RevistaTOP100 2021
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Os<br />
Maiores<br />
Distribuidores<br />
do Aftermarket em Portugal<br />
EDIÇÃO<br />
<strong>2021</strong><br />
n.º 7 | Ano: <strong>2021</strong> | Periodicidade: Anual | €20<br />
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Em 2020, apesar dos desafios colocados pela pandemia e pela conjuntura económica<br />
desfavorável em alguns setores de atividade, o aftermarket conseguiu reagir e afirmar-se<br />
como um setor dinâmico, maduro e resiliente, resistindo exemplarmente ao impacto do<br />
Covid-19. No geral, caiu 5% em relação a 2019, com as empresas a conseguir manter<br />
a atividade sustentável, não se registando falências ou incumprimentos por parte das<br />
organizações ligadas ao aftermarket.<br />
No meio do caos, se algo houve que a pandemia trouxe de bom foi a aceleração da transição digital das<br />
empresas. Apostar na formação e capacitação de pessoas, ao mesmo tempo que se faz o upgrade digital<br />
das empresas são a prioridade. A digitalização será crucial para maximizar a mais-valia da empresa para<br />
os seus clientes. Internamente, também permitirá melhorias radicais na qualidade e simplicidade dos<br />
processos empresariais, permitindo que os funcionários sejam ainda mais eficazes e foquem a sua atenção<br />
para melhor apoiar os clientes ou gerar mais inovação. O digital estará em todo o lado, para criar uma<br />
melhor experiência ao cliente, permitir uma mobilidade mais inteligente e para melhorar a cadeia de<br />
valor do mercado pós-venda.<br />
Por outro lado, a mudança das expetativas e comportamentos das novas gerações de clientes obriga a<br />
oficina a repensar as formas de comunicar, que devem ser mais digitais, sem nunca esquecer a importância<br />
do contato pessoal e relacionamento físico com o cliente. A rápida expansão do software tem impacto nas<br />
necessidades de serviço e requer know-how técnico, que deve ser desenvolvido e utilizado no terreno já<br />
hoje em dia. A era em que as oficinas se voltam sistematicamente para os seus canais exclusivos de compra<br />
de peças para automóveis está a mudar. Olhando para o futuro, os canais online serão provavelmente<br />
integrados em cada dimensão da cadeia de valor do mercado pós-venda.<br />
A Revista TOP 100, através da publicação dos rankings dos maiores distribuidores do Aftermarket, tem<br />
acompanhado a evolução deste mercado e dado voz aos seus protagonistas. Pelo sétimo ano consecutivo,<br />
voltamos a reconhecer e a premiar os melhores distribuidores do aftermarket, na tradicional Gala TOP<br />
100, que este ano conseguimos realizar em formato presencial, ganhando assim mais protagonismo junto<br />
dos players do mercado. Um evento que reuniu os maiores operadores do setor num ambiente com muito<br />
glamour e boa disposição. Momentos de confraternização e convívio no cenário magnífico da Quinta das<br />
Lágrimas, em Coimbra. O apoio e a confiança dos patrocinadores tem-nos permitido manter a gala num<br />
patamar elevado, que nos enche de orgulho e nos motiva a querer tornar este evento cada vez melhor. A<br />
organização da VII Gala TOP100 responde em absoluto à nossa maneira de estar no mercado e à forma<br />
como gostamos de acrescentar valor ao setor. É este, de resto, o compromisso que assumimos com os leitores<br />
e os players que, desde o início, confiam no nosso trabalho.<br />
Para além da reportagem completa do evento com fotos dos premiados, voltamos a publicar muita informação<br />
útil sobre estatísticas e dados do mercado, assim como as habituais reportagens aos principais players do<br />
setor. Histórias de sucesso de organizações que se destacam pela qualidade dos produtos que comercializam,<br />
bem como pela estratégia com que se afirmam no mercado.<br />
O desempenho das empresas do setor, apesar de todos os condicionalismos causados pela pandemia, reflete<br />
a grande capacidade de adaptação destas empresas a cenários imprevisíveis e caóticos como os que temos<br />
vivido nos últimos meses. Por isso acreditamos que o aftermarket vai continuar a crescer e a revista TOP<br />
100 irá acompanhar esse crescimento. ◆<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
03
ÍNDICE<br />
08 Reportagem<br />
VII GALA TOP 100<br />
19 Os maiores distribuidores<br />
de peças para ligeiros<br />
28 Os maiores distribuidores<br />
de peças para pesados<br />
32Os maiores distribuidores<br />
de Equipamentos<br />
36 Os maiores distribuidores<br />
de repintura<br />
40 Os maiores distribuidores<br />
de pneus<br />
Mercado Balanço<br />
44 Peças para ligeiros<br />
50 Peças para pesados<br />
54 Equipamentos<br />
58 Pneus<br />
62 Repintura<br />
66<br />
Entrevista<br />
Sylvia Gotzen<br />
Diretora Executiva da FIGIEFA<br />
74<br />
MVBER<br />
Que futuro para o aftermarket?<br />
Em 2023 será lançado um novo MVBER,<br />
o regulamento que estabelece as<br />
normas de funcionamento do comércio<br />
e reparação automóvel. Até lá,<br />
a Comissão Europeia e Associações<br />
do setor, analisam e avaliam os dez anos<br />
de funcionamento deste regulamento,<br />
com o objetivo de o renovar e atualizar<br />
para os novos desafios do aftermarket<br />
78<br />
“Fit for 55”<br />
Roteiro para a<br />
descarbonização<br />
Com a meta da neutralidade carbónica<br />
na Europa estabelecida pelo Green Deal<br />
até 2050, a Comissão Europeia revelou<br />
recentemente o pacote legislativo<br />
«Fit for 55», que vem regulamentar<br />
a redução prevista das emissões<br />
de gases com efeitos de estufa<br />
em pelo menos 55% já até 2030<br />
88 McKinsey<br />
VE- Conceito de mobilidade<br />
em mudança<br />
98 ACAP<br />
Avaliação Políticas de<br />
Promoção VE na Europa<br />
104 Roland Berger<br />
Distribuidores<br />
de peças aftermarket<br />
112 GFK<br />
Lubrificantes e Pneus<br />
116 IF4<br />
Caracterização do mercado<br />
oficinal em Portugal<br />
118 dpai<br />
Observatório Pós-Venda<br />
Automóvel<br />
124 roland berger<br />
Domínio da eletrónica<br />
nos automóveis atuais<br />
128 mercado<br />
O fim dos motores<br />
a combustão e impacto<br />
nas oficinas<br />
132 mercado<br />
Os segredos da condução<br />
autónoma<br />
134 empresas top 100<br />
Reportagem aos líderes de<br />
mercado das categorias:<br />
Peças veículos ligeiros;<br />
Peças veículos pesados;<br />
Equipamentos;<br />
Repintura;<br />
Pneus.<br />
04 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
VII GALA TOP 100<br />
Memorável!<br />
Já lá vão sete anos que realizamos a Gala TOP 100, que tem como principal objetivo premiar os<br />
melhores distribuidores de peças para ligeiros, pesados, equipamentos, repintura e pneus. Este<br />
ano não fugiu à regra, e voltámos a entregar os merecidos troféus num evento memorável<br />
No dia 5 de novembro, todos os caminhos<br />
foram dar à Quinta das<br />
Lágrimas, em Coimbra para assistir<br />
à VII Gala TOP 100. Para nós,<br />
é sempre um desafio, mas também<br />
uma alegria planear e preparar esta Gala. Todos<br />
os anos, damos o nosso melhor, para oferecer ao<br />
mercado um evento carismático e memorável. E<br />
por isso, é com muito orgulho, que podemos gritar<br />
“missão cumprida”! Por mais anos que passem,<br />
independentemente das ‘peripécias’ que possam<br />
surjir no nosso caminho, faremos sempre tudo o<br />
que estiver ao nosso alcance para que esta Gala se<br />
realize e renove todos os anos. Exemplo disso foi a<br />
VI Gala TOP 100, de 2020, em que fomos obrigados<br />
a realizar o evento online, devido à pandemia.<br />
Este ano, mais do que em anos anteriores, a Gala<br />
regressou ás suas origens e ao objetivo de estar<br />
perto dos nossos clientes e amigos, voltando a estar<br />
todos juntos presencialmente. Quisemos que este<br />
regresso fosse inesquecível e por isso, a Quinta das<br />
Lágrimas, um espaço único e cheio de história,<br />
abriu as portas àquele que foi o “Evento do Ano”<br />
do aftermarket em Portugal.<br />
Num espaço envolvente cheio de charme e glamour,<br />
a organização recebeu os 170 convidados,<br />
com um welcome drink, ao final da tarde. Quando<br />
a noite começou, deu-se início à apresentação da<br />
GALA TOP 100, por Joana Mendes, Jornalista<br />
da AP Comunicação.
Entrega dos troféus<br />
e apresentações<br />
João Vieira, Diretor da AP Comunicação, iniciou<br />
o discurso de boas vindas onde destacou a<br />
importância da atribuição destes prémios, como<br />
forma de incentivar a excelência e reconhecer as<br />
empresas que se destacaram nos rácios económico-financeiros<br />
mais importantes. “Graças ao seu<br />
empenho, responsabilidade e trabalho árduo na<br />
procura da excelência, conseguiram obter este<br />
reconhecimento pelos bons resultados económico-<br />
-financeiros apresentados no exercício de 2020”,<br />
foram algumas das palavras proferidas pelo Diretor<br />
da AP Comunicação.<br />
Logo de seguida, subiu ao palco, Mário Carmo,<br />
Diretor Comercial da AP Comunicação que fez o<br />
balanço da atividade da empresa durante o último<br />
ano, destacando as principais ações realizadas e<br />
apresentando os novos projetos já programados<br />
para 2022, com realce para o Aftermarket Summit,<br />
um grande evento onde serão debatidos os<br />
mais importantes temas da atualidade do setor<br />
pós-venda e que contará com reconhecidos oradores<br />
internacionais e muitas atividades paralelas.<br />
Estava quase a chegar aquele que é o momento<br />
mais esperado da GALA, a entrega dos troféus.<br />
Mas antes disso, ainda houve tempo para a apresentação<br />
da Feira Motortec Madrid, por parte de<br />
Nuno Almeida, responsável da IFEMA em Portugal,<br />
que se vai realizar já nos próximos dias 20<br />
a 23 de abril de 2022. Pedro Barros, membro da<br />
Divisão do Pós-venda Automóvel Independente<br />
da ACAP, apresentou os dados mais recentes do<br />
estudo “Observatório Pós-Venda”, que são um<br />
barómetro da atividade das empresas aftermarket<br />
em Portugal. Logo após a apresentação deste estudo,<br />
deu-se início ao momento alto do evento: a<br />
cerimónia da entrega dos Troféus TOP 100 aos<br />
melhores distribuidores aftermarket. Tal como<br />
dita a tradição, foram entregues quinze troféus às<br />
empresas do pódio das cinco categorias consideradas:<br />
Distribuidores de Peças Ligeiros, Pesados,<br />
Equipamentos, Repintura e Pneus. Na gala foram<br />
também homenageados os patrocinadores, que<br />
com o seu apoio têm possibilitado manter o evento<br />
num patamar elevado, que nos enche de orgulho<br />
e nos motiva a querer tornar esta cerimónia cada<br />
vez melhor.<br />
Relembramos que todos os troféus que foram entregues<br />
às empresas que integraram os quadros de<br />
honra da TOP100, basearam-se em dados, exclusivamente,<br />
quantitativos, referentes aos resultados<br />
de 2020 em termos de Crescimento do Volume<br />
de Negócios; Rentabilidade dos Capitais Próprios;<br />
Produtividade Real; Valor Acrescentado Bruto;<br />
Autonomia Financeira e Geração de Emprego.<br />
Reconhecimento unânime<br />
No final, a opinião foi unânime relativamente<br />
ao sucesso do evento, com todos os participantes<br />
muito satisfeitos com o desenrolar da cerimónia e<br />
pelos momentos de confraternização vividos num<br />
ambiente descontraído e cheio charme e elegância.<br />
“A sétima edição da Gala TOP 100 foi um<br />
grande sucesso, conseguindo superar as nossas<br />
melhores expetativas. Viu-se que os participantes<br />
valorizaram todos os momentos do evento,<br />
com destaque para a cerimónia de entrega dos<br />
troféus aos melhores distribuidores e do animado<br />
jantar volante no magnífico espaço da Quinta das<br />
Lágrimas, num fim de tarde ameno, mas muito<br />
animado e divertido. Foi sem dúvida um evento<br />
bem organizado, que vai ficar na memória de<br />
todos os participantes como um dia inesquecível<br />
na história do aftermarket nacional”, disse João<br />
Vieira, diretor da AP Comunicação.<br />
“É muito gratificante ver o nosso trabalho reconhecido<br />
pelos principais players do setor e uma<br />
motivação para fazermos mais e melhor. Gostaria<br />
por isso de incentivar todas as empresas a continuarem<br />
a evoluir e a crescer, para que no próximo<br />
ano possam ser distinguidas pelo seu mérito,<br />
como este ano fizemos a quinze organizações que<br />
se destacaram pela excelência da gestão e bons<br />
resultados comerciais”, acrescentou.<br />
Com este evento, a AP Comunicação reconhece e<br />
valoriza os resultados alcançados pelas empresas<br />
através de troféus que podem constituir um marco<br />
e uma referência para todos os players do aftermarket,<br />
sendo também um momento de apelo e<br />
incentivo à continuidade do trabalho desenvolvido<br />
e à divulgação merecida dos resultados obtidos.<br />
De referir que a Gala TOP 100 esteve também<br />
em grande nas redes sociais, onde registou<br />
um elevado número de visualizações e<br />
partilhas. “Não estávamos à espera<br />
de tanto alcance e queremos agradecer<br />
a todos que visualizaram<br />
as fotos e os vídeos desta VII<br />
Gala, a preferência pelo<br />
nosso trabalho”, referiu<br />
João Vieira.<br />
Patrocinadores elevam<br />
patamar da Gala<br />
A realização da Gala TOP 100 e a evolução que<br />
ela tem tido ao longo dos anos, só tem sido possível<br />
graças ao apoio de patrocinadores e parceiros,<br />
que têm reconhecido a importância deste evento<br />
que já se tornou numa tradição no panorama do<br />
aftermarket nacional. Como tal, após a entrega<br />
dos troféus, não quisemos deixar de fazer referência<br />
aos nossos patrocinadores e em formato de<br />
agradecimento oferecemos uma placa comemorativa<br />
da cerimónia a Nuno Durão da Pro4Matic;<br />
Ricardo Ribeiro da Trustauto; Luis Ribeiro, da<br />
Diesel Techinc; Rui Figueira, da Bahco; José Boavida,<br />
da Corteco; à Grisélia Afonso, da SKF; ao<br />
Rodrigo Cabral, da Tech One; Patxi Gorrotxategi,<br />
da Talosa; Nuno Almeida, da Motortec; UFI<br />
Filters e ao parceiro institucional Alexandra<br />
Afonso, da DPAI / ACAP,<br />
Já a terminar, a equipa da AP Comunicação<br />
agradeceu a todos os presentes<br />
a sua presença e deixou uma<br />
garantia “Até para o ano”! ◆<br />
1<br />
2<br />
3<br />
1 Carlos Costa,<br />
Ressolution<br />
Aftermarket Solutions<br />
2 Amílcar Nascimento,<br />
Exide 3 Luis Costa<br />
e Luis Almeida, Japopeças<br />
EU RO PE AN DVIS<br />
I IO N
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
1 2<br />
3 4<br />
5<br />
6<br />
1 Nuno Guerra, Polibaterias<br />
2 Marcelina Martins<br />
e Manuel Guedes Martins, MGM<br />
3 Bruno Pereira, LTintas<br />
4 João Vieira, AP Comunicação<br />
5 Paulo Pinto e Vasco Mesquita,<br />
Schaeffler<br />
6 Laura Guedes e Miguel Lopes,<br />
APL Expresso<br />
7 Pedro Barros, TIPS4Y<br />
8 Nuno Paquete, Bombóleo,<br />
e Carlos Costa, Ressolution<br />
Aftermarket Solutions<br />
7<br />
8<br />
9<br />
10<br />
9 Jorge Esteves, Rodrigo Cabral e Paulo Martins, Tech One<br />
10 João Vieira, AP Comunicação e Flávio Menino, Grupo<br />
Autozitânia<br />
11 Manuel Silva e Joana Silva, Autoflex<br />
11
12<br />
12 Patxi Gorrotxategi e Pedro Vargas,<br />
Talosa<br />
13 Carlos Almeida e Alexandra Afonso,<br />
ACAP<br />
14 Vítor Maia e António Mateus, TMD<br />
Friction<br />
15 Rui Figueira, Bahco<br />
15<br />
16<br />
13<br />
14<br />
17<br />
16 Manuel Félix, Fábio Bento<br />
e Filipe Freitas, Euromais<br />
17 Sérgio Nunes e Manuel Vicente,<br />
Rodapeças<br />
18 Alcino Sousa e Paulo Rodrigues,<br />
Auto Recto<br />
19 Alexandre Mendes e Rosário<br />
Mendes, Vértice Internacional<br />
20<br />
18<br />
21 22<br />
19<br />
24<br />
23<br />
20 Rui Miguel Chorado<br />
e Rui Chorado, Dispnal<br />
21 Ricardo Ribeiro<br />
e Vera Ribeiro, Trustauto<br />
22 Javier Romero, Brembo<br />
e Carlos Silva, Krautli<br />
23 João Casinhas, Osram<br />
24 Jorge Pinheiro e esposa,<br />
Meganor<br />
EU RO PE AN DVIS<br />
I IO N
EU RO PE AN DVIS<br />
I IO N<br />
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
3<br />
1 2<br />
4<br />
4<br />
5<br />
6<br />
1 Cláudio Delicado, Liqui Moly<br />
2 Javier Romero, Brembo,<br />
e Pedro Vargas, Talosa<br />
3 Zaira Sousa e Joaquim Sousa,<br />
Sousa dos Radiadores<br />
4 José Miguel e Armando Musqueira,<br />
Quimiregua<br />
5 Helena Aniceto e Luis Aniceto,<br />
S. José Pneus<br />
9<br />
7<br />
6 Carlos Abade, Neocom,<br />
Dario Alves e Aloísio Cruz,<br />
Inforap, Raul Silva, Neocom<br />
7 Carlos Silva, Krautli,<br />
e Frederico Abecassis, Hella<br />
8 Hugo Perpétua e Filipe<br />
Pinheiro, Diamantino Perpétua<br />
9 Nuno Paquete e Paulo<br />
Marques, Bombóleo<br />
10 Tiago Domingos, Auto Delta<br />
8 10<br />
13<br />
12<br />
11<br />
14<br />
11 Patxi Gorrotxategi, Talosa,<br />
e Miguel Angel Prieto, Autopos<br />
12 João Cardoso, Continental<br />
13 Pedro Mascarenhas e Filipe Bandeira,<br />
AB Tyres<br />
14 Begoña Ferreiro e David Zapata, Delphi
A Força do Líder<br />
DIREÇÃO, SUSPENSÃO e CAUCHO METAL<br />
DESENVOLVIMENTO · PRECISÃO · FIABILIDADE · DURABILIDADE · SEGURANÇA<br />
GAMA, QUALIDADE e SERVIÇO<br />
Braços de suspensão<br />
Barras estabilizadoras<br />
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MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
1 2<br />
4<br />
5<br />
3<br />
6<br />
1 António Costa, Auto Furtado<br />
2 Mário Carmo, AP Comunicação<br />
3 Nelson Costa e Pedro Costa, PCC<br />
4 Albano Melo e Paulo Torres,<br />
Vieira & Freitas<br />
5 Cátia Santos e Sónia Rodrigues,<br />
Kikai<br />
6 Flávio Menino, Autoizitânia<br />
7 Pedro Vargas, Talosa, Jorge<br />
Esteves, Paulo Martins e Rodrigo<br />
Cabral, Tech One<br />
8 Raul Silva e Carlos Abade, Neocom<br />
9 Nuno Almeida, IFEMA - Motortec<br />
7<br />
8<br />
9<br />
10 Vitor Souto, Fimag, Ricardo Candeias e Joaquim Candeias,<br />
bilstein group, Flávio Menino, Autozitânia<br />
11 Carlos Coelho e Carlos Daniel Coelho, Phaarmpeças<br />
10<br />
11
EU RO PE AN DVIS<br />
I<br />
12 Joana Mendes, AP Comunicação<br />
e Nuno Durão, Pro4matic<br />
13 Anabela Bárbara e José Bárbara,<br />
Kroftools<br />
14 Laura Guedes e Miguel Lopes,<br />
APL Expresso<br />
15 Filipe Teixeira e Fátima Gonçalves,<br />
X-Action<br />
12<br />
13<br />
14<br />
15<br />
16 Joel Pinto, músico<br />
17 Ricardo Candeias e Joaquim<br />
Candeias, bilstein group<br />
18 Joana Mendes, AP Comunicação,<br />
Miguel Angel Prieto, Autopos<br />
19 António Garrido e António<br />
Gonçalves, Lusilectra<br />
17 18 19<br />
16<br />
IO N
EU RO PE AN DVIS<br />
I IO N<br />
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
1 2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
1 Jorge Leite Martins, Jorge<br />
Martins e Salomé Corujo Leite,<br />
Auto Peças Gafanha<br />
2 Rogério Saavedra, Arsipeças<br />
3 Paul Cézanne, Fuchs<br />
4 Raquel Marinho, Bosch<br />
5 Joana Nunes e José Mendes,<br />
Samiparts<br />
6 Luciana Magalhães<br />
e Agostinho Matos, Centrocor<br />
7 Joana Mendes, AP Com<br />
8 Miguel Valentim<br />
e Maria João Neto, Global<br />
Parts<br />
9 Aloísio Cruz e Dario Alves,<br />
Inforap<br />
8<br />
10<br />
11<br />
6 7<br />
9<br />
12<br />
10 Ricardo Coelho e Fábio Varandas,<br />
Axalta<br />
11 Luis Costa e esposa, FCV Costa<br />
12 Frederico Abecassis, Hella
EU RO PE AN DVIS<br />
I IO N<br />
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
1<br />
2<br />
1 Manuel Silva e filho, Lovistin<br />
2 Joel Lebre, Motorbus<br />
3 Carlos Costa, José Vaz<br />
e José Carvalho, Romafe<br />
4 João Manuel, Ricardo<br />
Almeida e Carlo Almeida,<br />
Vicauto<br />
3<br />
4<br />
6<br />
5<br />
7<br />
8<br />
5 João Vieira, Mário Carmo,<br />
Joana Mendes e Paulo Franco,<br />
AP Comunicação<br />
9<br />
6 Amadeu Fernandes, Spanjaard<br />
7 Carlos Gonçalves, Filourém<br />
8 Luis Ribeiro, Diesel Technic<br />
9 Mário Torcato e Luis Santos,<br />
Impoeste<br />
10 Mário Carvalho, CARF<br />
11 Carlos Oliveira e Diamantino<br />
Costa, Sparkes & Sparkes<br />
12 Fernando Moreira e Paulo<br />
Agostinho, AleCarPeças,<br />
Grisélia Afonso, SKF<br />
13 João Marçal e Nuno Durão,<br />
Pro4Matic<br />
14 Vitor Souto e Filipe Souto,<br />
Fimag<br />
10<br />
11<br />
12<br />
14<br />
13
Empresa<br />
Top100<br />
DISTRIBUIDORES<br />
Peças para<br />
Ligeiros<br />
Os 100 Maiores Distribuidores de Peças para Ligeiros faturaram em 2020 quase 938 milhões<br />
de €, menos 4,9% que em 2019, queda muito inferior aos 15% estimados para o mercado<br />
em ano de Pandemia (o Sector OE e as pequenas empresas terão sido mais penalizadas)<br />
Apesar dos condicionalismos provocados<br />
pela pandemia, o exercício<br />
de 2020 para os distribuidores de<br />
peças de veículos ligeiros, não foi<br />
tão preocupante como se esperava,<br />
principalmente se compararmos com outros<br />
ramos de atividade que tiveram quebras enormes<br />
de rentabilidade.<br />
l As Exportações caíram 16,5 % diminuindo o seu<br />
peso para 6% da Faturação.<br />
l Aumentou em 2,1% o número de trabalhadores<br />
que totalizaram 4.542. A produtividade caiu para<br />
206 mil € por trabalhador.<br />
A situação financeira manteve valores excelentes:<br />
l Os lucros tiveram queda pequena (6,1%), sendo<br />
apenas sete as empresas que apresentaram prejuízos.<br />
l Autonomia Financeira aumentou para 50,4%,<br />
excelente resultado.<br />
l As Rentabilidades médias tiveram valores (excelentes)<br />
de 3,7% das Vendas e 9,1% dos Capitais<br />
Neste exercício a Sofrapa lidera em Volume de<br />
Negócios, Exportação e Emprego, mas a Centrauto<br />
dispõe dos Maiores Ativos e Capitais, sendo<br />
também a maior geradora de Resultados e VAB. ◆<br />
Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong><br />
19
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
MAIORES DISTRIBUIDORES<br />
DE PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2020 VOL. NEG. 2019 ATIVO 2020 RES. LIQ. 2020 CAP. PROP. 2020 VAB 2020 Nº TRAB. 2020<br />
1 SOFRAPA AUTOMOVÉIS, S.A LISBOA 68 151 75 305 45 120 247 7 709 7 692 326<br />
2 M. COUTINHO PEÇAS, S.A PORTO 47 876 51 705 19 309 237 6 950 3 375 118<br />
3 CREATE BUSINESS, S.A. LISBOA 44 552 48 427 14 801 71 2 204 1 183 22<br />
4 CENTRAUTO, LDA. AVEIRO 41 962 43 498 80 270 6 051 55 639 11 379 140<br />
5 EUROMAIS, LDA. COIMBRA 38 373 37 566 20 760 736 2 001 3 167 42<br />
6 VAUNER TRADING, S.A PORTO 35 246 38 656 28 844 1 305 17 289 6 679 152<br />
7 AUTOZITÂNIA, S.A LISBOA 35 162 37 213 26 716 1 969 18 736 6 002 92<br />
8 J.P.L.R 1 UNIPESSOAL, LDA. AVEIRO 33 193 32 296 30 807 1 196 12 649 6 316 253<br />
9 AUTO DELTA, LDA. LEIRIA 28 947 27 852 23 608 2 535 17 318 6 335 110<br />
10 NEWONEDRIVE, S.A. SETÚBAL 28 672 32 895 25 822 365 9 861 4 566 127<br />
11 TRW AUTOMOTIVE PORTUGAL, LDA. LISBOA 22 980 27 116 10 160 331 4 272 2 543 57<br />
12 CAETANO PARTS, LDA. PORTO 20 106 23 614 5 478 119 1 852 3 653 75<br />
13 KRAUTLI PORTUGAL, LDA. LISBOA 19 762 21 832 11 551 377 4 080 3 230 73<br />
14 BOMBÓLEO, LDA. LISBOA 19 046 20 862 13 667 215 3 917 2 239 59<br />
15 EUROPEÇAS, S.A. LISBOA 16 631 16 799 11 478 243 4 772 3 640 104<br />
16 FERDINAND BILSTEIN PORTUGAL, S.A. LISBOA 16 506 16 895 11 267 1 048 6 490 2 465 33<br />
17 SOULIMA, S.A. LISBOA 15 588 15 153 10 314 4 3 822 2 215 89<br />
18 FIMAG, LDA. BRAGA 14 534 14 300 14 012 1 195 9 758 2 967 55<br />
19 BRAGALIS, S.A. BRAGA 14 178 13 643 10 219 557 3 737 1 969 42<br />
20 NORPARTS, LDA. LISBOA 12 236 13 157 7 528 64 2 011 1 801 63<br />
21 LEIRILIS, S.A. LEIRIA 11 431 12 551 10 823 165 4 952 2 200 86<br />
22 ARSIPEÇAS AUTO, LDA. AVEIRO 11 304 11 072 7 424 384 2 310 1 928 58<br />
23 VIEIRA & FREITAS, LDA. BRAGA 11 103 10 788 10 039 1 206 8 808 2 852 39<br />
24 A. VIEIRA, S.A BRAGA 10 086 10 521 8 984 395 5 004 2 152 59<br />
25 SANDIA STAND-ACESSÓRIOS AUTO, LDA. FARO 10 075 11 352 8 767 1 091 6 311 2 848 67<br />
26 ROMAFE, S.A. PORTO 10 028 11 334 13 816 412 12 414 2 441 52<br />
27 M.F. PINTO, S.A. LISBOA 9 407 9 510 7 489 516 3 932 1 535 34<br />
28 ALECARPEÇAS, LDA. LISBOA 9 317 8 161 4 961 434 2 863 1 656 49<br />
29 HUMBERPEÇAS, LDA. AVEIRO 8 965 9 339 6 527 169 1 662 1 639 58<br />
30 AUTO SILVA ACESSÓRIOS, S.A. PORTO 8 936 10 396 8 823 57 5 740 1 662 50<br />
31 ISUVOL, LDA. SANTARÉM 8 738 8 962 7 543 511 3 685 2 229 63<br />
32 CARDOSO & MAIA, S.A. PORTO 8 673 11 018 12 606 -386 5 791 2 260 115<br />
33 INOVPEÇAS,S.A. PORTO 8 541 7 748 5 970 635 2 007 2 086 75<br />
34 RODAPEÇAS, S.A LEIRIA 8 383 8 814 5 601 228 2 348 2 041 83<br />
35 IBEROTURBO, LDA. LISBOA 8 241 8 308 5 997 182 2 499 730 14<br />
36 J. SOARES & RODRIGUES, LDA. (SOARAUTO) BRAGA 6 470 6 559 4 379 355 1 937 1 523 48<br />
37 3.0 INNOVATIVE AFTERMARKET GROUP, S.A. (REDEINNOV) PORTO 5 410 5 639 1 427 186 648 550 8<br />
38 ADELINO PEDRO, LDA. (APL EXPRESSO) AÇORES 5 383 5 957 4 158 230 2 191 1 224 40<br />
39 ATLANTIC PARTS, S.A. LISBOA 5 213 6 439 4 550 -248 2 235 323 22<br />
40 AUTO RECTO, LDA. PORTO 5 177 5 148 6 304 497 5 224 1 303 24<br />
41 AUTOPEÇAS CAB, LDA. SETÚBAL 4 935 5 153 3 436 79 2 509 1 383 54<br />
42 AUTO TORRE DA MARINHA, LDA. SETÚBAL 4 797 4 849 3 779 137 2 107 1 187 30<br />
43 INFINIAUTO, LDA. PORTO 4 628 4 312 7 840 384 6 224 1 056 26<br />
44 PEÇASRAM, LDA. MADEIRA 4 544 4 427 3 400 301 2 628 1 449 44<br />
45 TURBOMAX, LDA. SETÚBAL 4 485 4 424 3 752 316 2 407 1 294 29<br />
46 MONDEGOPEÇAS, LDA. COIMBRA 4 482 4 223 3 500 124 1 878 1 007 36<br />
47 GAIAFOR, LDA. PORTO 4 401 4 697 2 222 108 1 018 878 37<br />
48 LUBRINORDESTE, LDA. VILA REAL 4 375 4 454 2 654 106 837 995 35<br />
49 PAULO & DANIELA, LDA. (PD AUTO) BRAGA 4 235 4 116 3 618 140 1 447 935 33<br />
50 JAPOPEÇAS, LDA AVEIRO 4 146 3 902 4 619 530 4 209 1 119 20<br />
20<br />
Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong>
Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2020 VOL. NEG. 2019 ATIVO 2020 RES. LIQ. 2020 CAP. PROP. 2020 VAB 2020 Nº TRAB. 2020<br />
51 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) PORTO 4 087 3 943 6 708 781 6 150 1 743 30<br />
52 PHAARMPEÇAS, UNIPESSOAL, LDA. VISEU 4 012 3 839 2 270 165 957 974 39<br />
53 DAVASA AUTOMOCIÓN, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL LISBOA 3 992 4 622 11 154 -96 -1 350 470 26<br />
54 RUI & PAULO ALMEIDA, LDA. LISBOA 3 902 4 175 3 720 18 666 993 42<br />
55 GRANMOTOR, LDA. LISBOA 3 757 4 158 1 936 21 759 774 27<br />
56 HOJER ELECTROMECÂNICA, LDA. SANTARÉM 3 742 3 596 4 064 69 1 699 665 36<br />
57 SIMOPEÇAS, LDA. LISBOA 3 710 5 332 2 492 380 1 874 1 119 23<br />
58 GLOBESCALA, LDA. LISBOA 3 654 4 496 5 722 100 1 749 413 10<br />
59 NIPOCAR, LDA. PORTO 3 609 3 172 4 316 309 3 711 1 108 28<br />
60 CYR - COMÉRCIO IBÉRICO DE ROLAMENTOS, LDA. LISBOA 3 553 3 186 3 850 129 1 375 984 31<br />
61 JOSÉ MANUEL RODRIGUES FORTUNATO, UNIPESSOAL, LDA. C. BRANCO 3 495 3 297 2 474 197 1 436 741 27<br />
62 FILOURÉM, LDA. SANTARÉM 3 467 3 491 2 277 52 1 228 562 18<br />
63 MAIORPEÇAS, LDA. SANTARÉM 3 453 3 464 2 729 119 1 491 641 22<br />
64 AUTOZITÂNIA II, S.A. LISBOA 3 403 3 155 2 085 89 1 783 648 17<br />
65 R3D, LDA. C. BRANCO 3 391 3 694 3 416 221 2 126 847 33<br />
66 TISOAUTO, LDA. PORTO 3 370 3 525 2 105 18 888 633 45<br />
67 MENAPEÇAS, S.A. LISBOA 3 328 3 025 3 861 21 3 440 758 32<br />
68 BARCELPEÇAS, LDA. BRAGA 3 315 3 169 2 915 173 2 220 666 27<br />
69 AUTO PEÇAS DA GAFANHA DA NAZARÉ, LDA. AVEIRO 3 267 3 470 2 891 1 423 525 26<br />
70 CARLOS MANUEL MACHADO SILVA, LDA. LEIRIA 3 120 3 126 2 619 234 2 212 608 14<br />
71 AUTO FORNECEDORA ACESSÓRIOS, LDA. PORTO 3 090 3 374 3 266 -105 2 720 492 16<br />
72 MACOS, LDA. PORTO 3 086 3 318 4 319 388 3 696 913 22<br />
73 FRANCECAR, LDA. VISEU 3 003 2 923 2 119 106 1 815 642 19<br />
74 RODEÇA, LDA AVEIRO 2 977 2 901 1 764 37 869 637 31<br />
75 POLIBATERIAS, LDA. SETÚBAL 2 956 2 679 1 888 354 1 138 822 7<br />
76 VALES & VALES, LDA. PORTO 2 945 2 866 1 743 144 872 689 28<br />
77 MCS, UNIPESSOAL, LDA. LISBOA 2 884 3 002 2 242 177 1 202 861 23<br />
78 AÇORPEÇAS, LDA. PONTA DELGADA 2 773 2 678 2 869 350 2 528 879 21<br />
79 FLUXOIMPOR, LDA. PORTO 2 750 2 859 2 492 250 1 721 745 19<br />
80 NEOCOM, LDA. AVEIRO 2 734 2 593 3 372 48 2 766 1 176 23<br />
81 X-ACTION, LDA. COIMBRA 2 728 3 022 1 418 16 525 528 22<br />
82 ELPS, LDA. MADEIRA 2 599 2 846 2 959 140 1 059 609 18<br />
83 SÁ GOMES, S.A (AUTO ESFERA) BRAGA 2 519 2 783 4 014 43 2 186 496 22<br />
84 ORCOPEÇAS, LDA. SANTARÉM 2 518 2 535 1 727 30 1 240 571 24<br />
85 P. P. T. - PEÇAS AUTO DE BRAGA, LDA. BRAGA 2 476 2 495 1 114 55 360 578 19<br />
86 OLIVEIRA MOREIRA & AZEVEDO, LDA. AVEIRO 2 435 2 434 1 670 125 683 504 15<br />
87 VISELDIESEL, LDA. VISEU 2 418 3 040 1 511 -213 266 257 19<br />
88 GANDRA & FILHOS. LDA. (AUTO FORMIGOSA) V. DO CASTELO 2 408 2 466 2 316 51 821 450 22<br />
89 DINGIPEÇAS, LDA. LEIRIA 2 404 2 550 1 374 -162 487 435 24<br />
90 PLACAUTO, S.A. LISBOA 2 399 2 236 1 986 177 917 626 13<br />
91 GULOSIPEÇAS, LDA. V. DO CASTELO 2 361 2 720 1 674 148 696 542 19<br />
92 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. SANTARÉM 2 332 2 075 1 908 230 1 270 721 15<br />
93 R.P.L. CLIMA, LDA. FARO 2 303 2 196 1 797 249 1 242 630 13<br />
94 AUTOAVAL, LDA. COIMBRA 2 266 1 952 1 081 101 661 495 14<br />
95 2M1J - SOLUÇÕES AUTO, LDA. (N PEÇAS) LISBOA 2 260 2 463 1 370 -24 212 310 19<br />
96 SAMIPARTS, LDA. LEIRIA 2 256 2 775 1 738 78 930 504 18<br />
97 SIMPORAL, LDA. LISBOA 2 214 2 033 1 553 99 915 717 18<br />
98 RUGEMPEÇAS, LDA. LISBOA 2 177 2 475 1 233 93 1 048 408 21<br />
99 COSIMPOR, S.A. VISEU 2 172 2 326 2 535 3 158 202 10<br />
100 MOTORMÁQUINA, LDA. LISBOA 2 170 2 756 3 470 223 2 993 699 15<br />
Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong> 21
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
EVOLUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS<br />
DISTRIBUIDORES DE PEÇAS LIGEIROS<br />
Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2020<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (20/19)<br />
VOL. NEG.<br />
2019<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (19/18)<br />
VOL. NEG. 2018<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (18/17)<br />
1 AUTOAVAL, LDA. COIMBRA 2 266 16,1 1 952 28,1 1 524 19,9 1 271<br />
2 ALECARPEÇAS, LDA. LISBOA 9 317 14,2 8 161 13,0 7 223 3,1 7 005<br />
3 NIPOCAR, LDA. PORTO 3 609 13,8 3 172 4,6 3 033 6,9 2 837<br />
4 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. SANTARÉM 2 332 12,4 2 075 - - - -<br />
5 CYR - COMÉRCIO IBÉRICO DE ROLAMENTOS, LDA. LISBOA 3 553 11,5 3 186 13,9 2 798 4,2 2 685<br />
6 POLIBATERIAS, LDA. SETÚBAL 2 956 10,3 2 679 -7,2 2 887 13,0 2 554<br />
7 INOVPEÇAS, S.A. PORTO 8 541 10,2 7 748 29,4 5 989 23,0 4 869<br />
8 MENAPEÇAS, S.A. LISBOA 3 328 10,0 3 025 -6,1 3 220 -15,9 3 830<br />
9 SIMPORAL, LDA. LISBOA 2 214 8,9 2 033 -4,0 2 118 7,3 1 974<br />
10 AUTOZITÂNIA II, S.A. LISBOA 3 403 7,9 3 155 1,8 3 098 -3,2 3 199<br />
11 INFINIAUTO, UNIPESSOAL, LDA. PORTO 4 628 7,3 4 312 11,1 3 880 8,2 3 585<br />
12 PLACAUTO, S.A. LISBOA 2 399 7,3 2 236 - - - -<br />
13 JAPOPEÇAS, LDA AVEIRO 4 146 6,3 3 902 -1,2 3 949 -4,0 4 115<br />
14 MONDEGOPEÇAS, LDA. COIMBRA 4 482 6,1 4 223 13,7 3 713 14,0 3 257<br />
15 JOSÉ MANUEL RODRIGUES FORTUNATO, UNIPESSOAL, LDA. C. BRANCO 3 495 6,0 3 297 28,2 2 572 5,8 2 430<br />
16 NEOCOM, LDA. AVEIRO 2 734 5,4 2 593 47,7 1 755 -21,5 2 236<br />
17 R.P.L. CLIMA, LDA. FARO 2 303 4,9 2 196 2,9 2 134 1,4 2 104<br />
18 BARCELPEÇAS, LDA. BRAGA 3 315 4,6 3 169 6,8 2 966 7,3 2 765<br />
19 PHAARMPEÇAS, UNIPESSOAL, LDA. VISEU 4 012 4,5 3 839 9,9 3 494 15,5 3 024<br />
20 HOJER ELECTROMECÂNICA, LDA. SANTARÉM 3 742 4,1 3 596 2,0 3 524 4,8 3 364<br />
21 AUTO DELTA, LDA. LEIRIA 28 947 3,9 27 852 12,0 24 872 10,0 22 608<br />
22 BRAGALIS, S.A. BRAGA 14 178 3,9 13 643 2,0 13 370 5,5 12 677<br />
23 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) PORTO 4 087 3,7 3 943 10,0 3 586 -0,7 3 613<br />
24 AÇORPEÇAS, LDA. PONTA DELGADA 2 773 3,5 2 678 -2,2 2 739 13,2 2 420<br />
25 VIEIRA & FREITAS, LDA. BRAGA 11 103 2,9 10 788 7,0 10 086 14,2 8 829<br />
26 PAULO & DANIELA, LDA. (PD AUTO) BRAGA 4 235 2,9 4 116 3,8 3 965 12,7 3 519<br />
27 SOULIMA, S.A. LISBOA 15 588 2,9 15 153 4,7 14 466 -3,0 14 911<br />
28 J.P.L.R 1 UNIPESSOAL, LDA. AVEIRO 33 193 2,8 32 296 8,6 29 752 7,0 27 808<br />
29 VALES & VALES, LDA. PORTO 2 945 2,8 2 866 20,8 2 373 - -<br />
30 FRANCECAR, LDA. VISEU 3 003 2,7 2 923 0,5 2 909 1,4 2 868<br />
31 PEÇASRAM, LDA. MADEIRA 4 544 2,6 4 427 9,7 4 037 21,0 3 335<br />
32 RODEÇA, LDA AVEIRO 2 977 2,6 2 901 22,9 2 360 - -<br />
33 EUROMAIS, LDA. COIMBRA 38 373 2,1 37 566 -3,5 38 939 12,8 34 518<br />
34 ARSIPEÇAS, LDA. AVEIRO 11 304 2,1 11 072 10,9 9 988 27,2 7 854<br />
35 FIMAG, LDA. BRAGA 14 534 1,6 14 300 8,3 13 201 -0,2 13 222<br />
36 TURBOMAX, LDA. SETÚBAL 4 485 1,4 4 424 20,7 3 664 14,8 3 191<br />
37 AUTO RECTO, LDA. PORTO 5 177 0,6 5 148 4,5 4 925 -2,2 5 034<br />
38 OLIVEIRA MOREIRA & AZEVEDO, LDA. AVEIRO 2 435 0,0 2 434 18,6 2 053 - -<br />
39 CARLOS MANUEL MACHADO SILVA, LDA. LEIRIA 3 120 -0,2 3 126 12,8 2 771 5,9 2 616<br />
40 MAIORPEÇAS, LDA. SANTARÉM 3 453 -0,3 3 464 11,6 3 103 - -<br />
41 ORCOPEÇAS, LDA. SANTARÉM 2 518 -0,7 2 535 6,8 2 374 3,3 2 299<br />
42 FILOURÉM, LDA. SANTARÉM 3 467 -0,7 3 491 2,9 3 394 -2,9 3 494<br />
43 P. P. T. - PEÇAS AUTO DE BRAGA, LDA. BRAGA 2 476 -0,8 2 495 3,4 2 414 14,6 2 107<br />
44 IBEROTURBO, LDA. LISBOA 8 241 -0,8 8 308 -1,6 8 446 -5,5 8 939<br />
45 EUROPEÇAS, S.A LISBOA 16 631 -1,0 16 799 8,3 15 509 6,6 14 551<br />
46 AUTO TORRE DA MARINHA, LDA. SETÚBAL 4 797 -1,1 4 849 8,7 4 459 11,1 4 015<br />
47 M.F. PINTO, S.A. LISBOA 9 407 -1,1 9 510 18,9 7 997 5,8 7 558<br />
48 J. SOARES & RODRIGUES, LDA. (SOARAUTO) BRAGA 6 470 -1,4 6 559 3,2 6 358 10,0 5 781<br />
49 LUBRINORDESTE, LDA. VILA REAL 4 375 -1,8 4 454 4 342 20,5 3 603<br />
50 FERDINAND BILSTEIN PORTUGAL, S.A. LISBOA 16 506 -2,3 16 895 16 095 1,1 15 920<br />
VOL. NEG.<br />
2017<br />
22 Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong>
Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2020<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (20/19)<br />
VOL. NEG.<br />
2019<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (19/18)<br />
VOL. NEG. 2018<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (18/17)<br />
51 GANDRA & FILHOS, LDA. (AUTO FORMIGOSA) V. DO CASTELO 2 408 -2,4 2 466 14,3 2 158 -6,4 2 306<br />
52 ISUVOL, LDA. SANTARÉM 8 738 -2,5 8 962 14,5 7 827 16,5 6 717<br />
53 CENTRAUTO, LDA. AVEIRO 41 962 -3,5 43 498 3,5 42 010 3,9 40 426<br />
54 FLUXOIMPOR, LDA. PORTO 2 750 -3,8 2 859 - - - -<br />
55 MCS, UNIPESSOAL, LDA. LISBOA 2 884 -3,9 3 002 6,7 2 814 15,1 2 444<br />
56 HUMBERPEÇAS, LDA. AVEIRO 8 965 -4,0 9 339 14,1 8 188 21,4 6 745<br />
57 3.0 INNOVATIVE AFTERMARKET GROUP, S.A. (REDEINNOV) PORTO 5 410 -4,1 5 639 24,2 4 540 40,6 3 230<br />
58 A. VIEIRA, S.A BRAGA 10 086 -4,1 10 521 -0,4 10 558 -4,0 10 997<br />
59 AUTOPEÇAS CAB, LDA. SETÚBAL 4 935 -4,2 5 153 8,1 4 766 3,6 4 599<br />
60 TISOAUTO, LDA. PORTO 3 370 -4,4 3 525 5,2 3 350 -0,3 3 361<br />
61 RODAPEÇAS, S.A LEIRIA 8 383 -4,9 8 814 6,0 8 312 11,8 7 437<br />
62 AUTOZITÂNIA, S.A LISBOA 35 162 -5,5 37 213 6,8 34 853 6,7 32 677<br />
63 DINGIPEÇAS, LDA. LEIRIA 2 404 -5,7 2 550 18,6 2 150 8,4 1 984<br />
64 AUTO PEÇAS DA GAFANHA DA NAZARÉ, LDA. AVEIRO 3 267 -5,9 3 470 4,6 3 318 -1,9 3 382<br />
65 GAIAFOR, LDA. PORTO 4 401 -6,3 4 697 17,5 3 998 22,9 3 252<br />
66 RUI & PAULO ALMEIDA, LDA. LISBOA 3 902 -6,5 4 175 35,2 3 089 1,3 3 050<br />
67 COSIMPOR, S.A. VISEU 2 172 -6,6 2 326 - - - -<br />
68 MACOS, LDA. PORTO 3 086 -7,0 3 318 1,7 3 263 1,7 3 208<br />
69 NORPARTS, LDA. LISBOA 12 236 -7,0 13 157 12,6 11 687 20,6 9 689<br />
70 M. COUTINHO PEÇAS, S.A PORTO 47 876 -7,4 51 705 12,0 46 161 13,6 40 650<br />
71 CREATE BUSINESS, S.A. LISBOA 44 552 -8,0 48 427 12,9 42 875 13,6 37 748<br />
72 R3D, LDA. CASTELO BRANCO 3 391 -8,2 3 694 -7,8 4 007 24,2 3 225<br />
73 2M1J - SOLUÇÕES AUTO, LDA. (N PEÇAS) LISBOA 2 260 -8,2 2 463 8,4 2 272 7,4 2 116<br />
74 AUTO FORNECEDORA, LDA. PORTO 3 090 -8,4 3 374 -7,6 3 650 -5,7 3 870<br />
75 ELPS, LDA. MADEIRA 2 599 -8,7 2 846 6,1 2 682 -3,4 2 776<br />
76 BOMBÓLEO, LDA LISBOA 19 046 -8,7 20 862 3,5 20 157 0,3 20 095<br />
77 VAUNER TRADING, S.A. PORTO 35 246 -8,8 38 656 -1,6 39 288 2,1 38 490<br />
78 LEIRILIS, S.A. LEIRIA 11 431 -8,9 12 551 1,5 12 361 6,6 11 600<br />
79 KRAUTLI PORTUGAL, LDA. LISBOA 19 762 -9,5 21 832 6,6 20 479 7,6 19 041<br />
80 SÁ GOMES, S.A. (AUTO ESFERA) BRAGA 2 519 -9,5 2 783 -0,2 2 789 -4,5 2 919<br />
81 SOFRAPA AUTOMOVÉIS, S.A. LISBOA 68 151 -9,5 75 305 5,9 71 089 17,5 60 527<br />
82 ADELINO PEDRO, LDA. (APL EXPRESSO) AÇORES 5 383 -9,6 5 957 10,1 5 410 12,2 4 821<br />
83 GRANMOTOR, LDA. LISBOA 3 757 -9,6 4 158 0,8 4 123 -0,9 4 159<br />
84 X-ACTION, LDA. COIMBRA 2 728 -9,7 3 022 2,6 2 946 10,7 2 662<br />
85 SANDIA STAND, LDA. FARO 10 075 -11,2 11 352 9,2 10 391 14,4 9 083<br />
86 ROMAFE, S.A. PORTO 10 028 -11,5 11 334 0,9 11 232 12,8 9 954<br />
87 RUGEMPEÇAS, LDA. LISBOA 2 177 -12,0 2 475 8,8 2 275 9,3 2 081<br />
88 NEWONEDRIVE, S.A. SETÚBAL 28 672 -12,8 32 895 230,7 9 947 1,7 9 780<br />
89 GULOSIPEÇAS, LDA. V. DO CASTELO 2 361 -13,2 2 720 8,8 2 500 5,9 2 361<br />
90 DAVASA AUTOMOCIÓN, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL LISBOA 3 992 -13,6 4 622 4,9 4 406 -3,8 4 582<br />
91 AUTO SILVA ACESSÓRIOS, S.A. PORTO 8 936 -14,0 10 396 -2,0 10 604 0,5 10 556<br />
92 CAETANO PARTS, LDA. PORTO 20 106 -14,9 23 614 -6,4 25 237 -3,1 26 040<br />
93 TRW AUTOMOTIVE PORTUGAL, LDA. LISBOA 22 980 -15,3 27 116 -2,7 27 877 0,6 27 714<br />
94 SAMIPARTS, LDA. LEIRIA 2 256 -18,7 2 775 1,5 2 733 7,6 2 541<br />
95 GLOBESCALA, LDA. LISBOA 3 654 -18,7 4 496 9,9 4 090 -0,8 4 121<br />
96 ATLANTIC PARTS, S.A. LISBOA 5 213 -19,0 6 439 -23,6 8 423 2,6 8 207<br />
97 VISELDIESEL, LDA. VISEU 2 418 -20,5 3 040 -2,0 3 103 18,6 2 617<br />
98 CARDOSO & MAIA, S.A. PORTO 8 673 -21,3 11 018 -13,5 12 732 -2,4 13 045<br />
99 MOTORMÁQUINA, LDA. LISBOA 2 170 -21,3 2 756 9,4 2 520 5,8 2 381<br />
100 SIMOPEÇAS, LDA. LISBOA 3 710 -30,4 5 332 - - -<br />
VOL. NEG.<br />
2017<br />
Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong><br />
23
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
OS MELHORES POR<br />
critérios<br />
A eleição dos melhores distribuidores por critérios, é uma iniciativa que pretende premiar as<br />
empresas dos vários setores de Distribuição (Peças Ligeiros, Peças Pesados, Equipamentos,<br />
Repintura e Pneus), que mais se destacaram no último ano. A análise qualitativa obedece a<br />
seis critérios previamente definidos que explicamos nestas páginas<br />
As análises e a escolha das Melhores<br />
Empresas incide sobre os<br />
“Distribuidores de Peças para<br />
Veículos Ligeiros”, “Distribuidores<br />
de Peças para Pesados”,<br />
“Distribuidores de Equipamentos Oficinais”,<br />
“Distribuidores de Repintura” e “Distribuidores<br />
de Pneus”. Os dados apresentados correspondem<br />
aos publicados na informação IES relativa ao<br />
exercício de 2020 que as empresas entregaram<br />
na AT – Autoridade Tributária.<br />
Neste Estudo realizado pela IF4, não se incluem<br />
atividades de empresas que são realizadas por<br />
unidades especializadas de empresas com outra<br />
atividade, em particular: Auto Industrial Peças<br />
(Integrada no Grupo Auto Industrial); Gamobar<br />
Peças (Integrada no Grupo Caetano Parts); e Santogal<br />
Peças (Integrada na Santogal N).<br />
Análise por critérios<br />
Para eleger as empresas dos Quadros de Honra,<br />
24 Top100 Aftermarket 2020
tiago domingos, auto delta , recebe dos<br />
patrocinadores nuno durão,<br />
pro4matic e ricardo ribeiro, trustauto,<br />
o troféu de 1º classificado<br />
paulo torres, vieira & freitas,<br />
recebe do patrocinador<br />
Ricardo ribeiro, trustauto,<br />
o troféu de 2º classificado<br />
QUADRO DE HONRA<br />
n.º empresa distrito<br />
1 AUTO DELTA, LDA. LEIRIA<br />
JOAQUIM SOUSA, sousa dos radiadores, recebe do<br />
patrocinador nuno durão, pro4matic, o troféu<br />
de 3º classificado<br />
2 VIEIRA & FREITAS, LDA. BRAGA<br />
3 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) PORTO<br />
4 EUROMAIS, LDA. COIMBRA<br />
5 JAPOPEÇAS, LDA AVEIRO<br />
6 FIMAG, LDA. BRAGA<br />
7 INOVPEÇAS ,S.A. PORTO<br />
8 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. SANTARÉM<br />
9 POLIBATERIAS, LDA. SETÚBAL<br />
10 NIPOCAR, LDA. PORTO<br />
a Revista TOP 100 utilizou um conjunto de indicadores<br />
e rácios económico-financeiros. Estes<br />
rácios permitem fazer um retrato das principais<br />
empresas e setores de atividade. Esta apresentação<br />
dos termos técnicos utilizados permite que<br />
o leitor fique a saber o que significam, como<br />
se calculam e se interpretam os indicadores<br />
e rácios utilizados. É este conjunto de dados<br />
e indicadores que permite traçar um retrato<br />
qualitativo da realidade dos distribuidores de<br />
peças, equipamentos e repintura.<br />
Os rácios e os indicadores que fazem o retrato<br />
económico e financeiro das empresas e a avaliação<br />
da sua performance servem de base à escolha<br />
das melhores empresas. Os critérios de seleção<br />
das empresas estão baseados em dados exclusivamente<br />
quantitativos referente aos resultados<br />
de 2020 em termos de:<br />
l Valor Acrescentado Bruto (VAB)<br />
l Crescimento do Volume de Negócios<br />
l Autonomia Financeira<br />
l Produtividade Real<br />
l Rentabilidade dos Capitais Próprios<br />
l Geração de Emprego<br />
A opção por este grupo de critérios radica no<br />
facto de, em conjunto, permitir avaliar a contribuição<br />
das empresas para a economia, verificar<br />
o seu dinamismo, medir a sua rentabilidade e<br />
compreender o equilíbrio financeiro, que são<br />
condições necessárias para garantir o futuro e<br />
a sustentabilidade do negócio.<br />
Valor Acrescentado Bruto (VAB)<br />
Para medir a contribuição das empresas para<br />
a economia usa-se o VAB – Valor Acrescentado<br />
Bruto, a melhor medida do contributo das<br />
empresas para a economia, que junta todos<br />
os fatores de produção: trabalho (despesas de<br />
pessoal), capital (amortizações), excelência da<br />
gestão (resultados). É calculado mediante a soma<br />
das vendas e das prestações de serviços, trabalhos<br />
para a própria empresa, variação de produção,<br />
subsídios destinados à exploração e receitas suplementares,<br />
menos consumos intermédios e os<br />
fornecimentos e serviços externos.<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong> 25
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Crescimento do Volume de Negócios<br />
Para medir o dinamismo recorremos ao Crescimento<br />
de Vendas verificado no último exercício.<br />
Num mercado estável e concorrencial, ganhar<br />
quota de mercado é um símbolo de excelência. Este<br />
é um critério essencial para avaliar o dinamismo e<br />
a eficácia da empresa, em tempo de crise. Valores<br />
positivos indicam crescimento das vendas, dinamismo<br />
empresarial e conquista de novos clientes<br />
ou quotas de mercado.<br />
Autonomia Financeira<br />
O equilíbrio financeiro é testado através do indicador<br />
de Autonomia Financeira, que permite<br />
ver qual a percentagem do ativo financiado pelos<br />
capitais próprios, sem recurso a entidades financeiras<br />
ou fornecedores. É um indicador do equilíbrio<br />
financeiro da empresa, já que mede o grau de<br />
financiamento do ativo pelos capitais próprios.<br />
Calculada pelo quociente entre os capitais próprios<br />
e o ativo total líquido. Indica o peso dos capitais<br />
próprios no financiamento da empresa e complementa<br />
o rácio de endividamento.<br />
Produtividade Real<br />
A Produtividade Real é o indicador mais utilizado<br />
para medir a eficiência da empresa, medindo o<br />
valor da contribuição de cada trabalhador para o<br />
volume de negócios da empresa. Mede a eficiência<br />
da empresa na utilização dos seus recursos humanos,<br />
representando os valores mais elevados e maior<br />
produtividade. Comparações entre a produtividade<br />
de empresas de diferentes sectores devem ser feitas<br />
com cuidado, tal como comparações de produtividade<br />
entre sectores de atividade diferentes. Por<br />
exemplo, uma indústria de capital intensivo terá, em<br />
condições normais, uma produtividade do trabalho<br />
superior a uma de mão-de-obra intensiva.<br />
Rentabilidade dos Capitais Próprios<br />
A Rentabilidade dos Capitais mede a retribuição<br />
da empresa aos seus acionistas. Assumindo que os<br />
capitais próprios da entidade representam a sua<br />
situação patrimonial líquida, isto é, o seu valor contabilístico,<br />
pode-se considerar a rendibilidade do<br />
DISTRIBUIDORES DE PEÇAS LIGEIROS<br />
TOP 10 POR CRITÉRIO<br />
CRESCIMENTO Volume negóCIOS<br />
n.º empresa<br />
1 NIPOCAR, LDA. 13,8<br />
2 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. 12,4<br />
3 POLIBATERIAS, LDA. 10,3<br />
4 INOVPEÇAS, S.A. 10,2<br />
5 JAPOPEÇAS, LDA. 6,3<br />
6 AUTO DELTA, LDA. 3,9<br />
7 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) 3,7<br />
8 VIEIRA & FREITAS, LDA. 2,9<br />
9 EUROMAIS, LDA. 2,1<br />
10 FIMAG, LDA. 1,6<br />
RENTABILIDADE CAPITAL PRÓPRIO<br />
n.º empresa<br />
1 EUROMAIS, LDA. 36,8<br />
2 INOVPEÇAS, S.A. 31,6<br />
3 POLIBATERIAS, LDA. 31,1<br />
4 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. 18,1<br />
5 AUTO DELTA, LDA. 14,6<br />
6 VIEIRA & FREITAS, LDA. 13,7<br />
7 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) 12,7<br />
8 JAPOPEÇAS, LDA. 12,6<br />
9 FIMAG, LDA. 12,2<br />
10 NIPOCAR, LDA. 8,3<br />
26 Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong>
DISTRIBUIDORES DE PEÇAS PARA LIGEIROS OS MELHORES POR CRITÉRIOS<br />
capital próprio como sendo a rendibilidade da entidade.<br />
O cálculo é efetuado pela divisão dos resultados<br />
líquidos pelo valor dos capitais próprios da entidade.<br />
Geração e Emprego<br />
A Geração de Emprego é uma boa forma de medir<br />
o compromisso da empresa com a sociedade.<br />
Um indicador que dá sinais para a expansão futura<br />
da empresa. Em tempo de crise, a manutenção<br />
do emprego já pode ser considerado um resultado<br />
ambicioso, face à onda de encerramentos e dispensas<br />
de pessoal. O dado indicado refere-se ao<br />
número de funcionários ao serviço da empresa em<br />
31 de dezembro de 2020 e serve para o cálculo<br />
da produtividade do trabalho.<br />
Critérios são acumulativos<br />
A destacar que estes seis critérios não são eliminativos,<br />
mas acumulativos: uma empresa que<br />
obtenha boa pontuação em quatro ou cinco critérios<br />
e fraca em um ou dois critérios, poderá ser<br />
considerada excelente. Por exemplo, uma empresa<br />
que cria valor acrescentado, mantém uma correta<br />
estrutura financeira, elevada produtividade<br />
e rentabilidade, pode crescer pouco e não gerar<br />
emprego, mas se as pontuações o permitirem,<br />
pode estar no Quadro de Honra. De referir ainda<br />
que utilizamos dois critérios eliminativos: não<br />
entram no cálculo para o Quadro de Honra, as<br />
empresas que não crescem ou que obtiveram Resultados<br />
Negativos (prejuízos) no último exercício<br />
superiores à queda do mercado (-5%).<br />
Para o setor de distribuidores de peças para ligeiros,<br />
foram apuradas 61 empresas, tendo sido<br />
eliminadas as que apresentaram resultados negativos<br />
superiores à queda do mercado (-5%). É<br />
pontuada com 61 pontos a empresa líder em cada<br />
critério e com 1 ponto a empresa que ocupa o<br />
lugar 61 e logicamente com valores intermédios,<br />
de modo decrescente, as empresas situadas entre<br />
os lugares 2 e 61 de cada critério. Somando a<br />
pontuação obtida em cada critério obtém-se a<br />
pontuação total, que permite definir o ranking<br />
das 10 melhores empresas. Para os outros três<br />
setores (Pesados, Equipamentos e Repintura), foi<br />
seguido o mesmo método de cálculo. ◆<br />
VALOR ACRESCENTADO BRUTO (vaB)<br />
n.º empresa<br />
1 AUTO DELTA, LDA. 6 335<br />
2 EUROMAIS, LDA. 3 167<br />
3 FIMAG, LDA. 2 967<br />
4 VIEIRA & FREITAS, LDA. 2 852<br />
5 INOVPEÇAS, S.A. 2 086<br />
6 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) 1 743<br />
7 JAPOPEÇAS, LDA. 1 119<br />
8 NIPOCAR, LDA. 1 108<br />
9 POLIBATERIAS, LDA. 822<br />
10 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. 721<br />
PRODUTIVIDADE REAL<br />
n.º empresa<br />
1 POLIBATERIAS, LDA. 117<br />
2 EUROMAIS, LDA. 75<br />
3 VIEIRA & FREITAS, LDA. 73<br />
4 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) 58<br />
5 AUTO DELTA, LDA. 58<br />
6 JAPOPEÇAS, LDA. 56<br />
7 FIMAG, LDA. 54<br />
8 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. 48<br />
9 NIPOCAR, LDA. 40<br />
10 INOVPEÇAS, S.A. 28<br />
AUTONOMIA FINANCEIRA<br />
n.º empresa<br />
1 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) 91,7<br />
2 JAPOPEÇAS, LDA. 91,1<br />
3 VIEIRA & FREITAS, LDA. 87,7<br />
4 NIPOCAR, LDA. 86,0<br />
5 AUTO DELTA, LDA. 73,4<br />
6 FIMAG, LDA. 69,6<br />
7 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. 66,6<br />
8 POLIBATERIAS, LDA. 60,3<br />
9 INOVPEÇAS, S.A. 33,6<br />
10 EUROMAIS, LDA. 9,6<br />
GERAÇÃO EMPREGO<br />
n.º empresa<br />
1 INOVPEÇAS, S.A. 10<br />
2 EUROMAIS, LDA. 6<br />
3 AUTO DELTA, LDA. 2<br />
4 FIMAG, LDA. 2<br />
5 VIEIRA & FREITAS, LDA. 2<br />
6 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) 1<br />
7 NIPOCAR, LDA. 1<br />
8 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. 1<br />
9 JAPOPEÇAS, LDA. 0<br />
10 POLIBATERIAS, LDA. -1<br />
Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong><br />
27
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top25<br />
DISTRIBUIDORES<br />
Peças para Veículos<br />
Pesados<br />
Os 25 Maiores distribuidores de Peças para Pesados faturaram em 2020, 124 milhões de €,<br />
menos 3,5% que no ano anterior, queda inferior ao subsetor de Peças para Ligeiros<br />
O<br />
impacto da pandemia no setor<br />
dos pesados foi francamente menor<br />
do que o previsto. O aumento<br />
da mobilidade profissional que<br />
proporcionou a logística necessária<br />
para servir as pessoas em suas casas, acabou<br />
por manter o negócio em níveis muito razoáveis.<br />
l O valor exportado aumentou 1,8 %, significando<br />
10% do total faturado.<br />
l Empregam 571 trabalhadores (-4,7%), aumentando<br />
a produtividade média para 217 mil € por<br />
trabalhador.<br />
Os indicadores financeiros mantiveram excelentes<br />
valores:<br />
l Autonomia Financeira: 53,9% dos Ativos financiados<br />
por Capitais Próprios.<br />
l Unicamente duas empresas apresentaram prejuízos.<br />
l Pequena queda dos Resultados Líquidos, mantendo<br />
Rentabilidades elevadas: 4,1% das Vendas<br />
e 7,6% dos Capitais.<br />
A Civiparts lidera em Volume de Negócios,<br />
Ativos, Capitais, VAB e Emprego. A Motorbus<br />
lidera em Resultados Líquidos e Exportações,<br />
aproximando-se da liderança em Volume de<br />
Negócios. ◆<br />
28<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
JOEL LEBRE, MOTORBUS, RECEBE DO PATROCINADOR<br />
pATxi Gorrotxategi, TALOSA, O TROFÉU 1º CLASSIFICADO<br />
QUADRO DE HONRA<br />
n.º empresa distrito<br />
1 MOTORBUS, LDA. PORTO<br />
2 VICAUTO, LDA. VISEU<br />
3 HBC II-PEÇAS AUTO, LDA. LEIRIA<br />
4 SGP-GLOBAL PARTS, LDA. LISBOA<br />
5 SUSPARTES, LDA. SETÚBAL<br />
6 VIA PESADOS, LDA. VIANA CASTELO<br />
7 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. LEIRIA<br />
8 ECOPARTES, LDA. LEIRIA<br />
9 LEIRIPESADOS-COMÉRCIO DE PEÇAS, LDA. LEIRIA<br />
10 RECAMBIOS BARREIRO,SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. PORTO<br />
RICARDO ALMEIDA, VICAUTO, RECEBE DO<br />
PATROCINADOR LUIS RIBEIRO, DIESEL<br />
TECHNIC, O TROFÉU 2º CLASSIFICADO<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
29
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top25<br />
DISTRIBUIDORES DE PEÇAS para pesados<br />
TOP 10 POR CRITÉRIO<br />
CRESCIMENTO VOLUME NEGÓCIOS<br />
n.º EMPRESA<br />
1 MOTORBUS, LDA. 23,4<br />
2 LEIRIPESADOS, LDA. 16,4<br />
3 SUSPARTES, LDA. 16,3<br />
4 VIA PESADOS, LDA. 13,0<br />
5 VICAUTO, LDA. 11,9<br />
6 ECOPARTES, LDA. 11,1<br />
7 HBC II, LDA. 7,0<br />
8 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. 6,5<br />
9 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 0,1<br />
10 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. 0,0<br />
RENTABILIDADE CAPITAL PRÓPRIO<br />
n.º EMPRESA<br />
1 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 24,4<br />
2 MOTORBUS, LDA. 21,0<br />
3 VIA PESADOS, LDA. 20,1<br />
4 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. 19,9<br />
5 VICAUTO, LDA. 17,6<br />
6 HBC II, LDA. 8,1<br />
7 ECOPARTES, LDA. 6,9<br />
8 LEIRIPESADOS, LDA. 5,5<br />
9 SUSPARTES, LDA. 5,0<br />
10 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. 2,4<br />
VALOR ACRESCENTADO BRUTO (VAB)<br />
n.º EMPRESA<br />
1 HBC II, LDA. 2 910<br />
2 MOTORBUS, LDA. 2 706<br />
3 SUSPARTES, LDA. 2 156<br />
4 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. 2 143<br />
5 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. 1 025<br />
6 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 983<br />
7 VICAUTO, LDA. 712<br />
8 VIA PESADOS, LDA. 656<br />
9 ECOPARTES, LDA. 437<br />
10 LEIRIPESADOS, LDA. 381<br />
PRODUTIVIDADE REAL<br />
n.º EMPRESA<br />
1 SUSPARTES, LDA. 239,6<br />
2 MOTORBUS, LDA. 90,2<br />
3 VICAUTO, LDA. 71,2<br />
4 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. 48,7<br />
5 LEIRIPESADOS, LDA. 47,6<br />
6 VIA PESADOS, LDA. 46,9<br />
7 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 46,8<br />
8 HBC II, LDA. 42,8<br />
9 ECOPARTES, LDA. 39,7<br />
10 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. 35,3<br />
AUTONOMIA FINANCEIRA<br />
n.º EMPRESA<br />
1 ECOPARTES, LDA. 78,2<br />
2 VICAUTO, LDA. 69,2<br />
3 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. 61,7<br />
4 MOTORBUS, LDA. 54,4<br />
5 HBC II, LDA. 54,2<br />
6 SUSPARTES, LDA. 53,9<br />
7 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 42,8<br />
8 LEIRIPESADOS, LDA. 38,9<br />
9 VIA PESADOS, LDA. 37,9<br />
10 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. 33,8<br />
GERAÇÃO EMPREGO<br />
n.º EMPRESA<br />
1 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 3<br />
2 MOTORBUS, LDA. 2<br />
3 HBC II, LDA. 1<br />
4 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. 1<br />
5 VIA PESADOS, LDA. 1<br />
6 ECOPARTES, LDA. 1<br />
7 VICAUTO, LDA. 0<br />
8 SUSPARTES, LDA. -1<br />
9 LEIRIPESADOS, LDA. -1<br />
10 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. -2<br />
30<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
TOP25 - MAIORES DISTRIBUIDORES DE PEÇAS PARA PESADOS<br />
Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2020 VOL. NEG. 2019 ATIVO 2020 RES. LIQ. 2020 CAP. PROP. 2020 VAB 2020 Nº TRAB. 2020<br />
1 CIVIPARTS, S.A LISBOA 20 246 26 651 29 277 -280 15 622 2 999 79<br />
2 MOTORBUS, LDA. PORTO 17 575 14 243 12 782 1 460 6 955 2 706 30<br />
3 HBC II, LDA. LEIRIA 13 609 12 718 11 469 506 6 219 2 910 68<br />
4 EUROPART PORTUGAL, S.A. LISBOA 8 878 10 124 5 639 -95 2 280 1 391 40<br />
5 D. COSTA, S.A. (COPEROL) LISBOA 7 864 7 871 8 203 241 3 491 1 982 69<br />
6 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. PORTO 7 273 6 827 4 192 34 1 416 1 025 29<br />
7 NASACAR, LDA. LISBOA 7 262 8 570 9 259 387 4 140 1 566 25<br />
8 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. LISBOA 5 554 5 551 3 282 343 1 405 983 21<br />
9 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. LEIRIA 4 734 4 732 4 024 494 2 482 2 143 44<br />
10 VIA PESADOS, LDA. V. DO CASTELO 3 144 2 782 2 129 162 807 656 14<br />
11 TECNIAMPER, LDA. LISBOA 3 019 3 781 5 893 355 4 684 909 15<br />
12 VICAUTO, LDA. VISEU 2 875 2 570 2 590 315 1 791 712 10<br />
13 SUSPARTES, LDA. SETÚBAL 2 765 2 377 1 889 51 1 019 2 156 9<br />
14 VISOPARTS, LDA. VISEU 2 603 2 900 2 391 197 1 509 638 10<br />
15 ECOPARTES, LDA. LEIRIA 2 057 1 852 1 508 82 1 180 437 11<br />
16 POVOA HIDRÁULICA, LDA. PORTO 1 996 2 049 2 433 11 1 545 412 15<br />
17 DMS - TRUCKS, LDA. LEIRIA 1 943 2 104 4 022 443 3 720 1 101 14<br />
18 GLOBAL PARTS SUL, LDA. SETÚBAL 1 824 1 908 869 72 263 391 10<br />
19 POLICALÇO, LDA. PORTO 1 728 1 595 2 406 37 609 336 13<br />
20 LEIRIPESADOS, LDA. LEIRIA 1 662 1 428 1 266 27 492 381 8<br />
21 COMERCIALPEÇAS - MÁRIO DE ALMEIDA & MARTINS, LDA. PORTO 1 426 1 540 2 056 174 1 282 433 8<br />
22 PROPESADOS, LDA. COIMBRA 1 160 1 306 1 449 59 775 346 8<br />
23 VOLPEÇAS, LDA COIMBRA 1 000 1 043 1 478 44 1 053 235 6<br />
24 ALMEFA, LDA. SETÚBAL 954 968 2 393 4 1 395 187 7<br />
25 GOLIPE, LDA. LISBOA 855 1 066 1 100 -43 650 126 8<br />
TOP25 - EVOLUÇÃO VOLUME NEGÓCIO DISTRIBUIDORES PEÇAS PARA PESADOS<br />
Nº EMPRESA DISTRITO<br />
VOL. NEG.<br />
2020<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (20/19)<br />
VOL. NEG.<br />
2019<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (19/18)<br />
VOL. NEG.<br />
2018<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (18/17)<br />
VOL. NEG.<br />
2017<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (17/16)<br />
1 MOTORBUS, LDA. PORTO 17 575 23,4 14 243 21,7 11 706 20,3 9 729 20,0<br />
2 LEIRIPESADOS, LDA. LEIRIA 1 662 16,4 1 428 -10,7 1 599 10,3 1 450 -1,5<br />
3 SUSPARTES, LDA. SETÚBAL 2 765 16,3 2 377 -24,8 3 159 21,2 2 606 47,1<br />
4 VIA PESADOS, LDA. V. DO CASTELO 3 144 13,0 2 782 -3,6 2 887 7,4 2 688 7,2<br />
5 VICAUTO, LDA. VISEU 2 875 11,9 2 570 11,5 2 304 13,8 2 025 4,7<br />
6 ECOPARTES, LDA. LEIRIA 2 057 11,1 1 852 -4,0 1 930 -8,5 2 110 -9,7<br />
7 POLICALÇO, LDA. PORTO 1 728 8,3 1 595 1,9 1 565 -1,4 1 588 -0,9<br />
8 HBC II - PEÇAS AUTO, LDA. LEIRIA 13 609 7,0 12 718 8,5 11 726 10,1 10 654 3,8<br />
9 RECAMBIOS BARREIRO, SUCURSAL EM PORTUGAL, LDA. PORTO 7 273 6,5 6 827 18,9 5 743 7,1 5 360 1,1<br />
10 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. LISBOA 5 554 0,1 5 551 15,2 4 818 26,4 3 811 22,8<br />
11 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. LEIRIA 4 734 0,0 4 732 -0,2 4 743 13,2 4 191 15,8<br />
12 D. COSTA, S.A. (COPEROL) LISBOA 7 864 -0,1 7 871 0,2 7 857 -1,8 7 997 1,3<br />
13 ALMEFA, LDA. SETÚBAL 954 -1,4 968 -21,4 1 231 -16,3 1 470 -7,4<br />
14 PÓVOA HIDRÁULICA, LDA. PORTO 1 996 -2,6 2 049 - - - -<br />
15 VOLPEÇAS, LDA COIMBRA 1 000 -4,1 1 043 22,7 850 -19,8 1 060 33,5<br />
16 GLOBAL PARTS SUL, LDA. SETÚBAL 1 824 -4,4 1 908 6,2 1 797 9,6 1 639 -<br />
17 COMERCIALPEÇAS - MÁRIO DE ALMEIDA & MARTINS, LDA. PORTO 1 426 -7,4 1 540 7,7 1 430 -5,2 1 509 12,9<br />
18 DMS - TRUCKS, LDA. LEIRIA 1 943 -7,7 2 104 -9,3 2 321 6,0 2 189 1,6<br />
19 VISOPARTS, LDA. VISEU 2 603 -10,2 2 900 14,1 2 542 11,7 2 276 4,1<br />
20 PROPESADOS, LDA. COIMBRA 1 160 -11,2 1 306 -3,6 1 355 -4,4 1 417 -6,3<br />
21 EUROPART PORTUGAL, S.A. LISBOA 8 878 -12,3 10 124 -5,8 10 742 1,2 10 619 4,2<br />
22 NASACAR, LDA. LISBOA 7 262 -15,3 8 570 -10,0 9 520 -12,5 10 874 32,9<br />
23 GOLIPE, LDA. LISBOA 855 -19,8 1 066 -2,6 1 095 -3,7 1 137 2,9<br />
24 TECNIAMPER, LDA. LISBOA 3 019 -20,2 3 781 -4,4 3 953 -1,8 4 025 18,0<br />
25 CIVIPARTS, S.A LISBOA 20 246 -24,0 26 651 -4,2 27 823 -1,5 28 241 -3,7<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong> 31
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top25<br />
Top100<br />
DISTRIBUIDORES<br />
de Equipamentos<br />
Os 25 Maiores Distribuidores de Equipamentos para Oficinas faturaram em 2020 quase 99<br />
milhões de €, menos 8,8% que em 2019, sendo o Subsetor dos Distribuidores mais penalizado<br />
pela pandemia<br />
O<br />
excelente resultado.<br />
setor dos equipamentos foi dos<br />
mais penalizados pela pandemia,<br />
tendo sido bastante afetado nos<br />
meses de abril e maio de 2020,<br />
mas a partir de julho o negócio<br />
evoluiu de forma positiva.<br />
l As Exportações caíram 7,7 % aumentando o<br />
seu peso para 8.9% da Faturação<br />
l Tem mantido o Emprego, que foi de 650 trabalhadores,<br />
pelo que a produtividade caiu para 152 mil<br />
€ por trabalhador, sensivelmente inferior à obtida<br />
pelos Distribuidores de Peças, em consequência da<br />
criação de maior Valor Acrescentado (22% do VN).<br />
A situação financeira foi afetada pela queda da<br />
faturação:<br />
l Os lucros tiveram uma queda significativa com<br />
6 empresas apresentando resultados negativos<br />
l A Autonomia Financeira aumentou para 52,5%,<br />
l As Rentabilidades médias diminuíram para 1,1%<br />
das Vendas e 1,9% dos Capitais.<br />
A Lusavouga lidera em todos os critérios quantitativos<br />
e a Meganor registou o maior crescimento do volume<br />
de negócios, seguido pela Teixeira & Chorado. ◆<br />
32<br />
Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
JORGE PINHEIRO, MEGANOR, RECEBE<br />
DO PATROCINADOR RUI FIGUEIRA,<br />
BAHCO, O TROFÉU 1º CLASSIFICADO<br />
JOSÉ BÁRBARA, KROFTOOLS,<br />
RECEBE DO PATROCINADOR RUI<br />
FIGUEIRA, BAHCO, O TROFÉU 3º<br />
CLASSIFICADO<br />
QUADRO DE HONRA<br />
n.º empresa distrito<br />
1 MEGANOR, LDA. BRAGA<br />
2 ALTARODA, S.A. PORTO<br />
3 KROFTOOLS, LDA. BRAGA<br />
4 LUSAVOUGA, S.A. LISBOA<br />
5 FORWINNERS, LDA. AVEIRO<br />
6 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. PORTO<br />
7 HISPANOR, LDA. BRAGA<br />
8 BOLAS, LDA. ÉVORA<br />
9 MGM, LDA. PORTO<br />
10 LUSAVEIRO, S.A. AVEIRO<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
josé bATista, alTA roda, recebe de<br />
pAUlo franco, ap comunicação, o<br />
troféu 2º classificado<br />
33
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top25<br />
DISTRIBUIDORES DE equipamentos<br />
TOP 10 POR CRITÉRIO<br />
CRESCIMENTO VOLUME NEGÓCIOS<br />
n.º EMPRESA<br />
1 MEGANOR, LDA. 27,6<br />
2 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. 25,5<br />
3 FORWINNERS, LDA. 19,7<br />
4 ALTARODA, S.A. 8,3<br />
5 KROFTOOLS, LDA. 7,3<br />
6 LUSAVOUGA, S.A. 6,1<br />
7 LUSAVEIRO, S.A. 3,8<br />
8 MGM, LDA. -4,9<br />
9 BOLAS, LDA. -6,8<br />
10 HISPANOR, LDA. -9,1<br />
RENTABILIDADE CAPITAL PRÓPRIO<br />
n.º EMPRESA<br />
1 FORWINNERS, LDA. 38,3<br />
2 HISPANOR, LDA. 28,3<br />
3 KROFTOOLS, LDA. 16,2<br />
4 ALTARODA, S.A. 13,5<br />
5 MGM, LDA. 11,6<br />
6 MEGANOR, LDA. 11,6<br />
7 LUSAVOUGA, S.A. 4,6<br />
8 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. 3,4<br />
9 BOLAS, LDA. 3,2<br />
10 LUSAVEIRO, S.A. 2,2<br />
VALOR ACRESCENTADO BRUTO (VAB)<br />
n.º EMPRESA<br />
1 LUSAVOUGA, S.A. 3 840<br />
2 BOLAS, LDA. 2 195<br />
3 LUSAVEIRO, S.A. 1 433<br />
4 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. 1 004<br />
5 KROFTOOLS, LDA. 887<br />
6 MEGANOR, LDA. 650<br />
7 MGM, LDA. 557<br />
8 ALTARODA, S.A. 549<br />
9 HISPANOR, LDA. 499<br />
10 FORWINNERS, LDA. 349<br />
PRODUTIVIDADE REAL<br />
n.º EMPRESA<br />
1 FORWINNERS, LDA. 69,8<br />
2 KROFTOOLS, LDA. 55,4<br />
3 MEGANOR, LDA. 50,0<br />
4 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. 41,8<br />
5 HISPANOR, LDA. 41,6<br />
6 ALTARODA, S.A. 39,2<br />
7 LUSAVEIRO, S.A. 38,7<br />
8 LUSAVOUGA, S.A. 36,9<br />
9 BOLAS, LDA. 36,0<br />
10 MGM, LDA. 25,3<br />
AUTONOMIA FINANCEIRA<br />
n.º EMPRESA<br />
1 BOLAS, LDA. 87,0<br />
2 ALTARODA, S.A. 78,5<br />
3 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. 69,2<br />
4 MGM, LDA. 59,9<br />
5 LUSAVOUGA, S.A. 50,2<br />
6 HISPANOR, LDA. 49,7<br />
7 MEGANOR, LDA. 45,3<br />
8 LUSAVEIRO, S.A. 40,8<br />
9 KROFTOOLS, LDA. 30,0<br />
10 FORWINNERS, LDA. 28,0<br />
GERAÇÃO EMPREGO<br />
n.º EMPRESA<br />
1 LUSAVOUGA, S.A. 7<br />
2 MEGANOR, LDA. 5<br />
3 ALTARODA, S.A. 1<br />
4 KROFTOOLS, LDA. 0<br />
5 HISPANOR, LDA. 0<br />
6 FORWINNERS, LDA. 0<br />
7 BOLAS, LDA. -1<br />
8 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. -1<br />
9 MGM, LDA. -1<br />
10 LUSAVEIRO, S.A. -2<br />
34<br />
Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
TOP25 - MAIORES DISTRIBUIDORES DE EQUIPAMENTOS<br />
Nº DISTRITO VOL. NEG. 2020 VOL. NEG. 2019 ATIVO 2020 RES. LIQ. 2020 CAP. PROP. 2020 VAB 2020 Nº TRAB. 2020<br />
1 LUSAVOUGA, S.A. AVEIRO 22 762 21 447 26 355 606 13 240 3 840 104<br />
2 LUSAVEIRO, S.A. AVEIRO 10 348 9 969 10 135 89 4 137 1 433 37<br />
3 LUSILECTRA, S.A. PORTO 10 310 14 497 12 007 -621 5 849 2 134 64<br />
4 BOLAS, LDA. ÉVORA 9 978 10 701 11 020 306 9 582 2 195 61<br />
5 RUBETE, S.A. PORTO 4 634 5 334 4 493 -126 819 1 309 56<br />
6 COMETIL, S.A. LISBOA 4 602 5 475 6 549 -121 4 024 917 31<br />
7 CETRUS, LDA. BRAGA 3 964 4 508 5 590 12 1 734 1 500 44<br />
8 INTERMACO, LDA. AVEIRO 3 752 4 229 2 529 13 1 781 931 34<br />
9 KROFTOOLS, LDA. BRAGA 3 670 3 419 3 819 185 1 145 887 16<br />
10 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. PORTO 3 234 2 577 4 009 93 2 774 1 004 24<br />
11 FERROL 2, S.A. LEIRIA 2 667 3 464 2 415 2 554 378 11<br />
12 FONSECA, MATOS & FERREIRA, LDA. LISBOA 2 541 3 965 4 094 -121 2 738 384 15<br />
13 ALTARODA, S.A. PORTO 1 793 1 656 1 948 206 1 529 549 14<br />
14 HELDER - MÁQUINAS E FERRAMENTAS, LDA. LEIRIA 1 750 2 107 1 041 2 229 445 16<br />
15 PROXIRA, LDA LISBOA 1 735 1 365 884 64 274 321 11<br />
16 HISPANOR, LDA. BRAGA 1 665 1 831 980 138 487 499 12<br />
17 MGM, LDA. PORTO 1 489 1 565 1 191 83 714 557 22<br />
18 TECNIVERCA, LDA. LISBOA 1 369 1 610 1 773 -61 1 214 232 12<br />
19 FORWINNERS, LDA. AVEIRO 1 323 1 105 1 112 119 311 349 5<br />
20 IMPACTO, LDA. PORTO 1 242 1 489 1 596 4 1 388 257 8<br />
21 DOMINGOS & MORGADO 2, LDA. PORTO 1 195 1 715 1 182 -64 237 390 13<br />
22 GONÇALTEAM, LDA. SETÚBAL 1 180 1 670 1 954 66 798 434 12<br />
23 MEGANOR, LDA. BRAGA 967 758 878 46 398 650 13<br />
24 CONVERSA DE MÃOS, LDA. PORTO 881 1 124 719 65 323 271 10<br />
25 PINTO DA COSTA & COSTA, LDA. BRAGA 775 1 051 722 71 559 235 7<br />
TOP25 - EVOLUÇÃO VOLUME NEGÓCIO DISTRIBUIDORES DE EQUIPAMENTOS<br />
Nº EMPRESA DISTRITO<br />
VOL. NEG.<br />
2020<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (20/19)<br />
VOL. NEG.<br />
2019<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (19/18)<br />
VOL. NEG.<br />
2018<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (18/17)<br />
VOL. NEG.<br />
2017<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (17/16)<br />
1 MEGANOR, LDA. BRAGA 967 758 - - - - - -<br />
2 PROXIRA, LDA LISBOA 1 735 1 365 - - - - - -<br />
3 TEIXEIRA & CHORADO, S.A. PORTO 3 234 2 577 10,5 2 332 2 332 5,6 2 209 -12,3<br />
4 FORWINNERS, LDA. AVEIRO 1 323 1 105 8,2 1 021 1 021 -0,5 1 026 36,4<br />
5 ALTARODA, S.A. PORTO 1 793 1 656 18,8 1 394 1 394 -0,2 1 397 9,1<br />
6 KROFTOOLS, LDA. BRAGA 3 670 3 419 21,7 2 810 2 810 16,9 2 404 11,2<br />
7 LUSAVOUGA, S.A. AVEIRO 22 762 21 447 -5,2 22 621 22 621 15,6 19 560 8,9<br />
8 LUSAVEIRO, S.A. AVEIRO 10 348 9 969 -4,4 10 432 10 432 -0,1 10 440 11,0<br />
9 MGM, LDA. PORTO 1 489 1 565 12,7 1 389 1 389 18,5 1 172 9,0<br />
10 BOLAS, LDA. ÉVORA 9 978 10 701 2,1 10 478 10 478 2,7 10 201 15,4<br />
11 HISPANOR, LDA. BRAGA 1 665 1 831 34,7 1 359 1 359 10,7 1 228 -3,5<br />
12 INTERMACO, LDA. AVEIRO 3 752 4 229 1,7 4 157 4 157 7,3 3 875 -9,9<br />
13 CETRUS, LDA. BRAGA 3 964 4 508 -7,7 4 882 4 882 52,1 3 210 7,1<br />
14 RUBETE, S.A. PORTO 4 634 5 334 -2,5 5 471 5 471 3,1 5 306 5,9<br />
15 TECNIVERCA, LDA. LISBOA 1 369 1 610 3,1 1 561 1 561 -7,1 1 681 18,7<br />
16 COMETIL, S.A. LISBOA 4 602 5 475 -4,8 5 749 5 749 14,3 5 028 5,0<br />
17 IMPACTO, LDA. PORTO 1 242 1 489 10,4 1 349 1 349 3,6 1 302 -0,7<br />
18 HELDER MÁQUINAS, LDA. LEIRIA 1 750 2 107 6,0 1 988 1 988 16,1 1 713 22,0<br />
19 CONVERSA DE MÃOS , LDA. PORTO 881 1 124 -1,6 1 142 1 142 2,5 1 114 3,7<br />
20 FERROL 2, S.A. LEIRIA 2 667 3 464 15,2 3 006 3 006 10,2 2 728 2,8<br />
21 PINTO DA COSTA & COSTA, LDA. BRAGA 775 1 051 -14,5 1 229 1 229 55,8 789 -18,7<br />
22 LUSILECTRA, S.A. PORTO 10 310 14 497 11,2 13 041 13 041 3,8 12 562 1,4<br />
23 GONÇALTEAM, LDA. SETÚBAL 1 180 1 670 -7,8 1 811 1 811 16,3 1 557 1,0<br />
24 DOMINGOS & MORGADO 2 , LDA. PORTO 1 195 1 715 -10,2 1 909 1 909 -2,3 1 954 14,9<br />
25 FONSECA, MATOS & FERREIRA, LDA. LISBOA 2 541 3 965 - - - -<br />
Top100 Aftermarket 2020 <strong>2021</strong> 35
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top25<br />
DISTRIBUIDORES<br />
de repintura<br />
Os 25 maiores Distribuidores deste setor faturaram 73 milhões de € e empregam<br />
431 trabalhadores, tendo uma produtividade média de 169 mil € por trabalhador<br />
O<br />
setor da colisão e repintura automóvel<br />
não ficou imune ao impacto<br />
da pandemia. Sem viaturas em<br />
circulação, sem acidentes, sem<br />
turismo, sem rent-a-cars, o setor<br />
viu o negócio começar a descer, no entanto revelou<br />
que sempre acreditou na capacidade de resiliência<br />
dos profissionais que nunca deixaram de estar em<br />
contacto com o cliente.<br />
Apesar da quebra de negócios, o exercício de<br />
2020 deste grupo de empresas teve alguns aspetos<br />
positivos:<br />
l Excelentes Resultados Líquidos mantendo valores<br />
elevados das Rentabilidades: 6,1% das Vendas<br />
e 10,1% dos Capitais.<br />
l Unicamente três empresas com Resultados<br />
Negativos.<br />
l O emprego cresceu em 6 trabalhadores.<br />
l É o sector com maior incidência do VAB sobre<br />
o total do Negócio: 25%<br />
l Queda da faturação de 2,7%<br />
A Carsistema é líder em Volume de Negócios e em<br />
Exportação. A Portepim tem os maiores Ativos,<br />
Autoflex tem os maiores Capitais, Loja das Tintas<br />
gera os maiores Resultados e maior VAB e as<br />
Tintas Silaca são o maior empregador. ◆<br />
36 Top100 Aftermarket 2020
AGOSTINHO MATOS, CENTROCOR,<br />
RECEBE DA PATROCINADORA<br />
GRISÉLIA AFONSO, SKF, O TROFÉU<br />
3º CLASSIFICADO<br />
bruno pereira, ltintas, recebeu dos<br />
pATRocinadores PAULO MARTINS,<br />
TECH One, e grisélia Afonso, SKF, o<br />
troféu 1º classificado<br />
JOANA SILVA, AUTOFLEX, RECEBE DO<br />
PATROCINADOR PAULO MARTINS, TECH<br />
ONE, O TROFÉU 2º CLASSIFICADO<br />
QUADRO DE HONRA<br />
n.º empresa distrito<br />
1 LTINTAS, LDA. SETÚBAL<br />
2 AUTOFLEX, LDA. AVEIRO<br />
3 CENTROCOR, LDA PORTO<br />
4 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC) LISBOA<br />
5 COTEQ, S.A. BRAGA<br />
6 SOTINAR LISBOA, LDA. LISBOA<br />
7 SOTINAR FEIRA, LDA. AVEIRO<br />
8 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) PORTO<br />
9 SODICOR, S.A. LEIRIA<br />
10 FANLAC, LDA. LISBOA<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
37
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top25<br />
DISTRIBUIDORES DE REPINTURA<br />
TOP 10 POR CRITÉRIO<br />
CRESCIMENTO VOLUME NEGÓCIOS<br />
n.º EMPRESA<br />
1 LTINTAS, LDA. 36,0<br />
2 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) 10,5<br />
3 FANLAC, LDA 8,0<br />
4 AUTOFLEX, LDA 6,1<br />
5 COTEQ, S.A. 6,1<br />
6 SOTINAR FEIRA, LDA. 4,4<br />
7 SOTINAR LISBOA, LDA. 2,0<br />
8 CENTROCOR, LDA 0,4<br />
9 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) 0,4<br />
10 SODICOR, S.A. -1,0<br />
RENTABILIDADE CAPITAL PRÓPRIO<br />
n.º EMPRESA<br />
1 LTINTAS, LDA. 32,0<br />
2 SOTINAR LISBOA, LDA. 15,9<br />
3 SOTINAR FEIRA, LDA. 14,2<br />
4 COTEQ, S.A. 11,0<br />
5 CENTROCOR, LDA 10,1<br />
6 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) 9,6<br />
7 AUTOFLEX, LDA 9,3<br />
8 SODICOR, S.A. 7,4<br />
9 FANLAC, LDA 2,1<br />
10 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) 0,5<br />
VALOR ACRESCENTADO BRUTO (VAB)<br />
n.º EMPRESA<br />
1 LTINTAS, LDA. 1 598<br />
2 AUTOFLEX, LDA 1 460<br />
3 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) 1 224<br />
4 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) 926<br />
5 CENTROCOR, LDA 828<br />
6 COTEQ, S.A. 817<br />
7 SODICOR, S.A. 617<br />
8 SOTINAR LISBOA, LDA. 515<br />
9 FANLAC, LDA 404<br />
10 SOTINAR FEIRA, LDA. 392<br />
PRODUTIVIDADE REAL<br />
n.º EMPRESA<br />
1 LTINTAS, LDA. 57,1<br />
2 AUTOFLEX, LDA 56,2<br />
3 SOTINAR FEIRA, LDA. 56,0<br />
4 SOTINAR LISBOA, LDA. 51,5<br />
5 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) 49,0<br />
6 CENTROCOR, LDA 41,4<br />
7 COTEQ, S.A. 37,1<br />
8 FANLAC, LDA 26,9<br />
9 SODICOR, S.A. 24,7<br />
10 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) 19,7<br />
AUTONOMIA FINANCEIRA<br />
n.º EMPRESA<br />
1 AUTOFLEX, LDA 93,4<br />
2 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) 87,4<br />
3 COTEQ, S.A. 83,5<br />
4 SOTINAR FEIRA, LDA. 75,3<br />
5 CENTROCOR, LDA 70,0<br />
6 SOTINAR LISBOA, LDA. 56,3<br />
7 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) 52,9<br />
8 LTINTAS, LDA. 52,2<br />
9 SODICOR, S.A. 38,0<br />
10 FANLAC, LDA 22,5<br />
GERAÇÃO EMPREGO<br />
n.º EMPRESA<br />
1 CENTROCOR, LDA 3<br />
2 SODICOR, S.A. 2<br />
3 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) 1<br />
4 LTINTAS, LDA. 1<br />
5 AUTOFLEX, LDA 1<br />
6 FANLAC, LDA 1<br />
7 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) 0<br />
8 COTEQ, S.A. 0<br />
9 SOTINAR LISBOA, LDA. 0<br />
10 SOTINAR FEIRA, LDA. 0<br />
38<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
TOP25 - MAIORES DISTRIBUIDORES DE REPINTURA<br />
Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2020 VOL. NEG. 2019 ATIVO 2020 RES. LIQ. 2020 CAP. PROP. 2020 VAB 2020 Nº TRAB. 2020<br />
1 CARSISTEMA PORTUGAL, S.A. COIMBRA 6 547 7 172 7 444 495 2 459 1 167 9<br />
2 LTINTAS, LDA. SETÚBAL 6 404 4 710 4 392 735 2 294 1 598 28<br />
3 AUTOFLEX, LDA AVEIRO 5 709 5 380 6 778 587 6 329 1 460 26<br />
4 PORTEPIM, S.A. COIMBRA 5 644 6 124 8 106 378 5 368 1 428 7<br />
5 IMPOESTE, S.A. LISBOA 4 517 6 769 7 099 -168 1 427 739 34<br />
6 QUIMIRÉGUA,, LDA. VILA REAL 4 366 4 600 6 604 517 3 836 1 118 24<br />
7 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) LISBOA 4 284 4 268 4 169 350 3 645 1 224 25<br />
8 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) PORTO 3 663 3 314 4 555 12 2 410 926 47<br />
9 COTEQ, S.A. BRAGA 3 105 2 927 2 656 244 2 217 817 22<br />
10 CENTROCOR, LDA PORTO 2 826 2 814 3 973 282 2 783 828 20<br />
11 ASB - ÁLVARO DE SOUSA BORREGO, S.A LISBOA 2 745 3 125 2 937 -26 418 664 20<br />
12 ROBERLO PORTUGAL, UNIPESSOAL LDA AVEIRO 2 497 2 551 1 255 -1 447 563 14<br />
13 MOTA & PIMENTA, LDA. BRAGA 2 270 2 353 2 500 88 1 102 829 22<br />
14 SOTINAR LISBOA, LDA. LISBOA 2 211 2 167 1 014 91 571 515 10<br />
15 SOTINAR COIMBRA, LDA. COIMBRA 2 102 2 210 1 193 81 508 501 12<br />
16 SODICOR, S.A. LEIRIA 2 057 2 078 2 518 71 958 617 25<br />
17 LOVISTIN, LDA. VISEU 1 806 1 930 2 413 156 1 481 527 12<br />
18 FANLAC, LDA LISBOA 1 804 1 671 2 071 10 467 404 15<br />
19 SOTINAR PORTO, LDA. PORTO 1 767 1 902 1 293 140 935 497 10<br />
20 SOTINAR FEIRA, LDA. AVEIRO 1 463 1 401 928 99 699 392 7<br />
21 SOTINAR DOIS, LDA. AVEIRO 1 447 1 637 1 736 164 1 651 424 8<br />
22 GRAVITYPAINT, LDA. LISBOA 1 206 1 204 653 48 178 299 7<br />
23 ADALBERTO, LDA. COIMBRA 875 891 651 63 583 267 9<br />
24 LUBRITIN, LDA. CASTELO BRANCO 856 879 980 26 928 255 10<br />
25 TINTAUTO, LDA. LISBOA 770 853 875 25 442 171 8<br />
TOP25 - EVOLUÇÃO VOLUME NEGÓCIO DISTRIBUIDORES DE REPINTURA<br />
Nº EMPRESA DISTRITO<br />
VOL. NEG.<br />
2020<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (20/19)<br />
VOL. NEG.<br />
2019<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (19/18)<br />
VOL. NEG.<br />
2018<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (18/17)<br />
VOL. NEG.<br />
2017<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (17/16)<br />
1 L TINTAS, LDA. SETÚBAL 6 404 36,0 4 710 -0,4 4 727 -3,7 4 908 10,0<br />
2 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) PORTO 3 663 10,5 3 314 -1,9 3 378 -1,9 3 445 -0,9<br />
3 FANLAC, LDA LISBOA 1 804 8,0 1 671 7,9 1 549 -1,4 1 571 20,1<br />
4 AUTOFLEX, LDA AVEIRO 5 709 6,1 5 380 2,8 5 234 4,0 5 033 6,5<br />
5 COTEQ, S.A. BRAGA 3 105 6,1 2 927 -0,4 2 938 7,1 2 743 1,9<br />
6 SOTINAR FEIRA, LDA. AVEIRO 1 463 4,4 1 401 1,6 1 379 16,7 1 182 12,7<br />
7 SOTINAR LISBOA, LDA. LISBOA 2 211 2,0 2 167 -1,5 2 200 6,6 2 063 15,8<br />
8 CENTROCOR, LDA PORTO 2 826 0,4 2 814 0,0 2 814 17,2 2 401 8,3<br />
9 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) LISBOA 4 284 0,4 4 268 4,9 4 069 5,4 3 859 1,2<br />
10 GRAVITYPAINT, LDA. LISBOA 1 206 0,2 1 204 - - - - -<br />
11 SODICOR, S.A. LEIRIA 2 057 -1,0 2 078 -2,8 2 138 -0,6 2 151 13,4<br />
12 ADALBERTO, LDA. COIMBRA 875 -1,8 891 3,1 864 -3,5 895 10,1<br />
13 ROBERLO PORTUGAL, UNIPESSOAL LDA AVEIRO 2 497 -2,1 2 551 6,8 2 388 2,1 2 339 -<br />
14 LUBRITIN, LDA. CASTELO BRANCO 856 -2,6 879 -63,3 896 1,5 883 -0,5<br />
15 ASB - ÁLVARO DE SOUSA BORREGO, S.A LISBOA 2 745 -2,9 3 125 5,2 2 970 -0,2 2 977 21,0<br />
16 MOTA & PIMENTA, LDA. BRAGA 2 270 -3,5 2 353 6,3 2 213 10,9 1 996 -5,3<br />
17 SOTINAR COIMBRA, LDA. COIMBRA 2 102 -4,9 2 210 12,8 1 959 -5,8 2 079 10,0<br />
18 QUIMIRÉGUA, LDA. VILA REAL 4 366 -5,1 4 600 6,5 4 318 7,1 4 033 19,1<br />
19 LOVISTIN, LDA. VISEU 1 806 -6,4 1 930 -5,5 2 043 12,7 1 812 19,8<br />
20 SOTINAR PORTO, LDA. PORTO 1 767 -7,1 1 902 -0,2 1 906 -2,5 1 955 14,8<br />
21 PORTEPIM, S.A. COIMBRA 5 644 -7,8 6 124 -0,5 6 157 7,0 5 752 18,2<br />
22 CARSISTEMA PORTUGAL, S.A. COIMBRA 6 547 -8,7 7 172 4,0 6 899 11,8 6 171 8,0<br />
23 TINTAUTO, LDA. LISBOA 770 -9,7 853 16,5 732 - - -<br />
24 SOTINAR DOIS, LDA. AVEIRO 1 447 -11,6 1 637 -2,2 1 673 4,4 1 603 10,3<br />
25 IMPOESTE, S.A. LISBOA 4 517 -33,3 6 769 -7,7 7 336 1,5 7 231 -0,2<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong> 39
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top18<br />
DISTRIBUIDORES<br />
de Pneus<br />
Incluímos nesta análise as Empresas Distribuidoras de Pneus, sem incluir os fabricantes. Os 18<br />
Maiores Distribuidores de Pneus faturaram 200 milhões de € no ano 2020, com crescimento<br />
de 0,3%, sendo um dos raros setores com crescimento em ano de Pandemia<br />
Apesar da falta de matéria prima, do<br />
aumento de custo dos contentores<br />
e das margens reduzidas, o setor<br />
da distribuição de pneus registou<br />
crescimento em 2020. Os primeiros<br />
dois meses do ano foram praticamente parados,<br />
mas a partir de junho de 2020 o setor começou<br />
a recuperar e acabou o ano com os objetivos que<br />
as empresas tinham planeado.<br />
l Aumentou em 6,8% o número de trabalhadores<br />
que totalizaram 423.<br />
l A produtividade do setor é de 472 mil € por trabalhador,<br />
muito superior a dos outros subsetores.<br />
A situação financeira também evoluiu favoravelmente:<br />
l Os lucros aumentaram em 9,4%, sendo três o<br />
número de empresas com Prejuízos.<br />
l Autonomia Financeira aumentou para 49,6%,<br />
excelente resultado.<br />
l As Rentabilidades médias tiveram valores (excelentes)<br />
de 3,1% das Vendas e 7,8% dos Capitais<br />
S. José Pneus lidera em todos os indicadores<br />
quantitativos. AB Tyres e Dispnal Pneus<br />
ocupam os restantes lugares do podium dos<br />
maiores distribuidores de pneus do ano 2020 ◆<br />
40<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
FILIPE BANDEIRA, AB TYRES, RECEBE<br />
DO PATROCINADOR NUNO ALMEIDA,<br />
MOTORTEC MADRID, O TROFÉU<br />
2º CLASSIFICADO<br />
LUIS ANICETO, S. JOSÉ PNEUS, RECEBEU<br />
O TROFÉU 1º CLASSIFICADO<br />
RUI MIGUEL CHORADO, DISPNAL, RECEBE DO<br />
PATROCINADOR NUNO ALMEIDA, MOTORTEC<br />
MADRID, O TROFÉU 3º CLASSIFICADO<br />
QUADRO DE HONRA<br />
n.º empresa distrito<br />
1 S. JOSÉ PNEUS, LDA. COIMBRA<br />
2 AB TYRES, S.A. COIMBRA<br />
3 DISPNAL PNEUS, S.A. PORTO<br />
4 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. LISBOA<br />
5 RECAMBIOS FRAIN, LDA. PORTO<br />
6 PSI PNEUS, LDA. COIMBRA<br />
7 PRISMANIL, LDA. BRAGA<br />
8 RODRIGUES E FILHOS, LDA. BRAGA<br />
9 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL, LDA. PORTO<br />
10 DACUNHA, LDA. PORTO<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
41
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top18<br />
DISTRIBUIDORES DE PNEUS<br />
TOP 10 POR CRITÉRIO<br />
CRESCIMENTO VOLUME NEGÓCIOS<br />
n.º EMPRESA<br />
1 PSI PNEUS, LDA. 334,0<br />
2 RODRIGUES E FILHOS, LDA. 82,3<br />
3 DACUNHA, LDA. 76,2<br />
4 PRISMANIL, LDA. 36,0<br />
5 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 25,1<br />
6 RECAMBIOS FRAIN, LDA. 22,6<br />
7 AB TYRES, S.A. 17,6<br />
8 DISPNAL PNEUS, S.A. 8,6<br />
9 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. 6,9<br />
10 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL, LDA. 1,1<br />
RENTABILIDADE CAPITAL PRÓPRIO<br />
n.º EMPRESA<br />
1 AB TYRES, S.A. 14,4<br />
2 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL 12,6<br />
3 RECAMBIOS FRAIN, LDA. 11,7<br />
4 PSI PNEUS, LDA. 11,0<br />
5 DISPNAL PNEUS, S.A. 10,0<br />
6 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. 9,9<br />
7 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 8,4<br />
8 PRISMANIL, LDA. 7,6<br />
9 DACUNHA, LDA. 7,0<br />
10 RODRIGUES E FILHOS, LDA. 7,0<br />
VALOR ACRESCENTADO BRUTO (VAB)<br />
n.º EMPRESA<br />
1 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 5 302<br />
2 DISPNAL PNEUS, S.A. 2 451<br />
3 AB TYRES, S.A. 2 182<br />
4 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. 924<br />
5 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL 784<br />
6 PRISMANIL, LDA. 347<br />
7 RODRIGUES E FILHOS, LDA. 267<br />
8 RECAMBIOS FRAIN, LDA. 213<br />
9 DACUNHA, LDA. 193<br />
10 PSI PNEUS, LDA. 164<br />
PRODUTIVIDADE REAL<br />
n.º EMPRESA<br />
1 AB TYRES, S.A. 14,4<br />
2 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL 12,6<br />
3 RECAMBIOS FRAIN, LDA. 11,7<br />
4 PSI PNEUS, LDA. 11,0<br />
5 DISPNAL PNEUS, S.A. 10,0<br />
6 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. 9,9<br />
7 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 8,4<br />
8 PRISMANIL, LDA. 7,6<br />
9 DACUNHA, LDA. 7,0<br />
10 RODRIGUES E FILHOS, LDA. 7,0<br />
AUTONOMIA FINANCEIRA<br />
n.º EMPRESA<br />
1 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 80,7<br />
2 DISPNAL PNEUS, S.A. 79,1<br />
3 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. 59,4<br />
4 RODRIGUES E FILHOS, LDA. 54,8<br />
5 PSI PNEUS, LDA. 43,6<br />
6 AB TYRES, S.A. 38,2<br />
7 PRISMANIL, LDA. 36,2<br />
8 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL 18,4<br />
9 RECAMBIOS FRAIN, LDA. 10,0<br />
10 DACUNHA, LDA. 9,7<br />
GERAÇÃO EMPREGO<br />
n.º EMPRESA<br />
1 AB TYRES, S.A. 20<br />
2 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 7<br />
3 RODRIGUES E FILHOS, LDA. 5<br />
4 DISPNAL PNEUS, S.A. 4<br />
5 PSI PNEUS, LDA. 3<br />
6 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. 0<br />
7 RECAMBIOS FRAIN, LDA. 0<br />
8 PRISMANIL, LDA. 0<br />
9 DACUNHA, LDA. 0<br />
10 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL -1<br />
42<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
TOP18 - MAIORES DISTRIBUIDORES DE PNEUS<br />
Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2020 VOL. NEG. 2019 ATIVO 2020 RES. LIQ. 2020 CAP. PROP. 2020 VAB 2020 Nº TRAB. 2020<br />
1 S. JOSÉ PNEUS, LDA. COIMBRA 44 772 35 794 34 829 2 977 28 090 5 302 62<br />
2 AB TYRES, S.A. COIMBRA 31 398 26 708 29 354 1 060 11 202 2 182 48<br />
3 DISPNAL PNEUS, S.A. PORTO 24 518 22 568 18 607 881 14 724 2 451 40<br />
4 NEX TYRES, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL LISBOA 17 998 18 479 9 263 376 913 1 078 16<br />
5 TIRSO PNEUS, LDA. PORTO 11 684 13 956 7 082 -260 1 009 179 17<br />
6 R.S. CONTRERAS, LDA. LISBOA 10 896 11 100 6 536 216 2 666 969 24<br />
7 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL, LDA. LISBOA 9 877 9 771 8 738 132 1 607 784 18<br />
8 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. LISBOA 9 176 8 580 5 978 498 3 548 924 17<br />
9 AGUESPORT, LDA. AVEIRO 8 958 20 276 8 173 81 2 559 810 25<br />
10 PNEUS CRUZEIRO, LDA. BRAGA 8 712 9 626 8 633 644 3 038 1 184 17<br />
11 COVIPNEUS, LDA. CASTELO BRANCO 6 151 9 587 6 974 -677 3 299 806 61<br />
12 CHAVECA & JANEIRA, LDA. FARO 3 592 4 177 3 303 -57 2 157 635 37<br />
13 PRISMANIL, LDA. BRAGA 2 636 1 938 1 268 106 459 347 5<br />
14 RECAMBIOS FRAIN, LDA. PORTO 2 494 2 035 931 40 93 213 5<br />
15 PNEURAMA, LDA. PORTO 1 971 2 366 2 312 61 851 240 6<br />
16 RODRIGUES E FILHOS, LDA. BRAGA 1 861 1 021 2 127 21 1 166 267 15<br />
17 PSI PNEUS, LDA. COIMBRA 1 801 415 1 542 14 672 164 5<br />
18 DACUNHA, LDA. PORTO 1 355 769 1 951 8 190 193 5<br />
TOP18 - EVOLUÇÃO VOLUME NEGÓCIOS DISTRIBUIDORES DE PNEUS<br />
Nº EMPRESA DISTRITO<br />
VOL. NEG.<br />
2020<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (20/19)<br />
VOL. NEG.<br />
2019<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (19/18)<br />
VOL. NEG.<br />
2018<br />
CRESC. VOL.<br />
NEG. (18/17)<br />
VOL. NEG.<br />
2017<br />
CRESC. VOL. NEG.<br />
(17/16)<br />
1 PSI PNEUS, LDA. COIMBRA 1 801 334,0 415 - - - - -<br />
2 RODRIGUES E FILHOS, LDA. BRAGA 1 861 82,3 1 021 - - - - -<br />
3 DACUNHA, LDA. PORTO 1 355 76,2 769 -16,7 923 -18,7 1 135 -2,0<br />
4 PRISMANIL, LDA. BRAGA 2 636 36,0 1 938 - - - - -<br />
5 S. JOSÉ PNEUS, LDA. COIMBRA 44 772 25,1 35 794 -3,6 37 118 11,1 33 412 6,8<br />
6 RECAMBIOS FRAIN, LDA. PORTO 2 494 22,6 2 035 - - - - -<br />
7 AB TYRES, S.A. COIMBRA 31 398 17,6 26 708 2,4 26 080 -35,3 40 317 32,5<br />
8 DISPNAL PNEUS, S.A. PORTO 24 518 8,6 22 568 10,1 20 490 -2,1 20 921 21,1<br />
9 EUROPE RUBBER TREE TYRES, LDA. LISBOA 9 176 6,9 8 580 - - - - -<br />
10 TIRESUR PORTUGAL UNIPESSOAL, LDA. LISBOA 9 877 1,1 9 771 0,5 9 719 8,0 8 996 23,1<br />
11 R.S. CONTRERAS, LDA. LISBOA 10 896 -1,8 11 100 15,6 9 605 -2,5 9 854 2,2<br />
12 NEX TYRES, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL LISBOA 17 998 -2,6 18 479 17,3 15 759 16,8 13 489 -<br />
13 PNEUS CRUZEIRO, LDA. BRAGA 8 712 -9,5 9 626 -3,7 9 997 -37,6 16 027 13,0<br />
14 CHAVECA & JANEIRA, LDA. FARO 3 592 -14,0 4 177 0,5 4158 0,6 4 135 4,1<br />
15 TIRSO PNEUS, LDA. PORTO 11 684 -16,3 13 956 -9,6 15 431 3,1 14 971 -2,6<br />
16 PNEURAMA, LDA. PORTO 1 971 -16,7 2 366 22,1 1937 6,0 1 828 3,6<br />
17 COVIPNEUS, LDA. CASTELO BRANCO 6 151 -35,8 9 587 -19,7 11 938 -23,7 15 636 13,5<br />
18 AGUESPORT, LDA. AVEIRO 8 958 -55,8 20 276 47,0 13 789 3,5 13 317 -21,7<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong> 43
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Balanço do mercado peças PARA veículos ligeiros<br />
Ameaças e<br />
oportunidades<br />
Toda a sociedade está a mudar a um ritmo demasiado rápido, mas o setor automóvel,<br />
e o aftermarket em particular, muda a um ritmo vertiginoso. As empresas enfrentam desafios e<br />
ameaças impensáveis há uns tempos atrás, mas também surgem oportunidades para aquelas<br />
que estejam disponíveis e abertas à mudança, à inovação e adaptação do seu negócio<br />
Os profissionais do aftermarket<br />
têm estado a preparar-se para<br />
os novos tempos pós-Covid que<br />
trazem muitas dúvidas e incertezas.<br />
A melhor forma para o fazer<br />
é manterem-se atualizados de uma forma geral<br />
com as várias novidades do setor e perceber e interpretar<br />
os sinais que o próprio mercado vai dando.<br />
Mas as ameaças só são perigosas ou danosas<br />
para quem não quer evoluir. Apresentam imensos<br />
desafios e, sem dúvida que, apesar de poderem<br />
trazer dissabores, são sempre as melhores formas<br />
de aprender e de crescer. As oportunidades, para<br />
os que estão disponíveis e abertos à mudança, sem<br />
dúvida que vão traduzir-se em frutos mais tarde.<br />
O aumento de custo dos transportes das mercadorias<br />
em contentores e a inflação do preço das<br />
matérias primas estão a fazer disparar os preços<br />
das peças, reduzindo cada vez mais a margem de<br />
lucro dos fabricantes. Na distribuição assiste-se à<br />
concentração do negócio em grandes grupos e o<br />
desenvolvimento de plataformas B2B que estão a<br />
alterar o modelo tradicional de negócio.<br />
As marcas automóveis, por sua vez, vão melhorar<br />
o seu posicionamento a curto prazo na distribuição<br />
de peças de substituição, num mercado no qual<br />
as barreiras entre o canal de marcas e o canal<br />
independente tendem a desaparecer. O número<br />
de decisores sobre onde realizar a reparação do<br />
veículo irá diminuir, o que resultará numa con-<br />
44 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
centração do negócio de pós-venda.<br />
A consolidação da redução da procura por veículos<br />
diesel pode colocar em perigo a sustentabilidade<br />
de alguns fabricantes de peças de substituição. Por<br />
outro lado, o acesso aos dados do veículo tornará<br />
este num elemento ativo no sistema de pós-venda,<br />
sendo que o futuro da mobilidade será elétrico.<br />
Estas tendências vão afetar o volume e a estrutura<br />
do mercado bem como os modelos de negócio de<br />
todos os agentes.<br />
rigorosa e atempada, permite que as empresas<br />
consigam ter alguma tranquilidade em momentos<br />
de grande incerteza.<br />
Durante a pandemia ficou também provado o que<br />
já se sabia – que o overservice prestado nos serviços<br />
associados à logística é um desvio perverso e desnecessário<br />
do que seria adequado e conveniente,<br />
que causa custos enormes e desnecessários para as<br />
empresas. Não existe uma necessidade real para que<br />
assim seja, mas enquanto for abusivamente usado<br />
como fator diferenciador, em vez de coisas que<br />
realmente acrescentem valor, não há nada a fazer.<br />
A importância da digitalização da empresa e dos<br />
seus processos já era reconhecida como necessidade,<br />
mas a pandemia só veio reforçar esta urgência.<br />
De igual forma a resiliência necessária para prosseguir<br />
o caminho delineado independentemente<br />
dos obstáculos que todos sentimos. A otimização<br />
de recursos, especialmente os humanos foi uma<br />
realidade, bem como a capacitação de que há<br />
valores inegociáveis: as vendas são sempre uma<br />
referência, mas os valores da honestidade, da<br />
transparência e da vida em si saíram reforçados<br />
neste momento delicado.<br />
Mais do que ensinamentos, esta crise veio confirmar<br />
a importância das colaborações e parcerias entre<br />
empresas. A estratégia de foco no cliente, disponibilizando<br />
todas as ferramentas que estes necessitam para<br />
a sua atividade e conseguir ajudá-los a desenvolver e<br />
fazer crescer os seus negócios, permitiu que muitas<br />
empresas ultrapassassem esta crise juntos.<br />
Devoluções continuam<br />
a ser problema<br />
Com ou sem pandemia, as devoluções continuam<br />
a ser um dos temas mais complexos e sensíveis de<br />
abordar. As mesmas continuam a existir, por vezes<br />
com motivos ou justificações inacreditáveis e se<br />
existisse mais diálogo entre os diversos players e<br />
regras mais claras para todos, podería minimizar-<br />
-se o seu impacto, que realmente consomem muito<br />
tempo e recursos.<br />
Empresa<br />
Top100<br />
O problema logístico das devoluções é algo já identificado<br />
há muito por todos os players do Aftermarket<br />
mas para o qual tem sido complicado encontrar<br />
uma solução eficaz. As empresas fazem tudo para<br />
mitigar o custo da sua gestão, que se transforma<br />
em perda de rentabilidade e produtividade para<br />
todos os intervenientes. Neste momento é possível<br />
através de plataformas online fazer a devolução<br />
por referência, incluindo motivo e comentários sobre<br />
a devolução, bem como anexar fotografias das<br />
peças. Este processo liberta os recursos humanos<br />
afetos a esta área, para se concentrarem em casos<br />
mais sensíveis, aumentando mais uma vez o nível<br />
de serviço. Deste modo, a oficina consegue perceber<br />
de imediato se a sua devolução é aceite ou não e se<br />
a mesma acarreta custos adicionais. Sendo assim,<br />
é possível poupar tempo e recursos tanto para a<br />
oficina, como para os distribuidores<br />
Falhas stock preocupam setor<br />
Um dos receios que se verifica hoje nem é tanto<br />
o preço das peças, mas sim mesmo a existência<br />
em stock das próprias peças, o que nem sempre<br />
é possível. As falhas de stock são uma realidade<br />
que está a afetar bastante o setor e esperemos<br />
que a médio prazo se normalizem. Os efeitos são<br />
negativos porque a falhas de stock acabam por<br />
ser frustrantes para o distribuidor e para os seus<br />
clientes. Este fenómeno, sem precedentes nesta<br />
dimensão, é resultado de muitas variáveis que vão<br />
desde a disponibilidade de matéria prima para<br />
produção até ao transporte dos produtos ao distribuidor<br />
não sendo de negligenciar também do<br />
ponto de vista monetário, o aumento de custos de<br />
todos os elementos mencionados. As falhas de stock<br />
são um problema atual, que afeta a generalidade<br />
das marcas e prejudica muito o dia-a-dia dos distribuidores,<br />
que se veem a braços com um esforço<br />
extra para manter o nível de serviço, prejudicando<br />
muitas vezes a margem. A forma encontrada de<br />
mitigar os efeitos das falhas tem sido aumentar a<br />
profundidade e largura do stock reforçando tam-<br />
Ultrapasssar dificuldades<br />
Os efeitos da pandemia no setor pós-venda foram<br />
bastante menos graves do que se previa. O<br />
ano de 2020 foi altamente imprevisível, tendo a<br />
faturação das empresas oscilado entre mínimos<br />
e máximos históricos. Quem conseguiu resistir e<br />
manter o negócio nos períodos de confinamento<br />
saiu reforçado. Em momentos como este, é fulcral<br />
ter flexibilidade e agilidade financeira, aplicar uma<br />
liderança que proteja todos e, ainda mais importante,<br />
é preciso um propósito que nos faça superar<br />
todos os desafios com motivação.<br />
O que aprendemos com esta pandemia, foi a necessidade<br />
de termos as nossas estruturas muito bem<br />
preparadas para nos adaptarmos rapidamente a<br />
mudanças profundas. A gestão do negócio muito<br />
A parceria com o grupo TEMOT permitiu ‐nos aceder<br />
a fornecedores que antes não conseguíamos. Este acesso<br />
fez com que colmatássemos algumas lacunas no nosso<br />
stock e com isso melhoramos o serviço aos nossos clientes<br />
Ângelo Coelho, diretor comercial da A. Vieira<br />
Somos cada vez mais um fornecedor global, mas temos<br />
a noção que ainda nos faltam algumas linhas de produtos<br />
para chegar a esse ponto. Estamos sempre a analisar<br />
novas oportunidades de alargar a nossa oferta com<br />
esse objetivo<br />
PEDRO RODRIGUES , ADMINISTRADOR da AleCarPeças<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
45
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
bém os itens de maior criticidade.<br />
Como tem sido anunciado pelos próprios fabricantes<br />
de peças, é previsível que as dificuldades sem prolonguem<br />
até ao final de 2022 e nenhum operador<br />
do pós-venda consegue estar preparado para isso.<br />
Os construtores de automóveis dependem de centenas<br />
de chips para incorporar num único veículo<br />
e muitos tiveram já de parar a produção, porque<br />
não recebem dos fabricantes de peças estes componentes.<br />
É estimado que estas paragens acumulem<br />
um custo global à indústria automóvel superior a<br />
400 mil milhões de euros em perda de vendas. As<br />
implicações disso no pós-venda vão bem além da<br />
indisponibilidade atual de algumas peças, pois têm<br />
impacto no parque automóvel em si. Vemos já hoje<br />
um aumento significativo das vendas dos veículos<br />
usados, por exemplo. A adequação da distribuição<br />
de peças a um parque de evolução assíncrona é<br />
muito complicada. Terá tendência para obrigar os<br />
fabricantes a adequar a sua produção à necessidade<br />
do mercado mas o que não ajuda o aftermarket é o<br />
foco dos fabricantes no fornecimento ao primeiro<br />
equipamento, ficando sempre o pós-venda para<br />
depois…<br />
Essa dificuldade é um facto e tem sido um fator<br />
mais complicado de eliminar no que toca à normalização<br />
da atividade comercial por parte de<br />
todos os players. A escassez de semicondutores e<br />
o encarecimento das matérias-primas é algo que<br />
parece ter vindo para ficar e cabe às empresas dar<br />
a volta a essa situação.<br />
Aumento inevitável<br />
do preço das peças<br />
Tendo em conta os efeitos dos fenómenos como a<br />
escassez de matérias-primas para a produção de<br />
A abertura da nova loja vem dar continuidade ao plano de<br />
expansão e de afirmação da APL EXPRESSO como empresa<br />
Açoreana. Trazemos para a Terceira o mesmo modelo que<br />
temos vindo a implementar nas outras Ilhas, proximidade e<br />
foco no cliente profissional<br />
Miguel Lopes, diretor geral da APL Expresso<br />
Haverá sempre espaço para redes oficinais que façam<br />
a diferença, proporcionando serviços diferenciados e<br />
acesso a dados e ferramentas que possam beneficiar a<br />
oficina. Prova disso tem sido o crescimento sustentado da<br />
CGA Car Service e Multi Oficina Service<br />
Marcelo Silva, diretor geral da Auto Delta<br />
componentes e o significativo aumento de preços,<br />
como do aço, por exemplo, acreditamos que a<br />
tendência de aumento de preço das peças continue<br />
a ser uma realidade nos próximos tempos. No<br />
entanto, esta não será uma realidade exclusiva das<br />
marcas premium, mas sim de qualquer fabricante<br />
de peças. Mesmo com a estabilização dos preços,<br />
existe a possibilidade real que os preços das peças<br />
não baixem, depois de terem subido, tornando-<br />
-se assim numa nova realidade. Outro exemplo,<br />
de razão semelhante à que originou a crise dos<br />
semicondutores, é a crise dos óleos base, usados<br />
na produção de lubrificantes, que tem causado<br />
aumentos nos preços muito significativos e praticamente<br />
mensais. E há também fatores exógenos,<br />
como o aumento abrupto dos custos de transporte,<br />
que contribuem significativamente para isso.<br />
Independentemente do posicionamento do produto,<br />
Premium ou outro, os preços das peças já<br />
aumentaram em 2020 e irão continuar a aumentar.<br />
O aumento do custo de matérias-primas, da produção,<br />
da logística e em particular do transporte (seja<br />
marítimo, aéreo ou terrestre) numa escala nunca<br />
antes vista em tão curto espaço de tempo terão<br />
necessariamente reflexo no preço dos produtos.<br />
Perda de margem<br />
Esse é um dos grandes desafios do aftermarket<br />
nacional e quem não perceber isso vai ter grandes<br />
dificuldades. Há empresas que trabalham para Rappel,<br />
com margens que muitas vezes não sustentam<br />
sequer a estrutura. Só uma gestão rigorosa poderá<br />
salvar muitas empresas. A resposta mais uma vez<br />
reside na qualidade do serviço prestado. No fim<br />
do dia, todos os distribuidores oferecem apenas<br />
peças, o fator diferenciador passa a ser como essas<br />
peças são disponibilizadas. Fidelizar os clientes,<br />
garantindo um volume constante e sustentável<br />
46 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
O NOSSO<br />
FOCO É A SUA<br />
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Na ASER trabalhamos por e para os nossos sócios. E fazemo-lo no cumprimento<br />
dos nossos valores; comunicando com total transparência, contribuindo para o acréscimo<br />
de valor e inovação e impulsionando o empreendedorismo<br />
Somos pessoas ao serviço de pessoas e apostamos na proximidade,<br />
sempre atentos às suas necessidades atuais e de futuro.<br />
A SUA CENTRAL DE SERVIÇOS<br />
aser a u t omo t i v e.c o m
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
de vendas e otimizar os processos internos com<br />
a finalidade de reduzir custos, são as respostas à<br />
queda nas margens. Fazer cada vez mais, com<br />
maior racionalização dos custos.<br />
Para que o mercado funcione, é necessário preservar<br />
e proteger todos os intervenientes. É necessário que<br />
todos façam alguma ginástica financeira e contribuam<br />
para que haja estabilidade. Só assim o setor<br />
conseguirá lutar contra as perdas de margem e impedir<br />
que alguém saia fragilizado. A preservação dos<br />
canais de vendas poderia ajudar a evitar a perda de<br />
margens, mas há distribuidores e marcas automóveis<br />
que ultrapassaram este canal e vendem diretamente<br />
às oficinas, esmagando as margens. Brevemente,<br />
poderão até mesmo ultrapassar as oficinas e atacar<br />
o cliente final. É preciso ter um cuidado redobrado<br />
com este tipo de políticas, pois não podemos passar<br />
por cima de todos, sem olhar a meios.<br />
Os distribuidores que esmagam margem de comercialização<br />
por forma a serem competitivos ao nível<br />
do preço, não libertam recursos para investir em<br />
novos projetos, melhorarem processos, e conseguirem<br />
prestar um serviço mais eficaz e cada vez com<br />
maior qualidade e valor acrescentado para o cliente.<br />
Naturalmente que o preço é um fator importante,<br />
algumas vezes decisivo, mas não o único e arriscamo-nos<br />
a dizer que não o principal. A qualidade<br />
e oferta do produto, o serviço, as entregas, são<br />
outros fatores que pesam imenso no momento da<br />
compra. O distribuidor tem de ser muito mais que<br />
um fornecedor de peças, tem de ser um fornecedor<br />
de soluções.<br />
Concentração do negócio<br />
Uma concentração de negócio, seja em que setor<br />
for, obriga as empresas a diferenciarem-se. É<br />
necessário que haja uma proposta de valor que<br />
seja compreendida pelos clientes, e esse deve ser<br />
o grande objetivo: oferecer qualidade a preços<br />
competitivos, no tempo certo e respeitando as<br />
regras do mercado. A concentração do negócio<br />
da distribuição de peças tem vindo a ser feita faz<br />
já mais de uma década e continuará a seguir o<br />
seu caminho. A dimensão de grandes grupos de<br />
distribuição são muito interessantes, mas também<br />
têm os seus desafios que uma PME pode contornar,<br />
como a decisão rápida e o empresário que está<br />
diariamente no negócio, conhecendo a sua equipa<br />
e os seus clientes.<br />
A necessidade de abranger mais clientes no mercado,<br />
ou até mesmo, explorar novos mercados, faz<br />
com que os distribuidores unam esforços sob uma<br />
marca única que partilha os mesmos interesses. É<br />
mais fácil atuar no mercado enquanto uma rede do<br />
que enquanto players individuais. Este fenómeno<br />
verifica-se há muito no conceito de rede de oficinas.<br />
A principal vantagem deste modelo é o concertar<br />
de preços entre distribuidores, que permite uma<br />
maior retenção de margem e uma viabilidade de<br />
negócio maior. Do ponto de vista das oficinas e<br />
casas de peças mostra-se uma desvantagem pois<br />
A nova Identidade Visual da Autozitânia e da Bragalis<br />
simboliza a ligação entre o passado, o presente e o futuro.<br />
Ambas as empresas contam com mais de 30 anos de História<br />
e experiência no mercado, e a nova imagem representa o<br />
caminho que percorreram até chegar aos dias de hoje<br />
Ricardo Venâncio, administrador do Grupo Autozitânia<br />
A Leirilis destaca-se pela constante disponibilização de<br />
novos produtos, de forma a que oficina consiga num único<br />
local encontrar tudo o que necessita para desenvolver o<br />
seu negócio, como se de uma “loja do cidadão”, mas na área<br />
automóvel, se tratasse…<br />
Saulo Saco, diretor geral da Leirilis<br />
A Japopeças conta com mais de 30 anos no mercado<br />
dispondo de uma rede de parceiros que cobre a totalidade<br />
do território nacional que nos dão importantes inputs<br />
sobre as necessidades do mercado, que variam de região<br />
para região em função do parque automóvel circulante<br />
Luís Almeida, diretor geral da Japopeças<br />
Através de uma estratégia visionária e com os olhos<br />
postos no futuro e no mercado, o bilstein group tem-se<br />
caracterizado pela visibilidade e notoriedade com que<br />
consegue atuar<br />
Joaquim Candeias, diretor geral do bilstein group<br />
quanto menos distribuidores no mercado, menor<br />
o seu poder negocial. No entanto um distribuidor<br />
mais robusto, significa um nível de serviço melhor,<br />
o que significa maior rapidez na aquisição<br />
do material, menos tempo por reparação, mais<br />
reparações e consequentemente mais faturação.<br />
A Europa genericamente está mais avançada neste<br />
processo de concentração, mas Portugal irá aproximar-se<br />
desta realidade a par e passo. O benefício<br />
de economias de escala das grandes estruturas que<br />
possam permitir em última instância um preço mais<br />
favorável para o cliente final, imprimem necessariamente<br />
maior profissionalismo ao sector com processos<br />
e critérios comerciais bem estabelecidos. No<br />
reverso da medalha as grandes estruturas deixam de<br />
conseguir um enfoque regional que acompanhe as<br />
especificidades de cada mercado e têm uma resposta<br />
menos rica em nichos de mercado que estruturas<br />
mais pequenas dão importância.<br />
O fenómeno da concentração está em marcha e<br />
vão continuar a aparecer Novos Grupos e a desenvolverem-se<br />
os atuais. Havendo prós e contras,<br />
é algo inevitável. Como vantagens, eventualmente<br />
aumenta-se a margem de negociação, o poder de<br />
compra, a oferta para os clientes torna-se maior e<br />
mais diversificada, entre outros benefícios…<br />
Em Portugal já se verificaram alguns fenómenos de<br />
concentração ao nível dos distribuidores e tem sido<br />
notório o crescimento dos grupos de retalhistas<br />
que, dessa forma, tentam ganhos de escala para<br />
os seus negócios. Se os ganhos de escala fruto do<br />
crescimento são uma realidade, a verdade é que,<br />
tornando-se grandes demais, estas entidades poderão<br />
perder rapidez e agilidade na relação com<br />
o mercado e, consequentemente desperdiçar boas<br />
oportunidades de negócio.<br />
A tendência de concentração irá continuar, e no<br />
nosso país passará pela iberização da distribuição.<br />
Normalmente a concentração dita a lei do mais<br />
forte, e estas estruturas maiores conseguem mais<br />
eficiência na distribuição e otimização da compra,<br />
48 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Temos sempre como objetivo desenvolver e trabalhar<br />
o melhor possível os produtos que já constam no nosso<br />
portfólio. No entanto, é óbvio que estamos atentos ao<br />
mercado e sempre recetivos a incorporar novas marcas<br />
Carlos Gonçalves, gerente da Filourém<br />
Os 21 anos de inovação da MCoutinho Peças, reforçada com<br />
a fusão da AZ Auto e da rede RINO, dão a confiança a clientes,<br />
parceiros, colaboradores e acionistas que a empresa<br />
estará preparada para os desafios que vão surgir no<br />
mercado<br />
Miguel Melo, administrador da MCoutinho Peças<br />
o que vai provocar mais pressão sobre o preço.<br />
Quem não tiver capacidade de ombrear com estas<br />
estruturas, vai sucumbir.<br />
Veículos elétricos: o novo desafio!<br />
Os veículos elétricos são um dos desafios do futuro.<br />
Esta será uma transição que demorará tempo e<br />
com uma perspetiva a médio-longo prazo, visto<br />
que os automóveis a combustão ainda estão para<br />
durar. Juntamente com os fabricantes de peças<br />
automóveis, as empresas de distribuição devem<br />
conseguir adaptar-se e servir o mercado consoante<br />
as suas necessidades.<br />
O fenómeno dos veículos elétricos é uma consequência<br />
da evolução do setor. Ainda que, efetivamente,<br />
estes carros não necessitem de tantas peças<br />
de manutenção, eles necessitam de mais escrutínio<br />
e de uma reparação mais especializada. Antevê-se<br />
um número mais reduzido de peças, porém peças<br />
mais específicas, que poderão ser comercializadas<br />
por distribuidores mais específicos também. Até<br />
à generalização deste tipo de veículos é preciso<br />
trabalhar as duas realidades, preparando o terreno<br />
para um futuro de eletrificação.<br />
Apesar dos veículos elétricos não necessitarem<br />
de mudanças de óleo, filtros ou velas não implica<br />
uma redução direta no serviço das oficinas, dado<br />
que precisam de outro tipo de manutenção, como<br />
travões, pneus e baterias. Para a realização deste<br />
tipo de serviços é necessário que a oficina esteja<br />
preparada tecnicamente, tanto com ferramentas,<br />
como com pessoal qualificado. Cabe então às oficinas<br />
antecipar as necessidades do cliente e estar<br />
preparada para oferecer estes produtos e serviços<br />
e assim diferenciarem-se da concorrência.<br />
Não é líquido que haja perda de faturação só porque<br />
os VE necessitam de menos manutenção. Os<br />
fatores a considerar sobre este assunto são vários.<br />
Por exemplo: devido ao desenvolvimento técnico<br />
o custo das peças para os novos modelos (VE ou<br />
não) é significativamente mais alto do que para os<br />
modelos anteriores, o que gera mais volume para<br />
o mesmo consumo. Haverá também novos serviços<br />
que irão ser prestados e que serão geradores de<br />
receita importantes no futuro. A evolução será consideravelmente<br />
lenta. A preponderância do parque<br />
de VE será muito limitada ainda por muito tempo.<br />
Os veículos elétricos ou eletrificados podem efetivamente<br />
requerer menos manutenção, mas ao<br />
mesmo tempo, vão utilizar componentes muito<br />
mais complexos, com custos mais elevados, o que<br />
acaba por devolver as referidas compensações.<br />
Cadeia de valor vai manter-se<br />
Já há anos que vemos operadores assumirem<br />
vários níveis na cadeia, nomeadamente a Distribuição<br />
e o Retalho, mas as funções continuam a<br />
existir diferenciadas, a armazenagem e distribuição<br />
da venda a retalho. Grosso modo, a primeira<br />
exige foco nas compras e na logística enquanto<br />
que a segunda compre a função de proximidade<br />
e apoio direto às oficinas. A “junção” da distribuição<br />
nacional com a cobertura local na mesma<br />
entidade é o que naturalmente acontece mais<br />
facilmente, mas em todos os casos são sempre<br />
mantidas as duas áreas perfeitamente definidas.<br />
Os negócios são diferentes. Há também os retalhistas<br />
que passam a ser em alguns produtos<br />
abastecidos diretamente pelo fabricante, como<br />
acontece com os grupos de retalhistas surgidos<br />
mais notadamente nos últimos anos, mas a zona<br />
de cobertura da empresa nestes casos é sempre<br />
local, não nacional. Para se converter em nacional<br />
– o que não é fácil, mas é possível, e há<br />
disso bons exemplos no mercado – tem de passar<br />
a ter as duas estruturas claramente definidas, a<br />
distribuição e as lojas, para funcionar. Há ainda<br />
outro canal, paralelo ao tradicional, que tem<br />
crescido mais recentemente com um sucesso<br />
apreciável: as vendas pelas plataformas online<br />
B2C. Especialmente no caso nos produtos não<br />
cativos (produtos não destinados especificamente<br />
a um ou poucos modelos de automóveis) é um<br />
canal de distribuição a observar. ◆<br />
As maiores ameaças para o setor são as legislações sobre<br />
emissões, por vezes só politicamente corretas, que estão a<br />
levar o parque a ser substituído por veículos elétricos que<br />
serão a curto prazo insustentáveis, e provocarão graves<br />
problemas de equilíbrio de energia<br />
Paulo Torres, diretor geral da Vieira & Freitas<br />
Temos um portefólio amplo que permite aos operadores do<br />
retalho terem na Krautli Portugal uma one stop shop, com<br />
exceção da colisão e dos pneus. Ainda assim, procuramos<br />
sempre aprimorar a nossa oferta, dando mais opções aos<br />
profissionais<br />
José Pires, diretor geral da Krautli Portugal<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
49
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Balanço do mercado peças veículos pesados<br />
Crescimentos<br />
acima da média<br />
O setor dos transportes é fundamental para a economia do país e de toda a Europa, onde<br />
o transporte rodoviário tem um papel determinante. A maior prioridade dos distribuidores<br />
de peças durante os períodos de confinamento, foi garantir que as frotas continuavam em<br />
movimento, sem paragens inesperadas e com uma assistência rápida<br />
Apesar da quebra de faturação<br />
nos meses de confinamento, que<br />
era inevitável, os distribuidores<br />
de peças para veículos pesados<br />
mantiveram a sua atividade sempre<br />
em funcionamento e os efeitos da crise no<br />
negócio foram na verdade menores do que se<br />
esperava. O setor dos pesados não sentiu tanto<br />
como o dos veículos ligeiros, porque as mercadorias<br />
continuaram a circular. O que mais se<br />
ressentiu no entanto foi o setor dos autocarros.<br />
No que se refere ao aumento do preço das peças,<br />
é um processo inevitável, que já está a acontecer.<br />
Depois do efeito da crise pandémica, tem sido<br />
extramente difícil para todos os mercados e setores<br />
de atividade ajustarem-se à disrupção que<br />
aconteceu em todo o setor produtivo do comércio<br />
de peças. O custo de transporte internacional, que<br />
na maioria dos casos mais que duplicou, o aumento<br />
da energia e combustíveis, associado ao facto da<br />
enorme transformação que o sector do emprego<br />
sofreu e ajustamentos a que as empresas foram<br />
sujeitas, está a inflacionar de forma considerável<br />
o preço das mercadorias. O condicionamento<br />
gerado pela disponibilidade do produto junto<br />
dos fabricantes, os quais lutam desesperadamente<br />
pela reposição de stocks a nível mundial, gerando<br />
também o efeito inflacionista que assistimos,<br />
conduz a um continuo e desafiante esforço de não<br />
passar esse efeito diretamente no preço de venda<br />
aos clientes. O que as empresas podem e devem<br />
fazer é estancar a margem nos níveis em que estão<br />
para que os seus negócios se mantenham viáveis.<br />
Na Diamantino Perpétua, o cliente reconhece<br />
que perante uma necessidade tem ao seu dispor uma ampla<br />
variedade de soluções, nas mais de 30.000 referÊncias<br />
que temos catalogadas<br />
Filipe Pinheiro, administrador da Diamantino Perpétua<br />
50 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
PORQUÊ A<br />
TEXTAR...<br />
1,2 MILHÕES DE MOTIVOS<br />
MOTIVOS<br />
1,2 milhões de produtos<br />
de fricção fabricados por dia<br />
300,000<br />
MOTIVOS<br />
300 mil KM de testagem em estrada<br />
por cada pastilha desenvolvida<br />
MOTIVOS<br />
334<br />
É por isso que temos 334<br />
fórmulas diferentes de travões<br />
no nosso portfólio<br />
38,400<br />
MOTIVOS<br />
38.400 horas investidas a testar<br />
em estrada novas fórmulas<br />
de fricção por ano<br />
8,000<br />
MOTIVOS<br />
8,000 toneladas de<br />
material abrasivo reciclado por ano<br />
100<br />
MOTIVOS<br />
+ de 100 anos como<br />
pioneiro para a inovação<br />
43<br />
MOTIVOS<br />
43 matérias-primas incorporadas<br />
nas pastilhas de travão para criar<br />
a fórmula perfeita<br />
5,000<br />
MOTIVOS<br />
5000 especialistas<br />
em fricção em todo o mundo<br />
11<br />
MOTIVOS<br />
11 terabytes de dados recolhidos<br />
pela R&D, por ano<br />
Estes são alguns dos motivos<br />
por que a Textar tem o voto de<br />
confiança de fabricantes de<br />
veículos, distribuidores<br />
e oficinas de todo o mundo.
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Para além disso têm que ser muito rigorosos na<br />
atribuição e controlo do crédito.<br />
Desafios tecnológicos<br />
Os fabricantes de produtos e por consequência<br />
também o mercado do aftermarket encontram-<br />
-se hoje com o enorme desafio da digitalização<br />
e do elétrico. No futuro, os desafios passarão por<br />
oferecer novos serviços ao cliente, desaparecendo<br />
outras fontes de receita. A maior especialização<br />
e conhecimento técnico, associadas ao continuo<br />
investimento em novas tecnologias, no domínio<br />
do digital, em detrimento do negócio mais tradicional,<br />
passará a ser determinante neste sector.<br />
Os benefícios aliados à economia circular manter-<br />
-se-ão como prioridade e terão um papel cada<br />
vez mais decisivo no futuro, aliado ao contexto<br />
regulamentar a ele associado.<br />
As oficinas continuam a efetuar um enorme esforço<br />
no acompanhamento da evolução tecnológica<br />
do sector. Sem dúvida, que muitas são as oficinas<br />
que conseguem prestar um serviço tão ou mais<br />
competente aos seus clientes que o prestado pelas<br />
marcas oficiais. A formação técnica, o digital, a<br />
continua inovação no sector, a par da paulatina<br />
transformação do sector para a vertente elétrica<br />
em detrimento da mecânica, são sem dúvida os<br />
maiores desafios a prazo para as oficinas e para<br />
todo o setor em geral.<br />
Falhas de stock também<br />
nas peças para pesados<br />
O pós-venda de veículos pesados também está<br />
a ser confrontado com faltas de stock por parte<br />
de quase todos os fabricantes, o que tem prejudicado<br />
um pouco o negócio, mas os distribuidores<br />
têm conseguido encontrar alternativas, para dar<br />
resposta rápida a todos os pedidos. O que está<br />
a ser feito pelas empresas é aumentar o nível de<br />
stock e tentar programar as nossas encomendas<br />
de forma o mais antecipada possível.<br />
Mercado competitivo<br />
O mercado de distribuição de peças aftermarket<br />
para Pesados continua a ser muito competitivo,<br />
com players importantes e crescimentos acima<br />
da média o que dá um sinal de extrema vitalidade<br />
do sector, embora as peças originais ocupem<br />
sem dúvida um espaço muito importante e vão<br />
continuar a ter preponderância.<br />
O mercado de distribuição de peças para veículos<br />
pesados em Portugal é um mercado maduro com<br />
muitos players, muita experiência e competitividade,<br />
sendo muito exigente para os players,<br />
porque a esta realidade estão associados alguns<br />
problemas de fundo, desde logo o inevitável esmagamento<br />
das margens comerciais assim como<br />
a falta de rigor no controle de crédito. Estas são<br />
duas áreas que não podem ser usadas como argumento<br />
comercial.<br />
A continua proliferação de pontos de venda de<br />
casa de peças, essencialmente no mercado multimarca,<br />
trouxe enorme pressão sobre os preços,<br />
descurando muitas vezes a qualidade, assessoria<br />
A nossa estratégia é desde sempre de uma grande<br />
proximidade. Faz parte do ADN da Global Parts. Temos seis<br />
comerciais na rua diariamente, o que nos permite conhecer<br />
melhor a atividade diária de cada um dos nossos clientes e<br />
com isso adequar a nossa oferta às suas necessidades<br />
Miguel Valentim, administrador da Global Parts<br />
A abertura de uma nova loja em Leiria com uma área total<br />
de 2000 m2 vai permitir um aumento de armazenamento<br />
e libertação de área nas lojas de Porto e Lisboa que se<br />
debatiam com uma grande falta de espaço<br />
Pedro Lebre, administrador da Motorbus<br />
As novas instalações vão permitir uma gestão de stocks<br />
mais eficiente e favorecer a satisfação da equipa. Vamos<br />
responder aos pedidos dos nossos clientes com maior<br />
rapidez e com mais opções de produto, mantendo uma<br />
aposta forte na qualidade do atendimento e do serviço<br />
JOSÉ Oliveira, ADMINISTRADOR DA Visoparts<br />
e garantias aos clientes. O mercado encontra-se<br />
numa fase de grande saturação. A maior especialização<br />
e conhecimento técnico, associadas<br />
ao continuo investimento em novas tecnologias,<br />
no domínio do digital, em detrimento do negócio<br />
mais tradicional, passará a ser determinante<br />
neste sector.<br />
Com a competitividade existente no negócio do<br />
aftermarket, e no sentido de alguém se poder<br />
diferenciar, a continua aposta na formação das<br />
equipas, tecnologia, capacidade logística e sua<br />
gestão eficaz, a par da assessoria e qualidade no<br />
produto, são fatores que determinam o continuo<br />
investimento. Fatores como o preço, deixaram<br />
há algum tempo de ser o mais determinante na<br />
decisão do cliente. A qualidade e garantia do produto<br />
vendido passarão a ser decisivas. O cliente<br />
hoje é profissional a 100%, efetua o diagnóstico<br />
das avarias de forma muito célere e quer ver o<br />
seu problema resolvido no mais curto espaço de<br />
tempo. A forma assertiva como a oficina resolve<br />
o problema, determina a sua rentabilidade, o que<br />
obriga todos os players de mercado a constantes<br />
investimentos em produtos de qualidade, tecnologia<br />
e apresentação de soluções integradas. ◆<br />
O balanço destes primeiros anos no grupo ADR 98 são<br />
muito positivos e fez-nos crer que realmente tomamos a<br />
decisão certa. As mais-valias são a de estar presente num<br />
grupo muito profissional, que nos ajudou a cimentar a<br />
nossa posição como fornecedores globais de marcas de 1º<br />
equipamento<br />
Ricardo Almeida, diretor comercial da Vicauto<br />
52 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
património oE<br />
idEias<br />
inovação<br />
Durante mais de um século, o<br />
nosso objetivo mais importante<br />
tem sido parar – mas apenas<br />
quando se trata de travagem!<br />
O nosso departamento de desenvolvimento<br />
trabalha sem parar<br />
para tornar os nossos sistemas de<br />
travagem melhores do que nunca.<br />
ATE. Qualidade reembalada.<br />
www.ate-brakes.com<br />
A brand of Continental.
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Balanço do mercado DE equipamentos<br />
Decisões adiadas<br />
Na fase dos confinamentos houve uma redução substancial do número pedidos de<br />
equipamentos e de solicitações de serviços de manutenção preventiva por parte das oficinas.<br />
Neste momento, a situação encontra-se praticamente normalizada, embora ainda se possa<br />
sentir, por parte de algumas empresas, algum receio do futuro e a necessidade de adiarem<br />
intenções de investimento ao nível da aquisição de equipamentos<br />
Na vida, tal como nos negócios, estamos<br />
constantemente expostos a<br />
riscos e há que estar preparado<br />
para reduzir o seu efeito. Contudo,<br />
face a incertezas a gestão<br />
torna-se mais complexa. Para ultrapassar tempos<br />
de incerteza é muito importante ter resiliência,<br />
boa preparação técnica, discernimento, espírito<br />
de equipa e agilidade na tomada de decisões. Um<br />
dos maiores ensinamentos que a pandemia trouxe<br />
é que estamos perante uma nova ordem que está<br />
a emergir, isto é, novas formas de se efetuarem as<br />
coisas. As empresas aprenderam que têm que se<br />
adaptar aos imprevistos e que de um momento<br />
para o outro tudo pode mudar, pelo que têm que<br />
ter a resiliência e flexibilidade necessárias para<br />
superar as dificuldades.<br />
Os grandes desafios<br />
A “revolução elétrica”, a tendência de concentração<br />
do mercado, o comércio online, o esmagamento<br />
das margens de comercialização, a rápida e<br />
constante evolução tecnológica, serão porventura,<br />
entre outros, alguns dos maiores desafios para o<br />
negócio de comércio de ferramentas e equipamentos<br />
para oficinas automóvel.<br />
A forte concorrência do setor, com a presença de<br />
cada vez mais players é outra das maiores ameaças.<br />
A transformação digital, aliada à eletrificação e a<br />
procura de outras fontes de energia verde serão<br />
As mais valias e vantagens que oferecemos aos nossos<br />
clientes são o know-how acumulado ao longo de 56 anos<br />
de atividade, as marcas premium que representamos e uma<br />
equipa de 60 Colaboradores comprometida em bem servir<br />
Rui Bolas, diretor geral da Bolas<br />
54 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
Vender na nossa visão significa projetar soluções de<br />
negócio que permitem ao cliente rentabilizar a atividade<br />
da sua oficina. Neste sentido o nosso foco consiste em<br />
conhecer, estudar, projetar, formar e criar resultados no<br />
negócio do cliente<br />
Irene de Jesus, administradora da Cometil<br />
Sendo uma marca de referência no mercado das<br />
ferramentas automóveis, os produtos da Kroftools têm<br />
no seu ADN a qualidade, fiabilidade e inovação. Os nossos<br />
clientes quando escolhem os nossos produtos, sabem<br />
que vão ter ao seu dispor uma ferramenta de elevada<br />
performance<br />
José Bárbara, diretor geral da Kroftools<br />
oportunidades a explorar, o que conduzirão a um<br />
setor cada vez mais profissionalizado.<br />
Neste preciso momento a maior ameaça é a inflação<br />
dos preços que está a ocorrer devido ao<br />
aumento do preço dos transportes e das matérias-<br />
-primas. Isto pode levar ao abrandamento das<br />
vendas. No entanto, devido à falta de matéria-prima,<br />
algumas empresas estão a reduzir as compras,<br />
o que não é a melhor estratégia. Quem tiver stock<br />
terá uma mais-valia para enfrentar uma possível<br />
queda de vendas. Por outro lado, a transformação<br />
digital veio trazer aos vários players uma maior<br />
necessidade de estar em constante atualização,<br />
levando as empresas a ter que investir mais nesta<br />
área para se manterem competitivas.<br />
A qualidade dos equipamentos, do serviço prestado,<br />
dos recursos humanos empregues, bem como a<br />
eficiência, a proximidade e a seriedade, continuarão<br />
também a ser excelentes oportunidades para vingar<br />
neste ou em qualquer negócio, desde que exista<br />
capacidade de adaptação às diferentes realidades<br />
com que nos viermos a confrontar no futuro.<br />
Mercado com muitos players<br />
O mercado da distribuição de ferramentas e<br />
equipamentos para oficinas automóvel é caracterizado<br />
por uma elevada concorrência, com<br />
muitos players, alguns deles com foco no preço<br />
e no curto prazo. Com a evolução tecnológica é<br />
O facto de estarmos inseridos no Grupo Salvador Caetano,<br />
permite-nos acompanhar mais DE perto toda a evolução<br />
tecnológica do setor automóvel, fazendo com que<br />
estejamos mais atentos à inovação<br />
António Garrido, diretor técnico da Lusilectra<br />
esperada uma maior profissionalização do setor<br />
e também uma maior concentração. O acesso à<br />
informação é também cada vez maior pelo que<br />
será mais fácil ao cliente decidir e distinguir o<br />
trigo do joio.<br />
Com os níveis de exigência a subir, em que a<br />
qualidade é um fator diferenciador primordial,<br />
as oficinas terão de efetuar um maior investimento<br />
a nível de equipamentos para poderem<br />
prestar um serviço de excelência aos seus clientes.<br />
Assim, as expetativas são as melhores para<br />
os próximos anos.<br />
As empresas terão de se adaptar aos novos modelos<br />
automóveis que estão a aparecer - elétricos<br />
e híbridos. No entanto, será uma adaptação a<br />
longo e não a curto prazo, dado o número de<br />
carros a combustão que estão no mercado e que<br />
continuam a ser vendidos.<br />
Movidos a energia elétrica ou a combustíveis fósseis,<br />
estes veículos continuarão a ser utilizados, no<br />
entanto, o cenário de mudança vai exigir agilidade,<br />
visão e capacidade de adaptação à nova realidade<br />
a todas as organizações que operam nesta indústria.<br />
A melhor definição para o futuro é a palavra<br />
mudança! ◆<br />
“A MGM pretende continuar a apostar na melhoria<br />
contínua da prestação dos seus colaboradores, através<br />
da formação, e no aperfeiçoamento da componente<br />
organizativa bem como no reforço de meios informáticos<br />
colocados ao dispor dos mesmos<br />
Manuel Guedes Martins, administrador da MGM<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
55
#Umfuturointerligado<br />
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MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Balanço do mercado pneus<br />
Evolução global<br />
Para a generalidade dos distribuidores de pneus, o impacto da pandemia acabou<br />
por ser muito menor que o esperado inicialmente, mas o setor debate-se com a falta<br />
de produto, o que está a criar alguma instabilidade no mercado, colocando sérios desafios<br />
a fabricantes e distribuidores<br />
Se numa fase inicial da pandemia<br />
os efeitos foram devastadores (com<br />
stocks excedentários, procura quase<br />
inexistente e recurso a lay-off com<br />
todas as incertezas a assombrarem as<br />
empresas) a partir do primeiro desconfinamento<br />
foi sentida uma retoma gradual na procura, algo<br />
que felizmente se tem mantido até à data. Se analisarmos<br />
as várias vertentes do negócio, passando<br />
inclusive pela liquidez adicional da economia em<br />
geral, os efeitos foram substancialmente menores<br />
relativamente às primeiras e péssimas expetativas.<br />
Esta pandemia ensinou que mesmo na adversidade<br />
com uma equipa unida e a tecnologia certa, as<br />
empresas são capazes de se adaptarem e conseguirem<br />
ultrapassar todos os obstáculos. Obrigou<br />
os responsáveis a olhar para o negócio como um<br />
todo mas a elencar que as várias vertentes que<br />
o compõem são indissociáveis e que impactam<br />
determinantemente nos resultados das empresas.<br />
Distribuidores são elo fundamental<br />
Com a pandemia ficou demonstrado que os distribuidores<br />
são um elo fundamental na cadeia de<br />
abastecimento. Se não existiram problemas de<br />
fornecimento tal deveu-se à capacidade que os<br />
distribuidores tiveram de fornecimento. Houve<br />
uma grande perca de quota de mercado por parte<br />
dos fabricantes para os distribuidores.<br />
Apesar de nos últimos anos os fabricantes tentarem<br />
diminuir a força dos distribuidores, neste momento<br />
e no futuro a distribuição está a ganhar uma importância<br />
cada vez mais significativa na cadeia de<br />
valor. Quando comparando com os fabricantes, os<br />
distribuidores são mais competitivos, conseguem<br />
ser mais flexíveis e eficazes em todo o processo de<br />
distribuição, garantem um melhor nível de serviço<br />
e têm uma oferta de stock mais completa e global,<br />
além de oferecerem ao cliente um atendimento<br />
personalizado e de proximidade.<br />
O papel do distribuidor é por isso cada vez mais<br />
importante pois, como intermediário entre o fabricante<br />
e o retalhista e com o aumento das medidas<br />
e modelos existentes nos pneus, tem cada vez mais<br />
de ter espaço de armazenamento, uma boa força<br />
de vendas, um processo de encomendas fácil no<br />
B2B e apostar em boas parcerias nos transportes,<br />
para poder satisfazer as necessidades dos clientes.<br />
Atualmente, o papel do distribuidor é fundamental<br />
A nossa estratégia passa por olhar para cada cliente como<br />
um verdadeiro amigo. Um amigo com quem queremos manter<br />
uma relação de transparência, confiança e de longo-prazo.<br />
E é isto que temos conseguido, ano após ano<br />
Filipe Bandeira, diretor geral da AB Tyres<br />
58 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
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MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
para evitar a escassez de produto e a rutura da<br />
cadeia de fornecimento. A manter-se o cenário<br />
atual tona-se evidente que o papel da distribuição<br />
grossista de pneus sai reforçado e, sobretudo, mais<br />
valorizado pelo sector automóvel.<br />
Aumento de preços condiciona<br />
O aumento de preço dos fretes marítimos tem levado<br />
ao aumento do preço final dos pneus, obrigando<br />
os distribuidores a adaptar a sua forma de trabalhar,<br />
tornando-se mais eficientes. De referir que o<br />
aumento do preço dos fretes marítimos à escala<br />
global tem, necessariamente um reflexo negativo<br />
naquilo que é o preço final do produto, quando este<br />
é colocado no mercado. É uma situação comum a<br />
todo o tipo de mercadorias que são importadas do<br />
extremo oriente, uma vez que é impossível para as<br />
empresas absorverem todos esses aumentos, sem<br />
que isso se faça sentir no preço final dos produtos.<br />
Além disso, a dificuldade em encontrar embarques<br />
e rotas de trânsito têm vindo a aumentar, o que<br />
constitui desde logo um desafio no sentido de encontrar<br />
disponibilidade, mesmo aos preços que são<br />
conhecidos no atual contexto de mercado.<br />
As margens do negócio têm obrigatoriamente de<br />
se ajustar face ao impacto do custo de importação,<br />
refletidos essencialmente no aumento do preço de<br />
transporte por contentor. É normal que tenha existido<br />
uma fase de transição em que os distribuidores<br />
tenham procurado absorver o custo inicial, mas<br />
neste momento, e face à continuidade da situação,<br />
os preços estão nivelados, ao ponto de as margens<br />
serem similares ao que eram no início deste ano.<br />
Seria incomportável manter os preços antigos sem<br />
que a margem não fosse totalmente absorvida. A<br />
solução varia de empresa para empresa, que são<br />
obrigadas a fazer um estudo minucioso para que o<br />
mercado possa absorver os pneus a um preço justo.<br />
Neste momento não há outra solução senão<br />
refletir esses aumentos no preço dos bens. Este<br />
fenómeno inflacionista é “perigoso” e com as<br />
margens praticadas neste negócio é absolutamente<br />
impensável os distribuidores absorverem este<br />
tipo de impacto negativo.<br />
Evolução depende da retoma<br />
A distribuição de pneus está sempre em modificação,<br />
por isso, à medida que a mesma acontece,<br />
os distribuidores têm de desenvolver soluções<br />
para otimizar os processos. Cada vez mais os<br />
clientes são exigentes e têm a necessidade de um<br />
distribuidor que lhe garanta a entrega num curto<br />
espaço de tempo após a encomenda. Durante os<br />
próximos anos, o negócio de pneus em Portugal<br />
poderá evoluir, dependendo da retoma, mas os<br />
distribuidores devem permanecer atentos, pois<br />
com o mercado aberto a concorrência e as vendas<br />
online vão aumentar. Fatores como evolução<br />
tecnológica e digital que estamos a vivenciar nos<br />
últimos anos serão determinantes para garantir<br />
um futuro de sucesso neste setor.<br />
Sempre apostamos numa gama de produtos bastante<br />
alargada e completa para servir e fornecer o mercado.<br />
Esta foi desde a primeira hora a aposta para o sucesso da<br />
empresa, pois possuir nas diversas gamas as diferentes<br />
marcas com preços variáveis foi o objetivo concreto para<br />
alcançar o sucesso mais rápido<br />
Rui Chorado, diretor Geral da Dispnal<br />
A Nex é um dos maiores operadores com presença em<br />
território nacional que detém a maior oferTA de marcas<br />
e de gamas de produto. Neste momento comercializamos<br />
cerca de 25 marcas, das quais 15 em regime de exclusividade,<br />
nos segmentos de pneus ligeiros, pesados, duas rodas,<br />
agrícolas e industriais<br />
Aldo Machado, diretor geral da Nex Tyres<br />
O perfil do consumidor está a alterar-se de forma<br />
gradual, basta ver o panorama das viaturas elétricas<br />
e das preocupações ambientais a tomarem<br />
conta das novas gerações, a qual por sua vez tem<br />
todos os recursos tecnológicos nas suas mãos. Os<br />
desafios devem passar por uma permanente atualização<br />
de conceitos, uma adaptação às necessidades<br />
do cliente que por sua vez vai evoluindo e inclusive<br />
passando o testemunho da gestão dos seus negócios<br />
para as gerações mais jovens.<br />
Entretanto, as oficinas e casas de pneus estão a<br />
evoluir no sentido positivo e correto em termos de<br />
gestão de negócio, olhando, por um lado para a<br />
sua rentabilidade (margens, custos, financiamento)<br />
e, por outro, para a experiência do consumidor<br />
(gestão e formação de recursos humanos, imagem<br />
diferenciadora e atendimento e serviço de excelência).<br />
Esta profissionalização é importante para<br />
o setor e vão obrigar também aos distribuidores<br />
a evoluírem constantemente para dar resposta às<br />
novas necessidades do seu cliente.<br />
Por outro lado, a constante evolução de medidas e<br />
homologações vai obrigar a um reforço e uma maior<br />
otimização da capacidade de armazenamento. E o<br />
mercado paralelo, que ainda tem um grande peso<br />
neste setor, terá tendência a perder força no futuro.<br />
O cliente escolherá um distribuidor, cada vez menos<br />
pelo preço, mas sim pela disponibilidade de stock,<br />
serviço, atendimento, programas de fidelização,<br />
e, por último, o serviço pós-venda. Além disso,<br />
fatores como a confiança, e credibilidade e relação<br />
de parceria e proximidade terão um peso cada vez<br />
maior significativo nesta equação.<br />
Mais foco nos contactos presenciais<br />
Apesar das novas tecnologias permitirem uma<br />
comunicação online muito completa e em tempo<br />
real, os contactos presenciais continuam a ser<br />
muito importantes. De facto, o online permite<br />
que a consulta de um produto e confirmação da<br />
encomenda seja efetuada de uma forma quase<br />
imediata e a sua entrega rápida. Contudo, o contacto<br />
presencial é essencial para ambas as partes se<br />
conhecerem, tirar dúvidas, informações e definir<br />
estratégias para as empresas se adaptarem ao movimento<br />
constante que o mercado exige.<br />
Tendo em conta a nossa cultura, identidade e estratégia<br />
de relacionamento, torna-se evidente que<br />
o contacto presencial é determinante para a estratégia<br />
de crescimento das empresas. Se olharmos<br />
numa ótica estritamente financeira poderíamos<br />
assumir que a aposta numa força de vendas exclusivamente<br />
on-line seria a melhor solução. No<br />
entanto, é fundamental as empresas continuarem<br />
a manter um contato direto com os clientes.<br />
Diversificação ou especialização?<br />
Tudo depende da dimensão do retalhista: faz<br />
sentido uma estrutura familiar com duas ou três<br />
pessoas diversificar os serviços ou especializar-se?<br />
Uma organização bem estruturada e com recursos<br />
humanos e financeiros deve-se manter fiel ao<br />
modelo de negócio especializado? Portugal tem<br />
uma percentagem significativa do seu tecido empresarial<br />
suportado em micro-empresas, onde a<br />
estrutura financeira não permite grandes veleidades.<br />
O que é importante numa ou noutra opção, é<br />
as empresas terem um nível profissional excelente,<br />
que aquilo que desempenham o façam bem e que<br />
o seu serviço se possa distinguir dos demais. A<br />
diversificação é interessante mas acarreta riscos<br />
que devem ser bem ponderados.<br />
Os empresários do setor devem também procurar<br />
corresponder com condições financeiras para<br />
poderem atrair mais gente para o setor. Para tal<br />
precisam de se modernizar, gerir melhor as suas<br />
empresas para poderem gerar mais valias que lhes<br />
permitam remunerar melhor os técnicos. ◆<br />
60 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Apresentamos o<br />
diagnóstico de última geração.<br />
Acreditamos que todas as oficinas devem ter acesso à melhor<br />
tecnologia e funcionalidade necessárias para realizar reparações<br />
de maior qualidade. Na qualidade de pioneiros em soluções<br />
líderes do mercado, desenvolvemos uma nova solução de<br />
diagnóstico, revolucionária e intuitiva, a BlueTech. O seu avançado<br />
hardware e o seu completíssimo software fazem com que seja uma<br />
solução de diagnóstico preparada para o futuro, proporcionando<br />
às oficinas a oportunidade de maximizar as receitas e o potencial<br />
de crescimento. Bem-vindo/a à experiência BlueTech.<br />
delphiaftermarket.com<br />
Delphi Technologies is a brand of BorgWarner Inc.
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Balanço do mercado repintura<br />
Menos mercado<br />
e menos margem<br />
O setor da colisão e repintura automóvel não ficou imune ao impacto da pandemia e as<br />
empresas do setor tiveram de adaptar o seu modelo de negócio a uma nova realidade,<br />
procurando ser mais eficientes e rentáveis<br />
A<br />
revolução tecnológica dos meios<br />
que apoiam a atividade de repintura<br />
automóvel tem sido enorme<br />
nos últimos anos. As possibilidades<br />
que se introduziram desde a<br />
identificação da cor, da busca da fórmula de cor até<br />
à disponibilização imediata dos gastos de pintura,<br />
sincronizando com os sistemas de gestão, fazem<br />
com seja possível aplicar na secção de pintura<br />
métodos modernos e inovadores para esta área<br />
da reparação automóvel.<br />
Os programas evoluíram de forma que é possível<br />
seguir a viatura desde a sua entrada na oficina até à<br />
entrega ao seu proprietário. A abertura da folha de<br />
obra permite que os consumos de tinta adstritos lhe<br />
sejam imputados e no limite, que automaticamente<br />
passem para o programa de faturação.<br />
Digitalização é essencial<br />
Mais do que um desafio, a digitalização da secção<br />
de pintura é uma oportunidade das oficinas se<br />
poderem modernizar, melhorarem a sua eficiência<br />
e elevar os níveis de controlo e gestão. Todas as<br />
marca premium já têm disponíveis várias ferramentas<br />
de cariz digital: desde o espectrofotómetro<br />
com WiFi e acesso à informação técnica (em vez<br />
da utilização das tradicionais lamelas de cor), atualização<br />
do software de cores online (em vez das<br />
três ou quatro atualizações anuais, que eram feitas<br />
pelo técnico da marca quando visitava a oficina),<br />
utilização de app’s no telemóvel para a verificação<br />
A parceria da Autoflex com a Spies Hecker existe desde a<br />
entrada no nosso país, em 1991, desta importante marca<br />
mundial de tintas para a repintura automóvel e, como<br />
sempre aconteceu desde a primeira hora, caracteriza-se<br />
por uma grande solidez e respeito mútuo<br />
Joana Silva, diretora comercial da Autoflex<br />
A Quimiregua é uma empresa madura, estável e respeitada<br />
no seio do mercado da repintura automóvel e esse nível de<br />
maturidade deve-se muito aos valores que são colocados<br />
em prática diariamente pela nossa organização<br />
Pedro Ferreira, Quimiregua<br />
62 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
Com as novas instalações iremos aumentar<br />
significativamente a nossa capacidade de armazenamento<br />
e otimizar todos os processos de logística e<br />
administrativos. Teremos ainda uma maior área de<br />
exposição, bem como um centro de formação para os<br />
profissionais do setor<br />
Agostinho Matos, diretor comercial da Centrocor<br />
Faz parte do projeto para os próximos 2 anos a abertura de<br />
uma nova loja nos arredores de Lisboa e uma outra na zona<br />
de Sintra, para que possamos proporcionar um melhor<br />
serviço e uma maior proximidade aos nossos clientes locais<br />
Mário Ferreira, diretor geral da GravityPaint<br />
O nosso slogan “Temos experiência, Garantimos soluções!”,<br />
transmite a nossa maneira de atuar no mercado. A<br />
experiência da nossa equipa permite-nos garantir que<br />
nenhum cliente fique sem o aconselhamento ou solução<br />
indicada para a sua necessidade<br />
Bruno Pereira, diretor geral da LTintas<br />
de códigos de cor, consulta de fichas técnicas e de<br />
segurança dos produtos que utiliza (evitando ter<br />
que consultar os documentos em formato papel,<br />
o que iria demorar muito mais tempo), e KPI de<br />
gestão, entre outras.<br />
Plataformas online permitem ter uma visão geral<br />
dos indicadores da secção de pintura bem como<br />
muitos outros indicadores da área de Colisão, de<br />
gestão e financeiros, o que permite as oficinas<br />
perceberem como está o estado do seu negócio<br />
e compará-lo com o mercado.<br />
obviamente implica um grande rigor profissional, a<br />
todos os níveis, para que este negócio se mantenha<br />
sólido e interessante.<br />
Diversificação do negócio<br />
Com o aumento constante de preços e a instabilidade<br />
dos mesmos, as oficinas optam por produtos<br />
com melhores preços, mesmo que não sejam os<br />
mais rentáveis. Mas está na altura de repensarem<br />
os valores praticados e na melhor escolha pelos<br />
produtos mais rentáveis.<br />
Por outro lado, a forte apetência que os grandes<br />
fabricantes têm pela venda direta vai, cada vez<br />
mais, pela via da faturação OEM ou pelo investimento,<br />
o que faz com que os distribuidores<br />
sejam comprimidos em espaço de mercado e em<br />
margem. Vai por isso haver menos mercado e<br />
menos margem para os distribuidores e o desafio<br />
é sempre o mesmo: como sobreviver e manter o<br />
negócio e a rentabilidade?<br />
Uma das soluções para o previsível decréscimo<br />
do mercado da repintura automóvel será a diversificação<br />
do negócio. No futuro, os distribuidores<br />
de tintas automóvel terão de fazer os ajustamentos<br />
estratégicos que se revelem necessários para<br />
manterem a sustentabilidade das suas empresas.<br />
Apesar da inovação tecnológica das viaturas<br />
automóveis, a adaptação e renovação das frotas<br />
vão levar o seu tempo. As viaturas autónomas<br />
ainda são uma realidade longínqua e as viaturas<br />
que atualmente circulam nas nossas estradas<br />
vão continuar a ser pintadas e repintadas da<br />
mesma forma. Novos tipos de reparação também<br />
vão crescendo, tais como o restauro de<br />
viaturas clássicas ou os recondicionamentos.<br />
Sempre que existe uma transformação, existe<br />
uma adaptação. ◆<br />
Cada vez mais estamos numa época em que a digitalização<br />
e a tecnologia está mais presente no dia a dia. A DeBeer<br />
acompanha esta evolução e neste momento encontra-se<br />
em processo de finalização de um novo software mais<br />
inovador e intuitivo<br />
Margarida Mota, diretora comercial da Mota & Pimenta<br />
Mercado mais exigente<br />
O mercado de repintura automóvel em Portugal,<br />
é naturalmente afetado pela diminuição de sinistros,<br />
resultante da evolução dos automóveis e do<br />
controlo de velocidade por partes das autoridades,<br />
assim como pela evolução tecnológica das tintas,<br />
sendo necessário menos quantidade para se obter<br />
a mesma performance.<br />
O decréscimo em volume do mercado de repintura<br />
automóvel já decorre há vários anos, principalmente<br />
originado pelas características das novas tecnologias<br />
dos produtos, pela quase ausência das “pinturas gerais”<br />
e pela crescente melhoria das competências dos<br />
profissionais, fruto de todo o esforço de formação<br />
proporcionado pelas marcas, seus representantes<br />
e pelas próprias empresas. Este facto, associado à<br />
existência de uma natural e enorme competição<br />
entre as marcas (e as principais marcas a nível mundial<br />
estão todas presentes no mercado português),<br />
Não existe no mercado um programa tão abrangente e<br />
diverso como o 360º SCAN, envolvendo um conjunto de<br />
entidades reconhecidas pelas suas competências e rigor. É<br />
um programa robusto nos seus diversos conteúdos mas de<br />
fácil aplicação<br />
Luís Santos, diretor geral da Impoeste<br />
A marca Glasurit, desde o surgimento da Lovistin partner<br />
colors, é a nossa imagem premium. O papagaio, sempre<br />
fez parte da nossa história. Há décadas que sobrevoa as<br />
paredes de nossas instalações e das instalações de nossos<br />
parceiros de negócios<br />
Manuel Silva, diretor geral da Lovistin partner colors<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
63
EMPRESA<br />
CERTIFICADA
A PCC é uma empresa inteiramente dedicada à importação e comercialização<br />
de produtos destinados ao setor da reparação automóvel e da indústria em<br />
geral.<br />
Ao longo de mais de 20 anos, a PCC tem vindo a edificar uma estratégia de<br />
crescimento sólido e sustentado, suportado pela eficiência das suas operações<br />
e o desenvolvimento do seu capital humano. A cada ano, elevamos o número<br />
de clientes e faturação, hoje somos uma empresa certificada com a distinção<br />
ISO 9001/2015 graças à qualidade da performance que garantimos e o baixo<br />
perfil de risco.<br />
Diariamente trabalhamos para fazer mais e melhor. A inovação é uma<br />
constante e é assumida como fator determinante, pois o objetivo é oferecer<br />
aos nossos clientes as melhores soluções do mercado.<br />
Reforçando uma ligação profunda e bidirecional, os nossos clientes são fonte<br />
de informação e campo de investigação.<br />
A PCC caracteriza-se pela variedade, flexibilidade e capacidade de adaptar os<br />
seus produtos e serviços às exigências específicas dos seus clientes.<br />
“<br />
Um serviço de alto<br />
nível, seja qual for<br />
o nível do serviço.<br />
”<br />
MECÂNICA<br />
COLISÃO<br />
PINTURA<br />
AMBIENTE<br />
ASSISTÊNCIA<br />
TÉCNICA<br />
geral@pcc-lda.pt<br />
pcc-lda.pt
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100
Sylvia Gotzen, Diretora Executiva da FIGIEFA<br />
É necessária uma<br />
abordagem holística<br />
à cibersegurança<br />
Envolvida no debate sobre a cibersegurança desde 2018, Sylvia Gotzen, diretora executiva<br />
da FIGIEFA falou em exclusivo à Revista TOP 100 sobre este tema, e reconhece que<br />
é necessária uma abordagem holística à cibersegurança, uma vez que os fabricantes estão<br />
a aproveitar o momento para restringir o acesso das oficinas multimarca aos veículos<br />
cibersegurança, apesar de ser um assunto relativamente<br />
recente, já está a dar muitas dores de cabeça<br />
no setor automóvel e urgem decisões por parte dos<br />
organismos internacionais, para estabelecer standards<br />
ao longo de todo o ciclo de vida do veículo.<br />
Vemos cada vez mais exemplos de incidentes<br />
em que os fabricantes de veículos estão a usar<br />
o argumento da cibersegurança para restringir/<br />
limitar o acesso ao veículo, especialmente através<br />
da tomada OBD. Os fabricantes implementam<br />
esquemas certificados próprios e obrigam os operadores<br />
independentes a comprar esses certificados<br />
para aceder aos veículos. Os termos e as condições<br />
para fornecer esses certificados são decididos<br />
por cada um dos fabricantes a seu bel-prazer. Por<br />
outros termos, legitimou-se um virtual «fecho de<br />
portas» dos OEM ao aftermarket, o que lhes dá,<br />
infelizmente, total liberdade para aplicarem as suas<br />
próprias regras e assim distorcerem o mercado,<br />
colocando condições para decidir quem é que<br />
tem acesso ao veículo. Na prática, isto significa<br />
que os concorrentes dos fornecedores de serviço<br />
independentes estão a estabelecer os termos que<br />
estes mesmo fornecedores de serviço independentes<br />
poderão ou não continuar os seus negócios.<br />
Em entrevista exclusiva à Revista TOP 100, Sylvia<br />
Gotzen, diretora executiva da Federação Internacional<br />
dos Distribuidores de Aftermarket (FIGIE-<br />
FA), não hesita em afirmar que “a atual legislação<br />
da União Europeia sobre o acesso a Informação de<br />
Diagnóstico, Reparação e Manutenção é genérica<br />
e ainda não está preparada para responder à cibersegurança<br />
no que toca ao aftermarket”.<br />
Começo por perguntar-lhe qual é a<br />
posição da FIGIEFA sobre a questão da<br />
cibersegurança nos veículos automóveis?<br />
A digitalização teve um início tardio na indústria<br />
automóvel em comparação com outras indústrias.<br />
Os veículos conectados têm um grande número<br />
de superfícies de ataque que podem ser utilizadas<br />
para iniciar um ciberataque no veículo (V2V, V2X,<br />
Wi-Fi, Bluetooth, ligação de rede ao back-end, etc.).<br />
Os novos ecossistemas complexos onde os riscos<br />
de segurança e as interligações entre os veículos<br />
e as infraestruturas rodoviárias, redes inteligentes,<br />
bem como outros interfaces estão a aumentar. Uma<br />
abordagem holística da cibersegurança é, portanto,<br />
necessária para garantir que todas as respetivas superfícies<br />
de ataque são protegidas e o veículo está<br />
totalmente ciberseguro. A FIGIEFA congratula-se<br />
com a ideia de ter implementado medidas regulamentares<br />
para lidar com a questão da cibersegurança<br />
no setor automóvel, dado que reforça a<br />
segurança global do veículo. A cibersegurança é<br />
importante, e totalmente apoiada pela FIGIEFA.<br />
O que tem feito a FIGIEFA em defesa<br />
do IAM, de modo a salvaguardar os<br />
interesses das oficinas independentes no<br />
acesso aos dados técnicos dos veículos?<br />
A FIGIEFA tem sido extremamente proativa no<br />
que diz respeito à questão do acesso aos dados<br />
técnicos de bordo do veículo para o IAM. Iniciou<br />
uma grande coligação, reunindo vários segmentos<br />
do mercado pós-venda, bem como os consumidores,<br />
para solicitar à Comissão Europeia que<br />
tomasse medidas legislativas contra um possível<br />
encerramento desse acesso ou uma distorção da<br />
concorrência, que prejudicaria a escolha dos consumidores<br />
e o empreendedorismo independente,<br />
caso os fabricantes de veículos se tornassem “guardiões”<br />
e controlassem, de uma forma ou de outra,<br />
quem tem acesso a que dados, quando e em que<br />
condições. Nesse sentido, foram publicados dois<br />
manifestos em 2018 e 2019.<br />
Graças ao facto de a FIGIEFA e respetivos parceiros<br />
terem alertado a Comissão Europeia para esses<br />
riscos, a Comissão Europeia decidiu investigar de<br />
forma mais aprofundada a questão. A FIGIEFA e<br />
respetivos parceiros participaram num exercício<br />
“Prova de Conceito” com uma duração de 18 meses,<br />
que destaca as falhas sistemáticas da denominada<br />
solução “Veículo Conectado” promovida pelos<br />
fabricantes de veículos. Esta solução de acesso aos<br />
dados prevê essencialmente que todos os operadores<br />
independentes do mercado têm de passar pelos fabricantes<br />
de veículos para comunicar com o veículo,<br />
deste modo perderíamos a nossa independência.<br />
Para resumir todo este trabalho, a Comissão Europeia<br />
decidiu colocar na sua agenda de <strong>2021</strong> uma<br />
legislação a nível da UE relativa ao acesso aos dados<br />
de bordo do veículo, para a qual se espera uma<br />
primeira proposta até ao final do ano. A Comissão<br />
Europeia baseará a sua proposta num estudo<br />
preliminar sobre opções políticas, encomendado<br />
à empresa de consultoria TRL, sediada no Reino<br />
Unido. A FIGIEFA e respetivos parceiros foram<br />
convidados a contribuir para este estudo, o que<br />
aconteceu ao apresentar uma proposta exaustiva<br />
para uma Plataforma Telemática a Bordo Segura.<br />
Paralelamente, a FIGIEFA participa em todas as<br />
discussões sobre a questão, no grupo de especialistas<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
67
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
A modernização dos veículos está a trazer novos desafios à<br />
indústria automóvel e os riscos da cibersegurança já começaram<br />
a ser debATidos e regulados ao nível do primeiro equipamento<br />
da Comissão Europeia (o Grupo de Trabalho sobre<br />
Veículos Motorizados - MVWG), na UNECE, bem<br />
como com as autoridades nacionais.<br />
Qual é a função da UNECE<br />
na regulamentação da cibersegurança<br />
automóvel?<br />
A UNECE, através do seu Fórum Mundial para<br />
a Harmonização das Regulamentações Aplicáveis<br />
a Veículos (WP29), desenvolve regulamentos<br />
automóveis que são harmonizados em todos os<br />
países e regiões, partes signatárias ao abrigo do<br />
acordo de 1958.<br />
No WP29, o Grupo de Trabalho de Veículos Autónomos<br />
(GRVA) discute sobre questões relacionadas<br />
com veículos conectados e automóveis. Foi criado<br />
um grupo de trabalho de informações no âmbito<br />
da GRVA em 2016 para desenvolver regulamentos<br />
para a cibersegurança e atualizações de software.<br />
O grupo trabalha há cinco anos e elaborou dois<br />
novos regulamentos, R155 (para cibersegurança) e<br />
R156 (para atualizações de software). Estes regulamentos<br />
serão parte integrante da homologação de<br />
veículos para as partes contratantes do acordo de<br />
1958, sendo a União Europeia uma delas. A data<br />
de entrada em vigor dos dois regulamentos é 2022,<br />
para as novas homologações, e 2024, para todas<br />
as homologações. O R155 e o R156 deverão ser<br />
adotados no âmbito do quadro legislativo da União<br />
Europeia já em <strong>2021</strong>.<br />
Quantos veículos serão afetados<br />
pelos novos regulamentos da UNECE?<br />
É difícil quantificar com exatidão, mas todos os<br />
veículos com uma arquitetura E/E. Em suma,<br />
todos os veículos com componentes elétricos/<br />
eletrónicos serão abrangidos. Atualmente, estimase<br />
que mais de 300 milhões de veículos encontram-<br />
-se nas estradas da União Europeia. Em 2020, quase<br />
10 milhões de automóveis de passageiros novos<br />
foram registados na União Europeia (quase 25%<br />
menos do que em 2019, principalmente devido à<br />
pandemia), e 1,7 milhões de veículos comerciais<br />
(menos 18% face a 2019).<br />
Qual foi a participação da FIGIEFA<br />
no Regulamento da UNECE?<br />
A FIGIEFA esteve envolvida nas discussões a nível<br />
da task force de Cibersegurança somente a partir<br />
de meados de 2018. Participou nas reuniões da<br />
UNECE, por ex., em Genebra e Washington e<br />
participou igualmente na reunião no Japão, remotamente.<br />
A FIGIEFA participou igualmente nas<br />
reuniões políticas da GRVA, acompanhando ativamente<br />
o desenvolvimento dos dois regulamentos<br />
e dos respetivos documentos de interpretação. Em<br />
estreita cooperação com outras associações que<br />
representam os consumidores e outros segmentos<br />
do IAM, apresentámos várias propostas para<br />
melhorar os projetos de regulamentos e permitir<br />
ter melhor em conta as necessidades e a realidade<br />
do IAM.<br />
A FIGIEFA colaborou estreitamente com os seus<br />
parceiros para identificar pontos de preocupação<br />
para os intervenientes do mercado pós-venda e<br />
apresentar propostas/posições escritas em várias<br />
reuniões da UNECE desde meados de 2018. Temos<br />
apoiado igualmente algumas das propostas<br />
da Comissão Europeia a nível da UNECE para<br />
abordar questões relacionadas com a cibersegurança<br />
automóvel.<br />
Quais são os resultados desta participação?<br />
A FIGIEFA conseguiu obter dois requisitos no<br />
âmbito do regulamento da UNECE, com o apoio<br />
da Comissão Europeia. Estas duas cláusulas de<br />
requisitos determinam que a implementação da<br />
cibersegurança pelos fabricantes de veículos deve<br />
considerar a legislação nacional/regional (UE) relativa<br />
ao acesso ao veículo, aos seus dados e funções<br />
e ao desenvolvimento e integração do sistema de<br />
peças e componentes de substituição. Além disso, a<br />
FIGIEFA conseguiu alterar igualmente a definição<br />
da fase de pós-produção ao abrigo do regulamento<br />
R155 da UNECE, que agora determina que os<br />
fabricantes de veículos são responsáveis pela segurança<br />
do veículo até ao “fim da vida útil”. A definição<br />
anterior previa que os fabricantes definissem o<br />
“fim do apoio de cibersegurança”, dando-lhes total<br />
liberdade para decidir sobre quando terminar o<br />
apoio de cibersegurança de um veículo.<br />
O acesso a veículos equipados com<br />
sistemas de cibersegurança é garantido<br />
a oficinas independentes?<br />
A legislação atual da União Europeia relativa ao<br />
acesso às Informações de Diagnóstico, Reparação<br />
e Manutenção é genérica e ainda não está<br />
preparada para responder à Cibersegurança que<br />
afeta o Mercado Pós-venda. O regulamento de<br />
cibersegurança, por outro lado, requer que os<br />
fabricantes de veículos implementem controlos<br />
de segurança de forma abrangente, com o Anexo<br />
do regulamento que especifica que os controlos<br />
de segurança devem ser implementados em ataques<br />
com origem em interfaces de veículos como<br />
a porta de Diagnóstico a Bordo (OBD). Vemos<br />
cada vez mais exemplos de incidentes em que os<br />
fabricantes de veículos estão a utilizar o argumento<br />
da cibersegurança para restringir/limitar o acesso<br />
ao veículo, especialmente através da porta OBD.<br />
Os fabricantes de veículos implementam esquemas<br />
de certificados de proprietários e exigem que os<br />
operadores independentes comprem estes certificados<br />
para terem acesso ao veículo. Os termos e<br />
as condições para fornecer esses certificados são<br />
decididos por cada um dos fabricantes de veículos<br />
68 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
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Na Europa, os regulamentos sobre a cibersegurança automóvel<br />
serão de cumprimento obrigatório em todos os veículos<br />
produzidos a partir de julho de 2024. Para serem homologados,<br />
os carros devem ter um certificado de cumprimento do «Cyber<br />
Security Management System» (CSMS) do fabricante<br />
e à sua própria discrição. Embora tecnicamente<br />
os fabricantes de veículos não fechem o acesso ao<br />
veículo, essas medidas dão-lhes infelizmente total<br />
liberdade para aplicar as suas próprias regras e,<br />
deste modo, distorcer o mercado estabelecendo<br />
as suas próprias condições para decidir quem tem<br />
acesso ao veículo. Na prática, isto significa que os<br />
concorrentes dos prestadores de serviços independentes<br />
estão a estabelecer condições para que estes<br />
mesmos prestadores de serviços independentes<br />
possam continuar os seus negócios.<br />
A FIGIEFA, juntamente com a Aliança para a<br />
Liberdade de Reparação de Automóveis na UE<br />
(AFCAR), está atualmente a trabalhar em propostas<br />
legislativas na União Europeia para garantir um<br />
acesso justo e independente aos veículos para os<br />
prestadores de serviços independentes. Estamos<br />
a trabalhar para identificar a lacuna legislativa e<br />
garantir que sejam implementados requisitos concretos<br />
para garantir este acesso a veículos a oficinas<br />
independentes.<br />
O acesso será gratuito ou estará sujeito<br />
a autorização dos fabricantes através<br />
de códigos?<br />
Legalmente deve ser gratuito, no entanto, os fabricantes<br />
de veículos estão a utilizar uma lacuna<br />
no quadro legislativo atual para implementar certificados<br />
de propriedade/códigos de autorização<br />
para dar acesso ao veículo a prestadores de serviços<br />
independentes. Tecnicamente, o veículo não está<br />
fechado ao mercado pós-venda, mas o diabo está<br />
sempre nos detalhes e a utilização desses códigos<br />
de autorização de propriedade para fixar preços<br />
pode distorcer o mercado. A FIGIEFA está a trabalhar<br />
proativamente para alertar os decisores<br />
da UE para este problema e está a pedir uma<br />
solução legislativa.<br />
E quanto às peças, o que acontecerá com<br />
os componentes que integram os sistemas<br />
de cibersegurança? Serão vendidos<br />
apenas pelos fabricantes ou igualmente<br />
pelo mercado pós-venda?<br />
Deve ser possível fabricar peças ciberseguras adequadas,<br />
tanto pelo fabricante de equipamento<br />
original como pelos produtores de peças independentes.<br />
As peças adequadas para a cibersegurança<br />
deverão ser fabricadas de acordo com a norma<br />
ISO 21434 e em conformidade com o regulamento<br />
de cibersegurança R155. Uma vez que<br />
este regulamento não é normativo e dá liberdade<br />
aos fabricantes de veículos de implementarem<br />
a sua própria arquitetura de cibersegurança, a<br />
implementação de cibersegurança destes componentes<br />
e peças terá de ser compatível e interoperável<br />
com a arquitetura global de cibersegurança<br />
do veículo. Para ter esta possibilidade, deve ser<br />
possível aos produtores de peças independentes<br />
negociar com os fabricantes de veículos e gerir as<br />
dependências de cibersegurança das suas peças/<br />
componentes com o sistema de gestão de cibersegurança<br />
dos fabricantes de veículos. Não ter<br />
esta possibilidade limitará o mercado de peças<br />
de substituição independentes, e os fabricantes<br />
de veículos e respetivos fornecedores contratados<br />
terão o monopólio das peças de substituição do<br />
mercado pós-venda.<br />
As peças terão algum tipo de certificado<br />
de cibersegurança? Que especificações<br />
devem ter para cumprir os regulamentos<br />
de cibersegurança?<br />
O cumprimento do regulamento de cibersegurança<br />
requer a criação de um sistema de gestão de cibersegurança<br />
(CSMS – Cybersecurity Management<br />
System) e a implementação de medidas/controlos<br />
de segurança de acordo com a avaliação de risco.<br />
Isto também será muito provavelmente necessário<br />
para peças de substituição independentes. A implementação<br />
do CSMS e dos controlos de segurança<br />
devem ser efetuados de acordo com os requisitos<br />
do processo de engenharia de cibersegurança, tal<br />
como especificado na norma ISO 21434. A norma<br />
ISO 21434 é uma norma de processo que pode ser<br />
utilizada como base para a implementação efetiva<br />
da cibersegurança. Cada fabricante de veículos é<br />
responsável pela implementação da arquitetura de<br />
cibersegurança do veículo, conforme justificado pela<br />
sua avaliação de risco.<br />
As peças que devem ser instaladas no veículo<br />
devem ter o “ajuste” correspondente de cibersegurança<br />
com a arquitetura de cibersegurança<br />
do veículo. E para que este ajuste seja possível, os<br />
fabricantes de peças independentes devem poder<br />
estabelecer uma relação com os fabricantes de veículos<br />
e obter a especificação necessária relacionada<br />
com a interoperabilidade e a compatibilidade de<br />
modo a desenvolver a peça de forma cibersegura.<br />
As peças desenvolvidas por fabricantes de peças<br />
independentes deverão ser verificadas e validadas<br />
pela entidade neutra de teste (para homologação<br />
e conformidade com as normas) e pelo fabricante<br />
70 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Cuidado dos pneus Purificador de ar Luzes de inspeção Cuidado da bateria Câmaras de bordo
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Todas as oficinas multimarcas independentes precisam de estar<br />
envolvidas no processo, para não verem bloqueado o acesso aos<br />
veículos e aos respetivos dados, de forma a poderem realizar,<br />
como até agora, operações de manutenção e reparação<br />
do veículo (para testes de integração de modo a<br />
garantir que não existem problemas de segurança).<br />
Essas peças deverão ser certificadas (com um<br />
certificado digital/código (QR)) por uma entidade<br />
que abrange a totalidade da União Europeia<br />
de modo a garantir que a peça é desenvolvida e<br />
testada de acordo com todos os requisitos de segurança.<br />
Até que um tal quadro de certificação à<br />
escala da União Europeia seja estabelecido, esses<br />
certificados/códigos de ativação devem ser fornecidos<br />
pelos fabricantes de veículos sem custos para<br />
garantir que as peças independentes possam ser<br />
instaladas no veículo de forma segura.<br />
Já existe legislação que apoia<br />
os fabricantes do mercado pós-venda<br />
da venda de peças de cibersegurança?<br />
Não. A FIGIEFA, juntamente com a AFCAR, está<br />
atualmente a trabalhar em propostas que permitam<br />
esse desenvolvimento de peças de substituição<br />
independentes, compatíveis com a arquitetura de<br />
cibersegurança do veículo. Os requisitos da UNE-<br />
CE que conseguimos introduzir no regulamento<br />
R155 é um mero invólucro, dado que tal legislação<br />
com requisitos concretos que apoiam os interesses<br />
dos fabricantes de peças independentes ainda não<br />
existe no âmbito da legislação europeia. O Regulamento<br />
(2018/858) relativo à Homologação atual<br />
tem requisitos para tornar as informações sobre<br />
reparação e manutenção disponíveis para efeitos<br />
de reparação.<br />
E o equipamento de diagnóstico<br />
será compatível com a arquitetura<br />
de cibersegurança dos veículos?<br />
Esta questão deve ser colocada, naturalmente, à<br />
EGEA, a Associação Europeia de Oficinas e Equipamentos<br />
de Teste. No entanto, assumimos que a<br />
ferramenta de diagnóstico teria de ser concebida<br />
e fabricada para ser compatível com a arquitetura<br />
de cibersegurança do veículo. Os requisitos seriam<br />
muito semelhantes aos das peças independentes,<br />
no que diz respeito à compatibilidade e interoperabilidade.<br />
Adicionalmente, as ferramentas de<br />
diagnóstico devem ter a autorização necessária<br />
para realizar a ação/operação de diagnóstico<br />
necessária para o veículo. Além disso, deve ser<br />
criado um processo normalizado para a emissão<br />
de certificados de ferramentas de diagnóstico genéricas<br />
multimarca para identificar ferramentas de<br />
diagnóstico e normalizar o processo de autorização<br />
entre a ferramenta, o veículo e o back-end do fabricante<br />
do veículo. Para tal, poderia ser adotada uma<br />
abordagem baseada na SERMI, sendo a SERMI<br />
o esquema europeu de acesso às informações sobre<br />
reparação e manutenção relacionadas com a<br />
segurança (antirroubo).<br />
Como deve ser atualizado o Regulamento<br />
relativo a reparação e manutenção<br />
da União Europeia 2018/858 de acordo<br />
com o progresso técnico no setor<br />
da cibersegurança?<br />
A FIGIEFA, em estreita cooperação com os respetivos<br />
parceiros da Aliança para a Liberdade de<br />
Reparação de Automóveis na UE (AFCAR), defende<br />
ativamente várias atualizações que permitiriam ter<br />
melhor em conta os requisitos de cibersegurança e<br />
as necessidades conexas do IAM. Em particular, a<br />
FIGIEFA solicita à Comissão que considere o desenvolvimento<br />
de peças independentes, o desenvolvimento<br />
de ferramentas de diagnóstico e a ativação<br />
do primeiro equipamento e de peças de substituição<br />
independentes no que diz respeito à cibersegurança.<br />
O que pode o mercado pós-venda esperar<br />
do Regulamento relativo à Segurança Geral<br />
2019/2144, que será lançado em 2022?<br />
A Comissão Europeia tenciona realizar uma referência<br />
cruzada direta com o regulamento R155 da<br />
UNECE. A FIGIEFA, juntamente com a Aliança<br />
para a Liberdade de Reparação de Automóveis na<br />
UE (AFCAR), está atualmente a defender a inclusão<br />
de requisitos adicionais tendo em conta as necessidades<br />
e a realidade do mercado pós-venda. Uma<br />
referência cruzada direta e simples do regulamento<br />
da UNECE no âmbito do Regulamento relativo à<br />
Segurança Geral apresentaria uma situação muito<br />
desafiante para o mercado pós-venda. Compreendemos<br />
que estes requisitos demoram a ser adotados<br />
no quadro legislativo, pelo que instámos a Comissão<br />
Europeia a incluir estes tópicos no seu programa de<br />
trabalho de <strong>2021</strong> (e também no futuro, 2022, etc.).<br />
Que oportunidades de negócio podem<br />
surgir para as oficinas com o crescimento<br />
do mercado de cibersegurança?<br />
A cibersegurança não apresenta quaisquer<br />
oportunidades de negócio adicionais como tal,<br />
mas sim uma forma controlada e transparente<br />
de realizar os negócios no futuro. Explorar os<br />
desenvolvimentos da cibersegurança permitirá<br />
aos intervenientes do mercado pós-venda continuar<br />
o seu negócio existente de uma forma mais<br />
segura e independente, com menor dependência<br />
dos fabricantes de veículos, para além do que é<br />
legalmente exigido. Poderá assim contribuir para a<br />
aceitação por parte dos consumidores dos últimos<br />
desenvolvimentos em termos de mobilidade automóvel<br />
e reforçar a sua confiança na capacidade dos<br />
operadores independentes de proporem serviços<br />
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72 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
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Empresa<br />
Top100<br />
MVBER em análise<br />
Que futuro para<br />
o aftermarket?<br />
Em 2023 será lançado um novo MVBER, o regulamento que estabelece as normas de<br />
funcionamento do comércio e reparação automóvel. Até lá, a Comissão Europeia e<br />
Associações do setor, analisam e avaliam os dez anos de funcionamento deste regulamento,<br />
com o objetivo de o renovar e atualizar para os novos desafios do aftermarket
Existe uma forte vontade política de<br />
impor o fim do motor de combustão<br />
em prol do meio ambiente e do<br />
clima. Como resultado, o caminho<br />
para os veículos neutros em carbono<br />
pode ser muito mais rápido do que se pensava<br />
inicialmente. Contudo, isto não significa que todo<br />
o parque automóvel mudará de um dia para outro.<br />
Pelo contrário, os consumidores tendem a manter<br />
os seus veículos por um período mais longo. Isso<br />
significa que o mercado pós-venda ainda precisa<br />
de uma legislação forte sobre a concorrência, para<br />
garantir que os proprietários possam beneficiar de<br />
serviços competitivos e acessíveis durante a vida<br />
útil dos seus veículos. Paralelamente, a ascensão<br />
de novos propulsores elétricos apresenta desafios<br />
específicos para o mercado pós-venda independente.<br />
O valor médio das peças num veículo elétrico<br />
é maior, mas o seu número médio é menor. Além<br />
disso, a reparação dos sistemas elétricos e das<br />
baterias não é sempre fácil para os reparadores<br />
independentes, que não têm acesso às peças de<br />
substituição adequadas ou às informações de reparação<br />
e manutenção necessárias. Espera-se que o<br />
futuro MVBER também considere essas mudanças<br />
tecnológicas e sem impacto na concorrência.<br />
Útil e eficiente<br />
No final de maio de <strong>2021</strong>, a Comissão Europeia<br />
divulgou o primeiro relatório de avaliação do<br />
atual MVBER (em inglês Motor Vehicle Block<br />
Exemption Regulation), com especial enfoque no<br />
impacto e eficácia do documento ao longo do último<br />
ano. As conclusões, apesar de animadoras, não<br />
são definitivas e criam um espectro de incerteza<br />
sobre o que poderá acontecer às oficinas independentes<br />
em particular e ao mercado de pós-venda<br />
em geral. De acordo com este relatório, o regime<br />
do MVBER é “útil” e “eficiente” e “continua a<br />
ser relevante para as partes interessadas”. Este<br />
relatório também evidencia que ainda há uma<br />
margem para melhorias. A avaliação identificou<br />
determinadas disposições que podem beneficiar<br />
com mais esclarecimentos e precisar de ajustes<br />
devido aos desenvolvimentos de mercado recentes.<br />
Contudo, a Comissão Europeia manteve-se<br />
A FIGIEFA acredita que<br />
o MBVER deve ser mantido<br />
nos seus princípios,<br />
tendo em conta os<br />
benefícios comproVAdos,<br />
e modernizado<br />
nos pormenores,<br />
para enfrentar<br />
novos desafios<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
75
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Com os fabricantes a implementar cada vez mais medidas<br />
de cibersegurança nos seus veículos, as oficinas independentes<br />
enfrentam novos desafios, como ter peças alternativas<br />
compatíveis de qualidade equivalente<br />
cautelosa com relação às consequências destas<br />
descobertas para o futuro da MVBER. Na perspetiva<br />
da FIGIEFA, uma vez mais, eles clamam<br />
claramente por manutenção e modernização do<br />
MVBER, e espera que a Comissão Europeia, ao<br />
considerar os benefícios comprovados do MV-<br />
BER, também adote esta abordagem ao estudar<br />
as diferentes opções disponíveis, e mantenha o<br />
MVBER conforme está, atualizando-o.<br />
Manter e atualizar<br />
A FIGIEFA acredita realmente que o MVBER<br />
deve ser mantido quanto aos seus princípios, ao<br />
considerar os seus benefícios comprovados e modernizados<br />
detalhadamente para enfrentar novos<br />
desafios. Ao considerar as especificidades do mercado<br />
pós-venda automóvel, a sua importância para<br />
os consumidores e os recentes desenvolvimentos<br />
nos negócios e na tecnologia, uma legislação de<br />
concorrência moderna e específica para o setor<br />
é absolutamente necessária para além de 2023.<br />
Somente uma legislação europeia ambiciosa, robusta,<br />
atualizada e aplicável facilmente em termos<br />
de concorrência, com base na estrutura existente<br />
e com um olhar para o futuro será adequada para<br />
os consumidores de hoje e de amanhã.<br />
As melhorias podem ter como alvo restrições persistentes<br />
no comércio de peças de substituição, em<br />
particular para revendedores independentes que,<br />
por vezes, não podem comprar peças das redes de<br />
fabricantes de veículos. Além disso, algumas novas<br />
práticas tornam as peças artificialmente cativas<br />
e evitam o seu comércio e uso no mercado pós-<br />
-venda independente. Também existem problemas<br />
persistentes de acesso à informação técnica que<br />
devem ser resolvidos, pois os fabricantes de veículos<br />
tendem a não disponibilizá-la integralmente. Por<br />
último, mas não menos importante, os mecanismos<br />
de aplicação são muito pesados e complicados<br />
para os operadores independentes, estes devem<br />
ser simplificados e as autoridades públicas devem<br />
desempenhar um papel muito mais proativo.<br />
Peças originais e<br />
de qualidade equivalente<br />
As definições de “peças originais” e peças de<br />
“qualidade equivalente” contidas nas Diretrizes<br />
Adicionais do MVBER e a possibilidade<br />
dos fornecedores de OE emitirem autocertificados<br />
têm sido úteis no mercado pós-venda para<br />
ganhar a confiança dos consumidores. Portanto,<br />
ajudaram a aumentar a concorrência no mercado<br />
pós-venda automóvel. Estas definições também<br />
serviram para a concorrência no mercado pósvenda<br />
fora do mundo das oficinas, uma vez que<br />
os concursos públicos para o abastecimento de<br />
peças de substituição de automóveis referem-se<br />
às mesmas nas especificações para participação.<br />
Portanto, a FIGIEFA recomenda que estes termos<br />
definidos continuem a fazer parte da estrutura de<br />
concorrência da UE aplicável ao setor. Qualquer<br />
mudança deve ser muito bem pensada, pois as<br />
definições atuais serviram o seu propósito e garantiram<br />
desenvolvimentos positivos.<br />
Acesso aos dados do veículo<br />
A porta OBD é obrigatória por lei, portanto, os<br />
veículos são obrigados a providenciar uma para<br />
facilitar a manutenção e a reparação do veículo.<br />
Isto é válido para todos os tipos de veículo, e isto<br />
inclui os elétricos. No futuro, algumas atualizações<br />
dos padrões serão necessárias pra facilitar as ligações<br />
Ethernet com velocidade em gigabits. Isto é<br />
importante para permitir atualizações do software<br />
do veículo, que são cada vez mais comuns e podem<br />
envolver ficheiros de software muito grandes.<br />
Este acesso do OBD será fornecido principalmente<br />
para operações de oficina. À medida que os automóveis<br />
ficam cada vez mais conectados, novos<br />
métodos de acesso remoto aos dados de bordo<br />
do veículo serão necessários. A aliança AFCAR<br />
desenvolveu um conceito robusto para lidar com<br />
isto, denominado Plataforma Telemática Segura<br />
a Bordo (S-OTP). Este não é um dispositivo a ser<br />
adicionado ao automóvel, mas um conjunto de requisitos<br />
que permitiria aos prestadores de serviços<br />
executar as suas próprias aplicações ao utilizar os<br />
recursos existentes do veículo (processadores, interface<br />
do condutor via painel, comunicações, etc.).<br />
Isto permitiria novos serviços, como manutenção<br />
preditiva e preventiva por prestadores de serviços<br />
independentes juntamente com a monitorização<br />
de veículos remotos e serviços de reparação.<br />
Sistemas ADAS<br />
À medida que os Sistemas de Assistência Avançada<br />
aos Condutores (ADAS) e os recursos de<br />
condução autónoma se tornam mais comuns,<br />
a capacidade das oficinas independentes para<br />
realizar a calibração é muito importante. Apesar<br />
dos regulamentos existentes sobre o acesso às<br />
informações de reparação e manutenção, o acesso<br />
76 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
adequado às informações e processos necessários<br />
para isso é cada vez mais difícil e oneroso para<br />
os operadores independentes. À medida que os<br />
fabricantes de veículos implementam cada vez<br />
mais medidas de cibersegurança nos seus veículos,<br />
os operadores independentes enfrentam novos<br />
desafios no que diz respeito a possuir peças alternativas<br />
compatíveis com qualidade equivalente,<br />
o acesso a informações técnicas necessárias ou<br />
a capacidade de ativar essas peças nos veículos.<br />
Tais problemas exigem uma modernização da<br />
legislação, de modo a garantir que o setor de mercado<br />
pós-venda independente possa continuar<br />
a oferecer aos consumidores europeus opções<br />
eficazes para a reparação e a manutenção dos<br />
seus veículos e, com isso, garantir um mercado<br />
pós-venda real para estes serviços. Por último, mas<br />
não menos importante, precisa-se garantir que<br />
CIBERSEGURANÇA E PEÇAS CERTIFICADAS<br />
A<br />
cibersegurança é uma tendência requisitos de desenvolvimento de produtos relevantes dos<br />
preocupante. Misturar os desenvolvimentos fabricantes de veículos, inclusive requisitos de segurança<br />
de tecnologias e as práticas de negócios, e proteção e outros requisitos dos produtos relativos à<br />
está a impedir a verdadeira concorrência compatibilidade e interoperabilidade, para testar as peças<br />
no mercado pós-venda automóvel. A de substituição desenvolvidas através de casas de testes<br />
FIGIEFA defende que devem ser tomadas cinco medidas de terceiros neutras e para obter certificados/assinaturas<br />
importantes:<br />
necessários para uma peça validada.<br />
1 - Os fabricantes de equipamento original não podem 4 - As ferramentas de leitura/diagnóstico multimarcas<br />
monopolizar o mercado pós-venda ao introduzir medidas independentes devem ser capazes de verificar a<br />
de segurança de propriedade, como códigos QR, ativação assinatura dos fabricantes de veículos e o número da<br />
de software para os poucos fornecedores selecionados peça e número da versão correspondentes em relação às<br />
à sua escolha.<br />
informações armazenadas no back-end dos fabricantes<br />
2 - Os fornecedores de Nível 1 devem obter um acordo de de veículo.<br />
licenciamento para os códigos de peças para fornecer as 5 - As ferramentas de leitura/diagnóstico independentes<br />
suas próprias peças no mercado pós-venda independente. devem conseguir ativar as peças de substituição<br />
3 - Os produtores de peças independentes devem receber independentes no tipo de veículo.<br />
É preciso modernizar a legislação, para ASSEgurar que<br />
o setor independente do aftermarket pode continuar a oferecer<br />
aos consumidores europeus escolhas efetivAS no que toca<br />
à reparação e manutenção dos seus veículos<br />
todos os técnicos possam adquirir a formação e<br />
os conhecimentos necessários.<br />
Direito à REPARAÇão<br />
durante a garantia<br />
As disposições sobre a manutenção dos veículos<br />
durante o período de garantia têm sido eficazes,<br />
motivo pelo qual é crucial manter esta disposição<br />
para além de 2023. A manutenção dos veículos<br />
durante o período de garantia é um custo importante<br />
para os proprietários e os seus direitos<br />
de beneficiarem de ofertas competitivas devem<br />
ser preservados. Abandoná-los pode ter efeitos<br />
prejudiciais sérios. Os fabricantes de veículos e as<br />
suas redes contratadas sentir-se-iam encorajados<br />
em reintroduzir e expandir condições de garantia<br />
restritivas com o efeito de diminuir a concorrência<br />
no mercado pós-venda automóvel.<br />
Serviços remotos<br />
O MVBER atual e as suas diretivas não fornecem<br />
qualquer regra sobre serviços remotos. Estes<br />
serviços remotos, que são fundamentais para o<br />
crescimento do mercado pós-venda num ambiente<br />
digital, dependem significativamente de<br />
um acesso direto aos dados de bordo do veículo,<br />
autorizado pelo consumidor aos prestadores de<br />
serviços à sua escolha. Sem isto, não é possível<br />
ter concorrência verdadeira e os prestadores de<br />
serviços independentes estariam limitados ao que<br />
os próprios fabricantes de veículos usam e partilham,<br />
colocando as oficinas independentes numa<br />
situação de dependência económica em relação<br />
aos fabricantes de veículos, que são os seus concorrentes.<br />
Também impede o desenvolvimento de<br />
serviços diferentes e inovadores. O MVBER é um<br />
regulamento de concorrência, que visa fornecer<br />
princípios gerais. Contudo, no caso do acesso a<br />
dados de bordo dos veículos, uma legislação que<br />
assegure a concorrência adequada precisa incluir<br />
requisitos técnicos específicos.<br />
Em defesa do aftermarket<br />
Os consumidores devem continuar a beneficiar<br />
das vantagens de uma concorrência verdadeira<br />
ao garantir serviços e soluções mais acessíveis e<br />
inovadores. Isto só será possível através de um<br />
grande compromisso político e legislativo ao garantir<br />
condições de igualdade. Se os responsáveis<br />
políticos agirem com responsabilidade, os fabricantes<br />
de veículos e as suas redes e o mercado<br />
pós-venda automóvel independente serão capazes<br />
de prosperar. Caso contrário, abrirá as portas ao<br />
domínio monopolista ou, na melhor das hipóteses,<br />
oligopolista dos fabricantes de veículos. Os prestadores<br />
de serviços independentes, muitos deles PME<br />
com vínculos e empregos locais, desapareceriam<br />
e os consumidores seriam, no final, os que mais<br />
perderiam. ◆<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
77
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Pacote legislativo “Fit for 55”<br />
Roteiro para a<br />
descarbonização<br />
Com a meta da neutralidade carbónica na Europa estabelecida pelo Green Deal até 2050,<br />
a Comissão Europeia revelou recentemente o pacote legislativo «Fit for 55», que vem<br />
regulamentar a redução prevista das emissões de gases com efeitos de estufa em pelo<br />
menos 55% já até 2030
Entre as medidas a adotar, no que diz respeito<br />
ao parque automóvel, a intenção é que a partir<br />
de 2035, apenas sejam vendidos veículos ligeiros<br />
de passageiros e comerciais novos com<br />
emissões zero. A proposta está, no entanto, a<br />
levantar muitas dúvidas nos mais diversos quadrantes, que<br />
entendem que este pode não ser o caminho mais adequado<br />
para alcançar o derradeiro objetivo.<br />
A forma como iremos alcançar a ambiciosa meta da neutralidade<br />
carbónica ainda vai ser negociada, discutida e<br />
aprovada no Conselho e no Parlamento Europeu, mas do<br />
que não há dúvidas para já, é de que irá afetar e muito<br />
o dia ‐a‐dia de todos os cidadãos europeus. Do preço dos<br />
combustíveis ao aquecimento das casas, está claro que as<br />
políticas de alterações climáticas vão sair caras a cada um de<br />
nós, mesmo que se consiga chegar a uma partilha equitativa<br />
destes custos. Pelo impacto do pacote legislativo, vale a pena<br />
saber mais sobre o que está em causa e o que irá mudar<br />
nos próximos anos.<br />
O que é afinal o Fit for 55?<br />
O Objetivo 55 ou Fit for 55 é um pacote que compreende<br />
treze propostas, tanto para a revisão de regulamentação<br />
já existente, como para criação de novas leis. A ideia é<br />
desenhar o caminho para a neutralidade carbónica, definida<br />
pelo Pacto Ecológico Europeu – o European Green<br />
Deal – que determina que dentro de menos de nove anos<br />
a União Europeia (UE) deverá reduzir as emissões de CO 2<br />
em 55% abaixo dos níveis de 1990. São milhares de páginas<br />
que cobrem as principais políticas climáticas da UE, assim<br />
como leis relacionadas com os transportes, com a energia<br />
e com os impostos.<br />
Atualmente, as emissões na UE estão 24% abaixo dos níveis<br />
registados em 1990, o que significa que é preciso (com<br />
urgência!) começar a alinhar as políticas e as leis europeias<br />
com as metas climáticas estabelecidas. Setores como o do<br />
transporte, onde as emissões têm aumentado, representam<br />
desafios acrescidos e contam com medidas dedicadas para<br />
a descarbonização da economia. Ainda que muitos países<br />
tenham demonstrado a ambição de chegar à neutralidade<br />
carbónica, a verdade é que poucos foram os que divulgaram<br />
em detalhe como é que efetivamente tencionam lá chegar a<br />
até há os que discordam em pleno da estratégia a seguir. De<br />
acordo com a Comissão Europeia, o Fit for 55 assenta num<br />
equilíbrio cuidadoso entre preços, objetivos, metas, standards<br />
e medidas de apoio aos cidadãos mais desfavorecidos.<br />
Motivar a descarbonização<br />
Em conjunto, as 27 nações da União Europeia produzem<br />
3,5 mil milhões de toneladas métricas de CO 2 equivalente<br />
(dados de 2019), ficando apenas atrás da China, dos Estados<br />
Unidos da América e da Índia. Por isso, o objetivo fixado<br />
para 2030 acarreta, inevitavelmente, inúmeras alterações em<br />
políticas já existentes: No Comércio Europeu de Licenças<br />
de Emissão (CELE ou, em inglês, EU Emissions Trading<br />
System – ETS), nas energias renováveis, na eficiência energética<br />
e até nos standards para os novos veículos, são vários<br />
os instrumentos úteis para a transição energética.<br />
Um dos pilares para a descarbonização será exatamente o<br />
CELE, aumentando os preços das licenças de emissão no<br />
mercado europeu, para motivar a opção por tecnologias de<br />
79
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Pacto Climático<br />
e Direito<br />
Climático<br />
Promoção<br />
da energia limpa<br />
Investir em transportes<br />
mais inteligentes<br />
e sustentáveis<br />
Proteger<br />
a natureza<br />
Esforçando-se<br />
por uma indústria<br />
mais verde<br />
Da quinta<br />
ao garfo<br />
Eliminação<br />
da poluição<br />
Liderar<br />
a mudança verde<br />
a nível mundial<br />
Assegurar<br />
uma transição<br />
justa para todos<br />
Tornar as casas<br />
eficientes do ponto de<br />
vista energético<br />
Financiamento<br />
de projetos<br />
verdes<br />
Fonte: Comissão Europeia<br />
Entre as medidas a adotar, no que diz respeito ao parque<br />
automóvel, a intenção é que a partir de 2035, apenas sejam<br />
vendidos veículos ligeiros de passageiros e comerciais novos<br />
com emissões zero<br />
baixo carbono. Isto significa que quanto maior for<br />
o preço do carbono – que já está acima dos 50 €<br />
por tonelada métrica – mais eficaz será o plano,<br />
que funciona com base no princípio do poluidor<br />
pagador, pelo que as empresas de setores altamente<br />
poluentes, como fábricas de energia ou instalações<br />
industriais necessitam de comprar licenças para<br />
emitir gases com efeitos de estufa. O problema é<br />
que, atualmente, muitas das emissões provenientes<br />
de setores como o aço, cimento e produtos químicos<br />
são cobertas por licenças de emissão gratuitas.<br />
Restruturação<br />
da política climática<br />
As propostas legislativas plasmadas nas cerca de 12<br />
mil páginas do documento «Fit for 55» incluem a<br />
revisão da Diretiva das Energias Renováveis, para<br />
aumentar o objetivo da incorporação de energia<br />
renovável na UE de 32% para 40% em 2030,<br />
assim como da Diretiva da Eficiência Energética,<br />
para diminuir em 36% a dependência em energia<br />
primária e em 39% no consumo final de energia<br />
em 2030. Com a nova regulamentação CELE –<br />
Comércio Europeu de Licenças de Emissão para<br />
edifícios e transporte rodoviário, a partir de 2025<br />
haverá também um “Fundo Social para o Clima”,<br />
financiado parcialmente pela ETS e que deverá<br />
garantir temporariamente aos estados ‐membros<br />
um rendimento, assim como apoiar medidas e investimentos<br />
destinados a reduzir a dependência<br />
de combustíveis fósseis. Prevendo as dificuldades<br />
e o impacto social particularmente relevante que<br />
uma mutação desta magnitude acarretará, o fundo<br />
deverá conceder apoios a famílias vulneráveis de<br />
baixos e médios rendimentos, utilizadores de transportes,<br />
e microempresas afetadas pelo impacto da<br />
extensão do comércio de emissões à construção e<br />
aos transportes.<br />
Com a aplicação contínua de normas ambientais<br />
mais rígidas por parte da União Europeia,<br />
as empresas poderão ser tentadas a transferir a<br />
sua produção para fora da Europa, de modo a<br />
evitar os limites impostos. Dado que o objetivo<br />
é contribuir para o declínio global das emissões,<br />
e não promover a sua transferência, a criação de<br />
uma taxa de carbono sobre importações pretende<br />
evitar que isso aconteça.<br />
Trata ‐se do Mecanismo de Ajuste das Emissões<br />
de Carbono nas Fronteiras, para garantir que o<br />
mesmo preço de carbono é pago pelos produtos<br />
nacionais e pelos importados. Numa primeira<br />
fase, a aplicação desta taxa está definida para os<br />
setores mais poluentes, onde se inserem o aço,<br />
alumínio, cimento, fertilizantes e eletricidade. A<br />
par disso, a Diretiva dos Impostos sobre a Energia<br />
será revista, com uma estrutura simplificada para<br />
as taxas mínimas de imposto nos combustíveis e da<br />
eletricidade baseadas no conteúdo real da energia<br />
e no desempenho ambiental, em vez do atual<br />
critério do volume.<br />
O setor dos transportes<br />
É claro que este é um tema que exige medidas<br />
transversais a vários setores da economia; no<br />
entanto tem especial relevância no setor dos<br />
transportes, pelo facto de esta ter sido uma das<br />
poucas atividades económicas a ver as emissões<br />
de CO 2 a aumentar nos últimos anos. Por terra,<br />
mar e ar, as emissões de carbono exigem uma ação<br />
urgente, uma vez que o transporte é responsável<br />
por um quarto das emissões na União Europeia,<br />
sendo, em específico, o transporte rodoviário o<br />
maior contribuinte.<br />
No sentido de acelerar a transição para o transporte<br />
com baixas emissões, será revista a diretiva<br />
para as infraestruturas dos combustíveis alternativos<br />
e serão também revistas as normas relativas<br />
às emissões de CO 2 em veículos de passageiros e<br />
veículos comerciais ligeiros novos. O objetivo é<br />
assegurar uma via europeia clara para o transporte<br />
com zero emissões de CO 2, no ciclo de vida<br />
completo neste tipo de veículos.<br />
O ideal, para a UE, seria conseguir que o carregamento<br />
dos veículos elétricos e o reabastecimento<br />
de pesados com hidrogénio fosse tão simples como<br />
encher um depósito convencional. De acordo com<br />
o Green Deal, em 2025 deverá haver um milhão<br />
de postos de carregamento elétrico e em 2030 o<br />
número deverá ascender aos três milhões. Além<br />
disso, os pontos de carregamento de veículos elétricos<br />
não deverão distar mais de 60 km entre<br />
si, ao passo que as estações de abastecimento<br />
de hidrogénio nas principais autoestradas não<br />
deverão ter mais de 150 km de distância umas<br />
das outras.<br />
Com as limitações de emissões de CO 2 cada vez<br />
mais apertadas, a Comissão Europeia propõe que<br />
a partir de 1 de janeiro de 2035 na UE sejam<br />
vendidos apenas veículos ligeiros novos com 0%<br />
de emissões. Os Países Baixos e a Dinamarca vão<br />
fazê ‐lo em 2030 e a França e o Reino Unido em<br />
2040. Apesar de ser uma meta arrojada, chegou<br />
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MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
a estar em cima da mesa um corte ainda mais<br />
dramático, na ordem dos 65% em 2030.<br />
Implicações no setor automóvel<br />
O cumprimento destes objetivos há muito que está<br />
a ser trabalhado pelos engenheiros dos fabricantes<br />
europeus de automóveis e, até ao momento, foram<br />
já várias as marcas que anunciaram novidades nesse<br />
sentido. A Volkswagen já fez saber que deixará de<br />
vender carros com motores de combustão interna<br />
em 2035 e a Renault declarou que em 2030 90%<br />
das suas vendas na Europa serão de carros elétricos.<br />
A Volvo também tem vindo a demonstrar a vontade<br />
de terminar com os motores a combustão interna,<br />
assim como a Audi se comprometeu a deixar de<br />
vender estes veículos em 2033, a FIAT e a Ford<br />
em 2030 e a Opel em 2028.<br />
Dada a importância do pacote climático da UE<br />
para o sector automóvel e para os milhões de<br />
pessoas que emprega, a Associação Europeia dos<br />
MOTOS SERÃO TAMBÉM AFETADAS<br />
PELO «FIT FOR 55»<br />
O<br />
pacote legislativo não contém qualquer usado nos motociclos. Antonio Perlot, secretáriogeral<br />
da Associação Europeia dos Fabricantes de<br />
referência às motos, mas isso não<br />
significa que o «Fit for 55» não venha Motos, considera que “a descarbonização não<br />
a afetar os motociclistas. A redução de passa necessariamente pela eletrificação”, sendo<br />
90% em gases de CO 2 é para todos os que apesar de para uso urbano as motos e scooters<br />
transportes rodoviários, incluindo as motos. Para já, elétricas com bateria sejam as escolhas mais lógicas,<br />
no entanto, devido às baixas emissões de todos os “a indústria de motos procura outras alternativas para<br />
veículos de duas rodas, por comparação com os a gasolina, como e-combustíveis e biocombustíveis<br />
restantes, a Comissão Europeia ainda não faz contas para motos maiores que são frequentemente<br />
com eles na estratégia de descarbonização. usadas para lazer. Estas poderiam ser alternativas<br />
As motos serão, ainda assim, afetadas pelas boas e «limpas»”. O problema é que a indústria<br />
alterações propostas pelo «Fit for 55», pois os planos ainda não está em condições de concluir se haverá<br />
incluem impostos para produtos energéticos como alternativas suficientes – e acessíveis – no futuro<br />
a eletricidade e combustíveis para transporte e para substituir a gasolina para fazer funcionar os<br />
aquecimento de edifícios (com base em quão poluentes motores de combustão. E só um resultado é garantido:<br />
são) e isso engloba, necessariamente, o combustível o motociclismo ficará mais caro.<br />
O Objetivo do Fit for 55 é desenhar o caminho para a neutralidade<br />
carbónica, definida pelo European Green Deal, que determina<br />
que dentro de menos de nove anos a UE deverá reduzir as emissões<br />
de CO 2 em 55% abaixo dos níveis de 1990<br />
Fabricantes de Automóveis (ACEA) tem vindo a<br />
estudar em detalhe as propostas divulgadas pela<br />
Comissão Europeia e sustenta que os construtores<br />
de automóveis estão empenhados em reduzir as<br />
emissões para zero. Todos os membros da ACEA<br />
apoiam a meta da neutralidade climática até 2050<br />
e têm vindo a investir milhares de milhões de eu‐<br />
A COMISSÃO EUROPEIA ESTABELECE NOVOS<br />
OBJETIVOS EM MATÉRIA DE EMISSÕES<br />
Médias da Frota de Veículos de Passageiros Anterior vs. Novo 2015-2040 (Gramas de CO2 por km)<br />
g Emissões de CO2 / km<br />
140<br />
120<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
2015<br />
-55% de redução<br />
ros em tecnologias inovadoras e sustentáveis. Estes<br />
discordam, contudo, de que se aposte apenas numa<br />
única tecnologia, especialmente numa altura em<br />
que a Europa continua a ter dificuldades em conseguir<br />
reunir as condições adequadas para os veículos<br />
movidos a energia alternativa.<br />
Oliver Zipse, presidente da ACEA e CEO da<br />
-15% de redução<br />
-100% de redução<br />
-37,5% de redução<br />
2020 2025 2030 2035 2040<br />
Objetivos anteriores Novos objetivos<br />
BMW é da opinião que “as metas climáticas ambiciosas<br />
precisam de um compromisso vinculativo de<br />
todas as partes envolvidas. O Green Deal só pode<br />
ser bem ‐sucedido com metas obrigatórias para o<br />
aumento das infraestruturas de carregamento e<br />
reabastecimento em todos os Estados ‐membros.<br />
Isto será essencial para carregar os milhões de<br />
veículos elétricos que os fabricantes de automóveis<br />
europeus vão trazer para o mercado nos próximos<br />
anos e para proporcionar uma redução sem<br />
precedentes das emissões de CO 2 no setor dos<br />
transportes”. Sem um aumento significativo dos<br />
esforços de todas as partes interessadas – incluindo<br />
estados ‐membros e todos os sectores envolvidos<br />
– “o objetivo proposto simplesmente não é<br />
viável”, afirma. Por isso, entende que “todas as<br />
opções – incluindo motores de combustão interna<br />
altamente eficientes, híbridos, baterias elétricas e<br />
veículos a hidrogénio – devem desempenhar o seu<br />
papel na transição para a neutralidade climática,<br />
especialmente porque trabalhamos para reduzir<br />
a pegada de carbono de toda a frota de veículos<br />
na rua, para não só os veículos novos. Não é o<br />
motor de combustão interna que é prejudicial<br />
para o ambiente, mas sim os combustíveis à base<br />
de fósseis. Sem a disponibilidade de combustíveis<br />
renováveis, uma meta de redução de 100% em<br />
2035 é efetivamente a proibição do motor interno<br />
de combustão”.<br />
Entre as preocupações da ACEA relativamente<br />
aos resultados do «Fit for 55», está o facto de as<br />
metas ficarem muito aquém do que é necessário,<br />
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Atingir as metas<br />
climáticas para 2030<br />
Estratégia<br />
florestal da UE<br />
Sistema de<br />
comércio de<br />
emissões<br />
da UE para a<br />
energia, indústria,<br />
marítimo<br />
e aviação<br />
Uso do solo,<br />
alteração<br />
do uso do solo<br />
e regulamentação<br />
florestal<br />
Regulação<br />
da partilha<br />
de esforços<br />
Normas<br />
de emissões<br />
de CO2 para<br />
carros e vans<br />
Fundo social<br />
climático<br />
Negociação<br />
de emissões<br />
para transporte<br />
rodoviário<br />
e edifícios<br />
Metas<br />
Climáticas<br />
2030<br />
Infra-estruturas<br />
de combustíveis<br />
alternativos<br />
ReFuelEU:<br />
Combustíveis mais<br />
sustentáveis para a<br />
aviação<br />
Mecanismo de<br />
ajustamento das<br />
margens<br />
de carbono<br />
Diretiva relativa<br />
à tributação<br />
da energia<br />
Diretiva sobre<br />
as energias<br />
renováveis<br />
FuelEU:<br />
Combustíveis<br />
marítimos<br />
mais limpos<br />
Eficiência<br />
energética<br />
direcionada<br />
Fonte: Comissão Europeia<br />
Ainda que muitos países tenham demonstrado a ambição de chegar<br />
à neutralidade carbónica, a verdade é que poucos foram os que<br />
divulgaram em detalhe como é que efetivamente tencionam lá<br />
chegar até há os que discordam em pleno da estratégia a seguir<br />
com uma referência preocupante a apenas 3,5<br />
milhões de pontos de carregamento até 2030. De<br />
acordo com os cálculos recentes da Comissão, uma<br />
nova redução das emissões de CO 2 para ‐50%<br />
em 2030 exigiria cerca de 6 milhões de pontos de<br />
carregamento publicamente disponíveis.<br />
Já no que toca ao alargamento do Sistema de Comércio<br />
de Licenças de Emissão (ETS) da UE aos<br />
combustíveis de transporte rodoviário, a ACEA<br />
considera que “é bem ‐vindo, uma vez que ajudará<br />
a colocar um preço visível no carbono, incentivando<br />
assim a utilização de combustíveis de<br />
baixo e zero carbono. Se o quadro regulamentar<br />
for definido corretamente, isso poderá ajudar a<br />
tornar os veículos de emissões zero competitivos<br />
e atraentes para os nossos clientes”.<br />
Um debate que se prevê longo<br />
Esta é apenas a ponta do «iceberg» da restruturação<br />
de toda a arquitetura atual da política climática<br />
da EU. O pacote deixa muito espaço de manobra<br />
para ser debatido entre os estados ‐membros e<br />
COMO IRÃO MUDAR OS OBJETIVOS<br />
DE EMISSÕES DA UE (2020-2035)<br />
prevê ‐se uma longa negociação, que pode chegar a<br />
demorar anos, porque aquilo que é prioridade para<br />
uns, pode ser alvo de críticas por parte de outros,<br />
de modo que o prazo máximo para alcançar um<br />
acordo será até às eleições do Parlamento Europeu,<br />
em maio de 2024. Entretanto, espera ‐se lobbying<br />
intenso por parte dos governos nacionais, ativistas<br />
e dos diferentes interessados na indústria, bem<br />
como daqueles que se opõem à ação climática.<br />
Caso interessante, e que já está a dar que falar, é<br />
o da República Checa, que assume a presidência<br />
rotativa da União Europeia no próximo ano e<br />
que está absolutamente contra o plano da Comissão<br />
Europeia de proibir a comercialização de<br />
automóveis novos a gasolina e a gasóleo a partir<br />
de 2035. O primeiro ‐ministro, Andrej Babis,<br />
afirma mesmo que “não podemos ditar aqui o<br />
que fanáticos verdes conceberam no Parlamento<br />
Europeu”. A República Checa é o país natal da<br />
Skoda e também local de produção de outras<br />
marcas como a Toyota e a Hyundai, e não tenciona<br />
seguir o projecto «Fit for 55». Babis adiantou<br />
Ano 2020 2025 2030 2035<br />
Meta para 95g CO 2/Km -15% (81g CO 2/Km) -55% (43g CO 2/Km) -100% (0g CO 2/Km)<br />
automóveis<br />
Meta para vans 147g CO 2/Km -15% (125g CO 2/Km) -50% (74g CO 2/Km) -100% (0g CO 2/km)<br />
Comentários Os automóveis e as vans<br />
têm objetivos médios de<br />
frota em separado<br />
Sem alterações em relação<br />
aos objetivos anteriores<br />
Um aperto da redução<br />
anterior -37,5% para os<br />
automóveis novos (-31%<br />
para as vans novas)<br />
A redução de -100% para<br />
2035 proíbe efetivamente os<br />
automóveis a gasolina e diesel<br />
até 2035<br />
Fonte: aUtomotive Ultima Media<br />
ainda que o país irá apoiar a expansão da rede de<br />
carregamento de veículos elétricos, mas que não<br />
irá apoiar a sua compra, como acontece noutros<br />
países europeus, como Portugal. Para o chefe do<br />
governo checo, “há questões mais importantes<br />
como a segurança, o mercado interno, [o espaço]<br />
Schengen. Por exemplo, iremos apoiar uma<br />
rede para carros elétricos, mas os carros normais<br />
continuarão a ser produzidos normalmente. Os<br />
carros elétricos são um luxo, não são acessíveis<br />
a pessoas comuns”, afirma.<br />
Do outro lado da barricada<br />
De facto, não é só a República Checa que já<br />
mostrou oposição ao pacote legislativo «Fit<br />
for 55». Desde que foi revelada, em julho, a<br />
abordagem mereceu muitas críticas e já foram<br />
várias as vozes que se levantaram para discordar<br />
deste caminho.<br />
A inclusão do setor marítimo no Sistema de Comércio<br />
de Emissões da EU é uma das principais<br />
mudanças que está a causar revolta. Não se enquadra<br />
em nenhum sistema de redução de emissões<br />
de carbono, ainda que represente 13% de todas<br />
as emissões da UE relacionadas com transportes.<br />
Sendo uma indústria global, reclama precisar de<br />
uma regulamentação global ao invés de europeia,<br />
nas palavras do secretário ‐geral da Associação de<br />
Armadores da Comunidade Europeia, Martin<br />
Dorsman. O responsável defende que “devemos<br />
introduzir um fundo específico no Sistema de<br />
Comércio das Emissões da EU e as receitas desse<br />
fundo podem ser usadas na indústria naval para<br />
fazer mais pesquisa e desenvolvimento ou para<br />
investir em infraestrutura nos portos, porque, em<br />
84 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
última análise, para descarbonizar precisamos de<br />
novas alternativas”, o que significa que apesar de<br />
concordarem com a meta de redução, entendem<br />
que é preciso explorar outros caminhos.<br />
O plano também inclui medidas mais duras para<br />
a aviação e para os voos intra ‐UE e teme ‐se o<br />
aumento da vantagem competitiva das companhias<br />
aéreas extracomunitárias e de aeroportos<br />
centrais fora da UE.<br />
No «Fit for 55», tanto o regulamento FuelEU<br />
(marítimo) e o regulamento ReFuelEU (aviação)<br />
querem incentivar a adoção de um crescente<br />
consumo de combustíveis de baixo carbono<br />
nos respetivos setores, onde o potencial para a<br />
eletrificação é reconhecidamente limitado. Será<br />
criada a Aliança da Cadeia de Valores de Combustíveis<br />
Renováveis e de Baixo Carbono, para<br />
impulsionar o fornecimento e a implantação dos<br />
combustíveis mais promissores para todos os modos<br />
de transporte.<br />
Os membros da Plataforma de Combustíveis<br />
Líquidos Renováveis e de Baixo Carbono ‐ que<br />
representam as principais associações que operam<br />
na cadeia de valor dos combustíveis líquidos da<br />
UE, desde a produção de matéria ‐prima e combustível<br />
até o armazenamento, fornecimento e<br />
distribuição - estão empenhados em trabalhar<br />
juntos para contribuir para a descarbonização<br />
do setor da mobilidade, de forma sustentável,<br />
acessível e socialmente inclusiva. Realçam a<br />
importância do papel do pacote Fit for 55 no<br />
combate às alterações climáticas, mas receiam<br />
que a contribuição que os combustíveis líquidos<br />
renováveis e com baixo teor de carbono podem<br />
ter durante esta transição seja subestimado, pelo<br />
que defendem que é essencial uma abordagem<br />
tecnológica aberta, pois não existe uma forma<br />
única de descarbonizar o transporte rodoviário,<br />
dizendo mesmo que “na luta contra as alterações<br />
climáticas, a UE necessita de todas as soluções<br />
sustentáveis que puder reunir - incluindo combustíveis<br />
líquidos renováveis e com baixo teor<br />
de carbono”.<br />
IMPACTO FIT for 55 NO SETOR AUTOMÓVEL<br />
A<br />
meta de 55% de CO 2 para os automóveis<br />
até 2030 será um grande desafio<br />
l Exige objetivos vinculativos<br />
correspondentes para os estados<br />
membros da UE para a construção das infra ‐estruturas<br />
de carregamento e reabastecimento necessárias<br />
l Não é suficientemente ambicioso: ‘apenas’<br />
3,5 milhões de carregadores VE. 50% até 2030<br />
já exigiria 6 milhões de carregadores públicos<br />
l Irá acelerar a transformação estrutural<br />
de toda a cadeia de valor. Grande impacto<br />
na nossa economia e emprego<br />
l Todos os grupos motopropulsores devem<br />
desempenhar um papel na transição para<br />
a neutralidade climática. Necessidade de reduzir<br />
a pegada de carbono de toda a frota na estrada.<br />
A UE precisa de se concentrar na inovação, não<br />
na proibição de tecnologias<br />
Infraestrutura disponível<br />
l Menos de 225.000 pontos de tarifação pública<br />
disponíveis na EU, está muito aquém do que é<br />
necessário<br />
l Cerca de 7 milhões de pontos de carregamento<br />
ECV necessários até 2030. Mas a proposta Fit for 55’<br />
visa apenas 3,5 milhões de carregadores públicos...<br />
l 3 países, cobrindo apenas 23% da superfície<br />
total da UE, representam atualmente 70% de todos<br />
os pontos de carregamento<br />
29,7% nos Países Baixos 66.665<br />
20,4% em França 45.751<br />
19,9% na Alemanha 44.538<br />
DISCRIMINAÇÃO DAS MEDIDAS DO PACOTE FIT FOR 55<br />
FIXAÇÃO DE PREÇOS METAS REGRAS<br />
l Desempenho mais rigoroso de CO 2 para<br />
automóveis e vans<br />
l Sistema de Comércio de Emissões mais<br />
forte, incluindo na aviação<br />
l Extensão do comércio de emissões ao<br />
transporte marítimo, rodoviário e aos<br />
edifícios<br />
l Diretiva atualizada relativa à tributação<br />
da energia<br />
l Novo Mecanismo de Ajuste de margens<br />
de Carbono<br />
l Atualização do Regulamento de Partilha<br />
de Esforços<br />
l Atualização da Regulamentação do Uso do<br />
Solo e da Floresta<br />
l Diretiva atualizada sobre as energias<br />
renováveis<br />
l Diretiva de Eficiência Energética Atualizada<br />
l Novas infra-estruturas para combustíveis<br />
alternativos<br />
l ReFuelEU: Combustíveis mais sustentáveis<br />
para a aviação<br />
l FuelEU: Combustíveis marítimos mais<br />
limpos<br />
MEDIDAS DE APOIO<br />
l Utilizar regulamentos para promover a inovação, construir solidariedade e mitigar os impactos para os vulneráveis, nomeadamente<br />
através do novo Fundo para o Clima Social e do reforço dos Fundos de Modernização e Inovação<br />
Fonte: Comissão Europeia<br />
l Dos 224.237 carregadores disponíveis<br />
em toda a EU, apenas 24.987 são adequados<br />
para carregamento rápido (capacidade de >22kW).<br />
Pontos “normais” (
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Veículos elétricos<br />
Conceito<br />
de mobilidade<br />
em mudança<br />
Apesar de persistirem os desafios à eletrificação do parque automóvel, temos<br />
também pela frente oportunidades que merecem ser aproveitadas.<br />
Isto é particularmente evidente nas cidades, onde as emissões, o tráfego<br />
e a segurança representam os grandes problemas da atualidade
Se este status quo continuar, os problemas<br />
de mobilidade irão apenas intensificar-se<br />
à medida que o crescimento<br />
da população e do PIB impulsionam<br />
não só a propriedade de automóveis<br />
como também os quilómetros percorridos. Em resposta,<br />
a indústria da mobilidade está a lançar uma<br />
enorme variedade de inovações concebidas para as<br />
estradas urbanas, como a mobilidade como serviço,<br />
a gestão de tráfego e sistemas de estacionamento<br />
avançados, soluções de partilha de frete e novos conceitos<br />
de transporte em duas ou três rodas. A atual<br />
oportunidade de que dispomos para transformar a<br />
forma na qual nos movemos resulta fundamentalmente<br />
de mudanças em três áreas: regulamentação,<br />
comportamento do consumidor e tecnologia.<br />
Regulamentação<br />
Os governos e as cidades introduziram regulamentações<br />
e incentivos que aceleram a mudança para<br />
uma mobilidade sustentada. Os reguladores de<br />
todo o mundo estão a definir alvos mais restritivos<br />
quanto às emissões. A União Europeia apresentou<br />
o seu programa “Fit for 55”, que procura alinhar<br />
as políticas climáticas, energéticas, de uso da terra,<br />
transportes e fiscais com vista à redução das<br />
emissões de gases de estufa em pelo menos 55%<br />
até 2030 e a administração Biden introduziu um<br />
alvo de 50% de veículos elétricos (VE) até 2030.<br />
Além destes regulamentos, a maioria dos governos<br />
oferece também subsídios para VEs.<br />
As cidades trabalham atualmente com o objetivo<br />
de reduzirem o uso e o tráfego de veículos privados<br />
oferecendo cada vez mais apoio a modos de<br />
mobilidade alternativa como as bicicletas. Paris<br />
anunciou o investimento de mais de 300 milhões<br />
de dólares US para a atualização da sua rede de<br />
bicicletas e para a conversão de 50 km de faixas<br />
de estrada em ciclovias. Muitas áreas urbanas estão<br />
também a implementar regulamentações de<br />
acesso para automóveis. De facto, mais de 150<br />
cidades europeias criaram já regulamentações de<br />
acesso devido a baixas emissões e emergências de<br />
poluição (QUADRO I).<br />
Comportamento do consumidor<br />
A consciência e o comportamento do consumidor<br />
estão a mudar à medida que cada vez mais pessoas<br />
aceitam modos de mobilidade alternativos e sustentáveis.<br />
As viagens em meio urbano com bicicletas<br />
e scooters elétricas partilhadas aumentaram em<br />
60% de ano para ano e o mais recente inquérito ao<br />
consumidor McKinsey sugere que o uso médio da<br />
bicicleta (partilhada e privada) poderá aumentar<br />
mais de 10% no mundo pós-pandémico em comparação<br />
com níveis pré-pandémicos. Além disso,<br />
os consumidores estão a tornar-se cada vez mais<br />
recetivos às opções de mobilidade partilhada. Mais<br />
de 20% dos alemães inquiridos afirmaram ser utilizadores<br />
de serviços de partilha de transportes (6%<br />
fazem-no pelo menos uma vez por semana), que<br />
são capazes de ajudar à redução dos quilómetros<br />
percorridos assim como das emissões.<br />
Tecnologia<br />
Os protagonistas da indústria estão a acelerar a<br />
velocidade da inovação em tecnologias automóveis à<br />
medida que desenvolvem novos conceitos de mobilidade<br />
elétrica, conectada, autónoma e partilhada. A<br />
indústria captou mais de 400 mil milhões de dólares<br />
US em investimentos ao longo desta última década,<br />
com cerca de 100 mil milhões desde o início de<br />
2020. Todo este dinheiro tem como alvo as empresas<br />
e start-ups que trabalhem na eletrificação<br />
da mobilidade, na conectividade dos veículos e em<br />
tecnologias de condução autónoma. Tais inovações<br />
tecnológicas ajudarão a reduzir os custos dos VE e<br />
a tornar a mobilidade elétrica partilhada como uma<br />
alternativa real a possuir um automóvel.<br />
A eletrificação desempenhará um papel importante<br />
na transformação da indústria da mobilidade<br />
e apresenta grandes oportunidades em todos os<br />
segmentos de veículos, apesar do ritmo e extensão<br />
da mudança poderem variar. Para assegurar a<br />
adoção rápida e alargada da mobilidade elétrica, o<br />
lançamento de novos VE no mercado é um primeiro<br />
passo importante. Além disso, todo o ecossistema<br />
de mobilidade deverá trabalhar para fazer da transformação<br />
um sucesso, desde os fabricantes de VE<br />
aos fornecedores e investidores, concessionários,<br />
fornecedores energéticos e operadores de postos<br />
de carregamento, a título de exemplo.<br />
O futuro dos grupos<br />
motopropulsores dos veículos<br />
de passageiros é elétrico; a<br />
transformação é contínua<br />
O momento de viragem na adoção dos VE de<br />
passageiros ocorreu na segunda metade de 2020,<br />
quando as vendas e a penetração dos VE aceleraram<br />
nos principais mercados apesar da crise económica<br />
provocada pela pandemia de COVID-19.<br />
A Europa liderou este desenvolvimento, onde a<br />
adoção de VE alcançou os 8% devido a políticas<br />
como alvos de emissões mais limitadores para os<br />
fabricantes de equipamento original e subsídios<br />
generosos para os consumidores.<br />
Em <strong>2021</strong> os debates centraram-se na data do fim<br />
das vendas de veículos com motor de combustão<br />
interna (MCI). Novos objetivos regulamentares na<br />
União Europeia e nos Estados Unidos visam agora<br />
uma quota de VE de pelo menos 50% até 2030 e<br />
vários países anunciaram agendas mais aceleradas<br />
para a proibição das vendas de MCIs em 2030 ou<br />
2035. Alguns fabricantes de equipamento original<br />
anunciaram as suas intenções de interrupção do<br />
investimento em novas plataformas e modelos de<br />
MCI e muitas mais definiram já uma data específica<br />
para terminar a produção de veículos MCI.<br />
A consciências dos consumidores mudou também<br />
para uma de mobilidade sustentável, com mais de<br />
45% dos consumidores de automóveis a considerar<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
89
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
QUADRO I – A REGULAÇÃO, A TECNOLOGIA E O COMPORTAMENTO DOS CONSUMIDORES<br />
ALTERARÃO O PANORAMA DA MOBILIDADE<br />
MUDANÇA ILUSTRATIVA DA PAISAGEM DA CIDADE ENTRE HOJE E 2030<br />
Hoje<br />
AS CIDADES SOFREM COM AS EMISSÕES, O CONGESTIONAMENTO E A<br />
SEGURANÇA ...<br />
2030<br />
... QUE VAI MUDAR COM A CHEGADA DE NOVAS SOLUÇÕES<br />
INTEGRADAS DE MOBILIDADE<br />
A ELECTRIFICAÇão É UM DOS PRINCIPAIS FACILITADORES DE UMA NOVA MOBILIDADE<br />
INTEGRADA ENTRE SEGMENTOS DE VEÍCULOS, POR EXEMPLO,<br />
Scooters<br />
Paris concedeu<br />
recentemente um<br />
contrato de 2 anos<br />
PARA a implementação<br />
de 5.000 “e-scooters”<br />
Automóveis<br />
de passageiros<br />
Oslo atingiu 66% de adoção<br />
de VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />
de passageiros em Julho<br />
de <strong>2021</strong><br />
Autocarros<br />
Shenzhen já eletrificou<br />
toTALMente a sua froTA<br />
de 16.000 unidades<br />
de autocarros, bem<br />
como 22.000 táxis<br />
Fonte: McKinsey, Centro para a Mobilidade Futura<br />
Os proTAGonistas da indústria estão a ACelerar a velocidade<br />
DA inoVAÇão em tecnologias AUTomóveis à medida que desenvolvem novos<br />
conceitos de mobilidade elétrica, coneCTADA, AUTónoma e partilhada<br />
a compra de um VE.<br />
No entanto, a contínua aceleração da eletrificação<br />
está a impor uma grande pressão sobre os fabricantes<br />
de equipamento original, as suas cadeias de<br />
fornecimento e o ecossistema alargado de VE para<br />
que cumpram com estes alvos. Isto é particularmente<br />
óbvio no que diz respeito à preparação da<br />
infraestrutura de carregamento necessária.<br />
Até 2035, os maiores mercados<br />
AUTomóveis serão elétricos<br />
A pressão regulamentar assim como a atração do<br />
consumidor pelos VE varia de região para região.<br />
A Europa consiste principalmente num mercado<br />
impulsionado pela regulamentação com grandes<br />
subsídios, enquanto que na China a atração do<br />
consumidor é muito forte apesar dos reduzidos<br />
incentivos. Nos EUA, as vendas de VE cresceram<br />
lentamente devido a uma pressão regulamentar<br />
e interesse do consumidor, apesar da tendência<br />
reguladora ser de mudança na nova administração.<br />
Ao nível global, esperamos que a adoção de VE<br />
(BEV – Battery Electric Vehicles; PHEV – Plug-<br />
-in Hybrid Electric Vehicles; e FCEV – Fuel Cell<br />
Electric Vehicles) alcance os 45% sob as atuais<br />
previsões de alvos regulamentares. No entanto,<br />
mesmo esta perspetiva de crescimento transformador<br />
dos VE está muito abaixo do necessário<br />
para que alcancemos as emissões zero. Os VE<br />
teriam de representar 75% das vendas globais de<br />
automóveis de passageiros até 2030, o que representa<br />
um ritmo significativamente superior ao que<br />
existe atualmente na indústria.<br />
Acreditamos que a Europa, enquanto mercado<br />
impulsionado pela regulamentação com tendências<br />
de procura positivas por parte do consumidor,<br />
irá eletrificar-se mais rapidamente e é esperado<br />
que permaneça como líder global da eletrificação<br />
em termos da quota de mercado de VE. Além<br />
do objetivo da Comissão Europeia, que requer<br />
cerca de 60% de vendas de VE até 2030, vários<br />
países anunciaram já o fim das vendas de MCI<br />
até 2030. Em consonância com anunciado, sete<br />
marcas de fabricantes de equipamento original<br />
comprometeram-se já com 100% de vendas de<br />
90 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
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Top100<br />
QUADRO II – ATÉ 2035, OS MAIORES<br />
MERCADOS AUTOMÓVEIS (UE, EUA E<br />
CHINA) SERÃO TOTALMENTE ELÉTRICOS<br />
QUADRO III – A TRANSFORMAÇÃO DA<br />
E-MOBILIDADE IRÁ CRIAR MAIOR DISRUPÇÃO<br />
DO QUE A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL<br />
VE (BEV, FCEV, PHEV) EM PERCENTAGEM<br />
DAS VENDAS DE VEÍCULOS DE PASSAGEIROS<br />
novos<br />
Cenários<br />
Zero líquido<br />
Acelerado*<br />
Cenário regulamentar***<br />
Mercados, cenário acelerado<br />
UE<br />
China<br />
EUA<br />
100 100<br />
90 90<br />
80 80<br />
70 70<br />
60 60<br />
50 50<br />
40 40<br />
30 30<br />
20 20<br />
10 10<br />
0 0<br />
2020 25 30 35 2020 25 30 35<br />
*Cenário mais provável em que a adoção pelos consumidores excederá os objetivos<br />
regulamentares<br />
**Cenário segundo o qual os objetivos regulamentares atualmente previstos serão atingidos<br />
VEÍCULOS DE PASSAGEIROS, UE+GB+CH+NO,<br />
2030, CENÁRIO ACELERADO*<br />
75%<br />
das vendas de automóveis<br />
novos são VE*<br />
1 em cada 4<br />
carros na estrada é um VE<br />
90 mil<br />
milhões de<br />
euros na nova<br />
cadeia de valor<br />
VE** criada<br />
15.000<br />
procura semanal<br />
adicional de<br />
carregadores****<br />
24<br />
gigafábricas de<br />
bateria***<br />
5%<br />
de procura<br />
adicional de<br />
eletricidade<br />
na UE<br />
80%<br />
Emissões de<br />
produção mais<br />
elevadas<br />
40%<br />
de diferença em<br />
relação ao objetivo<br />
de redução das<br />
emissões dos<br />
transportes até<br />
2030<br />
* VE incluem BEVs, PHEVs, FCEVs<br />
**Inclui drive elétrico, baterias, eletrónica de potência, e gestão térmica<br />
***Assume uma gigafábrica média com capacidade anual de 25 GWh<br />
****Assume uma relação ideal de 10:1 de carregadores VE e refere-se a carregadores públicos,<br />
incluindo carregadores em casas multifamiliares<br />
Fonte: McKinsey, Center for Future Mobility<br />
A consciência e o comportamento do consumidor estão a mudar<br />
à medida que cada vez mais pessoas aceitam modos de mobilidade<br />
alternativos e sustentáveis<br />
VE até 2030 na União Europeia. No cenário<br />
acelerado de maior probabilidade, a adoção por<br />
parte do consumidor irá exceder os alvos regulamentares<br />
e a Europa alcançará cerca de 75%<br />
de quota de mercado de VE até 2030. A União<br />
Europeia anunciou um objetivo de emissões zero<br />
para automóveis novos até 2035.<br />
A China continuará também a testemunhar um<br />
forte crescimento da eletrificação permanecendo<br />
o maior mercado de VE em termos absolutos. A<br />
aceitação resulta de uma forte atração por parte<br />
do consumidor, apesar de baixos subsídios para VE<br />
e a inexistência de uma data final para as vendas<br />
de MCI. No entanto, a política governamental de<br />
duplo crédito levou ao aumento da quota de VE<br />
nos portefólios dos fabricantes de equipamento<br />
original. As previsões apontam para uma quota<br />
de VE chinesa acima dos 70% para as vendas de<br />
automóveis novos em 2030, no cenário acelerado.<br />
Nos Estados Unidos, a administração Biden anunciou<br />
um objetivo de eletrificação de 50% para<br />
2030, fortes investimentos na infraestrutura de<br />
carregamento e objetivos mais rigorosos para as<br />
emissões das frotas. A aceitação de VE resultará<br />
acima de tudo do apoio regulamentar na Califórnia<br />
e noutros estados que seguem a regulamentação<br />
CARB ZEV. Os fabricantes de equipamento<br />
original dos EUA apoiam os alvos de eletrificação<br />
e declararam a abolição de MCI até 2035, o que<br />
significa que os Estados Unidos seguirão a Europa<br />
e a China na aceitação de VE com um pequeno<br />
atraso; espera-se que ultrapassem os atuais alvos regulamentares<br />
e que alcancem os 65% de vendas de<br />
VE até 2030 no cenário acelerado (QUADRO II).<br />
A transformação da mobilidade<br />
elétrica perturbará muito mais do<br />
que apenas a indústria automóvel<br />
Na União Europeia, o atingir do cenário acelerado<br />
de cerca de 75% de vendas de VE até 2030 terá<br />
implicações para todo o ecossistema e cadeia de<br />
valor dos VE. Paralelamente, a indústria deverá<br />
reduzir as emissões de carbono em todo o ciclo<br />
de vida dos veículos para assim se aproximar de<br />
um alvo de emissões zero.<br />
Os fornecedores automóveis atuais têm de alterar<br />
a produção de componentes MCI para VE. A<br />
Europa terá de construir cerca de 24 novas mega-<br />
-fábricas de baterias para assim dar resposta à<br />
procura local de baterias de VE de passageiros.<br />
Com mais de 70 milhões de VE na estrada até 2030<br />
a indústria terá de instalar uma grande quantidade<br />
de carregadores públicos e fornecer as respetivas<br />
operações de manutenção. A produção de energias<br />
renováveis terá de aumentar em 5% para dar<br />
resposta às necessidades de carregamento de VE.<br />
Por fim, as emissões da produção de BEV deverão<br />
descer, já que os BEV têm atualmente 80% mais<br />
emissões durante a sua produção do que os veículos<br />
MCI (QUADRO III).<br />
A eletrificação causará grandes<br />
mudanças em toda a cadeia de<br />
fornecimento automóvel<br />
A transformação da indústria automóvel em direção<br />
à eletrificação perturbará toda a cadeia de<br />
fornecimento e criará uma grande mudança nas<br />
dimensões de mercado das componentes automóveis.<br />
As principais componentes para eletrificação<br />
como as baterias e transmissões elétricas assim<br />
como para a condução autónoma como a deteção<br />
de luz e os sensores de distanciamento (LiDAR) e<br />
sensores de radar representarão cerca de 52% de<br />
todo o mercado em 2030. As componentes apenas<br />
utilizadas em veículos MCI como as transmissões,<br />
92 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
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QUADRO IV – A ELETRIFICAÇÃO<br />
PROVOCARÁ UMA GRANDE MUDANÇA<br />
EM TODA A CADEIA DE ABasTECIMENTO<br />
CENÁRIO ACELERADO, MERCADO EUROPEU<br />
Desenvolvimento do TAmanho do mercado em milhares de milhões de euros<br />
216 330<br />
26% 52%<br />
48% 37%<br />
Componentes em<br />
crescimento,<br />
por exemplo:<br />
Transmissão híbrida dedicada<br />
Bateria, BMS, inversor<br />
Unidade de controlo<br />
Ecrãs head-up<br />
Interior<br />
Sensores (por exemplo,<br />
LiDAR, radar)<br />
Componentes estáveis,<br />
por exemplo:<br />
Peças de estrutura<br />
Sistemas AC<br />
Rodas<br />
bancos<br />
Estrutura<br />
QUADRO V – PRODUÇÃO<br />
DE CÉLULAS DE BATERIA DA<br />
UE PARA SATISFAZER<br />
A PROCURA<br />
PROCURA DE CÉLULAS DE BATERIA<br />
E OFERTA ANUNCIADA<br />
GWh, cenário acelerado para a procura<br />
20X<br />
49<br />
2020<br />
Produção<br />
965<br />
2030<br />
Produção<br />
anunciada<br />
874<br />
88<br />
786<br />
2030<br />
Procura<br />
Outras aplicações<br />
(outra mobilidade,<br />
ESS, e eletrónica de<br />
consumo)<br />
Automóveis de<br />
passageiros e veículos<br />
comerciais<br />
PLAYERS DE CÉLULAS DE BATERIA<br />
POR ARQUÉTIPO NA EUROPA EM 2030<br />
Número de players, percentagem da quota de mercado<br />
da capacidade total de produção<br />
26% 11%<br />
2019 2030<br />
Produtos base,<br />
por exemplo:<br />
Sistemas de motores<br />
Transmissão<br />
Injeção de combustível<br />
ToTAl de 965 GWh<br />
por ano<br />
∑ 24 players de células<br />
Incumbente (#7)<br />
29%<br />
Integrador (#3)<br />
18%<br />
OEM JV/subsidiária (#7)<br />
30%<br />
Start-up (#7)<br />
24%<br />
Fonte: McKinsey, Center for Future Mobility<br />
Com mais de 70 milhões de VE na estrada ATé 2030 a indústria<br />
terá de instalar uma grande quantidade de carregadores públicos<br />
e fornecer as respetivas operações de manutenção<br />
motores e sistemas de injeção de combustível convencionais<br />
sofrerão uma redução significativa até<br />
cerca de 11% até 2030, cerca de metade da sua<br />
dimensão em 2019. Uma mudança assim tão<br />
drástica forçará a que os intervenientes nas componentes<br />
tradicionais se adaptem rapidamente<br />
para contrabalançar a diminuição das receitas.<br />
A dimensão da perturbação será significativa: de<br />
acordo com o Instituto para a Investigação Económica<br />
(Ifo) em Munique, mais de 100.000 postos de<br />
trabalho sofrerão mudanças na indústria automóvel<br />
alemã até 2030. Este valor representa aproximadamente<br />
cinco a dez vezes a quantidade de postos<br />
de trabalho em comparação com o que ocorrerá<br />
aquando da eliminação da energia a carvão que a<br />
Alemanha anunciou para 2038 (QUADRO IV).<br />
A produção de bATerias anunciada<br />
pela UE irá provavelmente<br />
manter ‐se um pouco acima do nível<br />
da procura<br />
Com base nos planos de incrementação anunciados,<br />
esperamos um aumento de 20x na capacidade<br />
de produção de baterias na Europa de até 965<br />
GWh até 2030. Assumindo que o total da capacidade<br />
é construído até 2030, a Europa deverá<br />
alcançar a procura esperada de 874 GWh. Os<br />
veículos comerciais e os automóveis de passeiros<br />
BEV impulsionarão 90% desta procura por baterias.<br />
Apesar de no papel as capacidades anunciadas<br />
parecerem acompanhar e corresponder à procura,<br />
a realidade é a de que provavelmente ocorrerão<br />
riscos de implementação temporários devido a problemas<br />
de produção das mega-fábricas, aos típicos<br />
baixos rendimentos dos incrementos de produção,<br />
à fragmentação da cadeia de fornecimento e aos<br />
grandes e inflexíveis contratos dos fabricantes de<br />
equipamento original. Assim sendo, na eventualidade<br />
de uma adoção acelerada dos VE, a procura<br />
por baterias quase que excederia o fornecimento<br />
anunciado a médio-prazo. Nos próximos 10 anos,<br />
esperamos que a indústria mineira abrande assim<br />
como o aparecimento periódico de outras crises<br />
geopolíticas e da cadeia de fornecimento, levando<br />
a breves subidas de preços de mercadorias como<br />
o níquel e o lítio.<br />
A produção de células de baterias aproxima-se<br />
fisicamente das fábricas de montagem de veículos.<br />
Apesar de há 10 anos atrás praticamente todas as<br />
células serem importadas da Ásia, existem atualmente<br />
centros de produção regionais por exemplo,<br />
na Europa do Leste. Além disso, múltiplas<br />
fábricas iniciarão produção em alguns dos mais<br />
importantes países produtores de veículos como a<br />
Alemanha, Reino Unido e França, em ambientes<br />
de baixos níveis de emissão de carbono como a<br />
Noruega e a Suécia.<br />
Além dos atuais intervenientes no mundo das células<br />
de baterias com origem na Ásia estabelecerem-se<br />
na Europa, algumas empresas totalmente<br />
novas estão também a emergir. Um dos principais<br />
desenvolvimentos na obtenção de baterias envolve<br />
a compatibilidade retroativa dos fabricantes<br />
de equipamento original a partir de conjuntos e<br />
módulos até à produção de células, principalmente<br />
sob a forma de colaborações com os fabricantes de<br />
células. Os planos de compatibilidade retroativa<br />
dos fabricantes de equipamento original resultam<br />
da sua crescente procura por células de bateria,<br />
94 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
QUADRO VI – A CONSTRUÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAS DE CARREGAMENTO VE ENFRENTA<br />
OBSTÁCULOS OPERACIONAIS, REGULAMENTARES E FINANCEIROS<br />
CONSTRUÇÃO DO CARREGADOR PÚBLICO<br />
Alto<br />
Médio<br />
Baixo<br />
Muito baixo<br />
Implementação<br />
rápida<br />
+15.000<br />
carregadores a serem<br />
instalados por semana*<br />
Construção em<br />
zonas rurais<br />
+30%<br />
da população que vive<br />
em zonas rurais<br />
Alto investimento<br />
+90%<br />
de investimento<br />
para menos de 25%<br />
dos pontos de carga<br />
(Carregador rápido)<br />
Cobertura da<br />
carregamento<br />
público<br />
+50%<br />
dos europeus que<br />
vivem em casas<br />
multifamiliares<br />
*Semi-privado (casas multifamiliares) e carregadores públicos cobertos<br />
Fonte: McKinsey, Center for Future Mobility<br />
Assegurar uma cobertura de carregamento público na totalidade<br />
da UE é essencial para evitar a colocação de carregadores apenas<br />
em locais rentáveis<br />
pelo desejo de controlar e garantir o fornecimento<br />
e da ambição de manter interna uma parte<br />
significativa da criação de valor do veículo. Os<br />
fabricantes de equipamento original procuram<br />
também áreas de diferenciação, com a tecnologia<br />
de baterias, a durabilidade e o desempenho a serem<br />
os principais critérios de avaliação para os BEVs.<br />
A produção de matérias-primas e das componentes<br />
de baterias seguem a tendência de localização<br />
das fábricas de células de baterias. No entanto,<br />
existe um desfasamento de tempo e apenas algumas<br />
das matérias-primas necessárias, que incluem<br />
níquel, cobalto, lítio e grafite, estão disponíveis<br />
para obtenção local na Europa. A empresas terão<br />
de competir globalmente para conseguirem os<br />
volumes necessários e fazê-lo de forma sustentável<br />
em consonância com os critérios ambientais,<br />
sociais e de governança. E apesar destas quatro<br />
mercadorias terem de intensificar-se rapidamente,<br />
com potenciais variações de preços no futuro, o<br />
níquel será provavelmente a mercadoria sob maior<br />
pressão a curto ou médio prazo (QUADRO V).<br />
Necessidade de aceleração<br />
da construção de infraestruturas<br />
de carregamento<br />
Em linha com a aceitação de VE, a construção<br />
das infraestruturas de carregamento necessita de<br />
acelerar para evitar que se transforme num potencial<br />
obstáculo e limite à adoção de VE por parte<br />
do consumidor. A construção das infraestruturas<br />
de carregamento em sincronização com a frota de<br />
VE será essencial na próxima década.<br />
Apesar da primeira geração de compradores de<br />
VE depender principalmente do carregamento<br />
privado (em 2020, 80% dos compradores de VE<br />
na Europa tinha acesso a carregamento privado),<br />
a geração seguinte irá depender do carregamento<br />
público. Mais de 50% dos europeus viverá em<br />
casas multifamiliares sem acesso a carregadores<br />
privados e os carregadores públicos assegurarão a<br />
viabilidade de viagens de longa distância em VE,<br />
algo que os potenciais compradores de VE ainda<br />
consideram uma grande preocupação.<br />
Da mesma maneira, os processos regulamentares<br />
de instalação de carregadores em residências<br />
privadas requerem simplificação e a capacidade<br />
de produção de “wall boxes” deverá aumentar. O<br />
aumento da produção e regulamentação simplificada<br />
(em termos redução de tempos de construção<br />
e licenciamento) são também necessários para os<br />
carregadores públicos, além da criação de uma<br />
cobertura baseada na procura.<br />
Estimamos que a indústria necessitará de instalar<br />
mais de 15.000 carregadores por semana até<br />
2030 dentro da União Europeia. São necessárias<br />
regras simplificadas para facilitar a localização<br />
de carregadores, já que atualmente poderá tardar<br />
até três anos a obtenção de uma aprovação<br />
para alargamento da rede para uma estação de<br />
carregamento rápido. Assegurar uma cobertura<br />
de carregamento público na totalidade da UE é<br />
essencial para evitar a colocação de carregadores<br />
apenas em locais rentáveis.<br />
Prevê-se que os VE exijam em média mais de 5%<br />
da demanda por eletricidade em 2030 na Europa.<br />
Será importante reduzir o carregamento durante<br />
os períodos de pico de carga através de um “carregamento<br />
gerido” ao controlar o horário de carregamento,<br />
a duração e a intensidade com tecnologia<br />
“veículo à rede elétrica” (V2G) como facilitador.<br />
Num cenário com dispositivos de carregamento<br />
corretamente geridos assim como incentivos ao<br />
carregamento durante horários fora do pico, muito<br />
do impacto dos consumidores sobre a rede elétrica<br />
será mitigado (QUADRO VI).<br />
Conclusão<br />
Os veículos elétricos estão a chegar e estamos no<br />
bom caminho para a descarbonização do setor<br />
dos transportes, mas são necessárias mais ações.<br />
Trata-se de uma transformação industrial a ocorrer<br />
a uma velocidade sem precedentes. Está também<br />
a cruzar fronteiras industriais, envolvendo<br />
intervenientes dos ramos energia, infraestrutura,<br />
mobilidade e automóvel. Apesar de se tratar de<br />
um grande desafio, representa uma enorme oportunidade<br />
para os novos e atuais intervenientes ocuparem<br />
um lugar de liderança na criação de novos<br />
postos de trabalho e indústrias multimilionárias.<br />
O importante será a combinação da viabilidade<br />
económica através da tecnologia inovadora com a<br />
transformação da mobilidade corretamente orientada.<br />
Baseada no seu diversificado horizonte de<br />
mobilidade, no seu foco na sustentabilidade e na<br />
sua comprovada liderança em termos te ◆<br />
96 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
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MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Avaliação Políticas de Promoção VE na Europa<br />
Plano de renovação<br />
do parque automóvel<br />
A ACAP promoveu um estudo sobre “Avaliação das Políticas de Promoção de Veículos<br />
Elétricos na Europa”, realizado pela 3drivers, que teve como objetivo realizar uma análise<br />
de benchmark das atuais políticas de promoção de veículos elétricos a nível europeu
Com o intuito de apurar oportunidades de melhoria das políticas<br />
existentes e implementação de outros mecanismos de apoio em<br />
Portugal, este estudo conclui que é necessário manter e reforçar os<br />
incentivos à compra de veículos elétricos assim como implementar<br />
um plano de renovação do parque automóvel. A EU aposta na<br />
mobilidade sustentável para satisfazer as ambições climáticas. A<br />
transformação para tecnologias de baixo carbono está no cerne do<br />
Green Deal e é um passo crucial para cumprir os compromissos<br />
estabelecidos pela UE relativos à ação climática no âmbito do<br />
Acordo de Paris.<br />
A UE pretende reduzir os GEE - gases com efeito de estufa dos<br />
transportes em 90% até 2050, em comparação com os níveis de<br />
1990, e está firmemente comprometida na transição para uma<br />
economia livre de emissões líquidas de GEE. O setor de transportes<br />
possui um papel significativo para cumprir os objetivos de redução<br />
das emissões líquidas de GEE assumidos pela UE, sendo que os<br />
automóveis de passageiros representam cerca de 17% das emissões<br />
totais de GEE na economia.<br />
A resposta Europeia ao desafio da redução de emissões no setor<br />
dos transportes passa por apostar numa rápida transição para a<br />
mobilidade sustentável através da descarbonização e modernização<br />
do setor europeu da mobilidade e colocar, assim, a UE no caminho<br />
para se tornar neutra em termos climáticos até 2050.<br />
MÁXIMO DESEMPENHO<br />
TOTAL TRANQUILIDADE<br />
A BENDIX ESTÁ<br />
AINDA MELHOR<br />
Reconhecida pelos resultados no setor dos travões,<br />
desde 1924, a Bendix é agora apoiada pela TMD Friction -<br />
um fabricante líder mundial de equipamento original<br />
para o segmento da fricção. Isto representa uma maior<br />
garantia de qualidade, maior cobertura de veículos e<br />
uma gama maior.<br />
Há melhores travões do que estes?<br />
Postos de carregamento em défice<br />
Portugal precisa de acelerar o investimento na infraestrutura de<br />
carregamento elétrico, apostando na expansão dos PCR – Pontos<br />
de Carregamento Rápido. Apenas 1 em cada 4 pontos de carregamento<br />
em Portugal possui características de carregamento rápido.<br />
A Holanda lidera destacada no número de postos carregamento<br />
público, com cerca de 400 PC por 100.000 habitantes. Em Portugal<br />
existem 77 municípios onde atualmente não se encontra acessível<br />
qualquer posto de carregamento elétrico público. Enquanto na<br />
Holanda existe um ponto de carregamento para cada quatro VE,<br />
em Portugal temos trinta VE para cada ponto de carregamento<br />
público, um dos números mais baixos nos países da EU. Portugal<br />
necessita de aumentar o âmbito de aplicação dos apoios fiscais,<br />
assim como diversificar os incentivos diretos para a aquisição de<br />
veículos de baixas emissões, em linha com outros países da EU.<br />
Para além disso, deve apostar na harmonização e aumento dos<br />
incentivos indiretos.<br />
Principais conclusões<br />
73% de todas as vendas de carros elétricos estão concentradas nos<br />
países da Europa Ocidental com alguns dos maiores PIBs. A acessibilidade<br />
económica permanece como o principal obstáculo para<br />
os consumidores. O desenvolvimento da infraestrutura nacional<br />
de carregamento público constitui-se como um fator fulcral para<br />
acelerar a evolução da mobilidade elétrica. Apesar do interesse<br />
na mobilidade em baixas emissões estar a aumentar, a população<br />
ainda não está totalmente ciente dos benefícios económicos e ambientais<br />
associados. A aposta na mobilidade sustentável é crucial<br />
ser suportada por medidas de incentivo financeiro e fiscais que<br />
visem a discriminação positiva da introdução de veículos menos<br />
poluentes em circulação.<br />
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MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
QUADRO I – O RNC2050 - ROTEIRO PARA A NEUTRALIDADE CARBÓNICA PROPÕE<br />
CENÁRIOS PARA O SETOR DOS TRANSPORTES, MAS NÃO EXISTE UMA VISÃO ESTRATÉGICA<br />
NEM AÇÕES CONCRETas PARA O SETOR<br />
CENÁRIO ROTEIRO PARA A NEUTRALIDADE CARBÓNICA (RNC2050)<br />
Início da generalização dos VE<br />
36% da mobilidade de passageiros<br />
é elétrica<br />
Diesel deixa de ser custo-eficien te<br />
88% da mobilidade de pesados é<br />
elétrica ou através de H 2<br />
Gasolina deixa de ser custoeficiente<br />
100% da mobilidade de passageiros<br />
é elétrica ou através de H 2<br />
Maioria da mobilidade de pesados<br />
é elétrica ou através de H 2<br />
2020 2030 2040<br />
2050<br />
-26% -45%<br />
-98%<br />
-15% -55% -90%<br />
CENÁRIOS DE REDUÇão DE GEE NO SETOR DOS TRANSPORTES<br />
- -<br />
RNC (relativo 2005) Pacto Ecológico Europeu (relativo 1990)<br />
RECOMENDAÇÕES<br />
O estudo recomenda oito ações para promover<br />
a nível nacional:<br />
Definir um quadro estratégico<br />
1 com uma visão, metas e o caminho<br />
para a promoção dos VE<br />
l É fundamental delinear uma estratégia coesa e<br />
clara com metas mensuráveis para a introdução<br />
de uma frota elétrica e para o desenvolvimento<br />
da rede nacional de pontos de carregamento ,<br />
alinhada com as metas e objetivos assumidos no<br />
PNEC e RNC2050.<br />
l Sendo o stock de VEs no parque automóvel<br />
nacional, ainda bastante incipiente, é essencial<br />
que os instrumentos políticos e a gama de incentivos<br />
fornecidos sejam criados de forma expedita<br />
para possibilitar uma transição para a mobilidade<br />
sustentável mais célere.<br />
l A par com as metas e objetivos, o Governo Português<br />
deve também comprometer-se a estabelecer<br />
alocações orçamentais mais ambiciosas e garanti-<br />
-las por um período de tempo mais alargado.<br />
Reforçar os incentivos<br />
2 aos veículos elétricos<br />
no Plano Nacional de Recuperação<br />
e Resiliência<br />
l A ambição de Portugal neste domínio é limitada.<br />
O PRR português atribuiu uma pequena<br />
parte do orçamento e unicamente para o transporte<br />
público, nomeadamente, 325 autocarros<br />
e 4 barcos e as suas respetivas infraestruturas<br />
de carregamento.<br />
l Não existem medidas de incentivo direto à<br />
propriedade privada ou à instalação de infraestruturas<br />
de carregamento.<br />
l Esses incentivos contribuiriam, em última<br />
análise, para acelerar a descarbonização do<br />
setor dos transportes e apoiar áreas-chave que<br />
podem não ser elegíveis para outros tipos de<br />
financiamento.<br />
Assegurar que existe<br />
3 financiamento direto para<br />
estimular as vendas de veículos<br />
com emissões zero em Portugal<br />
As autoridades nacionais devem elaborar um<br />
plano de incentivos para diferenciar as contribuições<br />
financeiras com base em:<br />
l Ampliar o âmbito de apoio a veículos de baixas<br />
emissões<br />
l Com base no limite de emissões de CO 2<br />
l Eleger outras soluções - PHEV<br />
l Apoiar a aquisição de VEs novos e usados<br />
l Incentivar o abate de veículos mais antigos<br />
e poluentes<br />
Os incentivos financeiros diretos para a compra<br />
de VEs devem ser aumentados em termos de<br />
valor unitário bem como em termos orçamentais,<br />
dado que:<br />
l O atual regime de incentivo em vigor está<br />
limitado a 3 000 €/viatura<br />
l Orçamento anual de <strong>2021</strong> limita o incentivo<br />
a 700 unidades, o que é insuficiente, face os<br />
objetivos traçados<br />
Reintroduzir incentivos<br />
4 financeiros ao abate para<br />
estimular a renovação da frota<br />
de automóvel de passageiros<br />
Face ao atual envelhecimento do parque automóvel<br />
nacional, superior à média europeia, os<br />
benefícios associados à reintrodução de um regime<br />
desmantelamento de automóveis antigos,<br />
em Portugal, seriam consideráveis:<br />
l Introdução de veículos com emissões mais baixas<br />
no parque automóvel<br />
l Diminuição das emissões líquidas de GEE e No x<br />
associadas ao setor dos transportes rodoviários<br />
l Segurança rodoviária<br />
O regime de incentivo ao abate de automóveis<br />
deve ser proporcional à idade do veículo para<br />
abate, visando, deste modo, aqueles que são<br />
potencialmente mais poluentes (por exemplo,<br />
visando carros pré e Euro-1), ao registrar um<br />
novo veículo de baixas emissões.<br />
100 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
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MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Aumentar e simplificar<br />
5 o âmbito de aplicação de<br />
incentivos fiscais<br />
l Portugal já oferece uma política de benefícios<br />
fiscais onde é passível a dedução integral<br />
do IVA e a redução do valor do ISV, pela<br />
introdução de veículos de baixas emissões,<br />
mas existem diversas exceções.<br />
l No entanto, o Governo deve trabalhar para<br />
estender a isenção do IVA aos proprietários<br />
privados, uma vez que apenas são elegíveis<br />
empresas aquando da aquisição de um BEV<br />
ou PHEV, se o preço de compra não ultrapassar<br />
os limites fiscais estipulados (50.000<br />
€ para PHEV e 62.500€ no caso de veículos<br />
puros elétricos).<br />
l Considera-se ainda a necessidade apostar<br />
numa reforma profunda em matéria de IUC,<br />
nomeadamente, através da alteração da base<br />
de incidência sobre os impostos na circulação<br />
(IUC), eliminando a cilindrada na fórmula de<br />
cálculo e considerando apenas as emissões de<br />
CO 2 e a norma EURO dos veículos.<br />
Criar um pacote de incentivos<br />
6 financeiros<br />
Os incentivos indiretos podem parecer ter um<br />
impacto menor na taxa de adoção de VE, mas<br />
podem ser impulsionadores importantes com<br />
custos menores. Portugal deve seguir os passos<br />
da maioria dos países europeus, de acordo:<br />
l Estacionamento gratuito e exclusivo em áreas<br />
menos bem servidas por transporte público e/<br />
60.000<br />
50.000<br />
40.000<br />
30.000<br />
20.000<br />
10.000<br />
0<br />
2014<br />
ou áreas onde o estacionamento.<br />
l Acesso a faixas exclusivas de autocarro e zonas<br />
de tráfego limitado.<br />
l Estabelecer parcerias com seguradoras para<br />
oferecer tarifas reduzidas de seguro.<br />
Uma medida importante que tem sido proposta<br />
pelo Governo é a redução das taxas de portagens,<br />
o que é bem-vindo, pois também irá<br />
contribuir para reduzir os custos associados à<br />
aquisição de um EV.<br />
QUADRO III - PORTUGAL NECESSITA DE ESTABELECER<br />
PROPOSTas LEGISLATIVas COM METas CONCRETas COM<br />
PRAZOS DETALHADOS para ASSEGURAR A TRANSIÇÃO<br />
DA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL<br />
QUADRO II – EM 2020 OS VEÍCULOS ELETRIFICADOS<br />
CORRESPONDEM AINDA A MENOS DE 1% DE TODOS<br />
OS AUTOMÓVEIS DE PASSAGEIROS EM CIRCULAÇÃO<br />
EM PORTUGAL<br />
EVOLUÇÃO DO STOCK DE veículos DE BAIXAS EMISSÕES<br />
Número de veículos de baixas<br />
emissões em circulação<br />
ESTRATÉGIA POLÍTICA METAS ESTABELECIDAS FINANCIAMENTO<br />
RNC2050 / PNEC<br />
Estratégia Nacional para a<br />
Neutralidade Carbónica<br />
Missão Zero<br />
Sem metas para os VE, mas assumem cenários<br />
(e.g., em 2030, 36% da mobilidade é elétrica)<br />
2025: atingir 100% da quota de vendas de VE<br />
2030: assegurar a redução de 30% das emissões de GEE<br />
2025: pelo menos em 14 cidades, existir zonas de baixas emissões<br />
2025: atingir 100% da quota de vendas de autocarros eletrificados<br />
2030: atingir 100% da quota de vendas de VE e autocarros<br />
em circulação com emissões 100% zero<br />
2015 2016 2017 2018 2019 2020<br />
4M€ (Fundo<br />
Ambiental <strong>2021</strong>)<br />
342M€<br />
252 M€<br />
Plano de Ação Climática 2040: atingir a neutralidade carbónica 46M€<br />
Movilidad Eficiente<br />
y Sostenible – MOVES<br />
Plano de Clima<br />
e Energia 2030<br />
2023: atingir 250.000 novos registos de VE 400M€<br />
2030: assegurar a redução de 33% das emissões de GEE 100M€<br />
BEV PHEV<br />
Investir no desenvolvimento<br />
7 contínuo da infraestrutura<br />
de carregamento ATravés da<br />
injeção de investimento direto e<br />
apoio aos proprietários privados<br />
l O acesso e disponibilidade à rede pública de<br />
carregamento elétrico é considerado como um<br />
dos principais fatores para a coesão da estrutura<br />
da mobilidade elétrica.<br />
l O Governo Português deve comprometer-se com<br />
o desenvolvimento e investimento da infraestrutura<br />
pública de carregamento elétrico através de<br />
objetivos claros, contemplando todos os esforços<br />
para assegurar a sua devida operacionalização e<br />
manutenção, quer se tratem de estações de carregamento<br />
rápido ou normal.<br />
l É ainda importante reforçar o atual quadro regulatório<br />
por forma a evitar barreiras burocráticas,<br />
especialmente a nível local.<br />
Promover a consciencialização<br />
8 sobre os benefícios associados<br />
à mobilidade elétrica<br />
l Ainda persiste bastante desinformação sobre as<br />
vantagens e desvantagens da mobilidade elétrica<br />
pela parte dos consumidores o que leva a uma<br />
ainda baixa adesão dos produtos de mobilidade<br />
sustentável.<br />
l O governo deverá ter um papel mais ativo na disseminação<br />
de informação, em particular, através de<br />
campanhas de marketing ou sessões de workshop.<br />
l O desenvolvimento de uma placa de matrícula<br />
dedicada para VE em circulação teria um benefício<br />
duplo: (i) uma espécie de autopublicidade<br />
facilitar a difusão destes veículos, (ii) facilitaria a<br />
isenção de pagamento de portagens e a circulação<br />
em faixas dedicadas. ◆<br />
102 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Aprendemos que estando unidos podemos<br />
superar as dificuldades, adaptando-nos às<br />
mudanças para continuar a crescer nos<br />
momentos más adversos.<br />
Agora, melhores e mais fortes.<br />
Levantamos cabeça para delinear novas metas.<br />
Avante.
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Distribuidores de peças aftermarket<br />
Profunda transformação<br />
O mercado pós-venda automóvel está a passar por uma fase muito dinâmica<br />
no seu desenvolvimento. As fusões e aquisições estão a mudar a face da<br />
indústria. Em conjunto com a megatendência da digitalização, o processo<br />
de consolidação que está atualmente em curso é o catalisador para uma<br />
profunda transformação estrutural<br />
Uma orientação clara para o cliente<br />
é a chave para a sobrevivência<br />
no ambiente competitivo e feroz<br />
do mercado pós-venda independente<br />
(IAM). Os intervenientes<br />
da indústria devem poder responder a uma série<br />
de questões fundamentais: Quem são os nossos<br />
principais clientes - oficinas de reparação automóvel,<br />
frotas comerciais ou particulares? Quais são<br />
as suas necessidades? E como é que a mudança<br />
estrutural que está a ser implementada no setor<br />
vai afetar essas necessidades?<br />
As forças relativas dos intervenientes ao nível<br />
da procura também estão a mudar. O fornecimento<br />
de comerciantes de peças mais pequenos<br />
que operam localmente, verá a sua importância<br />
diminuir a longo prazo, enquanto a relevância<br />
de intermediários como seguradoras e portais de<br />
serviços online crescerão.<br />
O mercado pós-venda independente enfrenta o<br />
desafio de encontrar a forma correta de atender a<br />
todos estes novos intervenientes de uma forma que<br />
reflita as suas necessidades individuais num esforço<br />
para os integrar a todos na rede de relações com<br />
os clientes. A chave do futuro sucesso residirá no<br />
micromarketing e em ter diferentes abordagens de<br />
venda para diferentes clientes-alvo. As estratégias<br />
deste género estão num território inexplorado para<br />
a maioria dos distribuidores de peças automóvel.<br />
Mas ao analisar sistematicamente o seu conjunto<br />
de dados, os distribuidores podem obter conhecimentos<br />
valiosos sobre as necessidades e preferências<br />
de grupos de clientes individuais.<br />
INTERVENIENTES-CHAVE<br />
EM GRANDE PLANO<br />
+Fornecer oficinas de reparação automóvel e<br />
responder às necessidades dos novos players no<br />
aftermarket são atualmente as maiores fontes de<br />
receitas para os intervenientes do IAM. A importância<br />
de outros grupos de clientes está a crescer:<br />
Intermediários como seguradoras, empresas de<br />
leasing e portais de serviços online, bem como<br />
particulares que compram peças automóvel, estão<br />
a mudar o equilíbrio do poder ao nível da procura<br />
do mercado pós-venda automóvel neste preciso<br />
momento.<br />
Os distribuidores de peças e acessórios automóvel<br />
são um elo fundamental na cadeia de valor do<br />
mercado pós-venda automóvel. As suas principais<br />
competências residem na logística, na gama de<br />
produtos e no fornecimento e aconselhamento<br />
a oficinas de reparação, que também ajudam indiretamente<br />
a nível financeiro, concedendo-lhes<br />
prazos de pagamento longos.<br />
Além das oficinas de reparação automóvel, o sistema<br />
de distribuição a vários níveis no mercado<br />
104 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
pós-venda independente abrange igualmente outros intervenientes<br />
ao nível da procura que são fornecidos direta ou indiretamente por<br />
distribuidores de peças.<br />
As oficinas de reparação e os retalhistas de peças pequenos são<br />
atualmente os principais clientes diretos. Lojas online, oficinas de<br />
reparação e clientes finais particulares estão entre a base de clientes<br />
para os grandes distribuidores de peças automóvel. Neste momento,<br />
não existe praticamente nenhuma relação direta entre intermediários<br />
e clientes finais, de um lado, e distribuidores independentes de<br />
peças, do outro. Mas isto irá mudar. Os intermediários e os clientes<br />
finais já estão a exercer uma influência direta considerável sobre<br />
o equilíbrio do poder no IAM. A seguir descrevemos as principais<br />
características e necessidades dos diferentes grupos de clientes.<br />
Oficinas de reparação automóvel<br />
Ao olhar para o número total de oficinas de reparação automóvel<br />
em 34 países europeus, o seu desenvolvimento continuará nos<br />
próximos anos, embora com diferenças significativas entre oficinas<br />
de reparação oficiais das marcas e oficinas de reparação que operam<br />
independentemente sem ligações a qualquer fabricante de<br />
automóveis específico. Entre 2015 e 2020, o número de oficinas<br />
de reparação independentes na Europa diminuiu cerca de 7%, passando<br />
de cerca de 360.000 para 336.000. Uma das razões para esta<br />
tendência é o facto de muitas oficinas de reparação independentes<br />
estarem a fechar devido à incapacidade dos seus proprietários em<br />
encontrar alguém para assumir o negócio quando se reformam. Em<br />
alguns casos, a falta de rentabilidade é a razão para o abandono do<br />
negócio. E a demografia desempenha igualmente o seu papel. A<br />
atração da grande cidade leva ao declínio da população nas regiões<br />
rurais e a procura de serviços diminui em conformidade. Deste<br />
modo, o encerramento da oficina de reparação local é frequente<br />
nas zonas rurais.<br />
Por outro lado, o número de oficinas de reparação oficiais aumentou<br />
ligeiramente 3 a 5%. Este facto reflete a estratégia dos fabricantes<br />
de automóveis de manter os seus clientes fiéis à marca a longo<br />
prazo, oferecendo serviços por vários anos depois de um cliente<br />
comprar um automóvel. O requisito fundamental para que esta<br />
estratégia funcione é uma densa rede de oficinas de reparação dos<br />
fabricantes de automóveis. Estas oficinas constituem pouco menos<br />
de 20% de todas as oficinas de reparação na Europa.<br />
As oficinas de concessionários assistem normalmente e reparam<br />
veículos com menos de quatro anos. Até que os automóveis atinjam<br />
essa idade, a escolha da oficina de reparação é frequentemente<br />
ditada pelas garantias dos fabricantes de automóveis e pelos pacotes<br />
de serviços, que exigem que os veículos sejam levados a uma<br />
das oficinas de reparação da sua marca. Como tal, as oficinas de<br />
reparação oficiais concentram-se principalmente na manutenção<br />
e substituição de peças de fabricantes de equipamento original<br />
genuínas e na carroçaria complexa. No mercado pós-venda independente,<br />
por outro lado, predominam os automóveis mais antigos.<br />
Os serviços prestados por oficinas de reparação independentes vão<br />
desde pequenas reparações a trabalhos extensos - dependendo dos<br />
recursos humanos e técnicos disponíveis ao prestador de serviços<br />
em questão (QUADRO I).<br />
MÁXIMO DESEMPENHO<br />
TOTAL TRANQUILIDADE<br />
A BENDIX ESTÁ<br />
AINDA MELHOR<br />
Reconhecida pelos resultados no setor dos travões,<br />
desde 1924, a Bendix é agora apoiada pela TMD Friction -<br />
um fabricante líder mundial de equipamento original<br />
para o segmento da fricção. Isto representa uma maior<br />
garantia de qualidade, maior cobertura de veículos e<br />
uma gama maior.<br />
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Retalhistas de peças automóvel<br />
Os intervenientes mais pequenos da indústria são um grupo importante<br />
de clientes para comerciantes de peças de média e grande<br />
dimensão. O âmbito de ação dos intervenientes mais pequenos<br />
restringe-se sobretudo ao fornecimento de oficinas de reparação ou<br />
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MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
clientes finais na sua região de origem.<br />
Para manter os seus custos de armazenamento tão<br />
baixos quanto possível e poder oferecer uma vasta<br />
gama de produtos ao mesmo tempo, os pequenos<br />
comerciantes de peças dependem do fornecimento<br />
dos grandes intervenientes da indústria. Esta<br />
atividade contribui entre 15% e 30% dos lucros<br />
totais de um grande distribuidor de peças automóvel.<br />
Um grande fornecedor pode esperar que<br />
este negócio traga um impulso de vendas a curto<br />
prazo de aproximadamente 5% na sequência da<br />
consolidação da indústria. Em determinados mercados<br />
altamente fragmentados em toda a Europa<br />
o potencial é ainda maior - no sul da Europa, por<br />
exemplo. No entanto, a longo prazo, a crescente<br />
consolidação da indústria irá reduzir este negócio.<br />
Uma estratégia bem-sucedida para os pequenos retalhistas<br />
de peças é posicionar-se como um campeão<br />
local. Um elemento importante desta estratégia é o<br />
fornecimento de produtos premium às oficinas de<br />
reparação. Isto também simplifica a logística para<br />
os distribuidores de média e grande dimensões, uma<br />
vez que não têm de se deslocar a oficinas de reparação<br />
individuais para entregar estes artigos premium.<br />
Consumidores<br />
Normalmente não existem quaisquer relações comerciais<br />
diretas entre os distribuidores de peças e<br />
os proprietários ou utilizadores de veículos como<br />
clientes finais. Mas as necessidades alteradas deste<br />
grupo de clientes ainda têm uma influência direta<br />
e significativa nos modelos de negócio do IAM.<br />
Os consumidores que compram as suas próprias<br />
peças automóvel dividem-se em dois grupos: os<br />
clientes do “faça você mesmo” (DIY) e os clientes<br />
do “faça por mim” (DIFM). Os clientes do DIY<br />
podem ser divididos em profissionais e amadores:<br />
existem os mecânicos que gostam de mexer no seu<br />
próprio automóvel depois do trabalho. E existem<br />
os clientes autodidatas do DIY que adoram manter<br />
o seu veículo tratado e são capazes de realizar as<br />
suas próprias reparações pequenas.<br />
Os clientes do DIFM compram as peças eles próprios,<br />
mas não sujam as mãos. Deixam o mecânico<br />
profissional realizar o trabalho, com diversas variantes<br />
a este nível: existe o DIFM particular que<br />
tem um amigo que vai instalar as peças. E existe<br />
a oficina de reparação do DIFM, onde o cliente<br />
aparece com as peças que obteve ele mesmo e<br />
os profissionais da oficina de reparação apenas<br />
cobram pela mão-de-obra.<br />
Depois existe o DIFM combinado entre a oficina<br />
de reparação e o particular, onde a oficina de reparação<br />
e o proprietário do veículo compram as<br />
peças em conjunto online, mas o proprietário do<br />
veículo paga. Deste modo, a oficina de reparação<br />
evita o problema de o proprietário poder comprar<br />
as peças erradas. A oficina de reparação trata da<br />
instalação e o cliente paga a mão-de-obra. E finalmente<br />
existe o portal de serviços do DIFM, onde<br />
os trabalhos de reparação são marcados através<br />
de uma plataforma online. Quando se trata de<br />
adquirir as peças, existem várias opções: os proprietários<br />
de automóveis podem comprar as peças<br />
eles próprios e levá-las à oficina de reparação, ou<br />
as peças podem ser encomendadas através de um<br />
portal de marcações ou compradas diretamente<br />
pela oficina de reparação.<br />
Ao escolher uma oficina de reparação, os consumidores<br />
consideram não só a relação qualidade/<br />
preço que esta oferece, mas também fatores como<br />
a simpatia do pessoal e a qualidade do aconselhamento<br />
que prestam. As marcas e o conhecimento<br />
da marca têm menos peso em termos de critérios<br />
de seleção, sendo a experiência anterior e as recomendações<br />
mais influentes. A escolha da oficina<br />
de reparação é evidentemente, antes de mais, uma<br />
questão de confiança. Para as oficinas de reparação<br />
independentes, o critério-chave para a fidelidade<br />
do cliente é geralmente uma relação de longa data<br />
entre o proprietário da oficina de reparação ou<br />
mecânico e o proprietário do veículo.<br />
Intermediários<br />
Um novo conjunto de intervenientes conhecidos<br />
como intermediários entrou no setor da procura<br />
do mercado pós-venda automóvel nos últimos anos.<br />
Estes incluem seguradoras, empresas de leasing,<br />
prestadores de partilha de automóveis, clubes automóveis<br />
e portais de serviços online. Apesar de<br />
serem todos muito diferentes por natureza, a única<br />
coisa que têm em comum é o facto de ocuparem<br />
a interface do cliente entre o mercado pós-venda<br />
independente, de um lado, e as oficinas de reparação<br />
e os consumidores particulares, do outro. Na sua<br />
função de entidade gestora, os intermediários tomam<br />
a decisão sobre que oficina de reparação levar<br />
um veículo para qualquer trabalho de manutenção<br />
ou reparação. Isto muda o modo como os intervenientes<br />
do IAM interagem com os consumidores.<br />
Os intermediários estão a limitar o poder de mercado<br />
dos protagonistas já estabelecidos da cadeia<br />
de valor do IAM e estão a tornar-se rapidamente<br />
um segmento importante no espectro dos clientes<br />
do B2B. Em 2015, a quota do valor orientado no<br />
Neste momento, não existe praticamente nenhuma relaÇÃo direta<br />
entre intermediários e clientes finais, de um lado, e distribuidores<br />
independentes de peças, do outro. Mas isto irá mudar<br />
QUADRO I – O QUE as OFICINAS DE REPARAÇÃO AUTOMÓVEL OFERECEM<br />
ASSISTÊNCIA E MANUTENÇÃO, REPARAÇÃO DE AVARIAS, REPARAÇÃO DE ACIDENTES<br />
REPARAÇÕES INTELIGENTES SOLUÇÕES RÁPIDAS REPARAÇÕES MECÂNICAS<br />
E OUTRAS<br />
REPARAÇÕES DE CARROÇARIA<br />
E PINTURA<br />
Reparações pontuais<br />
Reparações de mossas<br />
(sem pintura)<br />
Recondicionamento de jantes<br />
de liga leve<br />
Materiais para a personalização<br />
do interior e de cores<br />
Reparações de para-brisas<br />
Inspeção<br />
Serviço básico, por ex., mudança<br />
de óleo, mudança de líquido<br />
limpa-vidros<br />
Check-ups, por ex., verificação<br />
para o inverno<br />
Manutenção dos travões<br />
Substituição da bateria<br />
Substituição de escape<br />
Mudança de suspensão<br />
Serviço de ar condicionado<br />
Trabalho mais complexo:<br />
Reparações do grupo<br />
motopropulsor<br />
Reparações de chassis<br />
Reparações eletrónicas complexas,<br />
por ex., mudança da unidade<br />
de controlo<br />
Pintura de carroçaria<br />
Substituição de peças de carroçaria<br />
Soldagem de chassis<br />
Alinhamento de chassis<br />
Fonte: Roland Berger, HSH Nordbank<br />
106 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Make the world<br />
a better road<br />
to drive<br />
DOC_RA_TOP100_AP_PT - NTN-SNR © 10/<strong>2021</strong> - Photos: NTN-SNR / SHUTTERSTOCK<br />
Kit de distribuição<br />
com bomba de água<br />
Rolamentos de caixa de velocidades<br />
e embraiagem<br />
Polia de cambota,<br />
guias e tensores de correia auxiliar<br />
Kits de<br />
suspensão<br />
Rolamentos de roda, sensores, kit de disco<br />
de travão com rolamento<br />
Juntas homocinéticas
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
volume total representado pelo mercado pós-venda<br />
automóvel foi estimada em até 20%. Até 2030,<br />
uma análise da Roland Berger indica que a procura<br />
orientada pelos intermediários representará cerca<br />
de 40% do mercado. O QUADRO II ilustra como<br />
os intermediários estão a assumir as fases individuais<br />
num processo de serviço típico - muito para<br />
o incómodo dos protagonistas já estabelecidos do<br />
IAM. Mas o crescente envolvimento de intermediários<br />
no negócio das oficinas de reparação está<br />
a originar desordem, pois parecem sete cães a um<br />
osso. Um ingrediente-chave na receita de sucesso<br />
dos intermediários é a sua capacidade de oferecer<br />
aos seus clientes soluções individuais personalidades,<br />
num mercado complexo. Os intermediários<br />
podem ser divididos em vários grupos diferentes<br />
(algo simplificados), com foco variável no cliente<br />
e diferentes modelos de negócio.<br />
Seguradoras<br />
e prestadores de leasing<br />
Como intermediários, as seguradoras e as empresas<br />
de leasing têm contacto direto com os consumidores.<br />
As seguradoras orientam os proprietários de veículos<br />
na sua escolha de oficina de reparação através da sua<br />
estrutura tarifária. Por exemplo, podem conceder<br />
descontos nas suas apólices de seguros globais se<br />
o titular da apólice concordar em levar o veículo<br />
a uma oficina de reparação parceira em caso de<br />
acidente. O modelo de negócio para estes intermediários<br />
baseia-se em seguradoras que negociam<br />
com as suas oficinas de reparação parceiras alguns<br />
preços fixos com descontos bastante elevados para<br />
quaisquer reparações que efetuem. As oficinas de<br />
reparação concordam com estes termos em troca<br />
da perspetiva de volumes de negócios significativos.<br />
A função de uma empresa de leasing segue um<br />
modelo semelhante: Em caso de acidente, enviarão<br />
os seus clientes para uma oficina de reparação com<br />
a qual têm um acordo. Outra variante envolve a<br />
empresa de leasing que orienta os clientes para<br />
uma oficina de reparação que é membro da rede<br />
de parceiros da sua seguradora.<br />
O objetivo das seguradoras ao prosseguir com<br />
esta estratégia é oferecer aos seus próprios clientes<br />
um bom serviço, que fique aqui bem claro. Mas<br />
trata-se igualmente de reduzir os custos. Como<br />
informou a Associação Alemã da Indústria de<br />
Seguros (GDV), o custo das peças de substituição<br />
para automóveis aumentou, em média, um quinto<br />
no período entre janeiro de 2015 e agosto de 2019.<br />
Enquanto que em 2015 custava em média 2.400<br />
euros para reparar os danos segurados de um automóvel,<br />
em 2019 o valor tinha subido para aprox.<br />
2.700 euros. As seguradoras estão empenhadas em<br />
orientar o desenvolvimento na direção oposta na<br />
sua função de intermediária.<br />
Prestadores de serviços<br />
a seguradoras<br />
Este grupo não está em contacto direto com proprietários<br />
de veículos, mas atua como prestadores<br />
de serviços das seguradoras. O modelo de negócio<br />
envolve a subcontratação do processo de serviço a<br />
intermediários após a apresentação de uma ativação<br />
do seguro. Os exemplos incluem os avaliadores<br />
de sinistros. Estas empresas têm uma rede de oficinas<br />
de reparação parceiras e também oferecem<br />
pacotes de serviços como o aluguer de automóveis<br />
Intermediários como seguradoras, empresas de leasing e portais<br />
de serviços online, bem como pARTIculares que compram peçAS<br />
AUTOmóvel, estão a mudar o equilíbrio do poder AO nível da procura<br />
QUADRO II – A CADEIA DE VALOR DOS SERVIÇOS E NOVOS PLAYERS<br />
Prestadores de serviços<br />
a oficinas de reparação<br />
Seguradoras e<br />
prestadores de leasing<br />
Prestadores de serviços<br />
a seguradoras<br />
Prestadores de serviços<br />
a oficinas de reparação<br />
Seguradoras e<br />
prestadores de leasing<br />
Prestadores de serviços<br />
a seguradoras<br />
Prestadores de serviços<br />
a oficinas de reparação<br />
Portais de serviços<br />
online<br />
Seguradoras e<br />
prestadores de leasing<br />
Prestadores de serviços<br />
a seguradoras<br />
Prestadores de serviços<br />
a oficinas de reparação<br />
Portais de serviços<br />
online<br />
Seguradoras e<br />
prestadores de leasing<br />
Prestadores de serviços<br />
a seguradoras<br />
Prestadores de serviços<br />
a oficinas de reparação<br />
Portais de serviços<br />
online<br />
Notificação<br />
de serviços/reparações<br />
Orientação para<br />
a oficina de reparação<br />
Geração<br />
de orçamentos<br />
Aprovação<br />
de serviços/reparações<br />
Reparações<br />
Verificação<br />
de faturas e pagamento<br />
Fonte: Roland Berger, HSH Nordbank<br />
108 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
O mercado pós-venda independente enfrenta o desafio<br />
de encontrar a forma correta de atender a todos<br />
os novos intervenientes de uma forma que reflita as suas<br />
necessidades individuais<br />
e recuperação em caso de avarias.<br />
O modelo empresarial operado por estes prestadores<br />
de serviços é igualmente construído sobre economias<br />
de escala, com base na sua capacidade de negociar<br />
condições favoráveis com oficinas de reparação. O<br />
desenvolvimento e implementação de software que<br />
as seguradoras podem utilizar para otimizar o tratamento<br />
de sinistros representa uma fonte importante<br />
de receitas para os prestadores de serviços.<br />
Prestadores de serviços<br />
a oficinas de reparação<br />
Este tipo de intermediário evoluiu a partir do<br />
comércio de reparação de veículos. Quando o<br />
proprietário de um veículo deve participar um<br />
sinistro, contacta o intermediário ou a oficina de<br />
reparação. Este último trata então da recuperação<br />
do veículo e informa o intermediário, que fornece<br />
ao proprietário um automóvel alugado, se necessário.<br />
Nesta altura, o intermediário pede a um perito<br />
independente a elaboração de um relatório sobre<br />
a extensão da perda segurada. Equipados com<br />
este documento, podem então obter a luz verde<br />
da seguradora do proprietário do veículo para que<br />
as reparações sejam efetuadas por um membro da<br />
rede. A base deste modelo de negócio é uma rede<br />
estreita e fiável de relações com oficinas de reparação.<br />
Uma taxa de serviço cobrada pelo serviço<br />
prestado constitui geralmente a fonte de receitas.<br />
Portais de serviços online<br />
A título de exemplo, descrevemos aqui como funcionam<br />
os portais online Caroobi e Fairgarage. A<br />
Caroobi foi fundada em Berlim em 2015 e emprega<br />
atualmente cerca de 60 pessoas. A BMWi Ventures<br />
entrou a bordo no último círculo de financiamento.<br />
A Caroobi promete qualidade garantida a preços<br />
fixos. Os clientes podem reservar uma gama de<br />
serviços relacionados com automóveis no website,<br />
desde A para serviço de ar condicionado (air conditioned<br />
servicing) a B para substituição do disco<br />
dos travões (brake disk replacement) e o restante.<br />
O portal tem uma rede de 750 oficinas de reparação<br />
em toda a Alemanha e recentemente expandiu<br />
também para o comércio das peças. Caroobi pode<br />
igualmente fornecer componentes recondicionados<br />
ou em segunda mão, tais como motores, transmissões<br />
e turbocompressores, e entregá-los diretamente<br />
à oficina de reparação que realiza o trabalho.<br />
O portal alemão de oficinas de reparação Fairgarage<br />
foi fundado pela empresa startup United Vehicles<br />
em 2011, antes da Deutsche Automobil Treuhand<br />
(DAT) ter obtido uma participação maioritária em<br />
2013. Fairgarage afirma ser o portal com mais oficinas<br />
de reparação listadas, ostentando mais de<br />
16.000 empresas na sua rede. Fairgarage funciona<br />
de forma semelhante, na medida em que os clientes<br />
introduzem o seu modelo de veículo, tipo de serviço<br />
requerido e região, em seguida, um preço é calculado<br />
com base nesses dados. As oficinas de reparação,<br />
como muitas outras empresas, já perceberam há<br />
muito que a oferta de serviços melhorados ajuda-as<br />
a manter os clientes existentes e a adquirir novos<br />
clientes. Esta oficinas, por exemplo, oferecem aos<br />
clientes a possibilidade de efetuar marcações online.<br />
Para esses conceitos de oficina de reparação, estas<br />
opções de marcação são um meio de oferecer aos<br />
clientes uma comodidade acrescida. No que diz<br />
respeito a portais de serviços online, por outro lado,<br />
estão no centro do modelo de negócio.<br />
Lojas online<br />
Enquanto os portais de serviços online ocupam a<br />
interface entre consumidor e oficina de reparação<br />
e atuam como corretores, vendendo os serviços da<br />
oficina de reparação, as lojas online têm um modelo<br />
de negócio diferente: Vendem peças automóvel<br />
tanto a oficinas de reparação como a consumidores<br />
através de plataformas online.<br />
Os distribuidores de peças estabelecidos desenvolveram,<br />
no geral, o seu próprio sistema de encomendas<br />
online para os seus clientes de modo a<br />
permitir-lhes encomendar o que necessitam online.<br />
Os seus concorrentes, por outro lado, a que aqui<br />
nos referimos como lojas online, operam exclusivamente<br />
online. Operando como especialistas<br />
ou como generalistas com o seu próprio nome<br />
de domínio, atraem clientes com transparência<br />
e preços agressivamente baixos. As plataformas<br />
online, por seu lado, oferecem um mercado para<br />
reunir a oferta e a procura. Incluem gigantes do<br />
comércio pela Internet como a Amazon e a eBay<br />
na arena de negócios B2C e tyre24 para B2B.<br />
Em toda a Alemanha, Áustria e Suíça, os intervenientes<br />
online representam cerca de 15% das<br />
vendas de peças (peças e pneus) do IAM; no Reino<br />
Unido é cerca de 20% (incluindo pneus). As<br />
preferências online como canal de vendas variam.<br />
Os consumidores tendem a frequentar os balcões<br />
das lojas online, com clientes do DIY e do DIFM<br />
a utilizarem cada vez mais lojas exclusivamente<br />
online. Os particulares compram online principalmente<br />
artigos de baixa tecnologia como escovas<br />
limpa para-brisas, lâmpadas, baterias e filtros, que<br />
são fáceis de instalar. No que diz respeito a trabalhos<br />
de manutenção e reparação mais complexos,<br />
incluindo a encomenda das peças, o consumidor<br />
típico levará o seu automóvel a uma oficina de<br />
reparação. Mas a importância das lojas online<br />
está a subir na arena do B2C.<br />
As plataformas online independentes ou lojas online<br />
com o seu próprio nome de domínio ainda<br />
desempenham apenas um papel insignificante nas<br />
relações comerciais entre distribuidores de peças<br />
e oficinas de reparação neste momento. Existem<br />
barreiras à sua expansão no segmento do B2B, dado<br />
que fazer negócios com clientes profissionais implica<br />
satisfazer um conjunto específico de requisitos,<br />
especialmente no que diz respeito aos prazos de<br />
entrega e à frequência de entrega. A barra ainda é<br />
demasiado alta para muitos intervenientes online<br />
(especialmente lojas online com o seu próprio nome<br />
de domínio) quando se trata de níveis de serviço.<br />
Existe igualmente o facto de muitas oficinas de reparação<br />
tenderem a confiar na proposta de serviços<br />
dos seus antigos distribuidores de peças em vez de<br />
uma plataforma online ou loja online, da qual não<br />
têm qualquer conhecimento pessoal.<br />
Será interessante observar se e em que medida os<br />
colossos da Internet como a Amazon e a eBay consideram<br />
a distribuição de peças tanto no segmento<br />
do B2C e do B2B como uma área de negócios<br />
interessante e optam por investir tempo e dinheiro<br />
adicionais na mesma. ◆<br />
Fonte: Roland Berger, HSH Nordbank<br />
110 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
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Empresa<br />
Top100<br />
GFK – Mercado de Pneus e Lubrificantes 1º semestre <strong>2021</strong><br />
Pneus em alta,<br />
lubrificantes em queda!<br />
O primeiro semestre de <strong>2021</strong> apresentou tendências positivas em Pneus<br />
(+3,1 % em unidades e 5,2% em valor) mas em óleos as tendências foram<br />
negativas (-4,4% em unidades e -1,6% em valor), obviamente que temos<br />
de ter em conta que estamos a comparar semestres com alguns períodos<br />
de confinamento, especialmente o 1º semestre de 2020<br />
No mercado de pneus o segmento<br />
premium continua a ganhar<br />
importância, atingindo no 1º semestre<br />
de <strong>2021</strong> cerca de 45,5%<br />
do mercado vs os 44,6% com que<br />
fechou 2020. Eesta evolução é notória principalmente<br />
nos últimos meses onde ultrapassou os 46%<br />
de quota. Os segmentos medium e budget perdem<br />
ambos importância no mercado, se o medium baixa<br />
de 17,8% em 2020 para 17,3% no 1º semestre<br />
de <strong>2021</strong>, o budget reduz de 37,6% para 37,3%,<br />
com especial destaque para os últimos 2 meses<br />
onde alcançou apenas 36%.<br />
Em termos de dimensões, os tamanhos =>17´´continuam<br />
a ganhar importância, já representam em<br />
unidades 29,1% do mercado (vs 28,2% no ano<br />
2020), para além do tamanho 17’’ (deste grupo é<br />
o que tem maior relevância, mas com evolução<br />
mais estável). Nota-se um forte crescimento dos<br />
tamanhos 18’’ e 19’’, mas obviamente ainda com<br />
um expressão reduzida em unidades, se bem que<br />
em valor já começam a ter alguma relevância.<br />
Por tipo de veículo apenas o segmento comercial<br />
ganha algum peso, passado de 8,2% para 8,5, fruto<br />
principalmente dos 3 primeiros meses do ano,<br />
já que no final do semestre desceu para 7,3%, o<br />
segmento do ligeiros continua a ser o segmento<br />
dominante com 87,3%, conseguindo o segmento<br />
4x4 apenas 4,1%.<br />
Por fim e falando do preço médio, a tendência<br />
é de ligeira subida (entre 1% a 2%) em todos os<br />
segmentos, obviamente que o preço é afetado não<br />
só pela questão do aumento de importância dos<br />
premium, do ganho de importância das dimensões<br />
maiores mas também devido ao aumento do custo<br />
de transporte.<br />
No mercado dos lubrificantes as tendências negativas<br />
são transversais a ambos os segmentos (auto<br />
e moto) e atingiram quebras de aproximadamente<br />
-4 % em unidades e entre -2 e -4% em valor vs 1º<br />
semestre de 2020. Em termos de importância, o<br />
segmento auto naturalmente domina e representa<br />
92,2% do total, mas o segmento de moto tem vindo<br />
a ganhar importância, chegando no 1º semestre<br />
<strong>2021</strong> aos 7,8%, tinha terminado o ano de 2020<br />
com 7,2%.<br />
Por tipo de óleo o principal destaque vai para o<br />
ganho de importância dos semi-sintéticos, que passam<br />
de 34,6 % em 2020 para 35,2% nos primeiros<br />
6 meses de <strong>2021</strong>, reduzindo a diferença para o<br />
segmento líder (mineral) que atingiu os 36,2%. O<br />
segmento mineral foi o único que perdeu importância,<br />
já que o segmento 100% sintético também<br />
aumentou ligeiramente a sua quota para 28,7%.<br />
O painel retalhista GfK mede as vendas feitas no<br />
retalho ao consumidor final (sell out), em determinados<br />
canais de distribuição, para Pneus (Especialistas<br />
de Pneus, Auto-Centros e Concessionários<br />
Auto) e para Óleos (Hipermercado/Supermercados<br />
e Auto-Centros). ◆<br />
112 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
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MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
PNEUS<br />
EVOLUÇÃO POR TIPO DE MARCA 1º SEMESTRE <strong>2021</strong> VS 1º SEMESTRE 2020 (EM %)<br />
Unidades Valor Preço Médio<br />
Total<br />
3,1<br />
5,26<br />
2,0<br />
Premium<br />
6,1<br />
7,6<br />
1,4<br />
Quality<br />
-0,1<br />
1,7<br />
1,8<br />
Budget<br />
1,1<br />
2,2<br />
1,1<br />
TIPO DE MARCA<br />
TAMANHO < 17” VS > 17”<br />
TIPO DE VEÍCULO<br />
Jun <strong>2021</strong><br />
45,5 16,9<br />
37,6<br />
Jun <strong>2021</strong> 71,3<br />
28,7<br />
Jun <strong>2021</strong><br />
87,2<br />
8,7<br />
4,1<br />
Mai <strong>2021</strong><br />
44,3 17,5<br />
38,2<br />
Mai <strong>2021</strong> 73,3<br />
26,7<br />
Mai <strong>2021</strong><br />
87,1<br />
9,2<br />
3,8<br />
Abr <strong>2021</strong><br />
44,2 17,1<br />
38,7<br />
Abr <strong>2021</strong> 72,3<br />
27,7<br />
Abr <strong>2021</strong><br />
86,6<br />
9,5<br />
3,9<br />
Mar <strong>2021</strong><br />
45,0 17,7<br />
37,3<br />
Mar <strong>2021</strong> 70,6<br />
29,4<br />
Mar <strong>2021</strong><br />
86,9<br />
8,8<br />
4,3<br />
Fev <strong>2021</strong><br />
46,8 17,2<br />
36,0<br />
Fev <strong>2021</strong> 69,5<br />
30,5<br />
Fev <strong>2021</strong><br />
87,9<br />
8,1<br />
4,0<br />
Jan <strong>2021</strong><br />
46,5 17,2<br />
36,3<br />
Jan <strong>2021</strong> 69,4<br />
30,6<br />
Jan <strong>2021</strong><br />
88,0<br />
7,3<br />
4,6<br />
Jan-Dez<br />
2019<br />
Jan-Dez<br />
2020<br />
Jan-Jun<br />
<strong>2021</strong><br />
44,0 17,8<br />
38,2<br />
44,6 17,8<br />
37,3<br />
45,5 17,3<br />
37,3<br />
Jan-Dez<br />
2019<br />
Jan-Dez<br />
2020<br />
Jan-Jun<br />
<strong>2021</strong><br />
72,6<br />
71,8<br />
70,9<br />
27,4<br />
28,2<br />
29,1<br />
Jan-Dez<br />
2019<br />
Jan-Dez<br />
2020<br />
Jan-Jun<br />
<strong>2021</strong><br />
88,5<br />
87,5<br />
87,3<br />
7,4<br />
8,2<br />
8,5<br />
4,1<br />
4,3<br />
4,1<br />
Premium Quality Budget<br />
17”<br />
Ligeiros Comerciais 4x4<br />
LUBRIFICANTES (AUTO-MOTO)<br />
EVOLUÇÃO POR TIPO<br />
DE LUBRIFICANTE<br />
1º SEMESTRE <strong>2021</strong> VS 1º SEMESTRE 2020 (EM %)<br />
TIPO DE LUBRIFICANTE<br />
TIPO DE ÓLEO<br />
Total Moto Auto<br />
Jun <strong>2021</strong><br />
5,8<br />
94,2<br />
Jun <strong>2021</strong><br />
27,3<br />
35,6 37,1<br />
Unidades<br />
2,9<br />
Mai <strong>2021</strong><br />
Abr <strong>2021</strong><br />
7,6<br />
8,7<br />
92,4<br />
91,3<br />
Mai <strong>2021</strong><br />
Abr <strong>2021</strong><br />
27,1<br />
28,0<br />
36,3 36,6<br />
34,2 37,9<br />
Valor<br />
-4,4<br />
-1,6<br />
0,8<br />
Mar <strong>2021</strong><br />
Fev <strong>2021</strong><br />
Jan <strong>2021</strong><br />
7,8<br />
8,8<br />
7,7<br />
92,2<br />
91,2<br />
92,3<br />
Mar <strong>2021</strong><br />
Fev <strong>2021</strong><br />
Jan <strong>2021</strong><br />
28,2<br />
29,7<br />
31,2<br />
34,8 37,0<br />
34,8 35,5<br />
35,4 33,4<br />
-4,7<br />
Preço Médio<br />
-3,9<br />
2,9<br />
Jan-Dez<br />
2019<br />
Jan-Dez<br />
2020<br />
Jan-Jun<br />
<strong>2021</strong><br />
6,3<br />
7,2<br />
7,8<br />
93,7<br />
92,8<br />
92,2<br />
Jan-Dez<br />
2019<br />
Jan-Dez<br />
2020<br />
Jan-Jun<br />
<strong>2021</strong><br />
29,3<br />
28,6<br />
28,7<br />
34,4 36,3<br />
34,6 36,8<br />
352 36,2<br />
-4,4<br />
-1,6<br />
Lubs. moto<br />
Lubs. auto<br />
100% Sintético Semi sintético<br />
Mineral<br />
114<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
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MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
CARACterização do mercado oficinal<br />
Distribuição<br />
das oficinas em Portugal<br />
NAS TABELAS PUBLICADAS NESTA PÁGINA E NA SEGUINTE INDICAMOS O NÚMERO DE<br />
OFICINAS IAM E OE EXISTENTES ATUALMENTE EM PORTUGAL. OS DADOS DO PARQUE<br />
UTILIZADO É O PUBLICADO PELA AUTORIDADE DE SUPERVISÃO DE SEGUROS WWW.ASF.<br />
PT INCLUINDO TODO TIPO DE VEÍCULOS MOTORIZADOS SUJEITOS A OBRIGATORIEDADE DE<br />
SEGURO<br />
As percentagens publicadas<br />
do número de Oficinas IAM<br />
foram obtidas da Base de Dados<br />
da IF4, que classifica as<br />
oficinas independentes em 4<br />
Canais: dois generalistas (redes e independentes)<br />
e 2 especialistas (pneus e colisão):<br />
l 4.100 Mecânicas independentes<br />
l 780 Oficinas de Chapa e Pintura<br />
l 1.600 Especialistas em Pneus<br />
l 983 Oficinas IAM em Rede (analisadas as<br />
20 Principais Redes)<br />
As 4.100 oficinas independentes constituem<br />
o canal principal da reparação auto, com<br />
40% do mercado. As redes oficinais estão<br />
em expansão desde há vários anos, não interrompida<br />
pela pandemia. Aumenta o número<br />
de redes e o número de oficinas por rede.<br />
Atualmente as 20 principais redes agrupam<br />
1113 Oficinas, que conseguem algo acima<br />
dos 20% de mercado.<br />
Os especialistas em pneus em Portugal também<br />
são recordistas em ter a maior quota<br />
de mercado, comparado com outos países<br />
europeus: cerca de 20%. O número total de<br />
especialistas em pneus é de 1500 oficinas,<br />
somando independentes e redes de<br />
especialistas em pneus.<br />
O canal especialistas em colisão é o que enfrenta<br />
maiores dificuldades, consequência da<br />
menor sinistralidade que se verifica desde há<br />
vários anos e reforçou com a pandemia. As<br />
780 oficinas deste canal faturam entre 6 e 7%<br />
do total do mercado. Em 2020 as oficinas de<br />
marca totalizavam um total de 983 e a sua<br />
quota esteve próxima de 15%, o valor mais<br />
baixo entre os países da Europa Ocidental.<br />
As oficinas autorizadas foram contadas a partir<br />
dos websites da marcas, podendo existir<br />
oficinas autorizadas por mais do que uma<br />
marca, que são contabilizadas nas duas marcas.<br />
Os retalhistas foram calculados a partir<br />
de informação da empresa Ratius, que inclui<br />
todas as empresas que exercem esta atividade<br />
e faturam mais de 50 mil euros / ano. ◆<br />
DISTRIBUIÇÃO DE OFICINAS POR DISTRITO EM PERCENTagem (%)<br />
Distrito Parque<br />
Automóvel 2020<br />
Total Oficinas Mecânica<br />
Independentes<br />
Oficinas de<br />
Colisão<br />
Oficinas de<br />
pneus<br />
Oficinas<br />
Autorizadas<br />
Retalhistas<br />
de peças<br />
Oficinas<br />
em rede<br />
Aveiro 600 586 7,4% 6,9 5,9 7,4 5,1 7,1 8,9<br />
Beja 123 540 1,5% 1,8 1,7 2,2 2,4 1,5 0,9<br />
Braga 666 378 8,3% 7,2 7,3 8,3 7,7 7,9 7,9<br />
Bragança 128 503 1,6% 1,4 1,5 2 1,8 1,5 1,9<br />
Castelo Branco 159 414 2,0% 2,2 1,3 2 2,5 2,1 2,2<br />
Coimbra 368 805 4,6% 4,5 4,8 6,4 3,6 5,7 5,1<br />
Évora 125 783 1,6% 2,1 1,8 1,9 2,2 1,4 1,3<br />
Faro 400 824 5,0% 5 4 3,8 4,4 3,7 4,5<br />
Guarda 149 501 1,9% 2,4 2 1,8 2,1 1,6 1,9<br />
Leiria 446 327 5,5% 6,7 6,7 6,3 5,4 6,3 6,6<br />
Lisboa 1 628 108 20,2% 21 22,9 19,7 21,2 18,4 16,4<br />
Portalegre 87 719 1,1% 1,4 1,4 0,9 1,7 0,8 0,6<br />
Porto 1 205 583 15,0% 14,4 15,1 15,8 15,2 14,2 18<br />
Santarém 374 690 4,6% 4,5 4,6 3,9 4,3 4,8 5,9<br />
Setúbal 545 130 6,8% 6 5,6 5,9 7,1 6,6 5,9<br />
Viana do Castelo 210 396 2,6% 1,8 4 2,2 2,3 1,9 2,7<br />
Vila Real 173 207 2,1% 2,1 2,5 2,2 2,8 2,1 2,3<br />
Viseu 335 734 4,2% 3,6 3,3 5 2,7 3,6 3,9<br />
Açores 164 167 2,0% 1,4 1,2 1,2 3,9 2,8 1,6<br />
Madeira 165 023 2,0% 3,6 1,5 1,2 2 2,2 1,5<br />
Totais 4100 780 1600 983 2960 1113<br />
116 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
NÚMERO DE OFICINAS AUTORIZADAS POR DISTRITO EM 2020<br />
Marca<br />
Total Oficinas<br />
Aveiro<br />
Beja<br />
Braga<br />
Bragança<br />
C. Branco<br />
Coimbra<br />
Évora<br />
Faro<br />
RENAULT 83 5 2 5 2 2 4 2 3 1 6 14 1 1 8 5 3 3 2 4 1<br />
CITROEN 71 3 1 7 1 2 4 1 2 1 2 17 1 1 3 4 1 2 2 3 1<br />
PEUGEOT 65 2 1 3 1 2 3 1 3 2 3 14 1 1 2 5 1 1 3 2 1<br />
OPEL 59 2 1 4 1 1 2 2 2 1 2 20 2 2 3 2 1 1 1 2 2<br />
TOYOTA 56 3 1 5 2 2 1 2 2 1 3 10 1 1 2 5 1 3 1 4 1<br />
VOLKSWAGEN 56 3 1 3 1 2 1 1 3 2 2 13 1 1 2 5 1 2 1 2 0<br />
HYUNDAI 55 2 1 8 2 1 2 1 2 1 3 9 0 0 2 4 2 1 2 2 1<br />
SEAT 51 3 1 5 0 0 2 1 2 1 2 12 1 1 1 8 1 1 1 1 1<br />
KIA 51 3 2 4 0 2 2 1 2 1 2 8 1 1 3 6 1 1 1 2 1<br />
BMW 48 2 0 4 1 1 1 1 2 2 3 13 0 0 1 2 1 2 1 2 1<br />
MERCEDES 47 2 1 4 1 2 1 1 2 1 3 11 1 1 1 3 1 1 2 1 1<br />
FORD 46 5 1 3 1 0 1 1 2 1 5 7 1 1 1 3 1 2 2 1 1<br />
FIAT (FCA) 44 2 1 3 1 2 2 1 2 2 2 9 1 1 1 3 1 1 1 1 1<br />
AUDI 43 2 0 3 1 0 1 1 2 0 2 12 0 0 1 3 1 2 1 1 2<br />
MAZDA 42 2 1 3 1 1 2 1 3 1 2 7 0 0 3 2 1 1 1 2 2<br />
MITSUBISHI 41 1 1 3 1 2 1 1 2 2 3 8 2 2 2 3 1 1 1 1 1<br />
NISSAN 41 2 1 2 1 1 2 1 2 1 3 7 3 3 2 2 1 0 1 2 1<br />
SKODA 32 2 1 2 0 1 1 1 2 0 2 5 0 0 2 2 1 1 1 2 1<br />
VOLVO 28 2 0 2 0 1 1 1 1 0 2 7 0 0 1 2 1 1 1 2 0<br />
HONDA 24 2 1 3 0 0 1 0 2 0 1 5 0 0 1 1 1 1 1 1 1<br />
TOTAIS 983 50 19 76 18 25 35 22 43 21 53 208 17 17 42 70 23 28 27 38 21<br />
Guarda<br />
Leiria<br />
Lisboa<br />
Portalegre<br />
Porto<br />
Santarém<br />
Setúbal<br />
Vi. do Castelo<br />
Vila Real<br />
Viseu<br />
Açores<br />
Madeira<br />
NÚMERO DE OFICINAS INDEPENDENTES PERTENCENTES A REDES POR DISTRITO (2020)<br />
Tipo de rede<br />
N.º oficinas<br />
Aveiro<br />
Beja<br />
Braga<br />
Bragança<br />
C. Branco<br />
Coimbra<br />
Évora<br />
Faro<br />
Guarda<br />
Leiria<br />
Lisboa<br />
Portalegre<br />
Porto<br />
Santarém<br />
Setúbal<br />
V. do Castelo<br />
Vila Real<br />
Viseu<br />
Açores<br />
Madeira<br />
EUROREPAR Marca auto (PSA) 165 10 1 8 4 4 4 2 8 6 6 29 3 33 11 13 2 7 12 0 2<br />
BOSCH CAR SERVICE Marca peças (BOSCH) 123 11 1 12 4 4 2 2 5 3 9 22 1 26 4 5 4 3 4 0 1<br />
TOPCAR Grupo Auto (NORS) 93 4 1 10 1 2 3 0 4 2 4 18 1 23 1 8 6 1 2 1 0<br />
T4C Distribuidor (CREATE BUSINESS) 90 13 2 16 0 1 8 0 3 2 6 9 0 12 8 0 0 1 0 7 1<br />
M FORCE Serviço rápido 80 2 1 1 0 0 3 1 3 0 0 42 0 18 1 7 0 0 1 0 0<br />
CGA Distribuidor (AUTO DELTA) 76 6 0 4 2 5 15 0 1 1 11 1 0 8 5 9 2 3 2 2 0<br />
A OFICINA Distribuidor (CREATE BUSINESS) 72 9 1 5 4 3 3 2 3 0 4 5 1 9 9 2 3 0 1 4 4<br />
ACC Distribuidor (CREATE BUSINESS) 56 14 1 0 4 1 5 1 4 0 4 3 0 5 3 2 0 1 1 2 5<br />
AUTOCREW Marca peças (bosch) 54 5 0 3 1 0 1 0 3 2 8 8 0 4 6 3 2 2 4 1 1<br />
RED SERVICE Distribuidor (LEIRILIS) 51 2 0 6 0 1 6 0 3 1 8 4 0 7 5 2 2 1 2 0 1<br />
CHECKSTAR Marca peças (MAGNETTI MARELLI) 47 8 0 3 0 0 4 0 2 2 2 2 0 9 4 2 1 1 5 0 2<br />
MOTRIO Marca auto (RENAULT) 46 5 1 8 1 0 0 1 1 0 0 7 1 17 2 1 1 0 0 0 0<br />
RINO Grupo auto (M.COUTINHO) 38 4 0 2 0 0 0 2 4 1 2 3 0 8 2 3 1 2 2 1 0<br />
ROADY AUTO CENTRO 33 3 1 0 0 2 1 1 1 1 4 6 0 5 1 3 1 2 1 0 0<br />
NORAUTO AUTO CENTRO 26 1 0 2 0 0 1 1 3 0 1 7 0 4 1 4 1 0 0 0 0<br />
SPG Distribuidor (AUTOZITÂNIA) 21 1 0 3 0 1 0 0 0 0 0 4 0 5 0 0 2 1 5 0 0<br />
RECOFICIAL Distribuidor (ATLANTIC PARTS) 19 0 0 4 0 1 0 1 0 0 3 0 0 4 2 0 2 1 1 0 0<br />
FEUVERT AUTO CENTRO 14 1 0 1 0 0 1 0 2 0 1 4 0 2 1 1 0 0 0 0 0<br />
DRIVE REPAIR Distribuidor (AUTOZITÂNIA) 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 1 0 0 0 0 0 0 0<br />
TOTAIS 1113 99 10 88 21 25 57 14 50 21 73 182 7 200 66 65 30 26 43 18 17<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
117
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Observatório Pós-venda<br />
Mercado resiliente<br />
A DPAI - Divisão do Pós-venda Automóvel Independente da acap, divulga<br />
desde 2013, um estudo sobre os principais rácios financeiros e económicos<br />
das empresas que comercializam peças automóveis. Os quadros que<br />
publicamos mostram que a atividade pós-venda passou pelos pingos da<br />
chuva na crise Covid, foi resiliente e recomenda-se! Ou seja é uma atividade<br />
interessante e para manter<br />
Parque automóvel continua em clara<br />
desaceleração, a idade média continua<br />
em crescendo e os veículos<br />
eletrificados nas vendas de novos já<br />
são o segundo segmento com 32%<br />
das vendas. O aumento brutal a que assistimos<br />
nos combustíveis irá acelerar ainda mais as vendas<br />
destes tipos de veículos. As empresas têm de se preparar<br />
para esta mudança mais rápida, a ACAP/<br />
DPAI acompanha estes movimentos e informa dos<br />
desafios que se avizinham e como os ultrapassar<br />
e transformar em oportunidades.<br />
O Pós-Venda Automóvel é uma atividade ainda<br />
muito atomizada e concentrada em empresas<br />
de pequena dimensão com dificuldade em tirar<br />
partido da inovação que o sector pode oferecer.<br />
A ACAP/DPAI não identifica um problema financeiro<br />
neste setor, o endividamento até reduziu,<br />
mas existe um problema de produtividade e<br />
rentabilidade. Por isso propõe formação avançada<br />
em gestão do Pós-Venda e outras que apoiem os<br />
empresários a melhorar a qualidade da gestão das<br />
suas empresas, tornando-as mais lucrativas.<br />
O presente estudo do Observatório Pós-venda<br />
inclui os dados das PME Excelência. Estas servem<br />
de referência, na análise dos indicadores de<br />
saúde financeira, de rentabilidade e capital, permitindo<br />
assim, a cada empresário do pós-venda<br />
independente, situar e contextualizar o seu negócio<br />
segundo estes indicadores.<br />
Estes rácios são de extrema importância para a<br />
gestão das empresas, porque conseguem sintetizar,<br />
apenas num número, uma determinada situação<br />
de um negócio, ou até mesmo a evolução desse<br />
negócio, permitindo visualizar os parâmetros chave<br />
da atividade.<br />
São indicadores fundamentais para determinar<br />
objetivos, preparar decisões e enquadrar a gestão.<br />
São, também, um instrumento incontornável para<br />
efetuar comparações com outros dados disponíveis e<br />
calcular as distâncias em relação às metas próprias,<br />
à concorrência e aos indicadores internacionais. ◆<br />
118 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
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MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
QUADRO I - taXA DE VARIAÇÃO HOMÓLOGA DA FATURAÇÃO<br />
ACESSÓRIOS AUTOMÓVEIS E OFICINAS<br />
40%<br />
20%<br />
0%<br />
-20%<br />
-40%<br />
-60%<br />
Jan<br />
Fev<br />
Mar<br />
Abr<br />
Mai<br />
Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan/21<br />
Acessórios Automóveis e Oficinas<br />
Total<br />
QUADRO II - PARQUE AUTOMÓVEL EM PORTUGAL EM MILHARES DE VEÍCULOS LIGEIROS<br />
100%<br />
1200<br />
1204<br />
1205 4480 1206 1170 1137 1118 1110 1090<br />
1100<br />
1120<br />
1135<br />
1140<br />
80%<br />
5000 60%<br />
4000 40%<br />
3000 4408 4457 4480 4522 4497 4480 4496 4538 4600 4800 5015 5205 5300 20%<br />
2000 20%<br />
1000 0<br />
0,0% 0,9% 0,4% 0,8% -1,1% -0,9% -0,1% 0,6% 0,7% 3,7% 4,0% 3,3% 1,6%<br />
0 -20%<br />
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020<br />
Automóveis Ligeiros Passageiros Veículos Comerciais Ligeiros Taxa Crescimento Veículos Ligeiros<br />
120 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
Fonte: ACP
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
QUADRO III - IDADE MÉDIA DO PARQUE AUTOMÓVEL DE VEÍCULOS LIGEIROS<br />
DE PASSAGEIROS E DE MERCADORIAS EM PORTUGAL<br />
7,2<br />
5,8<br />
7,4<br />
5,9<br />
7,7<br />
6,3<br />
8,1<br />
6,7<br />
8,3<br />
6,8<br />
8,4<br />
7,1<br />
8,6<br />
7,4<br />
8,9<br />
8,0<br />
9,0<br />
8,4<br />
9,6<br />
9<br />
10<br />
9,6<br />
10,5<br />
10,1<br />
11,1<br />
10,7<br />
11,2<br />
11,2<br />
11,7<br />
11,6<br />
12,7<br />
12,4<br />
13,1<br />
12,5<br />
13,7<br />
12,6<br />
14,1<br />
12,7<br />
14,5<br />
14,9<br />
12,8<br />
13,2<br />
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2008 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020<br />
Automóveis Ligeiros PassAGeiros<br />
Veículos Ligeiros de mercadorias<br />
QUADRO IV - VENDas DE AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL<br />
POR TIPO DE ENERGIA<br />
5000<br />
1% 1% 1% 1% 2% 2% 2% 3% 3% 5% 7% 11% 23%<br />
4480<br />
32%<br />
4000<br />
3000<br />
69% 67% 67% 70% 71% 72% 71% 68% 64% 61% 53% 40% 33%<br />
22%<br />
2000<br />
1000<br />
30% 32% 32% 29% 27% 26% 26% 30% 33% 34% 39% 49% 44%<br />
45%<br />
0<br />
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019<br />
2020 Jan -Set<br />
<strong>2021</strong><br />
Gasolina Gasóleo Outros<br />
122 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Fonte: ACP<br />
QUADRO V - EMPRESAS POR ESCALÃO (%)<br />
QUADRO VI - VOLUME DE NEGÓCIOS<br />
POR ESCALÃO (%)<br />
60%<br />
64,7%<br />
63,6%<br />
35%<br />
36,1%<br />
34,4%<br />
32,0%<br />
50%<br />
30%<br />
40%<br />
30%<br />
20%<br />
29,6%<br />
30,3%<br />
25%<br />
20%<br />
15%<br />
10%<br />
13,6%<br />
20,1% 19,9%<br />
10,2%<br />
11,6%<br />
11,3% 10,8%<br />
10%<br />
0<br />
2,1% 1,3% 2,4%<br />
2,6% 1,9% 1,5%<br />
2014<br />
2019<br />
5%<br />
0<br />
2014<br />
2019<br />
QUADRO VII - PRODUTIVIDADE (€)<br />
VENDAS E SERVIÇOS<br />
PRESTADOS/Nº EMPREGADOS<br />
200 000€<br />
150 000€<br />
100 000€<br />
50 000€<br />
133 396 €<br />
198 191 €<br />
195 870 € 224 634 € 208 863 €<br />
73 031 € 75 123 €<br />
136 938 €<br />
164 215 €<br />
186 622 €<br />
QUADRO VIII - ENDIVIDAMENTO<br />
PASSIVO/ATIVO<br />
70%<br />
60%<br />
50%<br />
40%<br />
30%<br />
20%<br />
10%<br />
74%<br />
56% 59%<br />
52%<br />
48%<br />
Determina a dependência da<br />
empresa perante capitais alheios<br />
68%<br />
51%<br />
50% 48%<br />
36%<br />
0€<br />
0<br />
2014 2019 2014<br />
2019<br />
QUADRO IX - EBITDA/VENDAS<br />
E SERVIÇOS PRESTADOS (%)<br />
QUADRO X – RENTABILIDADE<br />
DOS CAPITAIS PRÓPRIOS (%)<br />
16%<br />
Indica o peso do EBITDA no volume<br />
de negócios da empresa<br />
13%<br />
Resultado Líquido do Período/<br />
Capitais Próprios<br />
ROE dá-nos a percentagem do lucro<br />
por cada euro investido<br />
14%<br />
12%<br />
10%<br />
8%<br />
6%<br />
7%<br />
16%<br />
74%<br />
6%<br />
8%<br />
10%<br />
11%<br />
15%<br />
10%<br />
5%<br />
20,6%<br />
17,5%<br />
12,7%<br />
9,5%<br />
7,7%<br />
11,1% 10,8%<br />
15,3%<br />
4%<br />
2%<br />
3%<br />
3%<br />
0%<br />
0% -5%<br />
2014<br />
2019<br />
-1,8%<br />
2014<br />
-0,4%<br />
2019<br />
Escalão A - 500m€ e 3M€ e 7M€ PME Excelência<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
123
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
O automóvel de amanhã<br />
Domínio da eletrónica<br />
O AUTOMÓVEL DE AMANHÃ FORNECERÁ MOBILIDADE COMO UM SERVIÇO, OPERA NUM<br />
AMBIENTE TOTALMENTE LIGADO E DIGITALIZADO E SERÁ MOVIDO POR UM PROPULSOR<br />
ELÉTRICO. ESTas MACROTENDÊNCIAS ESTÃO A RESULTAR NUM AUMENTO SIGNIFICATIVO<br />
NO PAPEL DA ELETRÓNICA AUTOMÓVEL E NO SURGIMENTO DO AUTOMÓVEL MOVIDO<br />
A SOFTWARE, DOMINADO PELA ELETRÓNICA, CONFORME DEMONSTRA O ESTUDO DA ROLAND<br />
BERGER QUE APRESENTAMOS NESTE ARTIGO<br />
Hoje, assim como com outros produtos,<br />
a maioria das inovações<br />
automóveis são eletrónicas ou<br />
baseadas em software. Os automóveis<br />
tornaram-se “conectados”: os<br />
clientes esperam permanecer “sempre online”; as<br />
atualizações de trânsito são transmitidas automaticamente<br />
para os automóveis e os veículos elétricos<br />
comunicam com uma infraestrutura de carregamento.<br />
Ao mesmo tempo, as funcionalidades como o<br />
“estacionamento com app” ou o “Cruise Control<br />
adaptativo” estão a tornar-se cada vez mais comuns.<br />
De facto, o automóvel está a tornar-se um sistema<br />
dentro de um sistema de sistemas. E em breve, quase<br />
todos os automóveis estarão conectados e farão parte<br />
da Internet das Coisas (Internet of Things – rede de<br />
objetos físicos capaz de reunir e de transmitir dados)<br />
ao exigir ligações seguras e atualizações ao longo de<br />
toda a vida útil do automóvel.<br />
Mas há uma desvantagem neste progresso. A<br />
complexidade das funcionalidades eletrónicas e<br />
de software distribuído atingiu um nível sem precedentes<br />
que está a mostrar-se difícil de lidar. As<br />
novas tecnologias de hardware e software surgiram<br />
para ajudar a desvendar esta complexidade, mas<br />
têm os seus próprios desafios. Por exemplo, o setor<br />
automóvel está a alavancar avanços na capacidade<br />
de computação para consolidar as unidades<br />
de controlo eletrónico (ECU) em plataformas<br />
de computação centralizadas ligadas à Ethernet<br />
automóvel. Isto reduz muito a complexidade ao<br />
nível da rede por causa dos custos de hardware<br />
mais baixos, mas aumenta muito a complexidade<br />
do software nesses processadores.<br />
Além disso, as plataformas de software end-to-end<br />
prometem a redução da complexidade do software<br />
ao permitirem o “plug-and-play” de novas funções<br />
e reduzirem os requisitos de hardware. Contudo,<br />
nem mesmo o software básico é completamente<br />
independente do chipset. O desempenho do<br />
processador e a possível paralelização das tarefas<br />
devem ser considerados ao projetar as plataformas<br />
de software e aplicações, bem como na arquitetura<br />
elétrica/eletrónica (E/E). A arquitetura E/E e a<br />
arquitetura geométrica do veículo afetam-se entre<br />
si e não podem ser concebidas e projetadas de<br />
forma independente.<br />
Estes fatores sugerem que uma mudança de paradigma<br />
é necessária para abordar completamente a<br />
complexidade do tema. Por último, as arquiteturas<br />
E/E de veículos futuros, as plataformas de software<br />
e as aplicações precisam ser concebidas em torno<br />
dos processadores de próxima geração, assim como<br />
os veículos que sempre foram concebidos com o<br />
desempenho do grupo motopropulsor em mente.<br />
Em resumo, o hardware eletrónico e o software<br />
da aplicação tornar-se-ão o principal campo de<br />
124 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
atalha para a diferenciação e o controlo da criação<br />
de valor.<br />
As consequências destas mudanças serão dramáticas<br />
com mudanças estruturais em toda a cadeia<br />
de valor automóvel:<br />
• Os fabricantes de equipamento original estão<br />
a assumir o controlo sobre a cadeia de valor e a<br />
funcionalidade crítica. Estão a expandir as suas<br />
capacidades ao adicionar recursos significativos<br />
para a integração modular, o desenvolvimento de<br />
software e até mesmo o design de semicondutores.<br />
• As unidades de semicondutores, que frequentemente<br />
controlam a maior parte da lista de materiais<br />
da eletrónica (BoM – Bill of Materials) nos<br />
automóveis movidos a software, estão a mover-se<br />
na direção da integração funcional dos seus chips.<br />
sistema num chip [SoC – System-on-a-Chip), sistema<br />
num pacote (SiP – System-in-a-package),<br />
etc.). Além disso, estão a expandir de hardware<br />
para software de automóvel a nível de aplicação,<br />
conforme mostrado pelo acordo entre a Intel e<br />
a Mobileye.<br />
• Os intervenientes nos serviços de fabrico de<br />
produtos eletrónicos (EMS, ODM) estão a expandir<br />
para a engenharia e circuitos integrados<br />
(ICs – Integrated Circuits) e oferecem vantagens<br />
a uma escala ímpar em comparação com outros<br />
intervenientes.<br />
• Os fornecedores de software, que antes eram<br />
somente intervenientes menores no mercado automóvel,<br />
agora estão a entrar em toda a cadeia<br />
de valor, seja a nível intermédio ou de aplicação.<br />
• Os fornecedores de E/E de Tier 1 tradicionais<br />
estão sob pressão de todos os lados. Os seus modelos<br />
de negócios estabelecidos estão a desintegrar-<br />
-se e correm o risco de se tornarem irrelevantes.<br />
Além disso, o Tier 1 corre o risco de ficar preso à<br />
responsabilidade de fornecer a linha tradicional,<br />
enquanto perdem o controlo em vários componentes<br />
de software (QUADRO I).<br />
Consequentemente, os intervenientes da cadeia<br />
de valor automóvel estão a reposicionar-se e os<br />
conjuntos de lucros estão a mudar. As empresas<br />
de semicondutores surgem como possíveis vencedoras,<br />
capazes de impulsionar as suas plataformas<br />
SoC e SiP para alcançar um crescimento forte nas<br />
aplicações de automóveis.<br />
Entretanto, as funções tradicionais na cadeia<br />
de abastecimento estão a mudar à medida que<br />
novos intervenientes entram e os fabricantes de<br />
equipamento original e de Tier 1 expandem ou<br />
adaptam a sua área de foco para permanecerem<br />
competitivos. Estão a descobrir que precisam<br />
compreender as empresas de semicondutores e<br />
de softwares pure-play para identificar posições<br />
vantajosas para todos e mitigar as ameaças. Os<br />
ciclos de vida mais curtos dos produtos e a inovação<br />
estão a pressioná-los ainda mais para que adaptem<br />
a sua gestão ao novo modelo de negócio e para<br />
que se comprometam na gestão ativa do ciclo de<br />
vida e do itinerário de inovação.<br />
Fabricantes<br />
semicondutores<br />
Empresas<br />
EMS e ODM<br />
Automotive<br />
Tier 1<br />
Empresas<br />
de software<br />
pure-play<br />
OEMs<br />
QUADRO I – REAÇÃO CADEIA DE VALOR AUTOMÓVEL<br />
O PAPEL CRESCENTE DA ELETRÓNICA E DO SOFTWARE<br />
implicarÁ MUDANÇAS ESTRUTURAIS EM toda A INDÚSTRIA<br />
automÓVEL, COM O TIER 1 PARTICULARMENTE afetado<br />
Design<br />
(cmp. IC.<br />
SoC, Sip)<br />
BIOS<br />
Componente<br />
Electrónica / IC<br />
IC linha<br />
frente<br />
(chip)<br />
mfg<br />
Hardware Software<br />
Embalagem,<br />
teste<br />
Sistemas<br />
operativos,<br />
middleware<br />
l Avançar para a integração<br />
funcional por SoC, SiP,<br />
painéis mais complexos<br />
l Expandir de middleware<br />
de hardware para software<br />
a nível de aplicação<br />
Design do<br />
módulo<br />
Sub-sistema /<br />
Módulo<br />
Integração<br />
de módulos<br />
(painéis, ECUs)<br />
Integração funcional<br />
Diferenciação<br />
l Avançar para cima e para<br />
baixo, expandindo-se para<br />
a engenharia e IC back end<br />
l Modelo de negócio<br />
tradicional Tier 1 sob pressão<br />
l Necessidade<br />
de reposicionamento<br />
na integração de eletrónica<br />
e software<br />
l Alavancar as capacidades<br />
diferenciadas do software,<br />
plataformas, arquiteturas<br />
orientadas para o serviço final<br />
l Passar à integração de<br />
software<br />
ECU, domínio e<br />
arquitetura de<br />
veículos<br />
Arquitetura<br />
de software<br />
de domínios e<br />
veículos<br />
Integração de<br />
veículos<br />
Montagem de<br />
veículos<br />
Veículo à cloud<br />
l Alterar a sua estratégia<br />
no sentido de um maior<br />
controlo sobre a cadeia de<br />
valor e a funcionalidade crítica<br />
l Defendam a sua propriedade<br />
da arquitetura E/E<br />
l Expandir as suas<br />
capacidades de integração<br />
de módulos, desenvolvimento<br />
e integração de software<br />
Fonte: Roland Berger<br />
Um computador sobre rodas<br />
A mudança para o automóvel de amanhã, um<br />
computador sobre rodas, já está a acontecer, impulsionada<br />
por várias mudanças significativas que<br />
estão a ocorrer no setor automóvel. Primeiro, a arquitetura<br />
eletrónica está a mudar. Está a tornar-se<br />
mais centralizada em termos de configuração da<br />
capacidade de computação com uma segmentação<br />
mais forte de hardware e software, o que dá origem<br />
ao software automóvel como um produto. Isto<br />
significa que a função de todos os intervenientes<br />
da cadeia de valor precisa ser redefinida.<br />
Em segundo lugar, agora os semicondutores automóveis<br />
combinam cada vez mais as funcionalidades<br />
fundamentais. Isto está a aumentar e muito a<br />
complexidade e os custos de desenvolvimento de<br />
software incorporado, o que incentiva as empresas<br />
de semicondutores a moverem-se a jusante e a<br />
capturarem valor com níveis de integração mais<br />
elevados.<br />
Em terc eiro lugar, a eletrónica de potência está<br />
a tornar-se o diferenciador nos novos propulsores<br />
elétricos. A tecnologia e a base de produção, especialmente<br />
para a tecnologia de semicondutores<br />
de banda larga (por ex., SiC, GaN), ainda estão a<br />
amadurecer, enquanto os fabricantes de equipa-<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
125
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
mento original e fornecedores precisam adquirir<br />
capacidades críticas.<br />
Em quarto lugar, espera-se que a lista de materiais<br />
da eletrónica (BoM), a lista de matérias-primas,<br />
componentes e peças necessários para construir<br />
um produto, dupliquem para criar um automóvel<br />
conectado semiautónomo Premium com uma<br />
motorização elétrica face a um automóvel não<br />
autónomo com um motor de combustão interna.<br />
Portanto, a obtenção de eletrónica está a tornar-<br />
-se uma capacidade crítica ao gerir a cadeia de<br />
abastecimento automóvel.<br />
Por último, grandes consórcios de fabricantes de<br />
equipamento original cruzados e de intervenientes<br />
cruzados estão a formar-se para mitigar a crescente<br />
complexidade, custo de desenvolvimento,<br />
risco e BoM de automóveis futuros, especialmente<br />
para a condução autónoma. O resultado destas<br />
mudanças é uma reorganização fundamental da<br />
cadeia de valor.<br />
Principais Tendências disruptivas<br />
O automóvel de amanhã fornecerá mobilidade<br />
como um serviço, conduzir de forma autónoma,<br />
operar num ambiente totalmente ligado e digitalizado<br />
e será movido por um motor elétrico –<br />
MADE. As denominadas tendências MADE irão<br />
ser a força motriz por trás do desenvolvimento das<br />
tecnologias de automóveis.<br />
Apesar da proliferação de veículos baseados<br />
em frotas e de veículos de mobilidade como um<br />
serviço que são autónomos, conectados e provavelmente<br />
eletrificados, a maioria dos automóveis<br />
produzidos num futuro próximo continuará a ser<br />
de propriedade individual. Portanto, muitos dos<br />
avanços motivados pelas tendências MADE ocorrerão<br />
incrementalmente através deste mercado de<br />
massa e não por robotaxis como Uber ou Waymo.<br />
Isto significa uma perturbação para os fabricantes<br />
de equipamento original e os fornecedores de Tier<br />
1, que deverão preparar-se para as mudanças que<br />
estão para vir. Neste capítulo, examinamos mais de<br />
perto o que esperar de cada uma das tendências<br />
MADE e como afetarão a BoM da eletrónica dos<br />
automóveis do futuro. Por exemplo, o estudo da<br />
Roland Berger demonstra que espera-se que o<br />
custo da BoM da eletrónica (ou seja, os módulos<br />
eletrónicos embalados) para um veículo elétrico<br />
Premium médio (BEV) deverá mais do que duplicar<br />
para 7.030 USD em 2025. Isto é comparado<br />
com um automóvel com motor de combustão<br />
interna padrão (ICE) semelhante atual, em que a<br />
BoM da eletrónica é de 3.145 USD (QUADRO II).<br />
Mudança paradigmática<br />
Fundamentalmente, a Mobilidade é uma mudança<br />
paradigmática de veículos de propriedade privada<br />
e operados individualmente para novos modelos<br />
de negócios e casos de uso. Esta não é uma visão<br />
nova, os táxis elétricos foram introduzidos em<br />
Nova Iorque em 1897. O que tem de novo é o<br />
potencial para a adoção em massa, a automação da<br />
operação do veículo, a gestão remota de frotas e o<br />
maior alcance e a fiabilidade das motorizações elétricas.<br />
Os veículos elétricos são agora partilhados<br />
e disponibilizados através de frotas, por exemplo,<br />
e os automóveis são mais integrados ao transporte<br />
público e aos diferentes meios para completar o último<br />
quilómetro (last mile) da viagem. No entanto,<br />
Em breve, quase todos os automóveis estarão conectados e farão<br />
parte da Internet das Coisas (Internet of Things) ao exigir ligações<br />
seguras e atualizações ao longo de toda a vida útil do automóvel<br />
QUADRO II - MADE PARA MEDIR A ELETRÓNICA<br />
REPARTIÇÃO POR FATOR MADE DA BOM ELETRÓNICA<br />
DE UM VEÍCULO ICE EM 2019 E DE UM BEV EM 2025 (USD)<br />
2.235 7.030<br />
+ 3.885<br />
3.145 0<br />
925<br />
725<br />
há muita pouca “eletrónica de mobilidade” dedicada<br />
aos automóveis; em vez disso, a mobilidade é<br />
possibilitada por tecnologias que são desenvolvidas<br />
independentemente da mesma.<br />
Os veículos elétricos (VE) são, sem dúvida, o futuro<br />
da mobilidade, e três fatores principais estão a<br />
impulsionar a mobilidade com base nos veículos<br />
elétricos: a) simplificação para recarregar e manter;<br />
b) os municípios estão a pressionar para a redução<br />
da poluição urbana e c) os requisitos regulamentares<br />
para o consumo médio de combustível da frota.<br />
Estes últimos pressionam os fabricantes de equipamento<br />
original a vender veículos elétricos em<br />
aplicações de alta utilização, como robotaxis, que<br />
podem absorver o custo mais elevado. Além disso,<br />
uma parte significativa da inovação necessária para<br />
a mobilidade será impulsionada pelos responsáveis<br />
políticos, instituições financeiras e plataformas de<br />
mobilidade que fornecem negócios e ambientes<br />
regulamentares favoráveis. As interfaces do cliente,<br />
o financiamento, a infraestrutura de pagamento,<br />
o seguro, a operação de frotas e a manutenção<br />
serão igualmente importantes.<br />
Fonte: Roland Berger<br />
2019 ICE M A D E 2025 BEV<br />
Condução autónoma<br />
O setor automóvel está a passar de uma era de<br />
condução manual para uma era de sistemas avançados<br />
de condução assistida (ADAS) e condução<br />
autónoma (AD). Isto requer uma mudança da<br />
tomada de decisão humana para a inteligência<br />
126<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
artificial (IA), da memória para os mapas e dos<br />
sentidos para os sensores. A transição depende de<br />
uma integração perfeita de componentes eletrónicos<br />
diferentes, desde sinais de digitalização dos<br />
sensores analógicos para os eletrónicos de potência<br />
e para os atuadores e motores de tração.<br />
Os maiores desenvolvimentos tecnológicos na condução<br />
autónoma e, portanto, a sua maior contribuição<br />
para o crescimento das BoM da eletrónica,<br />
serão em duas áreas: sensores e capacidade de<br />
computação. Cerca de metade do aumento impulsionado<br />
pela AD na BoM da eletrónica (925<br />
USD no total) é atribuível aos sensores, como câmaras,<br />
LIDAR, radar e sensores ultrassónicos. O<br />
valor real dependerá da arquitetura do sistema,<br />
dos requisitos de pré-processamento e do nível de<br />
redundância necessário para o nível de autonomia<br />
a ser alcançado. A Tesla é famosa por depender de<br />
câmaras e não utilizar o LIDAR (provavelmente,<br />
devido ao custo), mas resta saber se o setor segue<br />
ou se o LIDAR se torna mais popular quando o<br />
custo unitário diminuir com o volume.<br />
Os automóveis autónomos contam com uma unidade<br />
de computação central controlada por IA que<br />
recebe e analisa todos os dados brutos ou dados do<br />
sensor pré-processados e determina as ações que<br />
o automóvel deve executar. Estes computadores<br />
centrais contêm vários chips avançados (SoC, ICs)<br />
QUADRO III - CUSTOS DA ELETRIFICAÇÃO<br />
ELETRÓNICA COMO QUOTA DO total BOM NUM VEÍCULO ICE<br />
2019 E BEV 2025; E CUSTOS DOS SEMICONDUTORES COMO<br />
QUOTA DA ELETRÓNICA BOM NOS MESMOS DOIS VEÍCULOS<br />
QUOTA DA ELETRÓNICA BOM EM<br />
comparação COM O total DE VEÍCULOS<br />
BOM PARA UM VEÍCULO PREMIUM (%)<br />
100%<br />
100% 7.030<br />
84% 65% Mecânica<br />
4.600<br />
16%<br />
QUOTA DE SEMICONDUTORES NA ELETRÓNICA<br />
TÍPICA BOM (USD)<br />
3.145<br />
2.291<br />
12% eletrónica<br />
830<br />
de alta potência<br />
~25%<br />
2019 ICE 2025 BEV 2019 ICE<br />
2025 BEV<br />
Módulo<br />
Semicondutor<br />
de alta potência<br />
23% Eletrónica<br />
1.600 Semicondutor<br />
de baixa potência<br />
de baixa potência<br />
854<br />
~35%<br />
Fonte: Roland Berger<br />
O hardware eletrónico e o software da aplicação tornar-se-ão o<br />
principal campo de batalha para a diferenciação. As consequências<br />
destas mudanças serão dramáticas com mudanças estruturais em<br />
toda a cadeia de valor automóvel<br />
e constituem a outra metade do aumento da BoM<br />
controlada por AD. Mas, embora um enorme progresso<br />
tenha sido feito nas arquiteturas do chip com<br />
o avanço dos processadores paralelos em massa,<br />
os desafios permanecem, especialmente quanto à<br />
redução do consumo de energia.<br />
Digitalização sempre ativa<br />
O carro do futuro está sempre ligado e sempre<br />
conectado. Atualmente, dois terços dos automóveis<br />
novos que foram vendidos nos Estados Unidos<br />
já possuem funcionalidades de conectividade. A<br />
conectividade coloca o automóvel (e os fabricantes<br />
de equipamento original que controlam a sua<br />
arquitetura e o fluxo de dados), bem no centro do<br />
ecossistema IoT automóvel, com funcionalidades<br />
como a localização de veículos, a gestão de frotas,<br />
a programação da manutenção, atualizações de<br />
software por antena e o acesso remoto. Também<br />
alimenta a direção autónoma, permite a coleção<br />
de dados, o teste de algoritmo, a implementação<br />
e a interação com a infraestrutura de condução e<br />
outros veículos (V2X).<br />
A indústria automóvel está a mover-se na direção<br />
da integração funcional para permitir novas funcionalidades.<br />
Por sua vez, dá origem à necessidade<br />
crescente de reduzir a complexidade e os custos, e<br />
uma mudança fundamental da arquitetura E/E<br />
automóvel. Cerca de um quarto do aumento da<br />
BoM da eletrónica nos automóveis do futuro será<br />
atribuível à digitalização (725 USD).<br />
Eletrificação – a nova motorização<br />
Como observado na Mobilidade, o futuro dos automóveis<br />
é o dos veículos elétricos de uma forma<br />
ou outra, com vários fatores impulsionando para<br />
a frente. Os regulamentos tendem a impulsionar<br />
a eletrificação. Além das normas de emissão nacionais<br />
e estaduais, um número cada vez maior<br />
de municípios está a banir veículos com motores<br />
de combustão interna. E parece que os clientes<br />
estão cada vez mais a exigir VE devido às suas<br />
especificações, custos operacionais mais baixos e<br />
preocupações ambientais.<br />
No aspeto técnico, as capacidades da bateria e as<br />
densidades de energia mais elevadas estão a permitir<br />
intervalos de condução mais longos, enquanto<br />
os curtos da célula mais baixos estão a reduzir os<br />
preços dos VE. Os fabricantes de equipamento original<br />
estão a entrar na tendência ao lançar grandes<br />
gamas de derivados elétricos/híbridos de modelos<br />
já existentes, modelos VE dedicados e, em muitos<br />
casos (Daimler, Volvo, GM, Volkswagen) anunciam<br />
mesmo que pararão de desenvolver motores<br />
de combustão.<br />
O impacto da eletrónica de alta tensão na BoM<br />
da eletrónica é significativo. Mais da metade do<br />
aumento do custo entre o automóvel ICE e BEV<br />
é impulsionado pela eletrificação do grupo motopropulsor<br />
(gestão da bateria, carregadores a bordo,<br />
conversores e inversores do motopropulsor), num<br />
total de 2.235 USD.<br />
O efeito global do MADE<br />
A investigação da Roland Berger indica que a<br />
quota da eletrónica no conjunto do veículo BoM<br />
aumentará de cerca de 16% para o carro ICE para<br />
35% para o BEV, que inclui 12% da eletrónica do<br />
grupo motopropulsor. Estima-se que a quota de<br />
componentes semicondutores no âmbito da eletrónica<br />
BoM irá aumentar de ~25% para ~35%.<br />
Isto será impulsionado pela maior complexidade e<br />
maior integração de semicondutores, bem como<br />
por um aumento da eletrónica de potência mais<br />
cara (QUADRO III). ◆<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
127
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Fim dos motores a combustão<br />
Que impacto<br />
para as oficinas?<br />
A Comissão Europeia aprovou uma resolução que<br />
estabelece a proibição da venda de qualquer<br />
veículo com motor de combustão interna, quer<br />
sejam a gasolina ou a gasóleo, a partir de 2035.<br />
Será o fim da venda de todos os veículos novos<br />
que incorporem um motor de combustão interna,<br />
incluindo os híbridos convencionais (HEV) e os<br />
híbridos plug-in (PHEV)<br />
O<br />
objetivo é reduzir os níveis de<br />
emissões de dióxido de carbono<br />
para automóveis novos em 55%<br />
em 2030 e em 100% em 2035,<br />
o que significa que a partir desse<br />
ano todos os automóveis terão de ser obrigatoriamente<br />
elétricos (sejam a bateria ou pilha de<br />
combustível).<br />
Esta medida, que também implica o desaparecimento<br />
dos híbridos plug-in, está inserida no pacote<br />
legislativo denominado “Fit for 55” (ver pág. 78<br />
desta revista) que visa assegurar uma redução das<br />
emissões da União Europeia de 55% até 2030,<br />
relativamente aos níveis de 1990. É mais um passo<br />
determinante rumo à neutralidade carbónica até<br />
2050. De acordo com esta proposta da Comissão,<br />
“todos os automóveis novos registados a partir de<br />
2035 deverão ser de emissões zero”. Mas o que<br />
significa isso para o mercado pós-venda em geral,<br />
e para as oficinas de reparação em particular?<br />
A venda de automóveis elétricos pode estar a aumentar,<br />
mas ainda está abaixo de todas as vendas<br />
de automóveis novos, portanto, há um longo caminho<br />
a ser percorrido em menos de nove anos<br />
para permitir que todas as vendas de veículos novos<br />
sejam as dos veículos elétricos – para a indústria<br />
automóvel, para a infraestrutura elétrica nacional<br />
e para o público da indústria automóvel.<br />
aTé que ponto é realista?<br />
A adoção de veículos elétricos foi impulsionada<br />
por conveniência política, mas existem questões<br />
significativas com o impacto total do “início ao<br />
fim” dos veículos elétricos. Aqui estão somente<br />
alguns aspetos que precisam ser considerados: as<br />
questões ambientais e sociais da mineração de<br />
lítio e cobalto (por exemplo, o uso de trabalho<br />
infantil), a produção de baterias com os subprodutos<br />
perigosos associados, a capacidade de gerar e<br />
distribuir a eletricidade e a reciclagem das baterias<br />
no fim das suas vidas úteis. O problema na geração<br />
de eletricidade ainda não foi resolvido, já que as<br />
centrais elétricas existentes devem ser substituídas<br />
por parques eólicos, painéis solares ou centrais<br />
elétricas nucleares adicionais, onde todos criam<br />
os seus próprios problemas ambientais.<br />
Ainda mais problemático é a exigência em ter<br />
uma infraestrutura (dispendiosa) para distribuir<br />
a eletricidade nos locais onde os veículos elétricos<br />
devem ser carregados. As residências particulares<br />
com um veículo ainda exigirão subestações locais<br />
substanciais e conexões de cabo de energia adequadas,<br />
mas o problema real será os muitos condutores<br />
que só podem estacionar na rua ou em parques<br />
automóveis adjacentes a prédios residenciais.<br />
nAs estações de serviço de autoestrada deverão<br />
ser capazes de carregar centenas de veículos ao<br />
mesmo tempo, o que não só irá criar um desafio<br />
de abastecimento de energia, mas o carregamento<br />
rápido da bateria do veículo pode ser prejudicial<br />
ao seu desempenho a longo prazo.<br />
Visivelmente, existem muitos desafios a serem<br />
resolvidos nos próximos nove anos, muitos dos<br />
quais serão muito dispendiosos. Então, quais são<br />
provavelmente as questões principais para o mercado<br />
pós-venda quando os veículos elétricos se<br />
tornarem a “nova norma”?<br />
Como fica o mercado pós-venda?<br />
Existem perigos óbvios em relação às altas tensões<br />
das baterias, que exigirão investimentos em novas<br />
ferramentas e equipamentos de oficina, nenhum<br />
128 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
A adoção de veículos elétricos irá trazer<br />
mudanças significativas a vários níveis<br />
e também irá trazer novos desafios<br />
significativos, alguns dos quais pode exigir<br />
também novos requisitos para os modelos<br />
de negócios das oficinas independentes<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
129
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Há aspetos que estão fora do controlo da oficina<br />
e que irão impactar no seu negócio. O mais óbvio é os intervalos<br />
de manutenção alargados e o nível reduzido de trabalho<br />
que os veículos elétricos precisam<br />
dos quais deve ser particularmente problemático.<br />
Contudo, a formação técnica para os técnicos da<br />
oficina pode criar um problema de capacidade<br />
para os fornecedores de formação. Os requisitos<br />
de manutenção para veículos elétricos serão muito<br />
reduzidos, mas provavelmente haverá um aumento<br />
no número de veículos híbridos (com os seus<br />
motores de combustão interna) à medida que a<br />
realidade dos aspetos práticos na mudança para<br />
veículos 100% elétricos até 2030 se torne cada<br />
vez mais aparente.<br />
A adoção de veículos elétricos irá trazer mudanças<br />
significativas a vários níveis e também irá trazer<br />
novos desafios significativos, alguns dos quais pode<br />
exigir também novos requisitos para os modelos de<br />
negócios das oficinas independentes, bem como<br />
a adaptação dos seus técnicos à eletrónica de alta<br />
tensão. A expansão de veículos movidos a eletricidade<br />
chegou para ficar e a chave é perceber o que<br />
precisa de fazer e quando precisa de o fazer. Para<br />
a oficina, de uma perspetiva técnica, é sobretudo<br />
uma questão de competência que envolve ter o<br />
equipamento correto e as competências de um<br />
técnico. Trabalhar nos sistemas de alta tensão dos<br />
veículos elétricos impõe um dever de cuidado no<br />
negócio para assegurar que os técnicos não são solicitados<br />
para trabalhar em sistemas potencialmente<br />
letais sem o equipamento apropriado, proteção e<br />
níveis de competência.<br />
É necessário investimento<br />
Em primeiro lugar é necessário investir na formação<br />
dos técnicos que vão dar assistência aos veículos<br />
elétricos, pois a acreditação destes técnicos é<br />
obrigatória. A oficina pode adotar uma abordagem<br />
evolutiva ao investimento, começando com algum<br />
equipamento básico e depois com base nisto as<br />
ferramentas e o equipamento mais especializado<br />
o negócio desenvolve. Mas é conveniente que formação<br />
técnica se situe num nível elevado desde o<br />
início para certificar que o técnico entende completamente<br />
o funcionamento dos sistemas de veículos<br />
acionados eletricamente. Assim que a oficina tiver<br />
as competências então deve promover o serviço a<br />
clientes existentes que em algum momento serão<br />
proprietários de veículos híbridos ou elétricos, ou<br />
os que já o são, mas não sabem que podem utilizar<br />
os serviços da sua oficina de confiança.<br />
Há aspetos que estão fora do controlo da oficina<br />
e que irão impactar no seu negócio. O mais óbvio<br />
é os intervalos de manutenção alargados e o<br />
nível reduzido de trabalho que os VE precisam.<br />
Evidentemente, isto relaciona-se diretamente à<br />
ausência de componentes de motores em veículos<br />
totalmente acionados a eletricidade, mas mesmo se<br />
o desgaste dos pneus pode aumentar devido ao seu<br />
peso aumentado, os seus pneus duram mais tempo<br />
devido à captação de energia quando desacelera<br />
para recarregar a bateria. Os veículos elétricos irão<br />
requerer novas competências para reparações orientadas<br />
para eletricidade e eletrónica. Isto melhorará<br />
o perfil do técnico que deve ter conhecimentos de<br />
eletricidade, eletrónica e informática.<br />
Propriedade dos veículos<br />
A maior ameaça pode ser a questão do desenvolvimento<br />
de quem é o proprietário do veículo. A<br />
tendência crescente de contratos de leasing pessoal<br />
será provavelmente exacerbada pelo custo mais<br />
alto dos veículos elétricos, visto que esses contratos<br />
de leasing pessoal podem ajudar a evitar o<br />
impacto total do custo de capital da “mobilidade<br />
como um serviço”.<br />
Isto cria um duplo problema. Primeiro, é cada<br />
vez mais provável que o cliente da oficina seja um<br />
operador de frotas empresariais, portanto, pode ser<br />
preciso fazer parte de um consórcio mais amplo de<br />
oficinas independentes, que podem “lançar”, em<br />
conjunto, esse negócio de frotas empresariais. Mas,<br />
em segundo lugar, estes clientes empresariais irão<br />
reduzir os preços para se tornarem competitivos<br />
no seu setor de serviços de mobilidade, de modo<br />
que a oficina independente se torne eficientemente<br />
fundamental para se manter competitiva neste<br />
mercado em mudança.<br />
Além disso, a forma como estes veículos são fornecidos<br />
através de revendedores autorizados provavelmente<br />
mudará à medida que as vendas diretas dos<br />
fabricantes de veículos aos prestadores de serviços<br />
de mobilidade se desenvolvem. À medida que isto<br />
acontece, é mais provável que os revendedores autorizados<br />
se tornem pontos de serviço e reparação,<br />
e é aqui que a diferença entre os reparadores autorizados<br />
e os independentes se torna mais tênue.<br />
Ambos os tipos de oficina irão precisar de níveis de<br />
competência semelhantes e irão competir por estas<br />
oportunidades de serviço e manutenção.<br />
Isso traz outra mudança para a oficina independente,<br />
onde existirá uma necessidade crescente de<br />
relatórios de dados de gestão de negócios coordenados<br />
com os prestadores de serviços de mobilidade<br />
para permitir que trabalhem de forma eficiente<br />
com as oficinas com as quais têm acordos. Mas<br />
isto pode ser uma oportunidade para as oficinas<br />
independentes fornecerem serviços de reparação<br />
locais competitivos a estes novos operadores de<br />
mobilidade, mas apenas se a oficina for competente<br />
para o fazer. ◆<br />
130 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Conceito “Condutor - veículo - infraestrutura”<br />
Os segredos<br />
da condução autónoma<br />
A conetividade permite que os veículos sejam autónomos em qualquer<br />
situação. Isso tornará as nossas viagens mais seguras, mais rápidas,<br />
mais eficientes do ponto de vista energético e ainda mais agradáveis.<br />
Mas até que ponto é realista esta previsão de mobilidade futura?<br />
E qual é a probabilidade de ser realidade em poucas décadas?<br />
Toda a indústria, desde os fabricantes<br />
de automóveis, os seus fornecedores<br />
e prestadores de serviços, até às<br />
universidades técnicas e estudiosos<br />
do comportamento humano, estão<br />
a trabalhar arduamente para conseguir um alinhamento<br />
perfeito entre as funcionalidades dos<br />
Sistemas Avançados de Assistência à Condução<br />
(ADAS), os condutores e o entorno (infraestrutura)<br />
em que se desenvolvem. Um alinhamento<br />
que permitirá que os veículos circulem de forma<br />
totalmente autónoma, ou seja, sem depender do<br />
condutor, cujo papel mudará de “conduzir para<br />
controlar”. Um alinhamento que requer visão,<br />
tempo, paciência e bom planeamento de todas<br />
as etapas até chegar à implementação de uma<br />
condução completamente autónoma.<br />
Abordagem triangular<br />
Para aumentar os benefícios para a segurança rodoviária<br />
de ADAS, é necessária uma aproximação<br />
ou abordagem triangular que integre “condutor<br />
- veículo - infraestrutura”.<br />
O projeto de pesquisa, solicitado em 2020 pela<br />
Federação Internacional do Automóvel (FIA) e<br />
desenvolvido por um consórcio integrado pela<br />
consultoria Royal HaskoningDHV, TNO e a<br />
Universidade HAN de Ciências Aplicadas, proporcionou<br />
dicas muito importantes sobre melhorias<br />
necessárias em cada um dos lados do triângulo<br />
“Condutor – veículo – infraestrutura”.<br />
A pesquisa foi realizada com base numa seleção de<br />
seis ADAS e os seus resultados foram traduzidos<br />
em recomendações a nível regulamentar.<br />
Os seis ADAS selecionados são os seguintes: Autonomous<br />
Emergency Braking (AEB); Emergency<br />
Stop Signal (ESS); Intelligent Speed Assistance<br />
(ISA); Adaptive Cruise Control (ACC); Lane Keep<br />
Assist (LKA); e Drowsiness detection & Distraction<br />
recognition (DDDR).<br />
Nos parágrafos seguintes é apresentada uma seleção<br />
dos resultados mais importantes deste e estudo.<br />
Da condução convencional<br />
à condução autónoma<br />
Enquanto a atenção se concentra no nível mais<br />
elevado de automatização (veículos da categoria<br />
SAE 5), uma realidade da mobilidade parcialmente<br />
autónoma está a tornar-se cada vez mais<br />
presente, o que exige que os condutores aprendam<br />
a adaptar-se a ela e a utilizá-la com segurança.<br />
Porém, quanta atenção está a ser dada a esta fase<br />
de transição desde a condução convencional até a<br />
condução completamente automática? Enquanto<br />
aguardamos a evolução até à implantação da automatização<br />
plena, precisamos de garantir que os<br />
diferentes níveis de automatização parcial (SAE 1 a<br />
3) mantenham a segurança e contribuam para alcançar<br />
os objetivos e perspetivas estabelecidos, por<br />
exemplo “Visão Zero” e “Segurança Sustentável”.<br />
Segundo o Regulamento (UE) 2019/2144, muito<br />
em breve todos os novos modelos de automóveis<br />
serão equipados com uma variedade de ADAS,<br />
cujo principal objetivo é ajudar os condutores a<br />
132 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
conduzir com segurança. Até que ponto a segurança<br />
irá melhorar em cada nível depende de<br />
muitas condições que devem ser cumpridas para<br />
realizar todo o potencial da assistência ao condutor.<br />
São: a otimização técnica das funcionalidades<br />
dos ADAS, maior conhecimento por parte dos<br />
condutores, assim como infraestruturas preparadas<br />
para proporcionar apoio à segurança e conforto<br />
que fornecem as funcionalidades destes sistemas.<br />
Automatização parcial em análise<br />
As capacidades de cada sistema ADAS definem o<br />
modo e o nível de assistência que um sistema pode<br />
colocar no condutor na realização de determinadas<br />
tarefas de condução. Além das suas capacidades,<br />
é crucial compreender as limitações dos sistemas<br />
e o conceito de “Domínio de Design Operacional”<br />
(ODD) para poder estimar a sua contribuição<br />
para a segurança rodoviária. O ODD define as<br />
condições de operação para as quais foi especificamente<br />
projetado o funcionamento de um<br />
determinado sistema de condução autónoma, ou<br />
uma caraterística do mesmo, incluindo, mas não<br />
limitado a, condições ambientais, geográficas, de<br />
iluminação (dia/noite) e/ou presença ou ausência<br />
de determinadas caraterísticas do tráfego ou da<br />
estrada (SAE Internacional, 2018). Contudo, as<br />
informações que precisariam de ser comunicadas<br />
sobre as limitações dos ADAS selecionados para<br />
este estudo, não são fáceis de encontrar entre as<br />
informações fornecidas aos utilizadores. Esta falta<br />
de conhecimento sobre o ODD significa que<br />
nem os condutores nem as autoridades de trânsito<br />
têm uma visão geral (completa) das capacidades e<br />
limitações dos ADAS.<br />
Os sistemas do seu automóvel podem não funcionar<br />
devido a limitações de design (intrínsecas ao<br />
ODD) ou a avarias técnicas, que estão principalmente<br />
associadas a limitações dos seus sensores. O<br />
sensor de radar ACC pode não detetar veículos à<br />
frente, a câmara ISA pode não ler ou interpretar<br />
mal os sinais e a AEB pode não detetar pequenos<br />
objetos em movimento, como pedestres e ciclistas.<br />
Este estudo conclui que, incluindo os casos em<br />
que os sistemas não funcionam bem, os potenciais<br />
riscos para a segurança rodoviária podem<br />
ser evitados mediante informação adequada das<br />
eventuais situações de desconexão por segurança.<br />
Embora existam requisitos gerais de design baseados<br />
em relatórios da Comissão Europeia, os requisitos<br />
específicos para os sistemas concentram-se<br />
exclusivamente na comunicação de falhas ACC,<br />
mas não abordam outros sistemas.<br />
A maior parte dos utilizadores do ADAS não<br />
recebem formação sobre estes sistemas. Em vez<br />
disso, confiam nas informações que são fornecidas<br />
pelo concessionário de automóveis, no manual do<br />
utilizador do seu veículo, ou aplicam o método<br />
“tentativa e erro” para se familiarizarem com os<br />
ADAS. A qualidade destas vias de informação está<br />
longe de ser perfeita, o que implica que os condutores<br />
recebem informações e instruções incorretas<br />
e/ou incompletas.<br />
Manutenção dos sistemas ADAS<br />
Os ADAS devem ser incluídos nas revisões anuais<br />
em que é comprovada a segurança do veículo, se é<br />
apto para a circulação e as emissões dos gases de<br />
escape. Para que isto ocorra, o teste de funcionalidades<br />
dos ADAS devem ser factíveis, mensuráveis e<br />
verificáveis. Atualmente existem muitas incógnitas<br />
e incertezas: Os ADAS diferem significativamente<br />
entre os diferentes fabricantes em termos de nomes,<br />
funcionalidade, limitações etc. A funcionalidade<br />
dos ADAS poderia ser quantificada através<br />
da OBD, permitindo a sua identificação, avaliando<br />
o seu funcionamento correto e degradação. No<br />
entanto, atualmente isto não é possível devido à<br />
falta de dados para realizar o diagnóstico. Por esses<br />
motivos, é necessária uma abordagem específica,<br />
que avalie a sua manutenção, para o sistema ADAS<br />
de cada fabricante. Além disso, a calibração de<br />
sistemas está a tornar-se uma parte (extra) muito<br />
importante de sua manutenção. Além disso,<br />
considerando que a funcionalidade dos sistemas<br />
digitais não se degrada como os sistemas mecânicos,<br />
é necessária uma monitorização contínua<br />
do seu desempenho. No entanto, isso ainda não é<br />
obrigatório. A segurança durante toda a vida útil<br />
do veículo não pode, portanto, ser garantida. Por<br />
fim, o número crescente de ligações externas e a<br />
ligação direta entre os computadores e os sistemas<br />
de controlo dos ADAS, implica riscos de segurança<br />
cibernética.<br />
Infraestrutura<br />
preparada para os ADAS<br />
Em relação ao último lado do triângulo “condutor<br />
- veículo - infraestrutura”, há deficiências em<br />
termos da preparação do ambiente em que os<br />
ADAS operam. A falta de harmonização das infraestruturas<br />
na Europa, desde a sinalização até<br />
às marcações rodoviária, afeta a eficiência operacional<br />
dos ADAS, visto que os sistemas podem<br />
enfrentar condições das vias e situações de tráfego<br />
que estão fora de seu ODD. Estar bem preparado<br />
e fazer uma utilização segura da condução semiautónoma<br />
é, portanto, um primeiro passo necessário<br />
na estrada para a condução totalmente autónoma.<br />
Para alcançar o destino desejado, é necessário fazer<br />
muito mais progressos em todos os níveis.<br />
É necessário melhorar a precisão da comunicação<br />
sobre o funcionamento dos sistemas e as interrupções<br />
de segurança. Há muito a ser melhorado<br />
em relação à precisão e fiabilidade dos ADAS.<br />
Acreditamos que há uma necessidade urgente de<br />
padronização internacional para definir claramente<br />
que tipo de informações, sinais e mensagens,<br />
devem ser comunicadas ao condutor em caso de<br />
um sistema ADAS deixar de funcionar. Os manuais<br />
do utilizador dos veículos devem conter informações<br />
para os condutores sobre o que pode<br />
acontecer no caso de falha do sistema. É essencial<br />
fornecer explicações corretas aos utilizadores finais<br />
sobre as limitações e condições de funcionamento<br />
(ODD) dos sistemas para alcançar a contribuição<br />
esperada dos ADAS para a segurança rodoviária.<br />
O conhecimento sobre os ADAS e a forma de<br />
utilizá-los corretamente, deve ser parte integrante<br />
da formação para obter uma carta de condução e<br />
um pessoal responsável de vendas e distribuição<br />
de veículos, devidamente formado, deve educar<br />
melhor qualquer novo utilizador de ADAS para<br />
garantir um uso seguro desses sistemas.<br />
Procedimentos de avaliação<br />
mais acessíveis e precisos<br />
É importante ter uma avaliação acessível de segurança<br />
dos ADAS. Desta maneira, o seu correto<br />
funcionamento e a sua perda de desempenho ou<br />
degradação podem ser identificados e diagnosticados<br />
e o condutor pode ser avisado em caso de mau<br />
funcionamento. Também deve ser estabelecido um<br />
padrão claro para manter a garantia de vida dos<br />
ADAS (idealmente aplicado durante as revisões<br />
anuais, por exemplo, na ITV). Além disso, as diretivas<br />
de homologação atuais devem conter requisitos<br />
mais rigorosos, que devem ser atualizados com<br />
frequência. Todos os ADAS devem cumprir os<br />
mesmos padrões que determinam que o sistema<br />
é capaz e, o que é mais importante, aquilo de que<br />
o sistema não é capaz (funcionalidades uniformes).<br />
O desenvolvimento de um diagnóstico On-Board<br />
(OBD), que sirva para a reparação e manutenção<br />
dos ADAS e que seja harmonizado para todos<br />
os OEM, requer denominações uniformes para<br />
todos os sistemas. Assim, os fabricantes de veículos<br />
seriam obrigados a referir-se aos seus sistemas,<br />
utilizando os mesmos nomes acordados por todos.<br />
Os ADAS têm o potencial de trazer melhorias significativas<br />
em termos de segurança rodoviária, mas<br />
também é inegável que ainda há muito a fazer para<br />
transformar a visão de uma condução semiautónoma<br />
segura em uma realidade. Para ele, governos,<br />
institutos de investigação, fabricantes de veículos,<br />
fornecedores de serviços e operadores de infraestruturas,<br />
devem alinhar os seus esforços em torno<br />
de uma abordagem “condutor - veículo - infraestrutura”<br />
e estabelecer objetivos claros a curto e a<br />
longo prazo. ◆<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
133
MERCADO<br />
Empresa<br />
Top100<br />
Índice Empresas TOP 100<br />
Protagonistas do setor<br />
O AFTERMARKET NACIONAL É CONSTITUÍDO POR INÚMERAS EMPRESAS QUE OPERAM<br />
NOS SETORES DA DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS PARA VEÍCULOS LIGEIROS, PESADOS,<br />
EQUIPAMENTOS, REPINTURA E PNEUS. NAS PÁGINAS QUE SE SEGUEM, PASSAMOS EM<br />
REVISTA VÁRIOS PLAYERS QUE SE EVIDENCIARAM NO EXERCÍCIO DE 2020<br />
Estamos perante empresas que são<br />
referência no desempenho económico,<br />
financeiro e de gestão, por<br />
via do esforço para se manterem<br />
competitivas no contexto económico<br />
exigente de um mercado em transformação,<br />
com notório crescimento e, ao mesmo tempo,<br />
consolidação de resultados. Empresas que têm<br />
mantido altos padrões competitivos e que refletem<br />
a ousadia dos empresários e a clara aposta<br />
na inovação. O setor aftermarket possui empresas<br />
dinâmicas, financeiramente sólidas, que se afirmam<br />
pelas estratégias de inovação e capacidade<br />
de se reinventarem e adaptarem à nova realidade<br />
que a pandemia trouxe.<br />
É essencial salientar que os efeitos da crise não<br />
foram necessariamente negativos para a generalidade<br />
das empresas aftermarket. Contudo,<br />
exigiram uma enorme capacidade de adaptação<br />
da sua oferta, o que exigiu um esforço adicional<br />
na adaptação e resposta às necessidades do<br />
mercado, perante um cenário altamente volátil<br />
e nunca antes vivido. Seja para conseguir atingir<br />
resultados financeiros satisfatórios, mas também<br />
para a reorganização e aumento da eficiência e<br />
da produtividade interna.<br />
A pandemia que se iniciou em 2020 embargou<br />
muitos negócios, dada a incerteza do futuro, mas<br />
também veio, em definitivo, acelerar os processos<br />
nas organizações, principalmente ao nível da digitalização<br />
e transformação digital. Os grandes<br />
desafios do futuro para as empresas, passam pela<br />
permanente adaptação e acompanhamento da<br />
constante evolução tecnológica, da mudança<br />
drástica dos hábitos de consumo, das rotinas de<br />
trabalho, e da forçosa necessidade de as empresas<br />
serem mais eficientes que nunca, para conseguirem<br />
fazer face a todas estas mudanças.<br />
Mas o sucesso das empresas depende sempre da<br />
sua “qualidade interna”. E, nesse processo, as<br />
pessoas desempenham um papel fundamental.<br />
São elas as responsáveis pelo bom funcionamento<br />
das empresas e, por isso, têm de ser cada vez<br />
mais valorizadas, quer pelo seu profissionalismo,<br />
quer pelo empenho com que executam as suas<br />
funções. ◆<br />
134 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
ÍNDICE<br />
136 MCoutinho Peças<br />
138 Autozitânia<br />
140 Auto Delta<br />
142 Krautli Portugal<br />
144 Bombóleo<br />
146 bilstein group<br />
148 Leirilis<br />
150 Vieira & Freitas<br />
152 A. Vieira<br />
154 Romafe<br />
156 MF Pinto<br />
158 AleCarPeças<br />
160 Rodapeças<br />
162 APL Expresso<br />
164 Auto Recto<br />
166 Japopeças<br />
168 Phaarmpeças<br />
170 Filourém<br />
172 Francecar<br />
174 Polibaterias<br />
176 Neocom<br />
178 X-Action<br />
180 Motorbus<br />
182 Global Parts<br />
184 Diamantino Perpétua<br />
186 Vicauto<br />
188 Visoparts<br />
190 Lusilectra<br />
192 Bolas<br />
194 Cometil<br />
196 Cetrus<br />
198 Kroftools<br />
200 MGM<br />
202 Meganor<br />
204 LTintas<br />
206 Autoflex<br />
208 Impoeste<br />
210 Quimiregua<br />
212 Centrocor<br />
214 Mota & Pimenta<br />
216 Lovistin<br />
218 GravityPaint<br />
220 AB Tyres<br />
222 Dispnal<br />
224 Nex Tyres<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong><br />
135
Empresa<br />
Top100<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição ranking: 2º<br />
Volume faturação 2019: 2020:<br />
€51.705.000<br />
€47.876.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
MCOUTINHO PEÇAS / az auto<br />
MCoutinho Peças/ AZ Auto conta com um total de 52 marcas que<br />
disponibiliza ao mercado um alto nível de serviço. Atualmente a<br />
empresa, dispõe de 32 marcas OEM e 20 marcas IAM, configurando<br />
a maior oferta de um só fornecedor ao mercado. O modelo perseguido<br />
é o de “one stop shop”, onde o cliente consegue encontrar tudo o<br />
que pode precisar num só contacto e num só distribuidor. Segundo<br />
Miguel Melo, administrador da MCoutinho Peças / AZ Auto, uma<br />
coisa é certa “a oferta vai continuar a aumentar assente nos critérios<br />
de qualidade que foram seguidos até à data”. No capítulo das novas<br />
marcas, <strong>2021</strong> foi o ano em que começaram a comercializar a marca de<br />
lubrificantes ARAL “é a marca de lubrificantes que vem substituir os<br />
lubrificantes BP no mercado português. O facto da marca ser também<br />
ela detida pela BP e ser a marca número um na Alemanha, na venda<br />
de lubrificantes, faz com que a qualidade seja garantida à partida. A<br />
ARAL traz consigo mais referências e melhor tecnologia na produção<br />
de lubrificantes e só pode ser encontrada na MCoutinho Peças/ AZ<br />
Auto”. As novidades não ficam por aqui, segundo o Administrador,<br />
2022 “terá o lançamento de mais marcas e gamas, em particular no<br />
aftermarket”. Questionado pela TOP 100 sobre o desempenho da<br />
marca AZ Auto, num ano pouco comum, Miguel Melo não podia<br />
estar mais satisfeito “O desempenho da AZ Auto nos últimos anos tem<br />
sido acima do esperado. A AZ Auto, que foi totalmente integrada na<br />
MCoutinho Peças, continua a existir enquanto “Marca”. Trata-se do<br />
braço Aftermarket da MCoutinho Peças e, visto tratar-se de uma área<br />
de negócio que acreditamos ter especificidades distintas da MCoutinho<br />
Peças, mantém uma estrutura própria que gere a sua atividade, seja<br />
na área comercial, seja como por exemplo no Call Center e Gestão<br />
de Produto”, revelou. Para além da marca AZ Auto, faz parte integrante<br />
do catálogo da MCoutinho Peças a marca RINO que sofreu<br />
em <strong>2021</strong> uma repaginação na sua estrutura “Aquando da integração<br />
da rede de oficinas a 100% na estrutura da MCoutinho Peças, foram<br />
alteradas condições comerciais e os estatutos de permanência<br />
na rede, possuindo agora uma oferta altamente ajustada à realidade<br />
do mercado, com vantagens óbvias para os aderentes”, esclareceu<br />
Miguel Melo. Com uma estrutura que conta com mais de 22 anos<br />
de história, a MCoutinho Peças reforçou no último ano o seu apoio<br />
aos profissionais do setor com linhas de apoio técnico, “Através deste<br />
atendimento, garantimos que a identificação e o apoio no pedido das<br />
peças é máximo. A estrutura está assente em vários pilares sólidos,<br />
desde o acompanhamento dos clientes, passando pela gestão de marca<br />
e produto, desenvolvimentos tecnológicos e a logística de referência”,<br />
explicou o administrador. ◆<br />
Administrador<br />
Miguel Melo<br />
Morada<br />
Rua Filipa de Lencastre,<br />
4436 - 908 Rio Tinto<br />
Telefone<br />
229 772 000<br />
EMAIL<br />
mcoutinhopecas@mcoutinho.pt<br />
SITE<br />
www.mcoutinhopecas.pt<br />
136 Top 100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição ranking: 7º 2º<br />
Volume faturação 2019: 2020:<br />
€51.705.000<br />
€35.162.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
AUTOZITÂNIA<br />
ano <strong>2021</strong> fica marcado pela incorporação da Bragalis no Grupo<br />
O Autozitânia, que permitiu à empresa crescer a norte do país,<br />
complementar o portefólio com várias marcas premium e alcançar uma<br />
maior representatividade junto dos fornecedores, graças ao incremento<br />
do volume de negócios congregado. Por outro lado, a integração na<br />
AD Parts, o maior grupo aftermarket da Península Ibérica, trouxe,<br />
segundo Ricardo Venâncio, administrador da Autozitânia, “muitos<br />
benefícios ao nível do core business e dos vários serviços diferenciadores,<br />
que podemos oferecer aos parceiros”. Na última edição da<br />
expoMECÂNICA, o Grupo apresentou a nova identidade visual da<br />
Autozitânia e Bragalis, que irá acompanhar ambas as empresas a<br />
partir de agora. “Esta nova Identidade Visual permite criar a ligação<br />
e a associação entre as imagens de ambas as empresas que pertencem<br />
ao mesmo Grupo, e pretende também transmitir a ligação, união e<br />
cooperação entre a Autozitânia/Bragalis e os seus Parceiros”, explicou<br />
Ricardo Venâncio. Este responsável destaca o aumento do nível do<br />
apoio técnico, informação e formação. Sendo agora uma Entidade<br />
Formadora Certificada pela Direcção-Geral do Emprego e das Relações<br />
de Trabalho (DGERT), proporciona aos parceiros “formação<br />
profissional certificada de elevada qualidade”, sempre com o apoio<br />
do Grup Eina, que executa todo o plano de formação técnica. Atualmente,<br />
a Autozitânia oferece serviços que possibilitam uma melhor<br />
gestão diária dos negócios dos parceiros, nomeadamente ferramentas<br />
para o aumento de produtividade. Desde apoio técnico presencial,<br />
por telefone ou email, passando por ferramentas informáticas de<br />
gestão, portal de formação online, e formação presencial, a empresa<br />
ajuda os parceiros e respetivas oficinas a melhorar a gestão dos seus<br />
negócios. Recentemente incorporou as marcas Bosch e Castrol, que<br />
se juntaram à AD, Talosa e à Girling. Entre as novidades, destaque<br />
para o recentemente implementado programa de devoluções que<br />
aumenta a eficiência de todo este processo. O responsável entende<br />
que “o mercado de distribuição de peças automóvel em Portugal é<br />
extremamente competitivo e homogéneo, com muitas empresas a<br />
distribuírem as mesmas marcas” e acredita que “as exigências aos<br />
canais aftermarket vão tornar-se cada vez maiores”, pelo que “a capacidade<br />
de adaptação das empresas será essencial”. No que toca<br />
aos canais tradicionais de distribuição, o Grupo Autozitânia defende<br />
“a importância de todos os seus intervenientes”. Ricardo Venâncio<br />
recorda 2020 como um ano “altamente imprevisível, tendo a faturação<br />
oscilado entre mínimos e máximos históricos. Uma vez que grande<br />
parte do trabalho que efetuamos decorre a nível operacional e logístico,<br />
a gestão e a prestação de serviços tiveram uma atenção especial, que<br />
nos permitiu ultrapassar os momentos mais complicados”, concluiu. ◆<br />
Administradores<br />
Francisco Neves e Ricardo Venâncio<br />
Morada<br />
Av.ª das Acácias, Lote AE 2/3,<br />
Arroja, 1685 - 654 Famões<br />
Telefone<br />
214 789 100<br />
EMAIL<br />
vendas.odivelas@autozitania.pt<br />
SITE<br />
www.autozitania.pt<br />
138 Top 100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição ranking: 9º<br />
Posição ranking: 2º<br />
Volume faturação 2020:<br />
Volume faturação 2019:<br />
€28.947.000<br />
€51.705.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
AUTO DELTA<br />
Ano novo, instalações novas, era assim que a Auto Delta no início<br />
de <strong>2021</strong> programava começar o ano. Devido à pandemia e a<br />
outros atrasos calculados, as novas instalações ainda não se encontram<br />
a funcionar. Aliados à experiência do comércio de peças e acessórios<br />
automóveis há cerca de 43 anos, a empresa distingue-se por ser um<br />
dos principais players do mercado do aftermarket português. Para<br />
continuarem a crescer, as novas instalações vão dar a possibilidade à<br />
empresa de diversificar ainda mais a sua oferta. Centrados desde a<br />
sua criação em fazer mais e melhor, o ano de <strong>2021</strong> foi decisivo para<br />
ver a mais recente rede de oficinas CGA Car Service e Multi Oficina<br />
Service crescer. Marcelo Silva, Diretor Geral da Auto Delta, revelou à<br />
TOP100 como tem sido este crescimento “A adesão continua a correr<br />
muito favoravelmente tendo-se mesmo denotado um crescimento de<br />
interesse em ambas as redes bem como na resposta que lhe está associada.<br />
Neste momento contamos com cerca de 80 estabelecimentos<br />
aderentes que, mais que serem importantes para o negócio da Auto<br />
Delta, são-no para os seus retalhistas locais. A organização das redes<br />
CGA Car Service e Multi Oficina Service privilegia a relação oficina-<br />
-retalhista-distribuidor, permitindo que o elo intermédio desta cadeia,<br />
tantas vezes menosprezado, possa ganhar rentabilidade com a adesão<br />
dos seus clientes”. Na Auto Delta a diversificação do seu portfólio é<br />
uma constante. Como tal, em <strong>2021</strong> voltou a apostar na sua estratégia<br />
tradicional e foi nas marcas Delphi, Hepu, Brembo e Bilstein, que se<br />
muniram para enfrentar o difícil ano. Mas nem tudo são boas notícias,<br />
após a pandemia, vieram os efeitos da mesma, os fornecedores estão<br />
a ter algumas falhas de stock e têm prejudicado o negócio da empresa<br />
“Essa dificuldade é um facto e tem sido um fator mais complicado de<br />
eliminar no que toca à normalização da atividade comercial por parte<br />
de todos os players. A escassez de semicondutores e o encarecimento<br />
das matérias-primas é algo que parece ter vindo para ficar e cabe-nos<br />
dar a volta a essa situação”, revelou Marcelo Silva. Para fazer face a esta<br />
dificuldade, o diretor geral, explicou à TOP100 o que é necessário fazer<br />
“É necessário principalmente procurar alternativas de fornecimento<br />
onde as há, permitindo que os produtos cheguem onde é necessário:<br />
às oficinas de reparação automóvel. Depois, tivemos que realizar<br />
alguns ajustes face ao encarecimento de matérias-primas, fenómeno<br />
que se verifica em todos os elos da cadeia: desde o fabricante até ao<br />
reparador”. Apesar de todo o esforço e das várias ‘dores de cabeça’<br />
que a pandemia lhes trouxe, para a Auto Delta <strong>2021</strong> “é um ano em<br />
que as nossas expectativas são de obter um crescimento interessante,<br />
melhorando face a 2020 e respondendo de forma muito positiva face<br />
a um ano também ele complicado, fruto de mais um confinamento<br />
inesperado”, concluiu o Diretor Geral. ◆<br />
Administradores<br />
Armindo Romão e Catarina Luísa<br />
Morada<br />
Rua da Fontinha, 77, Andrinos,<br />
2416 – 905 Leiria<br />
Telefone<br />
244 830 070<br />
EMAIL<br />
geral@autodelta.pt<br />
SITE<br />
www.autodelta.pt<br />
140 Top 100 Aftermarket <strong>2021</strong>
®
Empresa<br />
Top100<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição ranking: 13º 2º<br />
Volume faturação 2019: 2020:<br />
€51.705.000<br />
€19.762.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
C<br />
M<br />
KRAUTLI PORTUGAL<br />
Krautli Portugal apresenta-se como uma «one stop shop» para<br />
A os operadores do retalho, exceção feita à colisão e aos pneus.<br />
As mais recentes incorporações são a gama Blaupunkt, a CTEK, os<br />
lubrificantes Lukoil e ainda uma linha complementar de embraiagens<br />
Borg & Beck. Contam com um novo elemento para liderar a Divisão de<br />
Lubrificantes e Produtos Químicos, uma área que representa 15% do<br />
volume das vendas da empresa. Segundo José Pires, administrador da<br />
Krautli Portugal, a pandemia levou a que todos tivessem que “«navegar<br />
à vista»” e lembrou-nos um grande ensinamento: “há uma coisa que<br />
nunca muda - a mudança, que é permanente. Ficou também provado<br />
que o «overservice» prestado nos serviços associados à logística é um<br />
desvio perverso e desnecessário do que seria adequado e causa custos<br />
enormes e desnecessários para as empresas”, defende. Felizmente,<br />
contas feitas, em termos de resultados a Krautli Portugal ficou “perto<br />
do que esperávamos antes do início da pandemia”. Já no que toca às<br />
atuais falhas de stock, José Pires teme repercussões duradouras. Com<br />
a crise dos semicondutores a poder prolongar-se até fim de 2022, as<br />
implicações no pós-venda podem ir além da “indisponibilidade atual<br />
de algumas peças”. Com o aumento das vendas dos veículos usados,<br />
a “adequação da distribuição de peças a um parque de evolução<br />
assíncrona é muito complicada”, argumenta, considerando que os<br />
fabricantes se irão focar no fornecimento ao primeiro equipamento,<br />
“ficando sempre o pós-venda para depois”, o que contribuirá – não<br />
só, mas também – para o aumento do preço das peças. A seu ver,<br />
o principal problema do aftermarket em Portugal é o facto de, na<br />
maioria dos casos, quem está à frente das empresas serem “excelentes<br />
operacionais, mas com carências relevantes no que diz respeito à gestão<br />
e à estratégia”. José Pires acredita que cada um dos protagonistas do<br />
mercado pós-venda “desempenha funções específicas na cadeia de<br />
distribuição, pelo que necessariamente têm de continuar a existir”,<br />
mesmo que alguns operadores assumam vários níveis na cadeia. Na<br />
«guerra» da fidelização dos clientes, ganha “quem se preparar melhor<br />
e fornecer o que o retalho e as oficinas realmente precisem, muito<br />
mais do que pelos preços”, afirma. Questionado sobre a possível perda<br />
de faturação causada pelo aparecimento dos veículos elétricos, José<br />
Pires entende que isto “não é líquido só porque os VE necessitam<br />
de menos manutenção. Haverá também novos serviços que irão ser<br />
prestados e que serão geradores de receita importantes no futuro. E,<br />
lembremos: a preponderância do parque de VE será muito limitada<br />
ainda por muito tempo”, afirma. A Krautli registou uma quebra nas<br />
vendas em 2020, mas <strong>2021</strong> denota uma recuperação, que ainda não<br />
chega aos níveis previstos para 2020. ◆<br />
Administradores<br />
Markus Krautli e José Pires<br />
Morada<br />
Parque Marinhas de D. Ana, Armazém 4<br />
2629 - 001 Póvoa de Sta. Iria<br />
Telefone<br />
219 535 600<br />
EMAIL<br />
contact@krautli.pt<br />
SITE<br />
www.krautli.pt<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
142 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
R<br />
PAIXÃO PELA QUALIDADE!<br />
Distribuímos marcas premium com elevado valor acrescentado,<br />
seleccionando os melhores fabricantes de peças e sistemas de equipamento original.<br />
Temos as soluções logísticas adequadas, a partir de armazéns em Lisboa e Porto.<br />
Disponibilizamos formação e ferramentas pós-venda para apoio dos nossos parceiros.
Empresa<br />
Top100<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição ranking: 14º 2º<br />
Volume faturação 2019: 2020:<br />
€51.705.000<br />
€19.046.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
BOMBÓLEO<br />
Em plena crise pandémica o grupo Bombóleo decidiu avançar com<br />
a abertura do polo logístico em Braga, assim como a abertura de<br />
um quarto polo logístico no Algarve. Este processo de investimento,<br />
que começou na remodelação das instalações, não só em Massamá,<br />
mas também no armazém do Porto, passando pela abertura dos polos<br />
logísticos em Braga e no Algarve, tem como objetivo fortalecer o<br />
grupo criando condições para um crescimento sustentável. “Com a<br />
remodelação das instalações, queremos aumentar a nossa capacidade<br />
de resposta em termos de área de formação, logística e call center. É<br />
realmente um investimento transversal a todas as áreas da empresa.<br />
Relativamente à abertura dos polos logísticos em Braga e no Algarve,<br />
o principal objetivo é claramente o de estar mais próximo dos nossos<br />
clientes destes dois importantíssimos distritos, e consequentemente<br />
aumentar a nossa quota de mercado”, refere Paulo Marques, administrador.<br />
Distribuidor da Magneti Marelli desde 2018, a Bombóleo<br />
iniciou no ano de 2019 uma nova fase após serem definidos novos<br />
requisitos por parte marca. “O balanço tem sido muito positivo, pois<br />
a marca tem conseguido afirmar-se com uma imagem forte, dotada<br />
de uma grande qualidade, tecnologia e dinamismo. Tem lançado<br />
novas gamas de produto, das quais destaco as mais recentes: válvulas<br />
EGR, bombas de água, elevadores de vidro, amortecedores e amortecedores<br />
de mala universais. É uma marca na qual estamos a investir<br />
para o futuro”, enaltece Paulo Marques. Relativamente à rede Bosch<br />
Car Service, na qual a Bombóleo tem forte ligação, o envolvimento<br />
tem sido a 100%. “A Bosch é o nosso principal parceiro de negócio<br />
e na rede Bosch Car Service estão os nossos principais clientes, pelo<br />
que a nossa entrega é total, quer à marca, quer à rede. No presente<br />
ano contribuímos com a nomeação de novas oficinas para a rede e<br />
com a abertura dos dois novos polos logísticos pretendemos reforçar<br />
este trabalho, já que investimos fortemente em stock desta marca,<br />
nestes polos. Trata-se de um trabalho continuado de muitos anos,<br />
com muito empenho e dedicação”, sublinha Paulo Marques. Todos<br />
os anos a Bombóleo tem um plano de formação para os seus clientes,<br />
que pelo efeito da pandemia esteve suspenso, mas está a contratar<br />
recursos humanos para a área da formação, que será uma grande<br />
aposta para o próximo ano 2022. “ O Grupo Bombóleo faz tudo o<br />
que estiver ao seu alcance para que o cliente se encontre satisfeito<br />
com os seus produtos e serviços. “Não temos nenhum segredo, mas<br />
apenas muito trabalho, dedicação, seriedade e prontidão dos nossos<br />
colaboradores para prestarmos um bom serviço e transmissão de<br />
confiança aos nossos clientes. Estes têm sido os pilares do Grupo há<br />
61 anos”, conclui Paulo Marques. ◆<br />
diretor geral<br />
Paulo Marques<br />
Morada<br />
Rua Sebastião e Silva, 28 Zona Industrial<br />
de Massamá 2745-838 Queluz<br />
Telefone<br />
214 389 600 / 09<br />
EMAIL<br />
bomboleo@bomboleo.com<br />
SITE<br />
www.bomboleo.com<br />
144 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
Posição ranking: 16º<br />
Volume faturação 2020:<br />
€16.506.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
bilstein group<br />
bilstein group não para de crescer, tendo recentemente expandido<br />
O a sua capacidade logística com a inauguração de um moderno<br />
centro logístico na Alemanha. Ainda este ano, cresceram como empresa<br />
internacional ao serem premiados pela TEMOT International<br />
GmbH na área de melhor fornecedor em “Cadeia de Distribuição”.<br />
Joaquim Candeias, diretor geral, explicou à TOP100 qual o segredo para<br />
conquistar um prémio de tão elevada importância “Importa reforçar<br />
que só foi possível graças a um dos aspetos mais valiosos que temos: o<br />
trabalho em equipa. Num ano tão desafiante para todos soube bem este<br />
reconhecimento”. Com uma equipa unida, Joaquim Candeias acredita<br />
que por este motivo e pela “capacidade de adaptação e flexibilidade na<br />
organização” foi possível atravessar a pandemia de Covid-19 com êxito.<br />
Ainda assim, o diretor geral não quis deixar de reforçar “Percebemos que,<br />
apesar de um cenário por vezes tão desanimador, sentimos que a nossa<br />
estrutura era, e é, tão forte que permitiu manter aspetos como o serviço<br />
ao cliente, e não só, quase intocáveis, o que nos foi trazendo também<br />
alguma confiança em cada passo dado ou decisão tomada. Quando<br />
temos a certeza que os alicerces são resistentes e que existe prontidão<br />
para reagir, conseguimos estar mais confiantes e esperançosos”, realçou.<br />
Foi também com o aparecimento da pandemia, que a empresa assumiu<br />
a necessidade de apostar nas redes sociais. Se até aqui já era algo que<br />
começavam a apostar para dinamizar o negócio, com o aparecimento da<br />
Covid-19 tornou-se essencial para a promoção e divulgação das marcas<br />
febi, SWAG e Blue Print. Para continuar a satisfazer o cliente e para que<br />
o decréscimo na faturação não fosse abismal, Joaquim Candeias, não<br />
reviu apenas a comunicação das marcas, viu-se obrigado a aumentar<br />
o investimento em stock “procurámos alternativas de abastecimento,<br />
para garantir a continuação do serviço atual. A nossa prioridade será<br />
sempre a qualidade do serviço e dos componentes que oferecemos aos<br />
nossos clientes”. Sempre de olhos postos no futuro para acompanhar<br />
a evolução de perto, a viragem do negócio do aftermarket não assusta<br />
Joaquim Candeias: “As ameaças só são perigosas ou danosas<br />
para quem não quer evoluir. Lembramo-nos, muitas vezes, que as<br />
ameaças nos apresentam imensos desafios e, sem dúvida que, apesar<br />
de poderem trazer dissabores, são sempre as melhores formas de<br />
aprender e de crescer”, ainda assim, apresenta-se cauteloso com o<br />
futuro do negócio face à integração dos elétricos e híbridos no parque<br />
automóvel: “Novamente, é importante encarar estas tendências com<br />
algum bom senso, de modo a que nos inteiremos das caraterísticas<br />
gerais e específicas que estas acarretam. Os veículos elétricos ou<br />
eletrificados podem efetivamente requerer menos manutenção, mas<br />
ao mesmo tempo, vão utilizar componentes muito mais complexos,<br />
com custos mais elevados, o que acaba por devolver as referidas<br />
compensações”, explicou. ◆<br />
diretor geral<br />
Joaquim Candeias<br />
Morada<br />
Estrada do Jerumelo, n.° 863<br />
2665-494 Venda do Pinheiro<br />
Telefone<br />
219 663 720<br />
EMAIL<br />
vendas@bilsteingroup.com<br />
SITE<br />
www.bilsteingroup.com<br />
146 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
Posição ranking: 21º<br />
Volume faturação 2020:<br />
€11.431.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
LEIRILIS<br />
Após 35 anos a laborar no mercado automóvel, a pandemia trouxe<br />
à Leirilis uma nova filosofia “É necessário antecipar as mudanças<br />
e estar preparado para responder rapidamente ao mercado. Para tal,<br />
há o foco na melhoria nas plataformas digitais, um contacto mais próximo<br />
do cliente e aposta na rede própria de distribuição, afirma Saulo<br />
Saco, diretor geral da Leirilis. Como tal, a constante evolução do setor<br />
automóvel aliado a um ano e meio de pandemia, levaram a Leirilis<br />
a duplicar a aposta nas marcas do seu portfólio “ a Leirilis destaca-se<br />
pela constante disponibilização de novos produtos, de forma a que<br />
oficina consiga num único local encontrar tudo o que necessita para<br />
desenvolver o seu negócio, como se de uma “loja do cidadão”, mas na<br />
área automóvel, se tratasse… Exemplo disso, está a preparar para este<br />
ano o alargamento da gama de motores de arranque e alternadores da<br />
marca própria Sacorge”. Para Saulo Saco, a simples venda de peças<br />
“não é suficiente, dado que a oficina procura um parceiro de negócio.<br />
Assim, esta aposta cada vez mais em serviços, disponibilizando desde<br />
software de orçamentação e informação técnica, assistência técnica até<br />
à formação, permite à oficina estar na vanguarda das mudanças que<br />
ocorrem no sector, bem como oferecer ao seu cliente um serviço mais<br />
assertivo”, explicou. “Apostar” é a palavra de ordem para Saulo Saco,<br />
como tal, apesar da crise pandémica, a Leirilis apostou na abertura<br />
de duas novas lojas, no Funchal e em Braga. Segundo o Diretor Geral<br />
esta aposta tem como base o objetivo da empresa em “consolidar a<br />
sua imagem no mercado, especialmente nas áreas de aberturas de<br />
lojas no ano transato, assim como aumentar e fortalecer as parcerias<br />
realizadas com as oficinas aderentes às suas redes oficinais”. Com os<br />
olhos postos no Futuro, Saulo Saco revelou à TOP 100 que a Leirilis<br />
já está a trabalhar na integração dos veículos elétricos no parque<br />
automóvel, ao “antecipar as necessidades do cliente e estar preparada<br />
para oferecer estes produtos e serviços e assim diferenciarem-se da<br />
concorrência”. Se há algo que Saulo Saco tem como certo na sua<br />
cabeça é o futuro do negócio “O negócio da distribuição de peças<br />
como o conhecemos não se irá manter por mais tempo, pois a oferta<br />
é superior à procura, além disso há ainda a tendência para reduzir<br />
a margem nas peças. Pelo que se torna imperativo e crítico para a<br />
sustentabilidade de qualquer negócio oferecer ao mercado produtos<br />
e serviços de valor acrescentado”, afirmou. Apesar de toda a crise<br />
pandémica, <strong>2021</strong> apresentou-se para a Leirilis “como um ano positivo<br />
em que alargarmos a nossa expansão geográfica, tendo ainda lançado<br />
um conceito oficinal ibérico, revelando uma grande adesão por parte<br />
do mercado”, concluiu o atual Diretor Geral. ◆<br />
Diretor geral<br />
Saulo Saco<br />
Morada<br />
Rua Paulo VI, nº 2800 – Edifício Leirilis –<br />
2410-147 Leirias<br />
Telefone<br />
244 850 080<br />
EMAIL<br />
leirilis@leirilis.comt<br />
SITE<br />
www.leirilis.com<br />
148 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Shareholder of
Top100<br />
Empresa<br />
Posição ranking: 23º<br />
Volume faturação 2020:<br />
€11.103.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
VIEIRA & FREITAS<br />
Com mais de 40 anos de experiência no setor automóvel, nem a<br />
longevidade preparou a Vieira & Freitas para os efeitos da crise<br />
pandémica no negócio. Felizmente, as negras previsões de março<br />
de 2020 não se fizeram sentir, e foram até “bem menores” do que o<br />
esperado, ainda que Paulo Torres, administrador da empresa, tema<br />
“algumas dificuldades que ainda estarão para vir”. Na crise sanitária,<br />
a Vieira & Freitas soube ser “resiliente” e deixou uma nota de<br />
confiança, com o responsável a garantir que “somos capazes de nos<br />
superar quando menos contamos”. Agora que - esperamos - o pior da<br />
pandemia já passou, são as falhas de stock que preocupam o mercado<br />
e Paulo Torres prevê que esta seja “uma dificuldade que está para<br />
ficar mais uns tempos”, e que, em último caso, provocará a perda de<br />
vendas. O responsável não acredita que os preços das peças subam além<br />
da inflação “que deverá aumentar por influência macroeconómica”.<br />
Sem solução à vista, aparenta estar a questão das devoluções: “temos<br />
de nos adaptar e assumir os custos que daí advêm”, diz o responsável.<br />
Paulo Torres analisa a crescente perda de margem na comercialização<br />
das peças de forma fria, dizendo que estas “são sempre culpa própria.<br />
É necessário maior rigor e não entrar em pânico ao ponto de trocar<br />
peças por dinheiro”. Para o administrador da Vieira & Freitas, “inovar<br />
e estabelecer parcerias de qualidade” é a forma de garantir a base do<br />
negócio pós-venda automóvel: o acesso à informação e aos dados. E,<br />
na sua opinião, não será o endurecimento da legislação em matéria<br />
de «segurança de componentes» que irá derrubar os distribuidores de<br />
aftermarket, “desde sempre constantemente atacados pelos fabricantes<br />
automóveis de forma a ser-lhes vedado o acesso a peças de qualidade”.<br />
Avaliando o mercado atual, Paulo Torres entende que a concentração<br />
do negócio da distribuição de peças “terá de ser analisada caso<br />
a caso”, uma vez que vê vantagens e também inconvenientes nesta<br />
evolução do negócio do aftermarket. O responsável considera que os<br />
canais de distribuição tradicionais já não são tão estanques como no<br />
passado, com as lojas online globais, os retalhistas e oficinas a aceder<br />
diretamente a fabricantes, sendo que “o primeiro a ter de se adaptar<br />
é o distribuidor” na forma tradicional que conhecemos. A seu ver,<br />
as maiores ameaças ao mercado pós-venda “são as legislações sobre<br />
emissões politicamente corretas, que estão a levar o parque a ser substituído<br />
por veículos elétricos que serão, a curto prazo, insustentáveis,<br />
e que provocarão graves problemas de equilíbrio de energia”. Para<br />
já, “o desempenho da Vieira & Freitas tem sido positivo. <strong>2021</strong> será<br />
como 2020 um ano positivo e de crescimento e será também um ano<br />
marcante na nossa história”, promete. ◆<br />
Administradores<br />
Paulo Torres e José Manuel Gomes<br />
Morada<br />
Rua Costa Soares, n.° 39,<br />
4700 – 001 Braga<br />
Telefone<br />
253 607 325<br />
EMAIL<br />
geral@vieirafreitas.pt<br />
SITE<br />
www.vieirafreitas.pt<br />
150 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
Posição ranking: 24º<br />
Volume faturação 2020:<br />
€10.086,00<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
A. VIEIRA<br />
Passado mais de um ano da entrada da A. Vieira no grupo TEMOT,<br />
o balanço só pode ser “bastante positivo, pois o grupo tem-nos<br />
criado várias oportunidades de negócio oferecendo uma maior gama<br />
de marcas aos nossos clientes. A parceria permitiu-nos aceder a fornecedores<br />
que antes não conseguíamos”, diz José Branco, administrador,<br />
que refere que deste modo a empresa colmatou lacunas no stock e<br />
melhorou o serviço aos clientes. Num setor que, em termos globais,<br />
soube aguentar bem a crise pandémica, o maior ensinamento que este<br />
difícil período trouxe à A. Vieira foi “a resiliência face aos imprevistos<br />
logísticos”. O administrador nota o problema do impacto do nível de<br />
custos e de recursos humanos das constantes devoluções e explica que<br />
têm tentado “fazer uma gestão criteriosa” e apostar na formação dos<br />
clientes. Para já, espera que as falhas de stock se normalizem a médio<br />
prazo, na medida em que estas acabam por ser frustrantes tanto para<br />
a empresa como para os clientes: “Para minimizar essas falhas compramos<br />
sempre que possível e na medida da disponibilidade dentro<br />
de outros fabricantes que trabalhamos” revela. José Branco acredita<br />
que a breve trecho vai ser preciso mexer nas tabelas de preços, “uma<br />
vez que as matérias primas também subiram”, mas defende que há<br />
que “criar «linhas vermelhas» no que concerne ao limite mínimo de<br />
comercialização para não pôr em risco a sustentabilidade da empresa,<br />
porque a perda de margem é muito preocupante”. Além disso, o<br />
administrador afirma que a empresa importadora de peças, fundada<br />
em 1974, terá que se “reinventar e aceitar os novos desafios que virão<br />
com os veículos elétricos”, estando atento às novas oportunidades<br />
de negócios. No que toca ao acesso à informação e aos dados, José<br />
Branco afirma que “temos juntamente com os nossos parceiros, fornecedores<br />
e associações, conseguido disponibilizar para os colaboradores<br />
e clientes o maior número de dados possíveis”, adaptando-se desta<br />
forma àquela que será a base do negócio pós-venda automóvel num<br />
futuro próximo. A A. Vieira antecipa um futuro com menos players,<br />
“que o mercado se encarregará de filtrar”. Ainda assim, parece ao<br />
responsável que a concentração de negócio, que é já uma realidade<br />
na Europa, “não se verifica no nosso país, nem se prevê que aconteça<br />
tão cedo”. Quanto aos atuais protagonistas do mercado pós-venda<br />
automóvel, José Branco é da opinião que, a curto prazo, fabricantes,<br />
distribuidores, retalhistas e oficinas irão manter-se como estão, embora<br />
já tenha “sinais de que a cadeia está a modificar-se”. Em 2020, a A.<br />
Vieira registou uma quebra de apenas 5%, e espera que os resultados<br />
de <strong>2021</strong> já sejam muito semelhantes aos de 2019. ◆<br />
Administradores<br />
José Branco e António Anjo<br />
Morada<br />
Av.ª D. Miguel, 250, Zona Industrial de<br />
Baguim do Monte, 4435 – 678 Rio Tinto<br />
Telefone<br />
229 773 410/1/2/3<br />
EMAIL<br />
avieira@avieirasa.pt<br />
SITE<br />
www.avieirasa.pt<br />
152 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição ranking: 26º 2º<br />
Volume faturação 2019: 2020:<br />
€51.705.000<br />
€10.028.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
ROMAFE<br />
No ano em que celebra o 75º aniversário, a Romafe decidiu investir<br />
forte em novas marcas e num novo armazém, tudo a pensar<br />
no setor automóvel, de forma a que o cliente olhe para a empresa<br />
como um fornecedor global, em crescimento contínuo. José Carvalho,<br />
administrador, salienta a parceria com a GlobalOne, “uma aliada<br />
que nos permitiu chegarmos às melhores marcas e obter uma rede<br />
de relacionamentos e conhecimentos muito valiosa, permitindo-nos<br />
também ganhar competitividade e ter mais argumentos no setor”. Em<br />
<strong>2021</strong>, a Romafe anunciou a comercialização da marca TRW, com<br />
produtos de travagem e, posteriormente, a Valeo, tendo criado ainda<br />
uma parceria com a TAB, de soluções de baterias. A empresa é ainda<br />
distribuidora exclusiva da marca de óleos Rowe, um desafio que o<br />
responsável classifica como “difícil. Estamos a falar de um mercado<br />
onde existe uma panóplia grande de opções e, por isso, é necessário<br />
que tenhamos fortes argumentos para obtermos quota de mercado.<br />
Acreditamos no potencial da marca e conhecemos a sua qualidade,<br />
ainda estamos só no início”, garante. A pandemia passou «ao de leve»<br />
pela Romafe que, segundo o administrador, “tem uma estrutura sólida<br />
e difícil de abalar. Foram meses de incerteza, mas hoje olhamos para<br />
o futuro com uma grande ambição”. Ainda assim, e mesmo tendo<br />
um stock muito diversificado e extenso, a empresa não conseguiu ficar<br />
de fora das limitações decorrentes da situação pandémica, vendo-se<br />
obrigada a analisar como conseguiria “agir sem prejudicar o cliente”.<br />
José Carvalho afirma que a Romafe “tem lutado contra o aumento de<br />
preços e não prevê aumentos. Contudo, é um fator que não está nas<br />
nossas mãos. Para que o mercado funcione, é necessário preservar e<br />
proteger todos os intervenientes. A preservação dos canais de vendas<br />
poderia ajudar a evitar a perda de margens”, defende. No entanto,<br />
revela que têm “sofrido com as políticas de outros distribuidores e<br />
marcas automóveis que ultrapassaram este canal e vendem diretamente<br />
às oficinas, esmagando as margens”. Sobre a concentração do negócio<br />
da distribuição de peças, considera que esta “obriga as empresas a<br />
diferenciarem-se. Esse tem sido o nosso objetivo: oferecer qualidade a<br />
preços competitivos, no tempo certo e respeitando as regras do mercado”.<br />
José Carvalho destaca o que distingue a Romafe neste meio é<br />
o facto de apenas vender à revenda e, internamente, a preocupação<br />
com os colaboradores, que “são o nosso ativo mais valioso”. Para a<br />
Romafe, 2022 será um ano de consolidação no mercado e a perspetiva<br />
é que seja um ano muito forte: “os nossos clientes podem esperar um<br />
fornecedor global, com serviço - stock elevado e transversal - que<br />
lhes irá permitir aumentar rentabilidade e competir contra todas as<br />
ameaças”, remata. ◆<br />
Administradores<br />
Mónica França, José Vaz e José Carvalho<br />
Morada<br />
Rua Eng. Ezequiel de Campos, 164-182 –<br />
4100-228 Porto<br />
Telefone<br />
226 158 300<br />
EMAIL<br />
romafe@romafe.com<br />
SITE<br />
www.romafe.com<br />
154 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
Posição ranking: 27º<br />
Volume faturação 2020:<br />
€9.407.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
C<br />
M<br />
MF PINTO<br />
MF Pinto, cuja principal área de negócio são os turbos e respetivos<br />
A componentes (assim como os equipamentos de reparação, calibração<br />
e formação), remodelou em 2020 as instalações na Abrunheira,<br />
contando agora com 2.000 m2 de capacidade de armazenamento e<br />
uma melhoria do serviço prestado. Foi criada uma área técnica para<br />
responder com maior celeridade às garantias, o que incrementou “a<br />
capacidade de resposta e a qualidade do serviço”, conta Jorge Costa,<br />
diretor geral da MF Pinto, para quem a loja na Maia também é<br />
“uma aposta ganha”. Apesar da conjuntura difícil, a exportação está<br />
atualmente a funcionar em linha com 2019, e a MF Pinto está ainda<br />
presente em Espanha com a Diesel Turbo Systems, que produz a<br />
marca DTS, “com um balanço claramente positivo”, pois permite<br />
otimizar recursos e aproveitar as sinergias que decorrem, por exemplo,<br />
do processo de importação comum, em certas marcas. A empresa tem<br />
vindo a diversificar o portefólio de marcas e linhas de produto e para<br />
2022 está prevista a incorporação de três novas gamas de produtos<br />
para “alavancar o negócio no mercado português”, adianta o diretor<br />
geral. Desde há dois anos que a empresa iniciou uma estratégia de<br />
diversificação de gamas que não dependam do tipo de motor, para<br />
compensar eventuais perdas de faturação que os veículos elétricos<br />
possam originar e “está a dar resultados. Encaramos a eletrificação<br />
como um desafio, pois quem não perceber o caminho a seguir corre<br />
o risco de desaparecer”, defende. Depois de um ano e meio de pandemia,<br />
os efeitos da crise foram “consideravelmente menores do que<br />
esperado”, para a MF Pinto e a situação só provou que “as empresas<br />
têm que ser dinâmicas e rápidas a ajustarem-se a novas realidades.<br />
Essa flexibilidade é essencial à sobrevivência do negócio”, afirma<br />
Jorge Costa, referindo-se ao desenvolvimento dos canais digitais. No<br />
âmbito do impacto das devoluções, que “pode facilmente ser um problema<br />
no setor”, entende que “é preciso haver regras bem definidas.<br />
Neste capítulo seguimos uma política bastante rigorosa”, comenta.<br />
Jorge Costa antevê a tendência para o aumento do preço das peças<br />
e sustenta uma “gestão rigorosa” para salvar muitas empresas da<br />
perda de margem, um dos maiores desafios do aftermarket nacional.<br />
Quanto ao mercado, é da opinião que “poderá haver uma coabitação<br />
pacífica regulamentada entre fabricantes de automóveis e aftermarket,<br />
onde todos possam ganhar”. O responsável da MF Pinto olha para o<br />
mercado nacional como um espaço “maduro, limitado e muito saturado”,<br />
afirmando que “há poucas empresas portuguesas que olham<br />
para outros mercados, é na exportação que contamos continuar a<br />
crescer. 2020 foi um bom ano para a empresa, crescemos dois dígitos<br />
e encaramos o futuro com otimismo”, finaliza. ◆<br />
Diretor geral<br />
Jorge Costa Pinto<br />
Morada<br />
Sintra Business Park Edifício 5<br />
armazém D Zona Industrial da Abrunheira<br />
Telefone<br />
214 251 740<br />
EMAIL<br />
info@mfpinto.com<br />
SITE<br />
www.mfpinto.com<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
156 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Diesel Injection Turbo Aftermarket<br />
MADRID / SEVILHA<br />
RÉUNION<br />
www.mfpinto.com<br />
Abrunheira (Sede): Sintra Business Park, Zona Industrial da Abrunheira | Edifício 5, Armazém D | 2710-089 Sintra<br />
Telefone: +351 21 4251740 /48 | Email: info@mfpinto.com<br />
Maia: Centro de Negócios da Maia, Rua Albino José Domingues, 611 – Sector IV, Z.I.da Maia | 4470-557 Moreira – Maia<br />
Telefone: +351 22 9436090 /98 | Email: infoporto@mfpinto.com
Empresa<br />
Top100<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição ranking: 28º 2º<br />
Volume faturação 2019: 2020:<br />
€51.705.000<br />
€9.317.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
C<br />
M<br />
ALECARPEÇAS<br />
Alecarpeças surgiu em 1982, ligada à distribuição de produtos<br />
A aftermarket automóvel de origem alemã e nunca mais parou<br />
de crescer até aos dias de hoje. Prova disso, foi a sua integração na<br />
Temot Internacional em 2020, decisão esta, que Pedro Rodrigues,<br />
Administrador da Alecarpeças, não poderia estar mais satisfeito “É<br />
um balanço extremamente positivo. Estamos muito satisfeitos com a<br />
evolução desta parceira, que vai muito para além do fortalecer das<br />
relações com os nossos fornecedores. Estamos ativamente envolvidos<br />
no desenvolvimento de soluções informáticas que serão importantes<br />
mais valias para o futuro da nossa operação. Para além destas valências,<br />
não é menos importante a partilha de experiências com membros do<br />
grupo de diferentes geografias que nos permite ter uma visão global<br />
do nosso ‘mundo’”. Para além desta aposta, a empresa preocupa-se<br />
em ter uma equipa forte e consolidada para responder às necessidades<br />
do mercado. Assim, atualmente, a Alecarpeças conta com 56 colaboradores,<br />
espalhados por uma área total de armazenagem de 2.000m2<br />
divididos entre Estoril, Maia e Lisboa. O que também continuou a<br />
crescer em <strong>2021</strong>, foi o portfólio da empresa. Às 45.000 referências<br />
em stock, que servem 1.000 clientes ativos, vieram juntar-se as marcas<br />
Hella, Delphi, BorgWarner e ERA. Para dar sempre uma melhor e<br />
mais rápida resposta ao cliente, a Alecarpeças continuou a investir na<br />
sua plataforma B2B, “O cliente tem dentro da nossa plataforma todas<br />
a ferramentas para identificar, comprar, registar devoluções, solicitar<br />
garantias e gerir a sua conta corrente. Na prática passa a ter uma<br />
autonomia funcional que aporta claras mais valias na relação com<br />
a nossa empresa”, referiu Pedro Rodrigues. A empresa conta atualmente<br />
com dez pessoas em full time no Call Center, que tem mais de<br />
1.000 interações diárias com clientes pelas mais diversas vias (telefone,<br />
email, Webchat, WhatsApp). Movidos pela força de serem um “fornecedor<br />
global” do aftermarket, nem a pandemia lhes tirou as forças.<br />
Pedro Rodrigues, revelou à TOP100 que atualmente estão a viver um<br />
problema maior, com a gestão de stocks, do que durante a própria<br />
pandemia. “Este é um facto novo que nos obriga a abordar de forma<br />
criativa a questão dos stocks. O departamento de compras e stocks está<br />
a trabalhar ativamente com os nossos fornecedores para monitorizar<br />
as falhas de fornecimento e encontrar alternativas”. ‘Alternativas’ foi<br />
uma das palavras de ordem para a Alecarpeças durante mais de ano<br />
e meio de pandemia, contudo, “foi possível crescer mais de 10% em<br />
2020. Para <strong>2021</strong> continuamos a ter uma perspetiva muito positiva,<br />
sendo que seguramente iremos crescer em relação a 2020”, afirmou<br />
o administrador. Embora ainda não tenha anunciado oficialmente, a<br />
empresa tem vindo a trabalhar no desenvolvimento e constituição de<br />
uma nova rede oficinal que brevemente irá lançar no mercado. ◆<br />
Administrador<br />
Pedro Rodrigues<br />
Morada<br />
Estrada de Manique, 1610,<br />
Armazém 2/3, 2645 - 550 Alcabideche<br />
Telefone<br />
214 602 465<br />
EMAIL<br />
geral@alecarpecas.pt<br />
SITE<br />
www.alecarpecas.pt<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
158 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
Posição ranking: 34º<br />
Volume faturação 2020:<br />
€8.383.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
RODAPEÇAS<br />
Rodapeças tem vindo a ampliar o portefólio de soluções para os<br />
A clientes, com produtos desde peças de reposição auto até ferramentas,<br />
equipamentos, consumíveis ou calçado técnico. A empresa<br />
distribui em exclusivo a marca PADOR que, nas palavras do administrador,<br />
Manuel Vicente, “é uma marca de sucesso, cuja aceitação<br />
tem sido muito superior às expetativas”. Também o Programa de<br />
Fidelização PADOR AUTOSERVICE tem tido “uma evolução muito<br />
favorável, contando com 60 aderentes”, revela. A Rodapeças terminou<br />
2020 em quebra, com o administrador a concluir que a pandemia<br />
trouxe grandes ensinamentos, como a “necessidade de termos as nossas<br />
estruturas muito bem preparadas para nos adaptarmos rapidamente<br />
a mudanças futuras. A gestão do negócio muito rigorosa e atempada,<br />
trouxe-nos alguma tranquilidade em momentos de grande incerteza”.<br />
Além disso, Manuel Vicente sublinha que “as pessoas fazem a diferença<br />
e a equipa foi fantástica”. No que toca ao impacto das devoluções, a<br />
empresa tem tentado mitigar este custo, trabalhando com as principais<br />
ferramentas digitais de identificação de peças para que a que é enviada<br />
seja a correta, havendo na empresa um funcionário responsável pelas<br />
devoluções. Quanto às eventuais falhas de stocks, tem apostado em<br />
reforçar as encomendas e considera que o aumento do preço das<br />
peças é inevitável, bem como a perda de margem, que vem exigir que<br />
se “vendam soluções e se encontrem produtos e canais alternativos”.<br />
Manuel Vicente é da opinião que o endurecimento da legislação em<br />
matéria da segurança dos componentes pode condicionar a atividade<br />
dos distribuidores de peças aftermarket “se não forem dadas ferramentas<br />
ao aftermarket para codificar essas peças”, avisando que se tal não<br />
for feito de forma regulada, “poderemos ter hackers a especializarem-<br />
-se nesta área e o mercado sofrerá com tal situação”. Já no que diz<br />
respeito à eletrificação do parque automóvel, o gerente afirma que<br />
“apesar de vendermos menos peças, o que vendermos também vai ser<br />
de valor acrescido. Temos de nos focar na venda de soluções. Todos os<br />
desafios que o aftermarket tem pela frente, encaramo-los como grandes<br />
oportunidades”. No entanto, Manuel Vicente preconiza uma cada vez<br />
menor separação entre o aftermarket e o mercado de peças originais:<br />
“Se nas peças de viaturas de combustão interna, os fabricantes até<br />
gostariam de ver alguns distribuidores a fazerem esse trabalho, já nas<br />
peças dos veículos elétricos, existirá uma tendência para controlar a<br />
cadeia de distribuição”. A seu ver, os canais de distribuição tradicional<br />
irão manter-se, “mas nem todos os players vão sobreviver. Só ficarão<br />
aqueles que conseguirem apresentar soluções de valor acrescentado<br />
aos seus clientes”, refere. Depois de uma ligeira quebra em 2020, a<br />
Rodapeças retoma os objetivos em <strong>2021</strong>. ◆<br />
Administradores<br />
Sandra Rosa, Pedro Rosa<br />
e Manuel Vicente<br />
Morada<br />
Rua da Tojeira, nº6, Cabeço<br />
3105-056 Carriço (Pombal<br />
Telefone<br />
236 959 3605<br />
EMAIL<br />
geral@rodapecas.com<br />
SITE<br />
www.rodapecas.com<br />
160 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição ranking: 2º<br />
Posição ranking: 38ºVolume<br />
Volume faturação 2019:<br />
faturação 2020: €5.383.000<br />
€51.705.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
APL EXPRESSO<br />
APL Expresso está integrada no grupo Create Business e não se<br />
A cansa de continuar a crescer nos Açores. Presente nos mercados<br />
do arquipélogo e da Grande Lisboa, <strong>2021</strong> foi o ano escolhido pela<br />
empresa para expandir o negócio em terras Açorianas. A nova loja<br />
tem cerca de 500 metros quadrados e distribuição à porta do cliente,<br />
várias vezes ao dia. Para Miguel Lopes, administrador da APL Expresso,<br />
esta novidade “Vem dar continuidade ao plano de expansão<br />
e de afirmação da APL como empresa Açoreana. Trazemos para a<br />
Terceira o mesmo modelo que temos vindo a implementar nas outras<br />
Ilhas, proximidade e foco no cliente profissional, tanto em termos de<br />
produto como nos serviços de valor acrescentado que a Create disponibiliza<br />
às oficinas”. Líderes no mercado Açoriano de distribuição de<br />
peças, para a empresa, continuar a marcar posição na ilha, é ponto<br />
assente. Com uma oferta cada vez mais alargada de linhas de produto,<br />
a APL Expresso destaca a sua marca própria, a Indieparts “ Tem sido<br />
excelente, muito por força da qualidade que exigimos na fabricação,<br />
não é uma marca de linha branca, mas sim uma marca própria com<br />
a qualidade que a Create já habituou o mercado oficinal. Temos neste<br />
momento dez linhas de produto das quais destaco os lubrificantes,<br />
baterias, escovas, turbos, máquinas elétricas, bombas e injetores diesel,<br />
entre outras”, acrescentou o Diretor. A presença da APL na região<br />
de Lisboa também não passa despercebida. Apesar da crise gerada<br />
pela pandemia de Covid-19, Miguel Lopes desde cedo que apostou<br />
em novas técnicas de gestão do negócio “Não ficámos parados à<br />
espera que a crise passasse, redefinimos prioridades, lançámos uma<br />
estratégia de resposta e avançámos. Este investimento na Terceira é<br />
fruto dessa estratégia, bem como Lisboa, digamos que foi uma fuga<br />
para a frente. Este ano já será de franco crescimento, acima dos anos<br />
pré-pandemia”. A perda de margem na comercialização das peças é<br />
algo que preocupa a empresa, para isso, a APL tem investido “numa<br />
logística mais eficiente, quer na compra, quer na distribuição ao cliente”,<br />
para o administrador o segredo passa por “Acrescentar valor à<br />
peça, através de serviços de valor acrescentado que o cliente valorize.<br />
O distribuidor tem de ser muito mais que um fornecedor de peças, tem<br />
de ser um fornecedor de soluções”. Para Miguel Lopes, a vantagem<br />
da empresa estar integrada no Grupo Create é uma mais valia para<br />
enfrentar este e outros problemas. Por isso, num presente próximo, é<br />
com eles que contam para fazer face a possíveis quebras no negócio<br />
na manutenção de veículos elétricos “Esses veículos consomem menos<br />
peças, mas consomem mais serviços e alguém tem de os disponibilizar<br />
ao mercado. Certamente que saberemos viver menos das peças e mais<br />
dos serviços, apenas temos de nos ir preparando e adaptando”. ◆<br />
Administradores<br />
Miguel Lopes e Vasco Lopes<br />
Morada<br />
Rua Cidade do Porto, Lote 2<br />
Zona Industrial de Frielasche<br />
Telefone<br />
214 350 937<br />
EMAIL<br />
aplexpresso@aplexpresso.net<br />
SITE<br />
www.createbusiness.pt<br />
162 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
Posição ranking: 40º<br />
Volume faturação 2020:<br />
€5.177.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
AUTO RECTO<br />
Auto Recto, durante o ano de 2020, conseguiu manter e<br />
A consolidar a sua posição como uma das empresas líderes de<br />
mercado no setor elétrico.<br />
Durante o ano transato, mesmo apesar das circunstâncias de incerteza<br />
provocadas pela pandemia, a firma conseguiu terminar o<br />
ano com saldo positivo.<br />
Foi distinguida como PME Líder 2020. Tratou-se do quarto ano<br />
consecutivo que a firma foi galardoada com este estatuto. De referir,<br />
de resto, em termos de distinções, que a empresa, durante dois<br />
anos, também já obteve o estatuto de PME Excelência.<br />
Relativamente à Plataforma B2B assumiu maior relevo, durante<br />
o ano, em termos percentuais, na faturação da empresa. Esta<br />
ferramenta criada há 5 anos atrás, tem assumido cada vez mais<br />
importância.<br />
Para além disso, a firma, durante o ano, conseguiu ter um stock de<br />
20.000 referências, 50 fornecedores, 1.500 clientes que compraram<br />
com regularidade e conseguiu uma média de 150 despachos por dia.<br />
Em termos de expetativas futuras, a empresa acredita que tem<br />
condições para fechar o ano <strong>2021</strong>, novamente, com saldo positivo<br />
comparativamente ao ano anterior e promete trabalhar arduamente<br />
para o efeito, tendo sempre como premissa servir os clientes Auto<br />
Recto da melhor maneira possível. ◆<br />
Administradores<br />
Alcino Ferreira de Sousa<br />
e Paulo Rodrigues<br />
Morada<br />
Rua Dr. Francisco Silva Pinto, 20-24,<br />
4435 - 403 Ermesinde<br />
Telefone<br />
225 363 920<br />
EMAIL<br />
gerencia@autorecto.com<br />
SITE<br />
www.autorecto.com<br />
164 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
Posição ranking: 50º<br />
Volume faturação 2020:<br />
€4.146.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
JAPOPEÇAS<br />
Japopeças está no mercado há 35 anos e não se lembra em<br />
A tempo algum de ter tantas falhas de stock como atualmente.<br />
Após um ano e meio de pandemia, Luís Almeida, Diretor Geral da<br />
Japopeças revelou à TOP 100 que o último ano lhes trouxe algumas<br />
preocupações “Efetivamente verificamos falhas de stock relevantes e<br />
temos sentido dificuldade em ultrapassar algumas roturas. Este facto<br />
tem um impacto direto nas nossas vendas ao mesmo tempo que significa<br />
uma menor taxa de serviço para o cliente”. Para fazer face às<br />
presentes dificuldades, a Japopeças aumentou o nível médio de stock<br />
permanente por forma a atenuar as falhas de stock que em circunstâncias<br />
normais, não aconteceriam com os valores de referência que<br />
trabalhava anteriormente. Esta escassez de produtos, levou a Japopeças<br />
a repensar o negócio. Como tal, para além do aumento de stocks,<br />
<strong>2021</strong> trouxe à empresa um novo desafio: o aumento dos preços das<br />
peças. O Diretor Geral apresentou-se pensativo sobre esta realidade<br />
“Independentemente do posicionamento do produto, premium ou<br />
outro, os preços das peças já aumentaram em 2020 e irão continuar<br />
a aumentar. O aumento do custo de matérias-primas, da produção,<br />
da logística e em particular do transporte (seja marítimo, aéreo ou<br />
terrestre) numa escala nunca antes vista em tão curto espaço de tempo<br />
terão necessariamente reflexo no preço dos produtos”. Ainda assim,<br />
baixar os braços não é opção, e a Japopeças já tem soluções para o que<br />
se avizinha. Luís Almeida revelou “A concorrência no mercado tem<br />
conduzido invariavelmente as empresas a esmagarem a sua margem<br />
de comercialização por forma a serem competitivas ao nível do preço.<br />
Não se altera esta situação, segue-se um caminho diferente que aposte<br />
na diferenciação através da qualidade superior do serviço prestado,<br />
investindo em novos processos e melhorando continuamente, prestando<br />
um serviço diferenciado e que acrescente valor”. A base do negócio<br />
do pós-venda automóvel está em constante evolução, no último ano<br />
e meio, estar perto do cliente passou a ser uma aventura. Para fazer<br />
face a este afastamento e fazer chegar mais rápido os produtos ao<br />
consumidor a empresa apostou em “novas bases de dados que são<br />
mais depuradas e sofisticadas oferecendo perfis de consumo, histórico<br />
de pesquisas entre outros recursos que poderão ter toda a utilidade<br />
para antecipar necessidades, tendências entre outros”, explicou o<br />
diretor geral. Entre remodelações e atualizações digitais, a empresa,<br />
revelou à TOP 100 que o último ano poderia ter corrido pior “2020<br />
fechamos o ano com 6% de crescimento face ao ano anterior. Para<br />
<strong>2021</strong> temos como prioridade manter o patamar atingido em 2020 e,<br />
se possível, alcançar um ligeiro crescimento”, concluiu. ◆<br />
Diretor geral<br />
Luís Almeida<br />
Morada<br />
Rua Manuel Pais Vieira Júnior, 139,<br />
Zona Industrial das Travessas,<br />
3700 – 309 São João da Madeira<br />
Telefone<br />
256 203 080<br />
EMAIL<br />
info@japopecas.pt<br />
SITE<br />
www.japopecas.pt<br />
166 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
Posição ranking: 52º<br />
Volume faturação 2020:<br />
€4.012.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
PHAARMPEÇAS<br />
Reconhecido como um dos principais retalhistas de peças automóvel<br />
do distrito de Viseu, a Phaarmpeças celebra este ano o 25º<br />
aniversário, com a mesma vitalidade e otimismo que o seu fundador<br />
Carlos Coelho tem sabido pôr em prática ao longo deste quarto de<br />
século. Apesar de ter adquirido já há alguns anos um imóvel para fazer<br />
uma nova sede, com mais espaço e melhores condições de trabalho, o<br />
projeto ficou parado devido à burocracia. Mas já está em negociação<br />
de um espaço maior, que vai permitir dispor de novas instalações<br />
à medida da dimensão da empresa que conta atualmente com 38<br />
funcionários e possui mais de 30.000 referências de 100 marcas de<br />
renome internacional. Possui uma variedade muito ampla de produtos<br />
para o automóvel, desde o pequeno o’ringue até às peças de valor<br />
muito elevado, contando com as principais marcas premium e também<br />
marcas de qualidade média, porque o mercado onde opera tem clientes<br />
para ambos os patamares. A empresa está sempre a acrescentar referências<br />
novas ou marcas que saiba que vão trazer valor acrescentado<br />
ao negócio. A intitulada “pharmácia do automóvel”, para além de<br />
disponibilizar peças das principais marcas do aftermarket, apostou na<br />
entrega direta ao cliente, no apoio técnico às oficinas e na formação<br />
técnica. O seu principal objetivo é fornecer um serviço de entrega<br />
direta e garantir o melhor apoio técnico pós-venda, com a missão de<br />
corresponder cada vez mais às necessidades dos seus clientes. Também<br />
proporciona aos seus funcionários vastas ações de formação, para assim<br />
conseguir um melhor atendimento. Esta empresa tem como principais<br />
valores a integridade, base das relações de confiança entre todos e<br />
a transparência, que cria harmonia entre o cliente e a empresa. A<br />
inovação e desenvolvimento são princípios igualmente patentes desde<br />
1996, que sustentam a necessária produtividade e rentabilidade da<br />
empresa. Atenta e ativa às mudanças do aftermarket, a Phaarmpeças<br />
continua a fazer o seu trabalho de adaptação para não ficar para trás,<br />
sempre assente na qualidade do serviço e dos produtos comercializados.<br />
De modo a fidelizar os clientes, a empresa aposta em várias vertentes:<br />
“Um programa de formação, bom atendimento e boa qualidade de<br />
produtos. Tudo aliado a uma grande proximidade com os clientes e<br />
sempre arranjando as melhores soluções para aos seus problemas”,<br />
adianta o administrador Carlos Coelho. “Vamos continuar a tentar<br />
ser os melhores, sabendo que há bons concorrentes na nossa região,<br />
mas continuarei a investir forte na qualidade das peças que comercializamos,<br />
na formação de excelência com a ATEC e na qualidade<br />
dos meus profissionais que são os melhores”, conclui. ◆<br />
Administrador<br />
Carlos Coelho<br />
Morada<br />
Avenida Tenente-Coronel Silva Simões,<br />
nº 129 - 3515-150 Abraveses, Viseu<br />
Telefone<br />
232 410 270<br />
EMAIL<br />
geral@phaarmpecas.pt<br />
SITE<br />
www.phaarmpecas.pt<br />
168 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
O futuro persegue-nos!<br />
SEDE: VISEU<br />
FILIAL 1: TONDELA<br />
FILIAL 2: OLIV. DE FRADES<br />
Desde 1996<br />
A P H A R M Á C I A D O A U T O M Ó V E L ! ! !<br />
www.phaarmpecas.pt 232 410 270 geral@phaarmpecas.pt
Empresa<br />
Top100<br />
Posição ranking: 62º<br />
Volume faturação 2020:<br />
€3.467.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
FILOURÉM<br />
Perto de completar 20 anos, a empresa familiar especialista em<br />
material de qualidade original ou equivalente para veículos ligeiros,<br />
tem acompanhado o decorrer dos tempos e reforçou a aposta<br />
na comunicação online, com “um saldo muito positivo”, no entender<br />
do gerente da Filourém, Carlos Gonçalves. Ainda que o contacto presencial<br />
continue a ser fundamental para ter um vínculo com clientes<br />
e fornecedores, os meios digitais agilizam diversos processos, afirma.<br />
Distribuidora exclusiva da Original Birth e Japko, a Filourém admite<br />
que existe ainda “muito potencial e espaço para trabalhar” com estes<br />
parceiros, até porque “caso não acreditássemos nesse crescimento,<br />
não seriam duas das nossas mais relevantes marcas”. Entre as mais<br />
recentes incorporações no portefólio, nota para a INA e a BERU, com<br />
“outras marcas premium na calha, estando algumas em negociações<br />
avançadas”, revela. Perante a pandemia, a Filourém não baixou as<br />
vendas, e “continua a trabalhar e a tentar crescer de forma sustentada,<br />
mas a curva de crescimento abrandou um pouco”, tendo ficado<br />
bem claro para o gerente, durante este período, que neste negócio,<br />
“há valores inegociáveis: as vendas são sempre uma referência, mas<br />
a honestidade, a transparência e a vida saíram reforçadas”. Sobre as<br />
maiores dificuldades atuais, Carlos Gonçalves aponta o impacto das<br />
devoluções e ainda das falhas de stock, que define como “um flagelo<br />
geral e transversal no nosso setor”, o que tem levado a “adaptações<br />
e alterações na forma como gerimos o nosso stock” e à “procura de<br />
outras alternativas no mercado, como a realização de mais encomendas<br />
e com maior frequência”. Sobre as leis mais apertadas em matéria<br />
da segurança dos componentes, Carlos Gonçalves não hesita: “A segurança<br />
é fundamental para todos e a tecnologia ajuda muito nesse<br />
sentido. Desde que a legislação seja clara e aplicável por e para todos,<br />
o aftermarket terá que se adaptar”, diz, acreditando que há espaço<br />
no mercado para todos, tanto marcas de origem, como mercado independente.<br />
Já a concentração do negócio da distribuição de peças é<br />
um “fenómeno que está em marcha e vão continuar a aparecer novos<br />
grupos. Havendo prós e contras, é algo que julgamos inevitável e poderá<br />
ser prejudicial a quem se recusar a constituir ou aderir aos mesmos”.<br />
O segredo, considera, será “estarmos atualizados e interpretar os sinais<br />
que o próprio mercado nos vai dando”. Os canais de distribuição terão,<br />
na sua opinião, de se “ajustar e redimensionar, sob pena de alguém<br />
na cadeia perder preponderância”. Depois de um 2020 que “foi um<br />
verdadeiro teste à resiliência, superação e capacidade de trabalho”<br />
das empresas, para <strong>2021</strong> “as expetativas são as melhores, numa lógica<br />
de desenvolvimento, de crescimento e de pensamento positivo”. ◆<br />
Administradores<br />
Carlos Gonçalves e Alzira Reis<br />
Morada<br />
Rua do Ribeirinho, n.° 90,<br />
Apartado 158, 2494 - 909 Ourém<br />
Telefone<br />
249 541 244<br />
EMAIL<br />
geral@filourem.com<br />
SITE<br />
www.filourem.com<br />
170 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
Posição ranking: 73º<br />
Volume faturação 2020:<br />
€3.003.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
C<br />
M<br />
FRaNCECAR<br />
Francecar é responsável pela integração de várias oficinas nos<br />
A conceitos “A Oficina” e “Auto-Check Center”. No entender de<br />
João Carvalho, gerente da empresa, estes tornam-se “parceiros de<br />
negócio muito importantes para a Francecar, porque ao acreditarem<br />
e confiarem em nós ao ponto de entrarem para as nossas redes<br />
obrigam-nos a fazer mais e melhor para os ajudar a desenvolver o<br />
seu negócio”. O mercado tem vindo a mostrar boa recetividade à<br />
marca própria Indieparts, uma marca com garantia «Create», pelo<br />
que a empresa está a alargar as linhas de produto para melhorar<br />
a oferta neste âmbito. No que toca às restantes marcas comercializadas,<br />
a Valvoline e a Sachs foram as mais recentes incorporações<br />
no portefólio. A empresa aposta em campanhas, ações de formação<br />
com componente online, apoio técnico e novas rotas de distribuição<br />
para estar ao lado dos clientes, mesmo em tempo de pandemia. João<br />
Carvalho conta que os efeitos da crise para o negócio da Francecar<br />
foram os que anteciparam e que a pandemia trouxe a capacidade<br />
de reorganização e prevenção de novas crises. Sobre o impacto das<br />
devoluções, o responsável comenta que este é um aspeto que “dificilmente<br />
se consegue controlar”, ao passo que as falhas de stock são um<br />
desafio que se pode contornar “com mais do que um fornecedor para<br />
a mesma linha de produto e criando stocks prevendo a necessidade e<br />
a escassez do produto”. Num futuro próximo, João Carvalho antevê<br />
o aumento dos preços das peças, “devido ao aumento da necessidade<br />
e escassez do produto, assim como os custos logísticos”, de forma que<br />
a perda de margem só pode ser evitada “tentando ser mais eficientes<br />
nos nossos processos”. Com o endurecimento da legislação em matéria<br />
da “segurança dos componentes”, a homologação de peças de<br />
substituição pode aumentar, designadamente para o sistema ADAS. O<br />
gerente da Francecar considera que os distribuidores se devem adaptar<br />
à situação para não verem a sua atividade condicionada. No âmbito<br />
do acesso à informação e aos dados, João Carvalho assegura que é<br />
graças ao apoio da CreateBusiness que a empresa se irá enquadrar<br />
nesta nova realidade. O mesmo defende que é a credibilidade que<br />
dita quem irá ganhar a «guerra» entre as marcas de origem e as de<br />
aftermarket, uma vez que acredita que “tudo depende da confiança<br />
e fidelização que conseguimos transmitir aos clientes”. Face ao aparecimento<br />
dos veículos elétricos, João Carvalho prevê que o negócio<br />
“irá sofrer perdas, que terão de ser compensadas com serviços de valor<br />
acrescentado”; no entanto, esta é uma “oportunidade de conhecimento<br />
mais especializado, que não estará ao alcance de todos”. A concluir,<br />
João Carvalho revela que “atendendo à pandemia e prevendo como<br />
todos, uma retração do negócio, o desempenho em 2020 foi aceitável,<br />
sendo que em <strong>2021</strong> se mantém acima das expetativas”. ◆<br />
Gerente<br />
João Carvalho<br />
Morada<br />
Lugar da Manhosa, Pavilhão 11, E.N.231 –<br />
Ranhados 3500-631 Viseu<br />
Telefone<br />
232 436 243<br />
EMAIL<br />
francecar@createbusiness.pt<br />
SITE<br />
www.createbusiness.pt<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
172 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
y FRANCECAR
Empresa<br />
Top100<br />
Posição ranking: 75º<br />
Volume faturação 2020:<br />
€2.956.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
C<br />
M<br />
POLIBATERIAS<br />
comemorar 25 anos de atividade no retalho de peças, a Polibaterias<br />
tem uma cultura de servir bem o cliente, e, como o<br />
A<br />
prefixo do nome da empresa indica, pretende ter todas as soluções em<br />
energia acumulada para poder dar resposta aos parceiros. O negócio,<br />
que inicialmente era apenas local e regional, foi crescendo e levou<br />
à representação da FIAMM, bem como à distribuição nacional e<br />
alguma exportação, sustentado num crescimento considerável ano<br />
após ano. A parceria com a FIAMM tem já mais de 10 anos e ambas<br />
as empresas desenvolveram a marca no continente, ilhas e PALOP.<br />
“Vemos hoje com satisfação a notoriedade que a marca alcançou<br />
devido a esta sólida ligação e a um trabalho feito com rigor e profissionalismo.<br />
Temos um produto de referência, pois as gamas premium<br />
da FIAMM são fabricadas e possuem a mesma tecnologia das baterias<br />
aplicadas pela marca no mercado original”, explica o diretor geral,<br />
Nuno Guerra. Segundo o responsável, apesar de o mercado estar a<br />
recuperar da crise causada pela pandemia “o vigor e resiliência do<br />
aftermarket português, aliados a um produto que acaba por ser de<br />
1ª necessidade quando estamos a falar de peças automóveis, fez com<br />
que essa mesma crise não se acentuasse em demasia” no negócio<br />
das baterias. No futuro, prevê que continue a existir primazia das<br />
baterias convencionais (chumbo ácidas) em virtude “do exagerado<br />
envelhecimento do nosso parque automóvel. As baterias para sistemas<br />
start-stop mantêm ainda um crescimento consistente, mas ainda longe<br />
dos valores pretendidos”, representando 10% das vendas globais de<br />
baterias de arranque na empresa. Nuno Guerra afirma que as baterias<br />
são “um produto com poucas alterações, no entanto, os sistemas<br />
start-stop e os veículos híbridos vieram intensificar a necessidade de<br />
baterias com maior resistência a ciclos e maior disponibilidade de<br />
potência. Já para os veículos elétricos existe ainda uma possibilidade<br />
muito grande de desenvolvimento de baterias, ou de tecnologias, como<br />
sejam o lítio e o hidrogénio”. Cientes das dificuldades deste mercado,<br />
a Polibaterias continuará a apostar nos distribuidores e na formação<br />
como fundamentais para o crescimento futuro, sempre com um olhar<br />
atento a novas tecnologias e oportunidades de negócio nesta área.<br />
Utilizam as campanhas de marketing e merchandising para manter e<br />
incrementar o «brand awareness», procurando também estar presentes<br />
em eventos de caráter desportivo e social, como o Almada Extreme<br />
Sprint. Depois de um 2020 “de grandes preocupações”, mas com<br />
um crescimento de 9% em relação a 2019, <strong>2021</strong> está a ser “também<br />
um ano desafiante, mas julgamos ser possível terminar de novo com<br />
resultados animadores”, afirma o diretor-geral da Polibaterias. ◆<br />
Diretor geral<br />
Nuno Guerra<br />
Morada<br />
Rua Quinta das Rosas, n.° 13, Zona<br />
Industrial do Casal do Marco, 2840 - 131<br />
Aldeia de Paio Pires (Seixal<br />
Telefone<br />
212 240 931 / 212 699 223<br />
EMAIL<br />
geral@polibaterias.com<br />
SITE<br />
www.polibaterias.com<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
174 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
TITANIUM.<br />
A EXPERIÊNCIA DA FIAMM<br />
AO SERVIÇO DO SEU AUTOMÓVEL.<br />
A FIAMM é a escolha de qualidade para o equipamento original dos fabricantes de automóveis<br />
mais importantes do mundo: a partir dessa experiência nasce um produto 100% italiano,<br />
que garante a máxima fiabilidade, mesmo no mercado de Aftermarket. As baterias da linha<br />
TITANIUM garantem alta potência para as necessidades de energia dos carros mais modernos,<br />
não precisam de manutenção e permitem uma fácil verificação do nível de carga graças<br />
ao sistema Check Control (Olho Mágico).<br />
www.polibaterias.com<br />
geral@polibaterias.com<br />
www.fiamm.com
Empresa<br />
Top100<br />
Posição ranking: 80º<br />
Volume faturação 2020:<br />
€ 2.734.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
NEOCOM<br />
Neocom é uma empresa especializada na reconstrução de direções<br />
assistidas, transmissões e juntas homocinéticas, tendo<br />
A<br />
recentemente adquirido um importante equipamento de teste de<br />
direções elétricas. Deste modo consegue garantir uma reconstrução<br />
rigorosa e fiável das caixas de direção elétricas que comercializa. O<br />
mercado tem vindo a pedir, cada vez mais, produtos reconstruídos<br />
com qualidade e a Neocom prepara-se para responder a esta necessidade<br />
aumentando a sua capacidade de produção. Mas também está<br />
a apostar na venda de peças novas originais, para poder proporcionar<br />
mais uma alternativa aos clientes, sempre com preços base inferior às<br />
peças de origem dos fabricantes. A Neocom é a única empresa deste<br />
setor que vende apenas para o retalho, enquanto a maior parte da<br />
concorrência tem balcões de venda direta às oficinas. “Esta é a nossa<br />
política, pois respeitamos os nossos clientes retalhistas e não queremos<br />
vender diretamente às oficinas, nem temos estrutura para o fazer”,<br />
diz Carlos Abade, gerente. Maior dificuldade tem este responsável<br />
na contratação de técnicos para o trabalho de reconstrução de componentes.<br />
A solução tem sido dar formação aos novos técnicos, de<br />
modo a ficarem habilitados a reconstruir qualquer tipo de caixa de<br />
direção ou transmissões. Nos últimos tempos a empresa tem vindo a<br />
investir na melhoria da imagem e das condições de trabalho dos mais<br />
de vinte colaboradores que atualmente trabalham nas instalações de<br />
Aveiro. Todo o edifício foi remodelado no exterior e internamente a<br />
zona de produção e administrativa tiveram obras de melhoramento.<br />
O forte investimento foi necessário devido ao processo de Certificação<br />
da empresa, que já está em curso e que exige uma reorganização<br />
interna, a nível de procedimentos de trabalho e gestão de stocks. A<br />
maioria das encomendas são ainda feitas pelo telefone, num processo<br />
que será para manter, pois trata-se de um produto muito técnico, que<br />
requer esclarecimentos e uma análise criteriosa sobre a peça pedida.<br />
“É importante que o cliente fale connosco, pois mantém-nos mais<br />
próximos e temos oportunidade de esclarecer dúvidas, em relação à<br />
peça ou à sua instalação, porque ele sabe que somos especialistas e<br />
vamos ajudá-lo a resolver o seu problema”, diz Carlos Abade. Para<br />
este responsável “O facto das vendas das viaturas novas terem vindo<br />
a diminuir por falta de poder de compra, os clientes recorrem mais<br />
ás reparações das viaturas e então a primeira opção de reparação é o<br />
mais económico, recorrendo cada vez mais ás peças reconstruídas”.<br />
Sendo um dos principais players do mercado de distribuição de peças<br />
auto em Portugal, a Neocom não quer perder essa postura e estatuto,<br />
mas respeitando sempre os valores do mercado, enquanto reforça os<br />
elos de ligação com os clientes retalhistas. ◆<br />
Gerentes<br />
Carlos Abade e Rosa Malta<br />
Morada<br />
Rua da Taboeira, Armazém n.° 1, Zona<br />
Industrial da Taboeira 3800 - 266 Aveiro<br />
Telefone<br />
234 302 150<br />
EMAIL<br />
neocomaveiro@neocom.pt<br />
SITE<br />
www.neocom.pt<br />
176 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
Posição ranking: 81º<br />
Volume faturação 2020:<br />
€ €2.728.000<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
X-ACTION<br />
Constituída por três sócios, com a sede em Coimbra e lojas em<br />
Condeixa e Lousã, a X-Action tem atualmente 27 colaboradores e<br />
serve uma rede superior a 300 clientes ativos em Coimbra e arredores,<br />
disponibilizando mais de 40.000 referências em stock. A “X”, como<br />
carinhosamente é conhecida a empresa de Ponte de Eiras pelos seus<br />
parceiros / fornecedores, tem nos valores humanos um dos seus maiores<br />
pilares. No mercado desde 2009, é um distribuidor reconhecido<br />
pela qualidade das marcas que comercializa, e que adquire quer no<br />
mercado nacional, quer no mercado europeu, nomeadamente a marca<br />
francesa de lubrificantes Kennol que continua a ter uma excelente<br />
aceitação por parte dos clientes. A empresa aposta em horários fixos<br />
de entregas para que os clientes possam também eles organizar o<br />
trabalho sem sobressaltos. Disponibiliza uma webshop, para que à<br />
distância de um click possam colocar as suas encomendas. Durante<br />
o período da pandemia a X-Action manteve-se sempre a funcionar,<br />
apesar da quebra significativa de vendas durante os meses de Março,<br />
Abril e Maio. “Tentámos sempre ter uma atitude construtiva perante<br />
os nossos clientes, tentando dentro do possível ajudá-los a adaptarem-<br />
-se a esta nova condição. O objetivo foi sempre manter o mercado em<br />
funcionamento cumprindo escrupulosamente as regras sanitárias que<br />
iam sendo impostas”, refere Filipe Teixeira, sócio gerente da X-Action.<br />
Ao fim de todo este tempo de pandemia faz um balanço ainda assim<br />
positivo: “Fomos obrigados a alterar processos, e a controlar stocks e<br />
tesouraria com ainda mais cuidado, mas continuámos a prestar sempre<br />
os nossos serviços ao cliente. Os stocks são mesmo um problema que<br />
se foi agravando com o decorrer da pandemia, uma vez que foram<br />
começando a faltar ao nível dos fabricantes, obrigando-nos a geri-<br />
-los com a máxima atenção. Claro que tudo isto tem um impacto<br />
significativo no futuro do preço das peças no geral e em particular das<br />
marcas premium. Começamos a receber preçários com atualizações de<br />
preços com muito mais frequência do que antes do Covid.” Assim que<br />
foi possível, a X-Action voltou a realizar formações presenciais. Em<br />
alternativa tem disponibilizado apoio técnico especializado sempre que<br />
os clientes solicitam e a possibilidade de se inscreverem em formações<br />
técnicas on-line, tanto mais que X-Action sempre considerou que a<br />
formação é a ferramenta mais importante para minimizar o impacto<br />
das devoluções no negócio. Tudo o que envolva acesso a informação<br />
é fundamental para a empresa, pelo que mantém parcerias com o<br />
suporte técnico das marcas com que trabalha. A empresa está confiante<br />
que em <strong>2021</strong> consiga recuperar o nível de faturação de 2019. ◆<br />
Gerente<br />
Filipe Teixeira<br />
Morada<br />
Rua do Vale Paraíso - Ponte de Eiras<br />
3020-324 Coimbra<br />
Telefone<br />
239 432 494<br />
EMAIL<br />
info@x-action.pt<br />
SITE<br />
www.x-action.pt<br />
178 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 2º<br />
Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€51.705.000<br />
€17.575.000<br />
Peças para Pesados<br />
MOTORBUS<br />
caminho de abrir uma nova loja em Leiria ainda em <strong>2021</strong>, a<br />
A Motorbus destaca a expansão que já estava “em cima da mesa”<br />
há algum tempo e “que dará frutos em 2022 e nos anos seguintes”,<br />
como explica Pedro Lebre, administrador da empresa. A nova loja<br />
terá uma área de 2,500 m2 e vem permitir também um aumento de<br />
armazenamento e a libertação de área nas lojas de Porto e Lisboa.<br />
Apesar da pandemia, e dos cenários negativos que foram perspetivados<br />
como possíveis, a empresa conseguiu crescer em relação ao<br />
ano transato e manter todas as ações de marketing e de lançamento<br />
de novos produtos, adiando apenas as ações de formação previstas,<br />
devido às limitações impostas pela DGS.<br />
A pandemia veio também acelerar o comercio online e do marketing<br />
digital, “o que se previa ser gradual e acontecer a médio/longo prazo,<br />
aconteceu quase de imediato”, conta, acrescentando que tal levou a<br />
Motorbus “a implementar já um B2B para acesso online ao stock”.<br />
No entanto, apesar deste desenvolvimento, Pedro Lebre assume que<br />
“o contacto online é uma mais-valia, mas não substitui o contacto<br />
presencial”, dai também o reforço da equipa comercial, composto<br />
neste momento por 7 pessoas.<br />
No que toca às devoluções, que “se estava a tornar uma situação<br />
difícil de gerir”, e chegou a levar à restruturação da empresa, com<br />
a colocação de uma pessoa a tratar exclusivamente desta questão, a<br />
Motorbus optou por implementar ações de sensibilização junto dos<br />
clientes, restringindo mesmo as devoluções de algumas famílias de<br />
materiais mais sensíveis: “assumimos isso como uma das condições<br />
de venda, inclusivamente impressa no verso das próprias faturas”,<br />
explica o administrador. As falhas de stock, que estão atualmente a<br />
afetar o mercado e a causar problemas um pouco por toda a atividade<br />
ligada ao setor automóvel, ainda não causaram qualquer disrupção na<br />
Motorbus, que tem antecipado as encomendas e reforçado as quantidades<br />
de peças que estão “dentro de portas”, revela Pedro Lebre,<br />
que ainda assim prevê um incremento no preço das peças, pela falta<br />
de disponibilidade das mesmas: “é a lei da oferta e da procura”, diz.<br />
Em 2020, o desempenho da Motorbus foi “positivo, apesar de todas<br />
as condicionantes”. Durante <strong>2021</strong>, a novidade foi a incorporação da<br />
marca Firestone, com toda a gama de pneumáticos e as expetativas<br />
para este ano “também são bastante positivas pois de certa forma<br />
conseguimos cimentar a nossa posição de mercado nas peças de pesados”,<br />
conclui Pedro Lebre. ◆<br />
Administradores<br />
Óscar Pereira, Joel Lebre e Pedro Lebre<br />
Morada<br />
Rua Monte de Além, Nº 70 -90<br />
4410-268 Canela (Vila Nova de Gaia)<br />
Telefone<br />
227 300 230<br />
EMAIL<br />
motorbus@motorbus.pt<br />
SITE<br />
www.motorbus.pt<br />
180 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 8º 2º<br />
VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€5.554.000<br />
€51.705.000<br />
Peças para Pesados<br />
GLOBAL PARTS<br />
Em constante crescimento, a Global Parts é uma empresa sempre<br />
aberta a novas distribuições, desde que estas acrescentem valor<br />
ao negócio e estejam em linha com a estratégia de qualidade definida.<br />
Em período de pandemia o apoio do departamento técnico da Global<br />
Parts foi “total e constante” e as ações de formação presenciais foram<br />
retomadas no último trimestre deste ano, conta o administrador Miguel<br />
Valentim, que aposta numa grande proximidade aos clientes, com seis<br />
comerciais a trabalhar diariamente na rua e com o acompanhamento<br />
dos sócios da empresa Pedro Martins e Leonel Vinagre. Miguel Valentim<br />
considera que a forma de comprar está a mudar, com tendência<br />
para o online, mas “para sermos bem-sucedidos é muito importante<br />
conhecer os clientes e o seu negócio”, argumenta. Explica que os efeitos<br />
da pandemia foram “francamente menores” do que previram, muito<br />
graças ao aumento da “mobilidade profissional que proporcionou<br />
a logística necessária para servir as pessoas em suas casas”, o que<br />
acabou por manter o negócio “em níveis muito razoáveis”. Um dos<br />
maiores problemas neste momento é a falta de capacidade de grande<br />
parte dos fabricantes de responder às necessidades do mercado em<br />
termos de stock, e a Global Parts está especialmente focada – com<br />
alguns investimentos, até – em minimizar o impacto desta realidade<br />
no dia-a-dia dos clientes, programando as encomendas de forma<br />
antecipada ou através de fornecedores alternativos. O administrador<br />
da empresa acredita que o preço das peças vai continuar a aumentar<br />
e entende que a solução para que os negócios se mantenham viáveis<br />
é “estancar a margem nos níveis em que estão. Além disso, temos<br />
que ser muito rigorosos na atribuição e controlo do crédito”. Sendo o<br />
pós-venda dos veículos pesados cada vez mais desafiante do ponto de<br />
vista tecnológico, a Global Parts tem tentado acompanhar e investir<br />
em formação e tecnologia “de modo a ser reconhecida com uma<br />
referência nesta fase de grande evolução do mercado”. Na opinião de<br />
Miguel Valentim, “o mercado de distribuição de peças em Portugal é<br />
um mercado maduro com muitos players, muitíssimo exigente para<br />
nós. A esta realidade estão associados alguns problemas de fundo,<br />
desde logo o inevitável esmagamento das margens comerciais assim<br />
como a falta de rigor no controlo de crédito. Estas são duas áreas que,<br />
consideramos, não podem ser usadas como argumento comercial.<br />
As empresas de aftermarket já vendem peças originais e as marcas<br />
já vendem produtos de aftermarket. O mais natural será que os dois<br />
canais se aproximem com o objetivo claro de alargar a oferta aos seus<br />
clientes”, defende. A Global Parts manteve a faturação em 2020 e<br />
perspetiva um <strong>2021</strong> “bastante bom a todos os níveis”. ◆<br />
Administradores<br />
Manuel Cardoso e Miguel Valentim<br />
Morada<br />
Complexo Industrial da Granja, Rua 25<br />
de Abril, Armazém D9, 2625 - 607 Vialonga<br />
Telefone<br />
219 660 235<br />
EMAIL<br />
geral@sgp-globalparts.pt<br />
SITE<br />
www.sgp-globalparts.pt<br />
182 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição POSIÇÃO RANKING: ranking: 9º 2º<br />
Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€51.705.000<br />
€4.734.000<br />
Peças para Pesados<br />
Diamantino Perpétua<br />
Diamantino Perpétua há mais de 20 anos que se dedica ao<br />
A comércio de peças novas, usadas e recondicionadas para camiões<br />
Scania. O último ano e meio trouxe à empresa dois tipos de<br />
sensações, inicialmente “receio” e posteriormente “crescimento”.<br />
Apesar de ambas serem distintas, no caso da Diamantino Perpétua,<br />
em <strong>2021</strong> estiveram ligadas “Estes dois últimos anos acabaram por<br />
ser os melhores da Diamantino Perpétua nos seus mais de 20 anos<br />
de existência, culminando pela primeira vez na sua história com a<br />
atribuição do estatuto de PME Excelência”, afirmou a administração.<br />
Para tal feito, os responsáveis revelaram à Revista TOP 100 quais<br />
as estratégias que lhes permitiram manter-se no modo de cima “Na<br />
Diamantino Perpétua existe de facto uma identidade corporativa,<br />
que a torna diferente de outras a operar no mesmo ramo. Desde<br />
logo, a nossa especialização numa marca, Scania, distingue-nos da<br />
maioria dos nossos concorrentes, sendo o fator distintivo mais evidente<br />
a forma como identificamos, catalogamos e referenciamos as peças,<br />
independentemente de as mesmas serem novas, usadas ou recondicionadas”,<br />
para além desta ligação, a formação que fornecem aos seus<br />
colaboradores e elevado stock, tornaram-se nas peças fundamentais<br />
para tal crescimento. Por se distinguirem como uma empresa internacional,<br />
em que a quota de exportação se situa nos 70% do volume<br />
de negócios, marcar uma forte presença no online já fazia parte da<br />
estratégia de marketing digital da empresa. No entanto, os administradores<br />
acreditam que só foi possível atingir números como os deste<br />
ano, devido a esta afirmação digital “Esta cultura e identidade, assente<br />
num investimento continuo em termos informáticos, é facilmente<br />
percetível, por todos os nossos clientes, sendo extensível a todo o universo<br />
do Grupo DP, permitindo dizer que um cliente que visite um<br />
dos nossos espaços, quer seja em Portugal, França ou Paraguai, não<br />
vai encontrar diferenças, essencialmente na forma multidisciplinar<br />
como estamos organizados e na nossa identidade corporativa”. Para<br />
além do digital, das formações e da elevada capacidade de resposta<br />
ao nível de stocks, a administração acredita que a proximidade com<br />
o cliente é meio caminho andado para o sucesso “Um cliente da Diamantino<br />
Perpétua sabe à partida que o atendimento, a assessoria e a<br />
qualidade de serviço será a mesma, quer nos visite presencialmente,<br />
quer nos solicite por qualquer outra forma de comunicação, ou faça<br />
a sua encomenda no site ou na nossa plataforma B2B, a qual já se<br />
encontra instalada em mais de 30 clientes”, revelou a administração,<br />
que não quis deixar de referir a importância da economia circular<br />
para o negócio “Os benefícios aliados à economia circular, onde a<br />
DP é um player importante, manter-se-ão como prioridade e terão<br />
um papel cada vez mais decisivo no futuro”, conclui. ◆<br />
Administradores<br />
Hugo Perpétua e Filipe Pinheiro<br />
mORADA<br />
Zona Industrial Casal Cego, Rua José Silva<br />
Nico, Apartado 113, Marrazes, 2416 – 902<br />
Leiria<br />
Telefone<br />
244 856 117<br />
EMAIL<br />
geral@diamantino.eu<br />
SITE<br />
www.diamantino.eu<br />
184 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 12º<br />
Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€51.705.000<br />
€2.875.000<br />
Peças para Pesados<br />
VICAUTO<br />
Integrada há alguns anos no grupo ADR 98, a Vicauto está consciente<br />
de que esta foi a decisão acertada, com “as mais-valias de<br />
estar presente num grupo muito profissional, especialista em pesados e<br />
que nos ajudou a cimentar a nossa posição como fornecedores globais<br />
de marcas de primeiro equipamento”, diz Ricardo Almeida, diretor<br />
comercial da empresa. Recentemente, a Vicauto acrescentou dois<br />
fabricantes que completam a gama de material de motor, e a empresa<br />
está sempre disponível quer para crescer neste âmbito. Devido à<br />
pandemia, as ações de formação projetadas tiveram de ser adiadas,<br />
mas o apoio ao cliente foi sempre garantido, apesar das restrições<br />
impostas. Ao longo deste ano, a Vicauto desenvolveu várias campanhas<br />
junto dos fornecedores, para aproximar a marca dos clientes.<br />
Com uma equipa de três funcionários ao balcão e um funcionário<br />
no acompanhamento ás oficinas, a empresa tem uma “estratégia de<br />
proximidade” com os clientes, “muitos deles são já nossos amigos”.<br />
Ricardo Almeida sustenta que o contacto presencial continua a ser<br />
fulcral, “ é o que privilegiamos”, e a pandemia veio relembrar quão<br />
importante é. O diretor comercial conta que os efeitos da crise “foram<br />
na verdade menores do que estávamos à espera, o sector dos pesados<br />
não sentiu tanto como o dos veículos ligeiros, porque as mercadorias<br />
continuaram a circular”. Têm trabalhado no sentido de sensibilizar<br />
clientes e comerciais para a correta identificação das peças, para<br />
minimizar o impacto das devoluções e têm recorrido a alternativas<br />
para contornar as falhas de stock. Ter acesso a produtos premium<br />
continua a ser uma prioridade para a Vicauto e, “sendo certo que<br />
os preços neste tipo de produtos não vão baixar, é expectável que se<br />
mantenha o aumento de preços ainda durante o final deste ano e o<br />
início do próximo”, prevê. Perante a evolução do negócio do aftermarket,<br />
Ricardo Almeida considera que “a eletrificação dos veículos<br />
e a condução autónoma são ao mesmo tempo ameaças e oportunidades.<br />
O facto de os nossos principais fornecedores serem fabricantes<br />
de primeiro equipamento dá-nos alguma tranquilidade quanto ao<br />
futuro, pois são eles que estão a desenvolver todas essas tecnologias e<br />
quando passarem para o mercado de aftermarket contamos com eles<br />
e eles connosco”, diz, acrescentando que “o mercado de distribuição<br />
de peças para pesados em Portugal continua a ser muito competitivo<br />
com players importantes e crescimentos acima da média o que dá<br />
um sinal de extrema vitalidade do sector”. Sobre os protagonistas<br />
do mercado pós-venda automóvel, Ricardo Almeida antevê que a<br />
“tendência será a deixar de existir o retalhista”. Na Vicauto, 2020<br />
correu acima das expectativas e espera-se fechar <strong>2021</strong> “a crescer face<br />
ao ano anterior”. ◆<br />
Administradores<br />
Carlos Alberto e João Manuel<br />
Morada<br />
Zona Empresarial do Campo, Lote 47-49<br />
3515-342 Viseu<br />
Telefone<br />
232 451 197<br />
EMAIL<br />
geral@vicauto.pt<br />
SITE<br />
www.vicauto.com<br />
186<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 14º 2º<br />
VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€2.603.000<br />
€51.705.000<br />
Peças para Pesados<br />
VISOPARTS<br />
Ligada ao setor de distribuição de peças para pesados, a nível<br />
nacional, a Visoparts deu em <strong>2021</strong> um passo há muito desejado:<br />
mudou de instalações. Com mais de 1.000 clientes ativos, entre<br />
particulares e empresas, o novo edifício da Visoparts vem permitir<br />
“um atendimento mais rápido, diversificar ainda mais o nosso stock,<br />
disponibilizando com mais produtos e mais variedade de referências”,<br />
revelou José Oliveira, administrador da Visoparts. Certamente que o<br />
ano de <strong>2021</strong> vai marcar a história da Visoparts não só pela mudança de<br />
instalações mas também pela grande aposta no digital. José Oliveira,<br />
revelou à TOP 100 quando decidiram fazer este investimento - “Para<br />
responder aos desafios da pandemia, durante o ano de <strong>2021</strong> lançámos<br />
um novo website, construído a pensar nas necessidades dos nossos<br />
clientes, dando-lhes uma resposta ainda mais rápida. À distância de<br />
um clique, os clientes podem encontrar milhares de produtos das mais<br />
diversas categorias, pesquisar referências, solicitar orçamentos, entre<br />
muitas outras funcionalidades”, afirmou. Estar sempre próximo dos<br />
seus clientes faz parte do ADN da Visoparts, como tal “Acreditamos<br />
que a melhor maneira de apoiarmos os nossos clientes e responder às<br />
suas necessidades, passa por mantermos os stocks elevados e atualizados.<br />
A constante evolução do setor dos veículos pesados e a exigência<br />
saudável dos nossos clientes, desafiam-nos a encontrar novos parceiros<br />
para alargar o nosso portfólio de marcas e gama de produtos”, explicou<br />
José Oliveira. “Apesar de respondermos a muitos pedidos, mantivemos<br />
sempre uma elevada qualidade do serviço, com uma reduzida taxa de<br />
devoluções. É isto o que nos motiva, porque sabemos que as devoluções<br />
são um grande prejuízo para ambos, fornecedores e clientes. Investimos<br />
muito durante muitos anos, para garantirmos a correta identificação<br />
das peças e salvaguardarmos a qualidade dos processos internos - uma<br />
taxa de devoluções reduzida, significa para nós uma elevada satisfação<br />
dos nossos clientes”, afirma o administrador. Para se preparar para os<br />
desafios dos próximos anos, a Visoparts continua a reforçar “as relações<br />
com os melhores fabricantes mundiais, trabalhando com parceiros e<br />
fornecedores que asseguram o fornecimento continuado, com uma<br />
elevada rapidez de resposta”. Para o administrador, “O maior desafio<br />
dos últimos dois anos foi manter uma resposta de qualidade a todos<br />
pedidos, sem interrupções e com uma satisfação total dos clientes, e<br />
isso foi conseguido de forma exemplar”. ◆<br />
Administradores<br />
José Carlos Oliveira e Olga Oliveira<br />
Morada<br />
Parque Industrial Coimbrões,<br />
Estrada Principal, 3500 – 618 Viseu<br />
Telefone<br />
232 471 427<br />
EMAIL<br />
geral@visoparts.com<br />
SITE<br />
www.visoparts.com<br />
188 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
ATACAMOS EM<br />
TODAS AS FRENTES<br />
LIDERANÇA FAZ-SE COM QUALIDADE<br />
www.visoparts.com<br />
CERTIFICAÇÃO ISO9001 APCER
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 2º 3º<br />
VOLUME Volume faturação DE NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€51.705.000<br />
€10.310.000<br />
EQUIPAMENTOS<br />
LUSILECTRA<br />
Lusilectra, empresa pertencente ao Grupo Salvador Caetano,<br />
A está presente em Portugal e Espanha, nomeadamente, no Porto,<br />
Carregado e Madrid, onde desenvolve as suas quatro áreas de negócio:<br />
Acessórios Especiais Automóvel, Empilhadores, Equipamentos para<br />
Oficinas e Centros de Inspeção e Ferramentas Profissionais. Sendo<br />
uma empresa Internacional, para António Garrido, Diretor Técnico<br />
da Lusilectra, 2020/<strong>2021</strong> era imprescindível apostar na evolução<br />
tecnológica dos seus equipamentos oficinais. Para realizar uma aposta<br />
certeira, a empresa apostou em três pontos chave: “Constante análise<br />
de mercado e tendências; a seleção rigorosa de fornecedores, e o facto<br />
de estarmos inseridos no Grupo Salvador Caetano faz com que sejamos<br />
cada vez mais exigentes”. António Garrido, explicou ainda à TOP<br />
100 que “o facto de estarmos inseridos no Grupo Salvador Caetano,<br />
permite-nos também acompanhar de mais perto toda a evolução<br />
tecnológica do setor automóvel, fazendo com que estejamos mais<br />
atentos à inovação. A constante formação dos nossos colaboradores<br />
é também um ponto chave para acompanhar a transformação digital<br />
que vivemos, colocando ao serviço dos nossos clientes todo esse esforço<br />
de evolução”. Os bons números obtidos durante este ano <strong>2021</strong> não<br />
eram possíveis, segundo António Garrido, se não fossem as pessoas,<br />
tanto clientes como vendedores. Como tal, o Diretor Técnico revelou<br />
à TOP 100 qual o segredo para conseguirem fidelizar os seus clientes<br />
num ano tão atípico como o presente “Distinguimo-nos, neste mercado<br />
altamente competitivo, pela nossa ampla e completa gama de<br />
equipamentos e ferramentas bem como, pelos serviços de pré e pós-<br />
-venda que disponibilizamos aos nossos clientes”. Gestão de projetos,<br />
aconselhamento e acompanhamento comercial, assistência técnica,<br />
formação teórica e prática, elaboração de layouts, contratos de assistência<br />
e manutenção, máquinas de substituição, soluções “chave na<br />
mão” e possibilidade de leasings, rentings e alugueres, são alguns dos<br />
pontos chave que distinguem a atuação da Lusilectra no mercado dos<br />
equipamentos oficinais. Atualmente contam com uma ampla gama<br />
de ferramentas manuais, elétricas, pneumáticas e ainda ferramentas<br />
especiais para as mais diversas aplicações do ramo automóvel. Em<br />
termos de ferramentas dispõem de mais de 5.000 referências. Segundo<br />
António Garrido, a maioria destes equipamentos são comercializados<br />
na Alemanha, o que indiretamente cria no cliente um sentimento de<br />
confiança e qualidade. Questionado sobre a possibilidade de aumentar<br />
mais ainda a gama de produtos, António Garrido, afirmou à TOP<br />
100 que vêm aí novidades “Atendendo à constante evolução técnica<br />
e mutação do mercado automóvel, estamos constantemente em busca<br />
de novas soluções que nos permitam satisfazer os nossos clientes”. ◆<br />
Diretor geral<br />
Raul Vergueiro<br />
Morada<br />
Rua Eng. Ferreira Dias, 953/993<br />
4100-247 Porto<br />
Telefone<br />
226 198 750<br />
EMAIL<br />
lusilectra@lusilectra.pt<br />
SITE<br />
www.lusilectra.pt<br />
190 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 4º 2º<br />
VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€9.978.000<br />
€51.705.000<br />
EQUIPAMENTOS<br />
BOLAS<br />
Com 56 anos de experiência, a Bolas disponibiliza atualmente um<br />
portefólio de cerca de 30 marcas, das quais 12 de ferramentas<br />
e equipamentos para as oficinas automóvel (Beta, Ravaglioli, IPC,<br />
Biemmedue, Winntec, Telwin, Raasm, Fini, Ecoservice, Asturo-Mec,<br />
Schumacher e Metabo), área que totaliza em torno de 15 mil referências.<br />
O setor automóvel constitui mais de um terço da atividade<br />
da empresa, razão pela qual a Bolas continua a investir fortemente<br />
na área desde 2012, introduzindo em média uma marca nova por<br />
ano. As linhas de produtos estão em constante crescimento e, recentemente,<br />
foram anunciadas diversas novidades, com especial enfoque<br />
nas marcas Beta e Telwin. Rui Bolas, o diretor-geral da empresa,<br />
refere que há equipamentos oficinais na área do diagnóstico auto,<br />
cabines de pintura ou extração de fumos que não comercializam,<br />
mas conseguem “dar resposta à grande maioria das necessidades”,<br />
elencando enquanto mais valias “o know-how, as marcas premium,<br />
a relação qualidade preço dos produtos, os serviços disponibilizados,<br />
a equipa de 60 colaboradores comprometida em bem servir e a política<br />
de proximidade, rigor e transparência”. A Bolas é reconhecida<br />
pelo serviço e apoio técnico que presta, tanto ao nível da formação e<br />
demonstração pré-venda, como ao nível do pós-venda, que o diretor<br />
defende que tem de ser “rápido e eficiente e isso obriga-nos a investir<br />
bastante nesta área, porque o desenvolvimento dos nossos parceiros<br />
é também o nosso” afirma. A empresa dispõe de dois centros de assistência<br />
técnica, um na sede, em Évora, e outro na delegação Norte,<br />
em Perafita (Freixieiro), com 12 colaboradores. Para Rui Bolas, “a<br />
nossa missão passa por representarmos marcas líderes e oferecermos<br />
soluções de qualidade para a indústria em geral, criando valor de<br />
forma sustentada”. A empresa utiliza as ferramentas digitais que tem<br />
ao dispor, nomeadamente o website e as redes sociais, e pretende dar<br />
seguimento às ações de formação online, iniciadas em período pandémico,<br />
dada a “extraordinária adesão e recetividade dos clientes”,<br />
assim como as videochamadas para assistência técnica pela redução<br />
dos tempos de resposta. A pandemia acabou por afetar menos a Bolas<br />
do que o previsto, tendo, segundo o diretor-geral, reforçado “urgência<br />
da transformação digital e a necessidade de as empresas serem<br />
ágeis e flexíveis”. O responsável considera que com “a qualidade<br />
dos equipamentos, do serviço prestado, dos recursos humanos, bem<br />
como a eficiência, a proximidade e a seriedade, os desafios continuarão<br />
também a ser excelentes oportunidades para vingar, desde que<br />
exista capacidade de adaptação às diferentes realidades com que nos<br />
viermos a confrontar”. Em <strong>2021</strong>, a Bolas espera ter um crescimento<br />
de dois dígitos face a 2019. ◆<br />
diretor geral<br />
Rui Bolas<br />
Morada<br />
Rua Sebastião Mendes Bolas, n.° 7,<br />
7002 - 501 Évora<br />
Telefone<br />
266 749 300<br />
EMAIL<br />
geral@bolas.pt<br />
SITE<br />
www.bolas.pt<br />
192 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 6º 2º<br />
VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€4.602.000<br />
€51.705.000<br />
EQUIPAMENTOS<br />
COMETIL<br />
imagem de marca da Cometil, empresa especializada na distribuição<br />
de equipamentos e consumíveis para o pós-venda automóvel,<br />
A<br />
sempre foi dispor de equipamentos de qualidade com especial atenção<br />
ao preço. Assim sendo, para continuar a crescer, a empresa confia<br />
nos fabricantes Hunter, BlitzRotary, Hazet, Vigor, Buttler, Cemb,<br />
Waeco, Omer e AHS. Para além de possuírem um forte portfólio,<br />
Irene de Jesus, administradora da Cometil, revelou à TOP 100 que a<br />
“versatilidade da empresa também tem sido meio caminho andado<br />
para o sucesso do negócio “A versatilidade da empresa permite-nos<br />
projetar soluções de negócio para uma pequena empresa de serviços<br />
rápidos, como também desenhar um projeto “chave na mão” para<br />
uma oficina OEM que representa um fabricante de veículos automóveis”.<br />
Numa altura em que é cada vez mais complicado a fidelização<br />
dos clientes, a Cometil tem apostado em “conhecer, estudar, projetar,<br />
formar e criar resultados no negócio do cliente”. Para que seja possível<br />
concluir todos estes processos com distinção, a Cometil apoia os seus<br />
clientes com a realização de ações de formação “Para nós qualquer<br />
solução de negócio inclui formação, numa fase inicial para dotar a<br />
equipa da unidade oficinal dos conhecimentos que permitam utilizar<br />
as ferramentas e os equipamentos que foram adquiridos, mas também<br />
formar sobre o modo de venda dos serviços que os mesmos asseguram.<br />
Posteriormente realizamos ações de formação de seguimento,<br />
isto para garantir que as boas práticas serão mantidas e reforçadas<br />
na dinâmica da oficina”, explicou a administradora. A evolução na<br />
indústria automóvel é uma constante, o que leva os fabricantes de<br />
ferramentas e equipamentos a apresentarem novos produtos, a Cometil<br />
também está inserida neste processo evolutivo. Ainda para o decorrer<br />
deste ano, “Contamos apresentar a solução criada pela Hunter para<br />
a calibração dos sistemas ADAS e continuar a divulgação do sistema<br />
Quick Check Drive, também da Hunter”. No presente ano, “os produtos<br />
pelos quais os clientes mais nos procuram são as máquinas de<br />
verificação e ajuste da geometria dos ângulos da direção e suspensão<br />
da Hunter”, revelou. Para o futuro, Irene de Jesus prevê que haja uma<br />
“mudança” no mercado de ferramentas e equipamentos para oficinas.<br />
Focada já em trabalhar no atual portfólio, para a administradora é<br />
necessário continuar a pensar que vão sempre existir veículos, sejam<br />
eles “Movidos a energia elétrica ou a combustíveis fósseis estes veículos<br />
continuarão a ser utilizados, no entanto, o cenário de mudança via<br />
exigir agilidade, visão e capacidade de adaptação à nova realidade<br />
a todas as organizações que operam nesta indústria”. Ainda assim,<br />
apesar de todas as mudanças, a Cometil no presente ano “manteve<br />
os níveis de vendas e faturação, embora tenha sido um período vivido<br />
com apreensão”, concluiu Irene de Jesus. ◆<br />
Administrador<br />
Pedro de Jesus<br />
Morada<br />
Rua Cidade de Amesterdão, 4,<br />
Parque Industrial do Arneiro,<br />
2660 - 456 S. Julião do Tojal (Loures)<br />
Telefone<br />
219 379 550<br />
EMAIL<br />
geral@cometil.pt<br />
SITE<br />
www.cometil.pt<br />
194 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 7º 2º<br />
VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€3.964.000<br />
€51.705.000<br />
EQUIPAMENTOS<br />
C<br />
M<br />
CETRUS<br />
CETRUS atua no mercado português de equipamentos para<br />
A oficinas automóvel e indústria há 30 anos, sendo atualmente uma<br />
referência no mercado neste setor. Baseia o seu dia-a-dia na manutenção<br />
e reforço do seu reconhecimento ao nível da excelência e profissionalismo<br />
em todas as vertentes do negócio. Criar soluções inovadoras, de alta<br />
qualidade, a preços bastante competitivos e capturar oportunidades<br />
de negócio é a missão que acompanha diariamente os colaboradores<br />
da empresa, que já instalou mais de 1.000 oficinas. Jorge Costa, administrador<br />
da CETRUS, enaltece o trabalho da equipa ao longo destas<br />
três décadas de atividade, caracterizado por uma atitude de constante<br />
busca de soluções, sempre baseadas numa filosofia e ética coerentes e<br />
honestas com clientes, fornecedores e colaboradores. A Cetrus conta<br />
atualmente com mais de 30 marcas representadas, oriundas de vários<br />
pontos do Globo e com as quais trabalha no sentido de fornecer aos<br />
seus clientes, projetos chave na mão. As mais relevantes são: Nova Verta,<br />
Spanesi, Space, Power System, Piusi, Ecodora, IRT, Drester, Boxo,<br />
entre outras. A marca Nova Verta tem e teve sempre uma importância<br />
fulcral na CETRUS. Primeiro porque foi a primeira marca da empresa<br />
e porque continua a ser a marca principal. A cumplicidade e sinergias<br />
criadas ao longo de quase 30 anos permitiram realizar obras de muito<br />
grande, média e pequena envergadura, fruto da forma construtiva do<br />
produto, a grande relação de parceria e todo o know-how partilhado. A<br />
génese da CETRUS vem do setor industrial, onde o projeto é condição<br />
obrigatória, portanto a visão da importância do projeto já vem do início<br />
da atividade. “Entendemos que antes de propor algum equipamento a<br />
um cliente, temos de propor uma solução e por conseguinte o desenvolvimento<br />
do layout é o primeiro passo para uma oficina eficaz e produtiva.<br />
Podemos contar mais de 2.000 projetos ao longo da nossa atividade,<br />
sendo que investimos todo o nosso know-how e todo o nosso carinho<br />
em cada um, desde projetos para o Metro de Lisboa até projetos para<br />
pintar bicicletas, há de tudo um pouco”, refere Jorge Costa, administrador.<br />
Relativamente à gama de equipamentos, destaca-se o armário<br />
multi-serviços denominado “Tower Service”, que tem tido uma grande<br />
aceitação no mercado. “Nesta torre concentramos a maior parte das<br />
necessidades do mecânico: distribuição de óleos, ar comprimido seco e<br />
lubrificado com regulação, eletricidade, água, aspiração de óleo usado,<br />
anti-congelante, gambiarra sem fios, lixo e papel de limpeza. Com a evolução<br />
do mercado e o aparecimento em grande escala da nova tendência<br />
que é o mobiliário oficinal, desenvolvemos uma solução de mobiliário<br />
que agrega todas as mais valias da torre de serviço e ainda acrescenta<br />
arrumação e permite integrar outros módulos de mobiliário, dando à<br />
oficina um aspeto profissional e moderno”, conclui Jorge Costa. ◆<br />
Administrador<br />
Jorge Costa<br />
Morada<br />
Rua dos Queimados, 59<br />
4760-056 Vila Nova de Gaia<br />
Telefone<br />
252 308 600<br />
EMAIL<br />
cetrus @cetrus.pt<br />
SITE<br />
www.cetrus.pt<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
196 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 9º 2º<br />
VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€3.670.000<br />
€51.705.000<br />
EQUIPAMENTOS<br />
KROFTOOLS<br />
Atualmente, a Kroftools dispõe de uma gama de ferramentas e<br />
equipamentos com mais de 2.500 referências. Desde a simples<br />
chave-de-fendas aos mais sofisticados meios de elevação, procura<br />
atualizar constantemente a oferta nos mercados em que está presente,<br />
tendo adicionado recentemente roupas técnicas ao portefólio, bem<br />
como adaptou a linha de produtos dedicados à iluminação. Os produtos<br />
Kroftools mais procurados pelas oficinas são os que estão ligados à<br />
elevação e as ferramentas específicas e manuais. “Os nossos clientes,<br />
quando escolhem os nossos produtos, sabem que vão ter ao seu dispor<br />
uma ferramenta de elevada performance que lhes vai proporcionar um<br />
serviço de excelência”, afirma José Bárbara, diretor-geral da empresa,<br />
que tem apostado numa forte dinamização do canal de Youtube, com<br />
vídeos demonstrativos, tutoriais e esclarecimentos sobre os produtos<br />
comercializados. <strong>2021</strong> foi um ano de desenvolvimento a nível digital,<br />
com a reformulação da imagem do site, a criação de um blog, assim<br />
como o reforço das newsletters e da presença nas redes sociais. Junto<br />
dos distribuidores, não descuram as campanhas, muito menos a melhoria<br />
constante da área reservada do site com informação técnica<br />
complementar. O diretor-geral da empresa prevê que, a médio prazo,<br />
as oficinas se terão de adaptar aos veículos elétricos, mas defende<br />
que, neste momento, a maior ameaça ao negócio do aftermarket<br />
é “a inflação dos preços que está a ocorrer devido ao aumento do<br />
preço dos transportes e das matérias-primas”. Por outro lado, tanto o<br />
B2B como o B2C estão “em constante desenvolvimento, levando as<br />
empresas a investir mais nesta área para se manterem competitivas”,<br />
argumenta. Com os níveis de exigência a subir, no que toca ao mercado<br />
de distribuição de equipamentos oficinais, em que “a qualidade é um<br />
fator diferenciador primordial”, as oficinas têm efetuado um maior<br />
investimento a nível de equipamentos para poderem prestar um serviço<br />
de excelência aos seus clientes, o que deixa José Bárbara com as<br />
“melhores expetativas para os próximos anos”. A Kroftools saiu mais<br />
coesa de 2020, “com o espírito de equipa e de interajuda reforçada”<br />
conseguindo alcançar um aumento do volume de vendas em relação<br />
a 2019 e com expetativas que o mesmo se verifique em <strong>2021</strong>”. “Tendo<br />
em conta o período pandémico que vivemos, 2020 acabou por ser<br />
um ano positivo. Relativamente a <strong>2021</strong> estamos numa fase positiva e<br />
projetamos um crescimento no volume de vendas acima dos 20% face<br />
a 2020”, conta, acrescentando que, para tal, “foi fundamental ter uma<br />
liderança eficaz, com uma estratégia bem definida e manter a equipa<br />
focada nos objetivos traçados de modo a corresponder às necessidades<br />
de quem nos procura”, explica o responsável da Kroftools. ◆<br />
diretor geral<br />
José Bárbara<br />
Morada<br />
Rua da Devesa, nº 8<br />
4755-307 Barcelos (Martim)<br />
Telefone<br />
253 200 250<br />
EMAIL<br />
geral@kroftools.com<br />
SITE<br />
www.kroftools.com/pt<br />
198 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
HÁ MAIS DE 32 ANOS<br />
NO MERCADO<br />
WHEREVER WE GO, WE GO TOGETHER<br />
KROFTOOLS<br />
WWW.KROFTOOLS.COM
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 16º 2º<br />
VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€1.489.000<br />
€51.705.000<br />
EQUIPAMENTOS<br />
C<br />
7<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
CM<br />
MY<br />
MY<br />
CY<br />
CY<br />
CMY<br />
CMY<br />
K<br />
C<br />
M<br />
MGM<br />
Inserida na área da comercialização e assistência técnica de equipamentos<br />
de oficinas do ramo automóvel, concretamente na montagem<br />
e reparação de elevadores para viaturas, compressores de ar e<br />
máquinas de lavar de alta pressão, entre outros equipamentos de oficina<br />
auto e respetivos acessórios (com milhares de referências disponíveis), a<br />
MGM dispõe ainda dos serviços de aluguer destes equipamentos. Manuel<br />
Guedes Martins, administrador que dá nome à empresa MGM,<br />
explica que o serviço de assistência técnica disponibilizado aos clientes<br />
“é pautado pelo profissionalismo, rigor, credibilidade e prontidão na<br />
resposta”. Apesar de ser uma pequena empresa, “procura ter uma<br />
atitude proativa, de melhoria contínua e constante atualização”, para<br />
dar aos clientes “tranquilidade ao nível dos equipamentos que adquiriram”,<br />
esclarece. A MGM possui um website e uma página comercial<br />
no Facebook e o responsável considera que é “importante reforçar a<br />
presença digital”, onde há “novas oportunidades de negócio”. Manuel<br />
Guedes Martins notou que a pandemia causou uma redução<br />
substancial do número de solicitações de serviços de manutenção<br />
de produtos e, ainda que a situação já esteja normalizada, sente-se<br />
“algum receio, por parte de algumas empresas, que adiam intenções<br />
de investimento ao nível da manutenção e aquisição de novos equipamentos”.<br />
Internamente, os “momentos de incerteza e turbulência<br />
contribuíram para o fortalecimento da empresa e a melhoria da gestão<br />
em contexto de crise”, afirma, com a empresa a conseguir “conduzir<br />
o negócio «contra a corrente», tendo tido um resultado muito positivo<br />
ao nível da faturação”. Olhando para o futuro, o responsável<br />
é da opinião de que a massificação ao nível da comercialização de<br />
veículos elétricos no nosso país ainda vai demorar algum tempo até<br />
110<br />
407<br />
ser completamente concretizada, e “o cenário atual não irá mudar<br />
muito pois as oficinas continuarão a ser solicitadas para a manutenção<br />
preventiva e curativa. Pese embora o facto de o carro ser elétrico, o<br />
mesmo continuará a exigir um sistema cada vez mais sofisticado de<br />
suspensão, com necessidade de alinhamento e revisão”. A evolução do<br />
negócio de aftermarket vai exigir da MGM “estar atenta à concorrência<br />
e monitorizar o mercado, sendo proativa na adoção de medidas, oferta<br />
de serviços e produtos/equipamentos, que possam ir ao encontro às<br />
necessidades e expetativas dos clientes”, considera. Manuel Guedes<br />
Martins diz que a “MGM pretende continuar a apostar na melhoria<br />
contínua da prestação dos seus colaboradores, através da formação,<br />
e no aperfeiçoamento da componente organizativa, bem como no<br />
reforço/atualização de meios informáticos”. A expetativa para o ano<br />
em curso é de “conseguir aumentar o volume de faturação, na ordem<br />
de 1% a 2%”, remata. ◆<br />
Administrador<br />
Manuel Guedes Martins<br />
Morada<br />
Rua do Agro, n.° 150,<br />
4410 - 089 Serzedo - Vila Nova de Gaia<br />
Telefone<br />
227 642 722 / 914 068 071<br />
EMAIL<br />
geral@mgm.com.pt<br />
SITE<br />
www.mgm.com.pt<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
200 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
PME líder ‘20<br />
PME líder ‘19<br />
PME líder ‘18 excelência ‘17<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Electrohydraulic 2-ram inground lift equipped<br />
with adjustable arms<br />
Elévateur encastré à 2 vérins électrohydraulique<br />
à bras réglables<br />
Elektrohydraulische Unterflur Stempelbühne<br />
mit 4-2-Fach Teleskop-Hebearmen<br />
A<br />
B<br />
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2020<br />
2050<br />
MIN. 100<br />
2448<br />
MAX. 175<br />
ø140<br />
D<br />
270<br />
670<br />
670<br />
1300 1300<br />
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C<br />
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Three-phase motor<br />
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Moteur triphasé<br />
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2005/L 3500 Kg 3 KW 400V • 50HZ 2285 2538 386 2600 2825 1300<br />
Rua do Agro, 150 - 4410-089 Serzedo | Tel.: 227 642 722 | Tlm.: 914 068 071 | email: geral@mgm.com.pt | www.mgm.com.pt<br />
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Rua do Agro, 150 - 4410-089 Serzedo | Tel.: 227 642 722 | Tlm.: 914 068 071 | email: geral@mgm.com.pt | www.mgm.com.pt
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 22ª 2º<br />
VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€967.000<br />
€51.705.000<br />
EQUIPAMENTOS<br />
MEGANOR<br />
Em 20 anos, o crescimento da Meganor foi exponencial. Nasceu<br />
da vontade de dois sócios, num espaço de 80m2 e hoje estende-se<br />
por duas amplas instalações com área para armazenamento. Jorge<br />
Pinheiro é o fundador e gerente de uma casa que tem paulatinamente<br />
cimentado o seu lugar no setor. A empresa surgiu focada na distribuição<br />
de ferramentas, equipamentos e todo o tipo de material para<br />
a manutenção automóvel, sempre com uma matriz: ter a máxima<br />
qualidade. Sedeada em Soutelo, Vila Verde, perto de Braga, dispõem<br />
de um amplo espaço de exposição e armazenagem, assim como salas<br />
de formação e um Centro de Assistência Técnica. Este ano adquiriu<br />
novas instalações, onde terá um showroom para maquinaria pesada<br />
e ainda um armazém. Atualmente tem treze colaboradores, entre eles<br />
uma equipa de cinco comerciais, aos quais se juntou recentemente mais<br />
um para cobrir toda a área que se estende de Coimbra ao Algarve.<br />
Desta forma, a Meganor consegue chegar a todo o país. “Existe uma<br />
equipa diária que tem uma rota definida. Em cada dia da semana tem<br />
uma zona a visitar e claro que são eles que tratam das vendas. Depois<br />
temos algo inovador, devido à parceria com a Bahco, dispomos de<br />
um centro de assistência técnica. Assim, criámos, este ano, mais uma<br />
equipa de assistência. Além de fazermos assistência técnica nas nossas<br />
instalações, também temos dois carros equipados para o fazer junto<br />
das oficinas nossas clientes”, refere Jorge Pinheiro. A Meganor sempre<br />
teve como principal objetivo o cliente final, e como foi precisamente<br />
essa a origem da empresa, não a querem abandonar. No entanto, com<br />
o passar dos anos, o retalho também se tornou interessante e ajudou a<br />
chegar ao lugar onde agora se encontram. “Temos novas importações,<br />
novas marcas representadas, de maneira que possuímos uma gama<br />
muito grande de produtos. Em 2020 entrámos no mundo do Car<br />
Audio, chegámos às grandes superfícies, que também era um grande<br />
objetivo nosso. Temos contratos celebrados, mas queremos cobrir o<br />
país todo”, conclui Jorge Pinheiro. Para o futuro a ideia é aumentar<br />
o portefólio de marcas. O Car Audio já é um complemento para<br />
além da necessidade da oficina, mas a expansão para outras áreas é<br />
sempre boa. Ainda assim, há sempre quem procure a Meganor para<br />
fazer o básico de oficina, até porque foi desta forma que começaram<br />
e que ficaram conhecidos por muitos clientes. Questionado sobre o<br />
ano de 2020 e as perspetivas para <strong>2021</strong>, Jorge Pinheiro fez questão<br />
de dizer que no ano transato cresceram 35%, graças ao investimento<br />
em pessoal e também na dinamização das marcas que comercializa.<br />
Face à pandemia, o responsável deixou claro junto dos colaboradores<br />
que iria fazer tudo o que estava ao seu alcance para segurar os postos<br />
de trabalho e nunca fecharam. ◆<br />
Gerente<br />
Jorge Pinheiro<br />
Morada<br />
Centro Empresarial de Soutelo<br />
Pavilhão 18, L. Larim, Soutelo<br />
4730-581 Vila Verde<br />
Telefone<br />
253.922.315<br />
EMAIL<br />
meganor.lda@gmail.com<br />
SITE<br />
www.meganor.com<br />
202 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 2º<br />
Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€51.705.000<br />
€6.404.000<br />
Repintura<br />
LTINTAS<br />
LTintas é um distribuidor de produtos, equipamentos e acessórios<br />
para a repintura automóvel, há 43 anos no mercado, sendo<br />
A<br />
reconhecida pela variedade de soluções de pintura e pela excelência do<br />
serviço de aconselhamento e assistência técnica. Atualmente dispõe<br />
de 5 lojas, onde vende diretamente ao público os produtos para a<br />
repintura automóvel. A força de vendas, está reforçada com 3 equipas<br />
comerciais especializadas na repintura automóvel, que visitam e vendem<br />
diretamente nas oficinas dos clientes nas regiões de Setúbal, Évora<br />
e Beja. “O nosso slogan “Temos experiência, Garantimos soluções!”,<br />
transmite a nossa maneira de atuar no mercado, a nossa experiência<br />
permite garantir que nenhum cliente fique sem o aconselhamento ou<br />
solução indicada para a sua necessidade”, refere Bruno Pereira, diretor<br />
geral da LTintas. A empresa oferece uma gama completa de produtos,<br />
equipamentos e acessórios para repintura automóvel, desde a Spies<br />
Hecker com tintas para pequena e média indústria, vernizes, primários,<br />
betumes, endurecedores e diluentes; passando pelos acessórios na área<br />
de abrasivos, polimento, mascaramento, chapa e proteção pessoal das<br />
marcas 3M e Indasa; os equipamentos para repintura automóvel,<br />
como lixadeiras, aspiradores, polidoras e respetivos acessórios, da<br />
Festool; as pistolas de pintura, manómetros e filtros das marcas SATA<br />
e Sagola; e ainda vernizes, primários, aparelhos em Spray, cabines de<br />
pintura e zonas de preparação. A Spies Hecker é o principal parceiro<br />
no negócio da repintura automóvel, e é com esta marca e a sua oferta<br />
em termos de produtos e soluções que a LTintas atua no mercado da<br />
repintura automóvel, com o compromisso de disponibilizar aos seus<br />
clientes todos os produtos e equipamentos necessários para a seção de<br />
pintura. É também com a Spies Hecker que investe nos seus clientes,<br />
para que estes possam ter melhores condições de trabalho, melhorar<br />
a imagem e possam evoluir os seus negócios. Para compensar o<br />
decréscimo do mercado de repintura que se tem verificado desde o<br />
início da pandemia, Bruno Pereira explica que “Apostámos noutras<br />
áreas de negócio, como a área de proteção individual, onde fizemos<br />
um grande trabalho. Passámos a vender EPI’s (máscaras, luvas, fatos<br />
de proteção, etc.) para todas as regiões do país, o que permitiu superar<br />
as quebras verificadas na repintura automóvel”. E acrescentou “Um<br />
outro projeto importante com que avançamos, foi o projeto da loja<br />
online - loja.ltintas.pt, onde passámos a disponibilizar boa parte da<br />
nossa oferta de produtos e equipamentos da área da repintura automóvel<br />
e da proteção individual, para compras online. Estas duas novas<br />
apostas, ajudaram a minimizar a quebra que se regista no mercado da<br />
repintura automóvel e a dar uma alavancagem às nossas vendas”. ◆<br />
Diretor geral<br />
Bruno Pereira<br />
Morada<br />
Rua Joaquim Pires Jorge, nº3, Parque<br />
Industrial do Feijó - 2810-083 Almada<br />
Telefone<br />
212 588 200<br />
EMAIL<br />
geral@ltintas.pt<br />
SITE<br />
www.ltintas.pt<br />
204 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 3º 2º<br />
Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€51.705.000<br />
€5.709.000<br />
Repintura<br />
AUTOFLEX<br />
Desde a sua fundação há mais de 36 anos, que a Autoflex se define<br />
como uma empresa vocacionada para a distribuição de tintas,<br />
equipamentos e consumíveis destinados à repintura automóvel. Por<br />
mais anos que passem há coisas que não mudam. Ao longo da sua<br />
estratégia de negócio, os três principais vetores estiveram sempre<br />
presentes “Recursos Humanos”, “Sólidas parcerias com fornecedores<br />
e clientes” e “Disponibilidade de serviços adequados”. Com um portfólio<br />
bem constituído ao nível de tintas, equipamentos e consumíveis,<br />
que integra marcas como Spies Hecker, Syrox, Kensay, Spraymax,<br />
Indasa, 3M, Festool e Sata, a Autoflex não deixou de investir e em<br />
2020 adquiriu a Sodicor. Joana Silva, Diretora Comercial da Autoflex<br />
revelou à TOP100 como tem sido o desenvolvimento desta mais recente<br />
aposta “A entrada no capital social da Sodicor por parte da Autoflex<br />
aconteceu muito pouco tempo antes do início da pandemia que assolou<br />
o país e o mundo. Naturalmente que o desempenho da Sodicor e as<br />
sinergias que pretendíamos implementar com a nossa experiência<br />
e disponibilidade de algumas das nossas soluções foram altamente<br />
influenciadas por este problema que ninguém poderia prever. Apesar<br />
destes constrangimentos, algo foi conseguido e poderemos considerar<br />
como positivo este primeiro ano da sua integração no grupo”,<br />
explicou. Com uma estratégia de proximidade, a Autoflex, durante<br />
a pandemia “procurou estar, mesmo com muitas limitações, junto<br />
dos nossos Clientes em ações técnicas e de formação, ou através de<br />
promoções em alguns produtos, contribuindo para que as dificuldades<br />
e necessidades fossem ultrapassadas”. Contudo, viu na pandemia, a<br />
altura certa para influenciar as oficinas a também elas se tornarem<br />
digitais. Joana Silva revelou à TOP100 como a empresa se tem modernizado<br />
para acompanhar o setor da repintura “Na Autoflex temos<br />
vários níveis de digitalização que podem ser aplicados em função da<br />
tipologia e dimensão da oficina. O Phoenix Cloud em que toda a<br />
gestão de cor é feita de forma digital com a leitura de cor através de<br />
um espectrofotómetro com WiFi e acesso à informação técnica e KPI<br />
de gestão a partir de qualquer dispositivo móvel”. Mas as novidades<br />
digitais não ficam por aqui, para 2022 “Iremos ter disponível uma<br />
plataforma digital onde será possível ter uma visão geral dos indicadores<br />
da secção de pintura bem como muitos outros indicadores da<br />
área de Colisão, de gestão e financeiros”, acrescentou Joana Silva.<br />
Apesar de se manterem fiéis aos seus valores e sem nunca perder o<br />
foco na estratégia do negócio, Joana Silva viu, no último ano, tempos<br />
difíceis para a empresa “A pandemia teve, de facto, implicação negativa<br />
no negócio global da Autoflex, contudo, quer o mercado, quer a<br />
Autoflex, têm vindo a reagir positivamente neste período de “quase”<br />
pós-pandemia”, concluiu a Diretora Comercial. ◆<br />
Administradores<br />
Manuel Alves da Silva<br />
e António Alves da Silva<br />
Morada<br />
Av. Zona Industrial, 80, Zona Industrial<br />
de Monte Grande 4505-222 Fiães VFR<br />
Telefone<br />
256 910 330<br />
EMAIL<br />
autoflex@autoflex.pt<br />
SITE<br />
www.autoflex.pt<br />
206 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 5º 2º<br />
Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€51.705.000<br />
€4.517.000<br />
Repintura<br />
C<br />
M<br />
IMPOESTE<br />
Especialista em tintas e equipamentos, a Impoeste aplicou pela<br />
primeira vez no terreno a solução 360º Scan junto das oficinas<br />
automóvel em 2020, “para tornar os processos oficinais de gestão<br />
e produção mesuráveis e facilmente ajustáveis e para atingir mais<br />
e melhores lucros”, diz Luís Santos, o diretor-geral da empresa. O<br />
responsável acrescenta que “o 360º Scan é a consequência de outras<br />
ferramentas que a «incubadora» de soluções Impoeste tem em<br />
funcionamento há vários anos e destina-se a empresas que queiram<br />
vencer os desafios atuais”. Trata-se de um programa de apoio à gestão,<br />
abrangente a toda a área de carroçaria, estando incluídas além do<br />
apoio à produção de pintura e chapa, o apoio às áreas de receção,<br />
orçamentação, controlo de qualidade e, claro, principalmente da<br />
gestão oficina. Luís Santos afirma que não há no mercado um software<br />
“tão abrangente e diverso como este, robusto nos seus diversos<br />
conteúdos, mas de fácil aplicação, que se foca na efetividade do resultado<br />
e que se divorcia da componente comercial”. Hoje em dia,<br />
os profissionais da reparação automóvel procuram cada vez mais a<br />
digitalização dos processos, quer seja a busca e pesagem automática<br />
da cor, as encomendas digitais ou a integração de diversos serviços e<br />
ferramentas. Neste sentido, além do software 360º Scan, a Impoeste<br />
está a propor soluções digitais já conhecidas e as recentes inovações<br />
ao nível da gestão e atualização de cor (espectrofotómetro, tablet, app<br />
no telemóvel), enquanto ferramentas de utilização diária e comum<br />
nas oficinas. Nesta área, o responsável destaca a falta de mão de obra<br />
especializada de pintores automóvel, como “um problema gravíssimo”,<br />
que exige “rever o quadro das profissões e preparar-nos para pagar<br />
salários mais altos”. Luís Santos conta que os efeitos da crise foram<br />
“muito piores do que prevíamos”, considerando que o problema está<br />
na “concentração excessiva no segmento de mercado e no fornecedor.<br />
Há que diversificar, talvez este seja o grande ensinamento que podemos<br />
retirar desta lição: evitar concentrações”. Ainda assim, garante,<br />
“estamos implicados a 100% na rápida e consistente recuperação”.<br />
Face ao previsível decréscimo do mercado da repintura, a Impoeste<br />
está a “tentar diversificar para áreas próximas e nas quais a nossa<br />
especialização possa ser uma mais-valia”. Luís Santos antecipa um<br />
futuro onde “a forte apetência que os grandes fabricantes têm pela<br />
venda direta vai, cada vez mais, pela via da faturação OEM ou pelo<br />
investimento, o que faz com que os distribuidores sejam comprimidos<br />
em espaço de mercado e em margem”, o que se traduz em “menos<br />
mercado e menos margem para os distribuidores” e depois do “pior<br />
ano de sempre”, prevê-se “uma recuperação em <strong>2021</strong> apesar das<br />
limitações e contingências iniciais do ano”. ◆<br />
diretor geral<br />
Luís Santos<br />
Morada<br />
Avenida Carlos Lopes, 202560-239<br />
Torres Vedras<br />
Telefone<br />
261 337 250<br />
EMAIL<br />
geral@impoeste.pt<br />
SITE<br />
www.impoeste.pt<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
208 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
CHEGOU<br />
O SIMPLEX DA OFICINA<br />
O 360º SCAN É UM PROGRAMA INOVADOR DESENVOLVIDO PELA IMPOESTE,<br />
PARA QUE A SUA OFICINA ALCANCE A MÁXIMA PRODUTIVIDADE E RENTABILIDADE!<br />
GESTÃO<br />
OFICINAL<br />
INTEGRADA<br />
FACILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO<br />
REDUÇÃO DE DESPERDÍCIOS<br />
OPTIMIZAÇÃO DE STOCKS<br />
REDUÇÃO DE CUSTOS<br />
AUMENTO DA PRODUTIVIDADE<br />
AUMENTO DE RENTABILIDADE
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 6º 2º<br />
Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€51.705.000<br />
€4.366.000<br />
Repintura<br />
QUIMIREGUA<br />
Quimiregua é uma empresa madura, estável e respeitada no<br />
A seio do mercado da repintura automóvel, que conta hoje com<br />
uma equipa sólida, tendo quatro técnicos especializados em todas as<br />
vertentes de negócio. A empresa acredita que o serviço/apoio técnico<br />
é um dos ingredientes indispensáveis para que o modelo e sustentabilidade<br />
do negócio perdure com o passar dos anos, pelo que tem<br />
vindo a melhorar a sua capacidade para dar as adequadas respostas<br />
às solicitações do mercado. Associada desde o início à Spies Hecker, a<br />
Quimiregua passou a ser distribuidora da marca que representa hoje<br />
uma fatia muito significativa do volume de faturação da empresa. De<br />
acordo com Pedro Ferreira, da Quimiregua, “a Spies Hecker sempre<br />
se pautou pela elevada qualidade e tecnicidade dos seus produtos, o<br />
que permite ser um fornecedor de excelência em todas as áreas em que<br />
está inserido. A Quimiregua, enquanto parceiro estratégico, trabalha<br />
no terreno com a certeza que temos na retaguarda um fornecedor de<br />
eleição. Mesmo com alterações recentes que a Spies Hecker tem vindo<br />
a realizar, continuamos satisfeitos com o seu «customer service», pois<br />
continuamos a ter um serviço de excelência, que nos permite a nós,<br />
Quimiregua, continuar a dar soluções aos nossos clientes”, afirma.<br />
Atualmente, a empresa conta ainda com parceiras como a Indasa,<br />
Norton, Iwata, 3M, 8K, SATA, Rupes, Devilbiss, Farecla, Festool,<br />
U-Pol e recentemente com o alargamento da marca Paleta. Face<br />
ao previsível decréscimo do mercado da repintura, a Quimiregua<br />
não considera diversificar o negócio para outras áreas: “acredito que<br />
temos muito para andar e conquistar neste segmento de mercado e<br />
queremos estar completamente focados na nossa área de negócio nos<br />
próximos tempos”, explica Pedro Ferreira, a quem a concorrência<br />
cada vez maior não assusta, pois “permite que a Quimiregua também<br />
evolua e que mantenha sempre um processo de melhoria contínua<br />
e sistemática”. Recentemente, a empresa tem vindo a apostar na<br />
“formação on-job, pois acreditamos ser este o melhor método para<br />
demonstrar a qualidade dos nossos produtos e assistência técnica de<br />
forma a podermos apresentar uma proposta de valor cada vez mais<br />
aliciante aos nossos parceiros”, explica Pedro Ferreira. Outra aposta<br />
é a criação de um novo site, já em fase final, que virá rentabilizar a<br />
realização de encomendas e o acesso a informações importantes para os<br />
clientes. O ano de 2020 foi atípico devido à pandemia, e a Quimiregua<br />
ficou aquém do inicialmente programado. Para <strong>2021</strong> pretende voltar<br />
ao volume de 2019 e, se possível, recuperar um pouco do perdido<br />
em 2020, contando, para tal, “com uma equipa de colaboradores<br />
motivada para conseguirmos esse objetivo”. ◆<br />
Administradores<br />
Armando Musqueira<br />
e José Manuel Magalhães<br />
Morada<br />
Rua Teixeira Lopes, 460,<br />
4460 – 833 Custóias MTS<br />
Telefone<br />
229 619 470<br />
EMAIL<br />
quimiregua@mail.telepac.pt<br />
SITE<br />
www.quimidouro.pt<br />
210 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 10º 2º<br />
Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€51.705.000<br />
€2.826.000<br />
Repintura<br />
CENTROCOR<br />
Os últimos dois anos têm sido uma verdadeira adaptação para a<br />
Centrocor. No mercado do comércio de tintas, máquinas e ferramentas<br />
há cerca de 40 anos, Agostinho Matos, Diretor Comercial da<br />
empresa, não tem na memória anos tão desafiantes como os últimos<br />
dois. Se o ano passado investiram na construção de novas instalações,<br />
o ano de <strong>2021</strong> ficou marcado pelo desenvolvimento da empresa ao<br />
nível digital, e não só “Após a pandemia e o consequente aumento<br />
do consumo por parte das pessoas de plataformas como o Facebook,<br />
veio reforçar a importância de uma presença ativa nestas plataformas,<br />
de modo a reforçar a nossa marca junto das pessoas”. Mas as<br />
novidades não ficam por aqui. A procura por soluções de transporte<br />
mais sustentáveis para o planeta do ponto de vista ambiental, bem<br />
como, o aumento generalizado do preço dos combustíveis, levou a<br />
Centrocar a lançar a marca eFuturo, específica de produtos para a<br />
mobilidade elétrica. “A nossa nova representação eFuturo, veio iniciar<br />
aquilo que acreditamos ser a revolução elétrica no setor automóvel.<br />
Acreditamos que num futuro a curto / médio prazo irá ocorrer um<br />
aumento exponencial do número de veículos elétricos, como tal, iremos<br />
apostar já no decorrer do próximo ano na introdução de mais<br />
produtos ligados a estes veículos”. Com uma garra destemida, para<br />
a Centrocor o previsível decréscimo que o mercado da repintura vai<br />
presenciar não será um problema. Com a Spies Hecker, como uma<br />
das principais marcas do seu portfólio, a empresa acredita que está<br />
pronta para enfrentar o que aí vem “é uma marca que consegue levar<br />
os serviços prestados pelos nossos clientes a patamares superiores, bem<br />
como, reconhecem a importância de um trabalho de proximidade junto<br />
das oficinas. Muito mais que comercializar produtos, a Spies Hecker<br />
preocupa-se em apresentar soluções completas e adaptadas ao dia-a-dia<br />
dos nossos clientes”, afirmou o Diretor Comercial. Questionado sobre<br />
o método como conseguem fidelizar os seus clientes numa altura em<br />
que a concorrência é cada vez mais feroz, Agostinho Matos respondeu<br />
sem hesitar “Os nossos clientes sabem que ao trabalharem connosco,<br />
para além de um fornecedor também possuem um parceiro que os<br />
vai auxiliar no crescimento das suas empresas, quer seja a ajudar a<br />
selecionar os melhores produtos para determinada aplicação ou a<br />
melhorar métodos de trabalho”. Comprometidos “com o empenho,<br />
rigor e transparência” para com os seus clientes, foram esses moldes<br />
que levaram a Centrocor a crescer num ano como o de 2020 “Apesar<br />
das dificuldades ainda fomos capazes de apresentar crescimento, o que<br />
demonstra a nossa solidez e reconhecimento no mercado”, concluiu<br />
Agostinho Matos. ◆<br />
Administrador<br />
Álvaro Magalhães<br />
Morada<br />
Av.ª S. Mamede, 237,<br />
4560 – 800 S. Mamede Recezinhos<br />
(Penafiel)<br />
Telefone<br />
255 730 000<br />
EMAIL<br />
geral@centrocor.pt<br />
SITE<br />
www.centrocor.pt<br />
212 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top100<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 13º 2º<br />
Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€51.705.000<br />
€2.270.000<br />
Repintura<br />
MOTA & PIMENTA<br />
Mota & Pimenta trabalha num modelo de negócio business to<br />
A business e de venda direta. A sua relação com os clientes é o ponto<br />
chave, mantendo-os informados e com o acompanhamento técnico<br />
necessário. O portefólio da empresa é composto por uma vasta gama de<br />
produtos destinados ao setor da repintura automóvel. Além disso, não<br />
se limita a comercializar tinta e os auxiliares para o efeito, fornecendo,<br />
também, equipamentos, pistolas de pintura e vestuário de proteção,<br />
como fatos de pintura, luvas e máscaras. Não esquecendo o foco no<br />
automóvel, conta ainda com uma vasta linha de produtos de embelezamento,<br />
desde massas de polir, boinas e panos microfibras. A DeBeer,<br />
com quem mantém uma longa parceria de 24 anos, é o principal<br />
parceiro de negócio e por isso tem uma importância bastante elevada<br />
para a empresa. A DeBeer acompanha a evolução da digitalização<br />
das oficinas de repintura e neste momento encontra-se em processo de<br />
finalização de um novo software mais inovador e intuitivo. Para além<br />
disto, continua a disponibilizar o espectrofotómetro, micrómetros e<br />
demais ferramentas de apoio às oficinas. Relativamente às restantes<br />
marcas, a oferta não tem parado de aumentar, tendo recentemente<br />
introduzido a 3D, Colad e Karlack, no seu portfólio. No último ano<br />
e meio e devido às limitações impostas pela pandemia, as formações<br />
presenciais no centro de formação ficaram suspensas, mas já foram<br />
retomadas. Para Margarida Mota, diretora comercial da Mota &<br />
Pimenta, 2020 foi um ano atípico e nem sempre estiveram confiantes,<br />
mas agora o mercado está a recuperar. Contudo, alerta para o aumento<br />
de preço dos materiais e o aparecimento de marcas lowcost: “Neste<br />
momento, a minha preocupação depreende-se com os preços dos<br />
materiais, que estão a aumentar de uma forma descontrolada. Para<br />
além deste problema, é também o aparecimento das marcas lowcost,<br />
pois com este aumento de preços generalizados os clientes começam<br />
a pensar em procurar marcas brancas para um menor custo na ida<br />
à oficina”. Ainda assim, após todos os receios e medos, a Mota &<br />
Pimenta, revelou ao JO que nem tudo foi mau. A pandemia trouxe-<br />
-lhes uma nova visão para o negócio que certamente irá permanecer<br />
e fazer-se notar. “Passámos a fazer uma melhor gestão dos nossos<br />
stocks, os nossos comerciais passaram a otimizar as rotas, tornámo-nos<br />
mais conscientes, eficientes e unidos”, concluiu Margarida Mota. Os<br />
desafios do futuro não assustam a Mota & Pimenta, que os prefere<br />
encarar de forma impulsionadora para desenvolver e dinamizar o<br />
negócio. A seu favor, a empresa tem a sua longa história de superação<br />
de obstáculos. Razão pela qual pretende manter a receita de sucesso,<br />
olhando para o negócio de uma forma segura e, se necessário, adaptar<br />
as ofertas às novas exigências que possam surgir. ◆<br />
Administrador<br />
Virgílio Mota<br />
Morada<br />
Parque Industrial de Fages, Lote 4| -<br />
4770-464 Vila Nova de Famalicão<br />
Telefone<br />
252 323 909<br />
EMAIL<br />
margaridamota@motapimenta.com<br />
SITE<br />
www.motapimenta.com<br />
214<br />
Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 17º 2º<br />
Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€51.705.000<br />
€1.806.000<br />
Repintura<br />
LOVISTIN<br />
Com uma representatividade muito elevada na área da reparação<br />
automóvel, a Lovistin partner colors diversificou o portfólio,<br />
abrangendo agora a área industrial empresarial e as ferramentas e<br />
equipamentos necessários para o desenvolvimento da produção nestas<br />
áreas de negócio. A ideia, conta Manuel Silva, diretor geral da empresa<br />
viseense, é “manter a capacidade de adaptação para transformações a<br />
médio, longo prazo se assim for necessário. O nosso modelo de negócio<br />
está fundado na experiência adquirida ao longo de décadas, e pelo<br />
desenvolvimento tecnológico e digital que surge constantemente nas<br />
áreas onde nos movimentamos”. Por isso, a Lovistin partner colors<br />
tem investido no campo da digitalização como, por exemplo, com a<br />
parceria na repintura com a BASF, que dá acesso a uma plataforma<br />
de apoio digital a nível global, enquanto representante das marcas<br />
Glasurit e R-M. “Sabemos e reconhecemos que o futuro é tecnológico<br />
e nós, Lovistin partner colors, iremos fazer parte desse mesmo futuro.<br />
A aposta na contratação de ativos mais jovens é um indicador que<br />
estamos a preparar nosso caminho com toda a atenção e cuidado”,<br />
esclarece. Ligados à Glasurit desde o início da empresa, vêm na marca<br />
“uma parceria estável e solidificada que continua a corresponder<br />
adequadamente a todas as solicitações e necessidades apresentadas<br />
por nós. Quanto à importância que a marca Glasurit tem para o nosso<br />
negócio… basta dizer que faz parte do nosso «logo». O papagaio sempre<br />
fez parte da nossa história. Há décadas que sobrevoa as paredes<br />
de nossas instalações”, diz Manuel Silva. No que toca aos produtos<br />
relacionados à pintura, a Lovistin conta com a Zaphiro, que transmite<br />
confiança à empresa tanto em termos de portefólio, como disponibilidade<br />
de produto e ainda de qualidade. Manuel Silva garante que a<br />
empresa trabalha “arduamente para alcançar o portefólio perfeito e<br />
muito em breve ampliaremos a nossa capacidade de resposta de um<br />
modo muito positivo”. Para breve também, “no momento adequado”,<br />
está a inauguração de novas instalações, que trarão mais condições<br />
à empresa, com foco nas necessidades atuais dos parceiros de negócios.<br />
A Lovistin partner colors promete “reinventar-se de uma forma<br />
fantástica, com um espaço em si já bastante inovador”, diz o diretor,<br />
sem desvendar, para já, muito mais sobre o assunto. A pandemia não<br />
parou a empresa, mas obrigou a adaptações às novas circunstâncias.<br />
Para as próximas duas décadas, a Lovistin partner colors “não acredita<br />
num decréscimo acentuado” no mercado da repintura. Em jeito de<br />
balanço, Manuel Silva conclui dizendo que “estamos muito satisfeitos<br />
com os resultados até agora alcançados e que com toda a certeza,<br />
iremos continuar a trilhar este caminho de sucesso contínuo”. ◆<br />
Administrador<br />
Manuel Silva<br />
Morada<br />
Bairro S. João Carreira, Lote 4 -<br />
1.ª fase, 3500 – 187 Viseu<br />
Telefone<br />
232 440 220 / 962 980 252<br />
EMAIL<br />
lovistin@lovistin.com<br />
SITE<br />
www.lovistin.pt<br />
216 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top25<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 22º 2º<br />
Volume VOLUME DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€51.705.000<br />
€1.206.000<br />
Repintura<br />
GRAVITYPAINT<br />
GravityPaint nasceu de um sonho e de uma oportunidade de<br />
A fazer diferente no mercado da pintura”, começa por contar o<br />
diretor geral, Mário Ferreira, que garante que o negócio assenta na<br />
inovação, rapidez, acompanhamento técnico dos clientes, na criação<br />
de serviços diferenciadores no mercado (GravityRent – Aluguer de<br />
Equipamentos e GravityAssist – Assistência Técnica) e na criação de<br />
parcerias estratégicas com clientes e fornecedores. Com cinco anos de<br />
atividade, a empresa dispõe de uma gama completa e competitiva, com<br />
duas ou mais alternativas premium para cada família de produtos. São<br />
parceiros de empresas como a Finixa, Festool, BASF, Sia Abrasives,<br />
Bosch, Flex Tools, Cromauto, Scholl e a Anest Iwata e não planeiam<br />
atualmente aumentar o portefólio. Em novembro inauguraram a loja<br />
de Torres Vedras, um espaço com cerca de 200 m2 e diversas soluções<br />
para todos os setores de pintura. Nos próximos dois anos preveem<br />
abrir uma nova loja nos arredores de Lisboa e outra na zona de Sintra.<br />
Durante a pandemia viram-se impedidos de fazer as formações presenciais<br />
e apostaram em campanhas promocionais, sendo o objetivo<br />
retomar as apresentações normais muito em breve. Em 2018 e 2019, a<br />
GravityPaint realizou, respetivamente, a «Mega Feira das Ferramentas<br />
e Equipamentos» e o «Open Day», cujo sucesso esperam repetir já em<br />
março de 2022. A empresa acompanha de perto a evolução digital e<br />
conta, até ao final deste ano, apresentar o novo site e loja online. Mário<br />
Ferreira admite que um dos principais desafios nas oficinas de colisão<br />
é a digitalização da secção de pintura e adianta que “a GravityPaint<br />
vai colocando, de forma gradual, ao dispor dos seus clientes várias<br />
ferramentas de cariz digital: desde o espectrofotómetro (em vez da<br />
utilização das tradicionais lamelas de cor); a atualização do software<br />
“<br />
de cores online e ao minuto e a utilização de aplicações no telemóvel<br />
para a verificação de códigos de cor, consulta de fichas técnicas e<br />
de segurança dos produtos que utiliza”. O responsável acredita que<br />
o mercado da pintura continuará a ser “bastante ativo e próspero<br />
nos próximos 8/10 anos”, ainda que o projeto da empresa esteja<br />
assente nas áreas auto, indústria metal e madeira, construção civil,<br />
aeronáutica e náutica. 2020 foi, para a GravityPaint, um ano “atípico<br />
e desafiante”, mas com os devidos ajustes comerciais e financeiros,<br />
“conseguimos resultados muito positivos e que nos possibilitaram a<br />
entrada para o TOP 100 do aftermarket nacional, premiando todo<br />
o nosso esforço, dedicação, resiliência e compromisso com os nossos<br />
clientes e fornecedores a que agradecemos por acreditarem em nós e<br />
no nosso projeto, pois sem eles nada disto seria possível!”. Em <strong>2021</strong>,<br />
a empresa investiu na contratação de mais dois colaboradores, na loja<br />
em Torres Vedras e ainda em formações internas. ◆<br />
Diretor geral<br />
Mário Rui Ferreira<br />
Morada<br />
Rua da Bica, nº 17 - Núcleo Empresarial<br />
da Venda do Pinheiro II - Armazém AF<br />
2665-608 Venda do Pinheiro<br />
Telefone<br />
261 092 574<br />
EMAIL<br />
mario.ferreira@gravitypaint.pt<br />
SITE<br />
www.gravitypaint.pt<br />
218 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top18<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
Posição POSIÇÃO ranking: RANKING: 2º<br />
VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€51.705.000<br />
€31.398<br />
Pneus<br />
AB TYRES<br />
Pertencente ao Grupo Alves Bandeira, um dos 50 maiores grupos<br />
económicos de Portugal, com um volume de faturação superior<br />
a 500 milhões de euros por ano e com equipa composta por mais de<br />
850 colaboradores, a AB Tyres tem vindo a crescer anualmente de<br />
forma sustentada, posicionando-se hoje como uma das empresas líderes<br />
na comercialização, armazenamento e distribuição de todo o tipo de<br />
pneus, marcas e segmentos (Premium, Quality e Budget) tanto a nível<br />
nacional, como internacional. Atualmente possui uma oferta de 22<br />
marcas de pneus, onde todas são importantes, mas onde se destacam<br />
as marcas em que é representante exclusivo, como a Falken, Davanti,<br />
Torque, Aptany, Infinity, Sumitomo, Runway, Fulda, Golden Crown;<br />
ou parceiros oficiais, como é o caso da Debica e Uniroyal. Desde 2014<br />
a AB Tyres é o distribuidor exclusivo da marca Falken em Portugal,<br />
a qual tem seguido uma trajetória de crescimento tanto em volume<br />
de faturação como unidades vendidas, representando hoje entre 20%<br />
a 30% do volume de faturação do negócio dos pneus. Passado sete<br />
anos tem uma rede com mais de 170 parceiros, distribuídos de norte<br />
a sul de Portugal Continental e, ainda, nos arquipélagos dos Açores<br />
e Madeira. O portfólio de produtos, além dos pneus, divide-se ainda<br />
em lubrificantes, baterias, acessórios e, mais recentemente, iniciou-se<br />
também no negócio de peças. “Neste segmento de produto a nossa ideia<br />
é trabalhar todos os artigos e dar uma solução o mais completa possível<br />
ao cliente, mas o foco em termos de oferta, gama e competitividade está<br />
vocacionado para os produtos mais procurados pelos nossos clientes.<br />
Para isso, e após realizarmos um estudo de mercado, decidimos apostar<br />
essencialmente em comercializar discos, pastilhas, filtros, distribuição,<br />
embraiagem, suspensão, direção e velas de ignição e incandescência”,<br />
refere Filipe Bandeira. De entre as vantagens competitivas da AB Tyres,<br />
destaca-se a estratégia de relacionamento e proximidade conforme<br />
afirma Filipe Bandeira, administrador: “Olhamos para cada cliente<br />
como um verdadeiro amigo. Um amigo com quem queremos manter<br />
uma relação de transparência, confiança e de longo-prazo. E é isto<br />
que temos conseguido, ano após ano”. Apesar da pandemia, em 2020<br />
a AB Tyres registou um crescimento na ordem dos dois dígitos, o que<br />
se manteve em <strong>2021</strong>. “A nossa expetativa é termos crescimento em<br />
volume de faturação no final deste ano, quando comparado com o<br />
período homólogo na ordem dos 58%. Gostaria de destacar ainda que<br />
atualmente temos mais 50% de clientes a comprar do que em 2020,<br />
o que é fantástico. Para <strong>2021</strong>, traçámos um objetivo de crescer mais<br />
de 15% em volume de faturação. Apesar dos problemas que vivemos<br />
na produção, transportes e, ainda, da pandemia, já conseguimos ultrapassar<br />
esse objetivo”, conclui Filipe Bandeira. ◆<br />
Diretor geral<br />
Filipe Bandeira<br />
Morada<br />
Zona Industrial da Pedrulha, Lote 12 –<br />
Mealhada – 3050-183 Casal Comba<br />
Telefone<br />
231 244 209<br />
EMAIL<br />
apoio@abtyres.pt<br />
SITE<br />
www.abtyres.pt<br />
220 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top18<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 3º 2º<br />
VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€24.518.000<br />
€51.705.000<br />
Pneus<br />
DISPNAL<br />
Apostando desde sempre numa gama de produtos alargada, a<br />
Dispnal Pneus conta com diferentes marcas com preços variáveis:<br />
Toyo, Petlas, Nankang e Roadmarch, bem como Michelin, Continental,<br />
Goodyear/Dunlop, Pirelli e Bridgestone. “É muito importante<br />
termos um conjunto total de oferta”, diz Rui Chorado, diretor geral<br />
da empresa, que considera que é importante ponderar e analisar cuidadosamente<br />
eventuais incorporações ao portefólio. A Dispnal Pneus<br />
quer consolidar o negócio atual e ser modelo de gestão e de competências<br />
para empresas do mesmo ramo, melhorando continuamente<br />
os resultados. Isso garantirá o crescimento e a evolução da empresa.<br />
Focada no fornecimento de pneumáticos com qualidade, a Dispnal<br />
apoia-se numa gama de produtos bastante alargada, potenciando a<br />
sua comercialização através de um conceito moderno de distribuição,<br />
assente numa logística de dimensão ibérica, com o objetivo de<br />
aumentar continuamente o grau de satisfação. Rui Chorado explica<br />
que a estratégia de relacionamento com os clientes passa por “ser<br />
honesto, agir dentro do espírito ético, comprometer-se perante os<br />
clientes, inovar sempre e apoiar o seu crescimento”. O responsável<br />
não abdica do contacto presencial “para tirar dúvidas, informações<br />
e definir estratégias”, ainda que o sistema online seja indispensável<br />
para que a consulta de um produto e a confirmação a encomenda seja<br />
efetuada de forma quase imediata. Durante a pandemia, o desempenho<br />
da Dispnal Iberia foi “bastante positivo, mantendo-se o crescimento<br />
em linha com os valores previstos”. No entanto, houve necessidade<br />
de adaptação, com vários funcionários a ficar em teletrabalho. Sobre<br />
isto, Rui Chorado conclui que “a pandemia nos ensinou que mesmo<br />
na adversidade com uma equipa unida e a tecnologia certa, somos<br />
capazes de ultrapassar todos os obstáculos”. O diretor geral salienta<br />
que “as margens não se podem reduzir pois os custos são fixos e já<br />
não se podem alterar”, pelo que é preciso, à chegada de cada produto,<br />
fazer “um estudo minucioso para que o mercado possa absorver os<br />
pneus a um preço justo”, defende. Em <strong>2021</strong>, o responsável destaca a<br />
entrada como distribuidores da marca Toyo no mercado espanhol,<br />
adiantando que “tanto em Portugal como em Espanha, a exigência<br />
das entregas é cada vez maior”. Rui Chorado acredita que o negócio<br />
de pneus em Portugal poderá evoluir e que as vendas online vão aumentar.<br />
Em Portugal, a Dispnal irá continuar a fornecer pneus Toyo<br />
para várias competições automóveis, e as perspetivas para <strong>2021</strong> são<br />
“obviamente as melhores, quanto ao futuro no setor dos pneus. Esperamos<br />
aumentar as nossas vendas de pneus novos através de novas<br />
medidas e tipos de piso”, remata. ◆<br />
Diretor geral<br />
Rui Chorado<br />
Morada<br />
Zona Industrial de Baltar, Lote B3 -<br />
4585-013 Baltar - Paredes<br />
Telefone<br />
255 617 480<br />
EMAIL<br />
dispnal@dispnal.pt<br />
SITE<br />
www.dispnal.pt<br />
222 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
Empresa<br />
Top18<br />
PEÇAS PARA LIGEIROS<br />
POSIÇÃO Posição RANKING: ranking: 4º 2º<br />
VOLUME Volume DE faturação NEGÓCIOS 2019: EM 2020:<br />
€17.998.000<br />
€51.705.000<br />
Pneus<br />
Nex Tyres<br />
Com o slogan “Mais próximo de si”, a Nex Tyres desenvolve uma<br />
cultura de proximidade com o cliente, com soluções transversais<br />
ao dia a dia de cada um. Atualmente é um dos maiores operadores<br />
em território nacional, comercializando 25 marcas (das quais 15 em<br />
exclusivo), nos segmentos de ligeiros, pesados, motociclos, agrícolas e<br />
industriais, com novidades pontuais ao nível do portefólio. A empresa<br />
em vindo a crescer a todos os níveis (instalações, portefólio, gamas,<br />
recursos humanos) e, como consequência, em volume de negócios,<br />
ainda que 2020 tenha tido algum retrocesso. Aldo Machado, diretor<br />
geral da empresa, considera que é “fundamental” manter o contacto<br />
presencial, pois “a imagem da Nex passa por uma «cara» e não<br />
por um portal B2B. Temos orgulho numa equipa que é reconhecida<br />
pelo mercado como extraordinária!”. As redes CarExpert e KSC<br />
estão, segundo o responsável, “a desenvolver um trabalho de altíssima<br />
qualidade, suportados em duas marcas históricas europeias (Kleber<br />
e Avon, respetivamente) que mantiveram, antes, durante e na fase<br />
final da pandemia, um nível de abastecimento e competitividade de<br />
excelência”. A pandemia obrigou a Nex Tyres Portugal a potenciar<br />
a adaptabilidade e a monitorização constante de vários indicadores<br />
e Aldo Machado é da opinião que “a nível económico ainda há<br />
demasiadas incertezas neste momento”. Ainda assim, os efeitos da<br />
pandemia “foram substancialmente menores relativamente às nossas<br />
primeiras e péssimas expetativas”, revela. Sobre o aumento do preço<br />
dos contentores e da matéria prima, o diretor-geral comenta que é<br />
“absolutamente impensável absorver este tipo de impacto negativo e<br />
não há outra solução senão refletir esses aumentos no preço dos bens”.<br />
Aldo Machado defende que “o papel do distribuidor é fundamental<br />
para evitar a escassez de produto e a rutura da cadeia de fornecimento.<br />
A manter-se o cenário atual tona-se evidente que o papel da<br />
distribuição grossista de pneus sai reforçado”. Neste momento, “os<br />
fabricantes estão cada vez mais distantes do retalho” e as oficinas não<br />
podem “abdicar do papel do distribuidor para fazer chegar o produto<br />
ao consumidor final”, afirma. A Nex defende o papel das redes organizadas<br />
“quando possam acrescentar valor ao retalho” e acredita que<br />
tanto as independentes como as de marcas “têm futuro”. O diretor é<br />
da opinião de que, nos serviços de retalhistas de pneus, a diversificação<br />
e a especialização são opções válidas desde que “as empresas tenham<br />
um nível profissional excelente”. Com a alteração gradual do perfil do<br />
consumidor, Aldo Machado considera que haverá grandes mudanças<br />
na distribuição de pneus em menos de uma década. Para a empresa,<br />
<strong>2021</strong> será, tal como 2020, um ano positivo. ◆<br />
Diretor geral<br />
Aldo Machado<br />
Morada<br />
Parque logístico Marinhas de D. Ana -<br />
Arm. 4 - 2625-090 Póvoa de Santa Iria<br />
Telefone<br />
219 540 500<br />
EMAIL<br />
geral@nextyres.pt<br />
SITE<br />
www.nextyres.pt<br />
224 Top100 Aftermarket <strong>2021</strong>
2022<br />
Portugal<br />
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