuno Almeida, da Motortec; UFI<br />

Filters e ao parceiro institucional Alexandra<br />

Afonso, da DPAI / ACAP,<br />

Já a terminar, a equipa da AP Comunicação<br />

agradeceu a todos os presentes<br />

a sua presença e deixou uma<br />

garantia “Até para o ano”! ◆<br />

1<br />

2<br />

3<br />

1 Carlos Costa,<br />

Ressolution<br />

Aftermarket Solutions<br />

2 Amílcar Nascimento,<br />

Exide 3 Luis Costa<br />

e Luis Almeida, Japopeças<br />

EU RO PE AN DVIS<br />

I IO N


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

1 2<br />

3 4<br />

5<br />

6<br />

1 Nuno Guerra, Polibaterias<br />

2 Marcelina Martins<br />

e Manuel Guedes Martins, MGM<br />

3 Bruno Pereira, LTintas<br />

4 João Vieira, AP Comunicação<br />

5 Paulo Pinto e Vasco Mesquita,<br />

Schaeffler<br />

6 Laura Guedes e Miguel Lopes,<br />

APL Expresso<br />

7 Pedro Barros, TIPS4Y<br />

8 Nuno Paquete, Bombóleo,<br />

e Carlos Costa, Ressolution<br />

Aftermarket Solutions<br />

7<br />

8<br />

9<br />

10<br />

9 Jorge Esteves, Rodrigo Cabral e Paulo Martins, Tech One<br />

10 João Vieira, AP Comunicação e Flávio Menino, Grupo<br />

Autozitânia<br />

11 Manuel Silva e Joana Silva, Autoflex<br />

11


12<br />

12 Patxi Gorrotxategi e Pedro Vargas,<br />

Talosa<br />

13 Carlos Almeida e Alexandra Afonso,<br />

ACAP<br />

14 Vítor Maia e António Mateus, TMD<br />

Friction<br />

15 Rui Figueira, Bahco<br />

15<br />

16<br />

13<br />

14<br />

17<br />

16 Manuel Félix, Fábio Bento<br />

e Filipe Freitas, Euromais<br />

17 Sérgio Nunes e Manuel Vicente,<br />

Rodapeças<br />

18 Alcino Sousa e Paulo Rodrigues,<br />

Auto Recto<br />

19 Alexandre Mendes e Rosário<br />

Mendes, Vértice Internacional<br />

20<br />

18<br />

21 22<br />

19<br />

24<br />

23<br />

20 Rui Miguel Chorado<br />

e Rui Chorado, Dispnal<br />

21 Ricardo Ribeiro<br />

e Vera Ribeiro, Trustauto<br />

22 Javier Romero, Brembo<br />

e Carlos Silva, Krautli<br />

23 João Casinhas, Osram<br />

24 Jorge Pinheiro e esposa,<br />

Meganor<br />

EU RO PE AN DVIS<br />

I IO N


EU RO PE AN DVIS<br />

I IO N<br />

MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

3<br />

1 2<br />

4<br />

4<br />

5<br />

6<br />

1 Cláudio Delicado, Liqui Moly<br />

2 Javier Romero, Brembo,<br />

e Pedro Vargas, Talosa<br />

3 Zaira Sousa e Joaquim Sousa,<br />

Sousa dos Radiadores<br />

4 José Miguel e Armando Musqueira,<br />

Quimiregua<br />

5 Helena Aniceto e Luis Aniceto,<br />

S. José Pneus<br />

9<br />

7<br />

6 Carlos Abade, Neocom,<br />

Dario Alves e Aloísio Cruz,<br />

Inforap, Raul Silva, Neocom<br />

7 Carlos Silva, Krautli,<br />

e Frederico Abecassis, Hella<br />

8 Hugo Perpétua e Filipe<br />

Pinheiro, Diamantino Perpétua<br />

9 Nuno Paquete e Paulo<br />

Marques, Bombóleo<br />

10 Tiago Domingos, Auto Delta<br />

8 10<br />

13<br />

12<br />

11<br />

14<br />

11 Patxi Gorrotxategi, Talosa,<br />

e Miguel Angel Prieto, Autopos<br />

12 João Cardoso, Continental<br />

13 Pedro Mascarenhas e Filipe Bandeira,<br />

AB Tyres<br />

14 Begoña Ferreiro e David Zapata, Delphi


A Força do Líder<br />

DIREÇÃO, SUSPENSÃO e CAUCHO METAL<br />

DESENVOLVIMENTO · PRECISÃO · FIABILIDADE · DURABILIDADE · SEGURANÇA<br />

GAMA, QUALIDADE e SERVIÇO<br />

Braços de suspensão<br />

Barras estabilizadoras<br />

Rótulas de direção, suspensão e axiais<br />

Silentblocks<br />

Suportes de motor, amortecimento e transmissão<br />

Outras partes do chassis<br />

O maior fabricante mundial<br />

de peças de direção e suspensão de reposição<br />

www.talosa.com


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

1 2<br />

4<br />

5<br />

3<br />

6<br />

1 António Costa, Auto Furtado<br />

2 Mário Carmo, AP Comunicação<br />

3 Nelson Costa e Pedro Costa, PCC<br />

4 Albano Melo e Paulo Torres,<br />

Vieira & Freitas<br />

5 Cátia Santos e Sónia Rodrigues,<br />

Kikai<br />

6 Flávio Menino, Autoizitânia<br />

7 Pedro Vargas, Talosa, Jorge<br />

Esteves, Paulo Martins e Rodrigo<br />

Cabral, Tech One<br />

8 Raul Silva e Carlos Abade, Neocom<br />

9 Nuno Almeida, IFEMA - Motortec<br />

7<br />

8<br />

9<br />

10 Vitor Souto, Fimag, Ricardo Candeias e Joaquim Candeias,<br />

bilstein group, Flávio Menino, Autozitânia<br />

11 Carlos Coelho e Carlos Daniel Coelho, Phaarmpeças<br />

10<br />

11


EU RO PE AN DVIS<br />

I<br />

12 Joana Mendes, AP Comunicação<br />

e Nuno Durão, Pro4matic<br />

13 Anabela Bárbara e José Bárbara,<br />

Kroftools<br />

14 Laura Guedes e Miguel Lopes,<br />

APL Expresso<br />

15 Filipe Teixeira e Fátima Gonçalves,<br />

X-Action<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16 Joel Pinto, músico<br />

17 Ricardo Candeias e Joaquim<br />

Candeias, bilstein group<br />

18 Joana Mendes, AP Comunicação,<br />

Miguel Angel Prieto, Autopos<br />

19 António Garrido e António<br />

Gonçalves, Lusilectra<br />

17 18 19<br />

16<br />

IO N


EU RO PE AN DVIS<br />

I IO N<br />

MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

1 2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

1 Jorge Leite Martins, Jorge<br />

Martins e Salomé Corujo Leite,<br />

Auto Peças Gafanha<br />

2 Rogério Saavedra, Arsipeças<br />

3 Paul Cézanne, Fuchs<br />

4 Raquel Marinho, Bosch<br />

5 Joana Nunes e José Mendes,<br />

Samiparts<br />

6 Luciana Magalhães<br />

e Agostinho Matos, Centrocor<br />

7 Joana Mendes, AP Com<br />

8 Miguel Valentim<br />

e Maria João Neto, Global<br />

Parts<br />

9 Aloísio Cruz e Dario Alves,<br />

Inforap<br />

8<br />

10<br />

11<br />

6 7<br />

9<br />

12<br />

10 Ricardo Coelho e Fábio Varandas,<br />

Axalta<br />

11 Luis Costa e esposa, FCV Costa<br />

12 Frederico Abecassis, Hella


EU RO PE AN DVIS<br />

I IO N<br />

MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

1<br />

2<br />

1 Manuel Silva e filho, Lovistin<br />

2 Joel Lebre, Motorbus<br />

3 Carlos Costa, José Vaz<br />

e José Carvalho, Romafe<br />

4 João Manuel, Ricardo<br />

Almeida e Carlo Almeida,<br />

Vicauto<br />

3<br />

4<br />

6<br />

5<br />

7<br />

8<br />

5 João Vieira, Mário Carmo,<br />

Joana Mendes e Paulo Franco,<br />

AP Comunicação<br />

9<br />

6 Amadeu Fernandes, Spanjaard<br />

7 Carlos Gonçalves, Filourém<br />

8 Luis Ribeiro, Diesel Technic<br />

9 Mário Torcato e Luis Santos,<br />

Impoeste<br />

10 Mário Carvalho, CARF<br />

11 Carlos Oliveira e Diamantino<br />

Costa, Sparkes & Sparkes<br />

12 Fernando Moreira e Paulo<br />

Agostinho, AleCarPeças,<br />

Grisélia Afonso, SKF<br />

13 João Marçal e Nuno Durão,<br />

Pro4Matic<br />

14 Vitor Souto e Filipe Souto,<br />

Fimag<br />

10<br />

11<br />

12<br />

14<br />

13


Empresa<br />

Top100<br />

DISTRIBUIDORES<br />

Peças para<br />

Ligeiros<br />

Os 100 Maiores Distribuidores de Peças para Ligeiros faturaram em 2020 quase 938 milhões<br />

de €, menos 4,9% que em 2019, queda muito inferior aos 15% estimados para o mercado<br />

em ano de Pandemia (o Sector OE e as pequenas empresas terão sido mais penalizadas)<br />

Apesar dos condicionalismos provocados<br />

pela pandemia, o exercício<br />

de 2020 para os distribuidores de<br />

peças de veículos ligeiros, não foi<br />

tão preocupante como se esperava,<br />

principalmente se compararmos com outros<br />

ramos de atividade que tiveram quebras enormes<br />

de rentabilidade.<br />

l As Exportações caíram 16,5 % diminuindo o seu<br />

peso para 6% da Faturação.<br />

l Aumentou em 2,1% o número de trabalhadores<br />

que totalizaram 4.542. A produtividade caiu para<br />

206 mil € por trabalhador.<br />

A situação financeira manteve valores excelentes:<br />

l Os lucros tiveram queda pequena (6,1%), sendo<br />

apenas sete as empresas que apresentaram prejuízos.<br />

l Autonomia Financeira aumentou para 50,4%,<br />

excelente resultado.<br />

l As Rentabilidades médias tiveram valores (excelentes)<br />

de 3,7% das Vendas e 9,1% dos Capitais<br />

Neste exercício a Sofrapa lidera em Volume de<br />

Negócios, Exportação e Emprego, mas a Centrauto<br />

dispõe dos Maiores Ativos e Capitais, sendo<br />

também a maior geradora de Resultados e VAB. ◆<br />

Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong><br />

19


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

MAIORES DISTRIBUIDORES<br />

DE PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2020 VOL. NEG. 2019 ATIVO 2020 RES. LIQ. 2020 CAP. PROP. 2020 VAB 2020 Nº TRAB. 2020<br />

1 SOFRAPA AUTOMOVÉIS, S.A LISBOA 68 151 75 305 45 120 247 7 709 7 692 326<br />

2 M. COUTINHO PEÇAS, S.A PORTO 47 876 51 705 19 309 237 6 950 3 375 118<br />

3 CREATE BUSINESS, S.A. LISBOA 44 552 48 427 14 801 71 2 204 1 183 22<br />

4 CENTRAUTO, LDA. AVEIRO 41 962 43 498 80 270 6 051 55 639 11 379 140<br />

5 EUROMAIS, LDA. COIMBRA 38 373 37 566 20 760 736 2 001 3 167 42<br />

6 VAUNER TRADING, S.A PORTO 35 246 38 656 28 844 1 305 17 289 6 679 152<br />

7 AUTOZITÂNIA, S.A LISBOA 35 162 37 213 26 716 1 969 18 736 6 002 92<br />

8 J.P.L.R 1 UNIPESSOAL, LDA. AVEIRO 33 193 32 296 30 807 1 196 12 649 6 316 253<br />

9 AUTO DELTA, LDA. LEIRIA 28 947 27 852 23 608 2 535 17 318 6 335 110<br />

10 NEWONEDRIVE, S.A. SETÚBAL 28 672 32 895 25 822 365 9 861 4 566 127<br />

11 TRW AUTOMOTIVE PORTUGAL, LDA. LISBOA 22 980 27 116 10 160 331 4 272 2 543 57<br />

12 CAETANO PARTS, LDA. PORTO 20 106 23 614 5 478 119 1 852 3 653 75<br />

13 KRAUTLI PORTUGAL, LDA. LISBOA 19 762 21 832 11 551 377 4 080 3 230 73<br />

14 BOMBÓLEO, LDA. LISBOA 19 046 20 862 13 667 215 3 917 2 239 59<br />

15 EUROPEÇAS, S.A. LISBOA 16 631 16 799 11 478 243 4 772 3 640 104<br />

16 FERDINAND BILSTEIN PORTUGAL, S.A. LISBOA 16 506 16 895 11 267 1 048 6 490 2 465 33<br />

17 SOULIMA, S.A. LISBOA 15 588 15 153 10 314 4 3 822 2 215 89<br />

18 FIMAG, LDA. BRAGA 14 534 14 300 14 012 1 195 9 758 2 967 55<br />

19 BRAGALIS, S.A. BRAGA 14 178 13 643 10 219 557 3 737 1 969 42<br />

20 NORPARTS, LDA. LISBOA 12 236 13 157 7 528 64 2 011 1 801 63<br />

21 LEIRILIS, S.A. LEIRIA 11 431 12 551 10 823 165 4 952 2 200 86<br />

22 ARSIPEÇAS AUTO, LDA. AVEIRO 11 304 11 072 7 424 384 2 310 1 928 58<br />

23 VIEIRA & FREITAS, LDA. BRAGA 11 103 10 788 10 039 1 206 8 808 2 852 39<br />

24 A. VIEIRA, S.A BRAGA 10 086 10 521 8 984 395 5 004 2 152 59<br />

25 SANDIA STAND-ACESSÓRIOS AUTO, LDA. FARO 10 075 11 352 8 767 1 091 6 311 2 848 67<br />

26 ROMAFE, S.A. PORTO 10 028 11 334 13 816 412 12 414 2 441 52<br />

27 M.F. PINTO, S.A. LISBOA 9 407 9 510 7 489 516 3 932 1 535 34<br />

28 ALECARPEÇAS, LDA. LISBOA 9 317 8 161 4 961 434 2 863 1 656 49<br />

29 HUMBERPEÇAS, LDA. AVEIRO 8 965 9 339 6 527 169 1 662 1 639 58<br />

30 AUTO SILVA ACESSÓRIOS, S.A. PORTO 8 936 10 396 8 823 57 5 740 1 662 50<br />

31 ISUVOL, LDA. SANTARÉM 8 738 8 962 7 543 511 3 685 2 229 63<br />

32 CARDOSO & MAIA, S.A. PORTO 8 673 11 018 12 606 -386 5 791 2 260 115<br />

33 INOVPEÇAS,S.A. PORTO 8 541 7 748 5 970 635 2 007 2 086 75<br />

34 RODAPEÇAS, S.A LEIRIA 8 383 8 814 5 601 228 2 348 2 041 83<br />

35 IBEROTURBO, LDA. LISBOA 8 241 8 308 5 997 182 2 499 730 14<br />

36 J. SOARES & RODRIGUES, LDA. (SOARAUTO) BRAGA 6 470 6 559 4 379 355 1 937 1 523 48<br />

37 3.0 INNOVATIVE AFTERMARKET GROUP, S.A. (REDEINNOV) PORTO 5 410 5 639 1 427 186 648 550 8<br />

38 ADELINO PEDRO, LDA. (APL EXPRESSO) AÇORES 5 383 5 957 4 158 230 2 191 1 224 40<br />

39 ATLANTIC PARTS, S.A. LISBOA 5 213 6 439 4 550 -248 2 235 323 22<br />

40 AUTO RECTO, LDA. PORTO 5 177 5 148 6 304 497 5 224 1 303 24<br />

41 AUTOPEÇAS CAB, LDA. SETÚBAL 4 935 5 153 3 436 79 2 509 1 383 54<br />

42 AUTO TORRE DA MARINHA, LDA. SETÚBAL 4 797 4 849 3 779 137 2 107 1 187 30<br />

43 INFINIAUTO, LDA. PORTO 4 628 4 312 7 840 384 6 224 1 056 26<br />

44 PEÇASRAM, LDA. MADEIRA 4 544 4 427 3 400 301 2 628 1 449 44<br />

45 TURBOMAX, LDA. SETÚBAL 4 485 4 424 3 752 316 2 407 1 294 29<br />

46 MONDEGOPEÇAS, LDA. COIMBRA 4 482 4 223 3 500 124 1 878 1 007 36<br />

47 GAIAFOR, LDA. PORTO 4 401 4 697 2 222 108 1 018 878 37<br />

48 LUBRINORDESTE, LDA. VILA REAL 4 375 4 454 2 654 106 837 995 35<br />

49 PAULO & DANIELA, LDA. (PD AUTO) BRAGA 4 235 4 116 3 618 140 1 447 935 33<br />

50 JAPOPEÇAS, LDA AVEIRO 4 146 3 902 4 619 530 4 209 1 119 20<br />

20<br />

Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong>


Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2020 VOL. NEG. 2019 ATIVO 2020 RES. LIQ. 2020 CAP. PROP. 2020 VAB 2020 Nº TRAB. 2020<br />

51 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) PORTO 4 087 3 943 6 708 781 6 150 1 743 30<br />

52 PHAARMPEÇAS, UNIPESSOAL, LDA. VISEU 4 012 3 839 2 270 165 957 974 39<br />

53 DAVASA AUTOMOCIÓN, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL LISBOA 3 992 4 622 11 154 -96 -1 350 470 26<br />

54 RUI & PAULO ALMEIDA, LDA. LISBOA 3 902 4 175 3 720 18 666 993 42<br />

55 GRANMOTOR, LDA. LISBOA 3 757 4 158 1 936 21 759 774 27<br />

56 HOJER ELECTROMECÂNICA, LDA. SANTARÉM 3 742 3 596 4 064 69 1 699 665 36<br />

57 SIMOPEÇAS, LDA. LISBOA 3 710 5 332 2 492 380 1 874 1 119 23<br />

58 GLOBESCALA, LDA. LISBOA 3 654 4 496 5 722 100 1 749 413 10<br />

59 NIPOCAR, LDA. PORTO 3 609 3 172 4 316 309 3 711 1 108 28<br />

60 CYR - COMÉRCIO IBÉRICO DE ROLAMENTOS, LDA. LISBOA 3 553 3 186 3 850 129 1 375 984 31<br />

61 JOSÉ MANUEL RODRIGUES FORTUNATO, UNIPESSOAL, LDA. C. BRANCO 3 495 3 297 2 474 197 1 436 741 27<br />

62 FILOURÉM, LDA. SANTARÉM 3 467 3 491 2 277 52 1 228 562 18<br />

63 MAIORPEÇAS, LDA. SANTARÉM 3 453 3 464 2 729 119 1 491 641 22<br />

64 AUTOZITÂNIA II, S.A. LISBOA 3 403 3 155 2 085 89 1 783 648 17<br />

65 R3D, LDA. C. BRANCO 3 391 3 694 3 416 221 2 126 847 33<br />

66 TISOAUTO, LDA. PORTO 3 370 3 525 2 105 18 888 633 45<br />

67 MENAPEÇAS, S.A. LISBOA 3 328 3 025 3 861 21 3 440 758 32<br />

68 BARCELPEÇAS, LDA. BRAGA 3 315 3 169 2 915 173 2 220 666 27<br />

69 AUTO PEÇAS DA GAFANHA DA NAZARÉ, LDA. AVEIRO 3 267 3 470 2 891 1 423 525 26<br />

70 CARLOS MANUEL MACHADO SILVA, LDA. LEIRIA 3 120 3 126 2 619 234 2 212 608 14<br />

71 AUTO FORNECEDORA ACESSÓRIOS, LDA. PORTO 3 090 3 374 3 266 -105 2 720 492 16<br />

72 MACOS, LDA. PORTO 3 086 3 318 4 319 388 3 696 913 22<br />

73 FRANCECAR, LDA. VISEU 3 003 2 923 2 119 106 1 815 642 19<br />

74 RODEÇA, LDA AVEIRO 2 977 2 901 1 764 37 869 637 31<br />

75 POLIBATERIAS, LDA. SETÚBAL 2 956 2 679 1 888 354 1 138 822 7<br />

76 VALES & VALES, LDA. PORTO 2 945 2 866 1 743 144 872 689 28<br />

77 MCS, UNIPESSOAL, LDA. LISBOA 2 884 3 002 2 242 177 1 202 861 23<br />

78 AÇORPEÇAS, LDA. PONTA DELGADA 2 773 2 678 2 869 350 2 528 879 21<br />

79 FLUXOIMPOR, LDA. PORTO 2 750 2 859 2 492 250 1 721 745 19<br />

80 NEOCOM, LDA. AVEIRO 2 734 2 593 3 372 48 2 766 1 176 23<br />

81 X-ACTION, LDA. COIMBRA 2 728 3 022 1 418 16 525 528 22<br />

82 ELPS, LDA. MADEIRA 2 599 2 846 2 959 140 1 059 609 18<br />

83 SÁ GOMES, S.A (AUTO ESFERA) BRAGA 2 519 2 783 4 014 43 2 186 496 22<br />

84 ORCOPEÇAS, LDA. SANTARÉM 2 518 2 535 1 727 30 1 240 571 24<br />

85 P. P. T. - PEÇAS AUTO DE BRAGA, LDA. BRAGA 2 476 2 495 1 114 55 360 578 19<br />

86 OLIVEIRA MOREIRA & AZEVEDO, LDA. AVEIRO 2 435 2 434 1 670 125 683 504 15<br />

87 VISELDIESEL, LDA. VISEU 2 418 3 040 1 511 -213 266 257 19<br />

88 GANDRA & FILHOS. LDA. (AUTO FORMIGOSA) V. DO CASTELO 2 408 2 466 2 316 51 821 450 22<br />

89 DINGIPEÇAS, LDA. LEIRIA 2 404 2 550 1 374 -162 487 435 24<br />

90 PLACAUTO, S.A. LISBOA 2 399 2 236 1 986 177 917 626 13<br />

91 GULOSIPEÇAS, LDA. V. DO CASTELO 2 361 2 720 1 674 148 696 542 19<br />

92 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. SANTARÉM 2 332 2 075 1 908 230 1 270 721 15<br />

93 R.P.L. CLIMA, LDA. FARO 2 303 2 196 1 797 249 1 242 630 13<br />

94 AUTOAVAL, LDA. COIMBRA 2 266 1 952 1 081 101 661 495 14<br />

95 2M1J - SOLUÇÕES AUTO, LDA. (N PEÇAS) LISBOA 2 260 2 463 1 370 -24 212 310 19<br />

96 SAMIPARTS, LDA. LEIRIA 2 256 2 775 1 738 78 930 504 18<br />

97 SIMPORAL, LDA. LISBOA 2 214 2 033 1 553 99 915 717 18<br />

98 RUGEMPEÇAS, LDA. LISBOA 2 177 2 475 1 233 93 1 048 408 21<br />

99 COSIMPOR, S.A. VISEU 2 172 2 326 2 535 3 158 202 10<br />

100 MOTORMÁQUINA, LDA. LISBOA 2 170 2 756 3 470 223 2 993 699 15<br />

Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong> 21


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

EVOLUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS<br />

DISTRIBUIDORES DE PEÇAS LIGEIROS<br />

Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2020<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (20/19)<br />

VOL. NEG.<br />

2019<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (19/18)<br />

VOL. NEG. 2018<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (18/17)<br />

1 AUTOAVAL, LDA. COIMBRA 2 266 16,1 1 952 28,1 1 524 19,9 1 271<br />

2 ALECARPEÇAS, LDA. LISBOA 9 317 14,2 8 161 13,0 7 223 3,1 7 005<br />

3 NIPOCAR, LDA. PORTO 3 609 13,8 3 172 4,6 3 033 6,9 2 837<br />

4 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. SANTARÉM 2 332 12,4 2 075 - - - -<br />

5 CYR - COMÉRCIO IBÉRICO DE ROLAMENTOS, LDA. LISBOA 3 553 11,5 3 186 13,9 2 798 4,2 2 685<br />

6 POLIBATERIAS, LDA. SETÚBAL 2 956 10,3 2 679 -7,2 2 887 13,0 2 554<br />

7 INOVPEÇAS, S.A. PORTO 8 541 10,2 7 748 29,4 5 989 23,0 4 869<br />

8 MENAPEÇAS, S.A. LISBOA 3 328 10,0 3 025 -6,1 3 220 -15,9 3 830<br />

9 SIMPORAL, LDA. LISBOA 2 214 8,9 2 033 -4,0 2 118 7,3 1 974<br />

10 AUTOZITÂNIA II, S.A. LISBOA 3 403 7,9 3 155 1,8 3 098 -3,2 3 199<br />

11 INFINIAUTO, UNIPESSOAL, LDA. PORTO 4 628 7,3 4 312 11,1 3 880 8,2 3 585<br />

12 PLACAUTO, S.A. LISBOA 2 399 7,3 2 236 - - - -<br />

13 JAPOPEÇAS, LDA AVEIRO 4 146 6,3 3 902 -1,2 3 949 -4,0 4 115<br />

14 MONDEGOPEÇAS, LDA. COIMBRA 4 482 6,1 4 223 13,7 3 713 14,0 3 257<br />

15 JOSÉ MANUEL RODRIGUES FORTUNATO, UNIPESSOAL, LDA. C. BRANCO 3 495 6,0 3 297 28,2 2 572 5,8 2 430<br />

16 NEOCOM, LDA. AVEIRO 2 734 5,4 2 593 47,7 1 755 -21,5 2 236<br />

17 R.P.L. CLIMA, LDA. FARO 2 303 4,9 2 196 2,9 2 134 1,4 2 104<br />

18 BARCELPEÇAS, LDA. BRAGA 3 315 4,6 3 169 6,8 2 966 7,3 2 765<br />

19 PHAARMPEÇAS, UNIPESSOAL, LDA. VISEU 4 012 4,5 3 839 9,9 3 494 15,5 3 024<br />

20 HOJER ELECTROMECÂNICA, LDA. SANTARÉM 3 742 4,1 3 596 2,0 3 524 4,8 3 364<br />

21 AUTO DELTA, LDA. LEIRIA 28 947 3,9 27 852 12,0 24 872 10,0 22 608<br />

22 BRAGALIS, S.A. BRAGA 14 178 3,9 13 643 2,0 13 370 5,5 12 677<br />

23 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) PORTO 4 087 3,7 3 943 10,0 3 586 -0,7 3 613<br />

24 AÇORPEÇAS, LDA. PONTA DELGADA 2 773 3,5 2 678 -2,2 2 739 13,2 2 420<br />

25 VIEIRA & FREITAS, LDA. BRAGA 11 103 2,9 10 788 7,0 10 086 14,2 8 829<br />

26 PAULO & DANIELA, LDA. (PD AUTO) BRAGA 4 235 2,9 4 116 3,8 3 965 12,7 3 519<br />

27 SOULIMA, S.A. LISBOA 15 588 2,9 15 153 4,7 14 466 -3,0 14 911<br />

28 J.P.L.R 1 UNIPESSOAL, LDA. AVEIRO 33 193 2,8 32 296 8,6 29 752 7,0 27 808<br />

29 VALES & VALES, LDA. PORTO 2 945 2,8 2 866 20,8 2 373 - -<br />

30 FRANCECAR, LDA. VISEU 3 003 2,7 2 923 0,5 2 909 1,4 2 868<br />

31 PEÇASRAM, LDA. MADEIRA 4 544 2,6 4 427 9,7 4 037 21,0 3 335<br />

32 RODEÇA, LDA AVEIRO 2 977 2,6 2 901 22,9 2 360 - -<br />

33 EUROMAIS, LDA. COIMBRA 38 373 2,1 37 566 -3,5 38 939 12,8 34 518<br />

34 ARSIPEÇAS, LDA. AVEIRO 11 304 2,1 11 072 10,9 9 988 27,2 7 854<br />

35 FIMAG, LDA. BRAGA 14 534 1,6 14 300 8,3 13 201 -0,2 13 222<br />

36 TURBOMAX, LDA. SETÚBAL 4 485 1,4 4 424 20,7 3 664 14,8 3 191<br />

37 AUTO RECTO, LDA. PORTO 5 177 0,6 5 148 4,5 4 925 -2,2 5 034<br />

38 OLIVEIRA MOREIRA & AZEVEDO, LDA. AVEIRO 2 435 0,0 2 434 18,6 2 053 - -<br />

39 CARLOS MANUEL MACHADO SILVA, LDA. LEIRIA 3 120 -0,2 3 126 12,8 2 771 5,9 2 616<br />

40 MAIORPEÇAS, LDA. SANTARÉM 3 453 -0,3 3 464 11,6 3 103 - -<br />

41 ORCOPEÇAS, LDA. SANTARÉM 2 518 -0,7 2 535 6,8 2 374 3,3 2 299<br />

42 FILOURÉM, LDA. SANTARÉM 3 467 -0,7 3 491 2,9 3 394 -2,9 3 494<br />

43 P. P. T. - PEÇAS AUTO DE BRAGA, LDA. BRAGA 2 476 -0,8 2 495 3,4 2 414 14,6 2 107<br />

44 IBEROTURBO, LDA. LISBOA 8 241 -0,8 8 308 -1,6 8 446 -5,5 8 939<br />

45 EUROPEÇAS, S.A LISBOA 16 631 -1,0 16 799 8,3 15 509 6,6 14 551<br />

46 AUTO TORRE DA MARINHA, LDA. SETÚBAL 4 797 -1,1 4 849 8,7 4 459 11,1 4 015<br />

47 M.F. PINTO, S.A. LISBOA 9 407 -1,1 9 510 18,9 7 997 5,8 7 558<br />

48 J. SOARES & RODRIGUES, LDA. (SOARAUTO) BRAGA 6 470 -1,4 6 559 3,2 6 358 10,0 5 781<br />

49 LUBRINORDESTE, LDA. VILA REAL 4 375 -1,8 4 454 4 342 20,5 3 603<br />

50 FERDINAND BILSTEIN PORTUGAL, S.A. LISBOA 16 506 -2,3 16 895 16 095 1,1 15 920<br />

VOL. NEG.<br />

2017<br />

22 Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong>


Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2020<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (20/19)<br />

VOL. NEG.<br />

2019<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (19/18)<br />

VOL. NEG. 2018<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (18/17)<br />

51 GANDRA & FILHOS, LDA. (AUTO FORMIGOSA) V. DO CASTELO 2 408 -2,4 2 466 14,3 2 158 -6,4 2 306<br />

52 ISUVOL, LDA. SANTARÉM 8 738 -2,5 8 962 14,5 7 827 16,5 6 717<br />

53 CENTRAUTO, LDA. AVEIRO 41 962 -3,5 43 498 3,5 42 010 3,9 40 426<br />

54 FLUXOIMPOR, LDA. PORTO 2 750 -3,8 2 859 - - - -<br />

55 MCS, UNIPESSOAL, LDA. LISBOA 2 884 -3,9 3 002 6,7 2 814 15,1 2 444<br />

56 HUMBERPEÇAS, LDA. AVEIRO 8 965 -4,0 9 339 14,1 8 188 21,4 6 745<br />

57 3.0 INNOVATIVE AFTERMARKET GROUP, S.A. (REDEINNOV) PORTO 5 410 -4,1 5 639 24,2 4 540 40,6 3 230<br />

58 A. VIEIRA, S.A BRAGA 10 086 -4,1 10 521 -0,4 10 558 -4,0 10 997<br />

59 AUTOPEÇAS CAB, LDA. SETÚBAL 4 935 -4,2 5 153 8,1 4 766 3,6 4 599<br />

60 TISOAUTO, LDA. PORTO 3 370 -4,4 3 525 5,2 3 350 -0,3 3 361<br />

61 RODAPEÇAS, S.A LEIRIA 8 383 -4,9 8 814 6,0 8 312 11,8 7 437<br />

62 AUTOZITÂNIA, S.A LISBOA 35 162 -5,5 37 213 6,8 34 853 6,7 32 677<br />

63 DINGIPEÇAS, LDA. LEIRIA 2 404 -5,7 2 550 18,6 2 150 8,4 1 984<br />

64 AUTO PEÇAS DA GAFANHA DA NAZARÉ, LDA. AVEIRO 3 267 -5,9 3 470 4,6 3 318 -1,9 3 382<br />

65 GAIAFOR, LDA. PORTO 4 401 -6,3 4 697 17,5 3 998 22,9 3 252<br />

66 RUI & PAULO ALMEIDA, LDA. LISBOA 3 902 -6,5 4 175 35,2 3 089 1,3 3 050<br />

67 COSIMPOR, S.A. VISEU 2 172 -6,6 2 326 - - - -<br />

68 MACOS, LDA. PORTO 3 086 -7,0 3 318 1,7 3 263 1,7 3 208<br />

69 NORPARTS, LDA. LISBOA 12 236 -7,0 13 157 12,6 11 687 20,6 9 689<br />

70 M. COUTINHO PEÇAS, S.A PORTO 47 876 -7,4 51 705 12,0 46 161 13,6 40 650<br />

71 CREATE BUSINESS, S.A. LISBOA 44 552 -8,0 48 427 12,9 42 875 13,6 37 748<br />

72 R3D, LDA. CASTELO BRANCO 3 391 -8,2 3 694 -7,8 4 007 24,2 3 225<br />

73 2M1J - SOLUÇÕES AUTO, LDA. (N PEÇAS) LISBOA 2 260 -8,2 2 463 8,4 2 272 7,4 2 116<br />

74 AUTO FORNECEDORA, LDA. PORTO 3 090 -8,4 3 374 -7,6 3 650 -5,7 3 870<br />

75 ELPS, LDA. MADEIRA 2 599 -8,7 2 846 6,1 2 682 -3,4 2 776<br />

76 BOMBÓLEO, LDA LISBOA 19 046 -8,7 20 862 3,5 20 157 0,3 20 095<br />

77 VAUNER TRADING, S.A. PORTO 35 246 -8,8 38 656 -1,6 39 288 2,1 38 490<br />

78 LEIRILIS, S.A. LEIRIA 11 431 -8,9 12 551 1,5 12 361 6,6 11 600<br />

79 KRAUTLI PORTUGAL, LDA. LISBOA 19 762 -9,5 21 832 6,6 20 479 7,6 19 041<br />

80 SÁ GOMES, S.A. (AUTO ESFERA) BRAGA 2 519 -9,5 2 783 -0,2 2 789 -4,5 2 919<br />

81 SOFRAPA AUTOMOVÉIS, S.A. LISBOA 68 151 -9,5 75 305 5,9 71 089 17,5 60 527<br />

82 ADELINO PEDRO, LDA. (APL EXPRESSO) AÇORES 5 383 -9,6 5 957 10,1 5 410 12,2 4 821<br />

83 GRANMOTOR, LDA. LISBOA 3 757 -9,6 4 158 0,8 4 123 -0,9 4 159<br />

84 X-ACTION, LDA. COIMBRA 2 728 -9,7 3 022 2,6 2 946 10,7 2 662<br />

85 SANDIA STAND, LDA. FARO 10 075 -11,2 11 352 9,2 10 391 14,4 9 083<br />

86 ROMAFE, S.A. PORTO 10 028 -11,5 11 334 0,9 11 232 12,8 9 954<br />

87 RUGEMPEÇAS, LDA. LISBOA 2 177 -12,0 2 475 8,8 2 275 9,3 2 081<br />

88 NEWONEDRIVE, S.A. SETÚBAL 28 672 -12,8 32 895 230,7 9 947 1,7 9 780<br />

89 GULOSIPEÇAS, LDA. V. DO CASTELO 2 361 -13,2 2 720 8,8 2 500 5,9 2 361<br />

90 DAVASA AUTOMOCIÓN, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL LISBOA 3 992 -13,6 4 622 4,9 4 406 -3,8 4 582<br />

91 AUTO SILVA ACESSÓRIOS, S.A. PORTO 8 936 -14,0 10 396 -2,0 10 604 0,5 10 556<br />

92 CAETANO PARTS, LDA. PORTO 20 106 -14,9 23 614 -6,4 25 237 -3,1 26 040<br />

93 TRW AUTOMOTIVE PORTUGAL, LDA. LISBOA 22 980 -15,3 27 116 -2,7 27 877 0,6 27 714<br />

94 SAMIPARTS, LDA. LEIRIA 2 256 -18,7 2 775 1,5 2 733 7,6 2 541<br />

95 GLOBESCALA, LDA. LISBOA 3 654 -18,7 4 496 9,9 4 090 -0,8 4 121<br />

96 ATLANTIC PARTS, S.A. LISBOA 5 213 -19,0 6 439 -23,6 8 423 2,6 8 207<br />

97 VISELDIESEL, LDA. VISEU 2 418 -20,5 3 040 -2,0 3 103 18,6 2 617<br />

98 CARDOSO & MAIA, S.A. PORTO 8 673 -21,3 11 018 -13,5 12 732 -2,4 13 045<br />

99 MOTORMÁQUINA, LDA. LISBOA 2 170 -21,3 2 756 9,4 2 520 5,8 2 381<br />

100 SIMOPEÇAS, LDA. LISBOA 3 710 -30,4 5 332 - - -<br />

VOL. NEG.<br />

2017<br />

Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong><br />

23


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

OS MELHORES POR<br />

critérios<br />

A eleição dos melhores distribuidores por critérios, é uma iniciativa que pretende premiar as<br />

empresas dos vários setores de Distribuição (Peças Ligeiros, Peças Pesados, Equipamentos,<br />

Repintura e Pneus), que mais se destacaram no último ano. A análise qualitativa obedece a<br />

seis critérios previamente definidos que explicamos nestas páginas<br />

As análises e a escolha das Melhores<br />

Empresas incide sobre os<br />

“Distribuidores de Peças para<br />

Veículos Ligeiros”, “Distribuidores<br />

de Peças para Pesados”,<br />

“Distribuidores de Equipamentos Oficinais”,<br />

“Distribuidores de Repintura” e “Distribuidores<br />

de Pneus”. Os dados apresentados correspondem<br />

aos publicados na informação IES relativa ao<br />

exercício de 2020 que as empresas entregaram<br />

na AT – Autoridade Tributária.<br />

Neste Estudo realizado pela IF4, não se incluem<br />

atividades de empresas que são realizadas por<br />

unidades especializadas de empresas com outra<br />

atividade, em particular: Auto Industrial Peças<br />

(Integrada no Grupo Auto Industrial); Gamobar<br />

Peças (Integrada no Grupo Caetano Parts); e Santogal<br />

Peças (Integrada na Santogal N).<br />

Análise por critérios<br />

Para eleger as empresas dos Quadros de Honra,<br />

24 Top100 Aftermarket 2020


tiago domingos, auto delta , recebe dos<br />

patrocinadores nuno durão,<br />

pro4matic e ricardo ribeiro, trustauto,<br />

o troféu de 1º classificado<br />

paulo torres, vieira & freitas,<br />

recebe do patrocinador<br />

Ricardo ribeiro, trustauto,<br />

o troféu de 2º classificado<br />

QUADRO DE HONRA<br />

n.º empresa distrito<br />

1 AUTO DELTA, LDA. LEIRIA<br />

JOAQUIM SOUSA, sousa dos radiadores, recebe do<br />

patrocinador nuno durão, pro4matic, o troféu<br />

de 3º classificado<br />

2 VIEIRA & FREITAS, LDA. BRAGA<br />

3 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) PORTO<br />

4 EUROMAIS, LDA. COIMBRA<br />

5 JAPOPEÇAS, LDA AVEIRO<br />

6 FIMAG, LDA. BRAGA<br />

7 INOVPEÇAS ,S.A. PORTO<br />

8 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. SANTARÉM<br />

9 POLIBATERIAS, LDA. SETÚBAL<br />

10 NIPOCAR, LDA. PORTO<br />

a Revista TOP 100 utilizou um conjunto de indicadores<br />

e rácios económico-financeiros. Estes<br />

rácios permitem fazer um retrato das principais<br />

empresas e setores de atividade. Esta apresentação<br />

dos termos técnicos utilizados permite que<br />

o leitor fique a saber o que significam, como<br />

se calculam e se interpretam os indicadores<br />

e rácios utilizados. É este conjunto de dados<br />

e indicadores que permite traçar um retrato<br />

qualitativo da realidade dos distribuidores de<br />

peças, equipamentos e repintura.<br />

Os rácios e os indicadores que fazem o retrato<br />

económico e financeiro das empresas e a avaliação<br />

da sua performance servem de base à escolha<br />

das melhores empresas. Os critérios de seleção<br />

das empresas estão baseados em dados exclusivamente<br />

quantitativos referente aos resultados<br />

de 2020 em termos de:<br />

l Valor Acrescentado Bruto (VAB)<br />

l Crescimento do Volume de Negócios<br />

l Autonomia Financeira<br />

l Produtividade Real<br />

l Rentabilidade dos Capitais Próprios<br />

l Geração de Emprego<br />

A opção por este grupo de critérios radica no<br />

facto de, em conjunto, permitir avaliar a contribuição<br />

das empresas para a economia, verificar<br />

o seu dinamismo, medir a sua rentabilidade e<br />

compreender o equilíbrio financeiro, que são<br />

condições necessárias para garantir o futuro e<br />

a sustentabilidade do negócio.<br />

Valor Acrescentado Bruto (VAB)<br />

Para medir a contribuição das empresas para<br />

a economia usa-se o VAB – Valor Acrescentado<br />

Bruto, a melhor medida do contributo das<br />

empresas para a economia, que junta todos<br />

os fatores de produção: trabalho (despesas de<br />

pessoal), capital (amortizações), excelência da<br />

gestão (resultados). É calculado mediante a soma<br />

das vendas e das prestações de serviços, trabalhos<br />

para a própria empresa, variação de produção,<br />

subsídios destinados à exploração e receitas suplementares,<br />

menos consumos intermédios e os<br />

fornecimentos e serviços externos.<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong> 25


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Crescimento do Volume de Negócios<br />

Para medir o dinamismo recorremos ao Crescimento<br />

de Vendas verificado no último exercício.<br />

Num mercado estável e concorrencial, ganhar<br />

quota de mercado é um símbolo de excelência. Este<br />

é um critério essencial para avaliar o dinamismo e<br />

a eficácia da empresa, em tempo de crise. Valores<br />

positivos indicam crescimento das vendas, dinamismo<br />

empresarial e conquista de novos clientes<br />

ou quotas de mercado.<br />

Autonomia Financeira<br />

O equilíbrio financeiro é testado através do indicador<br />

de Autonomia Financeira, que permite<br />

ver qual a percentagem do ativo financiado pelos<br />

capitais próprios, sem recurso a entidades financeiras<br />

ou fornecedores. É um indicador do equilíbrio<br />

financeiro da empresa, já que mede o grau de<br />

financiamento do ativo pelos capitais próprios.<br />

Calculada pelo quociente entre os capitais próprios<br />

e o ativo total líquido. Indica o peso dos capitais<br />

próprios no financiamento da empresa e complementa<br />

o rácio de endividamento.<br />

Produtividade Real<br />

A Produtividade Real é o indicador mais utilizado<br />

para medir a eficiência da empresa, medindo o<br />

valor da contribuição de cada trabalhador para o<br />

volume de negócios da empresa. Mede a eficiência<br />

da empresa na utilização dos seus recursos humanos,<br />

representando os valores mais elevados e maior<br />

produtividade. Comparações entre a produtividade<br />

de empresas de diferentes sectores devem ser feitas<br />

com cuidado, tal como comparações de produtividade<br />

entre sectores de atividade diferentes. Por<br />

exemplo, uma indústria de capital intensivo terá, em<br />

condições normais, uma produtividade do trabalho<br />

superior a uma de mão-de-obra intensiva.<br />

Rentabilidade dos Capitais Próprios<br />

A Rentabilidade dos Capitais mede a retribuição<br />

da empresa aos seus acionistas. Assumindo que os<br />

capitais próprios da entidade representam a sua<br />

situação patrimonial líquida, isto é, o seu valor contabilístico,<br />

pode-se considerar a rendibilidade do<br />

DISTRIBUIDORES DE PEÇAS LIGEIROS<br />

TOP 10 POR CRITÉRIO<br />

CRESCIMENTO Volume negóCIOS<br />

n.º empresa<br />

1 NIPOCAR, LDA. 13,8<br />

2 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. 12,4<br />

3 POLIBATERIAS, LDA. 10,3<br />

4 INOVPEÇAS, S.A. 10,2<br />

5 JAPOPEÇAS, LDA. 6,3<br />

6 AUTO DELTA, LDA. 3,9<br />

7 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) 3,7<br />

8 VIEIRA & FREITAS, LDA. 2,9<br />

9 EUROMAIS, LDA. 2,1<br />

10 FIMAG, LDA. 1,6<br />

RENTABILIDADE CAPITAL PRÓPRIO<br />

n.º empresa<br />

1 EUROMAIS, LDA. 36,8<br />

2 INOVPEÇAS, S.A. 31,6<br />

3 POLIBATERIAS, LDA. 31,1<br />

4 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. 18,1<br />

5 AUTO DELTA, LDA. 14,6<br />

6 VIEIRA & FREITAS, LDA. 13,7<br />

7 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) 12,7<br />

8 JAPOPEÇAS, LDA. 12,6<br />

9 FIMAG, LDA. 12,2<br />

10 NIPOCAR, LDA. 8,3<br />

26 Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong>


DISTRIBUIDORES DE PEÇAS PARA LIGEIROS OS MELHORES POR CRITÉRIOS<br />

capital próprio como sendo a rendibilidade da entidade.<br />

O cálculo é efetuado pela divisão dos resultados<br />

líquidos pelo valor dos capitais próprios da entidade.<br />

Geração e Emprego<br />

A Geração de Emprego é uma boa forma de medir<br />

o compromisso da empresa com a sociedade.<br />

Um indicador que dá sinais para a expansão futura<br />

da empresa. Em tempo de crise, a manutenção<br />

do emprego já pode ser considerado um resultado<br />

ambicioso, face à onda de encerramentos e dispensas<br />

de pessoal. O dado indicado refere-se ao<br />

número de funcionários ao serviço da empresa em<br />

31 de dezembro de 2020 e serve para o cálculo<br />

da produtividade do trabalho.<br />

Critérios são acumulativos<br />

A destacar que estes seis critérios não são eliminativos,<br />

mas acumulativos: uma empresa que<br />

obtenha boa pontuação em quatro ou cinco critérios<br />

e fraca em um ou dois critérios, poderá ser<br />

considerada excelente. Por exemplo, uma empresa<br />

que cria valor acrescentado, mantém uma correta<br />

estrutura financeira, elevada produtividade<br />

e rentabilidade, pode crescer pouco e não gerar<br />

emprego, mas se as pontuações o permitirem,<br />

pode estar no Quadro de Honra. De referir ainda<br />

que utilizamos dois critérios eliminativos: não<br />

entram no cálculo para o Quadro de Honra, as<br />

empresas que não crescem ou que obtiveram Resultados<br />

Negativos (prejuízos) no último exercício<br />

superiores à queda do mercado (-5%).<br />

Para o setor de distribuidores de peças para ligeiros,<br />

foram apuradas 61 empresas, tendo sido<br />

eliminadas as que apresentaram resultados negativos<br />

superiores à queda do mercado (-5%). É<br />

pontuada com 61 pontos a empresa líder em cada<br />

critério e com 1 ponto a empresa que ocupa o<br />

lugar 61 e logicamente com valores intermédios,<br />

de modo decrescente, as empresas situadas entre<br />

os lugares 2 e 61 de cada critério. Somando a<br />

pontuação obtida em cada critério obtém-se a<br />

pontuação total, que permite definir o ranking<br />

das 10 melhores empresas. Para os outros três<br />

setores (Pesados, Equipamentos e Repintura), foi<br />

seguido o mesmo método de cálculo. ◆<br />

VALOR ACRESCENTADO BRUTO (vaB)<br />

n.º empresa<br />

1 AUTO DELTA, LDA. 6 335<br />

2 EUROMAIS, LDA. 3 167<br />

3 FIMAG, LDA. 2 967<br />

4 VIEIRA & FREITAS, LDA. 2 852<br />

5 INOVPEÇAS, S.A. 2 086<br />

6 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) 1 743<br />

7 JAPOPEÇAS, LDA. 1 119<br />

8 NIPOCAR, LDA. 1 108<br />

9 POLIBATERIAS, LDA. 822<br />

10 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. 721<br />

PRODUTIVIDADE REAL<br />

n.º empresa<br />

1 POLIBATERIAS, LDA. 117<br />

2 EUROMAIS, LDA. 75<br />

3 VIEIRA & FREITAS, LDA. 73<br />

4 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) 58<br />

5 AUTO DELTA, LDA. 58<br />

6 JAPOPEÇAS, LDA. 56<br />

7 FIMAG, LDA. 54<br />

8 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. 48<br />

9 NIPOCAR, LDA. 40<br />

10 INOVPEÇAS, S.A. 28<br />

AUTONOMIA FINANCEIRA<br />

n.º empresa<br />

1 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) 91,7<br />

2 JAPOPEÇAS, LDA. 91,1<br />

3 VIEIRA & FREITAS, LDA. 87,7<br />

4 NIPOCAR, LDA. 86,0<br />

5 AUTO DELTA, LDA. 73,4<br />

6 FIMAG, LDA. 69,6<br />

7 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. 66,6<br />

8 POLIBATERIAS, LDA. 60,3<br />

9 INOVPEÇAS, S.A. 33,6<br />

10 EUROMAIS, LDA. 9,6<br />

GERAÇÃO EMPREGO<br />

n.º empresa<br />

1 INOVPEÇAS, S.A. 10<br />

2 EUROMAIS, LDA. 6<br />

3 AUTO DELTA, LDA. 2<br />

4 FIMAG, LDA. 2<br />

5 VIEIRA & FREITAS, LDA. 2<br />

6 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) 1<br />

7 NIPOCAR, LDA. 1<br />

8 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. 1<br />

9 JAPOPEÇAS, LDA. 0<br />

10 POLIBATERIAS, LDA. -1<br />

Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong><br />

27


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top25<br />

DISTRIBUIDORES<br />

Peças para Veículos<br />

Pesados<br />

Os 25 Maiores distribuidores de Peças para Pesados faturaram em 2020, 124 milhões de €,<br />

menos 3,5% que no ano anterior, queda inferior ao subsetor de Peças para Ligeiros<br />

O<br />

impacto da pandemia no setor<br />

dos pesados foi francamente menor<br />

do que o previsto. O aumento<br />

da mobilidade profissional que<br />

proporcionou a logística necessária<br />

para servir as pessoas em suas casas, acabou<br />

por manter o negócio em níveis muito razoáveis.<br />

l O valor exportado aumentou 1,8 %, significando<br />

10% do total faturado.<br />

l Empregam 571 trabalhadores (-4,7%), aumentando<br />

a produtividade média para 217 mil € por<br />

trabalhador.<br />

Os indicadores financeiros mantiveram excelentes<br />

valores:<br />

l Autonomia Financeira: 53,9% dos Ativos financiados<br />

por Capitais Próprios.<br />

l Unicamente duas empresas apresentaram prejuízos.<br />

l Pequena queda dos Resultados Líquidos, mantendo<br />

Rentabilidades elevadas: 4,1% das Vendas<br />

e 7,6% dos Capitais.<br />

A Civiparts lidera em Volume de Negócios,<br />

Ativos, Capitais, VAB e Emprego. A Motorbus<br />

lidera em Resultados Líquidos e Exportações,<br />

aproximando-se da liderança em Volume de<br />

Negócios. ◆<br />

28<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


JOEL LEBRE, MOTORBUS, RECEBE DO PATROCINADOR<br />

pATxi Gorrotxategi, TALOSA, O TROFÉU 1º CLASSIFICADO<br />

QUADRO DE HONRA<br />

n.º empresa distrito<br />

1 MOTORBUS, LDA. PORTO<br />

2 VICAUTO, LDA. VISEU<br />

3 HBC II-PEÇAS AUTO, LDA. LEIRIA<br />

4 SGP-GLOBAL PARTS, LDA. LISBOA<br />

5 SUSPARTES, LDA. SETÚBAL<br />

6 VIA PESADOS, LDA. VIANA CASTELO<br />

7 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. LEIRIA<br />

8 ECOPARTES, LDA. LEIRIA<br />

9 LEIRIPESADOS-COMÉRCIO DE PEÇAS, LDA. LEIRIA<br />

10 RECAMBIOS BARREIRO,SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. PORTO<br />

RICARDO ALMEIDA, VICAUTO, RECEBE DO<br />

PATROCINADOR LUIS RIBEIRO, DIESEL<br />

TECHNIC, O TROFÉU 2º CLASSIFICADO<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

29


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top25<br />

DISTRIBUIDORES DE PEÇAS para pesados<br />

TOP 10 POR CRITÉRIO<br />

CRESCIMENTO VOLUME NEGÓCIOS<br />

n.º EMPRESA<br />

1 MOTORBUS, LDA. 23,4<br />

2 LEIRIPESADOS, LDA. 16,4<br />

3 SUSPARTES, LDA. 16,3<br />

4 VIA PESADOS, LDA. 13,0<br />

5 VICAUTO, LDA. 11,9<br />

6 ECOPARTES, LDA. 11,1<br />

7 HBC II, LDA. 7,0<br />

8 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. 6,5<br />

9 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 0,1<br />

10 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. 0,0<br />

RENTABILIDADE CAPITAL PRÓPRIO<br />

n.º EMPRESA<br />

1 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 24,4<br />

2 MOTORBUS, LDA. 21,0<br />

3 VIA PESADOS, LDA. 20,1<br />

4 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. 19,9<br />

5 VICAUTO, LDA. 17,6<br />

6 HBC II, LDA. 8,1<br />

7 ECOPARTES, LDA. 6,9<br />

8 LEIRIPESADOS, LDA. 5,5<br />

9 SUSPARTES, LDA. 5,0<br />

10 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. 2,4<br />

VALOR ACRESCENTADO BRUTO (VAB)<br />

n.º EMPRESA<br />

1 HBC II, LDA. 2 910<br />

2 MOTORBUS, LDA. 2 706<br />

3 SUSPARTES, LDA. 2 156<br />

4 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. 2 143<br />

5 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. 1 025<br />

6 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 983<br />

7 VICAUTO, LDA. 712<br />

8 VIA PESADOS, LDA. 656<br />

9 ECOPARTES, LDA. 437<br />

10 LEIRIPESADOS, LDA. 381<br />

PRODUTIVIDADE REAL<br />

n.º EMPRESA<br />

1 SUSPARTES, LDA. 239,6<br />

2 MOTORBUS, LDA. 90,2<br />

3 VICAUTO, LDA. 71,2<br />

4 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. 48,7<br />

5 LEIRIPESADOS, LDA. 47,6<br />

6 VIA PESADOS, LDA. 46,9<br />

7 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 46,8<br />

8 HBC II, LDA. 42,8<br />

9 ECOPARTES, LDA. 39,7<br />

10 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. 35,3<br />

AUTONOMIA FINANCEIRA<br />

n.º EMPRESA<br />

1 ECOPARTES, LDA. 78,2<br />

2 VICAUTO, LDA. 69,2<br />

3 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. 61,7<br />

4 MOTORBUS, LDA. 54,4<br />

5 HBC II, LDA. 54,2<br />

6 SUSPARTES, LDA. 53,9<br />

7 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 42,8<br />

8 LEIRIPESADOS, LDA. 38,9<br />

9 VIA PESADOS, LDA. 37,9<br />

10 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. 33,8<br />

GERAÇÃO EMPREGO<br />

n.º EMPRESA<br />

1 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 3<br />

2 MOTORBUS, LDA. 2<br />

3 HBC II, LDA. 1<br />

4 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. 1<br />

5 VIA PESADOS, LDA. 1<br />

6 ECOPARTES, LDA. 1<br />

7 VICAUTO, LDA. 0<br />

8 SUSPARTES, LDA. -1<br />

9 LEIRIPESADOS, LDA. -1<br />

10 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. -2<br />

30<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


TOP25 - MAIORES DISTRIBUIDORES DE PEÇAS PARA PESADOS<br />

Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2020 VOL. NEG. 2019 ATIVO 2020 RES. LIQ. 2020 CAP. PROP. 2020 VAB 2020 Nº TRAB. 2020<br />

1 CIVIPARTS, S.A LISBOA 20 246 26 651 29 277 -280 15 622 2 999 79<br />

2 MOTORBUS, LDA. PORTO 17 575 14 243 12 782 1 460 6 955 2 706 30<br />

3 HBC II, LDA. LEIRIA 13 609 12 718 11 469 506 6 219 2 910 68<br />

4 EUROPART PORTUGAL, S.A. LISBOA 8 878 10 124 5 639 -95 2 280 1 391 40<br />

5 D. COSTA, S.A. (COPEROL) LISBOA 7 864 7 871 8 203 241 3 491 1 982 69<br />

6 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. PORTO 7 273 6 827 4 192 34 1 416 1 025 29<br />

7 NASACAR, LDA. LISBOA 7 262 8 570 9 259 387 4 140 1 566 25<br />

8 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. LISBOA 5 554 5 551 3 282 343 1 405 983 21<br />

9 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. LEIRIA 4 734 4 732 4 024 494 2 482 2 143 44<br />

10 VIA PESADOS, LDA. V. DO CASTELO 3 144 2 782 2 129 162 807 656 14<br />

11 TECNIAMPER, LDA. LISBOA 3 019 3 781 5 893 355 4 684 909 15<br />

12 VICAUTO, LDA. VISEU 2 875 2 570 2 590 315 1 791 712 10<br />

13 SUSPARTES, LDA. SETÚBAL 2 765 2 377 1 889 51 1 019 2 156 9<br />

14 VISOPARTS, LDA. VISEU 2 603 2 900 2 391 197 1 509 638 10<br />

15 ECOPARTES, LDA. LEIRIA 2 057 1 852 1 508 82 1 180 437 11<br />

16 POVOA HIDRÁULICA, LDA. PORTO 1 996 2 049 2 433 11 1 545 412 15<br />

17 DMS - TRUCKS, LDA. LEIRIA 1 943 2 104 4 022 443 3 720 1 101 14<br />

18 GLOBAL PARTS SUL, LDA. SETÚBAL 1 824 1 908 869 72 263 391 10<br />

19 POLICALÇO, LDA. PORTO 1 728 1 595 2 406 37 609 336 13<br />

20 LEIRIPESADOS, LDA. LEIRIA 1 662 1 428 1 266 27 492 381 8<br />

21 COMERCIALPEÇAS - MÁRIO DE ALMEIDA & MARTINS, LDA. PORTO 1 426 1 540 2 056 174 1 282 433 8<br />

22 PROPESADOS, LDA. COIMBRA 1 160 1 306 1 449 59 775 346 8<br />

23 VOLPEÇAS, LDA COIMBRA 1 000 1 043 1 478 44 1 053 235 6<br />

24 ALMEFA, LDA. SETÚBAL 954 968 2 393 4 1 395 187 7<br />

25 GOLIPE, LDA. LISBOA 855 1 066 1 100 -43 650 126 8<br />

TOP25 - EVOLUÇÃO VOLUME NEGÓCIO DISTRIBUIDORES PEÇAS PARA PESADOS<br />

Nº EMPRESA DISTRITO<br />

VOL. NEG.<br />

2020<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (20/19)<br />

VOL. NEG.<br />

2019<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (19/18)<br />

VOL. NEG.<br />

2018<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (18/17)<br />

VOL. NEG.<br />

2017<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (17/16)<br />

1 MOTORBUS, LDA. PORTO 17 575 23,4 14 243 21,7 11 706 20,3 9 729 20,0<br />

2 LEIRIPESADOS, LDA. LEIRIA 1 662 16,4 1 428 -10,7 1 599 10,3 1 450 -1,5<br />

3 SUSPARTES, LDA. SETÚBAL 2 765 16,3 2 377 -24,8 3 159 21,2 2 606 47,1<br />

4 VIA PESADOS, LDA. V. DO CASTELO 3 144 13,0 2 782 -3,6 2 887 7,4 2 688 7,2<br />

5 VICAUTO, LDA. VISEU 2 875 11,9 2 570 11,5 2 304 13,8 2 025 4,7<br />

6 ECOPARTES, LDA. LEIRIA 2 057 11,1 1 852 -4,0 1 930 -8,5 2 110 -9,7<br />

7 POLICALÇO, LDA. PORTO 1 728 8,3 1 595 1,9 1 565 -1,4 1 588 -0,9<br />

8 HBC II - PEÇAS AUTO, LDA. LEIRIA 13 609 7,0 12 718 8,5 11 726 10,1 10 654 3,8<br />

9 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. PORTO 7 273 6,5 6 827 18,9 5 743 7,1 5 360 1,1<br />

10 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. LISBOA 5 554 0,1 5 551 15,2 4 818 26,4 3 811 22,8<br />

11 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. LEIRIA 4 734 0,0 4 732 -0,2 4 743 13,2 4 191 15,8<br />

12 D. COSTA, S.A. (COPEROL) LISBOA 7 864 -0,1 7 871 0,2 7 857 -1,8 7 997 1,3<br />

13 ALMEFA, LDA. SETÚBAL 954 -1,4 968 -21,4 1 231 -16,3 1 470 -7,4<br />

14 PÓVOA HIDRÁULICA, LDA. PORTO 1 996 -2,6 2 049 - - - -<br />

15 VOLPEÇAS, LDA COIMBRA 1 000 -4,1 1 043 22,7 850 -19,8 1 060 33,5<br />

16 GLOBAL PARTS SUL, LDA. SETÚBAL 1 824 -4,4 1 908 6,2 1 797 9,6 1 639 -<br />

17 COMERCIALPEÇAS - MÁRIO DE ALMEIDA & MARTINS, LDA. PORTO 1 426 -7,4 1 540 7,7 1 430 -5,2 1 509 12,9<br />

18 DMS - TRUCKS, LDA. LEIRIA 1 943 -7,7 2 104 -9,3 2 321 6,0 2 189 1,6<br />

19 VISOPARTS, LDA. VISEU 2 603 -10,2 2 900 14,1 2 542 11,7 2 276 4,1<br />

20 PROPESADOS, LDA. COIMBRA 1 160 -11,2 1 306 -3,6 1 355 -4,4 1 417 -6,3<br />

21 EUROPART PORTUGAL, S.A. LISBOA 8 878 -12,3 10 124 -5,8 10 742 1,2 10 619 4,2<br />

22 NASACAR, LDA. LISBOA 7 262 -15,3 8 570 -10,0 9 520 -12,5 10 874 32,9<br />

23 GOLIPE, LDA. LISBOA 855 -19,8 1 066 -2,6 1 095 -3,7 1 137 2,9<br />

24 TECNIAMPER, LDA. LISBOA 3 019 -20,2 3 781 -4,4 3 953 -1,8 4 025 18,0<br />

25 CIVIPARTS, S.A LISBOA 20 246 -24,0 26 651 -4,2 27 823 -1,5 28 241 -3,7<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong> 31


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top25<br />

Top100<br />

DISTRIBUIDORES<br />

de Equipamentos<br />

Os 25 Maiores Distribuidores de Equipamentos para Oficinas faturaram em 2020 quase 99<br />

milhões de €, menos 8,8% que em 2019, sendo o Subsetor dos Distribuidores mais penalizado<br />

pela pandemia<br />

O<br />

excelente resultado.<br />

setor dos equipamentos foi dos<br />

mais penalizados pela pandemia,<br />

tendo sido bastante afetado nos<br />

meses de abril e maio de 2020,<br />

mas a partir de julho o negócio<br />

evoluiu de forma positiva.<br />

l As Exportações caíram 7,7 % aumentando o<br />

seu peso para 8.9% da Faturação<br />

l Tem mantido o Emprego, que foi de 650 trabalhadores,<br />

pelo que a produtividade caiu para 152 mil<br />

€ por trabalhador, sensivelmente inferior à obtida<br />

pelos Distribuidores de Peças, em consequência da<br />

criação de maior Valor Acrescentado (22% do VN).<br />

A situação financeira foi afetada pela queda da<br />

faturação:<br />

l Os lucros tiveram uma queda significativa com<br />

6 empresas apresentando resultados negativos<br />

l A Autonomia Financeira aumentou para 52,5%,<br />

l As Rentabilidades médias diminuíram para 1,1%<br />

das Vendas e 1,9% dos Capitais.<br />

A Lusavouga lidera em todos os critérios quantitativos<br />

e a Meganor registou o maior crescimento do volume<br />

de negócios, seguido pela Teixeira & Chorado. ◆<br />

32<br />

Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

JORGE PINHEIRO, MEGANOR, RECEBE<br />

DO PATROCINADOR RUI FIGUEIRA,<br />

BAHCO, O TROFÉU 1º CLASSIFICADO<br />

JOSÉ BÁRBARA, KROFTOOLS,<br />

RECEBE DO PATROCINADOR RUI<br />

FIGUEIRA, BAHCO, O TROFÉU 3º<br />

CLASSIFICADO<br />

QUADRO DE HONRA<br />

n.º empresa distrito<br />

1 MEGANOR, LDA. BRAGA<br />

2 ALTARODA, S.A. PORTO<br />

3 KROFTOOLS, LDA. BRAGA<br />

4 LUSAVOUGA, S.A. LISBOA<br />

5 FORWINNERS, LDA. AVEIRO<br />

6 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. PORTO<br />

7 HISPANOR, LDA. BRAGA<br />

8 BOLAS, LDA. ÉVORA<br />

9 MGM, LDA. PORTO<br />

10 LUSAVEIRO, S.A. AVEIRO<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

josé bATista, alTA roda, recebe de<br />

pAUlo franco, ap comunicação, o<br />

troféu 2º classificado<br />

33


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top25<br />

DISTRIBUIDORES DE equipamentos<br />

TOP 10 POR CRITÉRIO<br />

CRESCIMENTO VOLUME NEGÓCIOS<br />

n.º EMPRESA<br />

1 MEGANOR, LDA. 27,6<br />

2 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. 25,5<br />

3 FORWINNERS, LDA. 19,7<br />

4 ALTARODA, S.A. 8,3<br />

5 KROFTOOLS, LDA. 7,3<br />

6 LUSAVOUGA, S.A. 6,1<br />

7 LUSAVEIRO, S.A. 3,8<br />

8 MGM, LDA. -4,9<br />

9 BOLAS, LDA. -6,8<br />

10 HISPANOR, LDA. -9,1<br />

RENTABILIDADE CAPITAL PRÓPRIO<br />

n.º EMPRESA<br />

1 FORWINNERS, LDA. 38,3<br />

2 HISPANOR, LDA. 28,3<br />

3 KROFTOOLS, LDA. 16,2<br />

4 ALTARODA, S.A. 13,5<br />

5 MGM, LDA. 11,6<br />

6 MEGANOR, LDA. 11,6<br />

7 LUSAVOUGA, S.A. 4,6<br />

8 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. 3,4<br />

9 BOLAS, LDA. 3,2<br />

10 LUSAVEIRO, S.A. 2,2<br />

VALOR ACRESCENTADO BRUTO (VAB)<br />

n.º EMPRESA<br />

1 LUSAVOUGA, S.A. 3 840<br />

2 BOLAS, LDA. 2 195<br />

3 LUSAVEIRO, S.A. 1 433<br />

4 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. 1 004<br />

5 KROFTOOLS, LDA. 887<br />

6 MEGANOR, LDA. 650<br />

7 MGM, LDA. 557<br />

8 ALTARODA, S.A. 549<br />

9 HISPANOR, LDA. 499<br />

10 FORWINNERS, LDA. 349<br />

PRODUTIVIDADE REAL<br />

n.º EMPRESA<br />

1 FORWINNERS, LDA. 69,8<br />

2 KROFTOOLS, LDA. 55,4<br />

3 MEGANOR, LDA. 50,0<br />

4 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. 41,8<br />

5 HISPANOR, LDA. 41,6<br />

6 ALTARODA, S.A. 39,2<br />

7 LUSAVEIRO, S.A. 38,7<br />

8 LUSAVOUGA, S.A. 36,9<br />

9 BOLAS, LDA. 36,0<br />

10 MGM, LDA. 25,3<br />

AUTONOMIA FINANCEIRA<br />

n.º EMPRESA<br />

1 BOLAS, LDA. 87,0<br />

2 ALTARODA, S.A. 78,5<br />

3 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. 69,2<br />

4 MGM, LDA. 59,9<br />

5 LUSAVOUGA, S.A. 50,2<br />

6 HISPANOR, LDA. 49,7<br />

7 MEGANOR, LDA. 45,3<br />

8 LUSAVEIRO, S.A. 40,8<br />

9 KROFTOOLS, LDA. 30,0<br />

10 FORWINNERS, LDA. 28,0<br />

GERAÇÃO EMPREGO<br />

n.º EMPRESA<br />

1 LUSAVOUGA, S.A. 7<br />

2 MEGANOR, LDA. 5<br />

3 ALTARODA, S.A. 1<br />

4 KROFTOOLS, LDA. 0<br />

5 HISPANOR, LDA. 0<br />

6 FORWINNERS, LDA. 0<br />

7 BOLAS, LDA. -1<br />

8 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. -1<br />

9 MGM, LDA. -1<br />

10 LUSAVEIRO, S.A. -2<br />

34<br />

Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

TOP25 - MAIORES DISTRIBUIDORES DE EQUIPAMENTOS<br />

Nº DISTRITO VOL. NEG. 2020 VOL. NEG. 2019 ATIVO 2020 RES. LIQ. 2020 CAP. PROP. 2020 VAB 2020 Nº TRAB. 2020<br />

1 LUSAVOUGA, S.A. AVEIRO 22 762 21 447 26 355 606 13 240 3 840 104<br />

2 LUSAVEIRO, S.A. AVEIRO 10 348 9 969 10 135 89 4 137 1 433 37<br />

3 LUSILECTRA, S.A. PORTO 10 310 14 497 12 007 -621 5 849 2 134 64<br />

4 BOLAS, LDA. ÉVORA 9 978 10 701 11 020 306 9 582 2 195 61<br />

5 RUBETE, S.A. PORTO 4 634 5 334 4 493 -126 819 1 309 56<br />

6 COMETIL, S.A. LISBOA 4 602 5 475 6 549 -121 4 024 917 31<br />

7 CETRUS, LDA. BRAGA 3 964 4 508 5 590 12 1 734 1 500 44<br />

8 INTERMACO, LDA. AVEIRO 3 752 4 229 2 529 13 1 781 931 34<br />

9 KROFTOOLS, LDA. BRAGA 3 670 3 419 3 819 185 1 145 887 16<br />

10 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. PORTO 3 234 2 577 4 009 93 2 774 1 004 24<br />

11 FERROL 2, S.A. LEIRIA 2 667 3 464 2 415 2 554 378 11<br />

12 FONSECA, MATOS & FERREIRA, LDA. LISBOA 2 541 3 965 4 094 -121 2 738 384 15<br />

13 ALTARODA, S.A. PORTO 1 793 1 656 1 948 206 1 529 549 14<br />

14 HELDER - MÁQUINAS E FERRAMENTAS, LDA. LEIRIA 1 750 2 107 1 041 2 229 445 16<br />

15 PROXIRA, LDA LISBOA 1 735 1 365 884 64 274 321 11<br />

16 HISPANOR, LDA. BRAGA 1 665 1 831 980 138 487 499 12<br />

17 MGM, LDA. PORTO 1 489 1 565 1 191 83 714 557 22<br />

18 TECNIVERCA, LDA. LISBOA 1 369 1 610 1 773 -61 1 214 232 12<br />

19 FORWINNERS, LDA. AVEIRO 1 323 1 105 1 112 119 311 349 5<br />

20 IMPACTO, LDA. PORTO 1 242 1 489 1 596 4 1 388 257 8<br />

21 DOMINGOS & MORGADO 2, LDA. PORTO 1 195 1 715 1 182 -64 237 390 13<br />

22 GONÇALTEAM, LDA. SETÚBAL 1 180 1 670 1 954 66 798 434 12<br />

23 MEGANOR, LDA. BRAGA 967 758 878 46 398 650 13<br />

24 CONVERSA DE MÃOS, LDA. PORTO 881 1 124 719 65 323 271 10<br />

25 PINTO DA COSTA & COSTA, LDA. BRAGA 775 1 051 722 71 559 235 7<br />

TOP25 - EVOLUÇÃO VOLUME NEGÓCIO DISTRIBUIDORES DE EQUIPAMENTOS<br />

Nº EMPRESA DISTRITO<br />

VOL. NEG.<br />

2020<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (20/19)<br />

VOL. NEG.<br />

2019<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (19/18)<br />

VOL. NEG.<br />

2018<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (18/17)<br />

VOL. NEG.<br />

2017<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (17/16)<br />

1 MEGANOR, LDA. BRAGA 967 758 - - - - - -<br />

2 PROXIRA, LDA LISBOA 1 735 1 365 - - - - - -<br />

3 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. PORTO 3 234 2 577 10,5 2 332 2 332 5,6 2 209 -12,3<br />

4 FORWINNERS, LDA. AVEIRO 1 323 1 105 8,2 1 021 1 021 -0,5 1 026 36,4<br />

5 ALTARODA, S.A. PORTO 1 793 1 656 18,8 1 394 1 394 -0,2 1 397 9,1<br />

6 KROFTOOLS, LDA. BRAGA 3 670 3 419 21,7 2 810 2 810 16,9 2 404 11,2<br />

7 LUSAVOUGA, S.A. AVEIRO 22 762 21 447 -5,2 22 621 22 621 15,6 19 560 8,9<br />

8 LUSAVEIRO, S.A. AVEIRO 10 348 9 969 -4,4 10 432 10 432 -0,1 10 440 11,0<br />

9 MGM, LDA. PORTO 1 489 1 565 12,7 1 389 1 389 18,5 1 172 9,0<br />

10 BOLAS, LDA. ÉVORA 9 978 10 701 2,1 10 478 10 478 2,7 10 201 15,4<br />

11 HISPANOR, LDA. BRAGA 1 665 1 831 34,7 1 359 1 359 10,7 1 228 -3,5<br />

12 INTERMACO, LDA. AVEIRO 3 752 4 229 1,7 4 157 4 157 7,3 3 875 -9,9<br />

13 CETRUS, LDA. BRAGA 3 964 4 508 -7,7 4 882 4 882 52,1 3 210 7,1<br />

14 RUBETE, S.A. PORTO 4 634 5 334 -2,5 5 471 5 471 3,1 5 306 5,9<br />

15 TECNIVERCA, LDA. LISBOA 1 369 1 610 3,1 1 561 1 561 -7,1 1 681 18,7<br />

16 COMETIL, S.A. LISBOA 4 602 5 475 -4,8 5 749 5 749 14,3 5 028 5,0<br />

17 IMPACTO, LDA. PORTO 1 242 1 489 10,4 1 349 1 349 3,6 1 302 -0,7<br />

18 HELDER MÁQUINAS, LDA. LEIRIA 1 750 2 107 6,0 1 988 1 988 16,1 1 713 22,0<br />

19 CONVERSA DE MÃOS , LDA. PORTO 881 1 124 -1,6 1 142 1 142 2,5 1 114 3,7<br />

20 FERROL 2, S.A. LEIRIA 2 667 3 464 15,2 3 006 3 006 10,2 2 728 2,8<br />

21 PINTO DA COSTA & COSTA, LDA. BRAGA 775 1 051 -14,5 1 229 1 229 55,8 789 -18,7<br />

22 LUSILECTRA, S.A. PORTO 10 310 14 497 11,2 13 041 13 041 3,8 12 562 1,4<br />

23 GONÇALTEAM, LDA. SETÚBAL 1 180 1 670 -7,8 1 811 1 811 16,3 1 557 1,0<br />

24 DOMINGOS & MORGADO 2 , LDA. PORTO 1 195 1 715 -10,2 1 909 1 909 -2,3 1 954 14,9<br />

25 FONSECA, MATOS & FERREIRA, LDA. LISBOA 2 541 3 965 - - - -<br />

Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong> 35


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top25<br />

DISTRIBUIDORES<br />

de repintura<br />

Os 25 maiores Distribuidores deste setor faturaram 73 milhões de € e empregam<br />

431 trabalhadores, tendo uma produtividade média de 169 mil € por trabalhador<br />

O<br />

setor da colisão e repintura automóvel<br />

não ficou imune ao impacto<br />

da pandemia. Sem viaturas em<br />

circulação, sem acidentes, sem<br />

turismo, sem rent-a-cars, o setor<br />

viu o negócio começar a descer, no entanto revelou<br />

que sempre acreditou na capacidade de resiliência<br />

dos profissionais que nunca deixaram de estar em<br />

contacto com o cliente.<br />

Apesar da quebra de negócios, o exercício de<br />

2020 deste grupo de empresas teve alguns aspetos<br />

positivos:<br />

l Excelentes Resultados Líquidos mantendo valores<br />

elevados das Rentabilidades: 6,1% das Vendas<br />

e 10,1% dos Capitais.<br />

l Unicamente três empresas com Resultados<br />

Negativos.<br />

l O emprego cresceu em 6 trabalhadores.<br />

l É o sector com maior incidência do VAB sobre<br />

o total do Negócio: 25%<br />

l Queda da faturação de 2,7%<br />

A Carsistema é líder em Volume de Negócios e em<br />

Exportação. A Portepim tem os maiores Ativos,<br />

Autoflex tem os maiores Capitais, Loja das Tintas<br />

gera os maiores Resultados e maior VAB e as<br />

Tintas Silaca são o maior empregador. ◆<br />

36 Top100 Aftermarket 2020


AGOSTINHO MATOS, CENTROCOR,<br />

RECEBE DA PATROCINADORA<br />

GRISÉLIA AFONSO, SKF, O TROFÉU<br />

3º CLASSIFICADO<br />

bruno pereira, ltintas, recebeu dos<br />

pATRocinadores PAULO MARTINS,<br />

TECH One, e grisélia Afonso, SKF, o<br />

troféu 1º classificado<br />

JOANA SILVA, AUTOFLEX, RECEBE DO<br />

PATROCINADOR PAULO MARTINS, TECH<br />

ONE, O TROFÉU 2º CLASSIFICADO<br />

QUADRO DE HONRA<br />

n.º empresa distrito<br />

1 LTINTAS, LDA. SETÚBAL<br />

2 AUTOFLEX, LDA. AVEIRO<br />

3 CENTROCOR, LDA PORTO<br />

4 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC) LISBOA<br />

5 COTEQ, S.A. BRAGA<br />

6 SOTINAR LISBOA, LDA. LISBOA<br />

7 SOTINAR FEIRA, LDA. AVEIRO<br />

8 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) PORTO<br />

9 SODICOR, S.A. LEIRIA<br />

10 FANLAC, LDA. LISBOA<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

37


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top25<br />

DISTRIBUIDORES DE REPINTURA<br />

TOP 10 POR CRITÉRIO<br />

CRESCIMENTO VOLUME NEGÓCIOS<br />

n.º EMPRESA<br />

1 LTINTAS, LDA. 36,0<br />

2 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) 10,5<br />

3 FANLAC, LDA 8,0<br />

4 AUTOFLEX, LDA 6,1<br />

5 COTEQ, S.A. 6,1<br />

6 SOTINAR FEIRA, LDA. 4,4<br />

7 SOTINAR LISBOA, LDA. 2,0<br />

8 CENTROCOR, LDA 0,4<br />

9 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) 0,4<br />

10 SODICOR, S.A. -1,0<br />

RENTABILIDADE CAPITAL PRÓPRIO<br />

n.º EMPRESA<br />

1 LTINTAS, LDA. 32,0<br />

2 SOTINAR LISBOA, LDA. 15,9<br />

3 SOTINAR FEIRA, LDA. 14,2<br />

4 COTEQ, S.A. 11,0<br />

5 CENTROCOR, LDA 10,1<br />

6 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) 9,6<br />

7 AUTOFLEX, LDA 9,3<br />

8 SODICOR, S.A. 7,4<br />

9 FANLAC, LDA 2,1<br />

10 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) 0,5<br />

VALOR ACRESCENTADO BRUTO (VAB)<br />

n.º EMPRESA<br />

1 LTINTAS, LDA. 1 598<br />

2 AUTOFLEX, LDA 1 460<br />

3 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) 1 224<br />

4 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) 926<br />

5 CENTROCOR, LDA 828<br />

6 COTEQ, S.A. 817<br />

7 SODICOR, S.A. 617<br />

8 SOTINAR LISBOA, LDA. 515<br />

9 FANLAC, LDA 404<br />

10 SOTINAR FEIRA, LDA. 392<br />

PRODUTIVIDADE REAL<br />

n.º EMPRESA<br />

1 LTINTAS, LDA. 57,1<br />

2 AUTOFLEX, LDA 56,2<br />

3 SOTINAR FEIRA, LDA. 56,0<br />

4 SOTINAR LISBOA, LDA. 51,5<br />

5 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) 49,0<br />

6 CENTROCOR, LDA 41,4<br />

7 COTEQ, S.A. 37,1<br />

8 FANLAC, LDA 26,9<br />

9 SODICOR, S.A. 24,7<br />

10 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) 19,7<br />

AUTONOMIA FINANCEIRA<br />

n.º EMPRESA<br />

1 AUTOFLEX, LDA 93,4<br />

2 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) 87,4<br />

3 COTEQ, S.A. 83,5<br />

4 SOTINAR FEIRA, LDA. 75,3<br />

5 CENTROCOR, LDA 70,0<br />

6 SOTINAR LISBOA, LDA. 56,3<br />

7 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) 52,9<br />

8 LTINTAS, LDA. 52,2<br />

9 SODICOR, S.A. 38,0<br />

10 FANLAC, LDA 22,5<br />

GERAÇÃO EMPREGO<br />

n.º EMPRESA<br />

1 CENTROCOR, LDA 3<br />

2 SODICOR, S.A. 2<br />

3 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) 1<br />

4 LTINTAS, LDA. 1<br />

5 AUTOFLEX, LDA 1<br />

6 FANLAC, LDA 1<br />

7 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) 0<br />

8 COTEQ, S.A. 0<br />

9 SOTINAR LISBOA, LDA. 0<br />

10 SOTINAR FEIRA, LDA. 0<br />

38<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


TOP25 - MAIORES DISTRIBUIDORES DE REPINTURA<br />

Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2020 VOL. NEG. 2019 ATIVO 2020 RES. LIQ. 2020 CAP. PROP. 2020 VAB 2020 Nº TRAB. 2020<br />

1 CARSISTEMA PORTUGAL, S.A. COIMBRA 6 547 7 172 7 444 495 2 459 1 167 9<br />

2 LTINTAS, LDA. SETÚBAL 6 404 4 710 4 392 735 2 294 1 598 28<br />

3 AUTOFLEX, LDA AVEIRO 5 709 5 380 6 778 587 6 329 1 460 26<br />

4 PORTEPIM, S.A. COIMBRA 5 644 6 124 8 106 378 5 368 1 428 7<br />

5 IMPOESTE, S.A. LISBOA 4 517 6 769 7 099 -168 1 427 739 34<br />

6 QUIMIRÉGUA,, LDA. VILA REAL 4 366 4 600 6 604 517 3 836 1 118 24<br />

7 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) LISBOA 4 284 4 268 4 169 350 3 645 1 224 25<br />

8 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) PORTO 3 663 3 314 4 555 12 2 410 926 47<br />

9 COTEQ, S.A. BRAGA 3 105 2 927 2 656 244 2 217 817 22<br />

10 CENTROCOR, LDA PORTO 2 826 2 814 3 973 282 2 783 828 20<br />

11 ASB - ÁLVARO DE SOUSA BORREGO, S.A LISBOA 2 745 3 125 2 937 -26 418 664 20<br />

12 ROBERLO PORTUGAL, UNIPESSOAL LDA AVEIRO 2 497 2 551 1 255 -1 447 563 14<br />

13 MOTA & PIMENTA, LDA. BRAGA 2 270 2 353 2 500 88 1 102 829 22<br />

14 SOTINAR LISBOA, LDA. LISBOA 2 211 2 167 1 014 91 571 515 10<br />

15 SOTINAR COIMBRA, LDA. COIMBRA 2 102 2 210 1 193 81 508 501 12<br />

16 SODICOR, S.A. LEIRIA 2 057 2 078 2 518 71 958 617 25<br />

17 LOVISTIN, LDA. VISEU 1 806 1 930 2 413 156 1 481 527 12<br />

18 FANLAC, LDA LISBOA 1 804 1 671 2 071 10 467 404 15<br />

19 SOTINAR PORTO, LDA. PORTO 1 767 1 902 1 293 140 935 497 10<br />

20 SOTINAR FEIRA, LDA. AVEIRO 1 463 1 401 928 99 699 392 7<br />

21 SOTINAR DOIS, LDA. AVEIRO 1 447 1 637 1 736 164 1 651 424 8<br />

22 GRAVITYPAINT, LDA. LISBOA 1 206 1 204 653 48 178 299 7<br />

23 ADALBERTO, LDA. COIMBRA 875 891 651 63 583 267 9<br />

24 LUBRITIN, LDA. CASTELO BRANCO 856 879 980 26 928 255 10<br />

25 TINTAUTO, LDA. LISBOA 770 853 875 25 442 171 8<br />

TOP25 - EVOLUÇÃO VOLUME NEGÓCIO DISTRIBUIDORES DE REPINTURA<br />

Nº EMPRESA DISTRITO<br />

VOL. NEG.<br />

2020<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (20/19)<br />

VOL. NEG.<br />

2019<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (19/18)<br />

VOL. NEG.<br />

2018<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (18/17)<br />

VOL. NEG.<br />

2017<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (17/16)<br />

1 L TINTAS, LDA. SETÚBAL 6 404 36,0 4 710 -0,4 4 727 -3,7 4 908 10,0<br />

2 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) PORTO 3 663 10,5 3 314 -1,9 3 378 -1,9 3 445 -0,9<br />

3 FANLAC, LDA LISBOA 1 804 8,0 1 671 7,9 1 549 -1,4 1 571 20,1<br />

4 AUTOFLEX, LDA AVEIRO 5 709 6,1 5 380 2,8 5 234 4,0 5 033 6,5<br />

5 COTEQ, S.A. BRAGA 3 105 6,1 2 927 -0,4 2 938 7,1 2 743 1,9<br />

6 SOTINAR FEIRA, LDA. AVEIRO 1 463 4,4 1 401 1,6 1 379 16,7 1 182 12,7<br />

7 SOTINAR LISBOA, LDA. LISBOA 2 211 2,0 2 167 -1,5 2 200 6,6 2 063 15,8<br />

8 CENTROCOR, LDA PORTO 2 826 0,4 2 814 0,0 2 814 17,2 2 401 8,3<br />

9 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) LISBOA 4 284 0,4 4 268 4,9 4 069 5,4 3 859 1,2<br />

10 GRAVITYPAINT, LDA. LISBOA 1 206 0,2 1 204 - - - - -<br />

11 SODICOR, S.A. LEIRIA 2 057 -1,0 2 078 -2,8 2 138 -0,6 2 151 13,4<br />

12 ADALBERTO, LDA. COIMBRA 875 -1,8 891 3,1 864 -3,5 895 10,1<br />

13 ROBERLO PORTUGAL, UNIPESSOAL LDA AVEIRO 2 497 -2,1 2 551 6,8 2 388 2,1 2 339 -<br />

14 LUBRITIN, LDA. CASTELO BRANCO 856 -2,6 879 -63,3 896 1,5 883 -0,5<br />

15 ASB - ÁLVARO DE SOUSA BORREGO, S.A LISBOA 2 745 -2,9 3 125 5,2 2 970 -0,2 2 977 21,0<br />

16 MOTA & PIMENTA, LDA. BRAGA 2 270 -3,5 2 353 6,3 2 213 10,9 1 996 -5,3<br />

17 SOTINAR COIMBRA, LDA. COIMBRA 2 102 -4,9 2 210 12,8 1 959 -5,8 2 079 10,0<br />

18 QUIMIRÉGUA, LDA. VILA REAL 4 366 -5,1 4 600 6,5 4 318 7,1 4 033 19,1<br />

19 LOVISTIN, LDA. VISEU 1 806 -6,4 1 930 -5,5 2 043 12,7 1 812 19,8<br />

20 SOTINAR PORTO, LDA. PORTO 1 767 -7,1 1 902 -0,2 1 906 -2,5 1 955 14,8<br />

21 PORTEPIM, S.A. COIMBRA 5 644 -7,8 6 124 -0,5 6 157 7,0 5 752 18,2<br />

22 CARSISTEMA PORTUGAL, S.A. COIMBRA 6 547 -8,7 7 172 4,0 6 899 11,8 6 171 8,0<br />

23 TINTAUTO, LDA. LISBOA 770 -9,7 853 16,5 732 - - -<br />

24 SOTINAR DOIS, LDA. AVEIRO 1 447 -11,6 1 637 -2,2 1 673 4,4 1 603 10,3<br />

25 IMPOESTE, S.A. LISBOA 4 517 -33,3 6 769 -7,7 7 336 1,5 7 231 -0,2<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong> 39


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top18<br />

DISTRIBUIDORES<br />

de Pneus<br />

Incluímos nesta análise as Empresas Distribuidoras de Pneus, sem incluir os fabricantes. Os 18<br />

Maiores Distribuidores de Pneus faturaram 200 milhões de € no ano 2020, com crescimento<br />

de 0,3%, sendo um dos raros setores com crescimento em ano de Pandemia<br />

Apesar da falta de matéria prima, do<br />

aumento de custo dos contentores<br />

e das margens reduzidas, o setor<br />

da distribuição de pneus registou<br />

crescimento em 2020. Os primeiros<br />

dois meses do ano foram praticamente parados,<br />

mas a partir de junho de 2020 o setor começou<br />

a recuperar e acabou o ano com os objetivos que<br />

as empresas tinham planeado.<br />

l Aumentou em 6,8% o número de trabalhadores<br />

que totalizaram 423.<br />

l A produtividade do setor é de 472 mil € por trabalhador,<br />

muito superior a dos outros subsetores.<br />

A situação financeira também evoluiu favoravelmente:<br />

l Os lucros aumentaram em 9,4%, sendo três o<br />

número de empresas com Prejuízos.<br />

l Autonomia Financeira aumentou para 49,6%,<br />

excelente resultado.<br />

l As Rentabilidades médias tiveram valores (excelentes)<br />

de 3,1% das Vendas e 7,8% dos Capitais<br />

S. José Pneus lidera em todos os indicadores<br />

quantitativos. AB Tyres e Dispnal Pneus<br />

ocupam os restantes lugares do podium dos<br />

maiores distribuidores de pneus do ano 2020 ◆<br />

40<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


FILIPE BANDEIRA, AB TYRES, RECEBE<br />

DO PATROCINADOR NUNO ALMEIDA,<br />

MOTORTEC MADRID, O TROFÉU<br />

2º CLASSIFICADO<br />

LUIS ANICETO, S. JOSÉ PNEUS, RECEBEU<br />

O TROFÉU 1º CLASSIFICADO<br />

RUI MIGUEL CHORADO, DISPNAL, RECEBE DO<br />

PATROCINADOR NUNO ALMEIDA, MOTORTEC<br />

MADRID, O TROFÉU 3º CLASSIFICADO<br />

QUADRO DE HONRA<br />

n.º empresa distrito<br />

1 S. JOSÉ PNEUS, LDA. COIMBRA<br />

2 AB TYRES, S.A. COIMBRA<br />

3 DISPNAL PNEUS, S.A. PORTO<br />

4 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. LISBOA<br />

5 RECAMBIOS FRAIN, LDA. PORTO<br />

6 PSI PNEUS, LDA. COIMBRA<br />

7 PRISMANIL, LDA. BRAGA<br />

8 RODRIGUES E FILHOS, LDA. BRAGA<br />

9 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL, LDA. PORTO<br />

10 DACUNHA, LDA. PORTO<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

41


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top18<br />

DISTRIBUIDORES DE PNEUS<br />

TOP 10 POR CRITÉRIO<br />

CRESCIMENTO VOLUME NEGÓCIOS<br />

n.º EMPRESA<br />

1 PSI PNEUS, LDA. 334,0<br />

2 RODRIGUES E FILHOS, LDA. 82,3<br />

3 DACUNHA, LDA. 76,2<br />

4 PRISMANIL, LDA. 36,0<br />

5 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 25,1<br />

6 RECAMBIOS FRAIN, LDA. 22,6<br />

7 AB TYRES, S.A. 17,6<br />

8 DISPNAL PNEUS, S.A. 8,6<br />

9 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. 6,9<br />

10 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL, LDA. 1,1<br />

RENTABILIDADE CAPITAL PRÓPRIO<br />

n.º EMPRESA<br />

1 AB TYRES, S.A. 14,4<br />

2 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL 12,6<br />

3 RECAMBIOS FRAIN, LDA. 11,7<br />

4 PSI PNEUS, LDA. 11,0<br />

5 DISPNAL PNEUS, S.A. 10,0<br />

6 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. 9,9<br />

7 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 8,4<br />

8 PRISMANIL, LDA. 7,6<br />

9 DACUNHA, LDA. 7,0<br />

10 RODRIGUES E FILHOS, LDA. 7,0<br />

VALOR ACRESCENTADO BRUTO (VAB)<br />

n.º EMPRESA<br />

1 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 5 302<br />

2 DISPNAL PNEUS, S.A. 2 451<br />

3 AB TYRES, S.A. 2 182<br />

4 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. 924<br />

5 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL 784<br />

6 PRISMANIL, LDA. 347<br />

7 RODRIGUES E FILHOS, LDA. 267<br />

8 RECAMBIOS FRAIN, LDA. 213<br />

9 DACUNHA, LDA. 193<br />

10 PSI PNEUS, LDA. 164<br />

PRODUTIVIDADE REAL<br />

n.º EMPRESA<br />

1 AB TYRES, S.A. 14,4<br />

2 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL 12,6<br />

3 RECAMBIOS FRAIN, LDA. 11,7<br />

4 PSI PNEUS, LDA. 11,0<br />

5 DISPNAL PNEUS, S.A. 10,0<br />

6 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. 9,9<br />

7 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 8,4<br />

8 PRISMANIL, LDA. 7,6<br />

9 DACUNHA, LDA. 7,0<br />

10 RODRIGUES E FILHOS, LDA. 7,0<br />

AUTONOMIA FINANCEIRA<br />

n.º EMPRESA<br />

1 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 80,7<br />

2 DISPNAL PNEUS, S.A. 79,1<br />

3 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. 59,4<br />

4 RODRIGUES E FILHOS, LDA. 54,8<br />

5 PSI PNEUS, LDA. 43,6<br />

6 AB TYRES, S.A. 38,2<br />

7 PRISMANIL, LDA. 36,2<br />

8 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL 18,4<br />

9 RECAMBIOS FRAIN, LDA. 10,0<br />

10 DACUNHA, LDA. 9,7<br />

GERAÇÃO EMPREGO<br />

n.º EMPRESA<br />

1 AB TYRES, S.A. 20<br />

2 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 7<br />

3 RODRIGUES E FILHOS, LDA. 5<br />

4 DISPNAL PNEUS, S.A. 4<br />

5 PSI PNEUS, LDA. 3<br />

6 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. 0<br />

7 RECAMBIOS FRAIN, LDA. 0<br />

8 PRISMANIL, LDA. 0<br />

9 DACUNHA, LDA. 0<br />

10 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL -1<br />

42<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


TOP18 - MAIORES DISTRIBUIDORES DE PNEUS<br />

Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2020 VOL. NEG. 2019 ATIVO 2020 RES. LIQ. 2020 CAP. PROP. 2020 VAB 2020 Nº TRAB. 2020<br />

1 S. JOSÉ PNEUS, LDA. COIMBRA 44 772 35 794 34 829 2 977 28 090 5 302 62<br />

2 AB TYRES, S.A. COIMBRA 31 398 26 708 29 354 1 060 11 202 2 182 48<br />

3 DISPNAL PNEUS, S.A. PORTO 24 518 22 568 18 607 881 14 724 2 451 40<br />

4 NEX TYRES, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL LISBOA 17 998 18 479 9 263 376 913 1 078 16<br />

5 TIRSO PNEUS, LDA. PORTO 11 684 13 956 7 082 -260 1 009 179 17<br />

6 R.S. CONTRERAS, LDA. LISBOA 10 896 11 100 6 536 216 2 666 969 24<br />

7 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL, LDA. LISBOA 9 877 9 771 8 738 132 1 607 784 18<br />

8 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. LISBOA 9 176 8 580 5 978 498 3 548 924 17<br />

9 AGUESPORT, LDA. AVEIRO 8 958 20 276 8 173 81 2 559 810 25<br />

10 PNEUS CRUZEIRO, LDA. BRAGA 8 712 9 626 8 633 644 3 038 1 184 17<br />

11 COVIPNEUS, LDA. CASTELO BRANCO 6 151 9 587 6 974 -677 3 299 806 61<br />

12 CHAVECA & JANEIRA, LDA. FARO 3 592 4 177 3 303 -57 2 157 635 37<br />

13 PRISMANIL, LDA. BRAGA 2 636 1 938 1 268 106 459 347 5<br />

14 RECAMBIOS FRAIN, LDA. PORTO 2 494 2 035 931 40 93 213 5<br />

15 PNEURAMA, LDA. PORTO 1 971 2 366 2 312 61 851 240 6<br />

16 RODRIGUES E FILHOS, LDA. BRAGA 1 861 1 021 2 127 21 1 166 267 15<br />

17 PSI PNEUS, LDA. COIMBRA 1 801 415 1 542 14 672 164 5<br />

18 DACUNHA, LDA. PORTO 1 355 769 1 951 8 190 193 5<br />

TOP18 - EVOLUÇÃO VOLUME NEGÓCIOS DISTRIBUIDORES DE PNEUS<br />

Nº EMPRESA DISTRITO<br />

VOL. NEG.<br />

2020<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (20/19)<br />

VOL. NEG.<br />

2019<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (19/18)<br />

VOL. NEG.<br />

2018<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (18/17)<br />

VOL. NEG.<br />

2017<br />

CRESC. VOL. NEG.<br />

(17/16)<br />

1 PSI PNEUS, LDA. COIMBRA 1 801 334,0 415 - - - - -<br />

2 RODRIGUES E FILHOS, LDA. BRAGA 1 861 82,3 1 021 - - - - -<br />

3 DACUNHA, LDA. PORTO 1 355 76,2 769 -16,7 923 -18,7 1 135 -2,0<br />

4 PRISMANIL, LDA. BRAGA 2 636 36,0 1 938 - - - - -<br />

5 S. JOSÉ PNEUS, LDA. COIMBRA 44 772 25,1 35 794 -3,6 37 118 11,1 33 412 6,8<br />

6 RECAMBIOS FRAIN, LDA. PORTO 2 494 22,6 2 035 - - - - -<br />

7 AB TYRES, S.A. COIMBRA 31 398 17,6 26 708 2,4 26 080 -35,3 40 317 32,5<br />

8 DISPNAL PNEUS, S.A. PORTO 24 518 8,6 22 568 10,1 20 490 -2,1 20 921 21,1<br />

9 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. LISBOA 9 176 6,9 8 580 - - - - -<br />

10 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL, LDA. LISBOA 9 877 1,1 9 771 0,5 9 719 8,0 8 996 23,1<br />

11 R.S. CONTRERAS, LDA. LISBOA 10 896 -1,8 11 100 15,6 9 605 -2,5 9 854 2,2<br />

12 NEX TYRES, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL LISBOA 17 998 -2,6 18 479 17,3 15 759 16,8 13 489 -<br />

13 PNEUS CRUZEIRO, LDA. BRAGA 8 712 -9,5 9 626 -3,7 9 997 -37,6 16 027 13,0<br />

14 CHAVECA & JANEIRA, LDA. FARO 3 592 -14,0 4 177 0,5 4158 0,6 4 135 4,1<br />

15 TIRSO PNEUS, LDA. PORTO 11 684 -16,3 13 956 -9,6 15 431 3,1 14 971 -2,6<br />

16 PNEURAMA, LDA. PORTO 1 971 -16,7 2 366 22,1 1937 6,0 1 828 3,6<br />

17 COVIPNEUS, LDA. CASTELO BRANCO 6 151 -35,8 9 587 -19,7 11 938 -23,7 15 636 13,5<br />

18 AGUESPORT, LDA. AVEIRO 8 958 -55,8 20 276 47,0 13 789 3,5 13 317 -21,7<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong> 43


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Balanço do mercado peças PARA veículos ligeiros<br />

Ameaças e<br />

oportunidades<br />

Toda a sociedade está a mudar a um ritmo demasiado rápido, mas o setor automóvel,<br />

e o aftermarket em particular, muda a um ritmo vertiginoso. As empresas enfrentam desafios e<br />

ameaças impensáveis há uns tempos atrás, mas também surgem oportunidades para aquelas<br />

que estejam disponíveis e abertas à mudança, à inovação e adaptação do seu negócio<br />

Os profissionais do aftermarket<br />

têm estado a preparar-se para<br />

os novos tempos pós-Covid que<br />

trazem muitas dúvidas e incertezas.<br />

A melhor forma para o fazer<br />

é manterem-se atualizados de uma forma geral<br />

com as várias novidades do setor e perceber e interpretar<br />

os sinais que o próprio mercado vai dando.<br />

Mas as ameaças só são perigosas ou danosas<br />

para quem não quer evoluir. Apresentam imensos<br />

desafios e, sem dúvida que, apesar de poderem<br />

trazer dissabores, são sempre as melhores formas<br />

de aprender e de crescer. As oportunidades, para<br />

os que estão disponíveis e abertos à mudança, sem<br />

dúvida que vão traduzir-se em frutos mais tarde.<br />

O aumento de custo dos transportes das mercadorias<br />

em contentores e a inflação do preço das<br />

matérias primas estão a fazer disparar os preços<br />

das peças, reduzindo cada vez mais a margem de<br />

lucro dos fabricantes. Na distribuição assiste-se à<br />

concentração do negócio em grandes grupos e o<br />

desenvolvimento de plataformas B2B que estão a<br />

alterar o modelo tradicional de negócio.<br />

As marcas automóveis, por sua vez, vão melhorar<br />

o seu posicionamento a curto prazo na distribuição<br />

de peças de substituição, num mercado no qual<br />

as barreiras entre o canal de marcas e o canal<br />

independente tendem a desaparecer. O número<br />

de decisores sobre onde realizar a reparação do<br />

veículo irá diminuir, o que resultará numa con-<br />

44 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


centração do negócio de pós-venda.<br />

A consolidação da redução da procura por veículos<br />

diesel pode colocar em perigo a sustentabilidade<br />

de alguns fabricantes de peças de substituição. Por<br />

outro lado, o acesso aos dados do veículo tornará<br />

este num elemento ativo no sistema de pós-venda,<br />

sendo que o futuro da mobilidade será elétrico.<br />

Estas tendências vão afetar o volume e a estrutura<br />

do mercado bem como os modelos de negócio de<br />

todos os agentes.<br />

rigorosa e atempada, permite que as empresas<br />

consigam ter alguma tranquilidade em momentos<br />

de grande incerteza.<br />

Durante a pandemia ficou também provado o que<br />

já se sabia – que o overservice prestado nos serviços<br />

associados à logística é um desvio perverso e desnecessário<br />

do que seria adequado e conveniente,<br />

que causa custos enormes e desnecessários para as<br />

empresas. Não existe uma necessidade real para que<br />

assim seja, mas enquanto for abusivamente usado<br />

como fator diferenciador, em vez de coisas que<br />

realmente acrescentem valor, não há nada a fazer.<br />

A importância da digitalização da empresa e dos<br />

seus processos já era reconhecida como necessidade,<br />

mas a pandemia só veio reforçar esta urgência.<br />

De igual forma a resiliência necessária para prosseguir<br />

o caminho delineado independentemente<br />

dos obstáculos que todos sentimos. A otimização<br />

de recursos, especialmente os humanos foi uma<br />

realidade, bem como a capacitação de que há<br />

valores inegociáveis: as vendas são sempre uma<br />

referência, mas os valores da honestidade, da<br />

transparência e da vida em si saíram reforçados<br />

neste momento delicado.<br />

Mais do que ensinamentos, esta crise veio confirmar<br />

a importância das colaborações e parcerias entre<br />

empresas. A estratégia de foco no cliente, disponibilizando<br />

todas as ferramentas que estes necessitam para<br />

a sua atividade e conseguir ajudá-los a desenvolver e<br />

fazer crescer os seus negócios, permitiu que muitas<br />

empresas ultrapassassem esta crise juntos.<br />

Devoluções continuam<br />

a ser problema<br />

Com ou sem pandemia, as devoluções continuam<br />

a ser um dos temas mais complexos e sensíveis de<br />

abordar. As mesmas continuam a existir, por vezes<br />

com motivos ou justificações inacreditáveis e se<br />

existisse mais diálogo entre os diversos players e<br />

regras mais claras para todos, podería minimizar-<br />

-se o seu impacto, que realmente consomem muito<br />

tempo e recursos.<br />

Empresa<br />

Top100<br />

O problema logístico das devoluções é algo já identificado<br />

há muito por todos os players do Aftermarket<br />

mas para o qual tem sido complicado encontrar<br />

uma solução eficaz. As empresas fazem tudo para<br />

mitigar o custo da sua gestão, que se transforma<br />

em perda de rentabilidade e produtividade para<br />

todos os intervenientes. Neste momento é possível<br />

através de plataformas online fazer a devolução<br />

por referência, incluindo motivo e comentários sobre<br />

a devolução, bem como anexar fotografias das<br />

peças. Este processo liberta os recursos humanos<br />

afetos a esta área, para se concentrarem em casos<br />

mais sensíveis, aumentando mais uma vez o nível<br />

de serviço. Deste modo, a oficina consegue perceber<br />

de imediato se a sua devolução é aceite ou não e se<br />

a mesma acarreta custos adicionais. Sendo assim,<br />

é possível poupar tempo e recursos tanto para a<br />

oficina, como para os distribuidores<br />

Falhas stock preocupam setor<br />

Um dos receios que se verifica hoje nem é tanto<br />

o preço das peças, mas sim mesmo a existência<br />

em stock das próprias peças, o que nem sempre<br />

é possível. As falhas de stock são uma realidade<br />

que está a afetar bastante o setor e esperemos<br />

que a médio prazo se normalizem. Os efeitos são<br />

negativos porque a falhas de stock acabam por<br />

ser frustrantes para o distribuidor e para os seus<br />

clientes. Este fenómeno, sem precedentes nesta<br />

dimensão, é resultado de muitas variáveis que vão<br />

desde a disponibilidade de matéria prima para<br />

produção até ao transporte dos produtos ao distribuidor<br />

não sendo de negligenciar também do<br />

ponto de vista monetário, o aumento de custos de<br />

todos os elementos mencionados. As falhas de stock<br />

são um problema atual, que afeta a generalidade<br />

das marcas e prejudica muito o dia-a-dia dos distribuidores,<br />

que se veem a braços com um esforço<br />

extra para manter o nível de serviço, prejudicando<br />

muitas vezes a margem. A forma encontrada de<br />

mitigar os efeitos das falhas tem sido aumentar a<br />

profundidade e largura do stock reforçando tam-<br />

Ultrapasssar dificuldades<br />

Os efeitos da pandemia no setor pós-venda foram<br />

bastante menos graves do que se previa. O<br />

ano de 2020 foi altamente imprevisível, tendo a<br />

faturação das empresas oscilado entre mínimos<br />

e máximos históricos. Quem conseguiu resistir e<br />

manter o negócio nos períodos de confinamento<br />

saiu reforçado. Em momentos como este, é fulcral<br />

ter flexibilidade e agilidade financeira, aplicar uma<br />

liderança que proteja todos e, ainda mais importante,<br />

é preciso um propósito que nos faça superar<br />

todos os desafios com motivação.<br />

O que aprendemos com esta pandemia, foi a necessidade<br />

de termos as nossas estruturas muito bem<br />

preparadas para nos adaptarmos rapidamente a<br />

mudanças profundas. A gestão do negócio muito<br />

A parceria com o grupo TEMOT permitiu ‐nos aceder<br />

a fornecedores que antes não conseguíamos. Este acesso<br />

fez com que colmatássemos algumas lacunas no nosso<br />

stock e com isso melhoramos o serviço aos nossos clientes<br />

Ângelo Coelho, diretor comercial da A. Vieira<br />

Somos cada vez mais um fornecedor global, mas temos<br />

a noção que ainda nos faltam algumas linhas de produtos<br />

para chegar a esse ponto. Estamos sempre a analisar<br />

novas oportunidades de alargar a nossa oferta com<br />

esse objetivo<br />

PEDRO RODRIGUES , ADMINISTRADOR da AleCarPeças<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

45


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

bém os itens de maior criticidade.<br />

Como tem sido anunciado pelos próprios fabricantes<br />

de peças, é previsível que as dificuldades sem prolonguem<br />

até ao final de 2022 e nenhum operador<br />

do pós-venda consegue estar preparado para isso.<br />

Os construtores de automóveis dependem de centenas<br />

de chips para incorporar num único veículo<br />

e muitos tiveram já de parar a produção, porque<br />

não recebem dos fabricantes de peças estes componentes.<br />

É estimado que estas paragens acumulem<br />

um custo global à indústria automóvel superior a<br />

400 mil milhões de euros em perda de vendas. As<br />

implicações disso no pós-venda vão bem além da<br />

indisponibilidade atual de algumas peças, pois têm<br />

impacto no parque automóvel em si. Vemos já hoje<br />

um aumento significativo das vendas dos veículos<br />

usados, por exemplo. A adequação da distribuição<br />

de peças a um parque de evolução assíncrona é<br />

muito complicada. Terá tendência para obrigar os<br />

fabricantes a adequar a sua produção à necessidade<br />

do mercado mas o que não ajuda o aftermarket é o<br />

foco dos fabricantes no fornecimento ao primeiro<br />

equipamento, ficando sempre o pós-venda para<br />

depois…<br />

Essa dificuldade é um facto e tem sido um fator<br />

mais complicado de eliminar no que toca à normalização<br />

da atividade comercial por parte de<br />

todos os players. A escassez de semicondutores e<br />

o encarecimento das matérias-primas é algo que<br />

parece ter vindo para ficar e cabe às empresas dar<br />

a volta a essa situação.<br />

Aumento inevitável<br />

do preço das peças<br />

Tendo em conta os efeitos dos fenómenos como a<br />

escassez de matérias-primas para a produção de<br />

A abertura da nova loja vem dar continuidade ao plano de<br />

expansão e de afirmação da APL EXPRESSO como empresa<br />

Açoreana. Trazemos para a Terceira o mesmo modelo que<br />

temos vindo a implementar nas outras Ilhas, proximidade e<br />

foco no cliente profissional<br />

Miguel Lopes, diretor geral da APL Expresso<br />

Haverá sempre espaço para redes oficinais que façam<br />

a diferença, proporcionando serviços diferenciados e<br />

acesso a dados e ferramentas que possam beneficiar a<br />

oficina. Prova disso tem sido o crescimento sustentado da<br />

CGA Car Service e Multi Oficina Service<br />

Marcelo Silva, diretor geral da Auto Delta<br />

componentes e o significativo aumento de preços,<br />

como do aço, por exemplo, acreditamos que a<br />

tendência de aumento de preço das peças continue<br />

a ser uma realidade nos próximos tempos. No<br />

entanto, esta não será uma realidade exclusiva das<br />

marcas premium, mas sim de qualquer fabricante<br />

de peças. Mesmo com a estabilização dos preços,<br />

existe a possibilidade real que os preços das peças<br />

não baixem, depois de terem subido, tornando-<br />

-se assim numa nova realidade. Outro exemplo,<br />

de razão semelhante à que originou a crise dos<br />

semicondutores, é a crise dos óleos base, usados<br />

na produção de lubrificantes, que tem causado<br />

aumentos nos preços muito significativos e praticamente<br />

mensais. E há também fatores exógenos,<br />

como o aumento abrupto dos custos de transporte,<br />

que contribuem significativamente para isso.<br />

Independentemente do posicionamento do produto,<br />

Premium ou outro, os preços das peças já<br />

aumentaram em 2020 e irão continuar a aumentar.<br />

O aumento do custo de matérias-primas, da produção,<br />

da logística e em particular do transporte (seja<br />

marítimo, aéreo ou terrestre) numa escala nunca<br />

antes vista em tão curto espaço de tempo terão<br />

necessariamente reflexo no preço dos produtos.<br />

Perda de margem<br />

Esse é um dos grandes desafios do aftermarket<br />

nacional e quem não perceber isso vai ter grandes<br />

dificuldades. Há empresas que trabalham para Rappel,<br />

com margens que muitas vezes não sustentam<br />

sequer a estrutura. Só uma gestão rigorosa poderá<br />

salvar muitas empresas. A resposta mais uma vez<br />

reside na qualidade do serviço prestado. No fim<br />

do dia, todos os distribuidores oferecem apenas<br />

peças, o fator diferenciador passa a ser como essas<br />

peças são disponibilizadas. Fidelizar os clientes,<br />

garantindo um volume constante e sustentável<br />

46 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


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Na ASER trabalhamos por e para os nossos sócios. E fazemo-lo no cumprimento<br />

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sempre atentos às suas necessidades atuais e de futuro.<br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

de vendas e otimizar os processos internos com<br />

a finalidade de reduzir custos, são as respostas à<br />

queda nas margens. Fazer cada vez mais, com<br />

maior racionalização dos custos.<br />

Para que o mercado funcione, é necessário preservar<br />

e proteger todos os intervenientes. É necessário que<br />

todos façam alguma ginástica financeira e contribuam<br />

para que haja estabilidade. Só assim o setor<br />

conseguirá lutar contra as perdas de margem e impedir<br />

que alguém saia fragilizado. A preservação dos<br />

canais de vendas poderia ajudar a evitar a perda de<br />

margens, mas há distribuidores e marcas automóveis<br />

que ultrapassaram este canal e vendem diretamente<br />

às oficinas, esmagando as margens. Brevemente,<br />

poderão até mesmo ultrapassar as oficinas e atacar<br />

o cliente final. É preciso ter um cuidado redobrado<br />

com este tipo de políticas, pois não podemos passar<br />

por cima de todos, sem olhar a meios.<br />

Os distribuidores que esmagam margem de comercialização<br />

por forma a serem competitivos ao nível<br />

do preço, não libertam recursos para investir em<br />

novos projetos, melhorarem processos, e conseguirem<br />

prestar um serviço mais eficaz e cada vez com<br />

maior qualidade e valor acrescentado para o cliente.<br />

Naturalmente que o preço é um fator importante,<br />

algumas vezes decisivo, mas não o único e arriscamo-nos<br />

a dizer que não o principal. A qualidade<br />

e oferta do produto, o serviço, as entregas, são<br />

outros fatores que pesam imenso no momento da<br />

compra. O distribuidor tem de ser muito mais que<br />

um fornecedor de peças, tem de ser um fornecedor<br />

de soluções.<br />

Concentração do negócio<br />

Uma concentração de negócio, seja em que setor<br />

for, obriga as empresas a diferenciarem-se. É<br />

necessário que haja uma proposta de valor que<br />

seja compreendida pelos clientes, e esse deve ser<br />

o grande objetivo: oferecer qualidade a preços<br />

competitivos, no tempo certo e respeitando as<br />

regras do mercado. A concentração do negócio<br />

da distribuição de peças tem vindo a ser feita faz<br />

já mais de uma década e continuará a seguir o<br />

seu caminho. A dimensão de grandes grupos de<br />

distribuição são muito interessantes, mas também<br />

têm os seus desafios que uma PME pode contornar,<br />

como a decisão rápida e o empresário que está<br />

diariamente no negócio, conhecendo a sua equipa<br />

e os seus clientes.<br />

A necessidade de abranger mais clientes no mercado,<br />

ou até mesmo, explorar novos mercados, faz<br />

com que os distribuidores unam esforços sob uma<br />

marca única que partilha os mesmos interesses. É<br />

mais fácil atuar no mercado enquanto uma rede do<br />

que enquanto players individuais. Este fenómeno<br />

verifica-se há muito no conceito de rede de oficinas.<br />

A principal vantagem deste modelo é o concertar<br />

de preços entre distribuidores, que permite uma<br />

maior retenção de margem e uma viabilidade de<br />

negócio maior. Do ponto de vista das oficinas e<br />

casas de peças mostra-se uma desvantagem pois<br />

A nova Identidade Visual da Autozitânia e da Bragalis<br />

simboliza a ligação entre o passado, o presente e o futuro.<br />

Ambas as empresas contam com mais de 30 anos de História<br />

e experiência no mercado, e a nova imagem representa o<br />

caminho que percorreram até chegar aos dias de hoje<br />

Ricardo Venâncio, administrador do Grupo Autozitânia<br />

A Leirilis destaca-se pela constante disponibilização de<br />

novos produtos, de forma a que oficina consiga num único<br />

local encontrar tudo o que necessita para desenvolver o<br />

seu negócio, como se de uma “loja do cidadão”, mas na área<br />

automóvel, se tratasse…<br />

Saulo Saco, diretor geral da Leirilis<br />

A Japopeças conta com mais de 30 anos no mercado<br />

dispondo de uma rede de parceiros que cobre a totalidade<br />

do território nacional que nos dão importantes inputs<br />

sobre as necessidades do mercado, que variam de região<br />

para região em função do parque automóvel circulante<br />

Luís Almeida, diretor geral da Japopeças<br />

Através de uma estratégia visionária e com os olhos<br />

postos no futuro e no mercado, o bilstein group tem-se<br />

caracterizado pela visibilidade e notoriedade com que<br />

consegue atuar<br />

Joaquim Candeias, diretor geral do bilstein group<br />

quanto menos distribuidores no mercado, menor<br />

o seu poder negocial. No entanto um distribuidor<br />

mais robusto, significa um nível de serviço melhor,<br />

o que significa maior rapidez na aquisição<br />

do material, menos tempo por reparação, mais<br />

reparações e consequentemente mais faturação.<br />

A Europa genericamente está mais avançada neste<br />

processo de concentração, mas Portugal irá aproximar-se<br />

desta realidade a par e passo. O benefício<br />

de economias de escala das grandes estruturas que<br />

possam permitir em última instância um preço mais<br />

favorável para o cliente final, imprimem necessariamente<br />

maior profissionalismo ao sector com processos<br />

e critérios comerciais bem estabelecidos. No<br />

reverso da medalha as grandes estruturas deixam de<br />

conseguir um enfoque regional que acompanhe as<br />

especificidades de cada mercado e têm uma resposta<br />

menos rica em nichos de mercado que estruturas<br />

mais pequenas dão importância.<br />

O fenómeno da concentração está em marcha e<br />

vão continuar a aparecer Novos Grupos e a desenvolverem-se<br />

os atuais. Havendo prós e contras,<br />

é algo inevitável. Como vantagens, eventualmente<br />

aumenta-se a margem de negociação, o poder de<br />

compra, a oferta para os clientes torna-se maior e<br />

mais diversificada, entre outros benefícios…<br />

Em Portugal já se verificaram alguns fenómenos de<br />

concentração ao nível dos distribuidores e tem sido<br />

notório o crescimento dos grupos de retalhistas<br />

que, dessa forma, tentam ganhos de escala para<br />

os seus negócios. Se os ganhos de escala fruto do<br />

crescimento são uma realidade, a verdade é que,<br />

tornando-se grandes demais, estas entidades poderão<br />

perder rapidez e agilidade na relação com<br />

o mercado e, consequentemente desperdiçar boas<br />

oportunidades de negócio.<br />

A tendência de concentração irá continuar, e no<br />

nosso país passará pela iberização da distribuição.<br />

Normalmente a concentração dita a lei do mais<br />

forte, e estas estruturas maiores conseguem mais<br />

eficiência na distribuição e otimização da compra,<br />

48 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Temos sempre como objetivo desenvolver e trabalhar<br />

o melhor possível os produtos que já constam no nosso<br />

portfólio. No entanto, é óbvio que estamos atentos ao<br />

mercado e sempre recetivos a incorporar novas marcas<br />

Carlos Gonçalves, gerente da Filourém<br />

Os 21 anos de inovação da MCoutinho Peças, reforçada com<br />

a fusão da AZ Auto e da rede RINO, dão a confiança a clientes,<br />

parceiros, colaboradores e acionistas que a empresa<br />

estará preparada para os desafios que vão surgir no<br />

mercado<br />

Miguel Melo, administrador da MCoutinho Peças<br />

o que vai provocar mais pressão sobre o preço.<br />

Quem não tiver capacidade de ombrear com estas<br />

estruturas, vai sucumbir.<br />

Veículos elétricos: o novo desafio!<br />

Os veículos elétricos são um dos desafios do futuro.<br />

Esta será uma transição que demorará tempo e<br />

com uma perspetiva a médio-longo prazo, visto<br />

que os automóveis a combustão ainda estão para<br />

durar. Juntamente com os fabricantes de peças<br />

automóveis, as empresas de distribuição devem<br />

conseguir adaptar-se e servir o mercado consoante<br />

as suas necessidades.<br />

O fenómeno dos veículos elétricos é uma consequência<br />

da evolução do setor. Ainda que, efetivamente,<br />

estes carros não necessitem de tantas peças<br />

de manutenção, eles necessitam de mais escrutínio<br />

e de uma reparação mais especializada. Antevê-se<br />

um número mais reduzido de peças, porém peças<br />

mais específicas, que poderão ser comercializadas<br />

por distribuidores mais específicos também. Até<br />

à generalização deste tipo de veículos é preciso<br />

trabalhar as duas realidades, preparando o terreno<br />

para um futuro de eletrificação.<br />

Apesar dos veículos elétricos não necessitarem<br />

de mudanças de óleo, filtros ou velas não implica<br />

uma redução direta no serviço das oficinas, dado<br />

que precisam de outro tipo de manutenção, como<br />

travões, pneus e baterias. Para a realização deste<br />

tipo de serviços é necessário que a oficina esteja<br />

preparada tecnicamente, tanto com ferramentas,<br />

como com pessoal qualificado. Cabe então às oficinas<br />

antecipar as necessidades do cliente e estar<br />

preparada para oferecer estes produtos e serviços<br />

e assim diferenciarem-se da concorrência.<br />

Não é líquido que haja perda de faturação só porque<br />

os VE necessitam de menos manutenção. Os<br />

fatores a considerar sobre este assunto são vários.<br />

Por exemplo: devido ao desenvolvimento técnico<br />

o custo das peças para os novos modelos (VE ou<br />

não) é significativamente mais alto do que para os<br />

modelos anteriores, o que gera mais volume para<br />

o mesmo consumo. Haverá também novos serviços<br />

que irão ser prestados e que serão geradores de<br />

receita importantes no futuro. A evolução será consideravelmente<br />

lenta. A preponderância do parque<br />

de VE será muito limitada ainda por muito tempo.<br />

Os veículos elétricos ou eletrificados podem efetivamente<br />

requerer menos manutenção, mas ao<br />

mesmo tempo, vão utilizar componentes muito<br />

mais complexos, com custos mais elevados, o que<br />

acaba por devolver as referidas compensações.<br />

Cadeia de valor vai manter-se<br />

Já há anos que vemos operadores assumirem<br />

vários níveis na cadeia, nomeadamente a Distribuição<br />

e o Retalho, mas as funções continuam a<br />

existir diferenciadas, a armazenagem e distribuição<br />

da venda a retalho. Grosso modo, a primeira<br />

exige foco nas compras e na logística enquanto<br />

que a segunda compre a função de proximidade<br />

e apoio direto às oficinas. A “junção” da distribuição<br />

nacional com a cobertura local na mesma<br />

entidade é o que naturalmente acontece mais<br />

facilmente, mas em todos os casos são sempre<br />

mantidas as duas áreas perfeitamente definidas.<br />

Os negócios são diferentes. Há também os retalhistas<br />

que passam a ser em alguns produtos<br />

abastecidos diretamente pelo fabricante, como<br />

acontece com os grupos de retalhistas surgidos<br />

mais notadamente nos últimos anos, mas a zona<br />

de cobertura da empresa nestes casos é sempre<br />

local, não nacional. Para se converter em nacional<br />

– o que não é fácil, mas é possível, e há<br />

disso bons exemplos no mercado – tem de passar<br />

a ter as duas estruturas claramente definidas, a<br />

distribuição e as lojas, para funcionar. Há ainda<br />

outro canal, paralelo ao tradicional, que tem<br />

crescido mais recentemente com um sucesso<br />

apreciável: as vendas pelas plataformas online<br />

B2C. Especialmente no caso nos produtos não<br />

cativos (produtos não destinados especificamente<br />

a um ou poucos modelos de automóveis) é um<br />

canal de distribuição a observar. ◆<br />

As maiores ameaças para o setor são as legislações sobre<br />

emissões, por vezes só politicamente corretas, que estão a<br />

levar o parque a ser substituído por veículos elétricos que<br />

serão a curto prazo insustentáveis, e provocarão graves<br />

problemas de equilíbrio de energia<br />

Paulo Torres, diretor geral da Vieira & Freitas<br />

Temos um portefólio amplo que permite aos operadores do<br />

retalho terem na Krautli Portugal uma one stop shop, com<br />

exceção da colisão e dos pneus. Ainda assim, procuramos<br />

sempre aprimorar a nossa oferta, dando mais opções aos<br />

profissionais<br />

José Pires, diretor geral da Krautli Portugal<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

49


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Balanço do mercado peças veículos pesados<br />

Crescimentos<br />

acima da média<br />

O setor dos transportes é fundamental para a economia do país e de toda a Europa, onde<br />

o transporte rodoviário tem um papel determinante. A maior prioridade dos distribuidores<br />

de peças durante os períodos de confinamento, foi garantir que as frotas continuavam em<br />

movimento, sem paragens inesperadas e com uma assistência rápida<br />

Apesar da quebra de faturação<br />

nos meses de confinamento, que<br />

era inevitável, os distribuidores<br />

de peças para veículos pesados<br />

mantiveram a sua atividade sempre<br />

em funcionamento e os efeitos da crise no<br />

negócio foram na verdade menores do que se<br />

esperava. O setor dos pesados não sentiu tanto<br />

como o dos veículos ligeiros, porque as mercadorias<br />

continuaram a circular. O que mais se<br />

ressentiu no entanto foi o setor dos autocarros.<br />

No que se refere ao aumento do preço das peças,<br />

é um processo inevitável, que já está a acontecer.<br />

Depois do efeito da crise pandémica, tem sido<br />

extramente difícil para todos os mercados e setores<br />

de atividade ajustarem-se à disrupção que<br />

aconteceu em todo o setor produtivo do comércio<br />

de peças. O custo de transporte internacional, que<br />

na maioria dos casos mais que duplicou, o aumento<br />

da energia e combustíveis, associado ao facto da<br />

enorme transformação que o sector do emprego<br />

sofreu e ajustamentos a que as empresas foram<br />

sujeitas, está a inflacionar de forma considerável<br />

o preço das mercadorias. O condicionamento<br />

gerado pela disponibilidade do produto junto<br />

dos fabricantes, os quais lutam desesperadamente<br />

pela reposição de stocks a nível mundial, gerando<br />

também o efeito inflacionista que assistimos,<br />

conduz a um continuo e desafiante esforço de não<br />

passar esse efeito diretamente no preço de venda<br />

aos clientes. O que as empresas podem e devem<br />

fazer é estancar a margem nos níveis em que estão<br />

para que os seus negócios se mantenham viáveis.<br />

Na Diamantino Perpétua, o cliente reconhece<br />

que perante uma necessidade tem ao seu dispor uma ampla<br />

variedade de soluções, nas mais de 30.000 referÊncias<br />

que temos catalogadas<br />

Filipe Pinheiro, administrador da Diamantino Perpétua<br />

50 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


PORQUÊ A<br />

TEXTAR...<br />

1,2 MILHÕES DE MOTIVOS<br />

MOTIVOS<br />

1,2 milhões de produtos<br />

de fricção fabricados por dia<br />

300,000<br />

MOTIVOS<br />

300 mil KM de testagem em estrada<br />

por cada pastilha desenvolvida<br />

MOTIVOS<br />

334<br />

É por isso que temos 334<br />

fórmulas diferentes de travões<br />

no nosso portfólio<br />

38,400<br />

MOTIVOS<br />

38.400 horas investidas a testar<br />

em estrada novas fórmulas<br />

de fricção por ano<br />

8,000<br />

MOTIVOS<br />

8,000 toneladas de<br />

material abrasivo reciclado por ano<br />

100<br />

MOTIVOS<br />

+ de 100 anos como<br />

pioneiro para a inovação<br />

43<br />

MOTIVOS<br />

43 matérias-primas incorporadas<br />

nas pastilhas de travão para criar<br />

a fórmula perfeita<br />

5,000<br />

MOTIVOS<br />

5000 especialistas<br />

em fricção em todo o mundo<br />

11<br />

MOTIVOS<br />

11 terabytes de dados recolhidos<br />

pela R&D, por ano<br />

Estes são alguns dos motivos<br />

por que a Textar tem o voto de<br />

confiança de fabricantes de<br />

veículos, distribuidores<br />

e oficinas de todo o mundo.


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Para além disso têm que ser muito rigorosos na<br />

atribuição e controlo do crédito.<br />

Desafios tecnológicos<br />

Os fabricantes de produtos e por consequência<br />

também o mercado do aftermarket encontram-<br />

-se hoje com o enorme desafio da digitalização<br />

e do elétrico. No futuro, os desafios passarão por<br />

oferecer novos serviços ao cliente, desaparecendo<br />

outras fontes de receita. A maior especialização<br />

e conhecimento técnico, associadas ao continuo<br />

investimento em novas tecnologias, no domínio<br />

do digital, em detrimento do negócio mais tradicional,<br />

passará a ser determinante neste sector.<br />

Os benefícios aliados à economia circular manter-<br />

-se-ão como prioridade e terão um papel cada<br />

vez mais decisivo no futuro, aliado ao contexto<br />

regulamentar a ele associado.<br />

As oficinas continuam a efetuar um enorme esforço<br />

no acompanhamento da evolução tecnológica<br />

do sector. Sem dúvida, que muitas são as oficinas<br />

que conseguem prestar um serviço tão ou mais<br />

competente aos seus clientes que o prestado pelas<br />

marcas oficiais. A formação técnica, o digital, a<br />

continua inovação no sector, a par da paulatina<br />

transformação do sector para a vertente elétrica<br />

em detrimento da mecânica, são sem dúvida os<br />

maiores desafios a prazo para as oficinas e para<br />

todo o setor em geral.<br />

Falhas de stock também<br />

nas peças para pesados<br />

O pós-venda de veículos pesados também está<br />

a ser confrontado com faltas de stock por parte<br />

de quase todos os fabricantes, o que tem prejudicado<br />

um pouco o negócio, mas os distribuidores<br />

têm conseguido encontrar alternativas, para dar<br />

resposta rápida a todos os pedidos. O que está<br />

a ser feito pelas empresas é aumentar o nível de<br />

stock e tentar programar as nossas encomendas<br />

de forma o mais antecipada possível.<br />

Mercado competitivo<br />

O mercado de distribuição de peças aftermarket<br />

para Pesados continua a ser muito competitivo,<br />

com players importantes e crescimentos acima<br />

da média o que dá um sinal de extrema vitalidade<br />

do sector, embora as peças originais ocupem<br />

sem dúvida um espaço muito importante e vão<br />

continuar a ter preponderância.<br />

O mercado de distribuição de peças para veículos<br />

pesados em Portugal é um mercado maduro com<br />

muitos players, muita experiência e competitividade,<br />

sendo muito exigente para os players,<br />

porque a esta realidade estão associados alguns<br />

problemas de fundo, desde logo o inevitável esmagamento<br />

das margens comerciais assim como<br />

a falta de rigor no controle de crédito. Estas são<br />

duas áreas que não podem ser usadas como argumento<br />

comercial.<br />

A continua proliferação de pontos de venda de<br />

casa de peças, essencialmente no mercado multimarca,<br />

trouxe enorme pressão sobre os preços,<br />

descurando muitas vezes a qualidade, assessoria<br />

A nossa estratégia é desde sempre de uma grande<br />

proximidade. Faz parte do ADN da Global Parts. Temos seis<br />

comerciais na rua diariamente, o que nos permite conhecer<br />

melhor a atividade diária de cada um dos nossos clientes e<br />

com isso adequar a nossa oferta às suas necessidades<br />

Miguel Valentim, administrador da Global Parts<br />

A abertura de uma nova loja em Leiria com uma área total<br />

de 2000 m2 vai permitir um aumento de armazenamento<br />

e libertação de área nas lojas de Porto e Lisboa que se<br />

debatiam com uma grande falta de espaço<br />

Pedro Lebre, administrador da Motorbus<br />

As novas instalações vão permitir uma gestão de stocks<br />

mais eficiente e favorecer a satisfação da equipa. Vamos<br />

responder aos pedidos dos nossos clientes com maior<br />

rapidez e com mais opções de produto, mantendo uma<br />

aposta forte na qualidade do atendimento e do serviço<br />

JOSÉ Oliveira, ADMINISTRADOR DA Visoparts<br />

e garantias aos clientes. O mercado encontra-se<br />

numa fase de grande saturação. A maior especialização<br />

e conhecimento técnico, associadas<br />

ao continuo investimento em novas tecnologias,<br />

no domínio do digital, em detrimento do negócio<br />

mais tradicional, passará a ser determinante<br />

neste sector.<br />

Com a competitividade existente no negócio do<br />

aftermarket, e no sentido de alguém se poder<br />

diferenciar, a continua aposta na formação das<br />

equipas, tecnologia, capacidade logística e sua<br />

gestão eficaz, a par da assessoria e qualidade no<br />

produto, são fatores que determinam o continuo<br />

investimento. Fatores como o preço, deixaram<br />

há algum tempo de ser o mais determinante na<br />

decisão do cliente. A qualidade e garantia do produto<br />

vendido passarão a ser decisivas. O cliente<br />

hoje é profissional a 100%, efetua o diagnóstico<br />

das avarias de forma muito célere e quer ver o<br />

seu problema resolvido no mais curto espaço de<br />

tempo. A forma assertiva como a oficina resolve<br />

o problema, determina a sua rentabilidade, o que<br />

obriga todos os players de mercado a constantes<br />

investimentos em produtos de qualidade, tecnologia<br />

e apresentação de soluções integradas. ◆<br />

O balanço destes primeiros anos no grupo ADR 98 são<br />

muito positivos e fez-nos crer que realmente tomamos a<br />

decisão certa. As mais-valias são a de estar presente num<br />

grupo muito profissional, que nos ajudou a cimentar a<br />

nossa posição como fornecedores globais de marcas de 1º<br />

equipamento<br />

Ricardo Almeida, diretor comercial da Vicauto<br />

52 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


património oE<br />

idEias<br />

inovação<br />

Durante mais de um século, o<br />

nosso objetivo mais importante<br />

tem sido parar – mas apenas<br />

quando se trata de travagem!<br />

O nosso departamento de desenvolvimento<br />

trabalha sem parar<br />

para tornar os nossos sistemas de<br />

travagem melhores do que nunca.<br />

ATE. Qualidade reembalada.<br />

www.ate-brakes.com<br />

A brand of Continental.


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Balanço do mercado DE equipamentos<br />

Decisões adiadas<br />

Na fase dos confinamentos houve uma redução substancial do número pedidos de<br />

equipamentos e de solicitações de serviços de manutenção preventiva por parte das oficinas.<br />

Neste momento, a situação encontra-se praticamente normalizada, embora ainda se possa<br />

sentir, por parte de algumas empresas, algum receio do futuro e a necessidade de adiarem<br />

intenções de investimento ao nível da aquisição de equipamentos<br />

Na vida, tal como nos negócios, estamos<br />

constantemente expostos a<br />

riscos e há que estar preparado<br />

para reduzir o seu efeito. Contudo,<br />

face a incertezas a gestão<br />

torna-se mais complexa. Para ultrapassar tempos<br />

de incerteza é muito importante ter resiliência,<br />

boa preparação técnica, discernimento, espírito<br />

de equipa e agilidade na tomada de decisões. Um<br />

dos maiores ensinamentos que a pandemia trouxe<br />

é que estamos perante uma nova ordem que está<br />

a emergir, isto é, novas formas de se efetuarem as<br />

coisas. As empresas aprenderam que têm que se<br />

adaptar aos imprevistos e que de um momento<br />

para o outro tudo pode mudar, pelo que têm que<br />

ter a resiliência e flexibilidade necessárias para<br />

superar as dificuldades.<br />

Os grandes desafios<br />

A “revolução elétrica”, a tendência de concentração<br />

do mercado, o comércio online, o esmagamento<br />

das margens de comercialização, a rápida e<br />

constante evolução tecnológica, serão porventura,<br />

entre outros, alguns dos maiores desafios para o<br />

negócio de comércio de ferramentas e equipamentos<br />

para oficinas automóvel.<br />

A forte concorrência do setor, com a presença de<br />

cada vez mais players é outra das maiores ameaças.<br />

A transformação digital, aliada à eletrificação e a<br />

procura de outras fontes de energia verde serão<br />

As mais valias e vantagens que oferecemos aos nossos<br />

clientes são o know-how acumulado ao longo de 56 anos<br />

de atividade, as marcas premium que representamos e uma<br />

equipa de 60 Colaboradores comprometida em bem servir<br />

Rui Bolas, diretor geral da Bolas<br />

54 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

Vender na nossa visão significa projetar soluções de<br />

negócio que permitem ao cliente rentabilizar a atividade<br />

da sua oficina. Neste sentido o nosso foco consiste em<br />

conhecer, estudar, projetar, formar e criar resultados no<br />

negócio do cliente<br />

Irene de Jesus, administradora da Cometil<br />

Sendo uma marca de referência no mercado das<br />

ferramentas automóveis, os produtos da Kroftools têm<br />

no seu ADN a qualidade, fiabilidade e inovação. Os nossos<br />

clientes quando escolhem os nossos produtos, sabem<br />

que vão ter ao seu dispor uma ferramenta de elevada<br />

performance<br />

José Bárbara, diretor geral da Kroftools<br />

oportunidades a explorar, o que conduzirão a um<br />

setor cada vez mais profissionalizado.<br />

Neste preciso momento a maior ameaça é a inflação<br />

dos preços que está a ocorrer devido ao<br />

aumento do preço dos transportes e das matérias-<br />

-primas. Isto pode levar ao abrandamento das<br />

vendas. No entanto, devido à falta de matéria-prima,<br />

algumas empresas estão a reduzir as compras,<br />

o que não é a melhor estratégia. Quem tiver stock<br />

terá uma mais-valia para enfrentar uma possível<br />

queda de vendas. Por outro lado, a transformação<br />

digital veio trazer aos vários players uma maior<br />

necessidade de estar em constante atualização,<br />

levando as empresas a ter que investir mais nesta<br />

área para se manterem competitivas.<br />

A qualidade dos equipamentos, do serviço prestado,<br />

dos recursos humanos empregues, bem como a<br />

eficiência, a proximidade e a seriedade, continuarão<br />

também a ser excelentes oportunidades para vingar<br />

neste ou em qualquer negócio, desde que exista<br />

capacidade de adaptação às diferentes realidades<br />

com que nos viermos a confrontar no futuro.<br />

Mercado com muitos players<br />

O mercado da distribuição de ferramentas e<br />

equipamentos para oficinas automóvel é caracterizado<br />

por uma elevada concorrência, com<br />

muitos players, alguns deles com foco no preço<br />

e no curto prazo. Com a evolução tecnológica é<br />

O facto de estarmos inseridos no Grupo Salvador Caetano,<br />

permite-nos acompanhar mais DE perto toda a evolução<br />

tecnológica do setor automóvel, fazendo com que<br />

estejamos mais atentos à inovação<br />

António Garrido, diretor técnico da Lusilectra<br />

esperada uma maior profissionalização do setor<br />

e também uma maior concentração. O acesso à<br />

informação é também cada vez maior pelo que<br />

será mais fácil ao cliente decidir e distinguir o<br />

trigo do joio.<br />

Com os níveis de exigência a subir, em que a<br />

qualidade é um fator diferenciador primordial,<br />

as oficinas terão de efetuar um maior investimento<br />

a nível de equipamentos para poderem<br />

prestar um serviço de excelência aos seus clientes.<br />

Assim, as expetativas são as melhores para<br />

os próximos anos.<br />

As empresas terão de se adaptar aos novos modelos<br />

automóveis que estão a aparecer - elétricos<br />

e híbridos. No entanto, será uma adaptação a<br />

longo e não a curto prazo, dado o número de<br />

carros a combustão que estão no mercado e que<br />

continuam a ser vendidos.<br />

Movidos a energia elétrica ou a combustíveis fósseis,<br />

estes veículos continuarão a ser utilizados, no<br />

entanto, o cenário de mudança vai exigir agilidade,<br />

visão e capacidade de adaptação à nova realidade<br />

a todas as organizações que operam nesta indústria.<br />

A melhor definição para o futuro é a palavra<br />

mudança! ◆<br />

“A MGM pretende continuar a apostar na melhoria<br />

contínua da prestação dos seus colaboradores, através<br />

da formação, e no aperfeiçoamento da componente<br />

organizativa bem como no reforço de meios informáticos<br />

colocados ao dispor dos mesmos<br />

Manuel Guedes Martins, administrador da MGM<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

55


#Umfuturointerligado<br />

www.rpa-lda.pt<br />

geral@rpa-lda.pt


Uma Marca de Confiança<br />

Faça parte deste projeto!<br />

R. Escola 31 31C, - 2695-583 São João da Talha . 21 995 9550<br />

R. José Costa Silva, nº117 r/c Loja, Povos - 2600-070 Vila Franca de Xira . 26 309 5036<br />

R. do Coudel, nº47 e 49- cave A, São Carlos - 2725-277 Mem-Martins . 21 013 2070<br />

R. Circular Intermédia, nº 35 Parque Industrial e Tecnológico de Évora - 7005-513 Évora . 26 673 0660<br />

R. General Gomes Freire, nº 142 - 2910-517 Setúbal . 265 096 052


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Balanço do mercado pneus<br />

Evolução global<br />

Para a generalidade dos distribuidores de pneus, o impacto da pandemia acabou<br />

por ser muito menor que o esperado inicialmente, mas o setor debate-se com a falta<br />

de produto, o que está a criar alguma instabilidade no mercado, colocando sérios desafios<br />

a fabricantes e distribuidores<br />

Se numa fase inicial da pandemia<br />

os efeitos foram devastadores (com<br />

stocks excedentários, procura quase<br />

inexistente e recurso a lay-off com<br />

todas as incertezas a assombrarem as<br />

empresas) a partir do primeiro desconfinamento<br />

foi sentida uma retoma gradual na procura, algo<br />

que felizmente se tem mantido até à data. Se analisarmos<br />

as várias vertentes do negócio, passando<br />

inclusive pela liquidez adicional da economia em<br />

geral, os efeitos foram substancialmente menores<br />

relativamente às primeiras e péssimas expetativas.<br />

Esta pandemia ensinou que mesmo na adversidade<br />

com uma equipa unida e a tecnologia certa, as<br />

empresas são capazes de se adaptarem e conseguirem<br />

ultrapassar todos os obstáculos. Obrigou<br />

os responsáveis a olhar para o negócio como um<br />

todo mas a elencar que as várias vertentes que<br />

o compõem são indissociáveis e que impactam<br />

determinantemente nos resultados das empresas.<br />

Distribuidores são elo fundamental<br />

Com a pandemia ficou demonstrado que os distribuidores<br />

são um elo fundamental na cadeia de<br />

abastecimento. Se não existiram problemas de<br />

fornecimento tal deveu-se à capacidade que os<br />

distribuidores tiveram de fornecimento. Houve<br />

uma grande perca de quota de mercado por parte<br />

dos fabricantes para os distribuidores.<br />

Apesar de nos últimos anos os fabricantes tentarem<br />

diminuir a força dos distribuidores, neste momento<br />

e no futuro a distribuição está a ganhar uma importância<br />

cada vez mais significativa na cadeia de<br />

valor. Quando comparando com os fabricantes, os<br />

distribuidores são mais competitivos, conseguem<br />

ser mais flexíveis e eficazes em todo o processo de<br />

distribuição, garantem um melhor nível de serviço<br />

e têm uma oferta de stock mais completa e global,<br />

além de oferecerem ao cliente um atendimento<br />

personalizado e de proximidade.<br />

O papel do distribuidor é por isso cada vez mais<br />

importante pois, como intermediário entre o fabricante<br />

e o retalhista e com o aumento das medidas<br />

e modelos existentes nos pneus, tem cada vez mais<br />

de ter espaço de armazenamento, uma boa força<br />

de vendas, um processo de encomendas fácil no<br />

B2B e apostar em boas parcerias nos transportes,<br />

para poder satisfazer as necessidades dos clientes.<br />

Atualmente, o papel do distribuidor é fundamental<br />

A nossa estratégia passa por olhar para cada cliente como<br />

um verdadeiro amigo. Um amigo com quem queremos manter<br />

uma relação de transparência, confiança e de longo-prazo.<br />

E é isto que temos conseguido, ano após ano<br />

Filipe Bandeira, diretor geral da AB Tyres<br />

58 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


O MAIOR DISTRIBUIDOR DE PNEUS MULTIMARCAS EM ESPANHA<br />

4.000 m 2<br />

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MAIS<br />

80<br />

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MARCAS<br />

Distribuiçao<br />

em 15 países<br />

1 milhao<br />

de pneus<br />

em stock<br />

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TODAS AS MARCAS EM UM ÚNICO DISTRIBUIDOR<br />

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PREÇOS TRANSPARENTES<br />

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A maior oferta de pneus<br />

em stock do mercado está em<br />

Top Recambios. Mais de 135.000 m 2<br />

própios, à sua disposição.<br />

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toprecambios.com


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

para evitar a escassez de produto e a rutura da<br />

cadeia de fornecimento. A manter-se o cenário<br />

atual tona-se evidente que o papel da distribuição<br />

grossista de pneus sai reforçado e, sobretudo, mais<br />

valorizado pelo sector automóvel.<br />

Aumento de preços condiciona<br />

O aumento de preço dos fretes marítimos tem levado<br />

ao aumento do preço final dos pneus, obrigando<br />

os distribuidores a adaptar a sua forma de trabalhar,<br />

tornando-se mais eficientes. De referir que o<br />

aumento do preço dos fretes marítimos à escala<br />

global tem, necessariamente um reflexo negativo<br />

naquilo que é o preço final do produto, quando este<br />

é colocado no mercado. É uma situação comum a<br />

todo o tipo de mercadorias que são importadas do<br />

extremo oriente, uma vez que é impossível para as<br />

empresas absorverem todos esses aumentos, sem<br />

que isso se faça sentir no preço final dos produtos.<br />

Além disso, a dificuldade em encontrar embarques<br />

e rotas de trânsito têm vindo a aumentar, o que<br />

constitui desde logo um desafio no sentido de encontrar<br />

disponibilidade, mesmo aos preços que são<br />

conhecidos no atual contexto de mercado.<br />

As margens do negócio têm obrigatoriamente de<br />

se ajustar face ao impacto do custo de importação,<br />

refletidos essencialmente no aumento do preço de<br />

transporte por contentor. É normal que tenha existido<br />

uma fase de transição em que os distribuidores<br />

tenham procurado absorver o custo inicial, mas<br />

neste momento, e face à continuidade da situação,<br />

os preços estão nivelados, ao ponto de as margens<br />

serem similares ao que eram no início deste ano.<br />

Seria incomportável manter os preços antigos sem<br />

que a margem não fosse totalmente absorvida. A<br />

solução varia de empresa para empresa, que são<br />

obrigadas a fazer um estudo minucioso para que o<br />

mercado possa absorver os pneus a um preço justo.<br />

Neste momento não há outra solução senão<br />

refletir esses aumentos no preço dos bens. Este<br />

fenómeno inflacionista é “perigoso” e com as<br />

margens praticadas neste negócio é absolutamente<br />

impensável os distribuidores absorverem este<br />

tipo de impacto negativo.<br />

Evolução depende da retoma<br />

A distribuição de pneus está sempre em modificação,<br />

por isso, à medida que a mesma acontece,<br />

os distribuidores têm de desenvolver soluções<br />

para otimizar os processos. Cada vez mais os<br />

clientes são exigentes e têm a necessidade de um<br />

distribuidor que lhe garanta a entrega num curto<br />

espaço de tempo após a encomenda. Durante os<br />

próximos anos, o negócio de pneus em Portugal<br />

poderá evoluir, dependendo da retoma, mas os<br />

distribuidores devem permanecer atentos, pois<br />

com o mercado aberto a concorrência e as vendas<br />

online vão aumentar. Fatores como evolução<br />

tecnológica e digital que estamos a vivenciar nos<br />

últimos anos serão determinantes para garantir<br />

um futuro de sucesso neste setor.<br />

Sempre apostamos numa gama de produtos bastante<br />

alargada e completa para servir e fornecer o mercado.<br />

Esta foi desde a primeira hora a aposta para o sucesso da<br />

empresa, pois possuir nas diversas gamas as diferentes<br />

marcas com preços variáveis foi o objetivo concreto para<br />

alcançar o sucesso mais rápido<br />

Rui Chorado, diretor Geral da Dispnal<br />

A Nex é um dos maiores operadores com presença em<br />

território nacional que detém a maior oferTA de marcas<br />

e de gamas de produto. Neste momento comercializamos<br />

cerca de 25 marcas, das quais 15 em regime de exclusividade,<br />

nos segmentos de pneus ligeiros, pesados, duas rodas,<br />

agrícolas e industriais<br />

Aldo Machado, diretor geral da Nex Tyres<br />

O perfil do consumidor está a alterar-se de forma<br />

gradual, basta ver o panorama das viaturas elétricas<br />

e das preocupações ambientais a tomarem<br />

conta das novas gerações, a qual por sua vez tem<br />

todos os recursos tecnológicos nas suas mãos. Os<br />

desafios devem passar por uma permanente atualização<br />

de conceitos, uma adaptação às necessidades<br />

do cliente que por sua vez vai evoluindo e inclusive<br />

passando o testemunho da gestão dos seus negócios<br />

para as gerações mais jovens.<br />

Entretanto, as oficinas e casas de pneus estão a<br />

evoluir no sentido positivo e correto em termos de<br />

gestão de negócio, olhando, por um lado para a<br />

sua rentabilidade (margens, custos, financiamento)<br />

e, por outro, para a experiência do consumidor<br />

(gestão e formação de recursos humanos, imagem<br />

diferenciadora e atendimento e serviço de excelência).<br />

Esta profissionalização é importante para<br />

o setor e vão obrigar também aos distribuidores<br />

a evoluírem constantemente para dar resposta às<br />

novas necessidades do seu cliente.<br />

Por outro lado, a constante evolução de medidas e<br />

homologações vai obrigar a um reforço e uma maior<br />

otimização da capacidade de armazenamento. E o<br />

mercado paralelo, que ainda tem um grande peso<br />

neste setor, terá tendência a perder força no futuro.<br />

O cliente escolherá um distribuidor, cada vez menos<br />

pelo preço, mas sim pela disponibilidade de stock,<br />

serviço, atendimento, programas de fidelização,<br />

e, por último, o serviço pós-venda. Além disso,<br />

fatores como a confiança, e credibilidade e relação<br />

de parceria e proximidade terão um peso cada vez<br />

maior significativo nesta equação.<br />

Mais foco nos contactos presenciais<br />

Apesar das novas tecnologias permitirem uma<br />

comunicação online muito completa e em tempo<br />

real, os contactos presenciais continuam a ser<br />

muito importantes. De facto, o online permite<br />

que a consulta de um produto e confirmação da<br />

encomenda seja efetuada de uma forma quase<br />

imediata e a sua entrega rápida. Contudo, o contacto<br />

presencial é essencial para ambas as partes se<br />

conhecerem, tirar dúvidas, informações e definir<br />

estratégias para as empresas se adaptarem ao movimento<br />

constante que o mercado exige.<br />

Tendo em conta a nossa cultura, identidade e estratégia<br />

de relacionamento, torna-se evidente que<br />

o contacto presencial é determinante para a estratégia<br />

de crescimento das empresas. Se olharmos<br />

numa ótica estritamente financeira poderíamos<br />

assumir que a aposta numa força de vendas exclusivamente<br />

on-line seria a melhor solução. No<br />

entanto, é fundamental as empresas continuarem<br />

a manter um contato direto com os clientes.<br />

Diversificação ou especialização?<br />

Tudo depende da dimensão do retalhista: faz<br />

sentido uma estrutura familiar com duas ou três<br />

pessoas diversificar os serviços ou especializar-se?<br />

Uma organização bem estruturada e com recursos<br />

humanos e financeiros deve-se manter fiel ao<br />

modelo de negócio especializado? Portugal tem<br />

uma percentagem significativa do seu tecido empresarial<br />

suportado em micro-empresas, onde a<br />

estrutura financeira não permite grandes veleidades.<br />

O que é importante numa ou noutra opção, é<br />

as empresas terem um nível profissional excelente,<br />

que aquilo que desempenham o façam bem e que<br />

o seu serviço se possa distinguir dos demais. A<br />

diversificação é interessante mas acarreta riscos<br />

que devem ser bem ponderados.<br />

Os empresários do setor devem também procurar<br />

corresponder com condições financeiras para<br />

poderem atrair mais gente para o setor. Para tal<br />

precisam de se modernizar, gerir melhor as suas<br />

empresas para poderem gerar mais valias que lhes<br />

permitam remunerar melhor os técnicos. ◆<br />

60 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Apresentamos o<br />

diagnóstico de última geração.<br />

Acreditamos que todas as oficinas devem ter acesso à melhor<br />

tecnologia e funcionalidade necessárias para realizar reparações<br />

de maior qualidade. Na qualidade de pioneiros em soluções<br />

líderes do mercado, desenvolvemos uma nova solução de<br />

diagnóstico, revolucionária e intuitiva, a BlueTech. O seu avançado<br />

hardware e o seu completíssimo software fazem com que seja uma<br />

solução de diagnóstico preparada para o futuro, proporcionando<br />

às oficinas a oportunidade de maximizar as receitas e o potencial<br />

de crescimento. Bem-vindo/a à experiência BlueTech.<br />

delphiaftermarket.com<br />

Delphi Technologies is a brand of BorgWarner Inc.


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Balanço do mercado repintura<br />

Menos mercado<br />

e menos margem<br />

O setor da colisão e repintura automóvel não ficou imune ao impacto da pandemia e as<br />

empresas do setor tiveram de adaptar o seu modelo de negócio a uma nova realidade,<br />

procurando ser mais eficientes e rentáveis<br />

A<br />

revolução tecnológica dos meios<br />

que apoiam a atividade de repintura<br />

automóvel tem sido enorme<br />

nos últimos anos. As possibilidades<br />

que se introduziram desde a<br />

identificação da cor, da busca da fórmula de cor até<br />

à disponibilização imediata dos gastos de pintura,<br />

sincronizando com os sistemas de gestão, fazem<br />

com seja possível aplicar na secção de pintura<br />

métodos modernos e inovadores para esta área<br />

da reparação automóvel.<br />

Os programas evoluíram de forma que é possível<br />

seguir a viatura desde a sua entrada na oficina até à<br />

entrega ao seu proprietário. A abertura da folha de<br />

obra permite que os consumos de tinta adstritos lhe<br />

sejam imputados e no limite, que automaticamente<br />

passem para o programa de faturação.<br />

Digitalização é essencial<br />

Mais do que um desafio, a digitalização da secção<br />

de pintura é uma oportunidade das oficinas se<br />

poderem modernizar, melhorarem a sua eficiência<br />

e elevar os níveis de controlo e gestão. Todas as<br />

marca premium já têm disponíveis várias ferramentas<br />

de cariz digital: desde o espectrofotómetro<br />

com WiFi e acesso à informação técnica (em vez<br />

da utilização das tradicionais lamelas de cor), atualização<br />

do software de cores online (em vez das<br />

três ou quatro atualizações anuais, que eram feitas<br />

pelo técnico da marca quando visitava a oficina),<br />

utilização de app’s no telemóvel para a verificação<br />

A parceria da Autoflex com a Spies Hecker existe desde a<br />

entrada no nosso país, em 1991, desta importante marca<br />

mundial de tintas para a repintura automóvel e, como<br />

sempre aconteceu desde a primeira hora, caracteriza-se<br />

por uma grande solidez e respeito mútuo<br />

Joana Silva, diretora comercial da Autoflex<br />

A Quimiregua é uma empresa madura, estável e respeitada<br />

no seio do mercado da repintura automóvel e esse nível de<br />

maturidade deve-se muito aos valores que são colocados<br />

em prática diariamente pela nossa organização<br />

Pedro Ferreira, Quimiregua<br />

62 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

Com as novas instalações iremos aumentar<br />

significativamente a nossa capacidade de armazenamento<br />

e otimizar todos os processos de logística e<br />

administrativos. Teremos ainda uma maior área de<br />

exposição, bem como um centro de formação para os<br />

profissionais do setor<br />

Agostinho Matos, diretor comercial da Centrocor<br />

Faz parte do projeto para os próximos 2 anos a abertura de<br />

uma nova loja nos arredores de Lisboa e uma outra na zona<br />

de Sintra, para que possamos proporcionar um melhor<br />

serviço e uma maior proximidade aos nossos clientes locais<br />

Mário Ferreira, diretor geral da GravityPaint<br />

O nosso slogan “Temos experiência, Garantimos soluções!”,<br />

transmite a nossa maneira de atuar no mercado. A<br />

experiência da nossa equipa permite-nos garantir que<br />

nenhum cliente fique sem o aconselhamento ou solução<br />

indicada para a sua necessidade<br />

Bruno Pereira, diretor geral da LTintas<br />

de códigos de cor, consulta de fichas técnicas e de<br />

segurança dos produtos que utiliza (evitando ter<br />

que consultar os documentos em formato papel,<br />

o que iria demorar muito mais tempo), e KPI de<br />

gestão, entre outras.<br />

Plataformas online permitem ter uma visão geral<br />

dos indicadores da secção de pintura bem como<br />

muitos outros indicadores da área de Colisão, de<br />

gestão e financeiros, o que permite as oficinas<br />

perceberem como está o estado do seu negócio<br />

e compará-lo com o mercado.<br />

obviamente implica um grande rigor profissional, a<br />

todos os níveis, para que este negócio se mantenha<br />

sólido e interessante.<br />

Diversificação do negócio<br />

Com o aumento constante de preços e a instabilidade<br />

dos mesmos, as oficinas optam por produtos<br />

com melhores preços, mesmo que não sejam os<br />

mais rentáveis. Mas está na altura de repensarem<br />

os valores praticados e na melhor escolha pelos<br />

produtos mais rentáveis.<br />

Por outro lado, a forte apetência que os grandes<br />

fabricantes têm pela venda direta vai, cada vez<br />

mais, pela via da faturação OEM ou pelo investimento,<br />

o que faz com que os distribuidores<br />

sejam comprimidos em espaço de mercado e em<br />

margem. Vai por isso haver menos mercado e<br />

menos margem para os distribuidores e o desafio<br />

é sempre o mesmo: como sobreviver e manter o<br />

negócio e a rentabilidade?<br />

Uma das soluções para o previsível decréscimo<br />

do mercado da repintura automóvel será a diversificação<br />

do negócio. No futuro, os distribuidores<br />

de tintas automóvel terão de fazer os ajustamentos<br />

estratégicos que se revelem necessários para<br />

manterem a sustentabilidade das suas empresas.<br />

Apesar da inovação tecnológica das viaturas<br />

automóveis, a adaptação e renovação das frotas<br />

vão levar o seu tempo. As viaturas autónomas<br />

ainda são uma realidade longínqua e as viaturas<br />

que atualmente circulam nas nossas estradas<br />

vão continuar a ser pintadas e repintadas da<br />

mesma forma. Novos tipos de reparação também<br />

vão crescendo, tais como o restauro de<br />

viaturas clássicas ou os recondicionamentos.<br />

Sempre que existe uma transformação, existe<br />

uma adaptação. ◆<br />

Cada vez mais estamos numa época em que a digitalização<br />

e a tecnologia está mais presente no dia a dia. A DeBeer<br />

acompanha esta evolução e neste momento encontra-se<br />

em processo de finalização de um novo software mais<br />

inovador e intuitivo<br />

Margarida Mota, diretora comercial da Mota & Pimenta<br />

Mercado mais exigente<br />

O mercado de repintura automóvel em Portugal,<br />

é naturalmente afetado pela diminuição de sinistros,<br />

resultante da evolução dos automóveis e do<br />

controlo de velocidade por partes das autoridades,<br />

assim como pela evolução tecnológica das tintas,<br />

sendo necessário menos quantidade para se obter<br />

a mesma performance.<br />

O decréscimo em volume do mercado de repintura<br />

automóvel já decorre há vários anos, principalmente<br />

originado pelas características das novas tecnologias<br />

dos produtos, pela quase ausência das “pinturas gerais”<br />

e pela crescente melhoria das competências dos<br />

profissionais, fruto de todo o esforço de formação<br />

proporcionado pelas marcas, seus representantes<br />

e pelas próprias empresas. Este facto, associado à<br />

existência de uma natural e enorme competição<br />

entre as marcas (e as principais marcas a nível mundial<br />

estão todas presentes no mercado português),<br />

Não existe no mercado um programa tão abrangente e<br />

diverso como o 360º SCAN, envolvendo um conjunto de<br />

entidades reconhecidas pelas suas competências e rigor. É<br />

um programa robusto nos seus diversos conteúdos mas de<br />

fácil aplicação<br />

Luís Santos, diretor geral da Impoeste<br />

A marca Glasurit, desde o surgimento da Lovistin partner<br />

colors, é a nossa imagem premium. O papagaio, sempre<br />

fez parte da nossa história. Há décadas que sobrevoa as<br />

paredes de nossas instalações e das instalações de nossos<br />

parceiros de negócios<br />

Manuel Silva, diretor geral da Lovistin partner colors<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

63


EMPRESA<br />

CERTIFICADA


A PCC é uma empresa inteiramente dedicada à importação e comercialização<br />

de produtos destinados ao setor da reparação automóvel e da indústria em<br />

geral.<br />

Ao longo de mais de 20 anos, a PCC tem vindo a edificar uma estratégia de<br />

crescimento sólido e sustentado, suportado pela eficiência das suas operações<br />

e o desenvolvimento do seu capital humano. A cada ano, elevamos o número<br />

de clientes e faturação, hoje somos uma empresa certificada com a distinção<br />

ISO 9001/2015 graças à qualidade da performance que garantimos e o baixo<br />

perfil de risco.<br />

Diariamente trabalhamos para fazer mais e melhor. A inovação é uma<br />

constante e é assumida como fator determinante, pois o objetivo é oferecer<br />

aos nossos clientes as melhores soluções do mercado.<br />

Reforçando uma ligação profunda e bidirecional, os nossos clientes são fonte<br />

de informação e campo de investigação.<br />

A PCC caracteriza-se pela variedade, flexibilidade e capacidade de adaptar os<br />

seus produtos e serviços às exigências específicas dos seus clientes.<br />

“<br />

Um serviço de alto<br />

nível, seja qual for<br />

o nível do serviço.<br />

”<br />

MECÂNICA<br />

COLISÃO<br />

PINTURA<br />

AMBIENTE<br />

ASSISTÊNCIA<br />

TÉCNICA<br />

geral@pcc-lda.pt<br />

pcc-lda.pt


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100


Sylvia Gotzen, Diretora Executiva da FIGIEFA<br />

É necessária uma<br />

abordagem holística<br />

à cibersegurança<br />

Envolvida no debate sobre a cibersegurança desde 2018, Sylvia Gotzen, diretora executiva<br />

da FIGIEFA falou em exclusivo à Revista TOP 100 sobre este tema, e reconhece que<br />

é necessária uma abordagem holística à cibersegurança, uma vez que os fabricantes estão<br />

a aproveitar o momento para restringir o acesso das oficinas multimarca aos veículos<br />

cibersegurança, apesar de ser um assunto relativamente<br />

recente, já está a dar muitas dores de cabeça<br />

no setor automóvel e urgem decisões por parte dos<br />

organismos internacionais, para estabelecer standards<br />

ao longo de todo o ciclo de vida do veículo.<br />

Vemos cada vez mais exemplos de incidentes<br />

em que os fabricantes de veículos estão a usar<br />

o argumento da cibersegurança para restringir/<br />

limitar o acesso ao veículo, especialmente através<br />

da tomada OBD. Os fabricantes implementam<br />

esquemas certificados próprios e obrigam os operadores<br />

independentes a comprar esses certificados<br />

para aceder aos veículos. Os termos e as condições<br />

para fornecer esses certificados são decididos<br />

por cada um dos fabricantes a seu bel-prazer. Por<br />

outros termos, legitimou-se um virtual «fecho de<br />

portas» dos OEM ao aftermarket, o que lhes dá,<br />

infelizmente, total liberdade para aplicarem as suas<br />

próprias regras e assim distorcerem o mercado,<br />

colocando condições para decidir quem é que<br />

tem acesso ao veículo. Na prática, isto significa<br />

que os concorrentes dos fornecedores de serviço<br />

independentes estão a estabelecer os termos que<br />

estes mesmo fornecedores de serviço independentes<br />

poderão ou não continuar os seus negócios.<br />

Em entrevista exclusiva à Revista TOP 100, Sylvia<br />

Gotzen, diretora executiva da Federação Internacional<br />

dos Distribuidores de Aftermarket (FIGIE-<br />

FA), não hesita em afirmar que “a atual legislação<br />

da União Europeia sobre o acesso a Informação de<br />

Diagnóstico, Reparação e Manutenção é genérica<br />

e ainda não está preparada para responder à cibersegurança<br />

no que toca ao aftermarket”.<br />

Começo por perguntar-lhe qual é a<br />

posição da FIGIEFA sobre a questão da<br />

cibersegurança nos veículos automóveis?<br />

A digitalização teve um início tardio na indústria<br />

automóvel em comparação com outras indústrias.<br />

Os veículos conectados têm um grande número<br />

de superfícies de ataque que podem ser utilizadas<br />

para iniciar um ciberataque no veículo (V2V, V2X,<br />

Wi-Fi, Bluetooth, ligação de rede ao back-end, etc.).<br />

Os novos ecossistemas complexos onde os riscos<br />

de segurança e as interligações entre os veículos<br />

e as infraestruturas rodoviárias, redes inteligentes,<br />

bem como outros interfaces estão a aumentar. Uma<br />

abordagem holística da cibersegurança é, portanto,<br />

necessária para garantir que todas as respetivas superfícies<br />

de ataque são protegidas e o veículo está<br />

totalmente ciberseguro. A FIGIEFA congratula-se<br />

com a ideia de ter implementado medidas regulamentares<br />

para lidar com a questão da cibersegurança<br />

no setor automóvel, dado que reforça a<br />

segurança global do veículo. A cibersegurança é<br />

importante, e totalmente apoiada pela FIGIEFA.<br />

O que tem feito a FIGIEFA em defesa<br />

do IAM, de modo a salvaguardar os<br />

interesses das oficinas independentes no<br />

acesso aos dados técnicos dos veículos?<br />

A FIGIEFA tem sido extremamente proativa no<br />

que diz respeito à questão do acesso aos dados<br />

técnicos de bordo do veículo para o IAM. Iniciou<br />

uma grande coligação, reunindo vários segmentos<br />

do mercado pós-venda, bem como os consumidores,<br />

para solicitar à Comissão Europeia que<br />

tomasse medidas legislativas contra um possível<br />

encerramento desse acesso ou uma distorção da<br />

concorrência, que prejudicaria a escolha dos consumidores<br />

e o empreendedorismo independente,<br />

caso os fabricantes de veículos se tornassem “guardiões”<br />

e controlassem, de uma forma ou de outra,<br />

quem tem acesso a que dados, quando e em que<br />

condições. Nesse sentido, foram publicados dois<br />

manifestos em 2018 e 2019.<br />

Graças ao facto de a FIGIEFA e respetivos parceiros<br />

terem alertado a Comissão Europeia para esses<br />

riscos, a Comissão Europeia decidiu investigar de<br />

forma mais aprofundada a questão. A FIGIEFA e<br />

respetivos parceiros participaram num exercício<br />

“Prova de Conceito” com uma duração de 18 meses,<br />

que destaca as falhas sistemáticas da denominada<br />

solução “Veículo Conectado” promovida pelos<br />

fabricantes de veículos. Esta solução de acesso aos<br />

dados prevê essencialmente que todos os operadores<br />

independentes do mercado têm de passar pelos fabricantes<br />

de veículos para comunicar com o veículo,<br />

deste modo perderíamos a nossa independência.<br />

Para resumir todo este trabalho, a Comissão Europeia<br />

decidiu colocar na sua agenda de <strong>2021</strong> uma<br />

legislação a nível da UE relativa ao acesso aos dados<br />

de bordo do veículo, para a qual se espera uma<br />

primeira proposta até ao final do ano. A Comissão<br />

Europeia baseará a sua proposta num estudo<br />

preliminar sobre opções políticas, encomendado<br />

à empresa de consultoria TRL, sediada no Reino<br />

Unido. A FIGIEFA e respetivos parceiros foram<br />

convidados a contribuir para este estudo, o que<br />

aconteceu ao apresentar uma proposta exaustiva<br />

para uma Plataforma Telemática a Bordo Segura.<br />

Paralelamente, a FIGIEFA participa em todas as<br />

discussões sobre a questão, no grupo de especialistas<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

67


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

A modernização dos veículos está a trazer novos desafios à<br />

indústria automóvel e os riscos da cibersegurança já começaram<br />

a ser debATidos e regulados ao nível do primeiro equipamento<br />

da Comissão Europeia (o Grupo de Trabalho sobre<br />

Veículos Motorizados - MVWG), na UNECE, bem<br />

como com as autoridades nacionais.<br />

Qual é a função da UNECE<br />

na regulamentação da cibersegurança<br />

automóvel?<br />

A UNECE, através do seu Fórum Mundial para<br />

a Harmonização das Regulamentações Aplicáveis<br />

a Veículos (WP29), desenvolve regulamentos<br />

automóveis que são harmonizados em todos os<br />

países e regiões, partes signatárias ao abrigo do<br />

acordo de 1958.<br />

No WP29, o Grupo de Trabalho de Veículos Autónomos<br />

(GRVA) discute sobre questões relacionadas<br />

com veículos conectados e automóveis. Foi criado<br />

um grupo de trabalho de informações no âmbito<br />

da GRVA em 2016 para desenvolver regulamentos<br />

para a cibersegurança e atualizações de software.<br />

O grupo trabalha há cinco anos e elaborou dois<br />

novos regulamentos, R155 (para cibersegurança) e<br />

R156 (para atualizações de software). Estes regulamentos<br />

serão parte integrante da homologação de<br />

veículos para as partes contratantes do acordo de<br />

1958, sendo a União Europeia uma delas. A data<br />

de entrada em vigor dos dois regulamentos é 2022,<br />

para as novas homologações, e 2024, para todas<br />

as homologações. O R155 e o R156 deverão ser<br />

adotados no âmbito do quadro legislativo da União<br />

Europeia já em <strong>2021</strong>.<br />

Quantos veículos serão afetados<br />

pelos novos regulamentos da UNECE?<br />

É difícil quantificar com exatidão, mas todos os<br />

veículos com uma arquitetura E/E. Em suma,<br />

todos os veículos com componentes elétricos/<br />

eletrónicos serão abrangidos. Atualmente, estimase<br />

que mais de 300 milhões de veículos encontram-<br />

-se nas estradas da União Europeia. Em 2020, quase<br />

10 milhões de automóveis de passageiros novos<br />

foram registados na União Europeia (quase 25%<br />

menos do que em 2019, principalmente devido à<br />

pandemia), e 1,7 milhões de veículos comerciais<br />

(menos 18% face a 2019).<br />

Qual foi a participação da FIGIEFA<br />

no Regulamento da UNECE?<br />

A FIGIEFA esteve envolvida nas discussões a nível<br />

da task force de Cibersegurança somente a partir<br />

de meados de 2018. Participou nas reuniões da<br />

UNECE, por ex., em Genebra e Washington e<br />

participou igualmente na reunião no Japão, remotamente.<br />

A FIGIEFA participou igualmente nas<br />

reuniões políticas da GRVA, acompanhando ativamente<br />

o desenvolvimento dos dois regulamentos<br />

e dos respetivos documentos de interpretação. Em<br />

estreita cooperação com outras associações que<br />

representam os consumidores e outros segmentos<br />

do IAM, apresentámos várias propostas para<br />

melhorar os projetos de regulamentos e permitir<br />

ter melhor em conta as necessidades e a realidade<br />

do IAM.<br />

A FIGIEFA colaborou estreitamente com os seus<br />

parceiros para identificar pontos de preocupação<br />

para os intervenientes do mercado pós-venda e<br />

apresentar propostas/posições escritas em várias<br />

reuniões da UNECE desde meados de 2018. Temos<br />

apoiado igualmente algumas das propostas<br />

da Comissão Europeia a nível da UNECE para<br />

abordar questões relacionadas com a cibersegurança<br />

automóvel.<br />

Quais são os resultados desta participação?<br />

A FIGIEFA conseguiu obter dois requisitos no<br />

âmbito do regulamento da UNECE, com o apoio<br />

da Comissão Europeia. Estas duas cláusulas de<br />

requisitos determinam que a implementação da<br />

cibersegurança pelos fabricantes de veículos deve<br />

considerar a legislação nacional/regional (UE) relativa<br />

ao acesso ao veículo, aos seus dados e funções<br />

e ao desenvolvimento e integração do sistema de<br />

peças e componentes de substituição. Além disso, a<br />

FIGIEFA conseguiu alterar igualmente a definição<br />

da fase de pós-produção ao abrigo do regulamento<br />

R155 da UNECE, que agora determina que os<br />

fabricantes de veículos são responsáveis pela segurança<br />

do veículo até ao “fim da vida útil”. A definição<br />

anterior previa que os fabricantes definissem o<br />

“fim do apoio de cibersegurança”, dando-lhes total<br />

liberdade para decidir sobre quando terminar o<br />

apoio de cibersegurança de um veículo.<br />

O acesso a veículos equipados com<br />

sistemas de cibersegurança é garantido<br />

a oficinas independentes?<br />

A legislação atual da União Europeia relativa ao<br />

acesso às Informações de Diagnóstico, Reparação<br />

e Manutenção é genérica e ainda não está<br />

preparada para responder à Cibersegurança que<br />

afeta o Mercado Pós-venda. O regulamento de<br />

cibersegurança, por outro lado, requer que os<br />

fabricantes de veículos implementem controlos<br />

de segurança de forma abrangente, com o Anexo<br />

do regulamento que especifica que os controlos<br />

de segurança devem ser implementados em ataques<br />

com origem em interfaces de veículos como<br />

a porta de Diagnóstico a Bordo (OBD). Vemos<br />

cada vez mais exemplos de incidentes em que os<br />

fabricantes de veículos estão a utilizar o argumento<br />

da cibersegurança para restringir/limitar o acesso<br />

ao veículo, especialmente através da porta OBD.<br />

Os fabricantes de veículos implementam esquemas<br />

de certificados de proprietários e exigem que os<br />

operadores independentes comprem estes certificados<br />

para terem acesso ao veículo. Os termos e<br />

as condições para fornecer esses certificados são<br />

decididos por cada um dos fabricantes de veículos<br />

68 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


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Top100<br />

Na Europa, os regulamentos sobre a cibersegurança automóvel<br />

serão de cumprimento obrigatório em todos os veículos<br />

produzidos a partir de julho de 2024. Para serem homologados,<br />

os carros devem ter um certificado de cumprimento do «Cyber<br />

Security Management System» (CSMS) do fabricante<br />

e à sua própria discrição. Embora tecnicamente<br />

os fabricantes de veículos não fechem o acesso ao<br />

veículo, essas medidas dão-lhes infelizmente total<br />

liberdade para aplicar as suas próprias regras e,<br />

deste modo, distorcer o mercado estabelecendo<br />

as suas próprias condições para decidir quem tem<br />

acesso ao veículo. Na prática, isto significa que os<br />

concorrentes dos prestadores de serviços independentes<br />

estão a estabelecer condições para que estes<br />

mesmos prestadores de serviços independentes<br />

possam continuar os seus negócios.<br />

A FIGIEFA, juntamente com a Aliança para a<br />

Liberdade de Reparação de Automóveis na UE<br />

(AFCAR), está atualmente a trabalhar em propostas<br />

legislativas na União Europeia para garantir um<br />

acesso justo e independente aos veículos para os<br />

prestadores de serviços independentes. Estamos<br />

a trabalhar para identificar a lacuna legislativa e<br />

garantir que sejam implementados requisitos concretos<br />

para garantir este acesso a veículos a oficinas<br />

independentes.<br />

O acesso será gratuito ou estará sujeito<br />

a autorização dos fabricantes através<br />

de códigos?<br />

Legalmente deve ser gratuito, no entanto, os fabricantes<br />

de veículos estão a utilizar uma lacuna<br />

no quadro legislativo atual para implementar certificados<br />

de propriedade/códigos de autorização<br />

para dar acesso ao veículo a prestadores de serviços<br />

independentes. Tecnicamente, o veículo não está<br />

fechado ao mercado pós-venda, mas o diabo está<br />

sempre nos detalhes e a utilização desses códigos<br />

de autorização de propriedade para fixar preços<br />

pode distorcer o mercado. A FIGIEFA está a trabalhar<br />

proativamente para alertar os decisores<br />

da UE para este problema e está a pedir uma<br />

solução legislativa.<br />

E quanto às peças, o que acontecerá com<br />

os componentes que integram os sistemas<br />

de cibersegurança? Serão vendidos<br />

apenas pelos fabricantes ou igualmente<br />

pelo mercado pós-venda?<br />

Deve ser possível fabricar peças ciberseguras adequadas,<br />

tanto pelo fabricante de equipamento<br />

original como pelos produtores de peças independentes.<br />

As peças adequadas para a cibersegurança<br />

deverão ser fabricadas de acordo com a norma<br />

ISO 21434 e em conformidade com o regulamento<br />

de cibersegurança R155. Uma vez que<br />

este regulamento não é normativo e dá liberdade<br />

aos fabricantes de veículos de implementarem<br />

a sua própria arquitetura de cibersegurança, a<br />

implementação de cibersegurança destes componentes<br />

e peças terá de ser compatível e interoperável<br />

com a arquitetura global de cibersegurança<br />

do veículo. Para ter esta possibilidade, deve ser<br />

possível aos produtores de peças independentes<br />

negociar com os fabricantes de veículos e gerir as<br />

dependências de cibersegurança das suas peças/<br />

componentes com o sistema de gestão de cibersegurança<br />

dos fabricantes de veículos. Não ter<br />

esta possibilidade limitará o mercado de peças<br />

de substituição independentes, e os fabricantes<br />

de veículos e respetivos fornecedores contratados<br />

terão o monopólio das peças de substituição do<br />

mercado pós-venda.<br />

As peças terão algum tipo de certificado<br />

de cibersegurança? Que especificações<br />

devem ter para cumprir os regulamentos<br />

de cibersegurança?<br />

O cumprimento do regulamento de cibersegurança<br />

requer a criação de um sistema de gestão de cibersegurança<br />

(CSMS – Cybersecurity Management<br />

System) e a implementação de medidas/controlos<br />

de segurança de acordo com a avaliação de risco.<br />

Isto também será muito provavelmente necessário<br />

para peças de substituição independentes. A implementação<br />

do CSMS e dos controlos de segurança<br />

devem ser efetuados de acordo com os requisitos<br />

do processo de engenharia de cibersegurança, tal<br />

como especificado na norma ISO 21434. A norma<br />

ISO 21434 é uma norma de processo que pode ser<br />

utilizada como base para a implementação efetiva<br />

da cibersegurança. Cada fabricante de veículos é<br />

responsável pela implementação da arquitetura de<br />

cibersegurança do veículo, conforme justificado pela<br />

sua avaliação de risco.<br />

As peças que devem ser instaladas no veículo<br />

devem ter o “ajuste” correspondente de cibersegurança<br />

com a arquitetura de cibersegurança<br />

do veículo. E para que este ajuste seja possível, os<br />

fabricantes de peças independentes devem poder<br />

estabelecer uma relação com os fabricantes de veículos<br />

e obter a especificação necessária relacionada<br />

com a interoperabilidade e a compatibilidade de<br />

modo a desenvolver a peça de forma cibersegura.<br />

As peças desenvolvidas por fabricantes de peças<br />

independentes deverão ser verificadas e validadas<br />

pela entidade neutra de teste (para homologação<br />

e conformidade com as normas) e pelo fabricante<br />

70 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Cuidado dos pneus Purificador de ar Luzes de inspeção Cuidado da bateria Câmaras de bordo


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Todas as oficinas multimarcas independentes precisam de estar<br />

envolvidas no processo, para não verem bloqueado o acesso aos<br />

veículos e aos respetivos dados, de forma a poderem realizar,<br />

como até agora, operações de manutenção e reparação<br />

do veículo (para testes de integração de modo a<br />

garantir que não existem problemas de segurança).<br />

Essas peças deverão ser certificadas (com um<br />

certificado digital/código (QR)) por uma entidade<br />

que abrange a totalidade da União Europeia<br />

de modo a garantir que a peça é desenvolvida e<br />

testada de acordo com todos os requisitos de segurança.<br />

Até que um tal quadro de certificação à<br />

escala da União Europeia seja estabelecido, esses<br />

certificados/códigos de ativação devem ser fornecidos<br />

pelos fabricantes de veículos sem custos para<br />

garantir que as peças independentes possam ser<br />

instaladas no veículo de forma segura.<br />

Já existe legislação que apoia<br />

os fabricantes do mercado pós-venda<br />

da venda de peças de cibersegurança?<br />

Não. A FIGIEFA, juntamente com a AFCAR, está<br />

atualmente a trabalhar em propostas que permitam<br />

esse desenvolvimento de peças de substituição<br />

independentes, compatíveis com a arquitetura de<br />

cibersegurança do veículo. Os requisitos da UNE-<br />

CE que conseguimos introduzir no regulamento<br />

R155 é um mero invólucro, dado que tal legislação<br />

com requisitos concretos que apoiam os interesses<br />

dos fabricantes de peças independentes ainda não<br />

existe no âmbito da legislação europeia. O Regulamento<br />

(2018/858) relativo à Homologação atual<br />

tem requisitos para tornar as informações sobre<br />

reparação e manutenção disponíveis para efeitos<br />

de reparação.<br />

E o equipamento de diagnóstico<br />

será compatível com a arquitetura<br />

de cibersegurança dos veículos?<br />

Esta questão deve ser colocada, naturalmente, à<br />

EGEA, a Associação Europeia de Oficinas e Equipamentos<br />

de Teste. No entanto, assumimos que a<br />

ferramenta de diagnóstico teria de ser concebida<br />

e fabricada para ser compatível com a arquitetura<br />

de cibersegurança do veículo. Os requisitos seriam<br />

muito semelhantes aos das peças independentes,<br />

no que diz respeito à compatibilidade e interoperabilidade.<br />

Adicionalmente, as ferramentas de<br />

diagnóstico devem ter a autorização necessária<br />

para realizar a ação/operação de diagnóstico<br />

necessária para o veículo. Além disso, deve ser<br />

criado um processo normalizado para a emissão<br />

de certificados de ferramentas de diagnóstico genéricas<br />

multimarca para identificar ferramentas de<br />

diagnóstico e normalizar o processo de autorização<br />

entre a ferramenta, o veículo e o back-end do fabricante<br />

do veículo. Para tal, poderia ser adotada uma<br />

abordagem baseada na SERMI, sendo a SERMI<br />

o esquema europeu de acesso às informações sobre<br />

reparação e manutenção relacionadas com a<br />

segurança (antirroubo).<br />

Como deve ser atualizado o Regulamento<br />

relativo a reparação e manutenção<br />

da União Europeia 2018/858 de acordo<br />

com o progresso técnico no setor<br />

da cibersegurança?<br />

A FIGIEFA, em estreita cooperação com os respetivos<br />

parceiros da Aliança para a Liberdade de<br />

Reparação de Automóveis na UE (AFCAR), defende<br />

ativamente várias atualizações que permitiriam ter<br />

melhor em conta os requisitos de cibersegurança e<br />

as necessidades conexas do IAM. Em particular, a<br />

FIGIEFA solicita à Comissão que considere o desenvolvimento<br />

de peças independentes, o desenvolvimento<br />

de ferramentas de diagnóstico e a ativação<br />

do primeiro equipamento e de peças de substituição<br />

independentes no que diz respeito à cibersegurança.<br />

O que pode o mercado pós-venda esperar<br />

do Regulamento relativo à Segurança Geral<br />

2019/2144, que será lançado em 2022?<br />

A Comissão Europeia tenciona realizar uma referência<br />

cruzada direta com o regulamento R155 da<br />

UNECE. A FIGIEFA, juntamente com a Aliança<br />

para a Liberdade de Reparação de Automóveis na<br />

UE (AFCAR), está atualmente a defender a inclusão<br />

de requisitos adicionais tendo em conta as necessidades<br />

e a realidade do mercado pós-venda. Uma<br />

referência cruzada direta e simples do regulamento<br />

da UNECE no âmbito do Regulamento relativo à<br />

Segurança Geral apresentaria uma situação muito<br />

desafiante para o mercado pós-venda. Compreendemos<br />

que estes requisitos demoram a ser adotados<br />

no quadro legislativo, pelo que instámos a Comissão<br />

Europeia a incluir estes tópicos no seu programa de<br />

trabalho de <strong>2021</strong> (e também no futuro, 2022, etc.).<br />

Que oportunidades de negócio podem<br />

surgir para as oficinas com o crescimento<br />

do mercado de cibersegurança?<br />

A cibersegurança não apresenta quaisquer<br />

oportunidades de negócio adicionais como tal,<br />

mas sim uma forma controlada e transparente<br />

de realizar os negócios no futuro. Explorar os<br />

desenvolvimentos da cibersegurança permitirá<br />

aos intervenientes do mercado pós-venda continuar<br />

o seu negócio existente de uma forma mais<br />

segura e independente, com menor dependência<br />

dos fabricantes de veículos, para além do que é<br />

legalmente exigido. Poderá assim contribuir para a<br />

aceitação por parte dos consumidores dos últimos<br />

desenvolvimentos em termos de mobilidade automóvel<br />

e reforçar a sua confiança na capacidade dos<br />

operadores independentes de proporem serviços<br />

e produtos eficientes e seguros. ◆<br />

72 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


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Empresa<br />

Top100<br />

MVBER em análise<br />

Que futuro para<br />

o aftermarket?<br />

Em 2023 será lançado um novo MVBER, o regulamento que estabelece as normas de<br />

funcionamento do comércio e reparação automóvel. Até lá, a Comissão Europeia e<br />

Associações do setor, analisam e avaliam os dez anos de funcionamento deste regulamento,<br />

com o objetivo de o renovar e atualizar para os novos desafios do aftermarket


Existe uma forte vontade política de<br />

impor o fim do motor de combustão<br />

em prol do meio ambiente e do<br />

clima. Como resultado, o caminho<br />

para os veículos neutros em carbono<br />

pode ser muito mais rápido do que se pensava<br />

inicialmente. Contudo, isto não significa que todo<br />

o parque automóvel mudará de um dia para outro.<br />

Pelo contrário, os consumidores tendem a manter<br />

os seus veículos por um período mais longo. Isso<br />

significa que o mercado pós-venda ainda precisa<br />

de uma legislação forte sobre a concorrência, para<br />

garantir que os proprietários possam beneficiar de<br />

serviços competitivos e acessíveis durante a vida<br />

útil dos seus veículos. Paralelamente, a ascensão<br />

de novos propulsores elétricos apresenta desafios<br />

específicos para o mercado pós-venda independente.<br />

O valor médio das peças num veículo elétrico<br />

é maior, mas o seu número médio é menor. Além<br />

disso, a reparação dos sistemas elétricos e das<br />

baterias não é sempre fácil para os reparadores<br />

independentes, que não têm acesso às peças de<br />

substituição adequadas ou às informações de reparação<br />

e manutenção necessárias. Espera-se que o<br />

futuro MVBER também considere essas mudanças<br />

tecnológicas e sem impacto na concorrência.<br />

Útil e eficiente<br />

No final de maio de <strong>2021</strong>, a Comissão Europeia<br />

divulgou o primeiro relatório de avaliação do<br />

atual MVBER (em inglês Motor Vehicle Block<br />

Exemption Regulation), com especial enfoque no<br />

impacto e eficácia do documento ao longo do último<br />

ano. As conclusões, apesar de animadoras, não<br />

são definitivas e criam um espectro de incerteza<br />

sobre o que poderá acontecer às oficinas independentes<br />

em particular e ao mercado de pós-venda<br />

em geral. De acordo com este relatório, o regime<br />

do MVBER é “útil” e “eficiente” e “continua a<br />

ser relevante para as partes interessadas”. Este<br />

relatório também evidencia que ainda há uma<br />

margem para melhorias. A avaliação identificou<br />

determinadas disposições que podem beneficiar<br />

com mais esclarecimentos e precisar de ajustes<br />

devido aos desenvolvimentos de mercado recentes.<br />

Contudo, a Comissão Europeia manteve-se<br />

A FIGIEFA acredita que<br />

o MBVER deve ser mantido<br />

nos seus princípios,<br />

tendo em conta os<br />

benefícios comproVAdos,<br />

e modernizado<br />

nos pormenores,<br />

para enfrentar<br />

novos desafios<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

75


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Com os fabricantes a implementar cada vez mais medidas<br />

de cibersegurança nos seus veículos, as oficinas independentes<br />

enfrentam novos desafios, como ter peças alternativas<br />

compatíveis de qualidade equivalente<br />

cautelosa com relação às consequências destas<br />

descobertas para o futuro da MVBER. Na perspetiva<br />

da FIGIEFA, uma vez mais, eles clamam<br />

claramente por manutenção e modernização do<br />

MVBER, e espera que a Comissão Europeia, ao<br />

considerar os benefícios comprovados do MV-<br />

BER, também adote esta abordagem ao estudar<br />

as diferentes opções disponíveis, e mantenha o<br />

MVBER conforme está, atualizando-o.<br />

Manter e atualizar<br />

A FIGIEFA acredita realmente que o MVBER<br />

deve ser mantido quanto aos seus princípios, ao<br />

considerar os seus benefícios comprovados e modernizados<br />

detalhadamente para enfrentar novos<br />

desafios. Ao considerar as especificidades do mercado<br />

pós-venda automóvel, a sua importância para<br />

os consumidores e os recentes desenvolvimentos<br />

nos negócios e na tecnologia, uma legislação de<br />

concorrência moderna e específica para o setor<br />

é absolutamente necessária para além de 2023.<br />

Somente uma legislação europeia ambiciosa, robusta,<br />

atualizada e aplicável facilmente em termos<br />

de concorrência, com base na estrutura existente<br />

e com um olhar para o futuro será adequada para<br />

os consumidores de hoje e de amanhã.<br />

As melhorias podem ter como alvo restrições persistentes<br />

no comércio de peças de substituição, em<br />

particular para revendedores independentes que,<br />

por vezes, não podem comprar peças das redes de<br />

fabricantes de veículos. Além disso, algumas novas<br />

práticas tornam as peças artificialmente cativas<br />

e evitam o seu comércio e uso no mercado pós-<br />

-venda independente. Também existem problemas<br />

persistentes de acesso à informação técnica que<br />

devem ser resolvidos, pois os fabricantes de veículos<br />

tendem a não disponibilizá-la integralmente. Por<br />

último, mas não menos importante, os mecanismos<br />

de aplicação são muito pesados e complicados<br />

para os operadores independentes, estes devem<br />

ser simplificados e as autoridades públicas devem<br />

desempenhar um papel muito mais proativo.<br />

Peças originais e<br />

de qualidade equivalente<br />

As definições de “peças originais” e peças de<br />

“qualidade equivalente” contidas nas Diretrizes<br />

Adicionais do MVBER e a possibilidade<br />

dos fornecedores de OE emitirem autocertificados<br />

têm sido úteis no mercado pós-venda para<br />

ganhar a confiança dos consumidores. Portanto,<br />

ajudaram a aumentar a concorrência no mercado<br />

pós-venda automóvel. Estas definições também<br />

serviram para a concorrência no mercado pósvenda<br />

fora do mundo das oficinas, uma vez que<br />

os concursos públicos para o abastecimento de<br />

peças de substituição de automóveis referem-se<br />

às mesmas nas especificações para participação.<br />

Portanto, a FIGIEFA recomenda que estes termos<br />

definidos continuem a fazer parte da estrutura de<br />

concorrência da UE aplicável ao setor. Qualquer<br />

mudança deve ser muito bem pensada, pois as<br />

definições atuais serviram o seu propósito e garantiram<br />

desenvolvimentos positivos.<br />

Acesso aos dados do veículo<br />

A porta OBD é obrigatória por lei, portanto, os<br />

veículos são obrigados a providenciar uma para<br />

facilitar a manutenção e a reparação do veículo.<br />

Isto é válido para todos os tipos de veículo, e isto<br />

inclui os elétricos. No futuro, algumas atualizações<br />

dos padrões serão necessárias pra facilitar as ligações<br />

Ethernet com velocidade em gigabits. Isto é<br />

importante para permitir atualizações do software<br />

do veículo, que são cada vez mais comuns e podem<br />

envolver ficheiros de software muito grandes.<br />

Este acesso do OBD será fornecido principalmente<br />

para operações de oficina. À medida que os automóveis<br />

ficam cada vez mais conectados, novos<br />

métodos de acesso remoto aos dados de bordo<br />

do veículo serão necessários. A aliança AFCAR<br />

desenvolveu um conceito robusto para lidar com<br />

isto, denominado Plataforma Telemática Segura<br />

a Bordo (S-OTP). Este não é um dispositivo a ser<br />

adicionado ao automóvel, mas um conjunto de requisitos<br />

que permitiria aos prestadores de serviços<br />

executar as suas próprias aplicações ao utilizar os<br />

recursos existentes do veículo (processadores, interface<br />

do condutor via painel, comunicações, etc.).<br />

Isto permitiria novos serviços, como manutenção<br />

preditiva e preventiva por prestadores de serviços<br />

independentes juntamente com a monitorização<br />

de veículos remotos e serviços de reparação.<br />

Sistemas ADAS<br />

À medida que os Sistemas de Assistência Avançada<br />

aos Condutores (ADAS) e os recursos de<br />

condução autónoma se tornam mais comuns,<br />

a capacidade das oficinas independentes para<br />

realizar a calibração é muito importante. Apesar<br />

dos regulamentos existentes sobre o acesso às<br />

informações de reparação e manutenção, o acesso<br />

76 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


adequado às informações e processos necessários<br />

para isso é cada vez mais difícil e oneroso para<br />

os operadores independentes. À medida que os<br />

fabricantes de veículos implementam cada vez<br />

mais medidas de cibersegurança nos seus veículos,<br />

os operadores independentes enfrentam novos<br />

desafios no que diz respeito a possuir peças alternativas<br />

compatíveis com qualidade equivalente,<br />

o acesso a informações técnicas necessárias ou<br />

a capacidade de ativar essas peças nos veículos.<br />

Tais problemas exigem uma modernização da<br />

legislação, de modo a garantir que o setor de mercado<br />

pós-venda independente possa continuar<br />

a oferecer aos consumidores europeus opções<br />

eficazes para a reparação e a manutenção dos<br />

seus veículos e, com isso, garantir um mercado<br />

pós-venda real para estes serviços. Por último, mas<br />

não menos importante, precisa-se garantir que<br />

CIBERSEGURANÇA E PEÇAS CERTIFICADAS<br />

A<br />

cibersegurança é uma tendência requisitos de desenvolvimento de produtos relevantes dos<br />

preocupante. Misturar os desenvolvimentos fabricantes de veículos, inclusive requisitos de segurança<br />

de tecnologias e as práticas de negócios, e proteção e outros requisitos dos produtos relativos à<br />

está a impedir a verdadeira concorrência compatibilidade e interoperabilidade, para testar as peças<br />

no mercado pós-venda automóvel. A de substituição desenvolvidas através de casas de testes<br />

FIGIEFA defende que devem ser tomadas cinco medidas de terceiros neutras e para obter certificados/assinaturas<br />

importantes:<br />

necessários para uma peça validada.<br />

1 - Os fabricantes de equipamento original não podem 4 - As ferramentas de leitura/diagnóstico multimarcas<br />

monopolizar o mercado pós-venda ao introduzir medidas independentes devem ser capazes de verificar a<br />

de segurança de propriedade, como códigos QR, ativação assinatura dos fabricantes de veículos e o número da<br />

de software para os poucos fornecedores selecionados peça e número da versão correspondentes em relação às<br />

à sua escolha.<br />

informações armazenadas no back-end dos fabricantes<br />

2 - Os fornecedores de Nível 1 devem obter um acordo de de veículo.<br />

licenciamento para os códigos de peças para fornecer as 5 - As ferramentas de leitura/diagnóstico independentes<br />

suas próprias peças no mercado pós-venda independente. devem conseguir ativar as peças de substituição<br />

3 - Os produtores de peças independentes devem receber independentes no tipo de veículo.<br />

É preciso modernizar a legislação, para ASSEgurar que<br />

o setor independente do aftermarket pode continuar a oferecer<br />

aos consumidores europeus escolhas efetivAS no que toca<br />

à reparação e manutenção dos seus veículos<br />

todos os técnicos possam adquirir a formação e<br />

os conhecimentos necessários.<br />

Direito à REPARAÇão<br />

durante a garantia<br />

As disposições sobre a manutenção dos veículos<br />

durante o período de garantia têm sido eficazes,<br />

motivo pelo qual é crucial manter esta disposição<br />

para além de 2023. A manutenção dos veículos<br />

durante o período de garantia é um custo importante<br />

para os proprietários e os seus direitos<br />

de beneficiarem de ofertas competitivas devem<br />

ser preservados. Abandoná-los pode ter efeitos<br />

prejudiciais sérios. Os fabricantes de veículos e as<br />

suas redes contratadas sentir-se-iam encorajados<br />

em reintroduzir e expandir condições de garantia<br />

restritivas com o efeito de diminuir a concorrência<br />

no mercado pós-venda automóvel.<br />

Serviços remotos<br />

O MVBER atual e as suas diretivas não fornecem<br />

qualquer regra sobre serviços remotos. Estes<br />

serviços remotos, que são fundamentais para o<br />

crescimento do mercado pós-venda num ambiente<br />

digital, dependem significativamente de<br />

um acesso direto aos dados de bordo do veículo,<br />

autorizado pelo consumidor aos prestadores de<br />

serviços à sua escolha. Sem isto, não é possível<br />

ter concorrência verdadeira e os prestadores de<br />

serviços independentes estariam limitados ao que<br />

os próprios fabricantes de veículos usam e partilham,<br />

colocando as oficinas independentes numa<br />

situação de dependência económica em relação<br />

aos fabricantes de veículos, que são os seus concorrentes.<br />

Também impede o desenvolvimento de<br />

serviços diferentes e inovadores. O MVBER é um<br />

regulamento de concorrência, que visa fornecer<br />

princípios gerais. Contudo, no caso do acesso a<br />

dados de bordo dos veículos, uma legislação que<br />

assegure a concorrência adequada precisa incluir<br />

requisitos técnicos específicos.<br />

Em defesa do aftermarket<br />

Os consumidores devem continuar a beneficiar<br />

das vantagens de uma concorrência verdadeira<br />

ao garantir serviços e soluções mais acessíveis e<br />

inovadores. Isto só será possível através de um<br />

grande compromisso político e legislativo ao garantir<br />

condições de igualdade. Se os responsáveis<br />

políticos agirem com responsabilidade, os fabricantes<br />

de veículos e as suas redes e o mercado<br />

pós-venda automóvel independente serão capazes<br />

de prosperar. Caso contrário, abrirá as portas ao<br />

domínio monopolista ou, na melhor das hipóteses,<br />

oligopolista dos fabricantes de veículos. Os prestadores<br />

de serviços independentes, muitos deles PME<br />

com vínculos e empregos locais, desapareceriam<br />

e os consumidores seriam, no final, os que mais<br />

perderiam. ◆<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

77


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Pacote legislativo “Fit for 55”<br />

Roteiro para a<br />

descarbonização<br />

Com a meta da neutralidade carbónica na Europa estabelecida pelo Green Deal até 2050,<br />

a Comissão Europeia revelou recentemente o pacote legislativo «Fit for 55», que vem<br />

regulamentar a redução prevista das emissões de gases com efeitos de estufa em pelo<br />

menos 55% já até 2030


Entre as medidas a adotar, no que diz respeito<br />

ao parque automóvel, a intenção é que a partir<br />

de 2035, apenas sejam vendidos veículos ligeiros<br />

de passageiros e comerciais novos com<br />

emissões zero. A proposta está, no entanto, a<br />

levantar muitas dúvidas nos mais diversos quadrantes, que<br />

entendem que este pode não ser o caminho mais adequado<br />

para alcançar o derradeiro objetivo.<br />

A forma como iremos alcançar a ambiciosa meta da neutralidade<br />

carbónica ainda vai ser negociada, discutida e<br />

aprovada no Conselho e no Parlamento Europeu, mas do<br />

que não há dúvidas para já, é de que irá afetar e muito<br />

o dia ‐a‐dia de todos os cidadãos europeus. Do preço dos<br />

combustíveis ao aquecimento das casas, está claro que as<br />

políticas de alterações climáticas vão sair caras a cada um de<br />

nós, mesmo que se consiga chegar a uma partilha equitativa<br />

destes custos. Pelo impacto do pacote legislativo, vale a pena<br />

saber mais sobre o que está em causa e o que irá mudar<br />

nos próximos anos.<br />

O que é afinal o Fit for 55?<br />

O Objetivo 55 ou Fit for 55 é um pacote que compreende<br />

treze propostas, tanto para a revisão de regulamentação<br />

já existente, como para criação de novas leis. A ideia é<br />

desenhar o caminho para a neutralidade carbónica, definida<br />

pelo Pacto Ecológico Europeu – o European Green<br />

Deal – que determina que dentro de menos de nove anos<br />

a União Europeia (UE) deverá reduzir as emissões de CO 2<br />

em 55% abaixo dos níveis de 1990. São milhares de páginas<br />

que cobrem as principais políticas climáticas da UE, assim<br />

como leis relacionadas com os transportes, com a energia<br />

e com os impostos.<br />

Atualmente, as emissões na UE estão 24% abaixo dos níveis<br />

registados em 1990, o que significa que é preciso (com<br />

urgência!) começar a alinhar as políticas e as leis europeias<br />

com as metas climáticas estabelecidas. Setores como o do<br />

transporte, onde as emissões têm aumentado, representam<br />

desafios acrescidos e contam com medidas dedicadas para<br />

a descarbonização da economia. Ainda que muitos países<br />

tenham demonstrado a ambição de chegar à neutralidade<br />

carbónica, a verdade é que poucos foram os que divulgaram<br />

em detalhe como é que efetivamente tencionam lá chegar a<br />

até há os que discordam em pleno da estratégia a seguir. De<br />

acordo com a Comissão Europeia, o Fit for 55 assenta num<br />

equilíbrio cuidadoso entre preços, objetivos, metas, standards<br />

e medidas de apoio aos cidadãos mais desfavorecidos.<br />

Motivar a descarbonização<br />

Em conjunto, as 27 nações da União Europeia produzem<br />

3,5 mil milhões de toneladas métricas de CO 2 equivalente<br />

(dados de 2019), ficando apenas atrás da China, dos Estados<br />

Unidos da América e da Índia. Por isso, o objetivo fixado<br />

para 2030 acarreta, inevitavelmente, inúmeras alterações em<br />

políticas já existentes: No Comércio Europeu de Licenças<br />

de Emissão (CELE ou, em inglês, EU Emissions Trading<br />

System – ETS), nas energias renováveis, na eficiência energética<br />

e até nos standards para os novos veículos, são vários<br />

os instrumentos úteis para a transição energética.<br />

Um dos pilares para a descarbonização será exatamente o<br />

CELE, aumentando os preços das licenças de emissão no<br />

mercado europeu, para motivar a opção por tecnologias de<br />

79


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Pacto Climático<br />

e Direito<br />

Climático<br />

Promoção<br />

da energia limpa<br />

Investir em transportes<br />

mais inteligentes<br />

e sustentáveis<br />

Proteger<br />

a natureza<br />

Esforçando-se<br />

por uma indústria<br />

mais verde<br />

Da quinta<br />

ao garfo<br />

Eliminação<br />

da poluição<br />

Liderar<br />

a mudança verde<br />

a nível mundial<br />

Assegurar<br />

uma transição<br />

justa para todos<br />

Tornar as casas<br />

eficientes do ponto de<br />

vista energético<br />

Financiamento<br />

de projetos<br />

verdes<br />

Fonte: Comissão Europeia<br />

Entre as medidas a adotar, no que diz respeito ao parque<br />

automóvel, a intenção é que a partir de 2035, apenas sejam<br />

vendidos veículos ligeiros de passageiros e comerciais novos<br />

com emissões zero<br />

baixo carbono. Isto significa que quanto maior for<br />

o preço do carbono – que já está acima dos 50 €<br />

por tonelada métrica – mais eficaz será o plano,<br />

que funciona com base no princípio do poluidor<br />

pagador, pelo que as empresas de setores altamente<br />

poluentes, como fábricas de energia ou instalações<br />

industriais necessitam de comprar licenças para<br />

emitir gases com efeitos de estufa. O problema é<br />

que, atualmente, muitas das emissões provenientes<br />

de setores como o aço, cimento e produtos químicos<br />

são cobertas por licenças de emissão gratuitas.<br />

Restruturação<br />

da política climática<br />

As propostas legislativas plasmadas nas cerca de 12<br />

mil páginas do documento «Fit for 55» incluem a<br />

revisão da Diretiva das Energias Renováveis, para<br />

aumentar o objetivo da incorporação de energia<br />

renovável na UE de 32% para 40% em 2030,<br />

assim como da Diretiva da Eficiência Energética,<br />

para diminuir em 36% a dependência em energia<br />

primária e em 39% no consumo final de energia<br />

em 2030. Com a nova regulamentação CELE –<br />

Comércio Europeu de Licenças de Emissão para<br />

edifícios e transporte rodoviário, a partir de 2025<br />

haverá também um “Fundo Social para o Clima”,<br />

financiado parcialmente pela ETS e que deverá<br />

garantir temporariamente aos estados ‐membros<br />

um rendimento, assim como apoiar medidas e investimentos<br />

destinados a reduzir a dependência<br />

de combustíveis fósseis. Prevendo as dificuldades<br />

e o impacto social particularmente relevante que<br />

uma mutação desta magnitude acarretará, o fundo<br />

deverá conceder apoios a famílias vulneráveis de<br />

baixos e médios rendimentos, utilizadores de transportes,<br />

e microempresas afetadas pelo impacto da<br />

extensão do comércio de emissões à construção e<br />

aos transportes.<br />

Com a aplicação contínua de normas ambientais<br />

mais rígidas por parte da União Europeia,<br />

as empresas poderão ser tentadas a transferir a<br />

sua produção para fora da Europa, de modo a<br />

evitar os limites impostos. Dado que o objetivo<br />

é contribuir para o declínio global das emissões,<br />

e não promover a sua transferência, a criação de<br />

uma taxa de carbono sobre importações pretende<br />

evitar que isso aconteça.<br />

Trata ‐se do Mecanismo de Ajuste das Emissões<br />

de Carbono nas Fronteiras, para garantir que o<br />

mesmo preço de carbono é pago pelos produtos<br />

nacionais e pelos importados. Numa primeira<br />

fase, a aplicação desta taxa está definida para os<br />

setores mais poluentes, onde se inserem o aço,<br />

alumínio, cimento, fertilizantes e eletricidade. A<br />

par disso, a Diretiva dos Impostos sobre a Energia<br />

será revista, com uma estrutura simplificada para<br />

as taxas mínimas de imposto nos combustíveis e da<br />

eletricidade baseadas no conteúdo real da energia<br />

e no desempenho ambiental, em vez do atual<br />

critério do volume.<br />

O setor dos transportes<br />

É claro que este é um tema que exige medidas<br />

transversais a vários setores da economia; no<br />

entanto tem especial relevância no setor dos<br />

transportes, pelo facto de esta ter sido uma das<br />

poucas atividades económicas a ver as emissões<br />

de CO 2 a aumentar nos últimos anos. Por terra,<br />

mar e ar, as emissões de carbono exigem uma ação<br />

urgente, uma vez que o transporte é responsável<br />

por um quarto das emissões na União Europeia,<br />

sendo, em específico, o transporte rodoviário o<br />

maior contribuinte.<br />

No sentido de acelerar a transição para o transporte<br />

com baixas emissões, será revista a diretiva<br />

para as infraestruturas dos combustíveis alternativos<br />

e serão também revistas as normas relativas<br />

às emissões de CO 2 em veículos de passageiros e<br />

veículos comerciais ligeiros novos. O objetivo é<br />

assegurar uma via europeia clara para o transporte<br />

com zero emissões de CO 2, no ciclo de vida<br />

completo neste tipo de veículos.<br />

O ideal, para a UE, seria conseguir que o carregamento<br />

dos veículos elétricos e o reabastecimento<br />

de pesados com hidrogénio fosse tão simples como<br />

encher um depósito convencional. De acordo com<br />

o Green Deal, em 2025 deverá haver um milhão<br />

de postos de carregamento elétrico e em 2030 o<br />

número deverá ascender aos três milhões. Além<br />

disso, os pontos de carregamento de veículos elétricos<br />

não deverão distar mais de 60 km entre<br />

si, ao passo que as estações de abastecimento<br />

de hidrogénio nas principais autoestradas não<br />

deverão ter mais de 150 km de distância umas<br />

das outras.<br />

Com as limitações de emissões de CO 2 cada vez<br />

mais apertadas, a Comissão Europeia propõe que<br />

a partir de 1 de janeiro de 2035 na UE sejam<br />

vendidos apenas veículos ligeiros novos com 0%<br />

de emissões. Os Países Baixos e a Dinamarca vão<br />

fazê ‐lo em 2030 e a França e o Reino Unido em<br />

2040. Apesar de ser uma meta arrojada, chegou<br />

80 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


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MERCADO<br />

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Top100<br />

a estar em cima da mesa um corte ainda mais<br />

dramático, na ordem dos 65% em 2030.<br />

Implicações no setor automóvel<br />

O cumprimento destes objetivos há muito que está<br />

a ser trabalhado pelos engenheiros dos fabricantes<br />

europeus de automóveis e, até ao momento, foram<br />

já várias as marcas que anunciaram novidades nesse<br />

sentido. A Volkswagen já fez saber que deixará de<br />

vender carros com motores de combustão interna<br />

em 2035 e a Renault declarou que em 2030 90%<br />

das suas vendas na Europa serão de carros elétricos.<br />

A Volvo também tem vindo a demonstrar a vontade<br />

de terminar com os motores a combustão interna,<br />

assim como a Audi se comprometeu a deixar de<br />

vender estes veículos em 2033, a FIAT e a Ford<br />

em 2030 e a Opel em 2028.<br />

Dada a importância do pacote climático da UE<br />

para o sector automóvel e para os milhões de<br />

pessoas que emprega, a Associação Europeia dos<br />

MOTOS SERÃO TAMBÉM AFETADAS<br />

PELO «FIT FOR 55»<br />

O<br />

pacote legislativo não contém qualquer usado nos motociclos. Antonio Perlot, secretáriogeral<br />

da Associação Europeia dos Fabricantes de<br />

referência às motos, mas isso não<br />

significa que o «Fit for 55» não venha Motos, considera que “a descarbonização não<br />

a afetar os motociclistas. A redução de passa necessariamente pela eletrificação”, sendo<br />

90% em gases de CO 2 é para todos os que apesar de para uso urbano as motos e scooters<br />

transportes rodoviários, incluindo as motos. Para já, elétricas com bateria sejam as escolhas mais lógicas,<br />

no entanto, devido às baixas emissões de todos os “a indústria de motos procura outras alternativas para<br />

veículos de duas rodas, por comparação com os a gasolina, como e-combustíveis e biocombustíveis<br />

restantes, a Comissão Europeia ainda não faz contas para motos maiores que são frequentemente<br />

com eles na estratégia de descarbonização. usadas para lazer. Estas poderiam ser alternativas<br />

As motos serão, ainda assim, afetadas pelas boas e «limpas»”. O problema é que a indústria<br />

alterações propostas pelo «Fit for 55», pois os planos ainda não está em condições de concluir se haverá<br />

incluem impostos para produtos energéticos como alternativas suficientes – e acessíveis – no futuro<br />

a eletricidade e combustíveis para transporte e para substituir a gasolina para fazer funcionar os<br />

aquecimento de edifícios (com base em quão poluentes motores de combustão. E só um resultado é garantido:<br />

são) e isso engloba, necessariamente, o combustível o motociclismo ficará mais caro.<br />

O Objetivo do Fit for 55 é desenhar o caminho para a neutralidade<br />

carbónica, definida pelo European Green Deal, que determina<br />

que dentro de menos de nove anos a UE deverá reduzir as emissões<br />

de CO 2 em 55% abaixo dos níveis de 1990<br />

Fabricantes de Automóveis (ACEA) tem vindo a<br />

estudar em detalhe as propostas divulgadas pela<br />

Comissão Europeia e sustenta que os construtores<br />

de automóveis estão empenhados em reduzir as<br />

emissões para zero. Todos os membros da ACEA<br />

apoiam a meta da neutralidade climática até 2050<br />

e têm vindo a investir milhares de milhões de eu‐<br />

A COMISSÃO EUROPEIA ESTABELECE NOVOS<br />

OBJETIVOS EM MATÉRIA DE EMISSÕES<br />

Médias da Frota de Veículos de Passageiros Anterior vs. Novo 2015-2040 (Gramas de CO2 por km)<br />

g Emissões de CO2 / km<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

2015<br />

-55% de redução<br />

ros em tecnologias inovadoras e sustentáveis. Estes<br />

discordam, contudo, de que se aposte apenas numa<br />

única tecnologia, especialmente numa altura em<br />

que a Europa continua a ter dificuldades em conseguir<br />

reunir as condições adequadas para os veículos<br />

movidos a energia alternativa.<br />

Oliver Zipse, presidente da ACEA e CEO da<br />

-15% de redução<br />

-100% de redução<br />

-37,5% de redução<br />

2020 2025 2030 2035 2040<br />

Objetivos anteriores Novos objetivos<br />

BMW é da opinião que “as metas climáticas ambiciosas<br />

precisam de um compromisso vinculativo de<br />

todas as partes envolvidas. O Green Deal só pode<br />

ser bem ‐sucedido com metas obrigatórias para o<br />

aumento das infraestruturas de carregamento e<br />

reabastecimento em todos os Estados ‐membros.<br />

Isto será essencial para carregar os milhões de<br />

veículos elétricos que os fabricantes de automóveis<br />

europeus vão trazer para o mercado nos próximos<br />

anos e para proporcionar uma redução sem<br />

precedentes das emissões de CO 2 no setor dos<br />

transportes”. Sem um aumento significativo dos<br />

esforços de todas as partes interessadas – incluindo<br />

estados ‐membros e todos os sectores envolvidos<br />

– “o objetivo proposto simplesmente não é<br />

viável”, afirma. Por isso, entende que “todas as<br />

opções – incluindo motores de combustão interna<br />

altamente eficientes, híbridos, baterias elétricas e<br />

veículos a hidrogénio – devem desempenhar o seu<br />

papel na transição para a neutralidade climática,<br />

especialmente porque trabalhamos para reduzir<br />

a pegada de carbono de toda a frota de veículos<br />

na rua, para não só os veículos novos. Não é o<br />

motor de combustão interna que é prejudicial<br />

para o ambiente, mas sim os combustíveis à base<br />

de fósseis. Sem a disponibilidade de combustíveis<br />

renováveis, uma meta de redução de 100% em<br />

2035 é efetivamente a proibição do motor interno<br />

de combustão”.<br />

Entre as preocupações da ACEA relativamente<br />

aos resultados do «Fit for 55», está o facto de as<br />

metas ficarem muito aquém do que é necessário,<br />

82 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


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Acordo<br />

Green Deal<br />

Atingir as metas<br />

climáticas para 2030<br />

Estratégia<br />

florestal da UE<br />

Sistema de<br />

comércio de<br />

emissões<br />

da UE para a<br />

energia, indústria,<br />

marítimo<br />

e aviação<br />

Uso do solo,<br />

alteração<br />

do uso do solo<br />

e regulamentação<br />

florestal<br />

Regulação<br />

da partilha<br />

de esforços<br />

Normas<br />

de emissões<br />

de CO2 para<br />

carros e vans<br />

Fundo social<br />

climático<br />

Negociação<br />

de emissões<br />

para transporte<br />

rodoviário<br />

e edifícios<br />

Metas<br />

Climáticas<br />

2030<br />

Infra-estruturas<br />

de combustíveis<br />

alternativos<br />

ReFuelEU:<br />

Combustíveis mais<br />

sustentáveis para a<br />

aviação<br />

Mecanismo de<br />

ajustamento das<br />

margens<br />

de carbono<br />

Diretiva relativa<br />

à tributação<br />

da energia<br />

Diretiva sobre<br />

as energias<br />

renováveis<br />

FuelEU:<br />

Combustíveis<br />

marítimos<br />

mais limpos<br />

Eficiência<br />

energética<br />

direcionada<br />

Fonte: Comissão Europeia<br />

Ainda que muitos países tenham demonstrado a ambição de chegar<br />

à neutralidade carbónica, a verdade é que poucos foram os que<br />

divulgaram em detalhe como é que efetivamente tencionam lá<br />

chegar até há os que discordam em pleno da estratégia a seguir<br />

com uma referência preocupante a apenas 3,5<br />

milhões de pontos de carregamento até 2030. De<br />

acordo com os cálculos recentes da Comissão, uma<br />

nova redução das emissões de CO 2 para ‐50%<br />

em 2030 exigiria cerca de 6 milhões de pontos de<br />

carregamento publicamente disponíveis.<br />

Já no que toca ao alargamento do Sistema de Comércio<br />

de Licenças de Emissão (ETS) da UE aos<br />

combustíveis de transporte rodoviário, a ACEA<br />

considera que “é bem ‐vindo, uma vez que ajudará<br />

a colocar um preço visível no carbono, incentivando<br />

assim a utilização de combustíveis de<br />

baixo e zero carbono. Se o quadro regulamentar<br />

for definido corretamente, isso poderá ajudar a<br />

tornar os veículos de emissões zero competitivos<br />

e atraentes para os nossos clientes”.<br />

Um debate que se prevê longo<br />

Esta é apenas a ponta do «iceberg» da restruturação<br />

de toda a arquitetura atual da política climática<br />

da EU. O pacote deixa muito espaço de manobra<br />

para ser debatido entre os estados ‐membros e<br />

COMO IRÃO MUDAR OS OBJETIVOS<br />

DE EMISSÕES DA UE (2020-2035)<br />

prevê ‐se uma longa negociação, que pode chegar a<br />

demorar anos, porque aquilo que é prioridade para<br />

uns, pode ser alvo de críticas por parte de outros,<br />

de modo que o prazo máximo para alcançar um<br />

acordo será até às eleições do Parlamento Europeu,<br />

em maio de 2024. Entretanto, espera ‐se lobbying<br />

intenso por parte dos governos nacionais, ativistas<br />

e dos diferentes interessados na indústria, bem<br />

como daqueles que se opõem à ação climática.<br />

Caso interessante, e que já está a dar que falar, é<br />

o da República Checa, que assume a presidência<br />

rotativa da União Europeia no próximo ano e<br />

que está absolutamente contra o plano da Comissão<br />

Europeia de proibir a comercialização de<br />

automóveis novos a gasolina e a gasóleo a partir<br />

de 2035. O primeiro ‐ministro, Andrej Babis,<br />

afirma mesmo que “não podemos ditar aqui o<br />

que fanáticos verdes conceberam no Parlamento<br />

Europeu”. A República Checa é o país natal da<br />

Skoda e também local de produção de outras<br />

marcas como a Toyota e a Hyundai, e não tenciona<br />

seguir o projecto «Fit for 55». Babis adiantou<br />

Ano 2020 2025 2030 2035<br />

Meta para 95g CO 2/Km -15% (81g CO 2/Km) -55% (43g CO 2/Km) -100% (0g CO 2/Km)<br />

automóveis<br />

Meta para vans 147g CO 2/Km -15% (125g CO 2/Km) -50% (74g CO 2/Km) -100% (0g CO 2/km)<br />

Comentários Os automóveis e as vans<br />

têm objetivos médios de<br />

frota em separado<br />

Sem alterações em relação<br />

aos objetivos anteriores<br />

Um aperto da redução<br />

anterior -37,5% para os<br />

automóveis novos (-31%<br />

para as vans novas)<br />

A redução de -100% para<br />

2035 proíbe efetivamente os<br />

automóveis a gasolina e diesel<br />

até 2035<br />

Fonte: aUtomotive Ultima Media<br />

ainda que o país irá apoiar a expansão da rede de<br />

carregamento de veículos elétricos, mas que não<br />

irá apoiar a sua compra, como acontece noutros<br />

países europeus, como Portugal. Para o chefe do<br />

governo checo, “há questões mais importantes<br />

como a segurança, o mercado interno, [o espaço]<br />

Schengen. Por exemplo, iremos apoiar uma<br />

rede para carros elétricos, mas os carros normais<br />

continuarão a ser produzidos normalmente. Os<br />

carros elétricos são um luxo, não são acessíveis<br />

a pessoas comuns”, afirma.<br />

Do outro lado da barricada<br />

De facto, não é só a República Checa que já<br />

mostrou oposição ao pacote legislativo «Fit<br />

for 55». Desde que foi revelada, em julho, a<br />

abordagem mereceu muitas críticas e já foram<br />

várias as vozes que se levantaram para discordar<br />

deste caminho.<br />

A inclusão do setor marítimo no Sistema de Comércio<br />

de Emissões da EU é uma das principais<br />

mudanças que está a causar revolta. Não se enquadra<br />

em nenhum sistema de redução de emissões<br />

de carbono, ainda que represente 13% de todas<br />

as emissões da UE relacionadas com transportes.<br />

Sendo uma indústria global, reclama precisar de<br />

uma regulamentação global ao invés de europeia,<br />

nas palavras do secretário ‐geral da Associação de<br />

Armadores da Comunidade Europeia, Martin<br />

Dorsman. O responsável defende que “devemos<br />

introduzir um fundo específico no Sistema de<br />

Comércio das Emissões da EU e as receitas desse<br />

fundo podem ser usadas na indústria naval para<br />

fazer mais pesquisa e desenvolvimento ou para<br />

investir em infraestrutura nos portos, porque, em<br />

84 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

última análise, para descarbonizar precisamos de<br />

novas alternativas”, o que significa que apesar de<br />

concordarem com a meta de redução, entendem<br />

que é preciso explorar outros caminhos.<br />

O plano também inclui medidas mais duras para<br />

a aviação e para os voos intra ‐UE e teme ‐se o<br />

aumento da vantagem competitiva das companhias<br />

aéreas extracomunitárias e de aeroportos<br />

centrais fora da UE.<br />

No «Fit for 55», tanto o regulamento FuelEU<br />

(marítimo) e o regulamento ReFuelEU (aviação)<br />

querem incentivar a adoção de um crescente<br />

consumo de combustíveis de baixo carbono<br />

nos respetivos setores, onde o potencial para a<br />

eletrificação é reconhecidamente limitado. Será<br />

criada a Aliança da Cadeia de Valores de Combustíveis<br />

Renováveis e de Baixo Carbono, para<br />

impulsionar o fornecimento e a implantação dos<br />

combustíveis mais promissores para todos os modos<br />

de transporte.<br />

Os membros da Plataforma de Combustíveis<br />

Líquidos Renováveis e de Baixo Carbono ‐ que<br />

representam as principais associações que operam<br />

na cadeia de valor dos combustíveis líquidos da<br />

UE, desde a produção de matéria ‐prima e combustível<br />

até o armazenamento, fornecimento e<br />

distribuição - estão empenhados em trabalhar<br />

juntos para contribuir para a descarbonização<br />

do setor da mobilidade, de forma sustentável,<br />

acessível e socialmente inclusiva. Realçam a<br />

importância do papel do pacote Fit for 55 no<br />

combate às alterações climáticas, mas receiam<br />

que a contribuição que os combustíveis líquidos<br />

renováveis e com baixo teor de carbono podem<br />

ter durante esta transição seja subestimado, pelo<br />

que defendem que é essencial uma abordagem<br />

tecnológica aberta, pois não existe uma forma<br />

única de descarbonizar o transporte rodoviário,<br />

dizendo mesmo que “na luta contra as alterações<br />

climáticas, a UE necessita de todas as soluções<br />

sustentáveis que puder reunir - incluindo combustíveis<br />

líquidos renováveis e com baixo teor<br />

de carbono”.<br />

IMPACTO FIT for 55 NO SETOR AUTOMÓVEL<br />

A<br />

meta de 55% de CO 2 para os automóveis<br />

até 2030 será um grande desafio<br />

l Exige objetivos vinculativos<br />

correspondentes para os estados<br />

membros da UE para a construção das infra ‐estruturas<br />

de carregamento e reabastecimento necessárias<br />

l Não é suficientemente ambicioso: ‘apenas’<br />

3,5 milhões de carregadores VE. 50% até 2030<br />

já exigiria 6 milhões de carregadores públicos<br />

l Irá acelerar a transformação estrutural<br />

de toda a cadeia de valor. Grande impacto<br />

na nossa economia e emprego<br />

l Todos os grupos motopropulsores devem<br />

desempenhar um papel na transição para<br />

a neutralidade climática. Necessidade de reduzir<br />

a pegada de carbono de toda a frota na estrada.<br />

A UE precisa de se concentrar na inovação, não<br />

na proibição de tecnologias<br />

Infraestrutura disponível<br />

l Menos de 225.000 pontos de tarifação pública<br />

disponíveis na EU, está muito aquém do que é<br />

necessário<br />

l Cerca de 7 milhões de pontos de carregamento<br />

ECV necessários até 2030. Mas a proposta Fit for 55’<br />

visa apenas 3,5 milhões de carregadores públicos...<br />

l 3 países, cobrindo apenas 23% da superfície<br />

total da UE, representam atualmente 70% de todos<br />

os pontos de carregamento<br />

29,7% nos Países Baixos 66.665<br />

20,4% em França 45.751<br />

19,9% na Alemanha 44.538<br />

DISCRIMINAÇÃO DAS MEDIDAS DO PACOTE FIT FOR 55<br />

FIXAÇÃO DE PREÇOS METAS REGRAS<br />

l Desempenho mais rigoroso de CO 2 para<br />

automóveis e vans<br />

l Sistema de Comércio de Emissões mais<br />

forte, incluindo na aviação<br />

l Extensão do comércio de emissões ao<br />

transporte marítimo, rodoviário e aos<br />

edifícios<br />

l Diretiva atualizada relativa à tributação<br />

da energia<br />

l Novo Mecanismo de Ajuste de margens<br />

de Carbono<br />

l Atualização do Regulamento de Partilha<br />

de Esforços<br />

l Atualização da Regulamentação do Uso do<br />

Solo e da Floresta<br />

l Diretiva atualizada sobre as energias<br />

renováveis<br />

l Diretiva de Eficiência Energética Atualizada<br />

l Novas infra-estruturas para combustíveis<br />

alternativos<br />

l ReFuelEU: Combustíveis mais sustentáveis<br />

para a aviação<br />

l FuelEU: Combustíveis marítimos mais<br />

limpos<br />

MEDIDAS DE APOIO<br />

l Utilizar regulamentos para promover a inovação, construir solidariedade e mitigar os impactos para os vulneráveis, nomeadamente<br />

através do novo Fundo para o Clima Social e do reforço dos Fundos de Modernização e Inovação<br />

Fonte: Comissão Europeia<br />

l Dos 224.237 carregadores disponíveis<br />

em toda a EU, apenas 24.987 são adequados<br />

para carregamento rápido (capacidade de >22kW).<br />

Pontos “normais” (


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Veículos elétricos<br />

Conceito<br />

de mobilidade<br />

em mudança<br />

Apesar de persistirem os desafios à eletrificação do parque automóvel, temos<br />

também pela frente oportunidades que merecem ser aproveitadas.<br />

Isto é particularmente evidente nas cidades, onde as emissões, o tráfego<br />

e a segurança representam os grandes problemas da atualidade


Se este status quo continuar, os problemas<br />

de mobilidade irão apenas intensificar-se<br />

à medida que o crescimento<br />

da população e do PIB impulsionam<br />

não só a propriedade de automóveis<br />

como também os quilómetros percorridos. Em resposta,<br />

a indústria da mobilidade está a lançar uma<br />

enorme variedade de inovações concebidas para as<br />

estradas urbanas, como a mobilidade como serviço,<br />

a gestão de tráfego e sistemas de estacionamento<br />

avançados, soluções de partilha de frete e novos conceitos<br />

de transporte em duas ou três rodas. A atual<br />

oportunidade de que dispomos para transformar a<br />

forma na qual nos movemos resulta fundamentalmente<br />

de mudanças em três áreas: regulamentação,<br />

comportamento do consumidor e tecnologia.<br />

Regulamentação<br />

Os governos e as cidades introduziram regulamentações<br />

e incentivos que aceleram a mudança para<br />

uma mobilidade sustentada. Os reguladores de<br />

todo o mundo estão a definir alvos mais restritivos<br />

quanto às emissões. A União Europeia apresentou<br />

o seu programa “Fit for 55”, que procura alinhar<br />

as políticas climáticas, energéticas, de uso da terra,<br />

transportes e fiscais com vista à redução das<br />

emissões de gases de estufa em pelo menos 55%<br />

até 2030 e a administração Biden introduziu um<br />

alvo de 50% de veículos elétricos (VE) até 2030.<br />

Além destes regulamentos, a maioria dos governos<br />

oferece também subsídios para VEs.<br />

As cidades trabalham atualmente com o objetivo<br />

de reduzirem o uso e o tráfego de veículos privados<br />

oferecendo cada vez mais apoio a modos de<br />

mobilidade alternativa como as bicicletas. Paris<br />

anunciou o investimento de mais de 300 milhões<br />

de dólares US para a atualização da sua rede de<br />

bicicletas e para a conversão de 50 km de faixas<br />

de estrada em ciclovias. Muitas áreas urbanas estão<br />

também a implementar regulamentações de<br />

acesso para automóveis. De facto, mais de 150<br />

cidades europeias criaram já regulamentações de<br />

acesso devido a baixas emissões e emergências de<br />

poluição (QUADRO I).<br />

Comportamento do consumidor<br />

A consciência e o comportamento do consumidor<br />

estão a mudar à medida que cada vez mais pessoas<br />

aceitam modos de mobilidade alternativos e sustentáveis.<br />

As viagens em meio urbano com bicicletas<br />

e scooters elétricas partilhadas aumentaram em<br />

60% de ano para ano e o mais recente inquérito ao<br />

consumidor McKinsey sugere que o uso médio da<br />

bicicleta (partilhada e privada) poderá aumentar<br />

mais de 10% no mundo pós-pandémico em comparação<br />

com níveis pré-pandémicos. Além disso,<br />

os consumidores estão a tornar-se cada vez mais<br />

recetivos às opções de mobilidade partilhada. Mais<br />

de 20% dos alemães inquiridos afirmaram ser utilizadores<br />

de serviços de partilha de transportes (6%<br />

fazem-no pelo menos uma vez por semana), que<br />

são capazes de ajudar à redução dos quilómetros<br />

percorridos assim como das emissões.<br />

Tecnologia<br />

Os protagonistas da indústria estão a acelerar a<br />

velocidade da inovação em tecnologias automóveis à<br />

medida que desenvolvem novos conceitos de mobilidade<br />

elétrica, conectada, autónoma e partilhada. A<br />

indústria captou mais de 400 mil milhões de dólares<br />

US em investimentos ao longo desta última década,<br />

com cerca de 100 mil milhões desde o início de<br />

2020. Todo este dinheiro tem como alvo as empresas<br />

e start-ups que trabalhem na eletrificação<br />

da mobilidade, na conectividade dos veículos e em<br />

tecnologias de condução autónoma. Tais inovações<br />

tecnológicas ajudarão a reduzir os custos dos VE e<br />

a tornar a mobilidade elétrica partilhada como uma<br />

alternativa real a possuir um automóvel.<br />

A eletrificação desempenhará um papel importante<br />

na transformação da indústria da mobilidade<br />

e apresenta grandes oportunidades em todos os<br />

segmentos de veículos, apesar do ritmo e extensão<br />

da mudança poderem variar. Para assegurar a<br />

adoção rápida e alargada da mobilidade elétrica, o<br />

lançamento de novos VE no mercado é um primeiro<br />

passo importante. Além disso, todo o ecossistema<br />

de mobilidade deverá trabalhar para fazer da transformação<br />

um sucesso, desde os fabricantes de VE<br />

aos fornecedores e investidores, concessionários,<br />

fornecedores energéticos e operadores de postos<br />

de carregamento, a título de exemplo.<br />

O futuro dos grupos<br />

motopropulsores dos veículos<br />

de passageiros é elétrico; a<br />

transformação é contínua<br />

O momento de viragem na adoção dos VE de<br />

passageiros ocorreu na segunda metade de 2020,<br />

quando as vendas e a penetração dos VE aceleraram<br />

nos principais mercados apesar da crise económica<br />

provocada pela pandemia de COVID-19.<br />

A Europa liderou este desenvolvimento, onde a<br />

adoção de VE alcançou os 8% devido a políticas<br />

como alvos de emissões mais limitadores para os<br />

fabricantes de equipamento original e subsídios<br />

generosos para os consumidores.<br />

Em <strong>2021</strong> os debates centraram-se na data do fim<br />

das vendas de veículos com motor de combustão<br />

interna (MCI). Novos objetivos regulamentares na<br />

União Europeia e nos Estados Unidos visam agora<br />

uma quota de VE de pelo menos 50% até 2030 e<br />

vários países anunciaram agendas mais aceleradas<br />

para a proibição das vendas de MCIs em 2030 ou<br />

2035. Alguns fabricantes de equipamento original<br />

anunciaram as suas intenções de interrupção do<br />

investimento em novas plataformas e modelos de<br />

MCI e muitas mais definiram já uma data específica<br />

para terminar a produção de veículos MCI.<br />

A consciências dos consumidores mudou também<br />

para uma de mobilidade sustentável, com mais de<br />

45% dos consumidores de automóveis a considerar<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

89


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

QUADRO I – A REGULAÇÃO, A TECNOLOGIA E O COMPORTAMENTO DOS CONSUMIDORES<br />

ALTERARÃO O PANORAMA DA MOBILIDADE<br />

MUDANÇA ILUSTRATIVA DA PAISAGEM DA CIDADE ENTRE HOJE E 2030<br />

Hoje<br />

AS CIDADES SOFREM COM AS EMISSÕES, O CONGESTIONAMENTO E A<br />

SEGURANÇA ...<br />

2030<br />

... QUE VAI MUDAR COM A CHEGADA DE NOVAS SOLUÇÕES<br />

INTEGRADAS DE MOBILIDADE<br />

A ELECTRIFICAÇão É UM DOS PRINCIPAIS FACILITADORES DE UMA NOVA MOBILIDADE<br />

INTEGRADA ENTRE SEGMENTOS DE VEÍCULOS, POR EXEMPLO,<br />

Scooters<br />

Paris concedeu<br />

recentemente um<br />

contrato de 2 anos<br />

PARA a implementação<br />

de 5.000 “e-scooters”<br />

Automóveis<br />

de passageiros<br />

Oslo atingiu 66% de adoção<br />

de VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />

de passageiros em Julho<br />

de <strong>2021</strong><br />

Autocarros<br />

Shenzhen já eletrificou<br />

toTALMente a sua froTA<br />

de 16.000 unidades<br />

de autocarros, bem<br />

como 22.000 táxis<br />

Fonte: McKinsey, Centro para a Mobilidade Futura<br />

Os proTAGonistas da indústria estão a ACelerar a velocidade<br />

DA inoVAÇão em tecnologias AUTomóveis à medida que desenvolvem novos<br />

conceitos de mobilidade elétrica, coneCTADA, AUTónoma e partilhada<br />

a compra de um VE.<br />

No entanto, a contínua aceleração da eletrificação<br />

está a impor uma grande pressão sobre os fabricantes<br />

de equipamento original, as suas cadeias de<br />

fornecimento e o ecossistema alargado de VE para<br />

que cumpram com estes alvos. Isto é particularmente<br />

óbvio no que diz respeito à preparação da<br />

infraestrutura de carregamento necessária.<br />

Até 2035, os maiores mercados<br />

AUTomóveis serão elétricos<br />

A pressão regulamentar assim como a atração do<br />

consumidor pelos VE varia de região para região.<br />

A Europa consiste principalmente num mercado<br />

impulsionado pela regulamentação com grandes<br />

subsídios, enquanto que na China a atração do<br />

consumidor é muito forte apesar dos reduzidos<br />

incentivos. Nos EUA, as vendas de VE cresceram<br />

lentamente devido a uma pressão regulamentar<br />

e interesse do consumidor, apesar da tendência<br />

reguladora ser de mudança na nova administração.<br />

Ao nível global, esperamos que a adoção de VE<br />

(BEV – Battery Electric Vehicles; PHEV – Plug-<br />

-in Hybrid Electric Vehicles; e FCEV – Fuel Cell<br />

Electric Vehicles) alcance os 45% sob as atuais<br />

previsões de alvos regulamentares. No entanto,<br />

mesmo esta perspetiva de crescimento transformador<br />

dos VE está muito abaixo do necessário<br />

para que alcancemos as emissões zero. Os VE<br />

teriam de representar 75% das vendas globais de<br />

automóveis de passageiros até 2030, o que representa<br />

um ritmo significativamente superior ao que<br />

existe atualmente na indústria.<br />

Acreditamos que a Europa, enquanto mercado<br />

impulsionado pela regulamentação com tendências<br />

de procura positivas por parte do consumidor,<br />

irá eletrificar-se mais rapidamente e é esperado<br />

que permaneça como líder global da eletrificação<br />

em termos da quota de mercado de VE. Além<br />

do objetivo da Comissão Europeia, que requer<br />

cerca de 60% de vendas de VE até 2030, vários<br />

países anunciaram já o fim das vendas de MCI<br />

até 2030. Em consonância com anunciado, sete<br />

marcas de fabricantes de equipamento original<br />

comprometeram-se já com 100% de vendas de<br />

90 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


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nos últimos 70 anos. O filtro continua a funcionar de acordo com o mesmo princípio.<br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

QUADRO II – ATÉ 2035, OS MAIORES<br />

MERCADOS AUTOMÓVEIS (UE, EUA E<br />

CHINA) SERÃO TOTALMENTE ELÉTRICOS<br />

QUADRO III – A TRANSFORMAÇÃO DA<br />

E-MOBILIDADE IRÁ CRIAR MAIOR DISRUPÇÃO<br />

DO QUE A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL<br />

VE (BEV, FCEV, PHEV) EM PERCENTAGEM<br />

DAS VENDAS DE VEÍCULOS DE PASSAGEIROS<br />

novos<br />

Cenários<br />

Zero líquido<br />

Acelerado*<br />

Cenário regulamentar***<br />

Mercados, cenário acelerado<br />

UE<br />

China<br />

EUA<br />

100 100<br />

90 90<br />

80 80<br />

70 70<br />

60 60<br />

50 50<br />

40 40<br />

30 30<br />

20 20<br />

10 10<br />

0 0<br />

2020 25 30 35 2020 25 30 35<br />

*Cenário mais provável em que a adoção pelos consumidores excederá os objetivos<br />

regulamentares<br />

**Cenário segundo o qual os objetivos regulamentares atualmente previstos serão atingidos<br />

VEÍCULOS DE PASSAGEIROS, UE+GB+CH+NO,<br />

2030, CENÁRIO ACELERADO*<br />

75%<br />

das vendas de automóveis<br />

novos são VE*<br />

1 em cada 4<br />

carros na estrada é um VE<br />

90 mil<br />

milhões de<br />

euros na nova<br />

cadeia de valor<br />

VE** criada<br />

15.000<br />

procura semanal<br />

adicional de<br />

carregadores****<br />

24<br />

gigafábricas de<br />

bateria***<br />

5%<br />

de procura<br />

adicional de<br />

eletricidade<br />

na UE<br />

80%<br />

Emissões de<br />

produção mais<br />

elevadas<br />

40%<br />

de diferença em<br />

relação ao objetivo<br />

de redução das<br />

emissões dos<br />

transportes até<br />

2030<br />

* VE incluem BEVs, PHEVs, FCEVs<br />

**Inclui drive elétrico, baterias, eletrónica de potência, e gestão térmica<br />

***Assume uma gigafábrica média com capacidade anual de 25 GWh<br />

****Assume uma relação ideal de 10:1 de carregadores VE e refere-se a carregadores públicos,<br />

incluindo carregadores em casas multifamiliares<br />

Fonte: McKinsey, Center for Future Mobility<br />

A consciência e o comportamento do consumidor estão a mudar<br />

à medida que cada vez mais pessoas aceitam modos de mobilidade<br />

alternativos e sustentáveis<br />

VE até 2030 na União Europeia. No cenário<br />

acelerado de maior probabilidade, a adoção por<br />

parte do consumidor irá exceder os alvos regulamentares<br />

e a Europa alcançará cerca de 75%<br />

de quota de mercado de VE até 2030. A União<br />

Europeia anunciou um objetivo de emissões zero<br />

para automóveis novos até 2035.<br />

A China continuará também a testemunhar um<br />

forte crescimento da eletrificação permanecendo<br />

o maior mercado de VE em termos absolutos. A<br />

aceitação resulta de uma forte atração por parte<br />

do consumidor, apesar de baixos subsídios para VE<br />

e a inexistência de uma data final para as vendas<br />

de MCI. No entanto, a política governamental de<br />

duplo crédito levou ao aumento da quota de VE<br />

nos portefólios dos fabricantes de equipamento<br />

original. As previsões apontam para uma quota<br />

de VE chinesa acima dos 70% para as vendas de<br />

automóveis novos em 2030, no cenário acelerado.<br />

Nos Estados Unidos, a administração Biden anunciou<br />

um objetivo de eletrificação de 50% para<br />

2030, fortes investimentos na infraestrutura de<br />

carregamento e objetivos mais rigorosos para as<br />

emissões das frotas. A aceitação de VE resultará<br />

acima de tudo do apoio regulamentar na Califórnia<br />

e noutros estados que seguem a regulamentação<br />

CARB ZEV. Os fabricantes de equipamento<br />

original dos EUA apoiam os alvos de eletrificação<br />

e declararam a abolição de MCI até 2035, o que<br />

significa que os Estados Unidos seguirão a Europa<br />

e a China na aceitação de VE com um pequeno<br />

atraso; espera-se que ultrapassem os atuais alvos regulamentares<br />

e que alcancem os 65% de vendas de<br />

VE até 2030 no cenário acelerado (QUADRO II).<br />

A transformação da mobilidade<br />

elétrica perturbará muito mais do<br />

que apenas a indústria automóvel<br />

Na União Europeia, o atingir do cenário acelerado<br />

de cerca de 75% de vendas de VE até 2030 terá<br />

implicações para todo o ecossistema e cadeia de<br />

valor dos VE. Paralelamente, a indústria deverá<br />

reduzir as emissões de carbono em todo o ciclo<br />

de vida dos veículos para assim se aproximar de<br />

um alvo de emissões zero.<br />

Os fornecedores automóveis atuais têm de alterar<br />

a produção de componentes MCI para VE. A<br />

Europa terá de construir cerca de 24 novas mega-<br />

-fábricas de baterias para assim dar resposta à<br />

procura local de baterias de VE de passageiros.<br />

Com mais de 70 milhões de VE na estrada até 2030<br />

a indústria terá de instalar uma grande quantidade<br />

de carregadores públicos e fornecer as respetivas<br />

operações de manutenção. A produção de energias<br />

renováveis terá de aumentar em 5% para dar<br />

resposta às necessidades de carregamento de VE.<br />

Por fim, as emissões da produção de BEV deverão<br />

descer, já que os BEV têm atualmente 80% mais<br />

emissões durante a sua produção do que os veículos<br />

MCI (QUADRO III).<br />

A eletrificação causará grandes<br />

mudanças em toda a cadeia de<br />

fornecimento automóvel<br />

A transformação da indústria automóvel em direção<br />

à eletrificação perturbará toda a cadeia de<br />

fornecimento e criará uma grande mudança nas<br />

dimensões de mercado das componentes automóveis.<br />

As principais componentes para eletrificação<br />

como as baterias e transmissões elétricas assim<br />

como para a condução autónoma como a deteção<br />

de luz e os sensores de distanciamento (LiDAR) e<br />

sensores de radar representarão cerca de 52% de<br />

todo o mercado em 2030. As componentes apenas<br />

utilizadas em veículos MCI como as transmissões,<br />

92 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

QUADRO IV – A ELETRIFICAÇÃO<br />

PROVOCARÁ UMA GRANDE MUDANÇA<br />

EM TODA A CADEIA DE ABasTECIMENTO<br />

CENÁRIO ACELERADO, MERCADO EUROPEU<br />

Desenvolvimento do TAmanho do mercado em milhares de milhões de euros<br />

216 330<br />

26% 52%<br />

48% 37%<br />

Componentes em<br />

crescimento,<br />

por exemplo:<br />

Transmissão híbrida dedicada<br />

Bateria, BMS, inversor<br />

Unidade de controlo<br />

Ecrãs head-up<br />

Interior<br />

Sensores (por exemplo,<br />

LiDAR, radar)<br />

Componentes estáveis,<br />

por exemplo:<br />

Peças de estrutura<br />

Sistemas AC<br />

Rodas<br />

bancos<br />

Estrutura<br />

QUADRO V – PRODUÇÃO<br />

DE CÉLULAS DE BATERIA DA<br />

UE PARA SATISFAZER<br />

A PROCURA<br />

PROCURA DE CÉLULAS DE BATERIA<br />

E OFERTA ANUNCIADA<br />

GWh, cenário acelerado para a procura<br />

20X<br />

49<br />

2020<br />

Produção<br />

965<br />

2030<br />

Produção<br />

anunciada<br />

874<br />

88<br />

786<br />

2030<br />

Procura<br />

Outras aplicações<br />

(outra mobilidade,<br />

ESS, e eletrónica de<br />

consumo)<br />

Automóveis de<br />

passageiros e veículos<br />

comerciais<br />

PLAYERS DE CÉLULAS DE BATERIA<br />

POR ARQUÉTIPO NA EUROPA EM 2030<br />

Número de players, percentagem da quota de mercado<br />

da capacidade total de produção<br />

26% 11%<br />

2019 2030<br />

Produtos base,<br />

por exemplo:<br />

Sistemas de motores<br />

Transmissão<br />

Injeção de combustível<br />

ToTAl de 965 GWh<br />

por ano<br />

∑ 24 players de células<br />

Incumbente (#7)<br />

29%<br />

Integrador (#3)<br />

18%<br />

OEM JV/subsidiária (#7)<br />

30%<br />

Start-up (#7)<br />

24%<br />

Fonte: McKinsey, Center for Future Mobility<br />

Com mais de 70 milhões de VE na estrada ATé 2030 a indústria<br />

terá de instalar uma grande quantidade de carregadores públicos<br />

e fornecer as respetivas operações de manutenção<br />

motores e sistemas de injeção de combustível convencionais<br />

sofrerão uma redução significativa até<br />

cerca de 11% até 2030, cerca de metade da sua<br />

dimensão em 2019. Uma mudança assim tão<br />

drástica forçará a que os intervenientes nas componentes<br />

tradicionais se adaptem rapidamente<br />

para contrabalançar a diminuição das receitas.<br />

A dimensão da perturbação será significativa: de<br />

acordo com o Instituto para a Investigação Económica<br />

(Ifo) em Munique, mais de 100.000 postos de<br />

trabalho sofrerão mudanças na indústria automóvel<br />

alemã até 2030. Este valor representa aproximadamente<br />

cinco a dez vezes a quantidade de postos<br />

de trabalho em comparação com o que ocorrerá<br />

aquando da eliminação da energia a carvão que a<br />

Alemanha anunciou para 2038 (QUADRO IV).<br />

A produção de bATerias anunciada<br />

pela UE irá provavelmente<br />

manter ‐se um pouco acima do nível<br />

da procura<br />

Com base nos planos de incrementação anunciados,<br />

esperamos um aumento de 20x na capacidade<br />

de produção de baterias na Europa de até 965<br />

GWh até 2030. Assumindo que o total da capacidade<br />

é construído até 2030, a Europa deverá<br />

alcançar a procura esperada de 874 GWh. Os<br />

veículos comerciais e os automóveis de passeiros<br />

BEV impulsionarão 90% desta procura por baterias.<br />

Apesar de no papel as capacidades anunciadas<br />

parecerem acompanhar e corresponder à procura,<br />

a realidade é a de que provavelmente ocorrerão<br />

riscos de implementação temporários devido a problemas<br />

de produção das mega-fábricas, aos típicos<br />

baixos rendimentos dos incrementos de produção,<br />

à fragmentação da cadeia de fornecimento e aos<br />

grandes e inflexíveis contratos dos fabricantes de<br />

equipamento original. Assim sendo, na eventualidade<br />

de uma adoção acelerada dos VE, a procura<br />

por baterias quase que excederia o fornecimento<br />

anunciado a médio-prazo. Nos próximos 10 anos,<br />

esperamos que a indústria mineira abrande assim<br />

como o aparecimento periódico de outras crises<br />

geopolíticas e da cadeia de fornecimento, levando<br />

a breves subidas de preços de mercadorias como<br />

o níquel e o lítio.<br />

A produção de células de baterias aproxima-se<br />

fisicamente das fábricas de montagem de veículos.<br />

Apesar de há 10 anos atrás praticamente todas as<br />

células serem importadas da Ásia, existem atualmente<br />

centros de produção regionais por exemplo,<br />

na Europa do Leste. Além disso, múltiplas<br />

fábricas iniciarão produção em alguns dos mais<br />

importantes países produtores de veículos como a<br />

Alemanha, Reino Unido e França, em ambientes<br />

de baixos níveis de emissão de carbono como a<br />

Noruega e a Suécia.<br />

Além dos atuais intervenientes no mundo das células<br />

de baterias com origem na Ásia estabelecerem-se<br />

na Europa, algumas empresas totalmente<br />

novas estão também a emergir. Um dos principais<br />

desenvolvimentos na obtenção de baterias envolve<br />

a compatibilidade retroativa dos fabricantes<br />

de equipamento original a partir de conjuntos e<br />

módulos até à produção de células, principalmente<br />

sob a forma de colaborações com os fabricantes de<br />

células. Os planos de compatibilidade retroativa<br />

dos fabricantes de equipamento original resultam<br />

da sua crescente procura por células de bateria,<br />

94 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

QUADRO VI – A CONSTRUÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAS DE CARREGAMENTO VE ENFRENTA<br />

OBSTÁCULOS OPERACIONAIS, REGULAMENTARES E FINANCEIROS<br />

CONSTRUÇÃO DO CARREGADOR PÚBLICO<br />

Alto<br />

Médio<br />

Baixo<br />

Muito baixo<br />

Implementação<br />

rápida<br />

+15.000<br />

carregadores a serem<br />

instalados por semana*<br />

Construção em<br />

zonas rurais<br />

+30%<br />

da população que vive<br />

em zonas rurais<br />

Alto investimento<br />

+90%<br />

de investimento<br />

para menos de 25%<br />

dos pontos de carga<br />

(Carregador rápido)<br />

Cobertura da<br />

carregamento<br />

público<br />

+50%<br />

dos europeus que<br />

vivem em casas<br />

multifamiliares<br />

*Semi-privado (casas multifamiliares) e carregadores públicos cobertos<br />

Fonte: McKinsey, Center for Future Mobility<br />

Assegurar uma cobertura de carregamento público na totalidade<br />

da UE é essencial para evitar a colocação de carregadores apenas<br />

em locais rentáveis<br />

pelo desejo de controlar e garantir o fornecimento<br />

e da ambição de manter interna uma parte<br />

significativa da criação de valor do veículo. Os<br />

fabricantes de equipamento original procuram<br />

também áreas de diferenciação, com a tecnologia<br />

de baterias, a durabilidade e o desempenho a serem<br />

os principais critérios de avaliação para os BEVs.<br />

A produção de matérias-primas e das componentes<br />

de baterias seguem a tendência de localização<br />

das fábricas de células de baterias. No entanto,<br />

existe um desfasamento de tempo e apenas algumas<br />

das matérias-primas necessárias, que incluem<br />

níquel, cobalto, lítio e grafite, estão disponíveis<br />

para obtenção local na Europa. A empresas terão<br />

de competir globalmente para conseguirem os<br />

volumes necessários e fazê-lo de forma sustentável<br />

em consonância com os critérios ambientais,<br />

sociais e de governança. E apesar destas quatro<br />

mercadorias terem de intensificar-se rapidamente,<br />

com potenciais variações de preços no futuro, o<br />

níquel será provavelmente a mercadoria sob maior<br />

pressão a curto ou médio prazo (QUADRO V).<br />

Necessidade de aceleração<br />

da construção de infraestruturas<br />

de carregamento<br />

Em linha com a aceitação de VE, a construção<br />

das infraestruturas de carregamento necessita de<br />

acelerar para evitar que se transforme num potencial<br />

obstáculo e limite à adoção de VE por parte<br />

do consumidor. A construção das infraestruturas<br />

de carregamento em sincronização com a frota de<br />

VE será essencial na próxima década.<br />

Apesar da primeira geração de compradores de<br />

VE depender principalmente do carregamento<br />

privado (em 2020, 80% dos compradores de VE<br />

na Europa tinha acesso a carregamento privado),<br />

a geração seguinte irá depender do carregamento<br />

público. Mais de 50% dos europeus viverá em<br />

casas multifamiliares sem acesso a carregadores<br />

privados e os carregadores públicos assegurarão a<br />

viabilidade de viagens de longa distância em VE,<br />

algo que os potenciais compradores de VE ainda<br />

consideram uma grande preocupação.<br />

Da mesma maneira, os processos regulamentares<br />

de instalação de carregadores em residências<br />

privadas requerem simplificação e a capacidade<br />

de produção de “wall boxes” deverá aumentar. O<br />

aumento da produção e regulamentação simplificada<br />

(em termos redução de tempos de construção<br />

e licenciamento) são também necessários para os<br />

carregadores públicos, além da criação de uma<br />

cobertura baseada na procura.<br />

Estimamos que a indústria necessitará de instalar<br />

mais de 15.000 carregadores por semana até<br />

2030 dentro da União Europeia. São necessárias<br />

regras simplificadas para facilitar a localização<br />

de carregadores, já que atualmente poderá tardar<br />

até três anos a obtenção de uma aprovação<br />

para alargamento da rede para uma estação de<br />

carregamento rápido. Assegurar uma cobertura<br />

de carregamento público na totalidade da UE é<br />

essencial para evitar a colocação de carregadores<br />

apenas em locais rentáveis.<br />

Prevê-se que os VE exijam em média mais de 5%<br />

da demanda por eletricidade em 2030 na Europa.<br />

Será importante reduzir o carregamento durante<br />

os períodos de pico de carga através de um “carregamento<br />

gerido” ao controlar o horário de carregamento,<br />

a duração e a intensidade com tecnologia<br />

“veículo à rede elétrica” (V2G) como facilitador.<br />

Num cenário com dispositivos de carregamento<br />

corretamente geridos assim como incentivos ao<br />

carregamento durante horários fora do pico, muito<br />

do impacto dos consumidores sobre a rede elétrica<br />

será mitigado (QUADRO VI).<br />

Conclusão<br />

Os veículos elétricos estão a chegar e estamos no<br />

bom caminho para a descarbonização do setor<br />

dos transportes, mas são necessárias mais ações.<br />

Trata-se de uma transformação industrial a ocorrer<br />

a uma velocidade sem precedentes. Está também<br />

a cruzar fronteiras industriais, envolvendo<br />

intervenientes dos ramos energia, infraestrutura,<br />

mobilidade e automóvel. Apesar de se tratar de<br />

um grande desafio, representa uma enorme oportunidade<br />

para os novos e atuais intervenientes ocuparem<br />

um lugar de liderança na criação de novos<br />

postos de trabalho e indústrias multimilionárias.<br />

O importante será a combinação da viabilidade<br />

económica através da tecnologia inovadora com a<br />

transformação da mobilidade corretamente orientada.<br />

Baseada no seu diversificado horizonte de<br />

mobilidade, no seu foco na sustentabilidade e na<br />

sua comprovada liderança em termos te ◆<br />

96 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Transparência em vez<br />

de lengalengas:<br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Avaliação Políticas de Promoção VE na Europa<br />

Plano de renovação<br />

do parque automóvel<br />

A ACAP promoveu um estudo sobre “Avaliação das Políticas de Promoção de Veículos<br />

Elétricos na Europa”, realizado pela 3drivers, que teve como objetivo realizar uma análise<br />

de benchmark das atuais políticas de promoção de veículos elétricos a nível europeu


Com o intuito de apurar oportunidades de melhoria das políticas<br />

existentes e implementação de outros mecanismos de apoio em<br />

Portugal, este estudo conclui que é necessário manter e reforçar os<br />

incentivos à compra de veículos elétricos assim como implementar<br />

um plano de renovação do parque automóvel. A EU aposta na<br />

mobilidade sustentável para satisfazer as ambições climáticas. A<br />

transformação para tecnologias de baixo carbono está no cerne do<br />

Green Deal e é um passo crucial para cumprir os compromissos<br />

estabelecidos pela UE relativos à ação climática no âmbito do<br />

Acordo de Paris.<br />

A UE pretende reduzir os GEE - gases com efeito de estufa dos<br />

transportes em 90% até 2050, em comparação com os níveis de<br />

1990, e está firmemente comprometida na transição para uma<br />

economia livre de emissões líquidas de GEE. O setor de transportes<br />

possui um papel significativo para cumprir os objetivos de redução<br />

das emissões líquidas de GEE assumidos pela UE, sendo que os<br />

automóveis de passageiros representam cerca de 17% das emissões<br />

totais de GEE na economia.<br />

A resposta Europeia ao desafio da redução de emissões no setor<br />

dos transportes passa por apostar numa rápida transição para a<br />

mobilidade sustentável através da descarbonização e modernização<br />

do setor europeu da mobilidade e colocar, assim, a UE no caminho<br />

para se tornar neutra em termos climáticos até 2050.<br />

MÁXIMO DESEMPENHO<br />

TOTAL TRANQUILIDADE<br />

A BENDIX ESTÁ<br />

AINDA MELHOR<br />

Reconhecida pelos resultados no setor dos travões,<br />

desde 1924, a Bendix é agora apoiada pela TMD Friction -<br />

um fabricante líder mundial de equipamento original<br />

para o segmento da fricção. Isto representa uma maior<br />

garantia de qualidade, maior cobertura de veículos e<br />

uma gama maior.<br />

Há melhores travões do que estes?<br />

Postos de carregamento em défice<br />

Portugal precisa de acelerar o investimento na infraestrutura de<br />

carregamento elétrico, apostando na expansão dos PCR – Pontos<br />

de Carregamento Rápido. Apenas 1 em cada 4 pontos de carregamento<br />

em Portugal possui características de carregamento rápido.<br />

A Holanda lidera destacada no número de postos carregamento<br />

público, com cerca de 400 PC por 100.000 habitantes. Em Portugal<br />

existem 77 municípios onde atualmente não se encontra acessível<br />

qualquer posto de carregamento elétrico público. Enquanto na<br />

Holanda existe um ponto de carregamento para cada quatro VE,<br />

em Portugal temos trinta VE para cada ponto de carregamento<br />

público, um dos números mais baixos nos países da EU. Portugal<br />

necessita de aumentar o âmbito de aplicação dos apoios fiscais,<br />

assim como diversificar os incentivos diretos para a aquisição de<br />

veículos de baixas emissões, em linha com outros países da EU.<br />

Para além disso, deve apostar na harmonização e aumento dos<br />

incentivos indiretos.<br />

Principais conclusões<br />

73% de todas as vendas de carros elétricos estão concentradas nos<br />

países da Europa Ocidental com alguns dos maiores PIBs. A acessibilidade<br />

económica permanece como o principal obstáculo para<br />

os consumidores. O desenvolvimento da infraestrutura nacional<br />

de carregamento público constitui-se como um fator fulcral para<br />

acelerar a evolução da mobilidade elétrica. Apesar do interesse<br />

na mobilidade em baixas emissões estar a aumentar, a população<br />

ainda não está totalmente ciente dos benefícios económicos e ambientais<br />

associados. A aposta na mobilidade sustentável é crucial<br />

ser suportada por medidas de incentivo financeiro e fiscais que<br />

visem a discriminação positiva da introdução de veículos menos<br />

poluentes em circulação.<br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

QUADRO I – O RNC2050 - ROTEIRO PARA A NEUTRALIDADE CARBÓNICA PROPÕE<br />

CENÁRIOS PARA O SETOR DOS TRANSPORTES, MAS NÃO EXISTE UMA VISÃO ESTRATÉGICA<br />

NEM AÇÕES CONCRETas PARA O SETOR<br />

CENÁRIO ROTEIRO PARA A NEUTRALIDADE CARBÓNICA (RNC2050)<br />

Início da generalização dos VE<br />

36% da mobilidade de passageiros<br />

é elétrica<br />

Diesel deixa de ser custo-eficien te<br />

88% da mobilidade de pesados é<br />

elétrica ou através de H 2<br />

Gasolina deixa de ser custoeficiente<br />

100% da mobilidade de passageiros<br />

é elétrica ou através de H 2<br />

Maioria da mobilidade de pesados<br />

é elétrica ou através de H 2<br />

2020 2030 2040<br />

2050<br />

-26% -45%<br />

-98%<br />

-15% -55% -90%<br />

CENÁRIOS DE REDUÇão DE GEE NO SETOR DOS TRANSPORTES<br />

- -<br />

RNC (relativo 2005) Pacto Ecológico Europeu (relativo 1990)<br />

RECOMENDAÇÕES<br />

O estudo recomenda oito ações para promover<br />

a nível nacional:<br />

Definir um quadro estratégico<br />

1 com uma visão, metas e o caminho<br />

para a promoção dos VE<br />

l É fundamental delinear uma estratégia coesa e<br />

clara com metas mensuráveis para a introdução<br />

de uma frota elétrica e para o desenvolvimento<br />

da rede nacional de pontos de carregamento ,<br />

alinhada com as metas e objetivos assumidos no<br />

PNEC e RNC2050.<br />

l Sendo o stock de VEs no parque automóvel<br />

nacional, ainda bastante incipiente, é essencial<br />

que os instrumentos políticos e a gama de incentivos<br />

fornecidos sejam criados de forma expedita<br />

para possibilitar uma transição para a mobilidade<br />

sustentável mais célere.<br />

l A par com as metas e objetivos, o Governo Português<br />

deve também comprometer-se a estabelecer<br />

alocações orçamentais mais ambiciosas e garanti-<br />

-las por um período de tempo mais alargado.<br />

Reforçar os incentivos<br />

2 aos veículos elétricos<br />

no Plano Nacional de Recuperação<br />

e Resiliência<br />

l A ambição de Portugal neste domínio é limitada.<br />

O PRR português atribuiu uma pequena<br />

parte do orçamento e unicamente para o transporte<br />

público, nomeadamente, 325 autocarros<br />

e 4 barcos e as suas respetivas infraestruturas<br />

de carregamento.<br />

l Não existem medidas de incentivo direto à<br />

propriedade privada ou à instalação de infraestruturas<br />

de carregamento.<br />

l Esses incentivos contribuiriam, em última<br />

análise, para acelerar a descarbonização do<br />

setor dos transportes e apoiar áreas-chave que<br />

podem não ser elegíveis para outros tipos de<br />

financiamento.<br />

Assegurar que existe<br />

3 financiamento direto para<br />

estimular as vendas de veículos<br />

com emissões zero em Portugal<br />

As autoridades nacionais devem elaborar um<br />

plano de incentivos para diferenciar as contribuições<br />

financeiras com base em:<br />

l Ampliar o âmbito de apoio a veículos de baixas<br />

emissões<br />

l Com base no limite de emissões de CO 2<br />

l Eleger outras soluções - PHEV<br />

l Apoiar a aquisição de VEs novos e usados<br />

l Incentivar o abate de veículos mais antigos<br />

e poluentes<br />

Os incentivos financeiros diretos para a compra<br />

de VEs devem ser aumentados em termos de<br />

valor unitário bem como em termos orçamentais,<br />

dado que:<br />

l O atual regime de incentivo em vigor está<br />

limitado a 3 000 €/viatura<br />

l Orçamento anual de <strong>2021</strong> limita o incentivo<br />

a 700 unidades, o que é insuficiente, face os<br />

objetivos traçados<br />

Reintroduzir incentivos<br />

4 financeiros ao abate para<br />

estimular a renovação da frota<br />

de automóvel de passageiros<br />

Face ao atual envelhecimento do parque automóvel<br />

nacional, superior à média europeia, os<br />

benefícios associados à reintrodução de um regime<br />

desmantelamento de automóveis antigos,<br />

em Portugal, seriam consideráveis:<br />

l Introdução de veículos com emissões mais baixas<br />

no parque automóvel<br />

l Diminuição das emissões líquidas de GEE e No x<br />

associadas ao setor dos transportes rodoviários<br />

l Segurança rodoviária<br />

O regime de incentivo ao abate de automóveis<br />

deve ser proporcional à idade do veículo para<br />

abate, visando, deste modo, aqueles que são<br />

potencialmente mais poluentes (por exemplo,<br />

visando carros pré e Euro-1), ao registrar um<br />

novo veículo de baixas emissões.<br />

100 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Aumentar e simplificar<br />

5 o âmbito de aplicação de<br />

incentivos fiscais<br />

l Portugal já oferece uma política de benefícios<br />

fiscais onde é passível a dedução integral<br />

do IVA e a redução do valor do ISV, pela<br />

introdução de veículos de baixas emissões,<br />

mas existem diversas exceções.<br />

l No entanto, o Governo deve trabalhar para<br />

estender a isenção do IVA aos proprietários<br />

privados, uma vez que apenas são elegíveis<br />

empresas aquando da aquisição de um BEV<br />

ou PHEV, se o preço de compra não ultrapassar<br />

os limites fiscais estipulados (50.000<br />

€ para PHEV e 62.500€ no caso de veículos<br />

puros elétricos).<br />

l Considera-se ainda a necessidade apostar<br />

numa reforma profunda em matéria de IUC,<br />

nomeadamente, através da alteração da base<br />

de incidência sobre os impostos na circulação<br />

(IUC), eliminando a cilindrada na fórmula de<br />

cálculo e considerando apenas as emissões de<br />

CO 2 e a norma EURO dos veículos.<br />

Criar um pacote de incentivos<br />

6 financeiros<br />

Os incentivos indiretos podem parecer ter um<br />

impacto menor na taxa de adoção de VE, mas<br />

podem ser impulsionadores importantes com<br />

custos menores. Portugal deve seguir os passos<br />

da maioria dos países europeus, de acordo:<br />

l Estacionamento gratuito e exclusivo em áreas<br />

menos bem servidas por transporte público e/<br />

60.000<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

0<br />

2014<br />

ou áreas onde o estacionamento.<br />

l Acesso a faixas exclusivas de autocarro e zonas<br />

de tráfego limitado.<br />

l Estabelecer parcerias com seguradoras para<br />

oferecer tarifas reduzidas de seguro.<br />

Uma medida importante que tem sido proposta<br />

pelo Governo é a redução das taxas de portagens,<br />

o que é bem-vindo, pois também irá<br />

contribuir para reduzir os custos associados à<br />

aquisição de um EV.<br />

QUADRO III - PORTUGAL NECESSITA DE ESTABELECER<br />

PROPOSTas LEGISLATIVas COM METas CONCRETas COM<br />

PRAZOS DETALHADOS para ASSEGURAR A TRANSIÇÃO<br />

DA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL<br />

QUADRO II – EM 2020 OS VEÍCULOS ELETRIFICADOS<br />

CORRESPONDEM AINDA A MENOS DE 1% DE TODOS<br />

OS AUTOMÓVEIS DE PASSAGEIROS EM CIRCULAÇÃO<br />

EM PORTUGAL<br />

EVOLUÇÃO DO STOCK DE veículos DE BAIXAS EMISSÕES<br />

Número de veículos de baixas<br />

emissões em circulação<br />

ESTRATÉGIA POLÍTICA METAS ESTABELECIDAS FINANCIAMENTO<br />

RNC2050 / PNEC<br />

Estratégia Nacional para a<br />

Neutralidade Carbónica<br />

Missão Zero<br />

Sem metas para os VE, mas assumem cenários<br />

(e.g., em 2030, 36% da mobilidade é elétrica)<br />

2025: atingir 100% da quota de vendas de VE<br />

2030: assegurar a redução de 30% das emissões de GEE<br />

2025: pelo menos em 14 cidades, existir zonas de baixas emissões<br />

2025: atingir 100% da quota de vendas de autocarros eletrificados<br />

2030: atingir 100% da quota de vendas de VE e autocarros<br />

em circulação com emissões 100% zero<br />

2015 2016 2017 2018 2019 2020<br />

4M€ (Fundo<br />

Ambiental <strong>2021</strong>)<br />

342M€<br />

252 M€<br />

Plano de Ação Climática 2040: atingir a neutralidade carbónica 46M€<br />

Movilidad Eficiente<br />

y Sostenible – MOVES<br />

Plano de Clima<br />

e Energia 2030<br />

2023: atingir 250.000 novos registos de VE 400M€<br />

2030: assegurar a redução de 33% das emissões de GEE 100M€<br />

BEV PHEV<br />

Investir no desenvolvimento<br />

7 contínuo da infraestrutura<br />

de carregamento ATravés da<br />

injeção de investimento direto e<br />

apoio aos proprietários privados<br />

l O acesso e disponibilidade à rede pública de<br />

carregamento elétrico é considerado como um<br />

dos principais fatores para a coesão da estrutura<br />

da mobilidade elétrica.<br />

l O Governo Português deve comprometer-se com<br />

o desenvolvimento e investimento da infraestrutura<br />

pública de carregamento elétrico através de<br />

objetivos claros, contemplando todos os esforços<br />

para assegurar a sua devida operacionalização e<br />

manutenção, quer se tratem de estações de carregamento<br />

rápido ou normal.<br />

l É ainda importante reforçar o atual quadro regulatório<br />

por forma a evitar barreiras burocráticas,<br />

especialmente a nível local.<br />

Promover a consciencialização<br />

8 sobre os benefícios associados<br />

à mobilidade elétrica<br />

l Ainda persiste bastante desinformação sobre as<br />

vantagens e desvantagens da mobilidade elétrica<br />

pela parte dos consumidores o que leva a uma<br />

ainda baixa adesão dos produtos de mobilidade<br />

sustentável.<br />

l O governo deverá ter um papel mais ativo na disseminação<br />

de informação, em particular, através de<br />

campanhas de marketing ou sessões de workshop.<br />

l O desenvolvimento de uma placa de matrícula<br />

dedicada para VE em circulação teria um benefício<br />

duplo: (i) uma espécie de autopublicidade<br />

facilitar a difusão destes veículos, (ii) facilitaria a<br />

isenção de pagamento de portagens e a circulação<br />

em faixas dedicadas. ◆<br />

102 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Aprendemos que estando unidos podemos<br />

superar as dificuldades, adaptando-nos às<br />

mudanças para continuar a crescer nos<br />

momentos más adversos.<br />

Agora, melhores e mais fortes.<br />

Levantamos cabeça para delinear novas metas.<br />

Avante.


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Distribuidores de peças aftermarket<br />

Profunda transformação<br />

O mercado pós-venda automóvel está a passar por uma fase muito dinâmica<br />

no seu desenvolvimento. As fusões e aquisições estão a mudar a face da<br />

indústria. Em conjunto com a megatendência da digitalização, o processo<br />

de consolidação que está atualmente em curso é o catalisador para uma<br />

profunda transformação estrutural<br />

Uma orientação clara para o cliente<br />

é a chave para a sobrevivência<br />

no ambiente competitivo e feroz<br />

do mercado pós-venda independente<br />

(IAM). Os intervenientes<br />

da indústria devem poder responder a uma série<br />

de questões fundamentais: Quem são os nossos<br />

principais clientes - oficinas de reparação automóvel,<br />

frotas comerciais ou particulares? Quais são<br />

as suas necessidades? E como é que a mudança<br />

estrutural que está a ser implementada no setor<br />

vai afetar essas necessidades?<br />

As forças relativas dos intervenientes ao nível<br />

da procura também estão a mudar. O fornecimento<br />

de comerciantes de peças mais pequenos<br />

que operam localmente, verá a sua importância<br />

diminuir a longo prazo, enquanto a relevância<br />

de intermediários como seguradoras e portais de<br />

serviços online crescerão.<br />

O mercado pós-venda independente enfrenta o<br />

desafio de encontrar a forma correta de atender a<br />

todos estes novos intervenientes de uma forma que<br />

reflita as suas necessidades individuais num esforço<br />

para os integrar a todos na rede de relações com<br />

os clientes. A chave do futuro sucesso residirá no<br />

micromarketing e em ter diferentes abordagens de<br />

venda para diferentes clientes-alvo. As estratégias<br />

deste género estão num território inexplorado para<br />

a maioria dos distribuidores de peças automóvel.<br />

Mas ao analisar sistematicamente o seu conjunto<br />

de dados, os distribuidores podem obter conhecimentos<br />

valiosos sobre as necessidades e preferências<br />

de grupos de clientes individuais.<br />

INTERVENIENTES-CHAVE<br />

EM GRANDE PLANO<br />

+Fornecer oficinas de reparação automóvel e<br />

responder às necessidades dos novos players no<br />

aftermarket são atualmente as maiores fontes de<br />

receitas para os intervenientes do IAM. A importância<br />

de outros grupos de clientes está a crescer:<br />

Intermediários como seguradoras, empresas de<br />

leasing e portais de serviços online, bem como<br />

particulares que compram peças automóvel, estão<br />

a mudar o equilíbrio do poder ao nível da procura<br />

do mercado pós-venda automóvel neste preciso<br />

momento.<br />

Os distribuidores de peças e acessórios automóvel<br />

são um elo fundamental na cadeia de valor do<br />

mercado pós-venda automóvel. As suas principais<br />

competências residem na logística, na gama de<br />

produtos e no fornecimento e aconselhamento<br />

a oficinas de reparação, que também ajudam indiretamente<br />

a nível financeiro, concedendo-lhes<br />

prazos de pagamento longos.<br />

Além das oficinas de reparação automóvel, o sistema<br />

de distribuição a vários níveis no mercado<br />

104 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


pós-venda independente abrange igualmente outros intervenientes<br />

ao nível da procura que são fornecidos direta ou indiretamente por<br />

distribuidores de peças.<br />

As oficinas de reparação e os retalhistas de peças pequenos são<br />

atualmente os principais clientes diretos. Lojas online, oficinas de<br />

reparação e clientes finais particulares estão entre a base de clientes<br />

para os grandes distribuidores de peças automóvel. Neste momento,<br />

não existe praticamente nenhuma relação direta entre intermediários<br />

e clientes finais, de um lado, e distribuidores independentes de<br />

peças, do outro. Mas isto irá mudar. Os intermediários e os clientes<br />

finais já estão a exercer uma influência direta considerável sobre<br />

o equilíbrio do poder no IAM. A seguir descrevemos as principais<br />

características e necessidades dos diferentes grupos de clientes.<br />

Oficinas de reparação automóvel<br />

Ao olhar para o número total de oficinas de reparação automóvel<br />

em 34 países europeus, o seu desenvolvimento continuará nos<br />

próximos anos, embora com diferenças significativas entre oficinas<br />

de reparação oficiais das marcas e oficinas de reparação que operam<br />

independentemente sem ligações a qualquer fabricante de<br />

automóveis específico. Entre 2015 e 2020, o número de oficinas<br />

de reparação independentes na Europa diminuiu cerca de 7%, passando<br />

de cerca de 360.000 para 336.000. Uma das razões para esta<br />

tendência é o facto de muitas oficinas de reparação independentes<br />

estarem a fechar devido à incapacidade dos seus proprietários em<br />

encontrar alguém para assumir o negócio quando se reformam. Em<br />

alguns casos, a falta de rentabilidade é a razão para o abandono do<br />

negócio. E a demografia desempenha igualmente o seu papel. A<br />

atração da grande cidade leva ao declínio da população nas regiões<br />

rurais e a procura de serviços diminui em conformidade. Deste<br />

modo, o encerramento da oficina de reparação local é frequente<br />

nas zonas rurais.<br />

Por outro lado, o número de oficinas de reparação oficiais aumentou<br />

ligeiramente 3 a 5%. Este facto reflete a estratégia dos fabricantes<br />

de automóveis de manter os seus clientes fiéis à marca a longo<br />

prazo, oferecendo serviços por vários anos depois de um cliente<br />

comprar um automóvel. O requisito fundamental para que esta<br />

estratégia funcione é uma densa rede de oficinas de reparação dos<br />

fabricantes de automóveis. Estas oficinas constituem pouco menos<br />

de 20% de todas as oficinas de reparação na Europa.<br />

As oficinas de concessionários assistem normalmente e reparam<br />

veículos com menos de quatro anos. Até que os automóveis atinjam<br />

essa idade, a escolha da oficina de reparação é frequentemente<br />

ditada pelas garantias dos fabricantes de automóveis e pelos pacotes<br />

de serviços, que exigem que os veículos sejam levados a uma<br />

das oficinas de reparação da sua marca. Como tal, as oficinas de<br />

reparação oficiais concentram-se principalmente na manutenção<br />

e substituição de peças de fabricantes de equipamento original<br />

genuínas e na carroçaria complexa. No mercado pós-venda independente,<br />

por outro lado, predominam os automóveis mais antigos.<br />

Os serviços prestados por oficinas de reparação independentes vão<br />

desde pequenas reparações a trabalhos extensos - dependendo dos<br />

recursos humanos e técnicos disponíveis ao prestador de serviços<br />

em questão (QUADRO I).<br />

MÁXIMO DESEMPENHO<br />

TOTAL TRANQUILIDADE<br />

A BENDIX ESTÁ<br />

AINDA MELHOR<br />

Reconhecida pelos resultados no setor dos travões,<br />

desde 1924, a Bendix é agora apoiada pela TMD Friction -<br />

um fabricante líder mundial de equipamento original<br />

para o segmento da fricção. Isto representa uma maior<br />

garantia de qualidade, maior cobertura de veículos e<br />

uma gama maior.<br />

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Retalhistas de peças automóvel<br />

Os intervenientes mais pequenos da indústria são um grupo importante<br />

de clientes para comerciantes de peças de média e grande<br />

dimensão. O âmbito de ação dos intervenientes mais pequenos<br />

restringe-se sobretudo ao fornecimento de oficinas de reparação ou<br />

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de catálogo atualizados e oferece opções de pesquisa<br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

clientes finais na sua região de origem.<br />

Para manter os seus custos de armazenamento tão<br />

baixos quanto possível e poder oferecer uma vasta<br />

gama de produtos ao mesmo tempo, os pequenos<br />

comerciantes de peças dependem do fornecimento<br />

dos grandes intervenientes da indústria. Esta<br />

atividade contribui entre 15% e 30% dos lucros<br />

totais de um grande distribuidor de peças automóvel.<br />

Um grande fornecedor pode esperar que<br />

este negócio traga um impulso de vendas a curto<br />

prazo de aproximadamente 5% na sequência da<br />

consolidação da indústria. Em determinados mercados<br />

altamente fragmentados em toda a Europa<br />

o potencial é ainda maior - no sul da Europa, por<br />

exemplo. No entanto, a longo prazo, a crescente<br />

consolidação da indústria irá reduzir este negócio.<br />

Uma estratégia bem-sucedida para os pequenos retalhistas<br />

de peças é posicionar-se como um campeão<br />

local. Um elemento importante desta estratégia é o<br />

fornecimento de produtos premium às oficinas de<br />

reparação. Isto também simplifica a logística para<br />

os distribuidores de média e grande dimensões, uma<br />

vez que não têm de se deslocar a oficinas de reparação<br />

individuais para entregar estes artigos premium.<br />

Consumidores<br />

Normalmente não existem quaisquer relações comerciais<br />

diretas entre os distribuidores de peças e<br />

os proprietários ou utilizadores de veículos como<br />

clientes finais. Mas as necessidades alteradas deste<br />

grupo de clientes ainda têm uma influência direta<br />

e significativa nos modelos de negócio do IAM.<br />

Os consumidores que compram as suas próprias<br />

peças automóvel dividem-se em dois grupos: os<br />

clientes do “faça você mesmo” (DIY) e os clientes<br />

do “faça por mim” (DIFM). Os clientes do DIY<br />

podem ser divididos em profissionais e amadores:<br />

existem os mecânicos que gostam de mexer no seu<br />

próprio automóvel depois do trabalho. E existem<br />

os clientes autodidatas do DIY que adoram manter<br />

o seu veículo tratado e são capazes de realizar as<br />

suas próprias reparações pequenas.<br />

Os clientes do DIFM compram as peças eles próprios,<br />

mas não sujam as mãos. Deixam o mecânico<br />

profissional realizar o trabalho, com diversas variantes<br />

a este nível: existe o DIFM particular que<br />

tem um amigo que vai instalar as peças. E existe<br />

a oficina de reparação do DIFM, onde o cliente<br />

aparece com as peças que obteve ele mesmo e<br />

os profissionais da oficina de reparação apenas<br />

cobram pela mão-de-obra.<br />

Depois existe o DIFM combinado entre a oficina<br />

de reparação e o particular, onde a oficina de reparação<br />

e o proprietário do veículo compram as<br />

peças em conjunto online, mas o proprietário do<br />

veículo paga. Deste modo, a oficina de reparação<br />

evita o problema de o proprietário poder comprar<br />

as peças erradas. A oficina de reparação trata da<br />

instalação e o cliente paga a mão-de-obra. E finalmente<br />

existe o portal de serviços do DIFM, onde<br />

os trabalhos de reparação são marcados através<br />

de uma plataforma online. Quando se trata de<br />

adquirir as peças, existem várias opções: os proprietários<br />

de automóveis podem comprar as peças<br />

eles próprios e levá-las à oficina de reparação, ou<br />

as peças podem ser encomendadas através de um<br />

portal de marcações ou compradas diretamente<br />

pela oficina de reparação.<br />

Ao escolher uma oficina de reparação, os consumidores<br />

consideram não só a relação qualidade/<br />

preço que esta oferece, mas também fatores como<br />

a simpatia do pessoal e a qualidade do aconselhamento<br />

que prestam. As marcas e o conhecimento<br />

da marca têm menos peso em termos de critérios<br />

de seleção, sendo a experiência anterior e as recomendações<br />

mais influentes. A escolha da oficina<br />

de reparação é evidentemente, antes de mais, uma<br />

questão de confiança. Para as oficinas de reparação<br />

independentes, o critério-chave para a fidelidade<br />

do cliente é geralmente uma relação de longa data<br />

entre o proprietário da oficina de reparação ou<br />

mecânico e o proprietário do veículo.<br />

Intermediários<br />

Um novo conjunto de intervenientes conhecidos<br />

como intermediários entrou no setor da procura<br />

do mercado pós-venda automóvel nos últimos anos.<br />

Estes incluem seguradoras, empresas de leasing,<br />

prestadores de partilha de automóveis, clubes automóveis<br />

e portais de serviços online. Apesar de<br />

serem todos muito diferentes por natureza, a única<br />

coisa que têm em comum é o facto de ocuparem<br />

a interface do cliente entre o mercado pós-venda<br />

independente, de um lado, e as oficinas de reparação<br />

e os consumidores particulares, do outro. Na sua<br />

função de entidade gestora, os intermediários tomam<br />

a decisão sobre que oficina de reparação levar<br />

um veículo para qualquer trabalho de manutenção<br />

ou reparação. Isto muda o modo como os intervenientes<br />

do IAM interagem com os consumidores.<br />

Os intermediários estão a limitar o poder de mercado<br />

dos protagonistas já estabelecidos da cadeia<br />

de valor do IAM e estão a tornar-se rapidamente<br />

um segmento importante no espectro dos clientes<br />

do B2B. Em 2015, a quota do valor orientado no<br />

Neste momento, não existe praticamente nenhuma relaÇÃo direta<br />

entre intermediários e clientes finais, de um lado, e distribuidores<br />

independentes de peças, do outro. Mas isto irá mudar<br />

QUADRO I – O QUE as OFICINAS DE REPARAÇÃO AUTOMÓVEL OFERECEM<br />

ASSISTÊNCIA E MANUTENÇÃO, REPARAÇÃO DE AVARIAS, REPARAÇÃO DE ACIDENTES<br />

REPARAÇÕES INTELIGENTES SOLUÇÕES RÁPIDAS REPARAÇÕES MECÂNICAS<br />

E OUTRAS<br />

REPARAÇÕES DE CARROÇARIA<br />

E PINTURA<br />

Reparações pontuais<br />

Reparações de mossas<br />

(sem pintura)<br />

Recondicionamento de jantes<br />

de liga leve<br />

Materiais para a personalização<br />

do interior e de cores<br />

Reparações de para-brisas<br />

Inspeção<br />

Serviço básico, por ex., mudança<br />

de óleo, mudança de líquido<br />

limpa-vidros<br />

Check-ups, por ex., verificação<br />

para o inverno<br />

Manutenção dos travões<br />

Substituição da bateria<br />

Substituição de escape<br />

Mudança de suspensão<br />

Serviço de ar condicionado<br />

Trabalho mais complexo:<br />

Reparações do grupo<br />

motopropulsor<br />

Reparações de chassis<br />

Reparações eletrónicas complexas,<br />

por ex., mudança da unidade<br />

de controlo<br />

Pintura de carroçaria<br />

Substituição de peças de carroçaria<br />

Soldagem de chassis<br />

Alinhamento de chassis<br />

Fonte: Roland Berger, HSH Nordbank<br />

106 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


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to drive<br />

DOC_RA_TOP100_AP_PT - NTN-SNR © 10/<strong>2021</strong> - Photos: NTN-SNR / SHUTTERSTOCK<br />

Kit de distribuição<br />

com bomba de água<br />

Rolamentos de caixa de velocidades<br />

e embraiagem<br />

Polia de cambota,<br />

guias e tensores de correia auxiliar<br />

Kits de<br />

suspensão<br />

Rolamentos de roda, sensores, kit de disco<br />

de travão com rolamento<br />

Juntas homocinéticas


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

volume total representado pelo mercado pós-venda<br />

automóvel foi estimada em até 20%. Até 2030,<br />

uma análise da Roland Berger indica que a procura<br />

orientada pelos intermediários representará cerca<br />

de 40% do mercado. O QUADRO II ilustra como<br />

os intermediários estão a assumir as fases individuais<br />

num processo de serviço típico - muito para<br />

o incómodo dos protagonistas já estabelecidos do<br />

IAM. Mas o crescente envolvimento de intermediários<br />

no negócio das oficinas de reparação está<br />

a originar desordem, pois parecem sete cães a um<br />

osso. Um ingrediente-chave na receita de sucesso<br />

dos intermediários é a sua capacidade de oferecer<br />

aos seus clientes soluções individuais personalidades,<br />

num mercado complexo. Os intermediários<br />

podem ser divididos em vários grupos diferentes<br />

(algo simplificados), com foco variável no cliente<br />

e diferentes modelos de negócio.<br />

Seguradoras<br />

e prestadores de leasing<br />

Como intermediários, as seguradoras e as empresas<br />

de leasing têm contacto direto com os consumidores.<br />

As seguradoras orientam os proprietários de veículos<br />

na sua escolha de oficina de reparação através da sua<br />

estrutura tarifária. Por exemplo, podem conceder<br />

descontos nas suas apólices de seguros globais se<br />

o titular da apólice concordar em levar o veículo<br />

a uma oficina de reparação parceira em caso de<br />

acidente. O modelo de negócio para estes intermediários<br />

baseia-se em seguradoras que negociam<br />

com as suas oficinas de reparação parceiras alguns<br />

preços fixos com descontos bastante elevados para<br />

quaisquer reparações que efetuem. As oficinas de<br />

reparação concordam com estes termos em troca<br />

da perspetiva de volumes de negócios significativos.<br />

A função de uma empresa de leasing segue um<br />

modelo semelhante: Em caso de acidente, enviarão<br />

os seus clientes para uma oficina de reparação com<br />

a qual têm um acordo. Outra variante envolve a<br />

empresa de leasing que orienta os clientes para<br />

uma oficina de reparação que é membro da rede<br />

de parceiros da sua seguradora.<br />

O objetivo das seguradoras ao prosseguir com<br />

esta estratégia é oferecer aos seus próprios clientes<br />

um bom serviço, que fique aqui bem claro. Mas<br />

trata-se igualmente de reduzir os custos. Como<br />

informou a Associação Alemã da Indústria de<br />

Seguros (GDV), o custo das peças de substituição<br />

para automóveis aumentou, em média, um quinto<br />

no período entre janeiro de 2015 e agosto de 2019.<br />

Enquanto que em 2015 custava em média 2.400<br />

euros para reparar os danos segurados de um automóvel,<br />

em 2019 o valor tinha subido para aprox.<br />

2.700 euros. As seguradoras estão empenhadas em<br />

orientar o desenvolvimento na direção oposta na<br />

sua função de intermediária.<br />

Prestadores de serviços<br />

a seguradoras<br />

Este grupo não está em contacto direto com proprietários<br />

de veículos, mas atua como prestadores<br />

de serviços das seguradoras. O modelo de negócio<br />

envolve a subcontratação do processo de serviço a<br />

intermediários após a apresentação de uma ativação<br />

do seguro. Os exemplos incluem os avaliadores<br />

de sinistros. Estas empresas têm uma rede de oficinas<br />

de reparação parceiras e também oferecem<br />

pacotes de serviços como o aluguer de automóveis<br />

Intermediários como seguradoras, empresas de leasing e portais<br />

de serviços online, bem como pARTIculares que compram peçAS<br />

AUTOmóvel, estão a mudar o equilíbrio do poder AO nível da procura<br />

QUADRO II – A CADEIA DE VALOR DOS SERVIÇOS E NOVOS PLAYERS<br />

Prestadores de serviços<br />

a oficinas de reparação<br />

Seguradoras e<br />

prestadores de leasing<br />

Prestadores de serviços<br />

a seguradoras<br />

Prestadores de serviços<br />

a oficinas de reparação<br />

Seguradoras e<br />

prestadores de leasing<br />

Prestadores de serviços<br />

a seguradoras<br />

Prestadores de serviços<br />

a oficinas de reparação<br />

Portais de serviços<br />

online<br />

Seguradoras e<br />

prestadores de leasing<br />

Prestadores de serviços<br />

a seguradoras<br />

Prestadores de serviços<br />

a oficinas de reparação<br />

Portais de serviços<br />

online<br />

Seguradoras e<br />

prestadores de leasing<br />

Prestadores de serviços<br />

a seguradoras<br />

Prestadores de serviços<br />

a oficinas de reparação<br />

Portais de serviços<br />

online<br />

Notificação<br />

de serviços/reparações<br />

Orientação para<br />

a oficina de reparação<br />

Geração<br />

de orçamentos<br />

Aprovação<br />

de serviços/reparações<br />

Reparações<br />

Verificação<br />

de faturas e pagamento<br />

Fonte: Roland Berger, HSH Nordbank<br />

108 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

O mercado pós-venda independente enfrenta o desafio<br />

de encontrar a forma correta de atender a todos<br />

os novos intervenientes de uma forma que reflita as suas<br />

necessidades individuais<br />

e recuperação em caso de avarias.<br />

O modelo empresarial operado por estes prestadores<br />

de serviços é igualmente construído sobre economias<br />

de escala, com base na sua capacidade de negociar<br />

condições favoráveis com oficinas de reparação. O<br />

desenvolvimento e implementação de software que<br />

as seguradoras podem utilizar para otimizar o tratamento<br />

de sinistros representa uma fonte importante<br />

de receitas para os prestadores de serviços.<br />

Prestadores de serviços<br />

a oficinas de reparação<br />

Este tipo de intermediário evoluiu a partir do<br />

comércio de reparação de veículos. Quando o<br />

proprietário de um veículo deve participar um<br />

sinistro, contacta o intermediário ou a oficina de<br />

reparação. Este último trata então da recuperação<br />

do veículo e informa o intermediário, que fornece<br />

ao proprietário um automóvel alugado, se necessário.<br />

Nesta altura, o intermediário pede a um perito<br />

independente a elaboração de um relatório sobre<br />

a extensão da perda segurada. Equipados com<br />

este documento, podem então obter a luz verde<br />

da seguradora do proprietário do veículo para que<br />

as reparações sejam efetuadas por um membro da<br />

rede. A base deste modelo de negócio é uma rede<br />

estreita e fiável de relações com oficinas de reparação.<br />

Uma taxa de serviço cobrada pelo serviço<br />

prestado constitui geralmente a fonte de receitas.<br />

Portais de serviços online<br />

A título de exemplo, descrevemos aqui como funcionam<br />

os portais online Caroobi e Fairgarage. A<br />

Caroobi foi fundada em Berlim em 2015 e emprega<br />

atualmente cerca de 60 pessoas. A BMWi Ventures<br />

entrou a bordo no último círculo de financiamento.<br />

A Caroobi promete qualidade garantida a preços<br />

fixos. Os clientes podem reservar uma gama de<br />

serviços relacionados com automóveis no website,<br />

desde A para serviço de ar condicionado (air conditioned<br />

servicing) a B para substituição do disco<br />

dos travões (brake disk replacement) e o restante.<br />

O portal tem uma rede de 750 oficinas de reparação<br />

em toda a Alemanha e recentemente expandiu<br />

também para o comércio das peças. Caroobi pode<br />

igualmente fornecer componentes recondicionados<br />

ou em segunda mão, tais como motores, transmissões<br />

e turbocompressores, e entregá-los diretamente<br />

à oficina de reparação que realiza o trabalho.<br />

O portal alemão de oficinas de reparação Fairgarage<br />

foi fundado pela empresa startup United Vehicles<br />

em 2011, antes da Deutsche Automobil Treuhand<br />

(DAT) ter obtido uma participação maioritária em<br />

2013. Fairgarage afirma ser o portal com mais oficinas<br />

de reparação listadas, ostentando mais de<br />

16.000 empresas na sua rede. Fairgarage funciona<br />

de forma semelhante, na medida em que os clientes<br />

introduzem o seu modelo de veículo, tipo de serviço<br />

requerido e região, em seguida, um preço é calculado<br />

com base nesses dados. As oficinas de reparação,<br />

como muitas outras empresas, já perceberam há<br />

muito que a oferta de serviços melhorados ajuda-as<br />

a manter os clientes existentes e a adquirir novos<br />

clientes. Esta oficinas, por exemplo, oferecem aos<br />

clientes a possibilidade de efetuar marcações online.<br />

Para esses conceitos de oficina de reparação, estas<br />

opções de marcação são um meio de oferecer aos<br />

clientes uma comodidade acrescida. No que diz<br />

respeito a portais de serviços online, por outro lado,<br />

estão no centro do modelo de negócio.<br />

Lojas online<br />

Enquanto os portais de serviços online ocupam a<br />

interface entre consumidor e oficina de reparação<br />

e atuam como corretores, vendendo os serviços da<br />

oficina de reparação, as lojas online têm um modelo<br />

de negócio diferente: Vendem peças automóvel<br />

tanto a oficinas de reparação como a consumidores<br />

através de plataformas online.<br />

Os distribuidores de peças estabelecidos desenvolveram,<br />

no geral, o seu próprio sistema de encomendas<br />

online para os seus clientes de modo a<br />

permitir-lhes encomendar o que necessitam online.<br />

Os seus concorrentes, por outro lado, a que aqui<br />

nos referimos como lojas online, operam exclusivamente<br />

online. Operando como especialistas<br />

ou como generalistas com o seu próprio nome<br />

de domínio, atraem clientes com transparência<br />

e preços agressivamente baixos. As plataformas<br />

online, por seu lado, oferecem um mercado para<br />

reunir a oferta e a procura. Incluem gigantes do<br />

comércio pela Internet como a Amazon e a eBay<br />

na arena de negócios B2C e tyre24 para B2B.<br />

Em toda a Alemanha, Áustria e Suíça, os intervenientes<br />

online representam cerca de 15% das<br />

vendas de peças (peças e pneus) do IAM; no Reino<br />

Unido é cerca de 20% (incluindo pneus). As<br />

preferências online como canal de vendas variam.<br />

Os consumidores tendem a frequentar os balcões<br />

das lojas online, com clientes do DIY e do DIFM<br />

a utilizarem cada vez mais lojas exclusivamente<br />

online. Os particulares compram online principalmente<br />

artigos de baixa tecnologia como escovas<br />

limpa para-brisas, lâmpadas, baterias e filtros, que<br />

são fáceis de instalar. No que diz respeito a trabalhos<br />

de manutenção e reparação mais complexos,<br />

incluindo a encomenda das peças, o consumidor<br />

típico levará o seu automóvel a uma oficina de<br />

reparação. Mas a importância das lojas online<br />

está a subir na arena do B2C.<br />

As plataformas online independentes ou lojas online<br />

com o seu próprio nome de domínio ainda<br />

desempenham apenas um papel insignificante nas<br />

relações comerciais entre distribuidores de peças<br />

e oficinas de reparação neste momento. Existem<br />

barreiras à sua expansão no segmento do B2B, dado<br />

que fazer negócios com clientes profissionais implica<br />

satisfazer um conjunto específico de requisitos,<br />

especialmente no que diz respeito aos prazos de<br />

entrega e à frequência de entrega. A barra ainda é<br />

demasiado alta para muitos intervenientes online<br />

(especialmente lojas online com o seu próprio nome<br />

de domínio) quando se trata de níveis de serviço.<br />

Existe igualmente o facto de muitas oficinas de reparação<br />

tenderem a confiar na proposta de serviços<br />

dos seus antigos distribuidores de peças em vez de<br />

uma plataforma online ou loja online, da qual não<br />

têm qualquer conhecimento pessoal.<br />

Será interessante observar se e em que medida os<br />

colossos da Internet como a Amazon e a eBay consideram<br />

a distribuição de peças tanto no segmento<br />

do B2C e do B2B como uma área de negócios<br />

interessante e optam por investir tempo e dinheiro<br />

adicionais na mesma. ◆<br />

Fonte: Roland Berger, HSH Nordbank<br />

110 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Novos Lubrificantes Repsol<br />

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Na Repsol entendemos a inovação como uma forma de nos adaptarmos às<br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

GFK – Mercado de Pneus e Lubrificantes 1º semestre <strong>2021</strong><br />

Pneus em alta,<br />

lubrificantes em queda!<br />

O primeiro semestre de <strong>2021</strong> apresentou tendências positivas em Pneus<br />

(+3,1 % em unidades e 5,2% em valor) mas em óleos as tendências foram<br />

negativas (-4,4% em unidades e -1,6% em valor), obviamente que temos<br />

de ter em conta que estamos a comparar semestres com alguns períodos<br />

de confinamento, especialmente o 1º semestre de 2020<br />

No mercado de pneus o segmento<br />

premium continua a ganhar<br />

importância, atingindo no 1º semestre<br />

de <strong>2021</strong> cerca de 45,5%<br />

do mercado vs os 44,6% com que<br />

fechou 2020. Eesta evolução é notória principalmente<br />

nos últimos meses onde ultrapassou os 46%<br />

de quota. Os segmentos medium e budget perdem<br />

ambos importância no mercado, se o medium baixa<br />

de 17,8% em 2020 para 17,3% no 1º semestre<br />

de <strong>2021</strong>, o budget reduz de 37,6% para 37,3%,<br />

com especial destaque para os últimos 2 meses<br />

onde alcançou apenas 36%.<br />

Em termos de dimensões, os tamanhos =>17´´continuam<br />

a ganhar importância, já representam em<br />

unidades 29,1% do mercado (vs 28,2% no ano<br />

2020), para além do tamanho 17’’ (deste grupo é<br />

o que tem maior relevância, mas com evolução<br />

mais estável). Nota-se um forte crescimento dos<br />

tamanhos 18’’ e 19’’, mas obviamente ainda com<br />

um expressão reduzida em unidades, se bem que<br />

em valor já começam a ter alguma relevância.<br />

Por tipo de veículo apenas o segmento comercial<br />

ganha algum peso, passado de 8,2% para 8,5, fruto<br />

principalmente dos 3 primeiros meses do ano,<br />

já que no final do semestre desceu para 7,3%, o<br />

segmento do ligeiros continua a ser o segmento<br />

dominante com 87,3%, conseguindo o segmento<br />

4x4 apenas 4,1%.<br />

Por fim e falando do preço médio, a tendência<br />

é de ligeira subida (entre 1% a 2%) em todos os<br />

segmentos, obviamente que o preço é afetado não<br />

só pela questão do aumento de importância dos<br />

premium, do ganho de importância das dimensões<br />

maiores mas também devido ao aumento do custo<br />

de transporte.<br />

No mercado dos lubrificantes as tendências negativas<br />

são transversais a ambos os segmentos (auto<br />

e moto) e atingiram quebras de aproximadamente<br />

-4 % em unidades e entre -2 e -4% em valor vs 1º<br />

semestre de 2020. Em termos de importância, o<br />

segmento auto naturalmente domina e representa<br />

92,2% do total, mas o segmento de moto tem vindo<br />

a ganhar importância, chegando no 1º semestre<br />

<strong>2021</strong> aos 7,8%, tinha terminado o ano de 2020<br />

com 7,2%.<br />

Por tipo de óleo o principal destaque vai para o<br />

ganho de importância dos semi-sintéticos, que passam<br />

de 34,6 % em 2020 para 35,2% nos primeiros<br />

6 meses de <strong>2021</strong>, reduzindo a diferença para o<br />

segmento líder (mineral) que atingiu os 36,2%. O<br />

segmento mineral foi o único que perdeu importância,<br />

já que o segmento 100% sintético também<br />

aumentou ligeiramente a sua quota para 28,7%.<br />

O painel retalhista GfK mede as vendas feitas no<br />

retalho ao consumidor final (sell out), em determinados<br />

canais de distribuição, para Pneus (Especialistas<br />

de Pneus, Auto-Centros e Concessionários<br />

Auto) e para Óleos (Hipermercado/Supermercados<br />

e Auto-Centros). ◆<br />

112 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


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mecânico, mesmo sob condições<br />

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limites dos testes de uso do motor do ACEA (CEC-L-099-08).<br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

PNEUS<br />

EVOLUÇÃO POR TIPO DE MARCA 1º SEMESTRE <strong>2021</strong> VS 1º SEMESTRE 2020 (EM %)<br />

Unidades Valor Preço Médio<br />

Total<br />

3,1<br />

5,26<br />

2,0<br />

Premium<br />

6,1<br />

7,6<br />

1,4<br />

Quality<br />

-0,1<br />

1,7<br />

1,8<br />

Budget<br />

1,1<br />

2,2<br />

1,1<br />

TIPO DE MARCA<br />

TAMANHO < 17” VS > 17”<br />

TIPO DE VEÍCULO<br />

Jun <strong>2021</strong><br />

45,5 16,9<br />

37,6<br />

Jun <strong>2021</strong> 71,3<br />

28,7<br />

Jun <strong>2021</strong><br />

87,2<br />

8,7<br />

4,1<br />

Mai <strong>2021</strong><br />

44,3 17,5<br />

38,2<br />

Mai <strong>2021</strong> 73,3<br />

26,7<br />

Mai <strong>2021</strong><br />

87,1<br />

9,2<br />

3,8<br />

Abr <strong>2021</strong><br />

44,2 17,1<br />

38,7<br />

Abr <strong>2021</strong> 72,3<br />

27,7<br />

Abr <strong>2021</strong><br />

86,6<br />

9,5<br />

3,9<br />

Mar <strong>2021</strong><br />

45,0 17,7<br />

37,3<br />

Mar <strong>2021</strong> 70,6<br />

29,4<br />

Mar <strong>2021</strong><br />

86,9<br />

8,8<br />

4,3<br />

Fev <strong>2021</strong><br />

46,8 17,2<br />

36,0<br />

Fev <strong>2021</strong> 69,5<br />

30,5<br />

Fev <strong>2021</strong><br />

87,9<br />

8,1<br />

4,0<br />

Jan <strong>2021</strong><br />

46,5 17,2<br />

36,3<br />

Jan <strong>2021</strong> 69,4<br />

30,6<br />

Jan <strong>2021</strong><br />

88,0<br />

7,3<br />

4,6<br />

Jan-Dez<br />

2019<br />

Jan-Dez<br />

2020<br />

Jan-Jun<br />

<strong>2021</strong><br />

44,0 17,8<br />

38,2<br />

44,6 17,8<br />

37,3<br />

45,5 17,3<br />

37,3<br />

Jan-Dez<br />

2019<br />

Jan-Dez<br />

2020<br />

Jan-Jun<br />

<strong>2021</strong><br />

72,6<br />

71,8<br />

70,9<br />

27,4<br />

28,2<br />

29,1<br />

Jan-Dez<br />

2019<br />

Jan-Dez<br />

2020<br />

Jan-Jun<br />

<strong>2021</strong><br />

88,5<br />

87,5<br />

87,3<br />

7,4<br />

8,2<br />

8,5<br />

4,1<br />

4,3<br />

4,1<br />

Premium Quality Budget<br />

17”<br />

Ligeiros Comerciais 4x4<br />

LUBRIFICANTES (AUTO-MOTO)<br />

EVOLUÇÃO POR TIPO<br />

DE LUBRIFICANTE<br />

1º SEMESTRE <strong>2021</strong> VS 1º SEMESTRE 2020 (EM %)<br />

TIPO DE LUBRIFICANTE<br />

TIPO DE ÓLEO<br />

Total Moto Auto<br />

Jun <strong>2021</strong><br />

5,8<br />

94,2<br />

Jun <strong>2021</strong><br />

27,3<br />

35,6 37,1<br />

Unidades<br />

2,9<br />

Mai <strong>2021</strong><br />

Abr <strong>2021</strong><br />

7,6<br />

8,7<br />

92,4<br />

91,3<br />

Mai <strong>2021</strong><br />

Abr <strong>2021</strong><br />

27,1<br />

28,0<br />

36,3 36,6<br />

34,2 37,9<br />

Valor<br />

-4,4<br />

-1,6<br />

0,8<br />

Mar <strong>2021</strong><br />

Fev <strong>2021</strong><br />

Jan <strong>2021</strong><br />

7,8<br />

8,8<br />

7,7<br />

92,2<br />

91,2<br />

92,3<br />

Mar <strong>2021</strong><br />

Fev <strong>2021</strong><br />

Jan <strong>2021</strong><br />

28,2<br />

29,7<br />

31,2<br />

34,8 37,0<br />

34,8 35,5<br />

35,4 33,4<br />

-4,7<br />

Preço Médio<br />

-3,9<br />

2,9<br />

Jan-Dez<br />

2019<br />

Jan-Dez<br />

2020<br />

Jan-Jun<br />

<strong>2021</strong><br />

6,3<br />

7,2<br />

7,8<br />

93,7<br />

92,8<br />

92,2<br />

Jan-Dez<br />

2019<br />

Jan-Dez<br />

2020<br />

Jan-Jun<br />

<strong>2021</strong><br />

29,3<br />

28,6<br />

28,7<br />

34,4 36,3<br />

34,6 36,8<br />

352 36,2<br />

-4,4<br />

-1,6<br />

Lubs. moto<br />

Lubs. auto<br />

100% Sintético Semi sintético<br />

Mineral<br />

114<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

CARACterização do mercado oficinal<br />

Distribuição<br />

das oficinas em Portugal<br />

NAS TABELAS PUBLICADAS NESTA PÁGINA E NA SEGUINTE INDICAMOS O NÚMERO DE<br />

OFICINAS IAM E OE EXISTENTES ATUALMENTE EM PORTUGAL. OS DADOS DO PARQUE<br />

UTILIZADO É O PUBLICADO PELA AUTORIDADE DE SUPERVISÃO DE SEGUROS WWW.ASF.<br />

PT INCLUINDO TODO TIPO DE VEÍCULOS MOTORIZADOS SUJEITOS A OBRIGATORIEDADE DE<br />

SEGURO<br />

As percentagens publicadas<br />

do número de Oficinas IAM<br />

foram obtidas da Base de Dados<br />

da IF4, que classifica as<br />

oficinas independentes em 4<br />

Canais: dois generalistas (redes e independentes)<br />

e 2 especialistas (pneus e colisão):<br />

l 4.100 Mecânicas independentes<br />

l 780 Oficinas de Chapa e Pintura<br />

l 1.600 Especialistas em Pneus<br />

l 983 Oficinas IAM em Rede (analisadas as<br />

20 Principais Redes)<br />

As 4.100 oficinas independentes constituem<br />

o canal principal da reparação auto, com<br />

40% do mercado. As redes oficinais estão<br />

em expansão desde há vários anos, não interrompida<br />

pela pandemia. Aumenta o número<br />

de redes e o número de oficinas por rede.<br />

Atualmente as 20 principais redes agrupam<br />

1113 Oficinas, que conseguem algo acima<br />

dos 20% de mercado.<br />

Os especialistas em pneus em Portugal também<br />

são recordistas em ter a maior quota<br />

de mercado, comparado com outos países<br />

europeus: cerca de 20%. O número total de<br />

especialistas em pneus é de 1500 oficinas,<br />

somando independentes e redes de<br />

especialistas em pneus.<br />

O canal especialistas em colisão é o que enfrenta<br />

maiores dificuldades, consequência da<br />

menor sinistralidade que se verifica desde há<br />

vários anos e reforçou com a pandemia. As<br />

780 oficinas deste canal faturam entre 6 e 7%<br />

do total do mercado. Em 2020 as oficinas de<br />

marca totalizavam um total de 983 e a sua<br />

quota esteve próxima de 15%, o valor mais<br />

baixo entre os países da Europa Ocidental.<br />

As oficinas autorizadas foram contadas a partir<br />

dos websites da marcas, podendo existir<br />

oficinas autorizadas por mais do que uma<br />

marca, que são contabilizadas nas duas marcas.<br />

Os retalhistas foram calculados a partir<br />

de informação da empresa Ratius, que inclui<br />

todas as empresas que exercem esta atividade<br />

e faturam mais de 50 mil euros / ano. ◆<br />

DISTRIBUIÇÃO DE OFICINAS POR DISTRITO EM PERCENTagem (%)<br />

Distrito Parque<br />

Automóvel 2020<br />

Total Oficinas Mecânica<br />

Independentes<br />

Oficinas de<br />

Colisão<br />

Oficinas de<br />

pneus<br />

Oficinas<br />

Autorizadas<br />

Retalhistas<br />

de peças<br />

Oficinas<br />

em rede<br />

Aveiro 600 586 7,4% 6,9 5,9 7,4 5,1 7,1 8,9<br />

Beja 123 540 1,5% 1,8 1,7 2,2 2,4 1,5 0,9<br />

Braga 666 378 8,3% 7,2 7,3 8,3 7,7 7,9 7,9<br />

Bragança 128 503 1,6% 1,4 1,5 2 1,8 1,5 1,9<br />

Castelo Branco 159 414 2,0% 2,2 1,3 2 2,5 2,1 2,2<br />

Coimbra 368 805 4,6% 4,5 4,8 6,4 3,6 5,7 5,1<br />

Évora 125 783 1,6% 2,1 1,8 1,9 2,2 1,4 1,3<br />

Faro 400 824 5,0% 5 4 3,8 4,4 3,7 4,5<br />

Guarda 149 501 1,9% 2,4 2 1,8 2,1 1,6 1,9<br />

Leiria 446 327 5,5% 6,7 6,7 6,3 5,4 6,3 6,6<br />

Lisboa 1 628 108 20,2% 21 22,9 19,7 21,2 18,4 16,4<br />

Portalegre 87 719 1,1% 1,4 1,4 0,9 1,7 0,8 0,6<br />

Porto 1 205 583 15,0% 14,4 15,1 15,8 15,2 14,2 18<br />

Santarém 374 690 4,6% 4,5 4,6 3,9 4,3 4,8 5,9<br />

Setúbal 545 130 6,8% 6 5,6 5,9 7,1 6,6 5,9<br />

Viana do Castelo 210 396 2,6% 1,8 4 2,2 2,3 1,9 2,7<br />

Vila Real 173 207 2,1% 2,1 2,5 2,2 2,8 2,1 2,3<br />

Viseu 335 734 4,2% 3,6 3,3 5 2,7 3,6 3,9<br />

Açores 164 167 2,0% 1,4 1,2 1,2 3,9 2,8 1,6<br />

Madeira 165 023 2,0% 3,6 1,5 1,2 2 2,2 1,5<br />

Totais 4100 780 1600 983 2960 1113<br />

116 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


NÚMERO DE OFICINAS AUTORIZADAS POR DISTRITO EM 2020<br />

Marca<br />

Total Oficinas<br />

Aveiro<br />

Beja<br />

Braga<br />

Bragança<br />

C. Branco<br />

Coimbra<br />

Évora<br />

Faro<br />

RENAULT 83 5 2 5 2 2 4 2 3 1 6 14 1 1 8 5 3 3 2 4 1<br />

CITROEN 71 3 1 7 1 2 4 1 2 1 2 17 1 1 3 4 1 2 2 3 1<br />

PEUGEOT 65 2 1 3 1 2 3 1 3 2 3 14 1 1 2 5 1 1 3 2 1<br />

OPEL 59 2 1 4 1 1 2 2 2 1 2 20 2 2 3 2 1 1 1 2 2<br />

TOYOTA 56 3 1 5 2 2 1 2 2 1 3 10 1 1 2 5 1 3 1 4 1<br />

VOLKSWAGEN 56 3 1 3 1 2 1 1 3 2 2 13 1 1 2 5 1 2 1 2 0<br />

HYUNDAI 55 2 1 8 2 1 2 1 2 1 3 9 0 0 2 4 2 1 2 2 1<br />

SEAT 51 3 1 5 0 0 2 1 2 1 2 12 1 1 1 8 1 1 1 1 1<br />

KIA 51 3 2 4 0 2 2 1 2 1 2 8 1 1 3 6 1 1 1 2 1<br />

BMW 48 2 0 4 1 1 1 1 2 2 3 13 0 0 1 2 1 2 1 2 1<br />

MERCEDES 47 2 1 4 1 2 1 1 2 1 3 11 1 1 1 3 1 1 2 1 1<br />

FORD 46 5 1 3 1 0 1 1 2 1 5 7 1 1 1 3 1 2 2 1 1<br />

FIAT (FCA) 44 2 1 3 1 2 2 1 2 2 2 9 1 1 1 3 1 1 1 1 1<br />

AUDI 43 2 0 3 1 0 1 1 2 0 2 12 0 0 1 3 1 2 1 1 2<br />

MAZDA 42 2 1 3 1 1 2 1 3 1 2 7 0 0 3 2 1 1 1 2 2<br />

MITSUBISHI 41 1 1 3 1 2 1 1 2 2 3 8 2 2 2 3 1 1 1 1 1<br />

NISSAN 41 2 1 2 1 1 2 1 2 1 3 7 3 3 2 2 1 0 1 2 1<br />

SKODA 32 2 1 2 0 1 1 1 2 0 2 5 0 0 2 2 1 1 1 2 1<br />

VOLVO 28 2 0 2 0 1 1 1 1 0 2 7 0 0 1 2 1 1 1 2 0<br />

HONDA 24 2 1 3 0 0 1 0 2 0 1 5 0 0 1 1 1 1 1 1 1<br />

TOTAIS 983 50 19 76 18 25 35 22 43 21 53 208 17 17 42 70 23 28 27 38 21<br />

Guarda<br />

Leiria<br />

Lisboa<br />

Portalegre<br />

Porto<br />

Santarém<br />

Setúbal<br />

Vi. do Castelo<br />

Vila Real<br />

Viseu<br />

Açores<br />

Madeira<br />

NÚMERO DE OFICINAS INDEPENDENTES PERTENCENTES A REDES POR DISTRITO (2020)<br />

Tipo de rede<br />

N.º oficinas<br />

Aveiro<br />

Beja<br />

Braga<br />

Bragança<br />

C. Branco<br />

Coimbra<br />

Évora<br />

Faro<br />

Guarda<br />

Leiria<br />

Lisboa<br />

Portalegre<br />

Porto<br />

Santarém<br />

Setúbal<br />

V. do Castelo<br />

Vila Real<br />

Viseu<br />

Açores<br />

Madeira<br />

EUROREPAR Marca auto (PSA) 165 10 1 8 4 4 4 2 8 6 6 29 3 33 11 13 2 7 12 0 2<br />

BOSCH CAR SERVICE Marca peças (BOSCH) 123 11 1 12 4 4 2 2 5 3 9 22 1 26 4 5 4 3 4 0 1<br />

TOPCAR Grupo Auto (NORS) 93 4 1 10 1 2 3 0 4 2 4 18 1 23 1 8 6 1 2 1 0<br />

T4C Distribuidor (CREATE BUSINESS) 90 13 2 16 0 1 8 0 3 2 6 9 0 12 8 0 0 1 0 7 1<br />

M FORCE Serviço rápido 80 2 1 1 0 0 3 1 3 0 0 42 0 18 1 7 0 0 1 0 0<br />

CGA Distribuidor (AUTO DELTA) 76 6 0 4 2 5 15 0 1 1 11 1 0 8 5 9 2 3 2 2 0<br />

A OFICINA Distribuidor (CREATE BUSINESS) 72 9 1 5 4 3 3 2 3 0 4 5 1 9 9 2 3 0 1 4 4<br />

ACC Distribuidor (CREATE BUSINESS) 56 14 1 0 4 1 5 1 4 0 4 3 0 5 3 2 0 1 1 2 5<br />

AUTOCREW Marca peças (bosch) 54 5 0 3 1 0 1 0 3 2 8 8 0 4 6 3 2 2 4 1 1<br />

RED SERVICE Distribuidor (LEIRILIS) 51 2 0 6 0 1 6 0 3 1 8 4 0 7 5 2 2 1 2 0 1<br />

CHECKSTAR Marca peças (MAGNETTI MARELLI) 47 8 0 3 0 0 4 0 2 2 2 2 0 9 4 2 1 1 5 0 2<br />

MOTRIO Marca auto (RENAULT) 46 5 1 8 1 0 0 1 1 0 0 7 1 17 2 1 1 0 0 0 0<br />

RINO Grupo auto (M.COUTINHO) 38 4 0 2 0 0 0 2 4 1 2 3 0 8 2 3 1 2 2 1 0<br />

ROADY AUTO CENTRO 33 3 1 0 0 2 1 1 1 1 4 6 0 5 1 3 1 2 1 0 0<br />

NORAUTO AUTO CENTRO 26 1 0 2 0 0 1 1 3 0 1 7 0 4 1 4 1 0 0 0 0<br />

SPG Distribuidor (AUTOZITÂNIA) 21 1 0 3 0 1 0 0 0 0 0 4 0 5 0 0 2 1 5 0 0<br />

RECOFICIAL Distribuidor (ATLANTIC PARTS) 19 0 0 4 0 1 0 1 0 0 3 0 0 4 2 0 2 1 1 0 0<br />

FEUVERT AUTO CENTRO 14 1 0 1 0 0 1 0 2 0 1 4 0 2 1 1 0 0 0 0 0<br />

DRIVE REPAIR Distribuidor (AUTOZITÂNIA) 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 1 0 0 0 0 0 0 0<br />

TOTAIS 1113 99 10 88 21 25 57 14 50 21 73 182 7 200 66 65 30 26 43 18 17<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

117


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Observatório Pós-venda<br />

Mercado resiliente<br />

A DPAI - Divisão do Pós-venda Automóvel Independente da acap, divulga<br />

desde 2013, um estudo sobre os principais rácios financeiros e económicos<br />

das empresas que comercializam peças automóveis. Os quadros que<br />

publicamos mostram que a atividade pós-venda passou pelos pingos da<br />

chuva na crise Covid, foi resiliente e recomenda-se! Ou seja é uma atividade<br />

interessante e para manter<br />

Parque automóvel continua em clara<br />

desaceleração, a idade média continua<br />

em crescendo e os veículos<br />

eletrificados nas vendas de novos já<br />

são o segundo segmento com 32%<br />

das vendas. O aumento brutal a que assistimos<br />

nos combustíveis irá acelerar ainda mais as vendas<br />

destes tipos de veículos. As empresas têm de se preparar<br />

para esta mudança mais rápida, a ACAP/<br />

DPAI acompanha estes movimentos e informa dos<br />

desafios que se avizinham e como os ultrapassar<br />

e transformar em oportunidades.<br />

O Pós-Venda Automóvel é uma atividade ainda<br />

muito atomizada e concentrada em empresas<br />

de pequena dimensão com dificuldade em tirar<br />

partido da inovação que o sector pode oferecer.<br />

A ACAP/DPAI não identifica um problema financeiro<br />

neste setor, o endividamento até reduziu,<br />

mas existe um problema de produtividade e<br />

rentabilidade. Por isso propõe formação avançada<br />

em gestão do Pós-Venda e outras que apoiem os<br />

empresários a melhorar a qualidade da gestão das<br />

suas empresas, tornando-as mais lucrativas.<br />

O presente estudo do Observatório Pós-venda<br />

inclui os dados das PME Excelência. Estas servem<br />

de referência, na análise dos indicadores de<br />

saúde financeira, de rentabilidade e capital, permitindo<br />

assim, a cada empresário do pós-venda<br />

independente, situar e contextualizar o seu negócio<br />

segundo estes indicadores.<br />

Estes rácios são de extrema importância para a<br />

gestão das empresas, porque conseguem sintetizar,<br />

apenas num número, uma determinada situação<br />

de um negócio, ou até mesmo a evolução desse<br />

negócio, permitindo visualizar os parâmetros chave<br />

da atividade.<br />

São indicadores fundamentais para determinar<br />

objetivos, preparar decisões e enquadrar a gestão.<br />

São, também, um instrumento incontornável para<br />

efetuar comparações com outros dados disponíveis e<br />

calcular as distâncias em relação às metas próprias,<br />

à concorrência e aos indicadores internacionais. ◆<br />

118 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

QUADRO I - taXA DE VARIAÇÃO HOMÓLOGA DA FATURAÇÃO<br />

ACESSÓRIOS AUTOMÓVEIS E OFICINAS<br />

40%<br />

20%<br />

0%<br />

-20%<br />

-40%<br />

-60%<br />

Jan<br />

Fev<br />

Mar<br />

Abr<br />

Mai<br />

Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan/21<br />

Acessórios Automóveis e Oficinas<br />

Total<br />

QUADRO II - PARQUE AUTOMÓVEL EM PORTUGAL EM MILHARES DE VEÍCULOS LIGEIROS<br />

100%<br />

1200<br />

1204<br />

1205 4480 1206 1170 1137 1118 1110 1090<br />

1100<br />

1120<br />

1135<br />

1140<br />

80%<br />

5000 60%<br />

4000 40%<br />

3000 4408 4457 4480 4522 4497 4480 4496 4538 4600 4800 5015 5205 5300 20%<br />

2000 20%<br />

1000 0<br />

0,0% 0,9% 0,4% 0,8% -1,1% -0,9% -0,1% 0,6% 0,7% 3,7% 4,0% 3,3% 1,6%<br />

0 -20%<br />

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020<br />

Automóveis Ligeiros Passageiros Veículos Comerciais Ligeiros Taxa Crescimento Veículos Ligeiros<br />

120 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

Fonte: ACP


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

QUADRO III - IDADE MÉDIA DO PARQUE AUTOMÓVEL DE VEÍCULOS LIGEIROS<br />

DE PASSAGEIROS E DE MERCADORIAS EM PORTUGAL<br />

7,2<br />

5,8<br />

7,4<br />

5,9<br />

7,7<br />

6,3<br />

8,1<br />

6,7<br />

8,3<br />

6,8<br />

8,4<br />

7,1<br />

8,6<br />

7,4<br />

8,9<br />

8,0<br />

9,0<br />

8,4<br />

9,6<br />

9<br />

10<br />

9,6<br />

10,5<br />

10,1<br />

11,1<br />

10,7<br />

11,2<br />

11,2<br />

11,7<br />

11,6<br />

12,7<br />

12,4<br />

13,1<br />

12,5<br />

13,7<br />

12,6<br />

14,1<br />

12,7<br />

14,5<br />

14,9<br />

12,8<br />

13,2<br />

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2008 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020<br />

Automóveis Ligeiros PassAGeiros<br />

Veículos Ligeiros de mercadorias<br />

QUADRO IV - VENDas DE AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL<br />

POR TIPO DE ENERGIA<br />

5000<br />

1% 1% 1% 1% 2% 2% 2% 3% 3% 5% 7% 11% 23%<br />

4480<br />

32%<br />

4000<br />

3000<br />

69% 67% 67% 70% 71% 72% 71% 68% 64% 61% 53% 40% 33%<br />

22%<br />

2000<br />

1000<br />

30% 32% 32% 29% 27% 26% 26% 30% 33% 34% 39% 49% 44%<br />

45%<br />

0<br />

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019<br />

2020 Jan -Set<br />

<strong>2021</strong><br />

Gasolina Gasóleo Outros<br />

122 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Fonte: ACP<br />

QUADRO V - EMPRESAS POR ESCALÃO (%)<br />

QUADRO VI - VOLUME DE NEGÓCIOS<br />

POR ESCALÃO (%)<br />

60%<br />

64,7%<br />

63,6%<br />

35%<br />

36,1%<br />

34,4%<br />

32,0%<br />

50%<br />

30%<br />

40%<br />

30%<br />

20%<br />

29,6%<br />

30,3%<br />

25%<br />

20%<br />

15%<br />

10%<br />

13,6%<br />

20,1% 19,9%<br />

10,2%<br />

11,6%<br />

11,3% 10,8%<br />

10%<br />

0<br />

2,1% 1,3% 2,4%<br />

2,6% 1,9% 1,5%<br />

2014<br />

2019<br />

5%<br />

0<br />

2014<br />

2019<br />

QUADRO VII - PRODUTIVIDADE (€)<br />

VENDAS E SERVIÇOS<br />

PRESTADOS/Nº EMPREGADOS<br />

200 000€<br />

150 000€<br />

100 000€<br />

50 000€<br />

133 396 €<br />

198 191 €<br />

195 870 € 224 634 € 208 863 €<br />

73 031 € 75 123 €<br />

136 938 €<br />

164 215 €<br />

186 622 €<br />

QUADRO VIII - ENDIVIDAMENTO<br />

PASSIVO/ATIVO<br />

70%<br />

60%<br />

50%<br />

40%<br />

30%<br />

20%<br />

10%<br />

74%<br />

56% 59%<br />

52%<br />

48%<br />

Determina a dependência da<br />

empresa perante capitais alheios<br />

68%<br />

51%<br />

50% 48%<br />

36%<br />

0€<br />

0<br />

2014 2019 2014<br />

2019<br />

QUADRO IX - EBITDA/VENDAS<br />

E SERVIÇOS PRESTADOS (%)<br />

QUADRO X – RENTABILIDADE<br />

DOS CAPITAIS PRÓPRIOS (%)<br />

16%<br />

Indica o peso do EBITDA no volume<br />

de negócios da empresa<br />

13%<br />

Resultado Líquido do Período/<br />

Capitais Próprios<br />

ROE dá-nos a percentagem do lucro<br />

por cada euro investido<br />

14%<br />

12%<br />

10%<br />

8%<br />

6%<br />

7%<br />

16%<br />

74%<br />

6%<br />

8%<br />

10%<br />

11%<br />

15%<br />

10%<br />

5%<br />

20,6%<br />

17,5%<br />

12,7%<br />

9,5%<br />

7,7%<br />

11,1% 10,8%<br />

15,3%<br />

4%<br />

2%<br />

3%<br />

3%<br />

0%<br />

0% -5%<br />

2014<br />

2019<br />

-1,8%<br />

2014<br />

-0,4%<br />

2019<br />

Escalão A - 500m€ e 3M€ e 7M€ PME Excelência<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

123


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

O automóvel de amanhã<br />

Domínio da eletrónica<br />

O AUTOMÓVEL DE AMANHÃ FORNECERÁ MOBILIDADE COMO UM SERVIÇO, OPERA NUM<br />

AMBIENTE TOTALMENTE LIGADO E DIGITALIZADO E SERÁ MOVIDO POR UM PROPULSOR<br />

ELÉTRICO. ESTas MACROTENDÊNCIAS ESTÃO A RESULTAR NUM AUMENTO SIGNIFICATIVO<br />

NO PAPEL DA ELETRÓNICA AUTOMÓVEL E NO SURGIMENTO DO AUTOMÓVEL MOVIDO<br />

A SOFTWARE, DOMINADO PELA ELETRÓNICA, CONFORME DEMONSTRA O ESTUDO DA ROLAND<br />

BERGER QUE APRESENTAMOS NESTE ARTIGO<br />

Hoje, assim como com outros produtos,<br />

a maioria das inovações<br />

automóveis são eletrónicas ou<br />

baseadas em software. Os automóveis<br />

tornaram-se “conectados”: os<br />

clientes esperam permanecer “sempre online”; as<br />

atualizações de trânsito são transmitidas automaticamente<br />

para os automóveis e os veículos elétricos<br />

comunicam com uma infraestrutura de carregamento.<br />

Ao mesmo tempo, as funcionalidades como o<br />

“estacionamento com app” ou o “Cruise Control<br />

adaptativo” estão a tornar-se cada vez mais comuns.<br />

De facto, o automóvel está a tornar-se um sistema<br />

dentro de um sistema de sistemas. E em breve, quase<br />

todos os automóveis estarão conectados e farão parte<br />

da Internet das Coisas (Internet of Things – rede de<br />

objetos físicos capaz de reunir e de transmitir dados)<br />

ao exigir ligações seguras e atualizações ao longo de<br />

toda a vida útil do automóvel.<br />

Mas há uma desvantagem neste progresso. A<br />

complexidade das funcionalidades eletrónicas e<br />

de software distribuído atingiu um nível sem precedentes<br />

que está a mostrar-se difícil de lidar. As<br />

novas tecnologias de hardware e software surgiram<br />

para ajudar a desvendar esta complexidade, mas<br />

têm os seus próprios desafios. Por exemplo, o setor<br />

automóvel está a alavancar avanços na capacidade<br />

de computação para consolidar as unidades<br />

de controlo eletrónico (ECU) em plataformas<br />

de computação centralizadas ligadas à Ethernet<br />

automóvel. Isto reduz muito a complexidade ao<br />

nível da rede por causa dos custos de hardware<br />

mais baixos, mas aumenta muito a complexidade<br />

do software nesses processadores.<br />

Além disso, as plataformas de software end-to-end<br />

prometem a redução da complexidade do software<br />

ao permitirem o “plug-and-play” de novas funções<br />

e reduzirem os requisitos de hardware. Contudo,<br />

nem mesmo o software básico é completamente<br />

independente do chipset. O desempenho do<br />

processador e a possível paralelização das tarefas<br />

devem ser considerados ao projetar as plataformas<br />

de software e aplicações, bem como na arquitetura<br />

elétrica/eletrónica (E/E). A arquitetura E/E e a<br />

arquitetura geométrica do veículo afetam-se entre<br />

si e não podem ser concebidas e projetadas de<br />

forma independente.<br />

Estes fatores sugerem que uma mudança de paradigma<br />

é necessária para abordar completamente a<br />

complexidade do tema. Por último, as arquiteturas<br />

E/E de veículos futuros, as plataformas de software<br />

e as aplicações precisam ser concebidas em torno<br />

dos processadores de próxima geração, assim como<br />

os veículos que sempre foram concebidos com o<br />

desempenho do grupo motopropulsor em mente.<br />

Em resumo, o hardware eletrónico e o software<br />

da aplicação tornar-se-ão o principal campo de<br />

124 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


atalha para a diferenciação e o controlo da criação<br />

de valor.<br />

As consequências destas mudanças serão dramáticas<br />

com mudanças estruturais em toda a cadeia<br />

de valor automóvel:<br />

• Os fabricantes de equipamento original estão<br />

a assumir o controlo sobre a cadeia de valor e a<br />

funcionalidade crítica. Estão a expandir as suas<br />

capacidades ao adicionar recursos significativos<br />

para a integração modular, o desenvolvimento de<br />

software e até mesmo o design de semicondutores.<br />

• As unidades de semicondutores, que frequentemente<br />

controlam a maior parte da lista de materiais<br />

da eletrónica (BoM – Bill of Materials) nos<br />

automóveis movidos a software, estão a mover-se<br />

na direção da integração funcional dos seus chips.<br />

sistema num chip [SoC – System-on-a-Chip), sistema<br />

num pacote (SiP – System-in-a-package),<br />

etc.). Além disso, estão a expandir de hardware<br />

para software de automóvel a nível de aplicação,<br />

conforme mostrado pelo acordo entre a Intel e<br />

a Mobileye.<br />

• Os intervenientes nos serviços de fabrico de<br />

produtos eletrónicos (EMS, ODM) estão a expandir<br />

para a engenharia e circuitos integrados<br />

(ICs – Integrated Circuits) e oferecem vantagens<br />

a uma escala ímpar em comparação com outros<br />

intervenientes.<br />

• Os fornecedores de software, que antes eram<br />

somente intervenientes menores no mercado automóvel,<br />

agora estão a entrar em toda a cadeia<br />

de valor, seja a nível intermédio ou de aplicação.<br />

• Os fornecedores de E/E de Tier 1 tradicionais<br />

estão sob pressão de todos os lados. Os seus modelos<br />

de negócios estabelecidos estão a desintegrar-<br />

-se e correm o risco de se tornarem irrelevantes.<br />

Além disso, o Tier 1 corre o risco de ficar preso à<br />

responsabilidade de fornecer a linha tradicional,<br />

enquanto perdem o controlo em vários componentes<br />

de software (QUADRO I).<br />

Consequentemente, os intervenientes da cadeia<br />

de valor automóvel estão a reposicionar-se e os<br />

conjuntos de lucros estão a mudar. As empresas<br />

de semicondutores surgem como possíveis vencedoras,<br />

capazes de impulsionar as suas plataformas<br />

SoC e SiP para alcançar um crescimento forte nas<br />

aplicações de automóveis.<br />

Entretanto, as funções tradicionais na cadeia<br />

de abastecimento estão a mudar à medida que<br />

novos intervenientes entram e os fabricantes de<br />

equipamento original e de Tier 1 expandem ou<br />

adaptam a sua área de foco para permanecerem<br />

competitivos. Estão a descobrir que precisam<br />

compreender as empresas de semicondutores e<br />

de softwares pure-play para identificar posições<br />

vantajosas para todos e mitigar as ameaças. Os<br />

ciclos de vida mais curtos dos produtos e a inovação<br />

estão a pressioná-los ainda mais para que adaptem<br />

a sua gestão ao novo modelo de negócio e para<br />

que se comprometam na gestão ativa do ciclo de<br />

vida e do itinerário de inovação.<br />

Fabricantes<br />

semicondutores<br />

Empresas<br />

EMS e ODM<br />

Automotive<br />

Tier 1<br />

Empresas<br />

de software<br />

pure-play<br />

OEMs<br />

QUADRO I – REAÇÃO CADEIA DE VALOR AUTOMÓVEL<br />

O PAPEL CRESCENTE DA ELETRÓNICA E DO SOFTWARE<br />

implicarÁ MUDANÇAS ESTRUTURAIS EM toda A INDÚSTRIA<br />

automÓVEL, COM O TIER 1 PARTICULARMENTE afetado<br />

Design<br />

(cmp. IC.<br />

SoC, Sip)<br />

BIOS<br />

Componente<br />

Electrónica / IC<br />

IC linha<br />

frente<br />

(chip)<br />

mfg<br />

Hardware Software<br />

Embalagem,<br />

teste<br />

Sistemas<br />

operativos,<br />

middleware<br />

l Avançar para a integração<br />

funcional por SoC, SiP,<br />

painéis mais complexos<br />

l Expandir de middleware<br />

de hardware para software<br />

a nível de aplicação<br />

Design do<br />

módulo<br />

Sub-sistema /<br />

Módulo<br />

Integração<br />

de módulos<br />

(painéis, ECUs)<br />

Integração funcional<br />

Diferenciação<br />

l Avançar para cima e para<br />

baixo, expandindo-se para<br />

a engenharia e IC back end<br />

l Modelo de negócio<br />

tradicional Tier 1 sob pressão<br />

l Necessidade<br />

de reposicionamento<br />

na integração de eletrónica<br />

e software<br />

l Alavancar as capacidades<br />

diferenciadas do software,<br />

plataformas, arquiteturas<br />

orientadas para o serviço final<br />

l Passar à integração de<br />

software<br />

ECU, domínio e<br />

arquitetura de<br />

veículos<br />

Arquitetura<br />

de software<br />

de domínios e<br />

veículos<br />

Integração de<br />

veículos<br />

Montagem de<br />

veículos<br />

Veículo à cloud<br />

l Alterar a sua estratégia<br />

no sentido de um maior<br />

controlo sobre a cadeia de<br />

valor e a funcionalidade crítica<br />

l Defendam a sua propriedade<br />

da arquitetura E/E<br />

l Expandir as suas<br />

capacidades de integração<br />

de módulos, desenvolvimento<br />

e integração de software<br />

Fonte: Roland Berger<br />

Um computador sobre rodas<br />

A mudança para o automóvel de amanhã, um<br />

computador sobre rodas, já está a acontecer, impulsionada<br />

por várias mudanças significativas que<br />

estão a ocorrer no setor automóvel. Primeiro, a arquitetura<br />

eletrónica está a mudar. Está a tornar-se<br />

mais centralizada em termos de configuração da<br />

capacidade de computação com uma segmentação<br />

mais forte de hardware e software, o que dá origem<br />

ao software automóvel como um produto. Isto<br />

significa que a função de todos os intervenientes<br />

da cadeia de valor precisa ser redefinida.<br />

Em segundo lugar, agora os semicondutores automóveis<br />

combinam cada vez mais as funcionalidades<br />

fundamentais. Isto está a aumentar e muito a<br />

complexidade e os custos de desenvolvimento de<br />

software incorporado, o que incentiva as empresas<br />

de semicondutores a moverem-se a jusante e a<br />

capturarem valor com níveis de integração mais<br />

elevados.<br />

Em terc eiro lugar, a eletrónica de potência está<br />

a tornar-se o diferenciador nos novos propulsores<br />

elétricos. A tecnologia e a base de produção, especialmente<br />

para a tecnologia de semicondutores<br />

de banda larga (por ex., SiC, GaN), ainda estão a<br />

amadurecer, enquanto os fabricantes de equipa-<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

125


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

mento original e fornecedores precisam adquirir<br />

capacidades críticas.<br />

Em quarto lugar, espera-se que a lista de materiais<br />

da eletrónica (BoM), a lista de matérias-primas,<br />

componentes e peças necessários para construir<br />

um produto, dupliquem para criar um automóvel<br />

conectado semiautónomo Premium com uma<br />

motorização elétrica face a um automóvel não<br />

autónomo com um motor de combustão interna.<br />

Portanto, a obtenção de eletrónica está a tornar-<br />

-se uma capacidade crítica ao gerir a cadeia de<br />

abastecimento automóvel.<br />

Por último, grandes consórcios de fabricantes de<br />

equipamento original cruzados e de intervenientes<br />

cruzados estão a formar-se para mitigar a crescente<br />

complexidade, custo de desenvolvimento,<br />

risco e BoM de automóveis futuros, especialmente<br />

para a condução autónoma. O resultado destas<br />

mudanças é uma reorganização fundamental da<br />

cadeia de valor.<br />

Principais Tendências disruptivas<br />

O automóvel de amanhã fornecerá mobilidade<br />

como um serviço, conduzir de forma autónoma,<br />

operar num ambiente totalmente ligado e digitalizado<br />

e será movido por um motor elétrico –<br />

MADE. As denominadas tendências MADE irão<br />

ser a força motriz por trás do desenvolvimento das<br />

tecnologias de automóveis.<br />

Apesar da proliferação de veículos baseados<br />

em frotas e de veículos de mobilidade como um<br />

serviço que são autónomos, conectados e provavelmente<br />

eletrificados, a maioria dos automóveis<br />

produzidos num futuro próximo continuará a ser<br />

de propriedade individual. Portanto, muitos dos<br />

avanços motivados pelas tendências MADE ocorrerão<br />

incrementalmente através deste mercado de<br />

massa e não por robotaxis como Uber ou Waymo.<br />

Isto significa uma perturbação para os fabricantes<br />

de equipamento original e os fornecedores de Tier<br />

1, que deverão preparar-se para as mudanças que<br />

estão para vir. Neste capítulo, examinamos mais de<br />

perto o que esperar de cada uma das tendências<br />

MADE e como afetarão a BoM da eletrónica dos<br />

automóveis do futuro. Por exemplo, o estudo da<br />

Roland Berger demonstra que espera-se que o<br />

custo da BoM da eletrónica (ou seja, os módulos<br />

eletrónicos embalados) para um veículo elétrico<br />

Premium médio (BEV) deverá mais do que duplicar<br />

para 7.030 USD em 2025. Isto é comparado<br />

com um automóvel com motor de combustão<br />

interna padrão (ICE) semelhante atual, em que a<br />

BoM da eletrónica é de 3.145 USD (QUADRO II).<br />

Mudança paradigmática<br />

Fundamentalmente, a Mobilidade é uma mudança<br />

paradigmática de veículos de propriedade privada<br />

e operados individualmente para novos modelos<br />

de negócios e casos de uso. Esta não é uma visão<br />

nova, os táxis elétricos foram introduzidos em<br />

Nova Iorque em 1897. O que tem de novo é o<br />

potencial para a adoção em massa, a automação da<br />

operação do veículo, a gestão remota de frotas e o<br />

maior alcance e a fiabilidade das motorizações elétricas.<br />

Os veículos elétricos são agora partilhados<br />

e disponibilizados através de frotas, por exemplo,<br />

e os automóveis são mais integrados ao transporte<br />

público e aos diferentes meios para completar o último<br />

quilómetro (last mile) da viagem. No entanto,<br />

Em breve, quase todos os automóveis estarão conectados e farão<br />

parte da Internet das Coisas (Internet of Things) ao exigir ligações<br />

seguras e atualizações ao longo de toda a vida útil do automóvel<br />

QUADRO II - MADE PARA MEDIR A ELETRÓNICA<br />

REPARTIÇÃO POR FATOR MADE DA BOM ELETRÓNICA<br />

DE UM VEÍCULO ICE EM 2019 E DE UM BEV EM 2025 (USD)<br />

2.235 7.030<br />

+ 3.885<br />

3.145 0<br />

925<br />

725<br />

há muita pouca “eletrónica de mobilidade” dedicada<br />

aos automóveis; em vez disso, a mobilidade é<br />

possibilitada por tecnologias que são desenvolvidas<br />

independentemente da mesma.<br />

Os veículos elétricos (VE) são, sem dúvida, o futuro<br />

da mobilidade, e três fatores principais estão a<br />

impulsionar a mobilidade com base nos veículos<br />

elétricos: a) simplificação para recarregar e manter;<br />

b) os municípios estão a pressionar para a redução<br />

da poluição urbana e c) os requisitos regulamentares<br />

para o consumo médio de combustível da frota.<br />

Estes últimos pressionam os fabricantes de equipamento<br />

original a vender veículos elétricos em<br />

aplicações de alta utilização, como robotaxis, que<br />

podem absorver o custo mais elevado. Além disso,<br />

uma parte significativa da inovação necessária para<br />

a mobilidade será impulsionada pelos responsáveis<br />

políticos, instituições financeiras e plataformas de<br />

mobilidade que fornecem negócios e ambientes<br />

regulamentares favoráveis. As interfaces do cliente,<br />

o financiamento, a infraestrutura de pagamento,<br />

o seguro, a operação de frotas e a manutenção<br />

serão igualmente importantes.<br />

Fonte: Roland Berger<br />

2019 ICE M A D E 2025 BEV<br />

Condução autónoma<br />

O setor automóvel está a passar de uma era de<br />

condução manual para uma era de sistemas avançados<br />

de condução assistida (ADAS) e condução<br />

autónoma (AD). Isto requer uma mudança da<br />

tomada de decisão humana para a inteligência<br />

126<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


artificial (IA), da memória para os mapas e dos<br />

sentidos para os sensores. A transição depende de<br />

uma integração perfeita de componentes eletrónicos<br />

diferentes, desde sinais de digitalização dos<br />

sensores analógicos para os eletrónicos de potência<br />

e para os atuadores e motores de tração.<br />

Os maiores desenvolvimentos tecnológicos na condução<br />

autónoma e, portanto, a sua maior contribuição<br />

para o crescimento das BoM da eletrónica,<br />

serão em duas áreas: sensores e capacidade de<br />

computação. Cerca de metade do aumento impulsionado<br />

pela AD na BoM da eletrónica (925<br />

USD no total) é atribuível aos sensores, como câmaras,<br />

LIDAR, radar e sensores ultrassónicos. O<br />

valor real dependerá da arquitetura do sistema,<br />

dos requisitos de pré-processamento e do nível de<br />

redundância necessário para o nível de autonomia<br />

a ser alcançado. A Tesla é famosa por depender de<br />

câmaras e não utilizar o LIDAR (provavelmente,<br />

devido ao custo), mas resta saber se o setor segue<br />

ou se o LIDAR se torna mais popular quando o<br />

custo unitário diminuir com o volume.<br />

Os automóveis autónomos contam com uma unidade<br />

de computação central controlada por IA que<br />

recebe e analisa todos os dados brutos ou dados do<br />

sensor pré-processados e determina as ações que<br />

o automóvel deve executar. Estes computadores<br />

centrais contêm vários chips avançados (SoC, ICs)<br />

QUADRO III - CUSTOS DA ELETRIFICAÇÃO<br />

ELETRÓNICA COMO QUOTA DO total BOM NUM VEÍCULO ICE<br />

2019 E BEV 2025; E CUSTOS DOS SEMICONDUTORES COMO<br />

QUOTA DA ELETRÓNICA BOM NOS MESMOS DOIS VEÍCULOS<br />

QUOTA DA ELETRÓNICA BOM EM<br />

comparação COM O total DE VEÍCULOS<br />

BOM PARA UM VEÍCULO PREMIUM (%)<br />

100%<br />

100% 7.030<br />

84% 65% Mecânica<br />

4.600<br />

16%<br />

QUOTA DE SEMICONDUTORES NA ELETRÓNICA<br />

TÍPICA BOM (USD)<br />

3.145<br />

2.291<br />

12% eletrónica<br />

830<br />

de alta potência<br />

~25%<br />

2019 ICE 2025 BEV 2019 ICE<br />

2025 BEV<br />

Módulo<br />

Semicondutor<br />

de alta potência<br />

23% Eletrónica<br />

1.600 Semicondutor<br />

de baixa potência<br />

de baixa potência<br />

854<br />

~35%<br />

Fonte: Roland Berger<br />

O hardware eletrónico e o software da aplicação tornar-se-ão o<br />

principal campo de batalha para a diferenciação. As consequências<br />

destas mudanças serão dramáticas com mudanças estruturais em<br />

toda a cadeia de valor automóvel<br />

e constituem a outra metade do aumento da BoM<br />

controlada por AD. Mas, embora um enorme progresso<br />

tenha sido feito nas arquiteturas do chip com<br />

o avanço dos processadores paralelos em massa,<br />

os desafios permanecem, especialmente quanto à<br />

redução do consumo de energia.<br />

Digitalização sempre ativa<br />

O carro do futuro está sempre ligado e sempre<br />

conectado. Atualmente, dois terços dos automóveis<br />

novos que foram vendidos nos Estados Unidos<br />

já possuem funcionalidades de conectividade. A<br />

conectividade coloca o automóvel (e os fabricantes<br />

de equipamento original que controlam a sua<br />

arquitetura e o fluxo de dados), bem no centro do<br />

ecossistema IoT automóvel, com funcionalidades<br />

como a localização de veículos, a gestão de frotas,<br />

a programação da manutenção, atualizações de<br />

software por antena e o acesso remoto. Também<br />

alimenta a direção autónoma, permite a coleção<br />

de dados, o teste de algoritmo, a implementação<br />

e a interação com a infraestrutura de condução e<br />

outros veículos (V2X).<br />

A indústria automóvel está a mover-se na direção<br />

da integração funcional para permitir novas funcionalidades.<br />

Por sua vez, dá origem à necessidade<br />

crescente de reduzir a complexidade e os custos, e<br />

uma mudança fundamental da arquitetura E/E<br />

automóvel. Cerca de um quarto do aumento da<br />

BoM da eletrónica nos automóveis do futuro será<br />

atribuível à digitalização (725 USD).<br />

Eletrificação – a nova motorização<br />

Como observado na Mobilidade, o futuro dos automóveis<br />

é o dos veículos elétricos de uma forma<br />

ou outra, com vários fatores impulsionando para<br />

a frente. Os regulamentos tendem a impulsionar<br />

a eletrificação. Além das normas de emissão nacionais<br />

e estaduais, um número cada vez maior<br />

de municípios está a banir veículos com motores<br />

de combustão interna. E parece que os clientes<br />

estão cada vez mais a exigir VE devido às suas<br />

especificações, custos operacionais mais baixos e<br />

preocupações ambientais.<br />

No aspeto técnico, as capacidades da bateria e as<br />

densidades de energia mais elevadas estão a permitir<br />

intervalos de condução mais longos, enquanto<br />

os curtos da célula mais baixos estão a reduzir os<br />

preços dos VE. Os fabricantes de equipamento original<br />

estão a entrar na tendência ao lançar grandes<br />

gamas de derivados elétricos/híbridos de modelos<br />

já existentes, modelos VE dedicados e, em muitos<br />

casos (Daimler, Volvo, GM, Volkswagen) anunciam<br />

mesmo que pararão de desenvolver motores<br />

de combustão.<br />

O impacto da eletrónica de alta tensão na BoM<br />

da eletrónica é significativo. Mais da metade do<br />

aumento do custo entre o automóvel ICE e BEV<br />

é impulsionado pela eletrificação do grupo motopropulsor<br />

(gestão da bateria, carregadores a bordo,<br />

conversores e inversores do motopropulsor), num<br />

total de 2.235 USD.<br />

O efeito global do MADE<br />

A investigação da Roland Berger indica que a<br />

quota da eletrónica no conjunto do veículo BoM<br />

aumentará de cerca de 16% para o carro ICE para<br />

35% para o BEV, que inclui 12% da eletrónica do<br />

grupo motopropulsor. Estima-se que a quota de<br />

componentes semicondutores no âmbito da eletrónica<br />

BoM irá aumentar de ~25% para ~35%.<br />

Isto será impulsionado pela maior complexidade e<br />

maior integração de semicondutores, bem como<br />

por um aumento da eletrónica de potência mais<br />

cara (QUADRO III). ◆<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

127


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Fim dos motores a combustão<br />

Que impacto<br />

para as oficinas?<br />

A Comissão Europeia aprovou uma resolução que<br />

estabelece a proibição da venda de qualquer<br />

veículo com motor de combustão interna, quer<br />

sejam a gasolina ou a gasóleo, a partir de 2035.<br />

Será o fim da venda de todos os veículos novos<br />

que incorporem um motor de combustão interna,<br />

incluindo os híbridos convencionais (HEV) e os<br />

híbridos plug-in (PHEV)<br />

O<br />

objetivo é reduzir os níveis de<br />

emissões de dióxido de carbono<br />

para automóveis novos em 55%<br />

em 2030 e em 100% em 2035,<br />

o que significa que a partir desse<br />

ano todos os automóveis terão de ser obrigatoriamente<br />

elétricos (sejam a bateria ou pilha de<br />

combustível).<br />

Esta medida, que também implica o desaparecimento<br />

dos híbridos plug-in, está inserida no pacote<br />

legislativo denominado “Fit for 55” (ver pág. 78<br />

desta revista) que visa assegurar uma redução das<br />

emissões da União Europeia de 55% até 2030,<br />

relativamente aos níveis de 1990. É mais um passo<br />

determinante rumo à neutralidade carbónica até<br />

2050. De acordo com esta proposta da Comissão,<br />

“todos os automóveis novos registados a partir de<br />

2035 deverão ser de emissões zero”. Mas o que<br />

significa isso para o mercado pós-venda em geral,<br />

e para as oficinas de reparação em particular?<br />

A venda de automóveis elétricos pode estar a aumentar,<br />

mas ainda está abaixo de todas as vendas<br />

de automóveis novos, portanto, há um longo caminho<br />

a ser percorrido em menos de nove anos<br />

para permitir que todas as vendas de veículos novos<br />

sejam as dos veículos elétricos – para a indústria<br />

automóvel, para a infraestrutura elétrica nacional<br />

e para o público da indústria automóvel.<br />

aTé que ponto é realista?<br />

A adoção de veículos elétricos foi impulsionada<br />

por conveniência política, mas existem questões<br />

significativas com o impacto total do “início ao<br />

fim” dos veículos elétricos. Aqui estão somente<br />

alguns aspetos que precisam ser considerados: as<br />

questões ambientais e sociais da mineração de<br />

lítio e cobalto (por exemplo, o uso de trabalho<br />

infantil), a produção de baterias com os subprodutos<br />

perigosos associados, a capacidade de gerar e<br />

distribuir a eletricidade e a reciclagem das baterias<br />

no fim das suas vidas úteis. O problema na geração<br />

de eletricidade ainda não foi resolvido, já que as<br />

centrais elétricas existentes devem ser substituídas<br />

por parques eólicos, painéis solares ou centrais<br />

elétricas nucleares adicionais, onde todos criam<br />

os seus próprios problemas ambientais.<br />

Ainda mais problemático é a exigência em ter<br />

uma infraestrutura (dispendiosa) para distribuir<br />

a eletricidade nos locais onde os veículos elétricos<br />

devem ser carregados. As residências particulares<br />

com um veículo ainda exigirão subestações locais<br />

substanciais e conexões de cabo de energia adequadas,<br />

mas o problema real será os muitos condutores<br />

que só podem estacionar na rua ou em parques<br />

automóveis adjacentes a prédios residenciais.<br />

nAs estações de serviço de autoestrada deverão<br />

ser capazes de carregar centenas de veículos ao<br />

mesmo tempo, o que não só irá criar um desafio<br />

de abastecimento de energia, mas o carregamento<br />

rápido da bateria do veículo pode ser prejudicial<br />

ao seu desempenho a longo prazo.<br />

Visivelmente, existem muitos desafios a serem<br />

resolvidos nos próximos nove anos, muitos dos<br />

quais serão muito dispendiosos. Então, quais são<br />

provavelmente as questões principais para o mercado<br />

pós-venda quando os veículos elétricos se<br />

tornarem a “nova norma”?<br />

Como fica o mercado pós-venda?<br />

Existem perigos óbvios em relação às altas tensões<br />

das baterias, que exigirão investimentos em novas<br />

ferramentas e equipamentos de oficina, nenhum<br />

128 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


A adoção de veículos elétricos irá trazer<br />

mudanças significativas a vários níveis<br />

e também irá trazer novos desafios<br />

significativos, alguns dos quais pode exigir<br />

também novos requisitos para os modelos<br />

de negócios das oficinas independentes<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Há aspetos que estão fora do controlo da oficina<br />

e que irão impactar no seu negócio. O mais óbvio é os intervalos<br />

de manutenção alargados e o nível reduzido de trabalho<br />

que os veículos elétricos precisam<br />

dos quais deve ser particularmente problemático.<br />

Contudo, a formação técnica para os técnicos da<br />

oficina pode criar um problema de capacidade<br />

para os fornecedores de formação. Os requisitos<br />

de manutenção para veículos elétricos serão muito<br />

reduzidos, mas provavelmente haverá um aumento<br />

no número de veículos híbridos (com os seus<br />

motores de combustão interna) à medida que a<br />

realidade dos aspetos práticos na mudança para<br />

veículos 100% elétricos até 2030 se torne cada<br />

vez mais aparente.<br />

A adoção de veículos elétricos irá trazer mudanças<br />

significativas a vários níveis e também irá trazer<br />

novos desafios significativos, alguns dos quais pode<br />

exigir também novos requisitos para os modelos de<br />

negócios das oficinas independentes, bem como<br />

a adaptação dos seus técnicos à eletrónica de alta<br />

tensão. A expansão de veículos movidos a eletricidade<br />

chegou para ficar e a chave é perceber o que<br />

precisa de fazer e quando precisa de o fazer. Para<br />

a oficina, de uma perspetiva técnica, é sobretudo<br />

uma questão de competência que envolve ter o<br />

equipamento correto e as competências de um<br />

técnico. Trabalhar nos sistemas de alta tensão dos<br />

veículos elétricos impõe um dever de cuidado no<br />

negócio para assegurar que os técnicos não são solicitados<br />

para trabalhar em sistemas potencialmente<br />

letais sem o equipamento apropriado, proteção e<br />

níveis de competência.<br />

É necessário investimento<br />

Em primeiro lugar é necessário investir na formação<br />

dos técnicos que vão dar assistência aos veículos<br />

elétricos, pois a acreditação destes técnicos é<br />

obrigatória. A oficina pode adotar uma abordagem<br />

evolutiva ao investimento, começando com algum<br />

equipamento básico e depois com base nisto as<br />

ferramentas e o equipamento mais especializado<br />

o negócio desenvolve. Mas é conveniente que formação<br />

técnica se situe num nível elevado desde o<br />

início para certificar que o técnico entende completamente<br />

o funcionamento dos sistemas de veículos<br />

acionados eletricamente. Assim que a oficina tiver<br />

as competências então deve promover o serviço a<br />

clientes existentes que em algum momento serão<br />

proprietários de veículos híbridos ou elétricos, ou<br />

os que já o são, mas não sabem que podem utilizar<br />

os serviços da sua oficina de confiança.<br />

Há aspetos que estão fora do controlo da oficina<br />

e que irão impactar no seu negócio. O mais óbvio<br />

é os intervalos de manutenção alargados e o<br />

nível reduzido de trabalho que os VE precisam.<br />

Evidentemente, isto relaciona-se diretamente à<br />

ausência de componentes de motores em veículos<br />

totalmente acionados a eletricidade, mas mesmo se<br />

o desgaste dos pneus pode aumentar devido ao seu<br />

peso aumentado, os seus pneus duram mais tempo<br />

devido à captação de energia quando desacelera<br />

para recarregar a bateria. Os veículos elétricos irão<br />

requerer novas competências para reparações orientadas<br />

para eletricidade e eletrónica. Isto melhorará<br />

o perfil do técnico que deve ter conhecimentos de<br />

eletricidade, eletrónica e informática.<br />

Propriedade dos veículos<br />

A maior ameaça pode ser a questão do desenvolvimento<br />

de quem é o proprietário do veículo. A<br />

tendência crescente de contratos de leasing pessoal<br />

será provavelmente exacerbada pelo custo mais<br />

alto dos veículos elétricos, visto que esses contratos<br />

de leasing pessoal podem ajudar a evitar o<br />

impacto total do custo de capital da “mobilidade<br />

como um serviço”.<br />

Isto cria um duplo problema. Primeiro, é cada<br />

vez mais provável que o cliente da oficina seja um<br />

operador de frotas empresariais, portanto, pode ser<br />

preciso fazer parte de um consórcio mais amplo de<br />

oficinas independentes, que podem “lançar”, em<br />

conjunto, esse negócio de frotas empresariais. Mas,<br />

em segundo lugar, estes clientes empresariais irão<br />

reduzir os preços para se tornarem competitivos<br />

no seu setor de serviços de mobilidade, de modo<br />

que a oficina independente se torne eficientemente<br />

fundamental para se manter competitiva neste<br />

mercado em mudança.<br />

Além disso, a forma como estes veículos são fornecidos<br />

através de revendedores autorizados provavelmente<br />

mudará à medida que as vendas diretas dos<br />

fabricantes de veículos aos prestadores de serviços<br />

de mobilidade se desenvolvem. À medida que isto<br />

acontece, é mais provável que os revendedores autorizados<br />

se tornem pontos de serviço e reparação,<br />

e é aqui que a diferença entre os reparadores autorizados<br />

e os independentes se torna mais tênue.<br />

Ambos os tipos de oficina irão precisar de níveis de<br />

competência semelhantes e irão competir por estas<br />

oportunidades de serviço e manutenção.<br />

Isso traz outra mudança para a oficina independente,<br />

onde existirá uma necessidade crescente de<br />

relatórios de dados de gestão de negócios coordenados<br />

com os prestadores de serviços de mobilidade<br />

para permitir que trabalhem de forma eficiente<br />

com as oficinas com as quais têm acordos. Mas<br />

isto pode ser uma oportunidade para as oficinas<br />

independentes fornecerem serviços de reparação<br />

locais competitivos a estes novos operadores de<br />

mobilidade, mas apenas se a oficina for competente<br />

para o fazer. ◆<br />

130 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Conceito “Condutor - veículo - infraestrutura”<br />

Os segredos<br />

da condução autónoma<br />

A conetividade permite que os veículos sejam autónomos em qualquer<br />

situação. Isso tornará as nossas viagens mais seguras, mais rápidas,<br />

mais eficientes do ponto de vista energético e ainda mais agradáveis.<br />

Mas até que ponto é realista esta previsão de mobilidade futura?<br />

E qual é a probabilidade de ser realidade em poucas décadas?<br />

Toda a indústria, desde os fabricantes<br />

de automóveis, os seus fornecedores<br />

e prestadores de serviços, até às<br />

universidades técnicas e estudiosos<br />

do comportamento humano, estão<br />

a trabalhar arduamente para conseguir um alinhamento<br />

perfeito entre as funcionalidades dos<br />

Sistemas Avançados de Assistência à Condução<br />

(ADAS), os condutores e o entorno (infraestrutura)<br />

em que se desenvolvem. Um alinhamento<br />

que permitirá que os veículos circulem de forma<br />

totalmente autónoma, ou seja, sem depender do<br />

condutor, cujo papel mudará de “conduzir para<br />

controlar”. Um alinhamento que requer visão,<br />

tempo, paciência e bom planeamento de todas<br />

as etapas até chegar à implementação de uma<br />

condução completamente autónoma.<br />

Abordagem triangular<br />

Para aumentar os benefícios para a segurança rodoviária<br />

de ADAS, é necessária uma aproximação<br />

ou abordagem triangular que integre “condutor<br />

- veículo - infraestrutura”.<br />

O projeto de pesquisa, solicitado em 2020 pela<br />

Federação Internacional do Automóvel (FIA) e<br />

desenvolvido por um consórcio integrado pela<br />

consultoria Royal HaskoningDHV, TNO e a<br />

Universidade HAN de Ciências Aplicadas, proporcionou<br />

dicas muito importantes sobre melhorias<br />

necessárias em cada um dos lados do triângulo<br />

“Condutor – veículo – infraestrutura”.<br />

A pesquisa foi realizada com base numa seleção de<br />

seis ADAS e os seus resultados foram traduzidos<br />

em recomendações a nível regulamentar.<br />

Os seis ADAS selecionados são os seguintes: Autonomous<br />

Emergency Braking (AEB); Emergency<br />

Stop Signal (ESS); Intelligent Speed Assistance<br />

(ISA); Adaptive Cruise Control (ACC); Lane Keep<br />

Assist (LKA); e Drowsiness detection & Distraction<br />

recognition (DDDR).<br />

Nos parágrafos seguintes é apresentada uma seleção<br />

dos resultados mais importantes deste e estudo.<br />

Da condução convencional<br />

à condução autónoma<br />

Enquanto a atenção se concentra no nível mais<br />

elevado de automatização (veículos da categoria<br />

SAE 5), uma realidade da mobilidade parcialmente<br />

autónoma está a tornar-se cada vez mais<br />

presente, o que exige que os condutores aprendam<br />

a adaptar-se a ela e a utilizá-la com segurança.<br />

Porém, quanta atenção está a ser dada a esta fase<br />

de transição desde a condução convencional até a<br />

condução completamente automática? Enquanto<br />

aguardamos a evolução até à implantação da automatização<br />

plena, precisamos de garantir que os<br />

diferentes níveis de automatização parcial (SAE 1 a<br />

3) mantenham a segurança e contribuam para alcançar<br />

os objetivos e perspetivas estabelecidos, por<br />

exemplo “Visão Zero” e “Segurança Sustentável”.<br />

Segundo o Regulamento (UE) 2019/2144, muito<br />

em breve todos os novos modelos de automóveis<br />

serão equipados com uma variedade de ADAS,<br />

cujo principal objetivo é ajudar os condutores a<br />

132 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


conduzir com segurança. Até que ponto a segurança<br />

irá melhorar em cada nível depende de<br />

muitas condições que devem ser cumpridas para<br />

realizar todo o potencial da assistência ao condutor.<br />

São: a otimização técnica das funcionalidades<br />

dos ADAS, maior conhecimento por parte dos<br />

condutores, assim como infraestruturas preparadas<br />

para proporcionar apoio à segurança e conforto<br />

que fornecem as funcionalidades destes sistemas.<br />

Automatização parcial em análise<br />

As capacidades de cada sistema ADAS definem o<br />

modo e o nível de assistência que um sistema pode<br />

colocar no condutor na realização de determinadas<br />

tarefas de condução. Além das suas capacidades,<br />

é crucial compreender as limitações dos sistemas<br />

e o conceito de “Domínio de Design Operacional”<br />

(ODD) para poder estimar a sua contribuição<br />

para a segurança rodoviária. O ODD define as<br />

condições de operação para as quais foi especificamente<br />

projetado o funcionamento de um<br />

determinado sistema de condução autónoma, ou<br />

uma caraterística do mesmo, incluindo, mas não<br />

limitado a, condições ambientais, geográficas, de<br />

iluminação (dia/noite) e/ou presença ou ausência<br />

de determinadas caraterísticas do tráfego ou da<br />

estrada (SAE Internacional, 2018). Contudo, as<br />

informações que precisariam de ser comunicadas<br />

sobre as limitações dos ADAS selecionados para<br />

este estudo, não são fáceis de encontrar entre as<br />

informações fornecidas aos utilizadores. Esta falta<br />

de conhecimento sobre o ODD significa que<br />

nem os condutores nem as autoridades de trânsito<br />

têm uma visão geral (completa) das capacidades e<br />

limitações dos ADAS.<br />

Os sistemas do seu automóvel podem não funcionar<br />

devido a limitações de design (intrínsecas ao<br />

ODD) ou a avarias técnicas, que estão principalmente<br />

associadas a limitações dos seus sensores. O<br />

sensor de radar ACC pode não detetar veículos à<br />

frente, a câmara ISA pode não ler ou interpretar<br />

mal os sinais e a AEB pode não detetar pequenos<br />

objetos em movimento, como pedestres e ciclistas.<br />

Este estudo conclui que, incluindo os casos em<br />

que os sistemas não funcionam bem, os potenciais<br />

riscos para a segurança rodoviária podem<br />

ser evitados mediante informação adequada das<br />

eventuais situações de desconexão por segurança.<br />

Embora existam requisitos gerais de design baseados<br />

em relatórios da Comissão Europeia, os requisitos<br />

específicos para os sistemas concentram-se<br />

exclusivamente na comunicação de falhas ACC,<br />

mas não abordam outros sistemas.<br />

A maior parte dos utilizadores do ADAS não<br />

recebem formação sobre estes sistemas. Em vez<br />

disso, confiam nas informações que são fornecidas<br />

pelo concessionário de automóveis, no manual do<br />

utilizador do seu veículo, ou aplicam o método<br />

“tentativa e erro” para se familiarizarem com os<br />

ADAS. A qualidade destas vias de informação está<br />

longe de ser perfeita, o que implica que os condutores<br />

recebem informações e instruções incorretas<br />

e/ou incompletas.<br />

Manutenção dos sistemas ADAS<br />

Os ADAS devem ser incluídos nas revisões anuais<br />

em que é comprovada a segurança do veículo, se é<br />

apto para a circulação e as emissões dos gases de<br />

escape. Para que isto ocorra, o teste de funcionalidades<br />

dos ADAS devem ser factíveis, mensuráveis e<br />

verificáveis. Atualmente existem muitas incógnitas<br />

e incertezas: Os ADAS diferem significativamente<br />

entre os diferentes fabricantes em termos de nomes,<br />

funcionalidade, limitações etc. A funcionalidade<br />

dos ADAS poderia ser quantificada através<br />

da OBD, permitindo a sua identificação, avaliando<br />

o seu funcionamento correto e degradação. No<br />

entanto, atualmente isto não é possível devido à<br />

falta de dados para realizar o diagnóstico. Por esses<br />

motivos, é necessária uma abordagem específica,<br />

que avalie a sua manutenção, para o sistema ADAS<br />

de cada fabricante. Além disso, a calibração de<br />

sistemas está a tornar-se uma parte (extra) muito<br />

importante de sua manutenção. Além disso,<br />

considerando que a funcionalidade dos sistemas<br />

digitais não se degrada como os sistemas mecânicos,<br />

é necessária uma monitorização contínua<br />

do seu desempenho. No entanto, isso ainda não é<br />

obrigatório. A segurança durante toda a vida útil<br />

do veículo não pode, portanto, ser garantida. Por<br />

fim, o número crescente de ligações externas e a<br />

ligação direta entre os computadores e os sistemas<br />

de controlo dos ADAS, implica riscos de segurança<br />

cibernética.<br />

Infraestrutura<br />

preparada para os ADAS<br />

Em relação ao último lado do triângulo “condutor<br />

- veículo - infraestrutura”, há deficiências em<br />

termos da preparação do ambiente em que os<br />

ADAS operam. A falta de harmonização das infraestruturas<br />

na Europa, desde a sinalização até<br />

às marcações rodoviária, afeta a eficiência operacional<br />

dos ADAS, visto que os sistemas podem<br />

enfrentar condições das vias e situações de tráfego<br />

que estão fora de seu ODD. Estar bem preparado<br />

e fazer uma utilização segura da condução semiautónoma<br />

é, portanto, um primeiro passo necessário<br />

na estrada para a condução totalmente autónoma.<br />

Para alcançar o destino desejado, é necessário fazer<br />

muito mais progressos em todos os níveis.<br />

É necessário melhorar a precisão da comunicação<br />

sobre o funcionamento dos sistemas e as interrupções<br />

de segurança. Há muito a ser melhorado<br />

em relação à precisão e fiabilidade dos ADAS.<br />

Acreditamos que há uma necessidade urgente de<br />

padronização internacional para definir claramente<br />

que tipo de informações, sinais e mensagens,<br />

devem ser comunicadas ao condutor em caso de<br />

um sistema ADAS deixar de funcionar. Os manuais<br />

do utilizador dos veículos devem conter informações<br />

para os condutores sobre o que pode<br />

acontecer no caso de falha do sistema. É essencial<br />

fornecer explicações corretas aos utilizadores finais<br />

sobre as limitações e condições de funcionamento<br />

(ODD) dos sistemas para alcançar a contribuição<br />

esperada dos ADAS para a segurança rodoviária.<br />

O conhecimento sobre os ADAS e a forma de<br />

utilizá-los corretamente, deve ser parte integrante<br />

da formação para obter uma carta de condução e<br />

um pessoal responsável de vendas e distribuição<br />

de veículos, devidamente formado, deve educar<br />

melhor qualquer novo utilizador de ADAS para<br />

garantir um uso seguro desses sistemas.<br />

Procedimentos de avaliação<br />

mais acessíveis e precisos<br />

É importante ter uma avaliação acessível de segurança<br />

dos ADAS. Desta maneira, o seu correto<br />

funcionamento e a sua perda de desempenho ou<br />

degradação podem ser identificados e diagnosticados<br />

e o condutor pode ser avisado em caso de mau<br />

funcionamento. Também deve ser estabelecido um<br />

padrão claro para manter a garantia de vida dos<br />

ADAS (idealmente aplicado durante as revisões<br />

anuais, por exemplo, na ITV). Além disso, as diretivas<br />

de homologação atuais devem conter requisitos<br />

mais rigorosos, que devem ser atualizados com<br />

frequência. Todos os ADAS devem cumprir os<br />

mesmos padrões que determinam que o sistema<br />

é capaz e, o que é mais importante, aquilo de que<br />

o sistema não é capaz (funcionalidades uniformes).<br />

O desenvolvimento de um diagnóstico On-Board<br />

(OBD), que sirva para a reparação e manutenção<br />

dos ADAS e que seja harmonizado para todos<br />

os OEM, requer denominações uniformes para<br />

todos os sistemas. Assim, os fabricantes de veículos<br />

seriam obrigados a referir-se aos seus sistemas,<br />

utilizando os mesmos nomes acordados por todos.<br />

Os ADAS têm o potencial de trazer melhorias significativas<br />

em termos de segurança rodoviária, mas<br />

também é inegável que ainda há muito a fazer para<br />

transformar a visão de uma condução semiautónoma<br />

segura em uma realidade. Para ele, governos,<br />

institutos de investigação, fabricantes de veículos,<br />

fornecedores de serviços e operadores de infraestruturas,<br />

devem alinhar os seus esforços em torno<br />

de uma abordagem “condutor - veículo - infraestrutura”<br />

e estabelecer objetivos claros a curto e a<br />

longo prazo. ◆<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

133


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top100<br />

Índice Empresas TOP 100<br />

Protagonistas do setor<br />

O AFTERMARKET NACIONAL É CONSTITUÍDO POR INÚMERAS EMPRESAS QUE OPERAM<br />

NOS SETORES DA DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS PARA VEÍCULOS LIGEIROS, PESADOS,<br />

EQUIPAMENTOS, REPINTURA E PNEUS. NAS PÁGINAS QUE SE SEGUEM, PASSAMOS EM<br />

REVISTA VÁRIOS PLAYERS QUE SE EVIDENCIARAM NO EXERCÍCIO DE 2020<br />

Estamos perante empresas que são<br />

referência no desempenho económico,<br />

financeiro e de gestão, por<br />

via do esforço para se manterem<br />

competitivas no contexto económico<br />

exigente de um mercado em transformação,<br />

com notório crescimento e, ao mesmo tempo,<br />

consolidação de resultados. Empresas que têm<br />

mantido altos padrões competitivos e que refletem<br />

a ousadia dos empresários e a clara aposta<br />

na inovação. O setor aftermarket possui empresas<br />

dinâmicas, financeiramente sólidas, que se afirmam<br />

pelas estratégias de inovação e capacidade<br />

de se reinventarem e adaptarem à nova realidade<br />

que a pandemia trouxe.<br />

É essencial salientar que os efeitos da crise não<br />

foram necessariamente negativos para a generalidade<br />

das empresas aftermarket. Contudo,<br />

exigiram uma enorme capacidade de adaptação<br />

da sua oferta, o que exigiu um esforço adicional<br />

na adaptação e resposta às necessidades do<br />

mercado, perante um cenário altamente volátil<br />

e nunca antes vivido. Seja para conseguir atingir<br />

resultados financeiros satisfatórios, mas também<br />

para a reorganização e aumento da eficiência e<br />

da produtividade interna.<br />

A pandemia que se iniciou em 2020 embargou<br />

muitos negócios, dada a incerteza do futuro, mas<br />

também veio, em definitivo, acelerar os processos<br />

nas organizações, principalmente ao nível da digitalização<br />

e transformação digital. Os grandes<br />

desafios do futuro para as empresas, passam pela<br />

permanente adaptação e acompanhamento da<br />

constante evolução tecnológica, da mudança<br />

drástica dos hábitos de consumo, das rotinas de<br />

trabalho, e da forçosa necessidade de as empresas<br />

serem mais eficientes que nunca, para conseguirem<br />

fazer face a todas estas mudanças.<br />

Mas o sucesso das empresas depende sempre da<br />

sua “qualidade interna”. E, nesse processo, as<br />

pessoas desempenham um papel fundamental.<br />

São elas as responsáveis pelo bom funcionamento<br />

das empresas e, por isso, têm de ser cada vez<br />

mais valorizadas, quer pelo seu profissionalismo,<br />

quer pelo empenho com que executam as suas<br />

funções. ◆<br />

134 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


ÍNDICE<br />

136 MCoutinho Peças<br />

138 Autozitânia<br />

140 Auto Delta<br />

142 Krautli Portugal<br />

144 Bombóleo<br />

146 bilstein group<br />

148 Leirilis<br />

150 Vieira & Freitas<br />

152 A. Vieira<br />

154 Romafe<br />

156 MF Pinto<br />

158 AleCarPeças<br />

160 Rodapeças<br />

162 APL Expresso<br />

164 Auto Recto<br />

166 Japopeças<br />

168 Phaarmpeças<br />

170 Filourém<br />

172 Francecar<br />

174 Polibaterias<br />

176 Neocom<br />

178 X-Action<br />

180 Motorbus<br />

182 Global Parts<br />

184 Diamantino Perpétua<br />

186 Vicauto<br />

188 Visoparts<br />

190 Lusilectra<br />

192 Bolas<br />

194 Cometil<br />

196 Cetrus<br />

198 Kroftools<br />

200 MGM<br />

202 Meganor<br />

204 LTintas<br />

206 Autoflex<br />

208 Impoeste<br />

210 Quimiregua<br />

212 Centrocor<br />

214 Mota & Pimenta<br />

216 Lovistin<br />

218 GravityPaint<br />

220 AB Tyres<br />

222 Dispnal<br />

224 Nex Tyres<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />

135


Empresa<br />

Top100<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição ranking: 2º<br />

Volume faturação 2019: 2020:<br />

€51.705.000<br />

€47.876.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

MCOUTINHO PEÇAS / az auto<br />

MCoutinho Peças/ AZ Auto conta com um total de 52 marcas que<br />

disponibiliza ao mercado um alto nível de serviço. Atualmente a<br />

empresa, dispõe de 32 marcas OEM e 20 marcas IAM, configurando<br />

a maior oferta de um só fornecedor ao mercado. O modelo perseguido<br />

é o de “one stop shop”, onde o cliente consegue encontrar tudo o<br />

que pode precisar num só contacto e num só distribuidor. Segundo<br />

Miguel Melo, administrador da MCoutinho Peças / AZ Auto, uma<br />

coisa é certa “a oferta vai continuar a aumentar assente nos critérios<br />

de qualidade que foram seguidos até à data”. No capítulo das novas<br />

marcas, <strong>2021</strong> foi o ano em que começaram a comercializar a marca de<br />

lubrificantes ARAL “é a marca de lubrificantes que vem substituir os<br />

lubrificantes BP no mercado português. O facto da marca ser também<br />

ela detida pela BP e ser a marca número um na Alemanha, na venda<br />

de lubrificantes, faz com que a qualidade seja garantida à partida. A<br />

ARAL traz consigo mais referências e melhor tecnologia na produção<br />

de lubrificantes e só pode ser encontrada na MCoutinho Peças/ AZ<br />

Auto”. As novidades não ficam por aqui, segundo o Administrador,<br />

2022 “terá o lançamento de mais marcas e gamas, em particular no<br />

aftermarket”. Questionado pela TOP 100 sobre o desempenho da<br />

marca AZ Auto, num ano pouco comum, Miguel Melo não podia<br />

estar mais satisfeito “O desempenho da AZ Auto nos últimos anos tem<br />

sido acima do esperado. A AZ Auto, que foi totalmente integrada na<br />

MCoutinho Peças, continua a existir enquanto “Marca”. Trata-se do<br />

braço Aftermarket da MCoutinho Peças e, visto tratar-se de uma área<br />

de negócio que acreditamos ter especificidades distintas da MCoutinho<br />

Peças, mantém uma estrutura própria que gere a sua atividade, seja<br />

na área comercial, seja como por exemplo no Call Center e Gestão<br />

de Produto”, revelou. Para além da marca AZ Auto, faz parte integrante<br />

do catálogo da MCoutinho Peças a marca RINO que sofreu<br />

em <strong>2021</strong> uma repaginação na sua estrutura “Aquando da integração<br />

da rede de oficinas a 100% na estrutura da MCoutinho Peças, foram<br />

alteradas condições comerciais e os estatutos de permanência<br />

na rede, possuindo agora uma oferta altamente ajustada à realidade<br />

do mercado, com vantagens óbvias para os aderentes”, esclareceu<br />

Miguel Melo. Com uma estrutura que conta com mais de 22 anos<br />

de história, a MCoutinho Peças reforçou no último ano o seu apoio<br />

aos profissionais do setor com linhas de apoio técnico, “Através deste<br />

atendimento, garantimos que a identificação e o apoio no pedido das<br />

peças é máximo. A estrutura está assente em vários pilares sólidos,<br />

desde o acompanhamento dos clientes, passando pela gestão de marca<br />

e produto, desenvolvimentos tecnológicos e a logística de referência”,<br />

explicou o administrador. ◆<br />

Administrador<br />

Miguel Melo<br />

Morada<br />

Rua Filipa de Lencastre,<br />

4436 - 908 Rio Tinto<br />

Telefone<br />

229 772 000<br />

EMAIL<br />

mcoutinhopecas@mcoutinho.pt<br />

SITE<br />

www.mcoutinhopecas.pt<br />

136 Top 100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição ranking: 7º 2º<br />

Volume faturação 2019: 2020:<br />

€51.705.000<br />

€35.162.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

AUTOZITÂNIA<br />

ano <strong>2021</strong> fica marcado pela incorporação da Bragalis no Grupo<br />

O Autozitânia, que permitiu à empresa crescer a norte do país,<br />

complementar o portefólio com várias marcas premium e alcançar uma<br />

maior representatividade junto dos fornecedores, graças ao incremento<br />

do volume de negócios congregado. Por outro lado, a integração na<br />

AD Parts, o maior grupo aftermarket da Península Ibérica, trouxe,<br />

segundo Ricardo Venâncio, administrador da Autozitânia, “muitos<br />

benefícios ao nível do core business e dos vários serviços diferenciadores,<br />

que podemos oferecer aos parceiros”. Na última edição da<br />

expoMECÂNICA, o Grupo apresentou a nova identidade visual da<br />

Autozitânia e Bragalis, que irá acompanhar ambas as empresas a<br />

partir de agora. “Esta nova Identidade Visual permite criar a ligação<br />

e a associação entre as imagens de ambas as empresas que pertencem<br />

ao mesmo Grupo, e pretende também transmitir a ligação, união e<br />

cooperação entre a Autozitânia/Bragalis e os seus Parceiros”, explicou<br />

Ricardo Venâncio. Este responsável destaca o aumento do nível do<br />

apoio técnico, informação e formação. Sendo agora uma Entidade<br />

Formadora Certificada pela Direcção-Geral do Emprego e das Relações<br />

de Trabalho (DGERT), proporciona aos parceiros “formação<br />

profissional certificada de elevada qualidade”, sempre com o apoio<br />

do Grup Eina, que executa todo o plano de formação técnica. Atualmente,<br />

a Autozitânia oferece serviços que possibilitam uma melhor<br />

gestão diária dos negócios dos parceiros, nomeadamente ferramentas<br />

para o aumento de produtividade. Desde apoio técnico presencial,<br />

por telefone ou email, passando por ferramentas informáticas de<br />

gestão, portal de formação online, e formação presencial, a empresa<br />

ajuda os parceiros e respetivas oficinas a melhorar a gestão dos seus<br />

negócios. Recentemente incorporou as marcas Bosch e Castrol, que<br />

se juntaram à AD, Talosa e à Girling. Entre as novidades, destaque<br />

para o recentemente implementado programa de devoluções que<br />

aumenta a eficiência de todo este processo. O responsável entende<br />

que “o mercado de distribuição de peças automóvel em Portugal é<br />

extremamente competitivo e homogéneo, com muitas empresas a<br />

distribuírem as mesmas marcas” e acredita que “as exigências aos<br />

canais aftermarket vão tornar-se cada vez maiores”, pelo que “a capacidade<br />

de adaptação das empresas será essencial”. No que toca<br />

aos canais tradicionais de distribuição, o Grupo Autozitânia defende<br />

“a importância de todos os seus intervenientes”. Ricardo Venâncio<br />

recorda 2020 como um ano “altamente imprevisível, tendo a faturação<br />

oscilado entre mínimos e máximos históricos. Uma vez que grande<br />

parte do trabalho que efetuamos decorre a nível operacional e logístico,<br />

a gestão e a prestação de serviços tiveram uma atenção especial, que<br />

nos permitiu ultrapassar os momentos mais complicados”, concluiu. ◆<br />

Administradores<br />

Francisco Neves e Ricardo Venâncio<br />

Morada<br />

Av.ª das Acácias, Lote AE 2/3,<br />

Arroja, 1685 - 654 Famões<br />

Telefone<br />

214 789 100<br />

EMAIL<br />

vendas.odivelas@autozitania.pt<br />

SITE<br />

www.autozitania.pt<br />

138 Top 100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição ranking: 9º<br />

Posição ranking: 2º<br />

Volume faturação 2020:<br />

Volume faturação 2019:<br />

€28.947.000<br />

€51.705.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

AUTO DELTA<br />

Ano novo, instalações novas, era assim que a Auto Delta no início<br />

de <strong>2021</strong> programava começar o ano. Devido à pandemia e a<br />

outros atrasos calculados, as novas instalações ainda não se encontram<br />

a funcionar. Aliados à experiência do comércio de peças e acessórios<br />

automóveis há cerca de 43 anos, a empresa distingue-se por ser um<br />

dos principais players do mercado do aftermarket português. Para<br />

continuarem a crescer, as novas instalações vão dar a possibilidade à<br />

empresa de diversificar ainda mais a sua oferta. Centrados desde a<br />

sua criação em fazer mais e melhor, o ano de <strong>2021</strong> foi decisivo para<br />

ver a mais recente rede de oficinas CGA Car Service e Multi Oficina<br />

Service crescer. Marcelo Silva, Diretor Geral da Auto Delta, revelou à<br />

TOP100 como tem sido este crescimento “A adesão continua a correr<br />

muito favoravelmente tendo-se mesmo denotado um crescimento de<br />

interesse em ambas as redes bem como na resposta que lhe está associada.<br />

Neste momento contamos com cerca de 80 estabelecimentos<br />

aderentes que, mais que serem importantes para o negócio da Auto<br />

Delta, são-no para os seus retalhistas locais. A organização das redes<br />

CGA Car Service e Multi Oficina Service privilegia a relação oficina-<br />

-retalhista-distribuidor, permitindo que o elo intermédio desta cadeia,<br />

tantas vezes menosprezado, possa ganhar rentabilidade com a adesão<br />

dos seus clientes”. Na Auto Delta a diversificação do seu portfólio é<br />

uma constante. Como tal, em <strong>2021</strong> voltou a apostar na sua estratégia<br />

tradicional e foi nas marcas Delphi, Hepu, Brembo e Bilstein, que se<br />

muniram para enfrentar o difícil ano. Mas nem tudo são boas notícias,<br />

após a pandemia, vieram os efeitos da mesma, os fornecedores estão<br />

a ter algumas falhas de stock e têm prejudicado o negócio da empresa<br />

“Essa dificuldade é um facto e tem sido um fator mais complicado de<br />

eliminar no que toca à normalização da atividade comercial por parte<br />

de todos os players. A escassez de semicondutores e o encarecimento<br />

das matérias-primas é algo que parece ter vindo para ficar e cabe-nos<br />

dar a volta a essa situação”, revelou Marcelo Silva. Para fazer face a esta<br />

dificuldade, o diretor geral, explicou à TOP100 o que é necessário fazer<br />

“É necessário principalmente procurar alternativas de fornecimento<br />

onde as há, permitindo que os produtos cheguem onde é necessário:<br />

às oficinas de reparação automóvel. Depois, tivemos que realizar<br />

alguns ajustes face ao encarecimento de matérias-primas, fenómeno<br />

que se verifica em todos os elos da cadeia: desde o fabricante até ao<br />

reparador”. Apesar de todo o esforço e das várias ‘dores de cabeça’<br />

que a pandemia lhes trouxe, para a Auto Delta <strong>2021</strong> “é um ano em<br />

que as nossas expectativas são de obter um crescimento interessante,<br />

melhorando face a 2020 e respondendo de forma muito positiva face<br />

a um ano também ele complicado, fruto de mais um confinamento<br />

inesperado”, concluiu o Diretor Geral. ◆<br />

Administradores<br />

Armindo Romão e Catarina Luísa<br />

Morada<br />

Rua da Fontinha, 77, Andrinos,<br />

2416 – 905 Leiria<br />

Telefone<br />

244 830 070<br />

EMAIL<br />

geral@autodelta.pt<br />

SITE<br />

www.autodelta.pt<br />

140 Top 100 Aftermarket <strong>2021</strong>


®


Empresa<br />

Top100<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição ranking: 13º 2º<br />

Volume faturação 2019: 2020:<br />

€51.705.000<br />

€19.762.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

C<br />

M<br />

KRAUTLI PORTUGAL<br />

Krautli Portugal apresenta-se como uma «one stop shop» para<br />

A os operadores do retalho, exceção feita à colisão e aos pneus.<br />

As mais recentes incorporações são a gama Blaupunkt, a CTEK, os<br />

lubrificantes Lukoil e ainda uma linha complementar de embraiagens<br />

Borg & Beck. Contam com um novo elemento para liderar a Divisão de<br />

Lubrificantes e Produtos Químicos, uma área que representa 15% do<br />

volume das vendas da empresa. Segundo José Pires, administrador da<br />

Krautli Portugal, a pandemia levou a que todos tivessem que “«navegar<br />

à vista»” e lembrou-nos um grande ensinamento: “há uma coisa que<br />

nunca muda - a mudança, que é permanente. Ficou também provado<br />

que o «overservice» prestado nos serviços associados à logística é um<br />

desvio perverso e desnecessário do que seria adequado e causa custos<br />

enormes e desnecessários para as empresas”, defende. Felizmente,<br />

contas feitas, em termos de resultados a Krautli Portugal ficou “perto<br />

do que esperávamos antes do início da pandemia”. Já no que toca às<br />

atuais falhas de stock, José Pires teme repercussões duradouras. Com<br />

a crise dos semicondutores a poder prolongar-se até fim de 2022, as<br />

implicações no pós-venda podem ir além da “indisponibilidade atual<br />

de algumas peças”. Com o aumento das vendas dos veículos usados,<br />

a “adequação da distribuição de peças a um parque de evolução<br />

assíncrona é muito complicada”, argumenta, considerando que os<br />

fabricantes se irão focar no fornecimento ao primeiro equipamento,<br />

“ficando sempre o pós-venda para depois”, o que contribuirá – não<br />

só, mas também – para o aumento do preço das peças. A seu ver,<br />

o principal problema do aftermarket em Portugal é o facto de, na<br />

maioria dos casos, quem está à frente das empresas serem “excelentes<br />

operacionais, mas com carências relevantes no que diz respeito à gestão<br />

e à estratégia”. José Pires acredita que cada um dos protagonistas do<br />

mercado pós-venda “desempenha funções específicas na cadeia de<br />

distribuição, pelo que necessariamente têm de continuar a existir”,<br />

mesmo que alguns operadores assumam vários níveis na cadeia. Na<br />

«guerra» da fidelização dos clientes, ganha “quem se preparar melhor<br />

e fornecer o que o retalho e as oficinas realmente precisem, muito<br />

mais do que pelos preços”, afirma. Questionado sobre a possível perda<br />

de faturação causada pelo aparecimento dos veículos elétricos, José<br />

Pires entende que isto “não é líquido só porque os VE necessitam<br />

de menos manutenção. Haverá também novos serviços que irão ser<br />

prestados e que serão geradores de receita importantes no futuro. E,<br />

lembremos: a preponderância do parque de VE será muito limitada<br />

ainda por muito tempo”, afirma. A Krautli registou uma quebra nas<br />

vendas em 2020, mas <strong>2021</strong> denota uma recuperação, que ainda não<br />

chega aos níveis previstos para 2020. ◆<br />

Administradores<br />

Markus Krautli e José Pires<br />

Morada<br />

Parque Marinhas de D. Ana, Armazém 4<br />

2629 - 001 Póvoa de Sta. Iria<br />

Telefone<br />

219 535 600<br />

EMAIL<br />

contact@krautli.pt<br />

SITE<br />

www.krautli.pt<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

142 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


R<br />

PAIXÃO PELA QUALIDADE!<br />

Distribuímos marcas premium com elevado valor acrescentado,<br />

seleccionando os melhores fabricantes de peças e sistemas de equipamento original.<br />

Temos as soluções logísticas adequadas, a partir de armazéns em Lisboa e Porto.<br />

Disponibilizamos formação e ferramentas pós-venda para apoio dos nossos parceiros.


Empresa<br />

Top100<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição ranking: 14º 2º<br />

Volume faturação 2019: 2020:<br />

€51.705.000<br />

€19.046.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

BOMBÓLEO<br />

Em plena crise pandémica o grupo Bombóleo decidiu avançar com<br />

a abertura do polo logístico em Braga, assim como a abertura de<br />

um quarto polo logístico no Algarve. Este processo de investimento,<br />

que começou na remodelação das instalações, não só em Massamá,<br />

mas também no armazém do Porto, passando pela abertura dos polos<br />

logísticos em Braga e no Algarve, tem como objetivo fortalecer o<br />

grupo criando condições para um crescimento sustentável. “Com a<br />

remodelação das instalações, queremos aumentar a nossa capacidade<br />

de resposta em termos de área de formação, logística e call center. É<br />

realmente um investimento transversal a todas as áreas da empresa.<br />

Relativamente à abertura dos polos logísticos em Braga e no Algarve,<br />

o principal objetivo é claramente o de estar mais próximo dos nossos<br />

clientes destes dois importantíssimos distritos, e consequentemente<br />

aumentar a nossa quota de mercado”, refere Paulo Marques, administrador.<br />

Distribuidor da Magneti Marelli desde 2018, a Bombóleo<br />

iniciou no ano de 2019 uma nova fase após serem definidos novos<br />

requisitos por parte marca. “O balanço tem sido muito positivo, pois<br />

a marca tem conseguido afirmar-se com uma imagem forte, dotada<br />

de uma grande qualidade, tecnologia e dinamismo. Tem lançado<br />

novas gamas de produto, das quais destaco as mais recentes: válvulas<br />

EGR, bombas de água, elevadores de vidro, amortecedores e amortecedores<br />

de mala universais. É uma marca na qual estamos a investir<br />

para o futuro”, enaltece Paulo Marques. Relativamente à rede Bosch<br />

Car Service, na qual a Bombóleo tem forte ligação, o envolvimento<br />

tem sido a 100%. “A Bosch é o nosso principal parceiro de negócio<br />

e na rede Bosch Car Service estão os nossos principais clientes, pelo<br />

que a nossa entrega é total, quer à marca, quer à rede. No presente<br />

ano contribuímos com a nomeação de novas oficinas para a rede e<br />

com a abertura dos dois novos polos logísticos pretendemos reforçar<br />

este trabalho, já que investimos fortemente em stock desta marca,<br />

nestes polos. Trata-se de um trabalho continuado de muitos anos,<br />

com muito empenho e dedicação”, sublinha Paulo Marques. Todos<br />

os anos a Bombóleo tem um plano de formação para os seus clientes,<br />

que pelo efeito da pandemia esteve suspenso, mas está a contratar<br />

recursos humanos para a área da formação, que será uma grande<br />

aposta para o próximo ano 2022. “ O Grupo Bombóleo faz tudo o<br />

que estiver ao seu alcance para que o cliente se encontre satisfeito<br />

com os seus produtos e serviços. “Não temos nenhum segredo, mas<br />

apenas muito trabalho, dedicação, seriedade e prontidão dos nossos<br />

colaboradores para prestarmos um bom serviço e transmissão de<br />

confiança aos nossos clientes. Estes têm sido os pilares do Grupo há<br />

61 anos”, conclui Paulo Marques. ◆<br />

diretor geral<br />

Paulo Marques<br />

Morada<br />

Rua Sebastião e Silva, 28 Zona Industrial<br />

de Massamá 2745-838 Queluz<br />

Telefone<br />

214 389 600 / 09<br />

EMAIL<br />

bomboleo@bomboleo.com<br />

SITE<br />

www.bomboleo.com<br />

144 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

Posição ranking: 16º<br />

Volume faturação 2020:<br />

€16.506.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

bilstein group<br />

bilstein group não para de crescer, tendo recentemente expandido<br />

O a sua capacidade logística com a inauguração de um moderno<br />

centro logístico na Alemanha. Ainda este ano, cresceram como empresa<br />

internacional ao serem premiados pela TEMOT International<br />

GmbH na área de melhor fornecedor em “Cadeia de Distribuição”.<br />

Joaquim Candeias, diretor geral, explicou à TOP100 qual o segredo para<br />

conquistar um prémio de tão elevada importância “Importa reforçar<br />

que só foi possível graças a um dos aspetos mais valiosos que temos: o<br />

trabalho em equipa. Num ano tão desafiante para todos soube bem este<br />

reconhecimento”. Com uma equipa unida, Joaquim Candeias acredita<br />

que por este motivo e pela “capacidade de adaptação e flexibilidade na<br />

organização” foi possível atravessar a pandemia de Covid-19 com êxito.<br />

Ainda assim, o diretor geral não quis deixar de reforçar “Percebemos que,<br />

apesar de um cenário por vezes tão desanimador, sentimos que a nossa<br />

estrutura era, e é, tão forte que permitiu manter aspetos como o serviço<br />

ao cliente, e não só, quase intocáveis, o que nos foi trazendo também<br />

alguma confiança em cada passo dado ou decisão tomada. Quando<br />

temos a certeza que os alicerces são resistentes e que existe prontidão<br />

para reagir, conseguimos estar mais confiantes e esperançosos”, realçou.<br />

Foi também com o aparecimento da pandemia, que a empresa assumiu<br />

a necessidade de apostar nas redes sociais. Se até aqui já era algo que<br />

começavam a apostar para dinamizar o negócio, com o aparecimento da<br />

Covid-19 tornou-se essencial para a promoção e divulgação das marcas<br />

febi, SWAG e Blue Print. Para continuar a satisfazer o cliente e para que<br />

o decréscimo na faturação não fosse abismal, Joaquim Candeias, não<br />

reviu apenas a comunicação das marcas, viu-se obrigado a aumentar<br />

o investimento em stock “procurámos alternativas de abastecimento,<br />

para garantir a continuação do serviço atual. A nossa prioridade será<br />

sempre a qualidade do serviço e dos componentes que oferecemos aos<br />

nossos clientes”. Sempre de olhos postos no futuro para acompanhar<br />

a evolução de perto, a viragem do negócio do aftermarket não assusta<br />

Joaquim Candeias: “As ameaças só são perigosas ou danosas<br />

para quem não quer evoluir. Lembramo-nos, muitas vezes, que as<br />

ameaças nos apresentam imensos desafios e, sem dúvida que, apesar<br />

de poderem trazer dissabores, são sempre as melhores formas de<br />

aprender e de crescer”, ainda assim, apresenta-se cauteloso com o<br />

futuro do negócio face à integração dos elétricos e híbridos no parque<br />

automóvel: “Novamente, é importante encarar estas tendências com<br />

algum bom senso, de modo a que nos inteiremos das caraterísticas<br />

gerais e específicas que estas acarretam. Os veículos elétricos ou<br />

eletrificados podem efetivamente requerer menos manutenção, mas<br />

ao mesmo tempo, vão utilizar componentes muito mais complexos,<br />

com custos mais elevados, o que acaba por devolver as referidas<br />

compensações”, explicou. ◆<br />

diretor geral<br />

Joaquim Candeias<br />

Morada<br />

Estrada do Jerumelo, n.° 863<br />

2665-494 Venda do Pinheiro<br />

Telefone<br />

219 663 720<br />

EMAIL<br />

vendas@bilsteingroup.com<br />

SITE<br />

www.bilsteingroup.com<br />

146 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

Posição ranking: 21º<br />

Volume faturação 2020:<br />

€11.431.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

LEIRILIS<br />

Após 35 anos a laborar no mercado automóvel, a pandemia trouxe<br />

à Leirilis uma nova filosofia “É necessário antecipar as mudanças<br />

e estar preparado para responder rapidamente ao mercado. Para tal,<br />

há o foco na melhoria nas plataformas digitais, um contacto mais próximo<br />

do cliente e aposta na rede própria de distribuição, afirma Saulo<br />

Saco, diretor geral da Leirilis. Como tal, a constante evolução do setor<br />

automóvel aliado a um ano e meio de pandemia, levaram a Leirilis<br />

a duplicar a aposta nas marcas do seu portfólio “ a Leirilis destaca-se<br />

pela constante disponibilização de novos produtos, de forma a que<br />

oficina consiga num único local encontrar tudo o que necessita para<br />

desenvolver o seu negócio, como se de uma “loja do cidadão”, mas na<br />

área automóvel, se tratasse… Exemplo disso, está a preparar para este<br />

ano o alargamento da gama de motores de arranque e alternadores da<br />

marca própria Sacorge”. Para Saulo Saco, a simples venda de peças<br />

“não é suficiente, dado que a oficina procura um parceiro de negócio.<br />

Assim, esta aposta cada vez mais em serviços, disponibilizando desde<br />

software de orçamentação e informação técnica, assistência técnica até<br />

à formação, permite à oficina estar na vanguarda das mudanças que<br />

ocorrem no sector, bem como oferecer ao seu cliente um serviço mais<br />

assertivo”, explicou. “Apostar” é a palavra de ordem para Saulo Saco,<br />

como tal, apesar da crise pandémica, a Leirilis apostou na abertura<br />

de duas novas lojas, no Funchal e em Braga. Segundo o Diretor Geral<br />

esta aposta tem como base o objetivo da empresa em “consolidar a<br />

sua imagem no mercado, especialmente nas áreas de aberturas de<br />

lojas no ano transato, assim como aumentar e fortalecer as parcerias<br />

realizadas com as oficinas aderentes às suas redes oficinais”. Com os<br />

olhos postos no Futuro, Saulo Saco revelou à TOP 100 que a Leirilis<br />

já está a trabalhar na integração dos veículos elétricos no parque<br />

automóvel, ao “antecipar as necessidades do cliente e estar preparada<br />

para oferecer estes produtos e serviços e assim diferenciarem-se da<br />

concorrência”. Se há algo que Saulo Saco tem como certo na sua<br />

cabeça é o futuro do negócio “O negócio da distribuição de peças<br />

como o conhecemos não se irá manter por mais tempo, pois a oferta<br />

é superior à procura, além disso há ainda a tendência para reduzir<br />

a margem nas peças. Pelo que se torna imperativo e crítico para a<br />

sustentabilidade de qualquer negócio oferecer ao mercado produtos<br />

e serviços de valor acrescentado”, afirmou. Apesar de toda a crise<br />

pandémica, <strong>2021</strong> apresentou-se para a Leirilis “como um ano positivo<br />

em que alargarmos a nossa expansão geográfica, tendo ainda lançado<br />

um conceito oficinal ibérico, revelando uma grande adesão por parte<br />

do mercado”, concluiu o atual Diretor Geral. ◆<br />

Diretor geral<br />

Saulo Saco<br />

Morada<br />

Rua Paulo VI, nº 2800 – Edifício Leirilis –<br />

2410-147 Leirias<br />

Telefone<br />

244 850 080<br />

EMAIL<br />

leirilis@leirilis.comt<br />

SITE<br />

www.leirilis.com<br />

148 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Shareholder of


Top100<br />

Empresa<br />

Posição ranking: 23º<br />

Volume faturação 2020:<br />

€11.103.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

VIEIRA & FREITAS<br />

Com mais de 40 anos de experiência no setor automóvel, nem a<br />

longevidade preparou a Vieira & Freitas para os efeitos da crise<br />

pandémica no negócio. Felizmente, as negras previsões de março<br />

de 2020 não se fizeram sentir, e foram até “bem menores” do que o<br />

esperado, ainda que Paulo Torres, administrador da empresa, tema<br />

“algumas dificuldades que ainda estarão para vir”. Na crise sanitária,<br />

a Vieira & Freitas soube ser “resiliente” e deixou uma nota de<br />

confiança, com o responsável a garantir que “somos capazes de nos<br />

superar quando menos contamos”. Agora que - esperamos - o pior da<br />

pandemia já passou, são as falhas de stock que preocupam o mercado<br />

e Paulo Torres prevê que esta seja “uma dificuldade que está para<br />

ficar mais uns tempos”, e que, em último caso, provocará a perda de<br />

vendas. O responsável não acredita que os preços das peças subam além<br />

da inflação “que deverá aumentar por influência macroeconómica”.<br />

Sem solução à vista, aparenta estar a questão das devoluções: “temos<br />

de nos adaptar e assumir os custos que daí advêm”, diz o responsável.<br />

Paulo Torres analisa a crescente perda de margem na comercialização<br />

das peças de forma fria, dizendo que estas “são sempre culpa própria.<br />

É necessário maior rigor e não entrar em pânico ao ponto de trocar<br />

peças por dinheiro”. Para o administrador da Vieira & Freitas, “inovar<br />

e estabelecer parcerias de qualidade” é a forma de garantir a base do<br />

negócio pós-venda automóvel: o acesso à informação e aos dados. E,<br />

na sua opinião, não será o endurecimento da legislação em matéria<br />

de «segurança de componentes» que irá derrubar os distribuidores de<br />

aftermarket, “desde sempre constantemente atacados pelos fabricantes<br />

automóveis de forma a ser-lhes vedado o acesso a peças de qualidade”.<br />

Avaliando o mercado atual, Paulo Torres entende que a concentração<br />

do negócio da distribuição de peças “terá de ser analisada caso<br />

a caso”, uma vez que vê vantagens e também inconvenientes nesta<br />

evolução do negócio do aftermarket. O responsável considera que os<br />

canais de distribuição tradicionais já não são tão estanques como no<br />

passado, com as lojas online globais, os retalhistas e oficinas a aceder<br />

diretamente a fabricantes, sendo que “o primeiro a ter de se adaptar<br />

é o distribuidor” na forma tradicional que conhecemos. A seu ver,<br />

as maiores ameaças ao mercado pós-venda “são as legislações sobre<br />

emissões politicamente corretas, que estão a levar o parque a ser substituído<br />

por veículos elétricos que serão, a curto prazo, insustentáveis,<br />

e que provocarão graves problemas de equilíbrio de energia”. Para<br />

já, “o desempenho da Vieira & Freitas tem sido positivo. <strong>2021</strong> será<br />

como 2020 um ano positivo e de crescimento e será também um ano<br />

marcante na nossa história”, promete. ◆<br />

Administradores<br />

Paulo Torres e José Manuel Gomes<br />

Morada<br />

Rua Costa Soares, n.° 39,<br />

4700 – 001 Braga<br />

Telefone<br />

253 607 325<br />

EMAIL<br />

geral@vieirafreitas.pt<br />

SITE<br />

www.vieirafreitas.pt<br />

150 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

Posição ranking: 24º<br />

Volume faturação 2020:<br />

€10.086,00<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

A. VIEIRA<br />

Passado mais de um ano da entrada da A. Vieira no grupo TEMOT,<br />

o balanço só pode ser “bastante positivo, pois o grupo tem-nos<br />

criado várias oportunidades de negócio oferecendo uma maior gama<br />

de marcas aos nossos clientes. A parceria permitiu-nos aceder a fornecedores<br />

que antes não conseguíamos”, diz José Branco, administrador,<br />

que refere que deste modo a empresa colmatou lacunas no stock e<br />

melhorou o serviço aos clientes. Num setor que, em termos globais,<br />

soube aguentar bem a crise pandémica, o maior ensinamento que este<br />

difícil período trouxe à A. Vieira foi “a resiliência face aos imprevistos<br />

logísticos”. O administrador nota o problema do impacto do nível de<br />

custos e de recursos humanos das constantes devoluções e explica que<br />

têm tentado “fazer uma gestão criteriosa” e apostar na formação dos<br />

clientes. Para já, espera que as falhas de stock se normalizem a médio<br />

prazo, na medida em que estas acabam por ser frustrantes tanto para<br />

a empresa como para os clientes: “Para minimizar essas falhas compramos<br />

sempre que possível e na medida da disponibilidade dentro<br />

de outros fabricantes que trabalhamos” revela. José Branco acredita<br />

que a breve trecho vai ser preciso mexer nas tabelas de preços, “uma<br />

vez que as matérias primas também subiram”, mas defende que há<br />

que “criar «linhas vermelhas» no que concerne ao limite mínimo de<br />

comercialização para não pôr em risco a sustentabilidade da empresa,<br />

porque a perda de margem é muito preocupante”. Além disso, o<br />

administrador afirma que a empresa importadora de peças, fundada<br />

em 1974, terá que se “reinventar e aceitar os novos desafios que virão<br />

com os veículos elétricos”, estando atento às novas oportunidades<br />

de negócios. No que toca ao acesso à informação e aos dados, José<br />

Branco afirma que “temos juntamente com os nossos parceiros, fornecedores<br />

e associações, conseguido disponibilizar para os colaboradores<br />

e clientes o maior número de dados possíveis”, adaptando-se desta<br />

forma àquela que será a base do negócio pós-venda automóvel num<br />

futuro próximo. A A. Vieira antecipa um futuro com menos players,<br />

“que o mercado se encarregará de filtrar”. Ainda assim, parece ao<br />

responsável que a concentração de negócio, que é já uma realidade<br />

na Europa, “não se verifica no nosso país, nem se prevê que aconteça<br />

tão cedo”. Quanto aos atuais protagonistas do mercado pós-venda<br />

automóvel, José Branco é da opinião que, a curto prazo, fabricantes,<br />

distribuidores, retalhistas e oficinas irão manter-se como estão, embora<br />

já tenha “sinais de que a cadeia está a modificar-se”. Em 2020, a A.<br />

Vieira registou uma quebra de apenas 5%, e espera que os resultados<br />

de <strong>2021</strong> já sejam muito semelhantes aos de 2019. ◆<br />

Administradores<br />

José Branco e António Anjo<br />

Morada<br />

Av.ª D. Miguel, 250, Zona Industrial de<br />

Baguim do Monte, 4435 – 678 Rio Tinto<br />

Telefone<br />

229 773 410/1/2/3<br />

EMAIL<br />

avieira@avieirasa.pt<br />

SITE<br />

www.avieirasa.pt<br />

152 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição ranking: 26º 2º<br />

Volume faturação 2019: 2020:<br />

€51.705.000<br />

€10.028.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

ROMAFE<br />

No ano em que celebra o 75º aniversário, a Romafe decidiu investir<br />

forte em novas marcas e num novo armazém, tudo a pensar<br />

no setor automóvel, de forma a que o cliente olhe para a empresa<br />

como um fornecedor global, em crescimento contínuo. José Carvalho,<br />

administrador, salienta a parceria com a GlobalOne, “uma aliada<br />

que nos permitiu chegarmos às melhores marcas e obter uma rede<br />

de relacionamentos e conhecimentos muito valiosa, permitindo-nos<br />

também ganhar competitividade e ter mais argumentos no setor”. Em<br />

<strong>2021</strong>, a Romafe anunciou a comercialização da marca TRW, com<br />

produtos de travagem e, posteriormente, a Valeo, tendo criado ainda<br />

uma parceria com a TAB, de soluções de baterias. A empresa é ainda<br />

distribuidora exclusiva da marca de óleos Rowe, um desafio que o<br />

responsável classifica como “difícil. Estamos a falar de um mercado<br />

onde existe uma panóplia grande de opções e, por isso, é necessário<br />

que tenhamos fortes argumentos para obtermos quota de mercado.<br />

Acreditamos no potencial da marca e conhecemos a sua qualidade,<br />

ainda estamos só no início”, garante. A pandemia passou «ao de leve»<br />

pela Romafe que, segundo o administrador, “tem uma estrutura sólida<br />

e difícil de abalar. Foram meses de incerteza, mas hoje olhamos para<br />

o futuro com uma grande ambição”. Ainda assim, e mesmo tendo<br />

um stock muito diversificado e extenso, a empresa não conseguiu ficar<br />

de fora das limitações decorrentes da situação pandémica, vendo-se<br />

obrigada a analisar como conseguiria “agir sem prejudicar o cliente”.<br />

José Carvalho afirma que a Romafe “tem lutado contra o aumento de<br />

preços e não prevê aumentos. Contudo, é um fator que não está nas<br />

nossas mãos. Para que o mercado funcione, é necessário preservar e<br />

proteger todos os intervenientes. A preservação dos canais de vendas<br />

poderia ajudar a evitar a perda de margens”, defende. No entanto,<br />

revela que têm “sofrido com as políticas de outros distribuidores e<br />

marcas automóveis que ultrapassaram este canal e vendem diretamente<br />

às oficinas, esmagando as margens”. Sobre a concentração do negócio<br />

da distribuição de peças, considera que esta “obriga as empresas a<br />

diferenciarem-se. Esse tem sido o nosso objetivo: oferecer qualidade a<br />

preços competitivos, no tempo certo e respeitando as regras do mercado”.<br />

José Carvalho destaca o que distingue a Romafe neste meio é<br />

o facto de apenas vender à revenda e, internamente, a preocupação<br />

com os colaboradores, que “são o nosso ativo mais valioso”. Para a<br />

Romafe, 2022 será um ano de consolidação no mercado e a perspetiva<br />

é que seja um ano muito forte: “os nossos clientes podem esperar um<br />

fornecedor global, com serviço - stock elevado e transversal - que<br />

lhes irá permitir aumentar rentabilidade e competir contra todas as<br />

ameaças”, remata. ◆<br />

Administradores<br />

Mónica França, José Vaz e José Carvalho<br />

Morada<br />

Rua Eng. Ezequiel de Campos, 164-182 –<br />

4100-228 Porto<br />

Telefone<br />

226 158 300<br />

EMAIL<br />

romafe@romafe.com<br />

SITE<br />

www.romafe.com<br />

154 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

Posição ranking: 27º<br />

Volume faturação 2020:<br />

€9.407.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

C<br />

M<br />

MF PINTO<br />

MF Pinto, cuja principal área de negócio são os turbos e respetivos<br />

A componentes (assim como os equipamentos de reparação, calibração<br />

e formação), remodelou em 2020 as instalações na Abrunheira,<br />

contando agora com 2.000 m2 de capacidade de armazenamento e<br />

uma melhoria do serviço prestado. Foi criada uma área técnica para<br />

responder com maior celeridade às garantias, o que incrementou “a<br />

capacidade de resposta e a qualidade do serviço”, conta Jorge Costa,<br />

diretor geral da MF Pinto, para quem a loja na Maia também é<br />

“uma aposta ganha”. Apesar da conjuntura difícil, a exportação está<br />

atualmente a funcionar em linha com 2019, e a MF Pinto está ainda<br />

presente em Espanha com a Diesel Turbo Systems, que produz a<br />

marca DTS, “com um balanço claramente positivo”, pois permite<br />

otimizar recursos e aproveitar as sinergias que decorrem, por exemplo,<br />

do processo de importação comum, em certas marcas. A empresa tem<br />

vindo a diversificar o portefólio de marcas e linhas de produto e para<br />

2022 está prevista a incorporação de três novas gamas de produtos<br />

para “alavancar o negócio no mercado português”, adianta o diretor<br />

geral. Desde há dois anos que a empresa iniciou uma estratégia de<br />

diversificação de gamas que não dependam do tipo de motor, para<br />

compensar eventuais perdas de faturação que os veículos elétricos<br />

possam originar e “está a dar resultados. Encaramos a eletrificação<br />

como um desafio, pois quem não perceber o caminho a seguir corre<br />

o risco de desaparecer”, defende. Depois de um ano e meio de pandemia,<br />

os efeitos da crise foram “consideravelmente menores do que<br />

esperado”, para a MF Pinto e a situação só provou que “as empresas<br />

têm que ser dinâmicas e rápidas a ajustarem-se a novas realidades.<br />

Essa flexibilidade é essencial à sobrevivência do negócio”, afirma<br />

Jorge Costa, referindo-se ao desenvolvimento dos canais digitais. No<br />

âmbito do impacto das devoluções, que “pode facilmente ser um problema<br />

no setor”, entende que “é preciso haver regras bem definidas.<br />

Neste capítulo seguimos uma política bastante rigorosa”, comenta.<br />

Jorge Costa antevê a tendência para o aumento do preço das peças<br />

e sustenta uma “gestão rigorosa” para salvar muitas empresas da<br />

perda de margem, um dos maiores desafios do aftermarket nacional.<br />

Quanto ao mercado, é da opinião que “poderá haver uma coabitação<br />

pacífica regulamentada entre fabricantes de automóveis e aftermarket,<br />

onde todos possam ganhar”. O responsável da MF Pinto olha para o<br />

mercado nacional como um espaço “maduro, limitado e muito saturado”,<br />

afirmando que “há poucas empresas portuguesas que olham<br />

para outros mercados, é na exportação que contamos continuar a<br />

crescer. 2020 foi um bom ano para a empresa, crescemos dois dígitos<br />

e encaramos o futuro com otimismo”, finaliza. ◆<br />

Diretor geral<br />

Jorge Costa Pinto<br />

Morada<br />

Sintra Business Park Edifício 5<br />

armazém D Zona Industrial da Abrunheira<br />

Telefone<br />

214 251 740<br />

EMAIL<br />

info@mfpinto.com<br />

SITE<br />

www.mfpinto.com<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

156 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Diesel Injection Turbo Aftermarket<br />

MADRID / SEVILHA<br />

RÉUNION<br />

www.mfpinto.com<br />

Abrunheira (Sede): Sintra Business Park, Zona Industrial da Abrunheira | Edifício 5, Armazém D | 2710-089 Sintra<br />

Telefone: +351 21 4251740 /48 | Email: info@mfpinto.com<br />

Maia: Centro de Negócios da Maia, Rua Albino José Domingues, 611 – Sector IV, Z.I.da Maia | 4470-557 Moreira – Maia<br />

Telefone: +351 22 9436090 /98 | Email: infoporto@mfpinto.com


Empresa<br />

Top100<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição ranking: 28º 2º<br />

Volume faturação 2019: 2020:<br />

€51.705.000<br />

€9.317.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

C<br />

M<br />

ALECARPEÇAS<br />

Alecarpeças surgiu em 1982, ligada à distribuição de produtos<br />

A aftermarket automóvel de origem alemã e nunca mais parou<br />

de crescer até aos dias de hoje. Prova disso, foi a sua integração na<br />

Temot Internacional em 2020, decisão esta, que Pedro Rodrigues,<br />

Administrador da Alecarpeças, não poderia estar mais satisfeito “É<br />

um balanço extremamente positivo. Estamos muito satisfeitos com a<br />

evolução desta parceira, que vai muito para além do fortalecer das<br />

relações com os nossos fornecedores. Estamos ativamente envolvidos<br />

no desenvolvimento de soluções informáticas que serão importantes<br />

mais valias para o futuro da nossa operação. Para além destas valências,<br />

não é menos importante a partilha de experiências com membros do<br />

grupo de diferentes geografias que nos permite ter uma visão global<br />

do nosso ‘mundo’”. Para além desta aposta, a empresa preocupa-se<br />

em ter uma equipa forte e consolidada para responder às necessidades<br />

do mercado. Assim, atualmente, a Alecarpeças conta com 56 colaboradores,<br />

espalhados por uma área total de armazenagem de 2.000m2<br />

divididos entre Estoril, Maia e Lisboa. O que também continuou a<br />

crescer em <strong>2021</strong>, foi o portfólio da empresa. Às 45.000 referências<br />

em stock, que servem 1.000 clientes ativos, vieram juntar-se as marcas<br />

Hella, Delphi, BorgWarner e ERA. Para dar sempre uma melhor e<br />

mais rápida resposta ao cliente, a Alecarpeças continuou a investir na<br />

sua plataforma B2B, “O cliente tem dentro da nossa plataforma todas<br />

a ferramentas para identificar, comprar, registar devoluções, solicitar<br />

garantias e gerir a sua conta corrente. Na prática passa a ter uma<br />

autonomia funcional que aporta claras mais valias na relação com<br />

a nossa empresa”, referiu Pedro Rodrigues. A empresa conta atualmente<br />

com dez pessoas em full time no Call Center, que tem mais de<br />

1.000 interações diárias com clientes pelas mais diversas vias (telefone,<br />

email, Webchat, WhatsApp). Movidos pela força de serem um “fornecedor<br />

global” do aftermarket, nem a pandemia lhes tirou as forças.<br />

Pedro Rodrigues, revelou à TOP100 que atualmente estão a viver um<br />

problema maior, com a gestão de stocks, do que durante a própria<br />

pandemia. “Este é um facto novo que nos obriga a abordar de forma<br />

criativa a questão dos stocks. O departamento de compras e stocks está<br />

a trabalhar ativamente com os nossos fornecedores para monitorizar<br />

as falhas de fornecimento e encontrar alternativas”. ‘Alternativas’ foi<br />

uma das palavras de ordem para a Alecarpeças durante mais de ano<br />

e meio de pandemia, contudo, “foi possível crescer mais de 10% em<br />

2020. Para <strong>2021</strong> continuamos a ter uma perspetiva muito positiva,<br />

sendo que seguramente iremos crescer em relação a 2020”, afirmou<br />

o administrador. Embora ainda não tenha anunciado oficialmente, a<br />

empresa tem vindo a trabalhar no desenvolvimento e constituição de<br />

uma nova rede oficinal que brevemente irá lançar no mercado. ◆<br />

Administrador<br />

Pedro Rodrigues<br />

Morada<br />

Estrada de Manique, 1610,<br />

Armazém 2/3, 2645 - 550 Alcabideche<br />

Telefone<br />

214 602 465<br />

EMAIL<br />

geral@alecarpecas.pt<br />

SITE<br />

www.alecarpecas.pt<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

158 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

Posição ranking: 34º<br />

Volume faturação 2020:<br />

€8.383.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

RODAPEÇAS<br />

Rodapeças tem vindo a ampliar o portefólio de soluções para os<br />

A clientes, com produtos desde peças de reposição auto até ferramentas,<br />

equipamentos, consumíveis ou calçado técnico. A empresa<br />

distribui em exclusivo a marca PADOR que, nas palavras do administrador,<br />

Manuel Vicente, “é uma marca de sucesso, cuja aceitação<br />

tem sido muito superior às expetativas”. Também o Programa de<br />

Fidelização PADOR AUTOSERVICE tem tido “uma evolução muito<br />

favorável, contando com 60 aderentes”, revela. A Rodapeças terminou<br />

2020 em quebra, com o administrador a concluir que a pandemia<br />

trouxe grandes ensinamentos, como a “necessidade de termos as nossas<br />

estruturas muito bem preparadas para nos adaptarmos rapidamente<br />

a mudanças futuras. A gestão do negócio muito rigorosa e atempada,<br />

trouxe-nos alguma tranquilidade em momentos de grande incerteza”.<br />

Além disso, Manuel Vicente sublinha que “as pessoas fazem a diferença<br />

e a equipa foi fantástica”. No que toca ao impacto das devoluções, a<br />

empresa tem tentado mitigar este custo, trabalhando com as principais<br />

ferramentas digitais de identificação de peças para que a que é enviada<br />

seja a correta, havendo na empresa um funcionário responsável pelas<br />

devoluções. Quanto às eventuais falhas de stocks, tem apostado em<br />

reforçar as encomendas e considera que o aumento do preço das<br />

peças é inevitável, bem como a perda de margem, que vem exigir que<br />

se “vendam soluções e se encontrem produtos e canais alternativos”.<br />

Manuel Vicente é da opinião que o endurecimento da legislação em<br />

matéria da segurança dos componentes pode condicionar a atividade<br />

dos distribuidores de peças aftermarket “se não forem dadas ferramentas<br />

ao aftermarket para codificar essas peças”, avisando que se tal não<br />

for feito de forma regulada, “poderemos ter hackers a especializarem-<br />

-se nesta área e o mercado sofrerá com tal situação”. Já no que diz<br />

respeito à eletrificação do parque automóvel, o gerente afirma que<br />

“apesar de vendermos menos peças, o que vendermos também vai ser<br />

de valor acrescido. Temos de nos focar na venda de soluções. Todos os<br />

desafios que o aftermarket tem pela frente, encaramo-los como grandes<br />

oportunidades”. No entanto, Manuel Vicente preconiza uma cada vez<br />

menor separação entre o aftermarket e o mercado de peças originais:<br />

“Se nas peças de viaturas de combustão interna, os fabricantes até<br />

gostariam de ver alguns distribuidores a fazerem esse trabalho, já nas<br />

peças dos veículos elétricos, existirá uma tendência para controlar a<br />

cadeia de distribuição”. A seu ver, os canais de distribuição tradicional<br />

irão manter-se, “mas nem todos os players vão sobreviver. Só ficarão<br />

aqueles que conseguirem apresentar soluções de valor acrescentado<br />

aos seus clientes”, refere. Depois de uma ligeira quebra em 2020, a<br />

Rodapeças retoma os objetivos em <strong>2021</strong>. ◆<br />

Administradores<br />

Sandra Rosa, Pedro Rosa<br />

e Manuel Vicente<br />

Morada<br />

Rua da Tojeira, nº6, Cabeço<br />

3105-056 Carriço (Pombal<br />

Telefone<br />

236 959 3605<br />

EMAIL<br />

geral@rodapecas.com<br />

SITE<br />

www.rodapecas.com<br />

160 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição ranking: 2º<br />

Posição ranking: 38ºVolume<br />

Volume faturação 2019:<br />

faturação 2020: €5.383.000<br />

€51.705.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

APL EXPRESSO<br />

APL Expresso está integrada no grupo Create Business e não se<br />

A cansa de continuar a crescer nos Açores. Presente nos mercados<br />

do arquipélogo e da Grande Lisboa, <strong>2021</strong> foi o ano escolhido pela<br />

empresa para expandir o negócio em terras Açorianas. A nova loja<br />

tem cerca de 500 metros quadrados e distribuição à porta do cliente,<br />

várias vezes ao dia. Para Miguel Lopes, administrador da APL Expresso,<br />

esta novidade “Vem dar continuidade ao plano de expansão<br />

e de afirmação da APL como empresa Açoreana. Trazemos para a<br />

Terceira o mesmo modelo que temos vindo a implementar nas outras<br />

Ilhas, proximidade e foco no cliente profissional, tanto em termos de<br />

produto como nos serviços de valor acrescentado que a Create disponibiliza<br />

às oficinas”. Líderes no mercado Açoriano de distribuição de<br />

peças, para a empresa, continuar a marcar posição na ilha, é ponto<br />

assente. Com uma oferta cada vez mais alargada de linhas de produto,<br />

a APL Expresso destaca a sua marca própria, a Indieparts “ Tem sido<br />

excelente, muito por força da qualidade que exigimos na fabricação,<br />

não é uma marca de linha branca, mas sim uma marca própria com<br />

a qualidade que a Create já habituou o mercado oficinal. Temos neste<br />

momento dez linhas de produto das quais destaco os lubrificantes,<br />

baterias, escovas, turbos, máquinas elétricas, bombas e injetores diesel,<br />

entre outras”, acrescentou o Diretor. A presença da APL na região<br />

de Lisboa também não passa despercebida. Apesar da crise gerada<br />

pela pandemia de Covid-19, Miguel Lopes desde cedo que apostou<br />

em novas técnicas de gestão do negócio “Não ficámos parados à<br />

espera que a crise passasse, redefinimos prioridades, lançámos uma<br />

estratégia de resposta e avançámos. Este investimento na Terceira é<br />

fruto dessa estratégia, bem como Lisboa, digamos que foi uma fuga<br />

para a frente. Este ano já será de franco crescimento, acima dos anos<br />

pré-pandemia”. A perda de margem na comercialização das peças é<br />

algo que preocupa a empresa, para isso, a APL tem investido “numa<br />

logística mais eficiente, quer na compra, quer na distribuição ao cliente”,<br />

para o administrador o segredo passa por “Acrescentar valor à<br />

peça, através de serviços de valor acrescentado que o cliente valorize.<br />

O distribuidor tem de ser muito mais que um fornecedor de peças, tem<br />

de ser um fornecedor de soluções”. Para Miguel Lopes, a vantagem<br />

da empresa estar integrada no Grupo Create é uma mais valia para<br />

enfrentar este e outros problemas. Por isso, num presente próximo, é<br />

com eles que contam para fazer face a possíveis quebras no negócio<br />

na manutenção de veículos elétricos “Esses veículos consomem menos<br />

peças, mas consomem mais serviços e alguém tem de os disponibilizar<br />

ao mercado. Certamente que saberemos viver menos das peças e mais<br />

dos serviços, apenas temos de nos ir preparando e adaptando”. ◆<br />

Administradores<br />

Miguel Lopes e Vasco Lopes<br />

Morada<br />

Rua Cidade do Porto, Lote 2<br />

Zona Industrial de Frielasche<br />

Telefone<br />

214 350 937<br />

EMAIL<br />

aplexpresso@aplexpresso.net<br />

SITE<br />

www.createbusiness.pt<br />

162 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

Posição ranking: 40º<br />

Volume faturação 2020:<br />

€5.177.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

AUTO RECTO<br />

Auto Recto, durante o ano de 2020, conseguiu manter e<br />

A consolidar a sua posição como uma das empresas líderes de<br />

mercado no setor elétrico.<br />

Durante o ano transato, mesmo apesar das circunstâncias de incerteza<br />

provocadas pela pandemia, a firma conseguiu terminar o<br />

ano com saldo positivo.<br />

Foi distinguida como PME Líder 2020. Tratou-se do quarto ano<br />

consecutivo que a firma foi galardoada com este estatuto. De referir,<br />

de resto, em termos de distinções, que a empresa, durante dois<br />

anos, também já obteve o estatuto de PME Excelência.<br />

Relativamente à Plataforma B2B assumiu maior relevo, durante<br />

o ano, em termos percentuais, na faturação da empresa. Esta<br />

ferramenta criada há 5 anos atrás, tem assumido cada vez mais<br />

importância.<br />

Para além disso, a firma, durante o ano, conseguiu ter um stock de<br />

20.000 referências, 50 fornecedores, 1.500 clientes que compraram<br />

com regularidade e conseguiu uma média de 150 despachos por dia.<br />

Em termos de expetativas futuras, a empresa acredita que tem<br />

condições para fechar o ano <strong>2021</strong>, novamente, com saldo positivo<br />

comparativamente ao ano anterior e promete trabalhar arduamente<br />

para o efeito, tendo sempre como premissa servir os clientes Auto<br />

Recto da melhor maneira possível. ◆<br />

Administradores<br />

Alcino Ferreira de Sousa<br />

e Paulo Rodrigues<br />

Morada<br />

Rua Dr. Francisco Silva Pinto, 20-24,<br />

4435 - 403 Ermesinde<br />

Telefone<br />

225 363 920<br />

EMAIL<br />

gerencia@autorecto.com<br />

SITE<br />

www.autorecto.com<br />

164 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

Posição ranking: 50º<br />

Volume faturação 2020:<br />

€4.146.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

JAPOPEÇAS<br />

Japopeças está no mercado há 35 anos e não se lembra em<br />

A tempo algum de ter tantas falhas de stock como atualmente.<br />

Após um ano e meio de pandemia, Luís Almeida, Diretor Geral da<br />

Japopeças revelou à TOP 100 que o último ano lhes trouxe algumas<br />

preocupações “Efetivamente verificamos falhas de stock relevantes e<br />

temos sentido dificuldade em ultrapassar algumas roturas. Este facto<br />

tem um impacto direto nas nossas vendas ao mesmo tempo que significa<br />

uma menor taxa de serviço para o cliente”. Para fazer face às<br />

presentes dificuldades, a Japopeças aumentou o nível médio de stock<br />

permanente por forma a atenuar as falhas de stock que em circunstâncias<br />

normais, não aconteceriam com os valores de referência que<br />

trabalhava anteriormente. Esta escassez de produtos, levou a Japopeças<br />

a repensar o negócio. Como tal, para além do aumento de stocks,<br />

<strong>2021</strong> trouxe à empresa um novo desafio: o aumento dos preços das<br />

peças. O Diretor Geral apresentou-se pensativo sobre esta realidade<br />

“Independentemente do posicionamento do produto, premium ou<br />

outro, os preços das peças já aumentaram em 2020 e irão continuar<br />

a aumentar. O aumento do custo de matérias-primas, da produção,<br />

da logística e em particular do transporte (seja marítimo, aéreo ou<br />

terrestre) numa escala nunca antes vista em tão curto espaço de tempo<br />

terão necessariamente reflexo no preço dos produtos”. Ainda assim,<br />

baixar os braços não é opção, e a Japopeças já tem soluções para o que<br />

se avizinha. Luís Almeida revelou “A concorrência no mercado tem<br />

conduzido invariavelmente as empresas a esmagarem a sua margem<br />

de comercialização por forma a serem competitivas ao nível do preço.<br />

Não se altera esta situação, segue-se um caminho diferente que aposte<br />

na diferenciação através da qualidade superior do serviço prestado,<br />

investindo em novos processos e melhorando continuamente, prestando<br />

um serviço diferenciado e que acrescente valor”. A base do negócio<br />

do pós-venda automóvel está em constante evolução, no último ano<br />

e meio, estar perto do cliente passou a ser uma aventura. Para fazer<br />

face a este afastamento e fazer chegar mais rápido os produtos ao<br />

consumidor a empresa apostou em “novas bases de dados que são<br />

mais depuradas e sofisticadas oferecendo perfis de consumo, histórico<br />

de pesquisas entre outros recursos que poderão ter toda a utilidade<br />

para antecipar necessidades, tendências entre outros”, explicou o<br />

diretor geral. Entre remodelações e atualizações digitais, a empresa,<br />

revelou à TOP 100 que o último ano poderia ter corrido pior “2020<br />

fechamos o ano com 6% de crescimento face ao ano anterior. Para<br />

<strong>2021</strong> temos como prioridade manter o patamar atingido em 2020 e,<br />

se possível, alcançar um ligeiro crescimento”, concluiu. ◆<br />

Diretor geral<br />

Luís Almeida<br />

Morada<br />

Rua Manuel Pais Vieira Júnior, 139,<br />

Zona Industrial das Travessas,<br />

3700 – 309 São João da Madeira<br />

Telefone<br />

256 203 080<br />

EMAIL<br />

info@japopecas.pt<br />

SITE<br />

www.japopecas.pt<br />

166 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

Posição ranking: 52º<br />

Volume faturação 2020:<br />

€4.012.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

PHAARMPEÇAS<br />

Reconhecido como um dos principais retalhistas de peças automóvel<br />

do distrito de Viseu, a Phaarmpeças celebra este ano o 25º<br />

aniversário, com a mesma vitalidade e otimismo que o seu fundador<br />

Carlos Coelho tem sabido pôr em prática ao longo deste quarto de<br />

século. Apesar de ter adquirido já há alguns anos um imóvel para fazer<br />

uma nova sede, com mais espaço e melhores condições de trabalho, o<br />

projeto ficou parado devido à burocracia. Mas já está em negociação<br />

de um espaço maior, que vai permitir dispor de novas instalações<br />

à medida da dimensão da empresa que conta atualmente com 38<br />

funcionários e possui mais de 30.000 referências de 100 marcas de<br />

renome internacional. Possui uma variedade muito ampla de produtos<br />

para o automóvel, desde o pequeno o’ringue até às peças de valor<br />

muito elevado, contando com as principais marcas premium e também<br />

marcas de qualidade média, porque o mercado onde opera tem clientes<br />

para ambos os patamares. A empresa está sempre a acrescentar referências<br />

novas ou marcas que saiba que vão trazer valor acrescentado<br />

ao negócio. A intitulada “pharmácia do automóvel”, para além de<br />

disponibilizar peças das principais marcas do aftermarket, apostou na<br />

entrega direta ao cliente, no apoio técnico às oficinas e na formação<br />

técnica. O seu principal objetivo é fornecer um serviço de entrega<br />

direta e garantir o melhor apoio técnico pós-venda, com a missão de<br />

corresponder cada vez mais às necessidades dos seus clientes. Também<br />

proporciona aos seus funcionários vastas ações de formação, para assim<br />

conseguir um melhor atendimento. Esta empresa tem como principais<br />

valores a integridade, base das relações de confiança entre todos e<br />

a transparência, que cria harmonia entre o cliente e a empresa. A<br />

inovação e desenvolvimento são princípios igualmente patentes desde<br />

1996, que sustentam a necessária produtividade e rentabilidade da<br />

empresa. Atenta e ativa às mudanças do aftermarket, a Phaarmpeças<br />

continua a fazer o seu trabalho de adaptação para não ficar para trás,<br />

sempre assente na qualidade do serviço e dos produtos comercializados.<br />

De modo a fidelizar os clientes, a empresa aposta em várias vertentes:<br />

“Um programa de formação, bom atendimento e boa qualidade de<br />

produtos. Tudo aliado a uma grande proximidade com os clientes e<br />

sempre arranjando as melhores soluções para aos seus problemas”,<br />

adianta o administrador Carlos Coelho. “Vamos continuar a tentar<br />

ser os melhores, sabendo que há bons concorrentes na nossa região,<br />

mas continuarei a investir forte na qualidade das peças que comercializamos,<br />

na formação de excelência com a ATEC e na qualidade<br />

dos meus profissionais que são os melhores”, conclui. ◆<br />

Administrador<br />

Carlos Coelho<br />

Morada<br />

Avenida Tenente-Coronel Silva Simões,<br />

nº 129 - 3515-150 Abraveses, Viseu<br />

Telefone<br />

232 410 270<br />

EMAIL<br />

geral@phaarmpecas.pt<br />

SITE<br />

www.phaarmpecas.pt<br />

168 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


O futuro persegue-nos!<br />

SEDE: VISEU<br />

FILIAL 1: TONDELA<br />

FILIAL 2: OLIV. DE FRADES<br />

Desde 1996<br />

A P H A R M Á C I A D O A U T O M Ó V E L ! ! !<br />

www.phaarmpecas.pt 232 410 270 geral@phaarmpecas.pt


Empresa<br />

Top100<br />

Posição ranking: 62º<br />

Volume faturação 2020:<br />

€3.467.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

FILOURÉM<br />

Perto de completar 20 anos, a empresa familiar especialista em<br />

material de qualidade original ou equivalente para veículos ligeiros,<br />

tem acompanhado o decorrer dos tempos e reforçou a aposta<br />

na comunicação online, com “um saldo muito positivo”, no entender<br />

do gerente da Filourém, Carlos Gonçalves. Ainda que o contacto presencial<br />

continue a ser fundamental para ter um vínculo com clientes<br />

e fornecedores, os meios digitais agilizam diversos processos, afirma.<br />

Distribuidora exclusiva da Original Birth e Japko, a Filourém admite<br />

que existe ainda “muito potencial e espaço para trabalhar” com estes<br />

parceiros, até porque “caso não acreditássemos nesse crescimento,<br />

não seriam duas das nossas mais relevantes marcas”. Entre as mais<br />

recentes incorporações no portefólio, nota para a INA e a BERU, com<br />

“outras marcas premium na calha, estando algumas em negociações<br />

avançadas”, revela. Perante a pandemia, a Filourém não baixou as<br />

vendas, e “continua a trabalhar e a tentar crescer de forma sustentada,<br />

mas a curva de crescimento abrandou um pouco”, tendo ficado<br />

bem claro para o gerente, durante este período, que neste negócio,<br />

“há valores inegociáveis: as vendas são sempre uma referência, mas<br />

a honestidade, a transparência e a vida saíram reforçadas”. Sobre as<br />

maiores dificuldades atuais, Carlos Gonçalves aponta o impacto das<br />

devoluções e ainda das falhas de stock, que define como “um flagelo<br />

geral e transversal no nosso setor”, o que tem levado a “adaptações<br />

e alterações na forma como gerimos o nosso stock” e à “procura de<br />

outras alternativas no mercado, como a realização de mais encomendas<br />

e com maior frequência”. Sobre as leis mais apertadas em matéria<br />

da segurança dos componentes, Carlos Gonçalves não hesita: “A segurança<br />

é fundamental para todos e a tecnologia ajuda muito nesse<br />

sentido. Desde que a legislação seja clara e aplicável por e para todos,<br />

o aftermarket terá que se adaptar”, diz, acreditando que há espaço<br />

no mercado para todos, tanto marcas de origem, como mercado independente.<br />

Já a concentração do negócio da distribuição de peças é<br />

um “fenómeno que está em marcha e vão continuar a aparecer novos<br />

grupos. Havendo prós e contras, é algo que julgamos inevitável e poderá<br />

ser prejudicial a quem se recusar a constituir ou aderir aos mesmos”.<br />

O segredo, considera, será “estarmos atualizados e interpretar os sinais<br />

que o próprio mercado nos vai dando”. Os canais de distribuição terão,<br />

na sua opinião, de se “ajustar e redimensionar, sob pena de alguém<br />

na cadeia perder preponderância”. Depois de um 2020 que “foi um<br />

verdadeiro teste à resiliência, superação e capacidade de trabalho”<br />

das empresas, para <strong>2021</strong> “as expetativas são as melhores, numa lógica<br />

de desenvolvimento, de crescimento e de pensamento positivo”. ◆<br />

Administradores<br />

Carlos Gonçalves e Alzira Reis<br />

Morada<br />

Rua do Ribeirinho, n.° 90,<br />

Apartado 158, 2494 - 909 Ourém<br />

Telefone<br />

249 541 244<br />

EMAIL<br />

geral@filourem.com<br />

SITE<br />

www.filourem.com<br />

170 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

Posição ranking: 73º<br />

Volume faturação 2020:<br />

€3.003.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

C<br />

M<br />

FRaNCECAR<br />

Francecar é responsável pela integração de várias oficinas nos<br />

A conceitos “A Oficina” e “Auto-Check Center”. No entender de<br />

João Carvalho, gerente da empresa, estes tornam-se “parceiros de<br />

negócio muito importantes para a Francecar, porque ao acreditarem<br />

e confiarem em nós ao ponto de entrarem para as nossas redes<br />

obrigam-nos a fazer mais e melhor para os ajudar a desenvolver o<br />

seu negócio”. O mercado tem vindo a mostrar boa recetividade à<br />

marca própria Indieparts, uma marca com garantia «Create», pelo<br />

que a empresa está a alargar as linhas de produto para melhorar<br />

a oferta neste âmbito. No que toca às restantes marcas comercializadas,<br />

a Valvoline e a Sachs foram as mais recentes incorporações<br />

no portefólio. A empresa aposta em campanhas, ações de formação<br />

com componente online, apoio técnico e novas rotas de distribuição<br />

para estar ao lado dos clientes, mesmo em tempo de pandemia. João<br />

Carvalho conta que os efeitos da crise para o negócio da Francecar<br />

foram os que anteciparam e que a pandemia trouxe a capacidade<br />

de reorganização e prevenção de novas crises. Sobre o impacto das<br />

devoluções, o responsável comenta que este é um aspeto que “dificilmente<br />

se consegue controlar”, ao passo que as falhas de stock são um<br />

desafio que se pode contornar “com mais do que um fornecedor para<br />

a mesma linha de produto e criando stocks prevendo a necessidade e<br />

a escassez do produto”. Num futuro próximo, João Carvalho antevê<br />

o aumento dos preços das peças, “devido ao aumento da necessidade<br />

e escassez do produto, assim como os custos logísticos”, de forma que<br />

a perda de margem só pode ser evitada “tentando ser mais eficientes<br />

nos nossos processos”. Com o endurecimento da legislação em matéria<br />

da “segurança dos componentes”, a homologação de peças de<br />

substituição pode aumentar, designadamente para o sistema ADAS. O<br />

gerente da Francecar considera que os distribuidores se devem adaptar<br />

à situação para não verem a sua atividade condicionada. No âmbito<br />

do acesso à informação e aos dados, João Carvalho assegura que é<br />

graças ao apoio da CreateBusiness que a empresa se irá enquadrar<br />

nesta nova realidade. O mesmo defende que é a credibilidade que<br />

dita quem irá ganhar a «guerra» entre as marcas de origem e as de<br />

aftermarket, uma vez que acredita que “tudo depende da confiança<br />

e fidelização que conseguimos transmitir aos clientes”. Face ao aparecimento<br />

dos veículos elétricos, João Carvalho prevê que o negócio<br />

“irá sofrer perdas, que terão de ser compensadas com serviços de valor<br />

acrescentado”; no entanto, esta é uma “oportunidade de conhecimento<br />

mais especializado, que não estará ao alcance de todos”. A concluir,<br />

João Carvalho revela que “atendendo à pandemia e prevendo como<br />

todos, uma retração do negócio, o desempenho em 2020 foi aceitável,<br />

sendo que em <strong>2021</strong> se mantém acima das expetativas”. ◆<br />

Gerente<br />

João Carvalho<br />

Morada<br />

Lugar da Manhosa, Pavilhão 11, E.N.231 –<br />

Ranhados 3500-631 Viseu<br />

Telefone<br />

232 436 243<br />

EMAIL<br />

francecar@createbusiness.pt<br />

SITE<br />

www.createbusiness.pt<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

172 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


y FRANCECAR


Empresa<br />

Top100<br />

Posição ranking: 75º<br />

Volume faturação 2020:<br />

€2.956.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

C<br />

M<br />

POLIBATERIAS<br />

comemorar 25 anos de atividade no retalho de peças, a Polibaterias<br />

tem uma cultura de servir bem o cliente, e, como o<br />

A<br />

prefixo do nome da empresa indica, pretende ter todas as soluções em<br />

energia acumulada para poder dar resposta aos parceiros. O negócio,<br />

que inicialmente era apenas local e regional, foi crescendo e levou<br />

à representação da FIAMM, bem como à distribuição nacional e<br />

alguma exportação, sustentado num crescimento considerável ano<br />

após ano. A parceria com a FIAMM tem já mais de 10 anos e ambas<br />

as empresas desenvolveram a marca no continente, ilhas e PALOP.<br />

“Vemos hoje com satisfação a notoriedade que a marca alcançou<br />

devido a esta sólida ligação e a um trabalho feito com rigor e profissionalismo.<br />

Temos um produto de referência, pois as gamas premium<br />

da FIAMM são fabricadas e possuem a mesma tecnologia das baterias<br />

aplicadas pela marca no mercado original”, explica o diretor geral,<br />

Nuno Guerra. Segundo o responsável, apesar de o mercado estar a<br />

recuperar da crise causada pela pandemia “o vigor e resiliência do<br />

aftermarket português, aliados a um produto que acaba por ser de<br />

1ª necessidade quando estamos a falar de peças automóveis, fez com<br />

que essa mesma crise não se acentuasse em demasia” no negócio<br />

das baterias. No futuro, prevê que continue a existir primazia das<br />

baterias convencionais (chumbo ácidas) em virtude “do exagerado<br />

envelhecimento do nosso parque automóvel. As baterias para sistemas<br />

start-stop mantêm ainda um crescimento consistente, mas ainda longe<br />

dos valores pretendidos”, representando 10% das vendas globais de<br />

baterias de arranque na empresa. Nuno Guerra afirma que as baterias<br />

são “um produto com poucas alterações, no entanto, os sistemas<br />

start-stop e os veículos híbridos vieram intensificar a necessidade de<br />

baterias com maior resistência a ciclos e maior disponibilidade de<br />

potência. Já para os veículos elétricos existe ainda uma possibilidade<br />

muito grande de desenvolvimento de baterias, ou de tecnologias, como<br />

sejam o lítio e o hidrogénio”. Cientes das dificuldades deste mercado,<br />

a Polibaterias continuará a apostar nos distribuidores e na formação<br />

como fundamentais para o crescimento futuro, sempre com um olhar<br />

atento a novas tecnologias e oportunidades de negócio nesta área.<br />

Utilizam as campanhas de marketing e merchandising para manter e<br />

incrementar o «brand awareness», procurando também estar presentes<br />

em eventos de caráter desportivo e social, como o Almada Extreme<br />

Sprint. Depois de um 2020 “de grandes preocupações”, mas com<br />

um crescimento de 9% em relação a 2019, <strong>2021</strong> está a ser “também<br />

um ano desafiante, mas julgamos ser possível terminar de novo com<br />

resultados animadores”, afirma o diretor-geral da Polibaterias. ◆<br />

Diretor geral<br />

Nuno Guerra<br />

Morada<br />

Rua Quinta das Rosas, n.° 13, Zona<br />

Industrial do Casal do Marco, 2840 - 131<br />

Aldeia de Paio Pires (Seixal<br />

Telefone<br />

212 240 931 / 212 699 223<br />

EMAIL<br />

geral@polibaterias.com<br />

SITE<br />

www.polibaterias.com<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

174 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


TITANIUM.<br />

A EXPERIÊNCIA DA FIAMM<br />

AO SERVIÇO DO SEU AUTOMÓVEL.<br />

A FIAMM é a escolha de qualidade para o equipamento original dos fabricantes de automóveis<br />

mais importantes do mundo: a partir dessa experiência nasce um produto 100% italiano,<br />

que garante a máxima fiabilidade, mesmo no mercado de Aftermarket. As baterias da linha<br />

TITANIUM garantem alta potência para as necessidades de energia dos carros mais modernos,<br />

não precisam de manutenção e permitem uma fácil verificação do nível de carga graças<br />

ao sistema Check Control (Olho Mágico).<br />

www.polibaterias.com<br />

geral@polibaterias.com<br />

www.fiamm.com


Empresa<br />

Top100<br />

Posição ranking: 80º<br />

Volume faturação 2020:<br />

€ 2.734.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

NEOCOM<br />

Neocom é uma empresa especializada na reconstrução de direções<br />

assistidas, transmissões e juntas homocinéticas, tendo<br />

A<br />

recentemente adquirido um importante equipamento de teste de<br />

direções elétricas. Deste modo consegue garantir uma reconstrução<br />

rigorosa e fiável das caixas de direção elétricas que comercializa. O<br />

mercado tem vindo a pedir, cada vez mais, produtos reconstruídos<br />

com qualidade e a Neocom prepara-se para responder a esta necessidade<br />

aumentando a sua capacidade de produção. Mas também está<br />

a apostar na venda de peças novas originais, para poder proporcionar<br />

mais uma alternativa aos clientes, sempre com preços base inferior às<br />

peças de origem dos fabricantes. A Neocom é a única empresa deste<br />

setor que vende apenas para o retalho, enquanto a maior parte da<br />

concorrência tem balcões de venda direta às oficinas. “Esta é a nossa<br />

política, pois respeitamos os nossos clientes retalhistas e não queremos<br />

vender diretamente às oficinas, nem temos estrutura para o fazer”,<br />

diz Carlos Abade, gerente. Maior dificuldade tem este responsável<br />

na contratação de técnicos para o trabalho de reconstrução de componentes.<br />

A solução tem sido dar formação aos novos técnicos, de<br />

modo a ficarem habilitados a reconstruir qualquer tipo de caixa de<br />

direção ou transmissões. Nos últimos tempos a empresa tem vindo a<br />

investir na melhoria da imagem e das condições de trabalho dos mais<br />

de vinte colaboradores que atualmente trabalham nas instalações de<br />

Aveiro. Todo o edifício foi remodelado no exterior e internamente a<br />

zona de produção e administrativa tiveram obras de melhoramento.<br />

O forte investimento foi necessário devido ao processo de Certificação<br />

da empresa, que já está em curso e que exige uma reorganização<br />

interna, a nível de procedimentos de trabalho e gestão de stocks. A<br />

maioria das encomendas são ainda feitas pelo telefone, num processo<br />

que será para manter, pois trata-se de um produto muito técnico, que<br />

requer esclarecimentos e uma análise criteriosa sobre a peça pedida.<br />

“É importante que o cliente fale connosco, pois mantém-nos mais<br />

próximos e temos oportunidade de esclarecer dúvidas, em relação à<br />

peça ou à sua instalação, porque ele sabe que somos especialistas e<br />

vamos ajudá-lo a resolver o seu problema”, diz Carlos Abade. Para<br />

este responsável “O facto das vendas das viaturas novas terem vindo<br />

a diminuir por falta de poder de compra, os clientes recorrem mais<br />

ás reparações das viaturas e então a primeira opção de reparação é o<br />

mais económico, recorrendo cada vez mais ás peças reconstruídas”.<br />

Sendo um dos principais players do mercado de distribuição de peças<br />

auto em Portugal, a Neocom não quer perder essa postura e estatuto,<br />

mas respeitando sempre os valores do mercado, enquanto reforça os<br />

elos de ligação com os clientes retalhistas. ◆<br />

Gerentes<br />

Carlos Abade e Rosa Malta<br />

Morada<br />

Rua da Taboeira, Armazém n.° 1, Zona<br />

Industrial da Taboeira 3800 - 266 Aveiro<br />

Telefone<br />

234 302 150<br />

EMAIL<br />

neocomaveiro@neocom.pt<br />

SITE<br />

www.neocom.pt<br />

176 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

Posição ranking: 81º<br />

Volume faturação 2020:<br />

€ €2.728.000<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

X-ACTION<br />

Constituída por três sócios, com a sede em Coimbra e lojas em<br />

Condeixa e Lousã, a X-Action tem atualmente 27 colaboradores e<br />

serve uma rede superior a 300 clientes ativos em Coimbra e arredores,<br />

disponibilizando mais de 40.000 referências em stock. A “X”, como<br />

carinhosamente é conhecida a empresa de Ponte de Eiras pelos seus<br />

parceiros / fornecedores, tem nos valores humanos um dos seus maiores<br />

pilares. No mercado desde 2009, é um distribuidor reconhecido<br />

pela qualidade das marcas que comercializa, e que adquire quer no<br />

mercado nacional, quer no mercado europeu, nomeadamente a marca<br />

francesa de lubrificantes Kennol que continua a ter uma excelente<br />

aceitação por parte dos clientes. A empresa aposta em horários fixos<br />

de entregas para que os clientes possam também eles organizar o<br />

trabalho sem sobressaltos. Disponibiliza uma webshop, para que à<br />

distância de um click possam colocar as suas encomendas. Durante<br />

o período da pandemia a X-Action manteve-se sempre a funcionar,<br />

apesar da quebra significativa de vendas durante os meses de Março,<br />

Abril e Maio. “Tentámos sempre ter uma atitude construtiva perante<br />

os nossos clientes, tentando dentro do possível ajudá-los a adaptarem-<br />

-se a esta nova condição. O objetivo foi sempre manter o mercado em<br />

funcionamento cumprindo escrupulosamente as regras sanitárias que<br />

iam sendo impostas”, refere Filipe Teixeira, sócio gerente da X-Action.<br />

Ao fim de todo este tempo de pandemia faz um balanço ainda assim<br />

positivo: “Fomos obrigados a alterar processos, e a controlar stocks e<br />

tesouraria com ainda mais cuidado, mas continuámos a prestar sempre<br />

os nossos serviços ao cliente. Os stocks são mesmo um problema que<br />

se foi agravando com o decorrer da pandemia, uma vez que foram<br />

começando a faltar ao nível dos fabricantes, obrigando-nos a geri-<br />

-los com a máxima atenção. Claro que tudo isto tem um impacto<br />

significativo no futuro do preço das peças no geral e em particular das<br />

marcas premium. Começamos a receber preçários com atualizações de<br />

preços com muito mais frequência do que antes do Covid.” Assim que<br />

foi possível, a X-Action voltou a realizar formações presenciais. Em<br />

alternativa tem disponibilizado apoio técnico especializado sempre que<br />

os clientes solicitam e a possibilidade de se inscreverem em formações<br />

técnicas on-line, tanto mais que X-Action sempre considerou que a<br />

formação é a ferramenta mais importante para minimizar o impacto<br />

das devoluções no negócio. Tudo o que envolva acesso a informação<br />

é fundamental para a empresa, pelo que mantém parcerias com o<br />

suporte técnico das marcas com que trabalha. A empresa está confiante<br />

que em <strong>2021</strong> consiga recuperar o nível de faturação de 2019. ◆<br />

Gerente<br />

Filipe Teixeira<br />

Morada<br />

Rua do Vale Paraíso - Ponte de Eiras<br />

3020-324 Coimbra<br />

Telefone<br />

239 432 494<br />

EMAIL<br />

info@x-action.pt<br />

SITE<br />

www.x-action.pt<br />

178 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 2º<br />

Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€51.705.000<br />

€17.575.000<br />

Peças para Pesados<br />

MOTORBUS<br />

caminho de abrir uma nova loja em Leiria ainda em <strong>2021</strong>, a<br />

A Motorbus destaca a expansão que já estava “em cima da mesa”<br />

há algum tempo e “que dará frutos em 2022 e nos anos seguintes”,<br />

como explica Pedro Lebre, administrador da empresa. A nova loja<br />

terá uma área de 2,500 m2 e vem permitir também um aumento de<br />

armazenamento e a libertação de área nas lojas de Porto e Lisboa.<br />

Apesar da pandemia, e dos cenários negativos que foram perspetivados<br />

como possíveis, a empresa conseguiu crescer em relação ao<br />

ano transato e manter todas as ações de marketing e de lançamento<br />

de novos produtos, adiando apenas as ações de formação previstas,<br />

devido às limitações impostas pela DGS.<br />

A pandemia veio também acelerar o comercio online e do marketing<br />

digital, “o que se previa ser gradual e acontecer a médio/longo prazo,<br />

aconteceu quase de imediato”, conta, acrescentando que tal levou a<br />

Motorbus “a implementar já um B2B para acesso online ao stock”.<br />

No entanto, apesar deste desenvolvimento, Pedro Lebre assume que<br />

“o contacto online é uma mais-valia, mas não substitui o contacto<br />

presencial”, dai também o reforço da equipa comercial, composto<br />

neste momento por 7 pessoas.<br />

No que toca às devoluções, que “se estava a tornar uma situação<br />

difícil de gerir”, e chegou a levar à restruturação da empresa, com<br />

a colocação de uma pessoa a tratar exclusivamente desta questão, a<br />

Motorbus optou por implementar ações de sensibilização junto dos<br />

clientes, restringindo mesmo as devoluções de algumas famílias de<br />

materiais mais sensíveis: “assumimos isso como uma das condições<br />

de venda, inclusivamente impressa no verso das próprias faturas”,<br />

explica o administrador. As falhas de stock, que estão atualmente a<br />

afetar o mercado e a causar problemas um pouco por toda a atividade<br />

ligada ao setor automóvel, ainda não causaram qualquer disrupção na<br />

Motorbus, que tem antecipado as encomendas e reforçado as quantidades<br />

de peças que estão “dentro de portas”, revela Pedro Lebre,<br />

que ainda assim prevê um incremento no preço das peças, pela falta<br />

de disponibilidade das mesmas: “é a lei da oferta e da procura”, diz.<br />

Em 2020, o desempenho da Motorbus foi “positivo, apesar de todas<br />

as condicionantes”. Durante <strong>2021</strong>, a novidade foi a incorporação da<br />

marca Firestone, com toda a gama de pneumáticos e as expetativas<br />

para este ano “também são bastante positivas pois de certa forma<br />

conseguimos cimentar a nossa posição de mercado nas peças de pesados”,<br />

conclui Pedro Lebre. ◆<br />

Administradores<br />

Óscar Pereira, Joel Lebre e Pedro Lebre<br />

Morada<br />

Rua Monte de Além, Nº 70 -90<br />

4410-268 Canela (Vila Nova de Gaia)<br />

Telefone<br />

227 300 230<br />

EMAIL<br />

motorbus@motorbus.pt<br />

SITE<br />

www.motorbus.pt<br />

180 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 8º 2º<br />

VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€5.554.000<br />

€51.705.000<br />

Peças para Pesados<br />

GLOBAL PARTS<br />

Em constante crescimento, a Global Parts é uma empresa sempre<br />

aberta a novas distribuições, desde que estas acrescentem valor<br />

ao negócio e estejam em linha com a estratégia de qualidade definida.<br />

Em período de pandemia o apoio do departamento técnico da Global<br />

Parts foi “total e constante” e as ações de formação presenciais foram<br />

retomadas no último trimestre deste ano, conta o administrador Miguel<br />

Valentim, que aposta numa grande proximidade aos clientes, com seis<br />

comerciais a trabalhar diariamente na rua e com o acompanhamento<br />

dos sócios da empresa Pedro Martins e Leonel Vinagre. Miguel Valentim<br />

considera que a forma de comprar está a mudar, com tendência<br />

para o online, mas “para sermos bem-sucedidos é muito importante<br />

conhecer os clientes e o seu negócio”, argumenta. Explica que os efeitos<br />

da pandemia foram “francamente menores” do que previram, muito<br />

graças ao aumento da “mobilidade profissional que proporcionou<br />

a logística necessária para servir as pessoas em suas casas”, o que<br />

acabou por manter o negócio “em níveis muito razoáveis”. Um dos<br />

maiores problemas neste momento é a falta de capacidade de grande<br />

parte dos fabricantes de responder às necessidades do mercado em<br />

termos de stock, e a Global Parts está especialmente focada – com<br />

alguns investimentos, até – em minimizar o impacto desta realidade<br />

no dia-a-dia dos clientes, programando as encomendas de forma<br />

antecipada ou através de fornecedores alternativos. O administrador<br />

da empresa acredita que o preço das peças vai continuar a aumentar<br />

e entende que a solução para que os negócios se mantenham viáveis<br />

é “estancar a margem nos níveis em que estão. Além disso, temos<br />

que ser muito rigorosos na atribuição e controlo do crédito”. Sendo o<br />

pós-venda dos veículos pesados cada vez mais desafiante do ponto de<br />

vista tecnológico, a Global Parts tem tentado acompanhar e investir<br />

em formação e tecnologia “de modo a ser reconhecida com uma<br />

referência nesta fase de grande evolução do mercado”. Na opinião de<br />

Miguel Valentim, “o mercado de distribuição de peças em Portugal é<br />

um mercado maduro com muitos players, muitíssimo exigente para<br />

nós. A esta realidade estão associados alguns problemas de fundo,<br />

desde logo o inevitável esmagamento das margens comerciais assim<br />

como a falta de rigor no controlo de crédito. Estas são duas áreas que,<br />

consideramos, não podem ser usadas como argumento comercial.<br />

As empresas de aftermarket já vendem peças originais e as marcas<br />

já vendem produtos de aftermarket. O mais natural será que os dois<br />

canais se aproximem com o objetivo claro de alargar a oferta aos seus<br />

clientes”, defende. A Global Parts manteve a faturação em 2020 e<br />

perspetiva um <strong>2021</strong> “bastante bom a todos os níveis”. ◆<br />

Administradores<br />

Manuel Cardoso e Miguel Valentim<br />

Morada<br />

Complexo Industrial da Granja, Rua 25<br />

de Abril, Armazém D9, 2625 - 607 Vialonga<br />

Telefone<br />

219 660 235<br />

EMAIL<br />

geral@sgp-globalparts.pt<br />

SITE<br />

www.sgp-globalparts.pt<br />

182 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição POSIÇÃO RANKING: ranking: 9º 2º<br />

Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€51.705.000<br />

€4.734.000<br />

Peças para Pesados<br />

Diamantino Perpétua<br />

Diamantino Perpétua há mais de 20 anos que se dedica ao<br />

A comércio de peças novas, usadas e recondicionadas para camiões<br />

Scania. O último ano e meio trouxe à empresa dois tipos de<br />

sensações, inicialmente “receio” e posteriormente “crescimento”.<br />

Apesar de ambas serem distintas, no caso da Diamantino Perpétua,<br />

em <strong>2021</strong> estiveram ligadas “Estes dois últimos anos acabaram por<br />

ser os melhores da Diamantino Perpétua nos seus mais de 20 anos<br />

de existência, culminando pela primeira vez na sua história com a<br />

atribuição do estatuto de PME Excelência”, afirmou a administração.<br />

Para tal feito, os responsáveis revelaram à Revista TOP 100 quais<br />

as estratégias que lhes permitiram manter-se no modo de cima “Na<br />

Diamantino Perpétua existe de facto uma identidade corporativa,<br />

que a torna diferente de outras a operar no mesmo ramo. Desde<br />

logo, a nossa especialização numa marca, Scania, distingue-nos da<br />

maioria dos nossos concorrentes, sendo o fator distintivo mais evidente<br />

a forma como identificamos, catalogamos e referenciamos as peças,<br />

independentemente de as mesmas serem novas, usadas ou recondicionadas”,<br />

para além desta ligação, a formação que fornecem aos seus<br />

colaboradores e elevado stock, tornaram-se nas peças fundamentais<br />

para tal crescimento. Por se distinguirem como uma empresa internacional,<br />

em que a quota de exportação se situa nos 70% do volume<br />

de negócios, marcar uma forte presença no online já fazia parte da<br />

estratégia de marketing digital da empresa. No entanto, os administradores<br />

acreditam que só foi possível atingir números como os deste<br />

ano, devido a esta afirmação digital “Esta cultura e identidade, assente<br />

num investimento continuo em termos informáticos, é facilmente<br />

percetível, por todos os nossos clientes, sendo extensível a todo o universo<br />

do Grupo DP, permitindo dizer que um cliente que visite um<br />

dos nossos espaços, quer seja em Portugal, França ou Paraguai, não<br />

vai encontrar diferenças, essencialmente na forma multidisciplinar<br />

como estamos organizados e na nossa identidade corporativa”. Para<br />

além do digital, das formações e da elevada capacidade de resposta<br />

ao nível de stocks, a administração acredita que a proximidade com<br />

o cliente é meio caminho andado para o sucesso “Um cliente da Diamantino<br />

Perpétua sabe à partida que o atendimento, a assessoria e a<br />

qualidade de serviço será a mesma, quer nos visite presencialmente,<br />

quer nos solicite por qualquer outra forma de comunicação, ou faça<br />

a sua encomenda no site ou na nossa plataforma B2B, a qual já se<br />

encontra instalada em mais de 30 clientes”, revelou a administração,<br />

que não quis deixar de referir a importância da economia circular<br />

para o negócio “Os benefícios aliados à economia circular, onde a<br />

DP é um player importante, manter-se-ão como prioridade e terão<br />

um papel cada vez mais decisivo no futuro”, conclui. ◆<br />

Administradores<br />

Hugo Perpétua e Filipe Pinheiro<br />

mORADA<br />

Zona Industrial Casal Cego, Rua José Silva<br />

Nico, Apartado 113, Marrazes, 2416 – 902<br />

Leiria<br />

Telefone<br />

244 856 117<br />

EMAIL<br />

geral@diamantino.eu<br />

SITE<br />

www.diamantino.eu<br />

184 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 12º<br />

Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€51.705.000<br />

€2.875.000<br />

Peças para Pesados<br />

VICAUTO<br />

Integrada há alguns anos no grupo ADR 98, a Vicauto está consciente<br />

de que esta foi a decisão acertada, com “as mais-valias de<br />

estar presente num grupo muito profissional, especialista em pesados e<br />

que nos ajudou a cimentar a nossa posição como fornecedores globais<br />

de marcas de primeiro equipamento”, diz Ricardo Almeida, diretor<br />

comercial da empresa. Recentemente, a Vicauto acrescentou dois<br />

fabricantes que completam a gama de material de motor, e a empresa<br />

está sempre disponível quer para crescer neste âmbito. Devido à<br />

pandemia, as ações de formação projetadas tiveram de ser adiadas,<br />

mas o apoio ao cliente foi sempre garantido, apesar das restrições<br />

impostas. Ao longo deste ano, a Vicauto desenvolveu várias campanhas<br />

junto dos fornecedores, para aproximar a marca dos clientes.<br />

Com uma equipa de três funcionários ao balcão e um funcionário<br />

no acompanhamento ás oficinas, a empresa tem uma “estratégia de<br />

proximidade” com os clientes, “muitos deles são já nossos amigos”.<br />

Ricardo Almeida sustenta que o contacto presencial continua a ser<br />

fulcral, “ é o que privilegiamos”, e a pandemia veio relembrar quão<br />

importante é. O diretor comercial conta que os efeitos da crise “foram<br />

na verdade menores do que estávamos à espera, o sector dos pesados<br />

não sentiu tanto como o dos veículos ligeiros, porque as mercadorias<br />

continuaram a circular”. Têm trabalhado no sentido de sensibilizar<br />

clientes e comerciais para a correta identificação das peças, para<br />

minimizar o impacto das devoluções e têm recorrido a alternativas<br />

para contornar as falhas de stock. Ter acesso a produtos premium<br />

continua a ser uma prioridade para a Vicauto e, “sendo certo que<br />

os preços neste tipo de produtos não vão baixar, é expectável que se<br />

mantenha o aumento de preços ainda durante o final deste ano e o<br />

início do próximo”, prevê. Perante a evolução do negócio do aftermarket,<br />

Ricardo Almeida considera que “a eletrificação dos veículos<br />

e a condução autónoma são ao mesmo tempo ameaças e oportunidades.<br />

O facto de os nossos principais fornecedores serem fabricantes<br />

de primeiro equipamento dá-nos alguma tranquilidade quanto ao<br />

futuro, pois são eles que estão a desenvolver todas essas tecnologias e<br />

quando passarem para o mercado de aftermarket contamos com eles<br />

e eles connosco”, diz, acrescentando que “o mercado de distribuição<br />

de peças para pesados em Portugal continua a ser muito competitivo<br />

com players importantes e crescimentos acima da média o que dá<br />

um sinal de extrema vitalidade do sector”. Sobre os protagonistas<br />

do mercado pós-venda automóvel, Ricardo Almeida antevê que a<br />

“tendência será a deixar de existir o retalhista”. Na Vicauto, 2020<br />

correu acima das expectativas e espera-se fechar <strong>2021</strong> “a crescer face<br />

ao ano anterior”. ◆<br />

Administradores<br />

Carlos Alberto e João Manuel<br />

Morada<br />

Zona Empresarial do Campo, Lote 47-49<br />

3515-342 Viseu<br />

Telefone<br />

232 451 197<br />

EMAIL<br />

geral@vicauto.pt<br />

SITE<br />

www.vicauto.com<br />

186<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 14º 2º<br />

VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€2.603.000<br />

€51.705.000<br />

Peças para Pesados<br />

VISOPARTS<br />

Ligada ao setor de distribuição de peças para pesados, a nível<br />

nacional, a Visoparts deu em <strong>2021</strong> um passo há muito desejado:<br />

mudou de instalações. Com mais de 1.000 clientes ativos, entre<br />

particulares e empresas, o novo edifício da Visoparts vem permitir<br />

“um atendimento mais rápido, diversificar ainda mais o nosso stock,<br />

disponibilizando com mais produtos e mais variedade de referências”,<br />

revelou José Oliveira, administrador da Visoparts. Certamente que o<br />

ano de <strong>2021</strong> vai marcar a história da Visoparts não só pela mudança de<br />

instalações mas também pela grande aposta no digital. José Oliveira,<br />

revelou à TOP 100 quando decidiram fazer este investimento - “Para<br />

responder aos desafios da pandemia, durante o ano de <strong>2021</strong> lançámos<br />

um novo website, construído a pensar nas necessidades dos nossos<br />

clientes, dando-lhes uma resposta ainda mais rápida. À distância de<br />

um clique, os clientes podem encontrar milhares de produtos das mais<br />

diversas categorias, pesquisar referências, solicitar orçamentos, entre<br />

muitas outras funcionalidades”, afirmou. Estar sempre próximo dos<br />

seus clientes faz parte do ADN da Visoparts, como tal “Acreditamos<br />

que a melhor maneira de apoiarmos os nossos clientes e responder às<br />

suas necessidades, passa por mantermos os stocks elevados e atualizados.<br />

A constante evolução do setor dos veículos pesados e a exigência<br />

saudável dos nossos clientes, desafiam-nos a encontrar novos parceiros<br />

para alargar o nosso portfólio de marcas e gama de produtos”, explicou<br />

José Oliveira. “Apesar de respondermos a muitos pedidos, mantivemos<br />

sempre uma elevada qualidade do serviço, com uma reduzida taxa de<br />

devoluções. É isto o que nos motiva, porque sabemos que as devoluções<br />

são um grande prejuízo para ambos, fornecedores e clientes. Investimos<br />

muito durante muitos anos, para garantirmos a correta identificação<br />

das peças e salvaguardarmos a qualidade dos processos internos - uma<br />

taxa de devoluções reduzida, significa para nós uma elevada satisfação<br />

dos nossos clientes”, afirma o administrador. Para se preparar para os<br />

desafios dos próximos anos, a Visoparts continua a reforçar “as relações<br />

com os melhores fabricantes mundiais, trabalhando com parceiros e<br />

fornecedores que asseguram o fornecimento continuado, com uma<br />

elevada rapidez de resposta”. Para o administrador, “O maior desafio<br />

dos últimos dois anos foi manter uma resposta de qualidade a todos<br />

pedidos, sem interrupções e com uma satisfação total dos clientes, e<br />

isso foi conseguido de forma exemplar”. ◆<br />

Administradores<br />

José Carlos Oliveira e Olga Oliveira<br />

Morada<br />

Parque Industrial Coimbrões,<br />

Estrada Principal, 3500 – 618 Viseu<br />

Telefone<br />

232 471 427<br />

EMAIL<br />

geral@visoparts.com<br />

SITE<br />

www.visoparts.com<br />

188 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


ATACAMOS EM<br />

TODAS AS FRENTES<br />

LIDERANÇA FAZ-SE COM QUALIDADE<br />

www.visoparts.com<br />

CERTIFICAÇÃO ISO9001 APCER


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 2º 3º<br />

VOLUME Volume faturação DE NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€51.705.000<br />

€10.310.000<br />

EQUIPAMENTOS<br />

LUSILECTRA<br />

Lusilectra, empresa pertencente ao Grupo Salvador Caetano,<br />

A está presente em Portugal e Espanha, nomeadamente, no Porto,<br />

Carregado e Madrid, onde desenvolve as suas quatro áreas de negócio:<br />

Acessórios Especiais Automóvel, Empilhadores, Equipamentos para<br />

Oficinas e Centros de Inspeção e Ferramentas Profissionais. Sendo<br />

uma empresa Internacional, para António Garrido, Diretor Técnico<br />

da Lusilectra, 2020/<strong>2021</strong> era imprescindível apostar na evolução<br />

tecnológica dos seus equipamentos oficinais. Para realizar uma aposta<br />

certeira, a empresa apostou em três pontos chave: “Constante análise<br />

de mercado e tendências; a seleção rigorosa de fornecedores, e o facto<br />

de estarmos inseridos no Grupo Salvador Caetano faz com que sejamos<br />

cada vez mais exigentes”. António Garrido, explicou ainda à TOP<br />

100 que “o facto de estarmos inseridos no Grupo Salvador Caetano,<br />

permite-nos também acompanhar de mais perto toda a evolução<br />

tecnológica do setor automóvel, fazendo com que estejamos mais<br />

atentos à inovação. A constante formação dos nossos colaboradores<br />

é também um ponto chave para acompanhar a transformação digital<br />

que vivemos, colocando ao serviço dos nossos clientes todo esse esforço<br />

de evolução”. Os bons números obtidos durante este ano <strong>2021</strong> não<br />

eram possíveis, segundo António Garrido, se não fossem as pessoas,<br />

tanto clientes como vendedores. Como tal, o Diretor Técnico revelou<br />

à TOP 100 qual o segredo para conseguirem fidelizar os seus clientes<br />

num ano tão atípico como o presente “Distinguimo-nos, neste mercado<br />

altamente competitivo, pela nossa ampla e completa gama de<br />

equipamentos e ferramentas bem como, pelos serviços de pré e pós-<br />

-venda que disponibilizamos aos nossos clientes”. Gestão de projetos,<br />

aconselhamento e acompanhamento comercial, assistência técnica,<br />

formação teórica e prática, elaboração de layouts, contratos de assistência<br />

e manutenção, máquinas de substituição, soluções “chave na<br />

mão” e possibilidade de leasings, rentings e alugueres, são alguns dos<br />

pontos chave que distinguem a atuação da Lusilectra no mercado dos<br />

equipamentos oficinais. Atualmente contam com uma ampla gama<br />

de ferramentas manuais, elétricas, pneumáticas e ainda ferramentas<br />

especiais para as mais diversas aplicações do ramo automóvel. Em<br />

termos de ferramentas dispõem de mais de 5.000 referências. Segundo<br />

António Garrido, a maioria destes equipamentos são comercializados<br />

na Alemanha, o que indiretamente cria no cliente um sentimento de<br />

confiança e qualidade. Questionado sobre a possibilidade de aumentar<br />

mais ainda a gama de produtos, António Garrido, afirmou à TOP<br />

100 que vêm aí novidades “Atendendo à constante evolução técnica<br />

e mutação do mercado automóvel, estamos constantemente em busca<br />

de novas soluções que nos permitam satisfazer os nossos clientes”. ◆<br />

Diretor geral<br />

Raul Vergueiro<br />

Morada<br />

Rua Eng. Ferreira Dias, 953/993<br />

4100-247 Porto<br />

Telefone<br />

226 198 750<br />

EMAIL<br />

lusilectra@lusilectra.pt<br />

SITE<br />

www.lusilectra.pt<br />

190 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 4º 2º<br />

VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€9.978.000<br />

€51.705.000<br />

EQUIPAMENTOS<br />

BOLAS<br />

Com 56 anos de experiência, a Bolas disponibiliza atualmente um<br />

portefólio de cerca de 30 marcas, das quais 12 de ferramentas<br />

e equipamentos para as oficinas automóvel (Beta, Ravaglioli, IPC,<br />

Biemmedue, Winntec, Telwin, Raasm, Fini, Ecoservice, Asturo-Mec,<br />

Schumacher e Metabo), área que totaliza em torno de 15 mil referências.<br />

O setor automóvel constitui mais de um terço da atividade<br />

da empresa, razão pela qual a Bolas continua a investir fortemente<br />

na área desde 2012, introduzindo em média uma marca nova por<br />

ano. As linhas de produtos estão em constante crescimento e, recentemente,<br />

foram anunciadas diversas novidades, com especial enfoque<br />

nas marcas Beta e Telwin. Rui Bolas, o diretor-geral da empresa,<br />

refere que há equipamentos oficinais na área do diagnóstico auto,<br />

cabines de pintura ou extração de fumos que não comercializam,<br />

mas conseguem “dar resposta à grande maioria das necessidades”,<br />

elencando enquanto mais valias “o know-how, as marcas premium,<br />

a relação qualidade preço dos produtos, os serviços disponibilizados,<br />

a equipa de 60 colaboradores comprometida em bem servir e a política<br />

de proximidade, rigor e transparência”. A Bolas é reconhecida<br />

pelo serviço e apoio técnico que presta, tanto ao nível da formação e<br />

demonstração pré-venda, como ao nível do pós-venda, que o diretor<br />

defende que tem de ser “rápido e eficiente e isso obriga-nos a investir<br />

bastante nesta área, porque o desenvolvimento dos nossos parceiros<br />

é também o nosso” afirma. A empresa dispõe de dois centros de assistência<br />

técnica, um na sede, em Évora, e outro na delegação Norte,<br />

em Perafita (Freixieiro), com 12 colaboradores. Para Rui Bolas, “a<br />

nossa missão passa por representarmos marcas líderes e oferecermos<br />

soluções de qualidade para a indústria em geral, criando valor de<br />

forma sustentada”. A empresa utiliza as ferramentas digitais que tem<br />

ao dispor, nomeadamente o website e as redes sociais, e pretende dar<br />

seguimento às ações de formação online, iniciadas em período pandémico,<br />

dada a “extraordinária adesão e recetividade dos clientes”,<br />

assim como as videochamadas para assistência técnica pela redução<br />

dos tempos de resposta. A pandemia acabou por afetar menos a Bolas<br />

do que o previsto, tendo, segundo o diretor-geral, reforçado “urgência<br />

da transformação digital e a necessidade de as empresas serem<br />

ágeis e flexíveis”. O responsável considera que com “a qualidade<br />

dos equipamentos, do serviço prestado, dos recursos humanos, bem<br />

como a eficiência, a proximidade e a seriedade, os desafios continuarão<br />

também a ser excelentes oportunidades para vingar, desde que<br />

exista capacidade de adaptação às diferentes realidades com que nos<br />

viermos a confrontar”. Em <strong>2021</strong>, a Bolas espera ter um crescimento<br />

de dois dígitos face a 2019. ◆<br />

diretor geral<br />

Rui Bolas<br />

Morada<br />

Rua Sebastião Mendes Bolas, n.° 7,<br />

7002 - 501 Évora<br />

Telefone<br />

266 749 300<br />

EMAIL<br />

geral@bolas.pt<br />

SITE<br />

www.bolas.pt<br />

192 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 6º 2º<br />

VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€4.602.000<br />

€51.705.000<br />

EQUIPAMENTOS<br />

COMETIL<br />

imagem de marca da Cometil, empresa especializada na distribuição<br />

de equipamentos e consumíveis para o pós-venda automóvel,<br />

A<br />

sempre foi dispor de equipamentos de qualidade com especial atenção<br />

ao preço. Assim sendo, para continuar a crescer, a empresa confia<br />

nos fabricantes Hunter, BlitzRotary, Hazet, Vigor, Buttler, Cemb,<br />

Waeco, Omer e AHS. Para além de possuírem um forte portfólio,<br />

Irene de Jesus, administradora da Cometil, revelou à TOP 100 que a<br />

“versatilidade da empresa também tem sido meio caminho andado<br />

para o sucesso do negócio “A versatilidade da empresa permite-nos<br />

projetar soluções de negócio para uma pequena empresa de serviços<br />

rápidos, como também desenhar um projeto “chave na mão” para<br />

uma oficina OEM que representa um fabricante de veículos automóveis”.<br />

Numa altura em que é cada vez mais complicado a fidelização<br />

dos clientes, a Cometil tem apostado em “conhecer, estudar, projetar,<br />

formar e criar resultados no negócio do cliente”. Para que seja possível<br />

concluir todos estes processos com distinção, a Cometil apoia os seus<br />

clientes com a realização de ações de formação “Para nós qualquer<br />

solução de negócio inclui formação, numa fase inicial para dotar a<br />

equipa da unidade oficinal dos conhecimentos que permitam utilizar<br />

as ferramentas e os equipamentos que foram adquiridos, mas também<br />

formar sobre o modo de venda dos serviços que os mesmos asseguram.<br />

Posteriormente realizamos ações de formação de seguimento,<br />

isto para garantir que as boas práticas serão mantidas e reforçadas<br />

na dinâmica da oficina”, explicou a administradora. A evolução na<br />

indústria automóvel é uma constante, o que leva os fabricantes de<br />

ferramentas e equipamentos a apresentarem novos produtos, a Cometil<br />

também está inserida neste processo evolutivo. Ainda para o decorrer<br />

deste ano, “Contamos apresentar a solução criada pela Hunter para<br />

a calibração dos sistemas ADAS e continuar a divulgação do sistema<br />

Quick Check Drive, também da Hunter”. No presente ano, “os produtos<br />

pelos quais os clientes mais nos procuram são as máquinas de<br />

verificação e ajuste da geometria dos ângulos da direção e suspensão<br />

da Hunter”, revelou. Para o futuro, Irene de Jesus prevê que haja uma<br />

“mudança” no mercado de ferramentas e equipamentos para oficinas.<br />

Focada já em trabalhar no atual portfólio, para a administradora é<br />

necessário continuar a pensar que vão sempre existir veículos, sejam<br />

eles “Movidos a energia elétrica ou a combustíveis fósseis estes veículos<br />

continuarão a ser utilizados, no entanto, o cenário de mudança via<br />

exigir agilidade, visão e capacidade de adaptação à nova realidade<br />

a todas as organizações que operam nesta indústria”. Ainda assim,<br />

apesar de todas as mudanças, a Cometil no presente ano “manteve<br />

os níveis de vendas e faturação, embora tenha sido um período vivido<br />

com apreensão”, concluiu Irene de Jesus. ◆<br />

Administrador<br />

Pedro de Jesus<br />

Morada<br />

Rua Cidade de Amesterdão, 4,<br />

Parque Industrial do Arneiro,<br />

2660 - 456 S. Julião do Tojal (Loures)<br />

Telefone<br />

219 379 550<br />

EMAIL<br />

geral@cometil.pt<br />

SITE<br />

www.cometil.pt<br />

194 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 7º 2º<br />

VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€3.964.000<br />

€51.705.000<br />

EQUIPAMENTOS<br />

C<br />

M<br />

CETRUS<br />

CETRUS atua no mercado português de equipamentos para<br />

A oficinas automóvel e indústria há 30 anos, sendo atualmente uma<br />

referência no mercado neste setor. Baseia o seu dia-a-dia na manutenção<br />

e reforço do seu reconhecimento ao nível da excelência e profissionalismo<br />

em todas as vertentes do negócio. Criar soluções inovadoras, de alta<br />

qualidade, a preços bastante competitivos e capturar oportunidades<br />

de negócio é a missão que acompanha diariamente os colaboradores<br />

da empresa, que já instalou mais de 1.000 oficinas. Jorge Costa, administrador<br />

da CETRUS, enaltece o trabalho da equipa ao longo destas<br />

três décadas de atividade, caracterizado por uma atitude de constante<br />

busca de soluções, sempre baseadas numa filosofia e ética coerentes e<br />

honestas com clientes, fornecedores e colaboradores. A Cetrus conta<br />

atualmente com mais de 30 marcas representadas, oriundas de vários<br />

pontos do Globo e com as quais trabalha no sentido de fornecer aos<br />

seus clientes, projetos chave na mão. As mais relevantes são: Nova Verta,<br />

Spanesi, Space, Power System, Piusi, Ecodora, IRT, Drester, Boxo,<br />

entre outras. A marca Nova Verta tem e teve sempre uma importância<br />

fulcral na CETRUS. Primeiro porque foi a primeira marca da empresa<br />

e porque continua a ser a marca principal. A cumplicidade e sinergias<br />

criadas ao longo de quase 30 anos permitiram realizar obras de muito<br />

grande, média e pequena envergadura, fruto da forma construtiva do<br />

produto, a grande relação de parceria e todo o know-how partilhado. A<br />

génese da CETRUS vem do setor industrial, onde o projeto é condição<br />

obrigatória, portanto a visão da importância do projeto já vem do início<br />

da atividade. “Entendemos que antes de propor algum equipamento a<br />

um cliente, temos de propor uma solução e por conseguinte o desenvolvimento<br />

do layout é o primeiro passo para uma oficina eficaz e produtiva.<br />

Podemos contar mais de 2.000 projetos ao longo da nossa atividade,<br />

sendo que investimos todo o nosso know-how e todo o nosso carinho<br />

em cada um, desde projetos para o Metro de Lisboa até projetos para<br />

pintar bicicletas, há de tudo um pouco”, refere Jorge Costa, administrador.<br />

Relativamente à gama de equipamentos, destaca-se o armário<br />

multi-serviços denominado “Tower Service”, que tem tido uma grande<br />

aceitação no mercado. “Nesta torre concentramos a maior parte das<br />

necessidades do mecânico: distribuição de óleos, ar comprimido seco e<br />

lubrificado com regulação, eletricidade, água, aspiração de óleo usado,<br />

anti-congelante, gambiarra sem fios, lixo e papel de limpeza. Com a evolução<br />

do mercado e o aparecimento em grande escala da nova tendência<br />

que é o mobiliário oficinal, desenvolvemos uma solução de mobiliário<br />

que agrega todas as mais valias da torre de serviço e ainda acrescenta<br />

arrumação e permite integrar outros módulos de mobiliário, dando à<br />

oficina um aspeto profissional e moderno”, conclui Jorge Costa. ◆<br />

Administrador<br />

Jorge Costa<br />

Morada<br />

Rua dos Queimados, 59<br />

4760-056 Vila Nova de Gaia<br />

Telefone<br />

252 308 600<br />

EMAIL<br />

cetrus @cetrus.pt<br />

SITE<br />

www.cetrus.pt<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

196 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 9º 2º<br />

VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€3.670.000<br />

€51.705.000<br />

EQUIPAMENTOS<br />

KROFTOOLS<br />

Atualmente, a Kroftools dispõe de uma gama de ferramentas e<br />

equipamentos com mais de 2.500 referências. Desde a simples<br />

chave-de-fendas aos mais sofisticados meios de elevação, procura<br />

atualizar constantemente a oferta nos mercados em que está presente,<br />

tendo adicionado recentemente roupas técnicas ao portefólio, bem<br />

como adaptou a linha de produtos dedicados à iluminação. Os produtos<br />

Kroftools mais procurados pelas oficinas são os que estão ligados à<br />

elevação e as ferramentas específicas e manuais. “Os nossos clientes,<br />

quando escolhem os nossos produtos, sabem que vão ter ao seu dispor<br />

uma ferramenta de elevada performance que lhes vai proporcionar um<br />

serviço de excelência”, afirma José Bárbara, diretor-geral da empresa,<br />

que tem apostado numa forte dinamização do canal de Youtube, com<br />

vídeos demonstrativos, tutoriais e esclarecimentos sobre os produtos<br />

comercializados. <strong>2021</strong> foi um ano de desenvolvimento a nível digital,<br />

com a reformulação da imagem do site, a criação de um blog, assim<br />

como o reforço das newsletters e da presença nas redes sociais. Junto<br />

dos distribuidores, não descuram as campanhas, muito menos a melhoria<br />

constante da área reservada do site com informação técnica<br />

complementar. O diretor-geral da empresa prevê que, a médio prazo,<br />

as oficinas se terão de adaptar aos veículos elétricos, mas defende<br />

que, neste momento, a maior ameaça ao negócio do aftermarket<br />

é “a inflação dos preços que está a ocorrer devido ao aumento do<br />

preço dos transportes e das matérias-primas”. Por outro lado, tanto o<br />

B2B como o B2C estão “em constante desenvolvimento, levando as<br />

empresas a investir mais nesta área para se manterem competitivas”,<br />

argumenta. Com os níveis de exigência a subir, no que toca ao mercado<br />

de distribuição de equipamentos oficinais, em que “a qualidade é um<br />

fator diferenciador primordial”, as oficinas têm efetuado um maior<br />

investimento a nível de equipamentos para poderem prestar um serviço<br />

de excelência aos seus clientes, o que deixa José Bárbara com as<br />

“melhores expetativas para os próximos anos”. A Kroftools saiu mais<br />

coesa de 2020, “com o espírito de equipa e de interajuda reforçada”<br />

conseguindo alcançar um aumento do volume de vendas em relação<br />

a 2019 e com expetativas que o mesmo se verifique em <strong>2021</strong>”. “Tendo<br />

em conta o período pandémico que vivemos, 2020 acabou por ser<br />

um ano positivo. Relativamente a <strong>2021</strong> estamos numa fase positiva e<br />

projetamos um crescimento no volume de vendas acima dos 20% face<br />

a 2020”, conta, acrescentando que, para tal, “foi fundamental ter uma<br />

liderança eficaz, com uma estratégia bem definida e manter a equipa<br />

focada nos objetivos traçados de modo a corresponder às necessidades<br />

de quem nos procura”, explica o responsável da Kroftools. ◆<br />

diretor geral<br />

José Bárbara<br />

Morada<br />

Rua da Devesa, nº 8<br />

4755-307 Barcelos (Martim)<br />

Telefone<br />

253 200 250<br />

EMAIL<br />

geral@kroftools.com<br />

SITE<br />

www.kroftools.com/pt<br />

198 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


HÁ MAIS DE 32 ANOS<br />

NO MERCADO<br />

WHEREVER WE GO, WE GO TOGETHER<br />

KROFTOOLS<br />

WWW.KROFTOOLS.COM


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 16º 2º<br />

VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€1.489.000<br />

€51.705.000<br />

EQUIPAMENTOS<br />

C<br />

7<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

CM<br />

MY<br />

MY<br />

CY<br />

CY<br />

CMY<br />

CMY<br />

K<br />

C<br />

M<br />

MGM<br />

Inserida na área da comercialização e assistência técnica de equipamentos<br />

de oficinas do ramo automóvel, concretamente na montagem<br />

e reparação de elevadores para viaturas, compressores de ar e<br />

máquinas de lavar de alta pressão, entre outros equipamentos de oficina<br />

auto e respetivos acessórios (com milhares de referências disponíveis), a<br />

MGM dispõe ainda dos serviços de aluguer destes equipamentos. Manuel<br />

Guedes Martins, administrador que dá nome à empresa MGM,<br />

explica que o serviço de assistência técnica disponibilizado aos clientes<br />

“é pautado pelo profissionalismo, rigor, credibilidade e prontidão na<br />

resposta”. Apesar de ser uma pequena empresa, “procura ter uma<br />

atitude proativa, de melhoria contínua e constante atualização”, para<br />

dar aos clientes “tranquilidade ao nível dos equipamentos que adquiriram”,<br />

esclarece. A MGM possui um website e uma página comercial<br />

no Facebook e o responsável considera que é “importante reforçar a<br />

presença digital”, onde há “novas oportunidades de negócio”. Manuel<br />

Guedes Martins notou que a pandemia causou uma redução<br />

substancial do número de solicitações de serviços de manutenção<br />

de produtos e, ainda que a situação já esteja normalizada, sente-se<br />

“algum receio, por parte de algumas empresas, que adiam intenções<br />

de investimento ao nível da manutenção e aquisição de novos equipamentos”.<br />

Internamente, os “momentos de incerteza e turbulência<br />

contribuíram para o fortalecimento da empresa e a melhoria da gestão<br />

em contexto de crise”, afirma, com a empresa a conseguir “conduzir<br />

o negócio «contra a corrente», tendo tido um resultado muito positivo<br />

ao nível da faturação”. Olhando para o futuro, o responsável<br />

é da opinião de que a massificação ao nível da comercialização de<br />

veículos elétricos no nosso país ainda vai demorar algum tempo até<br />

110<br />

407<br />

ser completamente concretizada, e “o cenário atual não irá mudar<br />

muito pois as oficinas continuarão a ser solicitadas para a manutenção<br />

preventiva e curativa. Pese embora o facto de o carro ser elétrico, o<br />

mesmo continuará a exigir um sistema cada vez mais sofisticado de<br />

suspensão, com necessidade de alinhamento e revisão”. A evolução do<br />

negócio de aftermarket vai exigir da MGM “estar atenta à concorrência<br />

e monitorizar o mercado, sendo proativa na adoção de medidas, oferta<br />

de serviços e produtos/equipamentos, que possam ir ao encontro às<br />

necessidades e expetativas dos clientes”, considera. Manuel Guedes<br />

Martins diz que a “MGM pretende continuar a apostar na melhoria<br />

contínua da prestação dos seus colaboradores, através da formação,<br />

e no aperfeiçoamento da componente organizativa, bem como no<br />

reforço/atualização de meios informáticos”. A expetativa para o ano<br />

em curso é de “conseguir aumentar o volume de faturação, na ordem<br />

de 1% a 2%”, remata. ◆<br />

Administrador<br />

Manuel Guedes Martins<br />

Morada<br />

Rua do Agro, n.° 150,<br />

4410 - 089 Serzedo - Vila Nova de Gaia<br />

Telefone<br />

227 642 722 / 914 068 071<br />

EMAIL<br />

geral@mgm.com.pt<br />

SITE<br />

www.mgm.com.pt<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

200 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


PME líder ‘20<br />

PME líder ‘19<br />

PME líder ‘18 excelência ‘17<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Electrohydraulic 2-ram inground lift equipped<br />

with adjustable arms<br />

Elévateur encastré à 2 vérins électrohydraulique<br />

à bras réglables<br />

Elektrohydraulische Unterflur Stempelbühne<br />

mit 4-2-Fach Teleskop-Hebearmen<br />

A<br />

B<br />

<br />

2020<br />

2050<br />

MIN. 100<br />

2448<br />

MAX. 175<br />

ø140<br />

D<br />

270<br />

670<br />

670<br />

1300 1300<br />

ASSISTÊNCIA TÉCNICA 24H<br />

C<br />

E<br />

Motore trifase<br />

Three-phase motor<br />

REPARAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ELEVADORES<br />

Moteur triphasé<br />

Netzspannung<br />

mm mm mm mm mm<br />

2005 3500 Kg 3 KW 400V • 50HZ 1335 1588 386 2300 2525 1140<br />

2005/L 3500 Kg 3 KW 400V • 50HZ 2285 2538 386 2600 2825 1300<br />

Rua do Agro, 150 - 4410-089 Serzedo | Tel.: 227 642 722 | Tlm.: 914 068 071 | email: geral@mgm.com.pt | www.mgm.com.pt<br />

<br />

PORCAS DE ELEVADOR<br />

47<br />

OMCN 01 OMCN 03 OMCN 04 OMCN 05 RAVAGLIOLI O9 RAVAGLIOLI 10<br />

RAVAGLIOLI 14 CASCOS 16 RAVAGLIOLI 12 OMCN 02 ORLANDINI 21<br />

MGM A SUA ESCOLHA<br />

PARA ASSISTÊNCIA TÉCNICA<br />

DA SUA EMPRESA<br />

Rua do Agro, 150 - 4410-089 Serzedo | Tel.: 227 642 722 | Tlm.: 914 068 071 | email: geral@mgm.com.pt | www.mgm.com.pt


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 22ª 2º<br />

VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€967.000<br />

€51.705.000<br />

EQUIPAMENTOS<br />

MEGANOR<br />

Em 20 anos, o crescimento da Meganor foi exponencial. Nasceu<br />

da vontade de dois sócios, num espaço de 80m2 e hoje estende-se<br />

por duas amplas instalações com área para armazenamento. Jorge<br />

Pinheiro é o fundador e gerente de uma casa que tem paulatinamente<br />

cimentado o seu lugar no setor. A empresa surgiu focada na distribuição<br />

de ferramentas, equipamentos e todo o tipo de material para<br />

a manutenção automóvel, sempre com uma matriz: ter a máxima<br />

qualidade. Sedeada em Soutelo, Vila Verde, perto de Braga, dispõem<br />

de um amplo espaço de exposição e armazenagem, assim como salas<br />

de formação e um Centro de Assistência Técnica. Este ano adquiriu<br />

novas instalações, onde terá um showroom para maquinaria pesada<br />

e ainda um armazém. Atualmente tem treze colaboradores, entre eles<br />

uma equipa de cinco comerciais, aos quais se juntou recentemente mais<br />

um para cobrir toda a área que se estende de Coimbra ao Algarve.<br />

Desta forma, a Meganor consegue chegar a todo o país. “Existe uma<br />

equipa diária que tem uma rota definida. Em cada dia da semana tem<br />

uma zona a visitar e claro que são eles que tratam das vendas. Depois<br />

temos algo inovador, devido à parceria com a Bahco, dispomos de<br />

um centro de assistência técnica. Assim, criámos, este ano, mais uma<br />

equipa de assistência. Além de fazermos assistência técnica nas nossas<br />

instalações, também temos dois carros equipados para o fazer junto<br />

das oficinas nossas clientes”, refere Jorge Pinheiro. A Meganor sempre<br />

teve como principal objetivo o cliente final, e como foi precisamente<br />

essa a origem da empresa, não a querem abandonar. No entanto, com<br />

o passar dos anos, o retalho também se tornou interessante e ajudou a<br />

chegar ao lugar onde agora se encontram. “Temos novas importações,<br />

novas marcas representadas, de maneira que possuímos uma gama<br />

muito grande de produtos. Em 2020 entrámos no mundo do Car<br />

Audio, chegámos às grandes superfícies, que também era um grande<br />

objetivo nosso. Temos contratos celebrados, mas queremos cobrir o<br />

país todo”, conclui Jorge Pinheiro. Para o futuro a ideia é aumentar<br />

o portefólio de marcas. O Car Audio já é um complemento para<br />

além da necessidade da oficina, mas a expansão para outras áreas é<br />

sempre boa. Ainda assim, há sempre quem procure a Meganor para<br />

fazer o básico de oficina, até porque foi desta forma que começaram<br />

e que ficaram conhecidos por muitos clientes. Questionado sobre o<br />

ano de 2020 e as perspetivas para <strong>2021</strong>, Jorge Pinheiro fez questão<br />

de dizer que no ano transato cresceram 35%, graças ao investimento<br />

em pessoal e também na dinamização das marcas que comercializa.<br />

Face à pandemia, o responsável deixou claro junto dos colaboradores<br />

que iria fazer tudo o que estava ao seu alcance para segurar os postos<br />

de trabalho e nunca fecharam. ◆<br />

Gerente<br />

Jorge Pinheiro<br />

Morada<br />

Centro Empresarial de Soutelo<br />

Pavilhão 18, L. Larim, Soutelo<br />

4730-581 Vila Verde<br />

Telefone<br />

253.922.315<br />

EMAIL<br />

meganor.lda@gmail.com<br />

SITE<br />

www.meganor.com<br />

202 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 2º<br />

Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€51.705.000<br />

€6.404.000<br />

Repintura<br />

LTINTAS<br />

LTintas é um distribuidor de produtos, equipamentos e acessórios<br />

para a repintura automóvel, há 43 anos no mercado, sendo<br />

A<br />

reconhecida pela variedade de soluções de pintura e pela excelência do<br />

serviço de aconselhamento e assistência técnica. Atualmente dispõe<br />

de 5 lojas, onde vende diretamente ao público os produtos para a<br />

repintura automóvel. A força de vendas, está reforçada com 3 equipas<br />

comerciais especializadas na repintura automóvel, que visitam e vendem<br />

diretamente nas oficinas dos clientes nas regiões de Setúbal, Évora<br />

e Beja. “O nosso slogan “Temos experiência, Garantimos soluções!”,<br />

transmite a nossa maneira de atuar no mercado, a nossa experiência<br />

permite garantir que nenhum cliente fique sem o aconselhamento ou<br />

solução indicada para a sua necessidade”, refere Bruno Pereira, diretor<br />

geral da LTintas. A empresa oferece uma gama completa de produtos,<br />

equipamentos e acessórios para repintura automóvel, desde a Spies<br />

Hecker com tintas para pequena e média indústria, vernizes, primários,<br />

betumes, endurecedores e diluentes; passando pelos acessórios na área<br />

de abrasivos, polimento, mascaramento, chapa e proteção pessoal das<br />

marcas 3M e Indasa; os equipamentos para repintura automóvel,<br />

como lixadeiras, aspiradores, polidoras e respetivos acessórios, da<br />

Festool; as pistolas de pintura, manómetros e filtros das marcas SATA<br />

e Sagola; e ainda vernizes, primários, aparelhos em Spray, cabines de<br />

pintura e zonas de preparação. A Spies Hecker é o principal parceiro<br />

no negócio da repintura automóvel, e é com esta marca e a sua oferta<br />

em termos de produtos e soluções que a LTintas atua no mercado da<br />

repintura automóvel, com o compromisso de disponibilizar aos seus<br />

clientes todos os produtos e equipamentos necessários para a seção de<br />

pintura. É também com a Spies Hecker que investe nos seus clientes,<br />

para que estes possam ter melhores condições de trabalho, melhorar<br />

a imagem e possam evoluir os seus negócios. Para compensar o<br />

decréscimo do mercado de repintura que se tem verificado desde o<br />

início da pandemia, Bruno Pereira explica que “Apostámos noutras<br />

áreas de negócio, como a área de proteção individual, onde fizemos<br />

um grande trabalho. Passámos a vender EPI’s (máscaras, luvas, fatos<br />

de proteção, etc.) para todas as regiões do país, o que permitiu superar<br />

as quebras verificadas na repintura automóvel”. E acrescentou “Um<br />

outro projeto importante com que avançamos, foi o projeto da loja<br />

online - loja.ltintas.pt, onde passámos a disponibilizar boa parte da<br />

nossa oferta de produtos e equipamentos da área da repintura automóvel<br />

e da proteção individual, para compras online. Estas duas novas<br />

apostas, ajudaram a minimizar a quebra que se regista no mercado da<br />

repintura automóvel e a dar uma alavancagem às nossas vendas”. ◆<br />

Diretor geral<br />

Bruno Pereira<br />

Morada<br />

Rua Joaquim Pires Jorge, nº3, Parque<br />

Industrial do Feijó - 2810-083 Almada<br />

Telefone<br />

212 588 200<br />

EMAIL<br />

geral@ltintas.pt<br />

SITE<br />

www.ltintas.pt<br />

204 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 3º 2º<br />

Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€51.705.000<br />

€5.709.000<br />

Repintura<br />

AUTOFLEX<br />

Desde a sua fundação há mais de 36 anos, que a Autoflex se define<br />

como uma empresa vocacionada para a distribuição de tintas,<br />

equipamentos e consumíveis destinados à repintura automóvel. Por<br />

mais anos que passem há coisas que não mudam. Ao longo da sua<br />

estratégia de negócio, os três principais vetores estiveram sempre<br />

presentes “Recursos Humanos”, “Sólidas parcerias com fornecedores<br />

e clientes” e “Disponibilidade de serviços adequados”. Com um portfólio<br />

bem constituído ao nível de tintas, equipamentos e consumíveis,<br />

que integra marcas como Spies Hecker, Syrox, Kensay, Spraymax,<br />

Indasa, 3M, Festool e Sata, a Autoflex não deixou de investir e em<br />

2020 adquiriu a Sodicor. Joana Silva, Diretora Comercial da Autoflex<br />

revelou à TOP100 como tem sido o desenvolvimento desta mais recente<br />

aposta “A entrada no capital social da Sodicor por parte da Autoflex<br />

aconteceu muito pouco tempo antes do início da pandemia que assolou<br />

o país e o mundo. Naturalmente que o desempenho da Sodicor e as<br />

sinergias que pretendíamos implementar com a nossa experiência<br />

e disponibilidade de algumas das nossas soluções foram altamente<br />

influenciadas por este problema que ninguém poderia prever. Apesar<br />

destes constrangimentos, algo foi conseguido e poderemos considerar<br />

como positivo este primeiro ano da sua integração no grupo”,<br />

explicou. Com uma estratégia de proximidade, a Autoflex, durante<br />

a pandemia “procurou estar, mesmo com muitas limitações, junto<br />

dos nossos Clientes em ações técnicas e de formação, ou através de<br />

promoções em alguns produtos, contribuindo para que as dificuldades<br />

e necessidades fossem ultrapassadas”. Contudo, viu na pandemia, a<br />

altura certa para influenciar as oficinas a também elas se tornarem<br />

digitais. Joana Silva revelou à TOP100 como a empresa se tem modernizado<br />

para acompanhar o setor da repintura “Na Autoflex temos<br />

vários níveis de digitalização que podem ser aplicados em função da<br />

tipologia e dimensão da oficina. O Phoenix Cloud em que toda a<br />

gestão de cor é feita de forma digital com a leitura de cor através de<br />

um espectrofotómetro com WiFi e acesso à informação técnica e KPI<br />

de gestão a partir de qualquer dispositivo móvel”. Mas as novidades<br />

digitais não ficam por aqui, para 2022 “Iremos ter disponível uma<br />

plataforma digital onde será possível ter uma visão geral dos indicadores<br />

da secção de pintura bem como muitos outros indicadores da<br />

área de Colisão, de gestão e financeiros”, acrescentou Joana Silva.<br />

Apesar de se manterem fiéis aos seus valores e sem nunca perder o<br />

foco na estratégia do negócio, Joana Silva viu, no último ano, tempos<br />

difíceis para a empresa “A pandemia teve, de facto, implicação negativa<br />

no negócio global da Autoflex, contudo, quer o mercado, quer a<br />

Autoflex, têm vindo a reagir positivamente neste período de “quase”<br />

pós-pandemia”, concluiu a Diretora Comercial. ◆<br />

Administradores<br />

Manuel Alves da Silva<br />

e António Alves da Silva<br />

Morada<br />

Av. Zona Industrial, 80, Zona Industrial<br />

de Monte Grande 4505-222 Fiães VFR<br />

Telefone<br />

256 910 330<br />

EMAIL<br />

autoflex@autoflex.pt<br />

SITE<br />

www.autoflex.pt<br />

206 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 5º 2º<br />

Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€51.705.000<br />

€4.517.000<br />

Repintura<br />

C<br />

M<br />

IMPOESTE<br />

Especialista em tintas e equipamentos, a Impoeste aplicou pela<br />

primeira vez no terreno a solução 360º Scan junto das oficinas<br />

automóvel em 2020, “para tornar os processos oficinais de gestão<br />

e produção mesuráveis e facilmente ajustáveis e para atingir mais<br />

e melhores lucros”, diz Luís Santos, o diretor-geral da empresa. O<br />

responsável acrescenta que “o 360º Scan é a consequência de outras<br />

ferramentas que a «incubadora» de soluções Impoeste tem em<br />

funcionamento há vários anos e destina-se a empresas que queiram<br />

vencer os desafios atuais”. Trata-se de um programa de apoio à gestão,<br />

abrangente a toda a área de carroçaria, estando incluídas além do<br />

apoio à produção de pintura e chapa, o apoio às áreas de receção,<br />

orçamentação, controlo de qualidade e, claro, principalmente da<br />

gestão oficina. Luís Santos afirma que não há no mercado um software<br />

“tão abrangente e diverso como este, robusto nos seus diversos<br />

conteúdos, mas de fácil aplicação, que se foca na efetividade do resultado<br />

e que se divorcia da componente comercial”. Hoje em dia,<br />

os profissionais da reparação automóvel procuram cada vez mais a<br />

digitalização dos processos, quer seja a busca e pesagem automática<br />

da cor, as encomendas digitais ou a integração de diversos serviços e<br />

ferramentas. Neste sentido, além do software 360º Scan, a Impoeste<br />

está a propor soluções digitais já conhecidas e as recentes inovações<br />

ao nível da gestão e atualização de cor (espectrofotómetro, tablet, app<br />

no telemóvel), enquanto ferramentas de utilização diária e comum<br />

nas oficinas. Nesta área, o responsável destaca a falta de mão de obra<br />

especializada de pintores automóvel, como “um problema gravíssimo”,<br />

que exige “rever o quadro das profissões e preparar-nos para pagar<br />

salários mais altos”. Luís Santos conta que os efeitos da crise foram<br />

“muito piores do que prevíamos”, considerando que o problema está<br />

na “concentração excessiva no segmento de mercado e no fornecedor.<br />

Há que diversificar, talvez este seja o grande ensinamento que podemos<br />

retirar desta lição: evitar concentrações”. Ainda assim, garante,<br />

“estamos implicados a 100% na rápida e consistente recuperação”.<br />

Face ao previsível decréscimo do mercado da repintura, a Impoeste<br />

está a “tentar diversificar para áreas próximas e nas quais a nossa<br />

especialização possa ser uma mais-valia”. Luís Santos antecipa um<br />

futuro onde “a forte apetência que os grandes fabricantes têm pela<br />

venda direta vai, cada vez mais, pela via da faturação OEM ou pelo<br />

investimento, o que faz com que os distribuidores sejam comprimidos<br />

em espaço de mercado e em margem”, o que se traduz em “menos<br />

mercado e menos margem para os distribuidores” e depois do “pior<br />

ano de sempre”, prevê-se “uma recuperação em <strong>2021</strong> apesar das<br />

limitações e contingências iniciais do ano”. ◆<br />

diretor geral<br />

Luís Santos<br />

Morada<br />

Avenida Carlos Lopes, 202560-239<br />

Torres Vedras<br />

Telefone<br />

261 337 250<br />

EMAIL<br />

geral@impoeste.pt<br />

SITE<br />

www.impoeste.pt<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

208 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


CHEGOU<br />

O SIMPLEX DA OFICINA<br />

O 360º SCAN É UM PROGRAMA INOVADOR DESENVOLVIDO PELA IMPOESTE,<br />

PARA QUE A SUA OFICINA ALCANCE A MÁXIMA PRODUTIVIDADE E RENTABILIDADE!<br />

GESTÃO<br />

OFICINAL<br />

INTEGRADA<br />

FACILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO<br />

REDUÇÃO DE DESPERDÍCIOS<br />

OPTIMIZAÇÃO DE STOCKS<br />

REDUÇÃO DE CUSTOS<br />

AUMENTO DA PRODUTIVIDADE<br />

AUMENTO DE RENTABILIDADE


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 6º 2º<br />

Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€51.705.000<br />

€4.366.000<br />

Repintura<br />

QUIMIREGUA<br />

Quimiregua é uma empresa madura, estável e respeitada no<br />

A seio do mercado da repintura automóvel, que conta hoje com<br />

uma equipa sólida, tendo quatro técnicos especializados em todas as<br />

vertentes de negócio. A empresa acredita que o serviço/apoio técnico<br />

é um dos ingredientes indispensáveis para que o modelo e sustentabilidade<br />

do negócio perdure com o passar dos anos, pelo que tem<br />

vindo a melhorar a sua capacidade para dar as adequadas respostas<br />

às solicitações do mercado. Associada desde o início à Spies Hecker, a<br />

Quimiregua passou a ser distribuidora da marca que representa hoje<br />

uma fatia muito significativa do volume de faturação da empresa. De<br />

acordo com Pedro Ferreira, da Quimiregua, “a Spies Hecker sempre<br />

se pautou pela elevada qualidade e tecnicidade dos seus produtos, o<br />

que permite ser um fornecedor de excelência em todas as áreas em que<br />

está inserido. A Quimiregua, enquanto parceiro estratégico, trabalha<br />

no terreno com a certeza que temos na retaguarda um fornecedor de<br />

eleição. Mesmo com alterações recentes que a Spies Hecker tem vindo<br />

a realizar, continuamos satisfeitos com o seu «customer service», pois<br />

continuamos a ter um serviço de excelência, que nos permite a nós,<br />

Quimiregua, continuar a dar soluções aos nossos clientes”, afirma.<br />

Atualmente, a empresa conta ainda com parceiras como a Indasa,<br />

Norton, Iwata, 3M, 8K, SATA, Rupes, Devilbiss, Farecla, Festool,<br />

U-Pol e recentemente com o alargamento da marca Paleta. Face<br />

ao previsível decréscimo do mercado da repintura, a Quimiregua<br />

não considera diversificar o negócio para outras áreas: “acredito que<br />

temos muito para andar e conquistar neste segmento de mercado e<br />

queremos estar completamente focados na nossa área de negócio nos<br />

próximos tempos”, explica Pedro Ferreira, a quem a concorrência<br />

cada vez maior não assusta, pois “permite que a Quimiregua também<br />

evolua e que mantenha sempre um processo de melhoria contínua<br />

e sistemática”. Recentemente, a empresa tem vindo a apostar na<br />

“formação on-job, pois acreditamos ser este o melhor método para<br />

demonstrar a qualidade dos nossos produtos e assistência técnica de<br />

forma a podermos apresentar uma proposta de valor cada vez mais<br />

aliciante aos nossos parceiros”, explica Pedro Ferreira. Outra aposta<br />

é a criação de um novo site, já em fase final, que virá rentabilizar a<br />

realização de encomendas e o acesso a informações importantes para os<br />

clientes. O ano de 2020 foi atípico devido à pandemia, e a Quimiregua<br />

ficou aquém do inicialmente programado. Para <strong>2021</strong> pretende voltar<br />

ao volume de 2019 e, se possível, recuperar um pouco do perdido<br />

em 2020, contando, para tal, “com uma equipa de colaboradores<br />

motivada para conseguirmos esse objetivo”. ◆<br />

Administradores<br />

Armando Musqueira<br />

e José Manuel Magalhães<br />

Morada<br />

Rua Teixeira Lopes, 460,<br />

4460 – 833 Custóias MTS<br />

Telefone<br />

229 619 470<br />

EMAIL<br />

quimiregua@mail.telepac.pt<br />

SITE<br />

www.quimidouro.pt<br />

210 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 10º 2º<br />

Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€51.705.000<br />

€2.826.000<br />

Repintura<br />

CENTROCOR<br />

Os últimos dois anos têm sido uma verdadeira adaptação para a<br />

Centrocor. No mercado do comércio de tintas, máquinas e ferramentas<br />

há cerca de 40 anos, Agostinho Matos, Diretor Comercial da<br />

empresa, não tem na memória anos tão desafiantes como os últimos<br />

dois. Se o ano passado investiram na construção de novas instalações,<br />

o ano de <strong>2021</strong> ficou marcado pelo desenvolvimento da empresa ao<br />

nível digital, e não só “Após a pandemia e o consequente aumento<br />

do consumo por parte das pessoas de plataformas como o Facebook,<br />

veio reforçar a importância de uma presença ativa nestas plataformas,<br />

de modo a reforçar a nossa marca junto das pessoas”. Mas as<br />

novidades não ficam por aqui. A procura por soluções de transporte<br />

mais sustentáveis para o planeta do ponto de vista ambiental, bem<br />

como, o aumento generalizado do preço dos combustíveis, levou a<br />

Centrocar a lançar a marca eFuturo, específica de produtos para a<br />

mobilidade elétrica. “A nossa nova representação eFuturo, veio iniciar<br />

aquilo que acreditamos ser a revolução elétrica no setor automóvel.<br />

Acreditamos que num futuro a curto / médio prazo irá ocorrer um<br />

aumento exponencial do número de veículos elétricos, como tal, iremos<br />

apostar já no decorrer do próximo ano na introdução de mais<br />

produtos ligados a estes veículos”. Com uma garra destemida, para<br />

a Centrocor o previsível decréscimo que o mercado da repintura vai<br />

presenciar não será um problema. Com a Spies Hecker, como uma<br />

das principais marcas do seu portfólio, a empresa acredita que está<br />

pronta para enfrentar o que aí vem “é uma marca que consegue levar<br />

os serviços prestados pelos nossos clientes a patamares superiores, bem<br />

como, reconhecem a importância de um trabalho de proximidade junto<br />

das oficinas. Muito mais que comercializar produtos, a Spies Hecker<br />

preocupa-se em apresentar soluções completas e adaptadas ao dia-a-dia<br />

dos nossos clientes”, afirmou o Diretor Comercial. Questionado sobre<br />

o método como conseguem fidelizar os seus clientes numa altura em<br />

que a concorrência é cada vez mais feroz, Agostinho Matos respondeu<br />

sem hesitar “Os nossos clientes sabem que ao trabalharem connosco,<br />

para além de um fornecedor também possuem um parceiro que os<br />

vai auxiliar no crescimento das suas empresas, quer seja a ajudar a<br />

selecionar os melhores produtos para determinada aplicação ou a<br />

melhorar métodos de trabalho”. Comprometidos “com o empenho,<br />

rigor e transparência” para com os seus clientes, foram esses moldes<br />

que levaram a Centrocor a crescer num ano como o de 2020 “Apesar<br />

das dificuldades ainda fomos capazes de apresentar crescimento, o que<br />

demonstra a nossa solidez e reconhecimento no mercado”, concluiu<br />

Agostinho Matos. ◆<br />

Administrador<br />

Álvaro Magalhães<br />

Morada<br />

Av.ª S. Mamede, 237,<br />

4560 – 800 S. Mamede Recezinhos<br />

(Penafiel)<br />

Telefone<br />

255 730 000<br />

EMAIL<br />

geral@centrocor.pt<br />

SITE<br />

www.centrocor.pt<br />

212 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top100<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 13º 2º<br />

Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€51.705.000<br />

€2.270.000<br />

Repintura<br />

MOTA & PIMENTA<br />

Mota & Pimenta trabalha num modelo de negócio business to<br />

A business e de venda direta. A sua relação com os clientes é o ponto<br />

chave, mantendo-os informados e com o acompanhamento técnico<br />

necessário. O portefólio da empresa é composto por uma vasta gama de<br />

produtos destinados ao setor da repintura automóvel. Além disso, não<br />

se limita a comercializar tinta e os auxiliares para o efeito, fornecendo,<br />

também, equipamentos, pistolas de pintura e vestuário de proteção,<br />

como fatos de pintura, luvas e máscaras. Não esquecendo o foco no<br />

automóvel, conta ainda com uma vasta linha de produtos de embelezamento,<br />

desde massas de polir, boinas e panos microfibras. A DeBeer,<br />

com quem mantém uma longa parceria de 24 anos, é o principal<br />

parceiro de negócio e por isso tem uma importância bastante elevada<br />

para a empresa. A DeBeer acompanha a evolução da digitalização<br />

das oficinas de repintura e neste momento encontra-se em processo de<br />

finalização de um novo software mais inovador e intuitivo. Para além<br />

disto, continua a disponibilizar o espectrofotómetro, micrómetros e<br />

demais ferramentas de apoio às oficinas. Relativamente às restantes<br />

marcas, a oferta não tem parado de aumentar, tendo recentemente<br />

introduzido a 3D, Colad e Karlack, no seu portfólio. No último ano<br />

e meio e devido às limitações impostas pela pandemia, as formações<br />

presenciais no centro de formação ficaram suspensas, mas já foram<br />

retomadas. Para Margarida Mota, diretora comercial da Mota &<br />

Pimenta, 2020 foi um ano atípico e nem sempre estiveram confiantes,<br />

mas agora o mercado está a recuperar. Contudo, alerta para o aumento<br />

de preço dos materiais e o aparecimento de marcas lowcost: “Neste<br />

momento, a minha preocupação depreende-se com os preços dos<br />

materiais, que estão a aumentar de uma forma descontrolada. Para<br />

além deste problema, é também o aparecimento das marcas lowcost,<br />

pois com este aumento de preços generalizados os clientes começam<br />

a pensar em procurar marcas brancas para um menor custo na ida<br />

à oficina”. Ainda assim, após todos os receios e medos, a Mota &<br />

Pimenta, revelou ao JO que nem tudo foi mau. A pandemia trouxe-<br />

-lhes uma nova visão para o negócio que certamente irá permanecer<br />

e fazer-se notar. “Passámos a fazer uma melhor gestão dos nossos<br />

stocks, os nossos comerciais passaram a otimizar as rotas, tornámo-nos<br />

mais conscientes, eficientes e unidos”, concluiu Margarida Mota. Os<br />

desafios do futuro não assustam a Mota & Pimenta, que os prefere<br />

encarar de forma impulsionadora para desenvolver e dinamizar o<br />

negócio. A seu favor, a empresa tem a sua longa história de superação<br />

de obstáculos. Razão pela qual pretende manter a receita de sucesso,<br />

olhando para o negócio de uma forma segura e, se necessário, adaptar<br />

as ofertas às novas exigências que possam surgir. ◆<br />

Administrador<br />

Virgílio Mota<br />

Morada<br />

Parque Industrial de Fages, Lote 4| -<br />

4770-464 Vila Nova de Famalicão<br />

Telefone<br />

252 323 909<br />

EMAIL<br />

margaridamota@motapimenta.com<br />

SITE<br />

www.motapimenta.com<br />

214<br />

Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 17º 2º<br />

Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€51.705.000<br />

€1.806.000<br />

Repintura<br />

LOVISTIN<br />

Com uma representatividade muito elevada na área da reparação<br />

automóvel, a Lovistin partner colors diversificou o portfólio,<br />

abrangendo agora a área industrial empresarial e as ferramentas e<br />

equipamentos necessários para o desenvolvimento da produção nestas<br />

áreas de negócio. A ideia, conta Manuel Silva, diretor geral da empresa<br />

viseense, é “manter a capacidade de adaptação para transformações a<br />

médio, longo prazo se assim for necessário. O nosso modelo de negócio<br />

está fundado na experiência adquirida ao longo de décadas, e pelo<br />

desenvolvimento tecnológico e digital que surge constantemente nas<br />

áreas onde nos movimentamos”. Por isso, a Lovistin partner colors<br />

tem investido no campo da digitalização como, por exemplo, com a<br />

parceria na repintura com a BASF, que dá acesso a uma plataforma<br />

de apoio digital a nível global, enquanto representante das marcas<br />

Glasurit e R-M. “Sabemos e reconhecemos que o futuro é tecnológico<br />

e nós, Lovistin partner colors, iremos fazer parte desse mesmo futuro.<br />

A aposta na contratação de ativos mais jovens é um indicador que<br />

estamos a preparar nosso caminho com toda a atenção e cuidado”,<br />

esclarece. Ligados à Glasurit desde o início da empresa, vêm na marca<br />

“uma parceria estável e solidificada que continua a corresponder<br />

adequadamente a todas as solicitações e necessidades apresentadas<br />

por nós. Quanto à importância que a marca Glasurit tem para o nosso<br />

negócio… basta dizer que faz parte do nosso «logo». O papagaio sempre<br />

fez parte da nossa história. Há décadas que sobrevoa as paredes<br />

de nossas instalações”, diz Manuel Silva. No que toca aos produtos<br />

relacionados à pintura, a Lovistin conta com a Zaphiro, que transmite<br />

confiança à empresa tanto em termos de portefólio, como disponibilidade<br />

de produto e ainda de qualidade. Manuel Silva garante que a<br />

empresa trabalha “arduamente para alcançar o portefólio perfeito e<br />

muito em breve ampliaremos a nossa capacidade de resposta de um<br />

modo muito positivo”. Para breve também, “no momento adequado”,<br />

está a inauguração de novas instalações, que trarão mais condições<br />

à empresa, com foco nas necessidades atuais dos parceiros de negócios.<br />

A Lovistin partner colors promete “reinventar-se de uma forma<br />

fantástica, com um espaço em si já bastante inovador”, diz o diretor,<br />

sem desvendar, para já, muito mais sobre o assunto. A pandemia não<br />

parou a empresa, mas obrigou a adaptações às novas circunstâncias.<br />

Para as próximas duas décadas, a Lovistin partner colors “não acredita<br />

num decréscimo acentuado” no mercado da repintura. Em jeito de<br />

balanço, Manuel Silva conclui dizendo que “estamos muito satisfeitos<br />

com os resultados até agora alcançados e que com toda a certeza,<br />

iremos continuar a trilhar este caminho de sucesso contínuo”. ◆<br />

Administrador<br />

Manuel Silva<br />

Morada<br />

Bairro S. João Carreira, Lote 4 -<br />

1.ª fase, 3500 – 187 Viseu<br />

Telefone<br />

232 440 220 / 962 980 252<br />

EMAIL<br />

lovistin@lovistin.com<br />

SITE<br />

www.lovistin.pt<br />

216 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top25<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 22º 2º<br />

Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€51.705.000<br />

€1.206.000<br />

Repintura<br />

GRAVITYPAINT<br />

GravityPaint nasceu de um sonho e de uma oportunidade de<br />

A fazer diferente no mercado da pintura”, começa por contar o<br />

diretor geral, Mário Ferreira, que garante que o negócio assenta na<br />

inovação, rapidez, acompanhamento técnico dos clientes, na criação<br />

de serviços diferenciadores no mercado (GravityRent – Aluguer de<br />

Equipamentos e GravityAssist – Assistência Técnica) e na criação de<br />

parcerias estratégicas com clientes e fornecedores. Com cinco anos de<br />

atividade, a empresa dispõe de uma gama completa e competitiva, com<br />

duas ou mais alternativas premium para cada família de produtos. São<br />

parceiros de empresas como a Finixa, Festool, BASF, Sia Abrasives,<br />

Bosch, Flex Tools, Cromauto, Scholl e a Anest Iwata e não planeiam<br />

atualmente aumentar o portefólio. Em novembro inauguraram a loja<br />

de Torres Vedras, um espaço com cerca de 200 m2 e diversas soluções<br />

para todos os setores de pintura. Nos próximos dois anos preveem<br />

abrir uma nova loja nos arredores de Lisboa e outra na zona de Sintra.<br />

Durante a pandemia viram-se impedidos de fazer as formações presenciais<br />

e apostaram em campanhas promocionais, sendo o objetivo<br />

retomar as apresentações normais muito em breve. Em 2018 e 2019, a<br />

GravityPaint realizou, respetivamente, a «Mega Feira das Ferramentas<br />

e Equipamentos» e o «Open Day», cujo sucesso esperam repetir já em<br />

março de 2022. A empresa acompanha de perto a evolução digital e<br />

conta, até ao final deste ano, apresentar o novo site e loja online. Mário<br />

Ferreira admite que um dos principais desafios nas oficinas de colisão<br />

é a digitalização da secção de pintura e adianta que “a GravityPaint<br />

vai colocando, de forma gradual, ao dispor dos seus clientes várias<br />

ferramentas de cariz digital: desde o espectrofotómetro (em vez da<br />

utilização das tradicionais lamelas de cor); a atualização do software<br />

“<br />

de cores online e ao minuto e a utilização de aplicações no telemóvel<br />

para a verificação de códigos de cor, consulta de fichas técnicas e<br />

de segurança dos produtos que utiliza”. O responsável acredita que<br />

o mercado da pintura continuará a ser “bastante ativo e próspero<br />

nos próximos 8/10 anos”, ainda que o projeto da empresa esteja<br />

assente nas áreas auto, indústria metal e madeira, construção civil,<br />

aeronáutica e náutica. 2020 foi, para a GravityPaint, um ano “atípico<br />

e desafiante”, mas com os devidos ajustes comerciais e financeiros,<br />

“conseguimos resultados muito positivos e que nos possibilitaram a<br />

entrada para o TOP 100 do aftermarket nacional, premiando todo<br />

o nosso esforço, dedicação, resiliência e compromisso com os nossos<br />

clientes e fornecedores a que agradecemos por acreditarem em nós e<br />

no nosso projeto, pois sem eles nada disto seria possível!”. Em <strong>2021</strong>,<br />

a empresa investiu na contratação de mais dois colaboradores, na loja<br />

em Torres Vedras e ainda em formações internas. ◆<br />

Diretor geral<br />

Mário Rui Ferreira<br />

Morada<br />

Rua da Bica, nº 17 - Núcleo Empresarial<br />

da Venda do Pinheiro II - Armazém AF<br />

2665-608 Venda do Pinheiro<br />

Telefone<br />

261 092 574<br />

EMAIL<br />

mario.ferreira@gravitypaint.pt<br />

SITE<br />

www.gravitypaint.pt<br />

218 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top18<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 2º<br />

VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€51.705.000<br />

€31.398<br />

Pneus<br />

AB TYRES<br />

Pertencente ao Grupo Alves Bandeira, um dos 50 maiores grupos<br />

económicos de Portugal, com um volume de faturação superior<br />

a 500 milhões de euros por ano e com equipa composta por mais de<br />

850 colaboradores, a AB Tyres tem vindo a crescer anualmente de<br />

forma sustentada, posicionando-se hoje como uma das empresas líderes<br />

na comercialização, armazenamento e distribuição de todo o tipo de<br />

pneus, marcas e segmentos (Premium, Quality e Budget) tanto a nível<br />

nacional, como internacional. Atualmente possui uma oferta de 22<br />

marcas de pneus, onde todas são importantes, mas onde se destacam<br />

as marcas em que é representante exclusivo, como a Falken, Davanti,<br />

Torque, Aptany, Infinity, Sumitomo, Runway, Fulda, Golden Crown;<br />

ou parceiros oficiais, como é o caso da Debica e Uniroyal. Desde 2014<br />

a AB Tyres é o distribuidor exclusivo da marca Falken em Portugal,<br />

a qual tem seguido uma trajetória de crescimento tanto em volume<br />

de faturação como unidades vendidas, representando hoje entre 20%<br />

a 30% do volume de faturação do negócio dos pneus. Passado sete<br />

anos tem uma rede com mais de 170 parceiros, distribuídos de norte<br />

a sul de Portugal Continental e, ainda, nos arquipélagos dos Açores<br />

e Madeira. O portfólio de produtos, além dos pneus, divide-se ainda<br />

em lubrificantes, baterias, acessórios e, mais recentemente, iniciou-se<br />

também no negócio de peças. “Neste segmento de produto a nossa ideia<br />

é trabalhar todos os artigos e dar uma solução o mais completa possível<br />

ao cliente, mas o foco em termos de oferta, gama e competitividade está<br />

vocacionado para os produtos mais procurados pelos nossos clientes.<br />

Para isso, e após realizarmos um estudo de mercado, decidimos apostar<br />

essencialmente em comercializar discos, pastilhas, filtros, distribuição,<br />

embraiagem, suspensão, direção e velas de ignição e incandescência”,<br />

refere Filipe Bandeira. De entre as vantagens competitivas da AB Tyres,<br />

destaca-se a estratégia de relacionamento e proximidade conforme<br />

afirma Filipe Bandeira, administrador: “Olhamos para cada cliente<br />

como um verdadeiro amigo. Um amigo com quem queremos manter<br />

uma relação de transparência, confiança e de longo-prazo. E é isto<br />

que temos conseguido, ano após ano”. Apesar da pandemia, em 2020<br />

a AB Tyres registou um crescimento na ordem dos dois dígitos, o que<br />

se manteve em <strong>2021</strong>. “A nossa expetativa é termos crescimento em<br />

volume de faturação no final deste ano, quando comparado com o<br />

período homólogo na ordem dos 58%. Gostaria de destacar ainda que<br />

atualmente temos mais 50% de clientes a comprar do que em 2020,<br />

o que é fantástico. Para <strong>2021</strong>, traçámos um objetivo de crescer mais<br />

de 15% em volume de faturação. Apesar dos problemas que vivemos<br />

na produção, transportes e, ainda, da pandemia, já conseguimos ultrapassar<br />

esse objetivo”, conclui Filipe Bandeira. ◆<br />

Diretor geral<br />

Filipe Bandeira<br />

Morada<br />

Zona Industrial da Pedrulha, Lote 12 –<br />

Mealhada – 3050-183 Casal Comba<br />

Telefone<br />

231 244 209<br />

EMAIL<br />

apoio@abtyres.pt<br />

SITE<br />

www.abtyres.pt<br />

220 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top18<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 3º 2º<br />

VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€24.518.000<br />

€51.705.000<br />

Pneus<br />

DISPNAL<br />

Apostando desde sempre numa gama de produtos alargada, a<br />

Dispnal Pneus conta com diferentes marcas com preços variáveis:<br />

Toyo, Petlas, Nankang e Roadmarch, bem como Michelin, Continental,<br />

Goodyear/Dunlop, Pirelli e Bridgestone. “É muito importante<br />

termos um conjunto total de oferta”, diz Rui Chorado, diretor geral<br />

da empresa, que considera que é importante ponderar e analisar cuidadosamente<br />

eventuais incorporações ao portefólio. A Dispnal Pneus<br />

quer consolidar o negócio atual e ser modelo de gestão e de competências<br />

para empresas do mesmo ramo, melhorando continuamente<br />

os resultados. Isso garantirá o crescimento e a evolução da empresa.<br />

Focada no fornecimento de pneumáticos com qualidade, a Dispnal<br />

apoia-se numa gama de produtos bastante alargada, potenciando a<br />

sua comercialização através de um conceito moderno de distribuição,<br />

assente numa logística de dimensão ibérica, com o objetivo de<br />

aumentar continuamente o grau de satisfação. Rui Chorado explica<br />

que a estratégia de relacionamento com os clientes passa por “ser<br />

honesto, agir dentro do espírito ético, comprometer-se perante os<br />

clientes, inovar sempre e apoiar o seu crescimento”. O responsável<br />

não abdica do contacto presencial “para tirar dúvidas, informações<br />

e definir estratégias”, ainda que o sistema online seja indispensável<br />

para que a consulta de um produto e a confirmação a encomenda seja<br />

efetuada de forma quase imediata. Durante a pandemia, o desempenho<br />

da Dispnal Iberia foi “bastante positivo, mantendo-se o crescimento<br />

em linha com os valores previstos”. No entanto, houve necessidade<br />

de adaptação, com vários funcionários a ficar em teletrabalho. Sobre<br />

isto, Rui Chorado conclui que “a pandemia nos ensinou que mesmo<br />

na adversidade com uma equipa unida e a tecnologia certa, somos<br />

capazes de ultrapassar todos os obstáculos”. O diretor geral salienta<br />

que “as margens não se podem reduzir pois os custos são fixos e já<br />

não se podem alterar”, pelo que é preciso, à chegada de cada produto,<br />

fazer “um estudo minucioso para que o mercado possa absorver os<br />

pneus a um preço justo”, defende. Em <strong>2021</strong>, o responsável destaca a<br />

entrada como distribuidores da marca Toyo no mercado espanhol,<br />

adiantando que “tanto em Portugal como em Espanha, a exigência<br />

das entregas é cada vez maior”. Rui Chorado acredita que o negócio<br />

de pneus em Portugal poderá evoluir e que as vendas online vão aumentar.<br />

Em Portugal, a Dispnal irá continuar a fornecer pneus Toyo<br />

para várias competições automóveis, e as perspetivas para <strong>2021</strong> são<br />

“obviamente as melhores, quanto ao futuro no setor dos pneus. Esperamos<br />

aumentar as nossas vendas de pneus novos através de novas<br />

medidas e tipos de piso”, remata. ◆<br />

Diretor geral<br />

Rui Chorado<br />

Morada<br />

Zona Industrial de Baltar, Lote B3 -<br />

4585-013 Baltar - Paredes<br />

Telefone<br />

255 617 480<br />

EMAIL<br />

dispnal@dispnal.pt<br />

SITE<br />

www.dispnal.pt<br />

222 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


Empresa<br />

Top18<br />

PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 4º 2º<br />

VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />

€17.998.000<br />

€51.705.000<br />

Pneus<br />

Nex Tyres<br />

Com o slogan “Mais próximo de si”, a Nex Tyres desenvolve uma<br />

cultura de proximidade com o cliente, com soluções transversais<br />

ao dia a dia de cada um. Atualmente é um dos maiores operadores<br />

em território nacional, comercializando 25 marcas (das quais 15 em<br />

exclusivo), nos segmentos de ligeiros, pesados, motociclos, agrícolas e<br />

industriais, com novidades pontuais ao nível do portefólio. A empresa<br />

em vindo a crescer a todos os níveis (instalações, portefólio, gamas,<br />

recursos humanos) e, como consequência, em volume de negócios,<br />

ainda que 2020 tenha tido algum retrocesso. Aldo Machado, diretor<br />

geral da empresa, considera que é “fundamental” manter o contacto<br />

presencial, pois “a imagem da Nex passa por uma «cara» e não<br />

por um portal B2B. Temos orgulho numa equipa que é reconhecida<br />

pelo mercado como extraordinária!”. As redes CarExpert e KSC<br />

estão, segundo o responsável, “a desenvolver um trabalho de altíssima<br />

qualidade, suportados em duas marcas históricas europeias (Kleber<br />

e Avon, respetivamente) que mantiveram, antes, durante e na fase<br />

final da pandemia, um nível de abastecimento e competitividade de<br />

excelência”. A pandemia obrigou a Nex Tyres Portugal a potenciar<br />

a adaptabilidade e a monitorização constante de vários indicadores<br />

e Aldo Machado é da opinião que “a nível económico ainda há<br />

demasiadas incertezas neste momento”. Ainda assim, os efeitos da<br />

pandemia “foram substancialmente menores relativamente às nossas<br />

primeiras e péssimas expetativas”, revela. Sobre o aumento do preço<br />

dos contentores e da matéria prima, o diretor-geral comenta que é<br />

“absolutamente impensável absorver este tipo de impacto negativo e<br />

não há outra solução senão refletir esses aumentos no preço dos bens”.<br />

Aldo Machado defende que “o papel do distribuidor é fundamental<br />

para evitar a escassez de produto e a rutura da cadeia de fornecimento.<br />

A manter-se o cenário atual tona-se evidente que o papel da<br />

distribuição grossista de pneus sai reforçado”. Neste momento, “os<br />

fabricantes estão cada vez mais distantes do retalho” e as oficinas não<br />

podem “abdicar do papel do distribuidor para fazer chegar o produto<br />

ao consumidor final”, afirma. A Nex defende o papel das redes organizadas<br />

“quando possam acrescentar valor ao retalho” e acredita que<br />

tanto as independentes como as de marcas “têm futuro”. O diretor é<br />

da opinião de que, nos serviços de retalhistas de pneus, a diversificação<br />

e a especialização são opções válidas desde que “as empresas tenham<br />

um nível profissional excelente”. Com a alteração gradual do perfil do<br />

consumidor, Aldo Machado considera que haverá grandes mudanças<br />

na distribuição de pneus em menos de uma década. Para a empresa,<br />

<strong>2021</strong> será, tal como 2020, um ano positivo. ◆<br />

Diretor geral<br />

Aldo Machado<br />

Morada<br />

Parque logístico Marinhas de D. Ana -<br />

Arm. 4 - 2625-090 Póvoa de Santa Iria<br />

Telefone<br />

219 540 500<br />

EMAIL<br />

geral@nextyres.pt<br />

SITE<br />

www.nextyres.pt<br />

224 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>


2022<br />

Portugal<br />

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