ENTREVISTA envolvem o futuro do setor. Nos fóruns são tratadas políticas públicas, de financiamento, controle e licenciamento ambiental, dentre outros. A participação permanente da entidade, orientada sempre previamente por seus associados, nos leva, sem dúvida nenhuma, a uma condição de participação no processo de construção dessas políticas públicas. >> Como avalia as possibilidades de crescimento mercado florestal na Bahia? Temos grandes projetos de empresas implantados aqui. A Bahia tem 600 mil ha (hectares) de eucalipto plantado, sendo a quarta maior produção do país, sendo assim, conservamos 340 mil ha. Notadamente, na área de papel, temos 15% da produção de celulose do país, outros 3% de papel e 2% na área de madeira serrada. Então a atração de parceiros que venham a investir na Bahia, com a experiência que têm os amigos do Paraná e Santa Catarina, nos interessa muito. A ABAF e o governo do Estado estão de braços abertos, promovendo facilidade e estímulos para que as empresas procurem e examinem as possibilidades de investimento. Esse é nosso desejo e proposta concreta. >> Como funcionam os programas desenvolvidos pela ABAF? Além dos fóruns, também temos grupos internos de trabalho. Temos um grupo formado por especialistas das empresas, que nós chamamos de GT-Legis, que cuida de toda a legislação e acompanha todos os projetos a nível nacional e estadual que tenham impacto sobre a nossa atividade. Temos um grupo muito importante, chamado: Mais Floresta, Mais Madeira; que tem como objetivo coordenar e facilitar a participação dos pequenos e médios produtores na atividade florestal. A madeira está no nosso dia a dia, nos móveis, no rodapé, na porta, na madeira serrada, compensados, pisos, laminados e precisamos ter uma cadeia produtiva mais intensa. A cadeia produtiva envolve fabricantes de caixaria, empresas de energia a partir da biomassa e também as empresas de mineração e a agricultura de grãos. Há uma gama de demandas e setores que crescem muito na economia baiana e precisamos atender. O terceiro programa que gostaria de me referir se chama: Ambiente florestal sustentável. Esse programa é uma parceria com o governo do Estado, com a secretaria da agricultura, trata de temas como a legalização ambiental da propriedade, uso múltiplo da madeira, preservação dos recursos hídricos e tantos outros que valorizam a produção de madeira aqui. Esse programa está incluído no programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) do governo federal, que prega a plantação na mesma fazenda de uma atividade nova sem que o produtor deixe suas atividades atuais, seja ela agricultura, frutas, café ou outras, para ter mais uma fonte de emprego e mais renda segurada para o seu futuro. >> A ABAF incentiva as certificações por parte de seus associados? Todos os 600 mil ha de área plantada são certificados. As certificadoras que as empresas mais utilizam são o FSC e a Bahia. Those who have experience in the States of Paraná and Santa Catarina interest us a lot. ABAF and the State Government have open arms, promoting ease and providing incentives for companies to seek and examine investment possibilities. This is our wish and concrete proposal. How do the programs developed by ABAF work? In addition to the forums, we also have internal working groups. We have a group of specialists from the companies, which we call GT-Legis, which takes care of all legislation and monitors all national and state projects that impact our activity. We have created a very important group, called “More Forest, More Timber”, which aims to coordinate and facilitate the participation of small and medium producers in the forest activity. Wood is part of our daily lives, like furniture, skirting boards, doors, sawn wood, plywood, floors, and laminates, and we need to have a more intensive production chain. The production chain involves unfinished sawn wood to grain agriculture. There is a range of demands and sectors growing a lot in the State economy, and we need to meet their needs. The third program that I would like to refer to is called “Sustainable Forest Environment”. This program is carried in conjunction with the State Government with the Secretary of Agriculture. It deals with topics such as environmental legalization for property use, multiple-use of timber, preservation of water resources, and many others that value timber production in the State. This program is included in the Federal Government’s Low Carbon Agriculture Program (ABC), which addresses tree planting as a new activity on the same farm without the producer hindering current activities, be they agriculture, fruit growing, coffee growing, or others, leading to another source of employment and ensuring more future income. Does ABAF encourage certifications by its members? All 600 thousand ha of planted area are certified. The most used certifiers used are FSC and Cerflor; some companies are doubly certified. This is undoubtedly the right way to be followed because certification deals with the technical conditions of the production process or the final product and our activity’s social and environmental aspects. Furthermore, all areas are digitized, so there is permanent tracking, and one can have absolute control of the quality of processing and the social behavior of their suppliers. On the ABAF website, there is a page called “Eucalyptus Myths”. What is the purpose of this material? There are still several sources that judge eucalyptus as something that harms the environment. However, the opposite is true as backed-up with scientific information and ensured by procedures and studies of independent agencies, such as the members of the academic world and the Brazilian Agricultural Research Company (Embrapa) that show that if the process of eucalyptus planting and 30 www.referenciaflorestal.com.br
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